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APH; Módulo 1

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RESUMO ARTIGOS MÓDULO 1
Sabe-se que os acidentes envolvendo motocicletas constituem uma das principais causas de morte e internações no Brasil e no mundo. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), só em 2010, estima-se que aproximadamente mais de 40.000 pessoas foram vítimas fatais de acidentes no trânsito, sendo a maioria envolvida em acidentes com motocicletas. Além disso, o Brasil ocupa o quinto lugar em relação ao maior número de mortes no trânsito.
O uso de motocicletas é muito difundido devido seu baixo custo e agilidade, ainda que represente riscos de trauma ao piloto e ao passageiro, visto sua exposição corporal sem proteção. Trauma é conceituado como a manifestação do acidente ou violência no indivíduo sob a forma de lesões físicas.
Além disso, a pressa do cotidiano, o uso de álcool associado e a depreciação das vias públicas também influenciam negativamente no número de acidentes, necessitando de leis mais severas, fiscalização e maior uso de equipamentos de segurança para minimizar as perdas no trânsito, já que as mesmas constituem a segunda maior causa de mortes por fatores externos no Brasil, perdendo apenas para o homicídio.
A população mais afetada por essa problemática são jovens adultos (com faixa etária entre 20 a 39 anos), do sexo masculino e usuários do Sistema Único de Saúde. Geralmente os acidentes ocorrem por colisão entre carro e moto e os maiores traumas ocorrem em extremidades, como em membros superiores e inferiores, grande parte com fraturas expostas.
É importante ressaltar que nesses casos, o atendimento pré-hospitalar é de suma importância para um bom prognóstico, redução da mortalidade e sequelas nas vítimas envolvidas. Esse atendimento deve ser qualificado, eficiente e deve ser feito o mais rápido possível para assegurar uma boa qualidade de vida ao paciente futuramente. 
A chamada “Hora de Ouro” (Golden hour), é o momento no qual mais ocorrem mortes. Porém, esse é também o momento em que mais se pode evitá-las. A hora de ouro corresponde a primeira hora pós-acidente, e é crucial para vida ou morte, paraplegia ou deambulação, sequelas ou não para o paciente, por esse motivo, o atendimento pré-hospitalar e o transporte da vítima até um serviço de atendimento terciário devem ser feitos no menor tempo possível, preferencialmente na primeira hora, visto que 85% das mortes ocorrem em até 60 minutos após o trauma.
Na hora ouro, um dos motivos para o aumento da sobrevida é a preservação da capacidade do corpo em produzir energia e manter as funções dos órgãos. Para que isso seja possível, é preciso manter a oxigenação, a perfusão e agilizar a remoção para um centro especializado, visando continuar o processo de estabilização.
Com relação ao estudo realizado, observa-se que o tempo entre o acionamento do serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) e a chegada ao local, fica em torno de oito a cinquenta e cinco minutos, podendo variar de acordo com o trânsito e a distância a ser percorrida. O acionamento funciona por meio de ligação telefônica para as centrais de operações, que passam então, via rádio, para as guarnições, que se deslocam até o local, enquanto a central colhe mais informações sobre o caso, como a gravidade, a localização, e o número de vítimas envolvidas, para a melhor preparação da equipe durante o deslocamento até o local do acidente.
A partir do momento da chegada, a equipe de APH começa a prestar os primeiros socorros às vítimas. Define-se, como Atendimento Pré-Hospitalar (APH) qualquer assistência realizada, direta ou indiretamente, fora do meio hospitalar, valendo-se dos meios e métodos disponíveis naquele momento.
Durante o transporte é feito o atendimento secundário, aferindo os sinais vitais em busca de sinais de gravidade que necessitem de um transporte de urgência. A principal preocupação no atendimento, é justamente o cuidado de ver a questão de sinais vitais, pulso, respiração, hemorragia e imobilização de fraturas.
Um outro agravo que gera preocupação em acidentes de moto é o trauma cranioencefálico. O TCE resulta de uma agressão ao crânio, que afeta a massa encefálica, causado por uma ação externa, que pode ser de baixa ou alta intensidade, acarretando ou não em comprometimento funcional, da estrutura do crânio, couro cabeludo, encéfalo, vasos ou meninges. Esse tipo de trauma está relacionado com alta taxa de mortalidade e deve ser detectado precocemente, com o exame neurológico e clínico, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para diminuir lesões neuronais e sequelas.
A equipe multiprofissional deve ter atenção durante o atendimento, para evitar lesões secundárias, manter o controle da pressão intracraniana e da perfusão cerebral. Além disso, a vítima de TCE necessita de atendimento qualificado, eficiente e ágil. A equipe deve ser colaborativa, para manter uma boa relação interpessoal, facilitando assim as tomadas de decisões e deve trabalhar seguindo alguns princípios como, organização do processo de trabalho, apoio educativo e psicológico, a fim de manter a qualidade da assistência e reduzir riscos tanto para os trabalhadores, como para o paciente que precisam do atendimento.
Seguindo alguns protocolos de atendimento à vítima, deve-se estabelecer uma sequência para a avaliação do trauma. Essa proposta visa facilitar e agilizar o atendimento, usando o ABCDE: onde o A (Air Way) significa abertura das vias aéreas e imobilização da coluna cervical, B (Breathing) verificar a respiração e ventilação, C (Circulation) boa circulação e controle prévio de possíveis hemorragias, D (Disability) avaliação neurológica com a aplicação da escala de coma de Glasgow, E (Exposure) exposição da vítima com controle da hipotermia para um exame físico completo em busca de lesões, este conjunto de procedimentos denomina-se avaliação primária.
Dando continuidade ao atendimento, o enfermeiro realiza a avaliação secundária, com um exame físico criterioso da cabeça aos pés, buscando ferimentos, sangramentos, afundamentos, desvios, hematomas, abrasões, alterações na cor da pele ou mucosas, assimetria, instabilidades, alterações de motricidade, aferição dos sinais vitais, entre outros.
Outrossim, além de toda a preocupação com a preservação da vida da vítima, é necessário que a equipe de APH, na chegada ao local da ocorrência, tenha atenção quanto à avaliação da cena, o que é essencial para a segurança de toda a equipe. A avaliação da cena é uma visão ampla e holística do que está acontecendo ou pode acontecer, e a identificação de fatores que estão relacionados à ocorrência e que podem ameaçar a segurança da equipe, da vítima ou dos circundantes. Em caso de risco, o trabalho de assistência deve ser adiado, até um momento mais seguro para todos, para que assim, o número de vítimas não seja aumentado.
Portanto, é notório os impactos dos acidentes motociclísticos no Brasil, tanto no âmbito da saúde pública, como na economia, visto a população mais afetada em idade economicamente ativa. Além disso, esses acidentes geram muitas sequelas, que podem impactar os pacientes por anos, fisicamente e emocionalmente. Logo, os profissionais socorristas são imprescindíveis para assegurar a vida e minimizar os agravos nesses casos.
REFERÊNCIAS:
MENOLLI, Gisele; MARTINS, Eleine. Caracterização do atendimento pré-hospitalar a vítimas de acidente motociclísticos encaminhadas para um hospital de grande porte do norte do Paraná. Revista Eletrônica Acervo Saúde, Londrina, p. 2280-2287, 2018. DOI 10.25248/REAS371_2018. Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/11g7xlIfYnDWXdQPjNqHFgZkYwKcbPTRq. Acesso em: 6 fev. 2022.
FRANCISCON, Bruna et al. O resgate das vítimas politraumatizadas devido a violência no trânsito na cidade de Chapecó-SC: a “hora de ouro”. Scientific Electronic Archives, [s. l.], v. 13, p. 102-111, 2020. DOI http://dx.doi.org/10.36560/1372020940. Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/11g7xlIfYnDWXdQPjNqHFgZkYwKcbPTRq. Acesso em: 6 fev. 2022.
SILVA, Zildo; PIO, Thais; MAIA, Luiz. Trauma Cranioencefálico: Intervençõesdo Enfermeiro no atendimento pré-hospitalar. Revista Científica de Enfermagem , São Paulo, p. 46-53, 2019. Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/11g7xlIfYnDWXdQPjNqHFgZkYwKcbPTRq. Acesso em: 6 fev. 2022.

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