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APG 19 GUILLAIN-BARRÉ e ELA 1) DIFERENCIAR DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR E SUPERIOR Neurônio motor superior Levam informações de movimento do encéfalo aos NMI (Seu axônio desce pela medula e vai fazer uma sinapse com o neurônio motor inferior); Seu corpo celular fica localizado no córtex cerebral. Neurônio motor inferior Inervam diretamente as fibras musculares esqueléticas; Seu corpo celular fica localizado no tronco encefálico ou na medula. O neurônio motor superior envia um sinal para o neurônio motor inferior, o neurônio motor inferior é o mensageiro que vai direto para o músculo para dizer que é hora de começar a se mexer. O neurônio motor superior tem duas tarefas, uma é dizer ao músculo quando começar a se mexer, e outra tarefa é dizer quando é hora de parar. Eles vão comunicar que não há mais sinal vindo, que você deve parar de dizer aos músculos para começar a se contrair, por isso os neurônios motores superiores têm duas funções. Observando o neurônio motor inferior, a primeira coisa que gosto de desenhar é o que se chama soma. O soma é apenas o corpo do neurônio motor inferior, a parte do neurônio motor inferior que recebe o sinal do neurônio motor superior é um pouco ramificada e há várias projeções que são chamadas dendritos, e eles recebem o sinal. É onde o sinal vai se ligar em nosso neurônio motor, e depois que ele se liga a um dendrito, passa através do soma, o corpo celular, e ele é enviado ao longo de um axônio. Vai acontecer muita coisa antes de atingir um músculo. Próximo ao nosso músculo, existe uma placa motora onde o músculo vai receber informações do axônio. Assim, mais uma vez, quando estamos em uma festa de dança e nós decidimos que é hora de agitar a perna, como dizemos à nossa perna que é hora de agitar? Temos esse sinal que é gerado no cérebro, percorre o neurônio motor superior, então, vai para o neurônio motor inferior. O jeito que eu gosto de pensar em um sinal, é mais ou menos como os navios na marinha, se esse pequeno navio aqui é o nosso sinal, e vem do nosso neurônio motor superior, precisa ter algum lugar para poder encaixar o neurônio motor inferior. Para isso que serve os dendritos, este é o lugar onde o sinal vai atracar. Uma vez que ele chega lá, tem que passar através de algum tipo de estação, uma estação naval, que é o soma, depois de passar pela estação, vai descer o axônio. O axônio é onde um sinal é lançado para longe desse neurônio motor, antes de acabar indo para o músculo. Mas o que poderia acontecer aqui? Que problema poderia surgir considerando esse axônio? O sinal pode morrer, talvez não consiga chegar até o fim, isso é o que aconteceria se você tivesse uma lesão no neurônio motor inferior. Se algo acontecesse no nosso neurônio motor inferior, nós não conseguiríamos dizer a um músculo que é hora de começar a se mexer, em vez disso, você sentiria fraqueza, porque seu músculo não responde. A mesma coisa acontece quando você tem uma lesão no neurônio motor superior, você também vai sentir fraqueza, porque você não é capaz de dizer ao neurônio motor inferior que ele deveria começar a se contrair. Mas essa não é a característica chave com lesões nos neurônios motores superiores. A principal característica é que não somos capazes de dizer aos neurônios motores inferiores para parar o que estão fazendo. Por causa disso, o neurônio motor inferior continua dizendo a esse músculo: "vá em frente e se contraia", e eu não estou recebendo nenhum sinal aqui para me dizer para parar, assim, esse músculo vai, continuamente, contrair-se esporadicamente. SÍNDROME DO 1° NEURÔNIO MOTOR Associada à paralisia espástica, a síndrome piramidal pode ser oriunda tanto de lesões acima do nível da decussação das pirâmides bulbares ou abaixo. No primeiro caso, poderemos observar sintomas contralaterais ao lado da lesão, enquanto que no segundo, iremos perceber achados homolaterais. Nos estágios iniciais poderemos observar sinais e sintomas relacionados ao que chama-se de choque medular, de modo que possamos observar a princípio paralisia, hipotonia e arreflexia. Com o passar do tempo, dias ou semanas ou meses, esses achados costumam regredir, dando lugar à novos, como hipertonia (embora não muito elucidado, acredita-se que as vias de reflexo e involuntárias seriam desinibidas) e hiperreflexia, além disso, a paralisia costuma regredir um pouco. Resumidamente, seus sinais e sintomas decorrem de interrupção anatômica-funcional do trato corticoespinal e teremos sintomas deficitários como fraqueza muscular (paresia/plegia) de predomínio distal e da musculatura antigravitária, assimetria ou abolição total do reflexo cutaneoabdominal e atrofia muscular tardia (por desuso). Ademais, teremos sintomas de liberação (positivos) como hipertonia elástica (sinal do canivete) – Espasticidade, sincinesias (movimentos anormais de contração em membros paréticos ao estímulo de seu homólogo contralateral) hiperreflexia de reflexos tendinosos profundos (policinesia e sinreflexia podem estar presentes) e presença reflexos patológicos superficiais como o sinal de Babinski (hiperextensão do hálux) e seus sucedâneos, Hoffman e Tromner, além da presença de clônus. Por fim, podemos observar ainda uma marcha típica de lesão do 1° neurônio motor, que seria a parético-espástica (hemiplégica, ceifante; ou em tesoura no caso de acometimento bilateral). Causas e Doenças relacionadas ao 1° Neurônio Motor: Acidentes Vasculares Encefálicos, tumores, doenças desmielinizantes como a esclerose múltipla, processos degenerativos como a ELA, traumatismos e infecções. SÍNDROME DO SEGUNDO NEURÔNIO MOTOR (inferior) Associada à paralisia flácida, essa síndrome pode ser oriunda de lesão em qualquer parte do trajeto ou mesmo do corpo celular do neurônio motor de segunda ordem, de modo a originar sintomas ipsilaterais à lesão. Basicamente, como o 2° neurônio motor é uma espécie de via final para os tratos motores, um acometimento do mesmo irá levar a abolição de todos os atos motores, sejam eles voluntários, automáticos ou mesmo reflexos. A fraqueza muscular (paresia/plegia) nesse caso pode ser tanto focal quanto generalizada (geralmente é segmentar assimétrica), há hipotonia, atrofia muscular mais acentuada e precoce, hiporreflexia (ou mesmo arreflexia) que poder ser tanto superficial quanto profunda, porém costuma ter reflexos superficiais preservados e ausência de reflexos patológicos. Há ainda a presença de fasciculações devido aos processos de degeneração e regeneração dos músculos comprometidos. Observamos ainda, uma marcha parética ou escarvante (paciente arrasta a parte anterior do pé e levanta a coxa para compensar e andar logo após ver o pé “caindo”). Causas e Doenças relacionadas ao 2° Neurônio Motor: Poliomielite anterior aguda, esclerose lateral amiotrófica, amiotrofia mielopática infantil, siringomielia, polineuropatia periférica, radiculopatias, mononeuropatias e neuropatias múltiplas. Achados: Basicamente, lesões de neurônio motor superior costumam ocorrer em áreas do córtex encefálico, coroa radiada, cápsula interna, tronco encefálico e substância branca da medula, enquanto que lesões de neurônio motor inferior concentram-se mais em regiões de corono anterior medular, raízes anteriores, plexos e nervos periféricos. SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ Definição A Síndrome de Guillain-Barré (SBG) é uma doença autoimune que acomete as raízes nervosas e os nervos periféricos. É uma condição monofásica, rara, mas potencialmente fatal, devendo ser identificada e conduzida rapidamente. Epidemiologia A SBG é a principal causa de paralisia flácida aguda desde a erradicação da poliomielite, com incidência mundial anual de aproximadamente 1-2 por 100.000 pessoas ao ano. No Brasil, houve um aumento da incidência dos casos associado a epidemia do vírus Zika,o que deu maior notoriedade para essa condição. Fisiopatologia A SGB é causada por uma resposta autoimune a uma infecção prévia em pacientes predispostos, gerando desmielinização das raízes e nervos periféricos. Exemplos de patógenos associados a SBG incluem o Campylobacter jejuni, citomegalovírus, Mycoplasma pneumoniae, vírus Epstein- Barr e o vírus Zika, mais recentemente descrito. Entretanto, cabe ressaltar que a ausência de um quadro infeccioso prévio não exclui o diagnóstico de SGB. A síndrome de Guillain-Barré afeta muitos nervos periféricos por todo o corpo (uma polineuropatia). A causa presumida da síndrome de Guillain-Barré é uma reação autoimune. O sistema imunológico do organismo ataca um ou os dois dos seguintes: A bainha de mielina, que envolve o nervo e permite que os impulsos do nervo se desloquem rapidamente A parte do nervo que envia mensagens (chamada de axônio) Quadro clínico A apresentação clínica clássica dessa condição inclui fraqueza bilateral e simétrica rapidamente progressiva de membros inferiores, que ascende para os membros superiores, associada a alterações da sensibilidade, como parestesias ou perda sensitiva. Os pacientes também se queixam de dor. Pode ocorrer envolvimento do sistema nervoso autônomo (SNA), gerando labilidade da pressão arterial, disfunção pupilar, arritmia, taquicardia e sudorese. Ao exame físico, há hiporreflexia ou arreflexia. Os pacientes com quadro clínico mais grave, apresentando insuficiência respiratória, disfunção cardiovascular autonômica grave, disfagia grave ou fraqueza rapidamente progressiva devem ser internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os pacientes geralmente alcançam o ápice dos sintomas em duas semanas e a doença passa por uma fase de platô, com melhora gradual da função sensitiva e motora. Diagnósticos diferenciais devem ser considerados para os pacientes que atingirem a incapacidade máxima em 24 horas após o início dos sintomas ou após 4 semanas. Formas variantes da SGB Variante motora pura; há fraqueza sem alterações sensitivas associadas. Variante sensitiva pura; alterações sensitivas sem alterações motoras associadas. Variante paraparética; há acometimento apenas de membros inferiores. Variante faríngea-cervical-braquial; há acometimento da região faríngea, cervical e braquial, sem atingir os membros inferiores. Síndrome de Miller-Fisher; ocorre acometimento de nervos cranianos. É caracterizada pela arreflexia associada a oftalmoparesia e ataxia. Encefalite de tronco encefálico de Bickerstaff; há oftalmoparesia, ataxia, sinais piramidais e alteração no nível de consciência, geralmente associados ao quadro clínico clássico da SGB. Diagnóstico O diagnóstico de SGB é clínico e pode ser sustentado pela análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) e pela eletroneuromiografia (ENMG). O exame do LCR deve ser realizado durante a avaliação inicial do paciente a fim de descartar outras causas de fraqueza. O LCR na SGB apresenta contagem de células normais associado a um aumento de proteína, denominado dissociação albumino-citológica, porém níveis normais de proteína no LCR não excluem o diagnóstico de SGB. A ENMG não é essencial para a confirmação diagnóstica, entretanto deve ser realizada sempre que possível para assegurar o diagnóstico, principalmente em indivíduos com apresentações atípicas. É importante salientar que os estudos eletrofisiológicos podem ser normais quando realizadas na primeira semana após o início dos sintomas. Por isso, o exame deve ser repetido em duas a três semanas nesses pacientes. ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) A esclerose lateral amiotrófica é uma doença com causas ainda não compreendidas e que, apesar de não afetar a sensibilidade, leva à perda progressiva de toda a motricidade voluntária, devido à lesão dos neurônios alfa. De acordo com dados epidemiológicos mundiais, cerca de uma pessoa a cada 20 mil é acometida pela ELA. Cabe também comentar que, em boa parte das publicações, a população de homens afetados é proeminente à de mulheres afetadas, além de não haver relação entre a doença e hábitos alimentares ou situação socioeconômica. Além disso, acredita-se que, por tenderem a sofrer diversos traumatismos cranianos ao longo da carreira, atletas tenham maiores chances de sofrer com o quadro. Lou Gehrig, um famoso jogador de beisebol que desenvolveu esclerose lateral amiotrófica, popularizou-a de tal forma que ela ficou conhecida como doença de Lou Gehrig. Em relação à faixa etária, a ELA aparece em cerca de 85% dos casos entre a meia-idade e a velhice. Contudo, em situações mais raras, pode começar antes dos 40 anos, estando ligada a questões dos neurônios motores hereditárias. Possíveis etiologias Atualmente, a etiologia da ELA não é totalmente compreendida, mas diversos estudos apontam para uma possível relação com os traumatismos cranianos repetitivos, que levariam à encefalopatia traumática crônica seguida da esclerose lateral amiotrófica. Acredita-se também que a doença possa estar associada a infecções, que podem ser retrovirais; desregulação na atividade mitocondrial; estresse oxidativo; e causas autoimunes. Além disso, ainda que os mecanismos e fatores desencadeantes não tenham sido esclarecidos, há indícios de que o processamento e metabolismo anormais do RNA seriam substratos para a ELA. Fatores genéticos Entre 5 e 10% dos casos de ELA têm origem genética, de modo que são descritos variados padrões de herança da doença, dentre os quais prevalecem os autossômicos dominantes. Estes, por sua vez, são associados a mutações mais frequentes nos genes C9ORF72, causa mais comum da ELA familiar, e SOD1. Aspectos fisiopatológicos A esclerose lateral amiotrófica pertence ao grupo de doenças hereditárias ou esporádicas, as quais comprometem (1) os neurônios inferiores, não apenas nos cornos anteriores da medula, como também nos núcleos motores dos nervos cranianos (V, VII, IX, XII), livrando aqueles responsáveis pelos movimentos oculares (IV, VI, VI), e (2) os neurônios superiores (células de Betz) no córtex motor. Com a perda neuronal, ocorre a desnervação dos músculos, provocando atrofia neurogênica, fraqueza e fasciculações. Por conta da destruição dos neurônios motores superiores, acontece a deterioração da mielina nos tratos corticoespinais, cuja coloração se perde. Macroscopicamente, a principal característica percebida é a atrofia das raízes medulares anteriores, que pode ser, em casos mais graves, acompanhada pela atrofia também do giro pré-central. Já, histologicamente, observa-se uma quantidade de neurônios bastante reduzida no corno anterior, associada à gliose reativa e à desmielinização das raízes anteriores. Ainda nos cortes microscópicos, é possível notar o acometimento dos núcleos dos nervos motores XII e X, e da parte motora do V. Por fim, nos neurônios residuais, podem ser encontrados (1) corpúsculos de Bunina; (2) emaranhados de ubiquitina; (3) corpúsculos de Levy; e, em algumas formas familiares, (4) aglomerações de hialina. Manifestações clínicas A sua expressão clínica estaria relacionada com a exposição desse indivíduo, marcado geneticamente, a algum fator, ou fatores, que funcionariam como gatilho para o desencadeamento do processo de degeneração do motoneurônio. Dentre os gatilhos, destacam-se: processo inflamatório, atividade física, exposição a agentes tóxicos (endógenos – do próprio indivíduo; ou exógenos – produtos do meio ambiente). Tipicamente, não afeta a sensibilidade, de forma que dor e parestesias são comuns nesse quadro clínico. Também não se observa perda da função vesical nem dos músculos oculares na maioria dos casos, visto que as suas inervações são poupadas. Inicialmente, o indivíduo costuma sentir fraqueza nas mãos com padrão assimétrico e atrófico. Já emcasos menos frequentes, a fraqueza pode ter manifestação inicial nos membros inferiores. Todavia, em ambos os casos é vivenciada uma dependência crescente, bem como um afastamento das atividades rotineiras. Com a perda neuronal, os músculos das pernas ficam enfraquecidos e consequentemente ocorre o comprometimento da marcha, que se torna espástica. A disfagia leva ao emagrecimento, a desnervação muscular leva a fortes cãibras. Acompanhando a fraqueza e a atrofia musculares, algumas fasciculações são percebidas, especialmente na língua. Mais tardiamente, a fraqueza do diafragma e a paresia dos músculos intercostais trazem um quadro de disfunção respiratória. Assim, a ELA desencadeia eventos potencialmente terminais. Labilidade emocional (desregulagem emocional/afetiva, caracterizado por mudanças exageradas e sucessivas no humor), a qual é atribuída à paralisia pseudobulbar. Por conta disso, o paciente responde com riso ou, mais frequentemente, com choro a situações inadequadas. Exames laboratoriais A fim de detectar possíveis distúrbios endócrinos, metabólicos ou inflamatórios que se confundam com o diagnóstico de ELA, é interessante que se realize a análise de exames sanguíneos. Também, em boa parte dos casos desse tipo de esclerose, há um aumento discreto nos níveis de creatinoquinase (CK). Por fim, destacam-se os testes genéticos para ELA familiar, os quais devem ser aplicados quando houver evidências para tal na história familiar do paciente. Exames de imagem (método para diferenciar de outras doenças) Tendo isso em vista, é importante salientar que pacientes com ELA frequentemente apresentam imagens normais ou com pequenas anormalidades, o que pede atenção especial de quem analisa as imagens. Exames eletrodiagnósticos Para validar o comprometimento do neurônio inferior, pois costumam apresentar a queda da amplitude motora desses pacientes. Também no sentido de detectar o acometimento inferior, lança-se mão da eletromiografia (EMG), a qual, ao mostrar fibrilação e potenciais de fasciculação, evidencia desnervação, que se torna crônica e presente em três segmentos (craniano, cervical, torácico e lombossacral), preenche os critérios de Awaji ou El Escorial para o diagnóstico de ELA. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAS DE PARALISIA FLÁCIDA Conceito Paralisia flácida aguda são um grupo de síndromes caracterizadas por fraqueza muscular rapidamente progressiva, que ocorre com máxima intensidade em horas a poucas semanas, envolvendo os músculos apendiculares, respiratórios e bulbares (afeta a deglutição e a fala). São causadas por alteração na unidade motora, sendo corpo celular do neurônio motor inferior, projeção axonal na raiz e nervo periférico, junção neuromuscular e fibras musculares. Diagnósticos diferenciais ➜ Síndrome de Müller Fisher: é uma variante da síndrome de Guillain-Barré, sendo a forma de apresentação em 3 a 5% dos casos, correspondendo a uma tríade de ataxia, arreflexia e oftalmoparesia, gerando problemas no equilíbrio, perda o tônus muscular e fraqueza muscular. ➜ Síndrome de Guillain-Barré: é caracterizado por uma fraqueza progressiva nos membros ascendentes, acompanhada de sintomas sensitivos, podendo ser com ou sem envolvimento da musculatura respiratória, nervos cranianos (especialmente o sétimo nervo) ou do controle autonômico. ➜ Poliomielite: a maioria dos indivíduos são assintomáticos, porém pode ocorrer febre, mialgia, meningite asséptica. Pode ocorrer a perda dos reflexos de forma precoce e a fase paralítica é assimétrica e rápida (5 a 7 dias). Além destas manifestações, pode ocorrer comprometimento da musculatura do tórax e da inervação bulbar. Uma forma de diferenciação para o Guillain- Barré é o exame do LCR, que consegue identificar a pleocitose (aumento dos leucócitos). ➜ Miastenia gravis: é a fraqueza bulbar ou crise miastênica, que gera insuficiência respiratória, gerando fraqueza muscular e atrofia. Normalmente os sintomas ocorrem na musculatura ocular extrínseca, na região bulbar ou nos músculos dos membros e tronco. Devido a fraqueza do músculo levantador da pálpebra, causa ptose palpebral, unilateral ou bilateral, e pode ocasionar diplopia também. É uma doença autoimune da junção neuromuscular causada pela produção de anticorpos contra estruturas da membrana da célula muscular, principalmente o receptor de acetilcolina. ➜ Miosite: é a inflamação dos músculos, gerando dor, fraqueza e dificuldade para realizar movimento. Referências PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ (ministério da saúde). Neurologia para o Clínico Geral.
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