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As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed A imunidade obedece a princípios biológicos fundamentais como a carga genética individual e a influência do meio. Com o envelhecimento, este binômio sofrerá interferências que tornarão este sistema de defesa menos eficiente (disfuncional), especialmente em situações de limite estressor, seja ele de ordem física ou emocional. Este fato aumenta a importância do cuidado nos estudos sobre o envelhecimento imunológico, utilizando-se protocolos rigorosos A diminuição progressiva da reserva funcional do organismo, que ocorre naturalmente em todos os sistemas na medida em que eles envelhecem (senescência), provocará limitações também na resposta de defesa, que se agravarão em condições de estresse imunológico, situação na qual, muitas vezes, as reservas já foram esgotadas. Desse modo, as modificações do comportamento imunológico decorrentes do envelhecimento reduzirão a capacidade de resposta diante de uma infecção, maior vulnerabilidade oncológica e autoimune, além de poder diminuir a resposta às vacinas. Isso implica aumento da mortalidade e morbidade por doenças infecciosas, autoimunes e neoplasias. O sistema imune precisa interagir com outros sistemas como o endócrino e o neurológico, bem como reagir e adaptar-se ao mundo externo fazendo frente a vírus, fungos, bactérias, protozoários, parasitas, macromoléculas e agentes estranhos ao meio interno. As células envolvidas neste sistema têm origem em uma célula pluripotencial (célula- tronco) que proliferam dando origem a duas linhagens: a) Linfoide A linhagem linfoide é composta pelos linfócitos B e T, além das células natural killer (NK). b) Mieloide A linhagem mieloide é constituída pelos neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos, além das hemácias e dos precursores das plaquetas, os megacariócitos. O sistema imunológico é dependente da capacidade de formar células precursoras que diminui com a idade. A divisão entre imunidade inata e imunidade adquirida é meramente didática, uma vez que funcionam de forma combinada. a) Imunidade inata: Em contato com o patógeno atua prontamente, porém, de forma inespecífica, por meio de barreiras físicas e químicas como a pele, enzimas de superfície de mucosas, proteínas especiais e células com capacidade fagocitária. É composta por uma rede celular com diferentes funções: Neutrófilos Monócitos (com alta mobilidade e que darão origem aos macrófagos) Células dendríticas, apresentadoras de antígenos (fundamentais na ponte que fazem entre o sistema imune inato e o adquirido) Células NK, (com função citotóxica e produtora de citocinas), em resposta a estímulos. As células NK são caracterizadas morfologicamente como grandes linfócitos granulares que expressam em sua superfície moléculas identificadoras como o CD56 e o CD16. Tem um importante papel especialmente na defesa antiviral antes mesmo de a resposta adaptativa ser iniciada e sem a necessidade de sensibilização prévia Participam da resposta antitumoral pela produção de citocinas pró-inflamatórias (interleucinas) como a interferona-γ, a qual ativa macrófagos para a tarefa da fagocitose. Além disso, as células NK também agem sobre a imunidade adaptativa modulando a magnitude e a qualidade de sua resposta. Em seu conjunto, funcionarão como a primeira linha na barreira defensiva contra agentes patogênicos Origem da linhagem linfoide Células T – processadas pelo timo Células B - independentes do controle tímico. b) Imunidade adquirida Proveniente de exposição a patógenos ao longo da vida, apresenta especificidade e memória. É representada pelos linfócitos T e B. Os linfócitos T promovem o ataque célula a célula Os linfócitos B agem por meio da produção de anticorpos A imunidade adquirida apresenta o potencial de ampliar sua competência de acordo com o agente patogênico ao qual ela se expuser ao longo da vida. É uma imunidade de “memória” que lhe permite responder de forma mais rápida e precisa a um patógeno específico (imunidade específica). Imunossenescência Introdução As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed Os representantes mais importantes da imunidade adquirida ou específica são os linfócitos e os produtos originados por eles, os anticorpos A resposta imunológica adquirida pode ser dividida ainda em resposta imune humoral e resposta imune mediada por célula. 1. Resposta imune humoral É iniciada pelas imunoglobulinas, as quais são produzidas pela diferenciação do linfócito B em resposta a antígenos 2. Resposta imune mediada por células É da responsabilidade do linfócito T, o qual prolifera rapidamente em resposta à apresentação do antígeno, com produção de proteínas mediadoras (citocinas). Este mecanismo é iniciado primariamente em resposta a parasitas, vírus, fungos, reações alérgicas e rejeição de transplantes e ambos se inter-relacionam. Após a produção pela medula óssea, os linfócitos são submetidos a um processo de maturação para que adquiram suas capacidades particulares. Enquanto os linfócitos B amadurecem na própria medula, os precursores do linfócito T migram para o timo, onde receberão moléculas diferenciadas entre si (receptores de membrana) para que adquiram capacidades muito específicas de reagir. Após a passagem pelo timo, serão capazes de iniciar a resposta celular imune quando antígenos invadirem o corpo, sendo também responsáveis pela modulação da resposta imune para prevenir autoimunidade e defesa contra o crescimento de tumores. A progressiva involução do timo deve ser lembrada como tendo papel importante na imunossenescência. Os linfócitos B (independentes do timo), por meio de sua própria diferenciação no interior da medula óssea, produzirão anticorpos (imunoglobulinas) que protegerão o hospedeiro ao longo da vida. Com base em sua estrutura e função, as imunoglobulinas são divididas em IgA, IgG, IgM, IgD e IgE A distinção entre imunidade humoral e celular é de certa forma artificial, porque ambas as células, B e T, podem participar em cada reação. Enquanto as células T são efetoras na resposta imune celular, elas também são necessárias para a maior parte da atividade da célula B na resposta imune humoral (anticorpos). Por outro lado, enquanto as células B envolvem a produção de anticorpos, elas podem agir também como células apresentadoras de antígenos, na resposta imune celular da célula T. Os vários componentes celulares do sistema imune podem interagir pelo contato célula a célula como no caso do linfócito T citotóxico (citolítico) ou liberando fatores que podem modular sua atividade (linfócito T auxiliar) por meio de moléculas como citocinas (proteínas sinalizadoras envolvidas na regulação do sistema imune que são ativadas em casos de inflamação (estimulam a proliferação celular, sua migração e iniciam a apoptose) e linfócitos B (por meio das imunoglobulinas) Existem ainda células acessórias como os monócitos/macrófagos e células apresentadoras de antígenos que agem por meio da apresentação ou processamento do antígeno, apresentando-o ao receptor de superfície do linfócito T. São estes receptores de superfície que, ao interagir com o antígeno, induzirão o linfócito à ativação iniciada pela mobilização de cálcio intracelular seguida pelos demais eventos que determinarão a ação para a qual tem sua especificidade (inativar, eliminar, tolerar). Na resposta da imunidade celular, o linfócito T com a molécula de superfície CD8 (também chamado de linfócito T citolítico ou citotóxico), ao ser ativado por um agente infeccioso,apresentará 3 fases distintas: expansão, contração e memória. Quando a infecção é controlada, a população de linfócitos T CD8 + que havia se expandido sofre morte celular (apoptose), iniciando a etapa da contração. Por outro lado, o linfócito T com molécula de superfície CD4 +, também conhecido como linfócito T auxiliar (helper), está implicado com a função dos macrófagos por meio da ação de interleucinas. Apresentará expansão com menor magnitude e terá uma contração retardada. Na resposta humoral, os linfócitos B produzem anticorpos que podem se ligar a antígenos ou a produtos de antígenos e então ativar uma série de respostas defensivas mediadas por células fagocitárias e outras proteínas. Depois do reconhecimento, há a ativação de um processo que envolve transdução intracelular de sinais para o citoplasma e o núcleo; isto resulta no avanço da regulação do mRNA para vários componentes receptores e para a expressão de novas moléculas na membrana celular, qualificando a célula para a fase efetora. A iniciação da resposta imune requer o reconhecimento do antígeno pelo linfócito imunocompetente. A célula T ativada libera novos fatores de síntese que resultarão em expansão do próprio clone de célula T, enquanto outros fatores Imunidade Mediada Fases na Ativação Linfocitária As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed influenciam o desenvolvimento de células B que, por sua vez, sintetizarão anticorpos O reconhecimento do antígeno pelo linfócito T leva à produção de fatores de expansão (interleucina-2) e proliferação das populações linfocitárias. Quando o antígeno é depletado, a rede de anticorpos (memória) já está formada. A resposta diminui, deixando expandida uma população de células de memória e imunoglobulinas, produto da estimulação de linfócitos B, que agora estão prontas a responder com rapidez no próximo contato com o mesmo antígeno (memória imunológica) Assim, a imunidade depende em última instância do número de células que podem ser ativadas e do número de células-filhas que podem ser produzidas por esta ativação no espaço de tempo entre o período de exposição ao agente agressor e a resolução do processo. Com o envelhecimento, todas as etapas deste mecanismo estão modificadas. O progressivo e fisiológico declínio da reserva funcional que ocorre em todos os sistemas biológicos ao longo da vida também afetará o sistema de defesa, a função imune. A este fenômeno chamamos imunossenescência, que corresponde ao envelhecimento imunológico traduzido por um conjunto de modificações tanto na resposta inata quanto na adquirida. Tais modificações podem ocorrer em uma ou várias etapas do caminho de ativação celular, as quais resultarão em menor eficiência do sistema de defesa aumentando a propensão e a gravidade de doenças infecciosas, autoimunes e neoplásicas. Entre os componentes da imunidade inata, os neutrófilos, que apresentam um papel importante na defesa primária contra fungos e bactérias, e fazem parte das etapas de são afetados no envelhecimento, reduzindo seu potencial microbicida como também sua interação com o sistema da imunidade adquirida. A capacidade fagocitária e também a capacidade quimiotática estão reduzidas, dando mais tempo à multiplicação bacteriana aumentando o dano tecidual (liberação de enzimas proteolíticas) As células dendríticas com o envelhecimento, apresentam menor eficiência na apresentação do antígeno, o que levará a menor estimulação de linfócitos T. Os monócitos/macrófagos, componentes de alta mobilidade, parecem aumentar em número com o avançar da idade, entretanto sua função (diferenciação) é reduzida. Com relação às células NK importantes na defesa viral e oncológica, com o envelhecimento ocorre um aumento quantitativo, porém à custa de células menos eficientes na produção de citocinas (responsáveis pela emissão do sinal e regulação para a resposta imune). Há um aumento, porém, de células killer de menor competência. No campo da imunidade adaptativa, sabemos que todas as células imunologicamente ativas podem exibir modificações idade-relacionadas e isto inclui a imunidade celular (linfócitos T) e imunidade humoral (linfócitos B) Este declínio é representado por um aumento na proporção das células de memória (que já tiveram contato com um antígeno), em relação a células virgens (naïve), aquelas que ainda não entraram em contato com um antígeno, o que resultará em uma diminuição do potencial de reatividade a novos antígenos. Com a involução do timo, diminui o repertório de células T provenientes dele, inclusive aquelas com capacidade supressora que impediriam a quebra do delicado equilíbrio entre estas e as efetoras, aumentando assim a chance de fenômenos autoimunes. O envelhecimento é acompanhado por um progressivo aumento na proporção de células T que atuam de forma disfuncional O declínio da capacidade imune com a idade poderia ser atribuído à prevalência de um linfócito T com fenótipo senescente. Suas células virgens apresentam defeitos funcionais, redução dos telômeros, diminuição na produção de IL-2, prejuízo na expansão e diferenciação em célula efetora e consequente redução na habilidade da resposta antigênica. Sua maior característica é a irreversibilidade da perda de sua capacidade replicativa. Com o avanço da idade, há um aumento no número de células que parecem normais, mas falham em responder ao estímulo ativador Os linfócitos B, embora não demostrem alteração quantitativa importante, apresentarão a qualidade da função de seus anticorpos prejudicada, o que se refletirá em respostas mais baixas às vacinas. Com o envelhecimento a medula óssea tem reduzida a capacidade de expansão da população de linfócitos B. Estes linfócitos são estimulados de forma menos eficiente, fazendo surgir uma população de linfócitos B de memória cada vez maior e de linfócitos virgens (naïve) cada vez menor, reduzindo a capacidade de reconhecer novos antígenos. Enquanto os títulos de anticorpos para partículas estranhas e a resposta imune secundária caem com a idade, os autoanticorpos aumentam. Aumenta a frequência da autorreatividade que parece se originar na diminuição do potencial de regulação imune, ou talvez pelo fato de que o sistema imune também preencha a função de remover material autólogo danificado. Fenótipo Senescentes Imunossenescência As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed Geralmente estes autoanticorpos são IgM e IgG de baixa afinidade, sendo a afinidade do anticorpo crítica na resposta imune, já que é ela quem determina a força e a especificidade com a qual o anticorpo se ligará ao antígeno. Anticorpos de baixa afinidade, por sua vez, são pouco específicos e pouco eficientes na eliminação do antígeno e apresentam, além disso, mais reações cruzadas com outros antígenos. O declínio na resposta dos anticorpos e a diminuição de sua ligação (afinidade) com o antígeno aumentarão o estado de anergia (não responsividade ao antígeno). Além das células envolvidas em todo o processo de defesa, existem as proteínas mediadoras da resposta imunológica, as citocinas, que afetam desde a proliferação e a diferenciação até o estágio final de morte celular (apoptose). Entre as principais, destacamos as interleucinas (IL-1, IL-2 e IL-6), a interferona- γ (IFN-γ), o fator de necrose tumoral alfa (TNF- α), e o fator de crescimento tumoral (TGF). Estes mediadores apresentam-se alterados com o envelhecimento As interleucinas possuem, entre outras funções, a de ativação dos linfócitos e a indução da divisão de outras células. Cada interleucina atua sobreum grupo limitado e específico de células que expressam receptores adequados para elas. Com o envelhecimento, diminui a produção interleucina-2 (IL-2), importante fator de crescimento para linfócito T. A mobilização do cálcio e a ativação para a progressão do ciclo celular estão modificadas nas células de indivíduos velhos. Enquanto algumas células podem não liberar interleucina-2 e interferona-γ adequadamente após a ativação, elas liberam outros fatores, como o TNFα, com propriedades inflamatórias, interleucina-1, interleucina-6 A interleucina-6 está relacionada com distúrbios inflamatórios crônicos, e seus níveis parecem aumentar com a idade Assim, existem perda da função celular, modificação na habilidade em responder aos eventos de ativação e modificações da resposta aos eventos desta ativação. O fenótipo do envelhecimento é determinado por um conjunto de eventos aleatórios associados a alguns predeterminados como o ambiente, a genética, o equilíbrio químico hormonal e fenômenos epigenéticos. Estas ocorrências gerarão, ao longo do tempo, uma “falta de fidelidade molecular” com um acúmulo crescente de danos os quais aumentarão a possibilidade de doença e morte Estas alterações concorrerão para o aumento da gravidade em caso de exigência defensiva aguda maior, ao mesmo tempo que a produção de mediadores inflamatórios e sua consequente estimulação antigênica prolongada podem dar origem a uma situação de cronicidade inflamatória de baixo grau (inflamm-aging). Este processo tem impacto no meio interno, podendo mudar sua composição ao longo do tempo, uma vez que uma carga antigênica crônica formada por antígenos não eficientemente inativados e por restos celulares não completamente eliminados poderá estar envolvida na estimulação imunológica continuada e contribuir para a patogênese de doenças crônico-degenerativas. Estas alterações que estimulam a produção de citocinas pró-inflamatórias, proteases, quimiocinas, entre outros, são conhecidas como fenótipo secretor relacionado à senescência, que pode ser benéfico ou deletério, dependendo do momento no qual ele é desencadeado e por quanto tempo é mantido O estado inflamatório prolongado, de baixa intensidade (inflamm-aging), é o resultado da ativação de macrófagos e linfócitos T dirigidos contra vírus Trata-se de um desequilíbrio entre os agentes inflamatórios e a rede anti-inflamatória (pleiotropia antagônica), aumentando a morbidade. Concentrações elevadas de interleucina-6 (IL- 6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) são relacionados como preditores de fragilidade, morbidade e mortalidade. A maior sobrevivência associada a uma boa qualidade de saúde dependerá do nível particular de citocinas anti-inflamatórias e de um “genótipo protetor”. Dessa forma, o fenótipo senescente parece refletir não apenas uma função prejudicada, mas uma desregulação Há ainda dois aspectos que vêm sendo estudados: o encurtamento dos telômeros e o estresse oxidativo igualmente envolvidos na diminuição da eficiência imunológica relacionada à idade. A chamada senescência celular replicativa, indica que a capacidade de proliferar chegou à exaustão com o encurtamento máximo dos telômeros Essas modificações poderiam explicar o aumento da morbidade relacionado com o envelhecimento, incluindo não somente as doenças infecciosas, mas também doenças vasculares, demência e neoplasias. O sistema imunológico se relaciona e é modulado quimicamente por padrões hormonais. Aumentam os estudos que relacionam sua eficiência com padrões de comportamento de humor. Quando uma infecção desencadeia uma resposta inflamatória as células do sistema imune inato produzem citocinas pró inflamatórias que agem no cérebro provocando um “estado de enfermidade”. Papel Neuroendócrino As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed Se a ativação imunológica prossegue como durante uma infecção sistêmica, um câncer ou uma doença autoimune, o resultado subsequente poderá ser uma sinalização para o cérebro de exacerbação do “estado de enfermidade”, com sintomas de depressão, agravados em indivíduos com maior vulnerabilidade Ainda que os fatores que iniciam um estado de estresse psicológico e de estresse físico sejam diferentes, a forma pela qual eles afetam o sistema imunológico é parecida e inclui a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e o eixo simpático-adrenal-medular que, por sua vez, influenciarão o sistema imunológico Um aumento do cortisol encontrado após trauma físico está associado a uma diminuição da produção de superóxido pelos neutrófilos e aumento do risco de infecção. As doenças infecciosas são responsáveis por elevadas taxas de morbidade, hospitalização e letalidade da população idosa. Isso pode ser explicado pela menor reserva funcional e pelas alterações nos mecanismos de defesa próprios da imunossenescência. Para diminuir o risco de certas infeções graves e promover melhor qualidade de vida para essa população, os programas de imunização são ferramentas simples e de comprovado custo/benefício na saúde do idoso Assim, médicos e outros profissionais da saúde devem se responsabilizar pela orientação da população geriátrica e seus familiares quanto à necessidade da utilização deste recurso, bem como às indicações formais específicas para esse grupo etário. Vacina Recomendação Dose Observação Influenza (gripe) Rotina Dose Única Em situação epidemiológica de risco, pode ser considerada uma segunda dose, a partir de 3 meses após a dose anual. Pneumocócicas (VPC13) e (VPP23) Rotina Iniciar com uma dose da VPC13 seguida de uma dose de VPP23 seis a 12 meses depois Herpes zoster Rotina a partir de 50 anos. Vacina atenuada (VZA) – dose única Vacina inativada (VZR) – duas doses com intervalo de dois meses (0-2) Se não vacinado aos 50, a qualquer momento. Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) dTpa/dTpa-VIP ou Dupla adulto (difteria e tétano) – dT Rotina Com esquema de vacinação básico completo: reforço com dTpa a cada dez anos. Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico. Não vacinados e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0 - 2 - 4 a 8 meses Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT. Hepatite B Rotina Três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses Covid-19 Rotina Quatro doses no esquema 0 - 4 -8 - 12 Febre amarela Para idosos não vacinados previamente, após avaliação de risco/benefício Dose única Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pelo risco de falha vacinal. Meningocócicas conjugadas ACWY ou C Surtos e viagens para áreas de risco. Dose Única A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerá da situação epidemiológica. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) Situações de risco aumentado. Dose Única A indicação da vacina dependerá de risco epidemiológico e da situação individual de suscetibilidade. Hepatite A Após avaliação sorológica ou em situações de exposição ou surtos Duas doses, no esquema 0 - 6 meses. Hepatites A e B Quando recomendadas as duas vacinas. Três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. Vacinas
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