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Direito penal e Eca - Intervenção com pais agressores

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Existem diversas estratégias para a intervenção com o grupo de pais agressores, o grande porém é retirar da teoria essas intervenções e trazê-las para a pratica, graças a grande dificuldade existente em cada situação. A forma como acontece a agressão e o grau de proximidade entre a criança agredida e os pais agressores, tornam essa intervenção uma missão bastante complicada e delicada, visto que é necessário sempre avaliar o que pode ser melhor para a criança agredida e a tentativa de minimizar o máximo possível o trauma a qual ela teve que passar.
Existem diversas medidas sociais que tratam de tentar evitar que ocorram as agressões, porém as medidas de intervenção ainda causam um profundo desgaste emocional para a criança, além do pensamento de que a privacidade da família é mais importante do que a criança ser protegida, portanto ainda existe a questão da forma passiva com que os demais encaram a situação de agressão a criança, dentro do seio familiar, no que se refere aos pais.
O artigo 129 do ECA trata de medidas aplicadas aos pais ou responsáveis pela criança e como elas podem auxiliar na recuperação do convívio familiar ou até mesmo na total destituição do poder pátrio famíliar aos pais agressores, portanto ao tratar de medidas que venham fazer os pais ter um acompanhamento maior da vida do seu filho e até mesmo a maneira como tratar ao seu filho e na família em que a criança convive, acabam se tornando medidas protetivas em favor da criança e que também cause de certo modo, um temor e adequação as regras, por parte do agressor.
ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família; (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do pátrio poder poder familiar. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
As medidas punitivas são utilizadas em ultimo caso, visto que o intuito da lei, na verdade, é tentar ao máximo restaurar o convívio familiar, o que muitas pessoas acham que também não é o melhor a se fazer, posto que até se esgotarem as possibilidades de restaurar a convivência familiar, a criança passa por diversas etapas dolorosas, isto quando não acabam fugindo de casa ou quando tragédias piores acabam ocorrendo.

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