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ANSIEDADE TRANSTORNO PSICOPATOLÓGICO PROFª NAYANA MOURA 2 MEDO – É UMA RESPOSTA EMOCIONAL ANSIEDADE – É UM SOFRIMENTO ANTECIPADO DO FUTURO RESULTADO: ESTÍMULO REAL OU IMAGINÁRIO DE PERIGO LUTA OU FUGA DO AMBIENTE – UMA RESPOSTA DO CORPO O medo e a ansiedade são considerados adaptativos quando apresentados em certos níveis em determinadas situações. Por exemplo, é protetivo que experenciemos o medo em situações de risco iminente para nossa vida, assim como é protetivo sentir algum nível de ansiedade em situações nas quais precisamos nos preparar para algum momento importante das nossas vidas. Entretanto, o medo e a ansiedade que vivenciamos de forma adaptativa em nosso cotidiano são muito diferentes dos quadros que caracterizam os transtornos de ansiedade. Para ser considerado um transtorno, essas respostas ocorrem de maneira excessiva e/ou persistem para além de períodos apropriados, prejudicando a qualidade de vida do indivíduo. Assim, os transtornos de ansiedade se diferenciam dos sentimentos de medo e ansiedade provisórios, que fazem parte da vida e que são associados a eventos estressores pontuais, por serem persistentes (em geral durando cerca de seis meses ou mais no caso de adultos) e mais intensos. Atenção! Os transtornos de ansiedade que serão apresentados a seguir são diagnosticados somente em situações em que os sintomas identificados não são consequência de uso de substâncias, medicamentos, outra condição médica ou não podem ser melhor explicados por outro transtorno mental. Por causa disso, um diagnóstico diferencial que considere diferentes hipóteses a serem avaliadas é essencial! TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO O transtorno de ansiedade de separação é mais comum em crianças. A principal característica do transtorno de ansiedade de separação é o medo ou ansiedade envolvendo a ocorrência da separação de casa ou de figuras próximas à criança (figuras de apego), sendo uma ansiedade que excede o que seria esperado para a faixa etária do indivíduo. Períodos de maior intensidade de ansiedade de separação de figuras de apego são comuns e esperados em bebês pequenos, com cerca de 1 ano de idade. Já o transtorno de ansiedade de separação ocorre em crianças acima dessa idade, em qualquer momento da infância e de forma menos comum na adolescência. Exemplo: Em casos de crianças, elas podem evitar ir à escola, passar tempo com os amigos, dormir sozinhas. Em casos de adolescentes, eles podem evitar viagens, trabalhos e saída de casa para morar longe dos pais e estudar em uma universidade. Raramente o transtorno de ansiedade de separação persiste para além da adolescência, ou seja, para a vida adulta. No caso de crianças, é comum a comorbidade do transtorno de ansiedade de separação com o transtorno de ansiedade generalizada e de fobia específica. As pessoas que apresentam transtorno de ansiedade de separação podem ter prejuízos, uma vez que podem limitar as atividades que realizam de forma independente, longe de sua casa e das figuras de apego. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO Em termos de critérios diagnósticos, temos principalmente para esse transtorno a presença de medo ou de ansiedade que são considerados demasiados ou impróprios, tendo em vista a fase de vida em que a pessoa se encontra, envolvendo a separação daquelas pessoas pelas quais o indivíduo apresenta afeto e apego. Segundo o DSM-V, essa situação deve ser evidenciada em pelo menos um dos aspectos a seguir: Sofrimento demasiado e frequente quando o indivíduo se afasta de sua residência ou das pessoas a quem possui apego ou quando o indivíduo prevê que essa situação pode vir a ocorrer. Preocupação demasiada e frequente, que persiste ao longo do cotidiano, sobre possibilidades de perda ou de perigos daqueles indivíduos aos quais a pessoa é apegada, temendo catástrofes, situações de saúde, desastres ou morte. Resistência a sair de casa e ir a outros lugares, como escola e trabalho, por causa do medo de se separar das figuras de apego. Medo frequente e excessivo ou resistência em ficar sozinho ou sem as pessoas pelas quais o indivíduo tem apego. Resistência excessiva em passar a noite longe de casa ou sem estar próximo a uma figura importante de apego. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação. Presença com frequência de queixas de sintomas físicos somáticos (p.ex., dores de cabeça, dores abdominais ou vômitos) quando acontece a separação de figuras de apego ou quando o indivíduo antecipa essa separação. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, acadêmico, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. TRANSTORNO DO PÂNICO O transtorno de pânico é o diagnóstico dado a pessoas que apresentam ataques de pânico inesperados de maneira recorrente. O ataque de pânico é um surto abrupto de medo ou de desconforto intenso no qual ocorrem quatro ou mais sintomas apresentados nos critérios diagnósticos. Devemos considerar que a gravidade e a frequência de ocorrência de ataques de pânico podem variar de maneira considerável para cada indivíduo. Algumas pessoas apresentam com maior frequência, por exemplo, diariamente ou semanalmente, enquanto outras apresentam com menor frequência, por exemplo, mensalmente ou em anos espaçados. É muito frequente a comorbidade do transtorno de pânico com outros transtornos de ansiedade. Muitas vezes o ataque de pânico é acompanhado de preocupações físicas, como a preocupação de que a presença de um determinado sintoma como a taquicardia pode representar uma ameaça à vida da pessoa, e não uma situação de ansiedade intensa. PÂNICO palpitação tremores taquicardia Sudorese sensação de asfixia Sensação de falta de ar Medo de perder o controle Medo de morrer Sensações de irrealidade ou de estar se distanciando de si Ondas de calor ou calafrios Dor ou desconforto intenso CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TRANSTORNO DE PÂNICO Definimos um ataque de pânico como um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso. Devemos considerar que esses sintomas não podem ser causados por efeitos de substâncias psicoativas como drogas e medicamentos ou por outra condição de saúde. Além disso, esses sintomas não podem ser melhor explicados por outro transtorno mental. Por exemplo, os ataques de pânico não ocorrem apenas diante de situações sociais ou estímulos específicos, em resposta à lembrança de situações traumáticas, como no transtorno de estresse pós-traumático, ou em resposta à separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de separação. AGORAFOBIA A agorafobia se caracteriza pelo medo ou ansiedade acentuados que são desencadeados pela exposição a determinadas situações. A exposição à situação que desencadeia a reação de medo/ansiedade pode ser real, quando o indivíduo está no local que funciona como gatilho, ou imaginária, quando o indivíduo imagina que está no local ou pensa sobre a situação que gera a resposta de ansiedade. O medo, a ansiedade e a esquiva da situação devem ser desproporcionais ao perigo real apresentado pela situação que desencadeia a reação. A intensidade da reação de medo/ansiedade pode variar, a depender da proximidade da situação que é temida. Por exemplo, a reação pode ser mais intensa em contextos em que a pessoa está concretamente na situação do que quando ela imagina estar na situação. O diagnóstico prevê que os sintomas ocorram em situações como uso de transporte público, permanência em locais abertos, em locais fechados, em meio a uma multidão ou sair de casa sozinho. Assim, a agorafobia associa-se a um prejuízo considerável em termos da funcionalidade e da capacidade de desempenhar tarefas, uma vez que o indivíduo busca se esquivar de situações potencialmente eliciadoras das respostas de medo e ansiedade. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA AGORAFOBIA Emtermos de principais critérios diagnósticos para esse transtorno, temos a ocorrência da resposta de medo ou ansiedade intensos e que geram prejuízos clínicos na vida do indivíduo O indivíduo com esse transtorno evita de maneira ativa essas situações devido a pensamentos catastróficos no sentido de não ter apoio disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores. Tais situações quase sempre ou sempre vão provocar as respostas de medo ou ansiedade, não ocorrendo apenas ocasionalmente. Além disso, essas respostas de medo e de ansiedade são desproporcionais aos perigos iminentes apresentados e considerando o contexto sociocultural do indivíduo. As respostas são persistentes, durando mais de seis meses. Além disso, os sintomas não são melhor explicados por outros transtornos mentais, como sintomas que não são relacionados apenas à fobia específica e não estão relacionados exclusivamente a obsessões (como no transtorno obsessivo-compulsivo). Os incômodos não se relacionam à percepção que o indivíduo possa ter de falhas ou defeitos de sua aparência física e preocupação com isso (como no transtorno dismórfico corporal) ou medo de separação (como no transtorno de ansiedade de separação). CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA AGORAFOBIA Utilização de meio de transporte público Ficar em locais abertos Sair de casa sozinho Ficar em locais abertos Permanecer em meio a uma multidão Mutismo seletivo, fobia social, outras fobias e TAG Mutismo seletivo, fobia social, outras fobias e TAG MÓDULO 2 MUTISMO SELETIVO A principal característica de pessoas com mutismo seletivo é a não iniciação de conversas ou a não resposta quando lhe dirigem a palavra, acompanhada de uma intensa ansiedade social. Esse fracasso na interação social pode acontecer tanto em crianças quanto em adultos. É importante destacar que pessoas com mutismo seletivo poderão falar na presença de pessoas específicas, como membros de sua família mais próxima. O mutismo seletivo resulta em um grande prejuízo e isolamento social, o que pode gerar também um prejuízo acadêmico, uma vez que crianças com mutismo seletivo não interagirão no ambiente escolar e deixarão de comunicar aos professores suas dúvidas e necessidades. Além disso, é comum a comorbidade com outros transtornos de ansiedade, em específico, com o transtorno de ansiedade social. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO MUTISMO SELETIVO Temos como principal critério diagnóstico a falha frequente e persistente para falar em situações sociais específicas nas quais se espera que as pessoas se expressem, como apresentações escolares e no trabalho. Essas perturbações geram prejuízos para o indivíduo, inclusive de aquisições acadêmicas, na comunicação com pessoas próximas e na realização profissional. A duração mínima da perturbação é um mês (excetuando o primeiro mês de escola). Além disso, esses sintomas não podem ser melhor explicados por outras dificuldades na comunicação, como aquelas devidas aos seguintes transtornos: •Transtorno de espectro autista. •Transtorno psicótico. •Esquizofrenia. •Transtorno da fluência com início na infância. Avaliação: Problema atual: início, gatilhos, situações onde ocorrem, sintomas ansiosos associados. Terapêutica já utilizada e eficácia. Temperamento da criança e características familiares. Desenvolvimento neuropsicomotor e da linguagem. Excluir problemas clínico que possam aumentar a ansiedade. História escolar: idade de início, escola, quantos turnos, adaptação, mudanças escolares, de professores, etc Avaliar a interação social, linguagem não verbal e a inteligência Sempre mais de um informante, incluindo professor *Escalas para mutismo (medidas de gravidade e não de diagnóstico) *The Selective Mutism Questionnaire – pais (Bergman, 2013): casa/escola/outras situações sociais. *School Speech Questionnaire- professores (Bergman, 2002) FOBIA ESPECÍFICA A principal característica desse transtorno é que a resposta de medo e de ansiedade está restrita a uma situação ou objeto específico, denominado estímulo fóbico. Para realização do diagnóstico, a resposta apresentada deve ser diferente (em intensidade e frequência) dos medos normais que são transitórios e que comumente as pessoas experienciam, além de desproporcional ao perigo real. Em adição, a fobia deve causar sofrimento clinicamente significativo e/ou prejuízo no funcionamento social do indivíduo. Critérios diagnósticos da fobia específica Como critérios diagnósticos principais para esse transtorno, temos a resposta intensa de medo ou ansiedade em relação a um objeto específico ou a uma situação, como voar, alturas, animais específicos como aranhas etc. Vejamos a seguir um pouco mais sobre o diagnóstico. Nessas situações, o foco ou o medo/ansiedade provoca uma resposta imediata, sendo ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento e gerando um sofrimento clinicamente significativo Deve considerar também que os sentimentos, precisam ser desproporcionais à ameaça real que o objeto oferece e à realidade sociocultural do indivíduo, além de possuir duração mínima de seis meses Ainda, o sintoma não é melhor explicado por sintomas de outros transtornos, como pânico, agorafobia e obsessões, evocação de eventos traumáticos (como TEPT) TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL) A principal característica do transtorno de ansiedade social é o medo ou a ansiedade intensa ou acentuada quando o indivíduo se encontra em uma situação social na qual ele identifica que pode ser avaliado pelos outros. A preocupação central da pessoa com transtorno de ansiedade social é de que será julgada pelas pessoas de forma negativa. O transtorno de ansiedade social pode gerar muitos prejuízos para o indivíduo, como as seguintes: •Dificuldades no ambiente escolar e evasão escolar. •Dificuldades no ambiente de trabalho. •Prejuízos em seu bem-estar. •Dificuldades em estabelecer relações significativas. Atenção!! A timidez é um traço de personalidade e uma característica individual e, por causa disso, não pode ser confundida com ansiedade social! Deve ser avaliado se há um impacto importante no funcionamento do indivíduo, gerando sofrimento no âmbito social, profissional ou em outras áreas da vida do indivíduo, bem como a atenção aos critérios diagnósticos. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE ANSIEDADE SOCIAL Esse transtorno tem como critério diagnóstico medo ou ansiedade acentuada em relação a uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a uma possível avaliação por outras pessoas. Confira a seguir alguns exemplos: Interações sociais: Manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares Ser observado: Comendo ou bebendo Situações de desempenho diante de outros: Proferir palestras Nesses casos, o indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente. Assim, o indivíduo se esquiva frequentemente dessas situações. Importante destacar que a resposta é incompatível com a ameaça real apresentada pela situação e seu contexto sociocultural. Além disso, as respostas de medo e ansiedade causam um sofrimento clinicamente significativo, com prejuízos nos âmbitos sociais, profissionais ou outras áreas importantes. Além disso, o medo, a ansiedade ou a esquiva não são melhor compreendidos pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) se caracteriza pela ocorrência de ansiedade e de preocupação excessiva perante diferentes atividades e acontecimentos. Nesse sentido, os indivíduos, de maneira geral, tendem a antecipar situações desastrosas e negativas em diferentes contextos. A preocupação e a reação de ansiedade devem ser desproporcionais à probabilidade real de ocorrência do evento que o indivíduo antecipa e/ouao impacto negativo desse evento. É importante destacar que experenciar sentimentos de ansiedade é considerado normal e inclusive é algo esperado ao longo de nossas vidas. Porém, deve-se fazer a diferença entre a ansiedade não patológica e a ansiedade que configura o transtorno de ansiedade generalizada. As preocupações associadas ao transtorno de ansiedade generalizada são excessivas e interferem de forma significativa na vida do indivíduo, além de serem mais intensas, disseminadas, angustiantes e terem maior duração quando comparadas com um sentimento de ansiedade não patológico. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TAG Nesses casos, a ansiedade e a preocupação excessiva acontecem na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como interações sociais, relacionamentos, contextos acadêmicos ou profissional). De maneira geral, o indivíduo considera difícil controlar a preocupação, gerando sofrimento clínico importante e prejuízo em seu funcionamento. As perturbações não se devem a efeitos fisiológicos de medicamentos, substâncias ou a alguma condição médica específica. Além disso, a ansiedade está associada a pelo menos três dos seguintes sintomas: •Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. •Fatigabilidade. •Dificuldade em se concentrar ou sensações de “branco” na mente. •Irritabilidade. •Tensão muscular. •Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). Além disso, os sintomas de ansiedade não podem ser melhor entendidos pelo diagnóstico de outro transtorno mental, como ansiedade ou preocupação devido à possibilidade de apresentar ataques de pânico, o que seria comum em casos de transtorno de pânico, e preocupação com a avaliação negativa de outros indivíduos, comum no caso de pessoas com transtorno de ansiedade social. Também não pode ser melhor explicado por diagnósticos de transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade de separação, transtorno de estresse pós-traumático ou por ganho de peso na anorexia nervosa. Outros Transtornos de Ansiedade MÓDULO 3 TRANSTORNO INDUZIDO POR OUTRA SUBSTÂNCIA OU CONDIÇÃO MÉDICA Além dos transtornos de ansiedade como um quadro clínico primário, é possível a identificação de uma resposta de ansiedade por causa de um contexto e de características/condições do indivíduo que são anteriores à manifestação do transtorno de ansiedade. Em outras palavras, em algumas situações, certos fatores precedem (e causam) o transtorno de ansiedade. Existem dois tipos de transtornos de ansiedade que são induzidos, confira: •Transtorno de ansiedade induzido por substância e/ou medicamento. •Transtorno de ansiedade induzido por outra condição médica. Por mais que os sintomas de ansiedade sejam similares em termos de diagnóstico e de tratamento, é importante a identificação cuidadosa das causas do transtorno de ansiedade, uma vez que, em casos de transtornos de ansiedade induzidos por outros fatores, a consideração desses fatores e seu tratamento no atendimento clínico é fundamental tendo em vista a diminuição dos sintomas. Por mais que os sintomas de ansiedade sejam similares em termos de diagnóstico e de tratamento, é importante a identificação cuidadosa das causas do transtorno de ansiedade, uma vez que, em casos de transtornos de ansiedade induzidos por outros fatores, a consideração desses fatores e seu tratamento no atendimento clínico é fundamental tendo em vista a diminuição dos sintomas. TRANSTORNO DE ANSIEDADE INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO A principal característica de um transtorno de ansiedade induzido por substância ou medicamento é que o quadro de ansiedade ou de pânico bem como as respostas decorrentes desse quadro são consequência dos efeitos de uma substância utilizada pelo indivíduo. Isso ocorre quando, por exemplo, a ansiedade é desencadeada por uso de alguma droga de abuso, medicamento ou exposição a alguma toxina. Certas substâncias que podem causar esse tipo de transtorno são as anfetaminas, cocaína, heroína, maconha, LSD, álcool, doses concentradas de cafeína e diferentes medicamentos. Para esse transtorno ser considerado, os sintomas devem ocorrer durante ou logo após a intoxicação da substância ou durante o período de abstinência. Ou seja, quando há a privação do uso de determinada substância que o indivíduo estava anteriormente acostumado a consumir. Atenção: Em casos em que o indivíduo já apresentava sintomas de ansiedade e de pânico em momentos anteriores à administração do medicamento ou do uso da droga ou naqueles em que mantém os sintomas mesmo após um longo período após a abstinência (em geral, por mais de um mês), o diagnóstico de transtorno de ansiedade induzido por substância ou medicamento não pode ser dado! Se os sintomas de ansiedade persistem por períodos maiores, outras causas para esses sintomas devem ser investigadas. Os tipos de substâncias que podem desencadear um transtorno: A intoxicação pode desencadear pânico ou ansiedade: Álcool, cafeína, Cannabis, fenciclidina, outros alucinógenos, inalantes e estimulantes (incluindo cocaína), opioides, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos. Medicamentos que podem evocar sintomas de ansiedade: Anestésicos e analgésicos, simpatomiméticos ou outros broncodilatadores, anticolinérgicos, insulina, compostos para tireoide, contraceptivos orais, anti-histamínicos, medicamentos antiparkinsonianos, corticosteroides, medicamentos anti-hipertensivos e cardiovasculares, anticonvulsivantes, carbonato de lítio, medicamentos antipsicóticos e medicamentos antidepressivos. Metais pesados ou toxinas que podem causar sintomas de ansiedade: Inseticidas organofosforados, gases asfixiantes, monóxido de carbono, dióxido de carbono e substâncias voláteis, como gasolina e tinta. Devido às características do transtorno, exames laboratoriais como exames toxicológicos podem auxiliar o processo de diagnóstico, uma vez que permitem a mensuração do nível de intoxicação por determinada substância. Os critérios diagnósticos do transtorno de ansiedade induzido por substância ou medicamento são: A. Ataques de pânico ou ansiedade proeminente que predominam no quadro clínico. B. Evidências, a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais, de (1) ou (2): 1. Os sintomas no critério A se desenvolveram durante ou logo após a intoxicação ou abstinência de substância ou após exposição a um medicamento. 2. A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir os sintomas no critério A. Em termos de diagnóstico diferencial, deve-se estar atento para os sintomas de ansiedade não serem melhor explicados devido à presença de um transtorno de ansiedade que não foi induzido pela substância/medicamento. Isso é possível observar em casos nos quais os sintomas de ansiedade já existiam em períodos anteriores à utilização da substância/medicamento e a não diminuição dos sintomas mesmo após a ausência do consumo e passado um possível período de abstinência. Opioides: Morfina e codeína são opiáceos naturais, extraídas do ópio escorrido da planta, cuja flor é a papoula. A heroína é opioide semi- sintético, resultantes de modificações químicas parciais da morfina. Feniclidina: são drogas quimicamente similares utilizadas para anestesia, que às vezes são usadas de maneira recreativa TRANSTORNO DE ANSIEDADE DEVIDO A OUTRA CONDIÇÃO MÉDICA O transtorno de ansiedade devido a outra condição médica é diagnosticado em situações em que são detectados sintomas de ansiedade que são clinicamente significativos e que não são mais explicados pelo efeito de um medicamento ou por outros aspectos da vida do indivíduo. Assim, a ansiedade devido a outra condição médica é diagnosticada quando a condição médica induz a ansiedade e é anterior à presença de sintomas de ansiedade. Por causa disso, sua duração está condicionada à duração da doença primária, que é subjacente. É necessária uma investigação aprofundada e cuidadosapara a realização de um diagnóstico diferencial, com o objetivo de avaliar os fatores que podem estar relacionados com os sintomas de ansiedade. Assim, o primeiro passo em uma investigação criteriosa e abrangente dos possíveis fatores seria identificar se existe uma condição médica que explicaria a ansiedade, para, a partir disso, avaliar se existe uma associação temporal entre o início da condição médica e os sintomas de ansiedade, se há presença de aspectos atípicos para os demais transtornos de ansiedade (idade de início/curso do transtorno), bem como indicações de que o transtorno é melhor explicado pela condição médica do que por fatores ambientais e individuais da pessoa. As condições médicas que podem incluir a ansiedade como um dos sintomas: Doenças endócrinas: hipertireoidismo, hipoglicemia e hipercortisolismo Distúrbios vasculares: insuficiência cardíaca congestiva, embolia pulmonar e arritmias Doenças respiratórias: doença pulmonar obstrutiva crônica, asma e pneumonia Doenças neurológicas: neoplasias (benigno ou maligno), disfunção vestibular (É caracterizada por uma perturbação do funcionamento do sistema vestibular, podendo acometer desde os órgão que compõe o labirinto, até mesmo o nervo vestibular ou ainda núcleos vestibulares e estruturas adjacentes, muitas vezes ocasionando desequilíbrio, tonturas, vertigens e desorientação espacial), encefalite e transtornos convulsivos Os critérios diagnósticos do transtorno de ansiedade devido a outra condição médica são: Ataques de pânico ou ansiedade predominantes no quadro clínico. Evidências, a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais, de que a perturbação é a consequência fisiopatológica direta de outra condição médica. Transtornos de sintomas somáticos e seus subtipos OS TRANSTORNOS DE SINTOMAS SOMÁTICOS Os transtornos de sintomas somáticos representam uma classe diagnóstica que tem como centralidade a presença de sintomas somáticos ou sintomas físicos, como dores, palpitações, entre outros. Esses sintomas são perturbadores para o indivíduo e se associam a pensamentos, sentimentos e comportamentos anormais. Esse quadro pode ser acompanhado inclusive pela ausência de uma explicação médica para esses sintomas, mas não necessariamente. Desse modo, a ênfase principal é na relação que é estabelecida pelo indivíduo com os sintomas em questão. Assim, o que se apresenta como principal característica de indivíduos com algum transtorno somático não diz respeito aos sintomas somáticos em si, mas a relação que o indivíduo estabelece com esses sintomas e a forma como o indivíduo interpreta a sua ocorrência. Atenção: Segundo o DSM-V, embora seja frequente a associação entre os sintomas somáticos e o sofrimento psicológico e a psicopatologia, alguns transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados podem surgir de forma espontânea, sem a identificação dos fatores que causam o transtorno! Com isso, temos a integração de aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais aos critérios diagnósticos, que compõem o transtorno, em conjunto com os sintomas somáticos propriamente ditos. É possível também a ocorrência de comorbidades, como, por exemplo, de um transtorno depressivo maior que se manifesta também com sintomas somáticos. Não podemos descartar que o transtorno depressivo seja o responsável pelos sintomas somáticos, mas também é possível que os dois transtornos coexistam, ocorrendo paralelamente para um momento na vida do indivíduo. Transtornos de ansiedade e transtornos depressivos podem acompanhar os transtornos de sintomas somáticos. Nesses casos, os transtornos somáticos, quando em conjunto com transtornos de ansiedade e de depressão, acrescentam um maior nível de gravidade e de complexidade aos casos, resultando em maior sofrimento para o indivíduo, prejuízo em sua funcionalidade cotidiana e até mesmo dificuldade de adesão aos tratamentos tradicionais. Muitos fatores podem contribuir para o desenvolvimento de um transtorno de sintoma somático, veja a seguir: Vulnerabilidade genética e biológica. Experiências traumáticas precoces. Aprendizagem (como a atenção obtida por causa da doença e ausência de reforço de expressões não somáticas de sofrimento). Além disso, aspectos culturais e sociais que não propiciam o compartilhamento do sofrimento psicológico e a validação de emoções difíceis, como a tristeza, e que dão mais importância ao sofrimento físico podem ser uma condição propícia para indivíduos relatarem o sofrimento psíquico de forma indireta, por meio da descrição de sintomas físicos. É comum que o indivíduo com transtorno somático não reconheça o seu sofrimento mental e que, ao invés de procurar um serviço de saúde mental, busque um contexto clínico geral, pensando tratar-se de um aspecto de saúde física. Importante: até no DSM-IV o termo hipocondria era utilizado para se referir a pessoas com transtornos somáticos. Entretanto, esse termo deixou de ser utilizado no DSM-V por ser preconceituoso, estigmatizante e não considerar todos os aspectos do indivíduo. Assim, não é correto compreender que um indivíduo com transtornos somáticos “inventa” uma doença física, de forma manipulatória e relata sintomas que não existem (ou não têm uma base biológica), uma vez que essa descrição desconsidera a complexidade dos quadros, conforme serão apresentados nas seções seguintes. ANSIEDADE DEPRESSÃO SOMÁTICO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS A principal característica de indivíduos que possuem transtorno de sintomas somáticos é a identificação pelo indivíduo de sintomas físicos que provocam sofrimento e perturbação da vida diária. Os sintomas somáticos podem ser específicos, como uma dor localizada em determinada região e também mais generalizados, como uma sensação de mal-estar geral ou fadiga. Frequentemente, os sintomas somáticos não possuem uma explicação médica evidente, porém é importante ressaltar que o sofrimento do indivíduo é autêntico e não pode ser minimizado. O que ocorre é que, em alguns casos, o sofrimento não pode ser explicado em termos médicos. O início desse transtorno pode ocorrer após uma doença médica concomitante. Por exemplo, um indivíduo pode ter a sua funcionalidade reduzida devido a um transtorno de sintomas somáticos após a ocorrência de um infarto do miocárdio sem complicações, mesmo que o infarto em si não resulte em alguma incapacidade específica. Indivíduos com esse transtorno tendem a apresentar muitas preocupações em relação a doenças, avaliando sintomas corporais como demasiadamente ameaçadores, perigosos, nocivos ou problemáticos. É comum também que esses indivíduos pensem o pior da própria saúde e que as preocupações com a saúde e o medo de doenças assumam uma posição central na vida da pessoa. É recorrente também a procura frequente de serviços médicos que não resultam em uma diminuição da angústia sentida pela pessoa. TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA A característica principal para o diagnóstico de um transtorno de ansiedade de doença é a preocupação excessiva, que gera prejuízos na vida do indivíduo, em ter ou contrair uma doença grave. É importante destacar que, nesse caso, os sintomas somáticos não estão presentes, ou seja, o indivíduo não identifica a existência de mal-estar físico, mas sim apresenta medo de contrair uma determinada condição médica. O indivíduo diagnosticado com esse transtorno tem perdas substanciais em sua funcionalidade, uma vez que suas preocupações e respostas de ansiedade acabam interferindo em suas interações sociais, no desempenho profissional e na vida familiar. Critérios diagnósticos do transtorno de ansiedade de doença: Além disso, os sintomas não são melhor explicados por outro transtorno mental, como: transtorno de sintomas somáticos; transtorno de pânico; transtorno de ansiedade generalizada; transtorno dismórfico corporal; transtorno obsessivo-compulsivo; transtorno delirante.O transtorno, é conhecido antigamente por “Hipocondria” é quando a pessoa tem um medo excessivo e irracional de estar ou que vai contrair alguma doença. Os níveis de ansiedade com relação a sua saúde são muito altos, gerando muita preocupação e estresse para quem tem esse transtorno. A observação interna fica ampliada, tentando mapear qualquer possível sinal de alguma doença ou problema. TRANSTORNO CONVERSIVO Uma das principais características do transtorno conversivo ou transtorno de sintomas neurológicos funcionais é a presença de sintomas motores e sensoriais sem explicação ou conexão com uma doença neurológica. Assim, faz-se necessária uma investigação clínica criteriosa que indique com segurança que a presença dos sintomas motores/sensoriais é incompatível com um determinado quadro neurológico ou médico. Confira a seguir os sintomas de cada um deles: Sintomas motores Fraqueza ou paralisia, tremores e outras anormalidades. Sintomas sensoriais Sensação tátil, visão ou audição alteradas. Também pode haver sintomas de tremores generalizados, que se assemelham a crises epiléticas (convulsões psicogênicas), além de episódios de ausência de resposta. Esse transtorno pode se manifestar em qualquer momento da vida, sendo que indivíduos com esse transtorno podem apresentar grande incapacidade para realização das atividades do cotidiano, já que a gravidade da incapacidade pode ser comparável à vivenciada por pessoas com doenças médicas comparáveis. Os critérios diagnósticos do transtorno conversivo são: Um ou mais sintomas de função motora ou sensorial alterada. Achados físicos que evidenciam incompatibilidade entre o sintoma e as condições médicas ou neurológicas encontradas. FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS CONDIÇÕES MÉDICAS A principal característica diagnóstica dessa condição é a presença de fatores psicológicos ou comportamentais que são clinicamente significativos e que afetam de maneira adversa uma condição médica de maneira a prejudicar o seu tratamento ou agravar o seu curso. Ou seja, esses fatores, quando presentes, constituem um risco adicional à saúde ao influenciar a condição médica primária. Esses fatores psicológicos podem ser, por exemplo, a presença de: sofrimento psicológico; ansiedade; depressão; eventos estressantes da vida; traços de personalidade; padrões de interação social; estilos de enfrentamento e comportamentos de saúde mal-adaptativos, como negação do quadro da doença, má adesão às recomendações e minimização dos riscos. Os critérios diagnósticos são: Um sintoma ou condição médica (que não um transtorno mental) está presente. Fatores psicológicos ou comportamentais. É importante destacar que há uma associação temporal entre o agravamento, a manutenção, a ocorrência ou o impedimento de recuperação da condição médica e os fatores psicológicos. TRANSTORNO FACTÍCIO O transtorno factício tem como principal característica a falsificação intencional de sinais e sintomas médicos ou psicológicos em si ou em outras pessoas. Importante: quando o indivíduo falsifica uma doença em outra pessoa, o diagnóstico é de transtorno factício imposto a outro. Isso significa que quem recebe o diagnóstico é o agente (que falsifica a doença), e não a vítima. Esse é o caso que podemos observar da mãe que falsifica a doença de seu filho, levando a criança a receber, em alguns casos, tratamento sem necessidade. O processo diagnóstico implica na realização de uma avaliação que indique que o indivíduo intencionalmente busca falsear, simular ou até mesmo causar sinais ou sintomas de doença ou lesão mesmo que na ausência de recompensas externas óbvias. A pessoa para falsear o sintoma pode exagerar sintomas, simular, induzir e até mesmo fabricá-los. Segundo o DSM-V, “Transtornos factícios têm semelhanças com transtornos por uso de substância, transtornos alimentares, transtornos do controle de impulsos, transtorno pedofílico e alguns outros transtornos relacionados tanto à persistência do comportamento quanto aos esforços intencionais de ocultar o comportamento perturbado por meio de fraude” (APA, 2014, p. 326). Dessa forma, coloca-se como um transtorno de difícil diagnóstico, uma vez que a pessoa em questão busca, de maneira resistente, ocultar o comportamento de falsear uma determinada doença. OUTRO TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS Além dos transtornos apresentados, pode ser possível que um determinado indivíduo apresente um conjunto de sintomas característico de um transtorno de sintomas somáticos/transtorno relacionado e que causa um sofrimento significativo e/ou prejuízo em seu funcionamento, mas que, apesar disso, não há o atendimento para todos os critérios dos transtornos apresentados. Nesses casos, considera-se que o indivíduo pode apresentar um outro transtorno de sintomas somáticos e transtorno relacionado especificado. Transtorno de sintomas somáticos breve Duração dos sintomas inferior a seis meses Transtorno de ansiedade de doença breve Duração dos sintomas inferior a seis meses Transtorno de ansiedade de doença sem comportamentos excessivos relacionados à saúde Critério D para transtorno de ansiedade de doença não é atendido Pseudociese Falsa crença de estar grávida associada a sinais objetivos e sintomas relatados de gravidez O indivíduo também pode ser diagnosticado com um transtorno de sintomas somáticos e transtorno relacionado não especificado em casos nos quais características de um transtorno de sintoma somático e transtorno relacionado causam sofrimento significativo e/ou prejuízo funcional para o indivíduo, mas, apesar disso, esses sintomas não satisfazem todos os critérios para qualquer transtorno na classe diagnóstica de transtorno de sintomas somáticos e transtorno relacionado não especificado. Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO TRANSTORNO DO PÂNICO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS �DO TRANSTORNO DE PÂNICO AGORAFOBIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA AGORAFOBIA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA AGORAFOBIA Número do slide 11 MUTISMO SELETIVO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO MUTISMO SELETIVO FOBIA ESPECÍFICA Transtorno de ansiedade social (fobia social) CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS De ansiedade social Transtorno de ansiedade generalizada (tag) CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS do tag Número do slide 19 TRANSTORNO INDUZIDO POR OUTRA SUBSTÂNCIA OU CONDIÇÃO MÉDICA Transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento� Número do slide 22 Transtorno de ansiedade devido a outra condição médica� � Número do slide 25 Os transtornos de sintomas somáticos� Número do slide 27 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Transtorno de ansiedade de doença� Transtorno conversivo� Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas� Transtorno factício� Outro transtorno de sintomas somáticos�
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