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TRANS PSICOP ANSIEDADE E SOMÁTICOS COMPLETO

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ANSIEDADE
TRANSTORNO PSICOPATOLÓGICO
PROFª NAYANA MOURA
2
MEDO – É UMA RESPOSTA EMOCIONAL 
ANSIEDADE – É UM SOFRIMENTO ANTECIPADO DO FUTURO
RESULTADO:
ESTÍMULO REAL OU IMAGINÁRIO DE PERIGO
LUTA OU FUGA DO AMBIENTE – UMA RESPOSTA DO CORPO
O medo e a ansiedade são considerados 
adaptativos quando apresentados em certos 
níveis em determinadas situações. Por exemplo, é 
protetivo que experenciemos o medo em 
situações de risco iminente para nossa vida, 
assim como é protetivo sentir algum nível de 
ansiedade em situações nas quais precisamos 
nos preparar para algum momento importante 
das nossas vidas.
Entretanto, o medo e a ansiedade que 
vivenciamos de forma adaptativa em nosso 
cotidiano são muito diferentes dos quadros que 
caracterizam os transtornos de ansiedade. Para 
ser considerado um transtorno, essas respostas 
ocorrem de maneira excessiva e/ou persistem 
para além de períodos apropriados, prejudicando 
a qualidade de vida do indivíduo. Assim, os 
transtornos de ansiedade se diferenciam dos 
sentimentos de medo e ansiedade provisórios, 
que fazem parte da vida e que são associados a 
eventos estressores pontuais, por serem 
persistentes (em geral durando cerca de seis 
meses ou mais no caso de adultos) e mais 
intensos.
Atenção!
Os transtornos de ansiedade que serão apresentados a 
seguir são diagnosticados somente em situações em que os 
sintomas identificados não são consequência de uso de 
substâncias, medicamentos, outra condição médica ou não 
podem ser melhor explicados por outro transtorno mental. 
Por causa disso, um diagnóstico diferencial que considere 
diferentes hipóteses a serem avaliadas é essencial!
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
O transtorno de ansiedade de separação é mais comum em crianças. 
A principal característica do transtorno de ansiedade de separação é o 
medo ou ansiedade envolvendo a ocorrência da separação de casa ou 
de figuras próximas à criança (figuras de apego), sendo uma 
ansiedade que excede o que seria esperado para a faixa etária do 
indivíduo.
Períodos de maior intensidade de ansiedade de separação de figuras 
de apego são comuns e esperados em bebês pequenos, com cerca de 
1 ano de idade. Já o transtorno de ansiedade de separação ocorre em 
crianças acima dessa idade, em qualquer momento da infância e de 
forma menos comum na adolescência.
Exemplo:
Em casos de crianças, elas podem evitar ir à escola, passar tempo 
com os amigos, dormir sozinhas. Em casos de adolescentes, eles 
podem evitar viagens, trabalhos e saída de casa para morar longe dos 
pais e estudar em uma universidade.
 Raramente o transtorno de ansiedade de 
separação persiste para além da adolescência, 
ou seja, para a vida adulta.
 No caso de crianças, é comum a comorbidade 
do transtorno de ansiedade de separação com 
o transtorno de ansiedade generalizada e de 
fobia específica.
 As pessoas que apresentam transtorno de 
ansiedade de separação podem ter prejuízos, 
uma vez que podem limitar as atividades que 
realizam de forma independente, longe de sua 
casa e das figuras de apego.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
Em termos de critérios diagnósticos, temos principalmente para esse transtorno a presença de medo ou de ansiedade 
que são considerados demasiados ou impróprios, tendo em vista a fase de vida em que a pessoa se encontra, 
envolvendo a separação daquelas pessoas pelas quais o indivíduo apresenta afeto e apego. Segundo o DSM-V, essa 
situação deve ser evidenciada em pelo menos um dos aspectos a seguir:
 Sofrimento demasiado e frequente quando o indivíduo se afasta de sua residência ou das pessoas a quem possui 
apego ou quando o indivíduo prevê que essa situação pode vir a ocorrer.
 Preocupação demasiada e frequente, que persiste ao longo do cotidiano, sobre possibilidades de perda ou de perigos 
daqueles indivíduos aos quais a pessoa é apegada, temendo catástrofes, situações de saúde, desastres ou morte.
 Resistência a sair de casa e ir a outros lugares, como escola e trabalho, por causa do medo de se separar das figuras 
de apego.
 Medo frequente e excessivo ou resistência em ficar sozinho ou sem as pessoas pelas quais o indivíduo tem apego.
 Resistência excessiva em passar a noite longe de casa ou sem estar próximo a uma figura importante de apego.
 Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação.
 Presença com frequência de queixas de sintomas físicos somáticos (p.ex., dores de cabeça, dores abdominais ou 
vômitos) quando acontece a separação de figuras de apego ou quando o indivíduo antecipa essa separação.
A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, acadêmico, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
TRANSTORNO DO PÂNICO
O transtorno de pânico é o diagnóstico dado a pessoas que apresentam ataques de pânico inesperados de maneira 
recorrente. O ataque de pânico é um surto abrupto de medo ou de desconforto intenso no qual ocorrem quatro ou 
mais sintomas apresentados nos critérios diagnósticos.
Devemos considerar que a gravidade e a frequência de ocorrência de ataques de pânico podem variar de maneira 
considerável para cada indivíduo.
Algumas pessoas apresentam com maior frequência, por 
exemplo, diariamente ou semanalmente, enquanto outras 
apresentam com menor frequência, por exemplo, mensalmente 
ou em anos espaçados. É muito frequente a comorbidade do 
transtorno de pânico com outros transtornos de ansiedade.
Muitas vezes o ataque de pânico é acompanhado de 
preocupações físicas, como a preocupação de que a presença 
de um determinado sintoma como a taquicardia pode 
representar uma ameaça à vida da pessoa, e não uma situação 
de ansiedade intensa.
PÂNICO
palpitação
tremores
taquicardia
Sudorese
sensação 
de asfixia
Sensação 
de falta de 
ar
Medo de 
perder o 
controle
Medo de 
morrer
Sensações de 
irrealidade ou 
de estar se 
distanciando 
de si
Ondas de 
calor ou 
calafrios
Dor ou 
desconforto 
intenso 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
DO TRANSTORNO DE PÂNICO Definimos um ataque de pânico 
como um surto abrupto de medo 
intenso ou desconforto intenso.
Devemos considerar que esses 
sintomas não podem ser causados 
por efeitos de substâncias 
psicoativas como drogas e 
medicamentos ou por outra 
condição de saúde. Além disso, 
esses sintomas não podem ser 
melhor explicados por outro 
transtorno mental. 
Por exemplo, os ataques 
de pânico não ocorrem 
apenas diante de 
situações sociais ou 
estímulos específicos, em 
resposta à lembrança de 
situações traumáticas, 
como no transtorno de 
estresse pós-traumático, 
ou em resposta à 
separação de figuras de 
apego, como no transtorno 
de ansiedade de 
separação.
AGORAFOBIA
 A agorafobia se caracteriza pelo medo ou ansiedade acentuados que são desencadeados pela exposição a 
determinadas situações.
 A exposição à situação que desencadeia a reação de medo/ansiedade pode ser real, quando o indivíduo está no 
local que funciona como gatilho, ou imaginária, quando o indivíduo imagina que está no local ou pensa sobre a 
situação que gera a resposta de ansiedade.
 O medo, a ansiedade e a esquiva da situação devem ser desproporcionais ao perigo real apresentado pela situação 
que desencadeia a reação. A intensidade da reação de medo/ansiedade pode variar, a depender da proximidade da 
situação que é temida. Por exemplo, a reação pode ser mais intensa em contextos em que a pessoa está 
concretamente na situação do que quando ela imagina estar na situação.
 O diagnóstico prevê que os sintomas ocorram em situações como uso de transporte público, permanência em locais 
abertos, em locais fechados, em meio a uma multidão ou sair de casa sozinho.
 Assim, a agorafobia associa-se a um prejuízo considerável em termos da funcionalidade e da capacidade de 
desempenhar tarefas, uma vez que o indivíduo busca se esquivar de situações potencialmente eliciadoras das 
respostas de medo e ansiedade.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA AGORAFOBIA
Emtermos de principais critérios diagnósticos para esse transtorno, temos a ocorrência da resposta de medo ou 
ansiedade intensos e que geram prejuízos clínicos na vida do indivíduo
O indivíduo com esse transtorno evita de maneira ativa essas situações devido a pensamentos catastróficos 
no sentido de não ter apoio disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas 
incapacitantes ou constrangedores. Tais situações quase sempre ou sempre vão provocar as respostas de 
medo ou ansiedade, não ocorrendo apenas ocasionalmente. Além disso, essas respostas de medo e de 
ansiedade são desproporcionais aos perigos iminentes apresentados e considerando o contexto 
sociocultural do indivíduo. As respostas são persistentes, durando mais de seis meses.
Além disso, os sintomas não são melhor explicados por outros transtornos mentais, como sintomas que não 
são relacionados apenas à fobia específica e não estão relacionados exclusivamente a obsessões (como no 
transtorno obsessivo-compulsivo). Os incômodos não se relacionam à percepção que o indivíduo possa ter 
de falhas ou defeitos de sua aparência física e preocupação com isso (como no transtorno dismórfico 
corporal) ou medo de separação (como no transtorno de ansiedade de separação).
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA AGORAFOBIA
Utilização de meio de transporte público Ficar em locais abertos Sair de casa sozinho
Ficar em locais abertos Permanecer em meio a uma multidão
Mutismo seletivo, fobia social, outras fobias e TAG
Mutismo seletivo, fobia social, 
outras fobias e TAG
MÓDULO 2
MUTISMO SELETIVO
A principal característica de pessoas com mutismo seletivo é a não 
iniciação de conversas ou a não resposta quando lhe dirigem a 
palavra, acompanhada de uma intensa ansiedade social. Esse 
fracasso na interação social pode acontecer tanto em crianças 
quanto em adultos. É importante destacar que pessoas com 
mutismo seletivo poderão falar na presença de pessoas 
específicas, como membros de sua família mais próxima.
O mutismo seletivo resulta em um grande prejuízo e isolamento 
social, o que pode gerar também um prejuízo acadêmico, uma vez 
que crianças com mutismo seletivo não interagirão no ambiente 
escolar e deixarão de comunicar aos professores suas dúvidas e 
necessidades. Além disso, é comum a comorbidade com outros 
transtornos de ansiedade, em específico, com o transtorno de 
ansiedade social.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO MUTISMO SELETIVO
Temos como principal critério diagnóstico a falha frequente e 
persistente para falar em situações sociais específicas nas quais 
se espera que as pessoas se expressem, como apresentações 
escolares e no trabalho. Essas perturbações geram prejuízos para 
o indivíduo, inclusive de aquisições acadêmicas, na comunicação 
com pessoas próximas e na realização profissional. A duração 
mínima da perturbação é um mês (excetuando o primeiro mês de 
escola).
Além disso, esses sintomas não podem ser melhor explicados por 
outras dificuldades na comunicação, como aquelas devidas aos 
seguintes transtornos:
•Transtorno de espectro autista.
•Transtorno psicótico.
•Esquizofrenia.
•Transtorno da fluência com início na infância.
Avaliação:
Problema atual: início, gatilhos, situações onde 
ocorrem, sintomas ansiosos associados. Terapêutica 
já utilizada e eficácia.
Temperamento da criança e características 
familiares.
Desenvolvimento neuropsicomotor e da linguagem.
Excluir problemas clínico que possam aumentar a 
ansiedade.
História escolar: idade de início, escola, quantos 
turnos, adaptação, mudanças escolares, de 
professores, etc
Avaliar a interação social, linguagem não verbal e a 
inteligência
Sempre mais de um informante, incluindo professor
*Escalas para mutismo (medidas de gravidade e não de 
diagnóstico)
*The Selective Mutism Questionnaire – pais (Bergman, 
2013): casa/escola/outras situações sociais.
*School Speech Questionnaire- professores (Bergman, 
2002)
FOBIA ESPECÍFICA
A principal característica desse transtorno é que a 
resposta de medo e de ansiedade está restrita a uma 
situação ou objeto específico, denominado estímulo 
fóbico. Para realização do diagnóstico, a resposta 
apresentada deve ser diferente (em intensidade e 
frequência) dos medos normais que são transitórios e 
que comumente as pessoas experienciam, além de 
desproporcional ao perigo real. Em adição, a fobia deve 
causar sofrimento clinicamente significativo e/ou 
prejuízo no funcionamento social do indivíduo.
Critérios diagnósticos da fobia específica
Como critérios diagnósticos principais para esse 
transtorno, temos a resposta intensa de medo ou 
ansiedade em relação a um objeto específico ou a uma 
situação, como voar, alturas, animais específicos como 
aranhas etc. Vejamos a seguir um pouco mais sobre o 
diagnóstico.
Nessas situações, o foco ou o medo/ansiedade provoca uma 
resposta imediata, sendo ativamente evitado ou suportado 
com intensa ansiedade ou sofrimento e gerando um 
sofrimento clinicamente significativo
Deve considerar também que os sentimentos, precisam ser 
desproporcionais à ameaça real que o objeto oferece e à 
realidade sociocultural do indivíduo, além de possuir duração 
mínima de seis meses
Ainda, o sintoma não é melhor explicado por sintomas de 
outros transtornos, como pânico, agorafobia e obsessões, 
evocação de eventos traumáticos (como TEPT)
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)
A principal característica do transtorno de ansiedade social é o medo ou a ansiedade intensa ou acentuada quando o 
indivíduo se encontra em uma situação social na qual ele identifica que pode ser avaliado pelos outros. A 
preocupação central da pessoa com transtorno de ansiedade social é de que será julgada pelas pessoas de forma 
negativa.
O transtorno de ansiedade social pode gerar muitos prejuízos para o indivíduo, como as seguintes:
•Dificuldades no ambiente escolar e evasão escolar.
•Dificuldades no ambiente de trabalho.
•Prejuízos em seu bem-estar.
•Dificuldades em estabelecer relações significativas.
Atenção!!
A timidez é um traço de personalidade e uma característica individual e, por causa disso, não pode ser confundida com 
ansiedade social! Deve ser avaliado se há um impacto importante no funcionamento do indivíduo, gerando sofrimento no âmbito 
social, profissional ou em outras áreas da vida do indivíduo, bem como a atenção aos critérios diagnósticos.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE ANSIEDADE SOCIAL
Esse transtorno tem como critério diagnóstico medo ou ansiedade 
acentuada em relação a uma ou mais situações sociais em que o 
indivíduo é exposto a uma possível avaliação por outras pessoas. 
Confira a seguir alguns exemplos:
Interações sociais: Manter uma conversa, encontrar pessoas que 
não são familiares
Ser observado: Comendo ou bebendo
Situações de desempenho diante de outros: Proferir palestras
Nesses casos, o indivíduo teme agir de forma a demonstrar 
sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente. Assim, 
o indivíduo se esquiva frequentemente dessas situações.
Importante destacar que a resposta é incompatível com a ameaça 
real apresentada pela situação e seu contexto sociocultural. Além 
disso, as respostas de medo e ansiedade causam um sofrimento 
clinicamente significativo, com prejuízos nos âmbitos sociais, 
profissionais ou outras áreas importantes.
Além disso, o medo, a ansiedade ou a 
esquiva não são melhor compreendidos 
pelos sintomas de outro transtorno 
mental, como transtorno de pânico, 
transtorno dismórfico corporal ou 
transtorno do espectro autista.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) se caracteriza pela 
ocorrência de ansiedade e de preocupação excessiva perante 
diferentes atividades e acontecimentos. Nesse sentido, os indivíduos, 
de maneira geral, tendem a antecipar situações desastrosas e 
negativas em diferentes contextos. A preocupação e a reação de 
ansiedade devem ser desproporcionais à probabilidade real de 
ocorrência do evento que o indivíduo antecipa e/ouao impacto 
negativo desse evento.
É importante destacar que experenciar sentimentos de ansiedade é 
considerado normal e inclusive é algo esperado ao longo de nossas 
vidas. Porém, deve-se fazer a diferença entre a ansiedade não 
patológica e a ansiedade que configura o transtorno de ansiedade 
generalizada.
As preocupações associadas ao transtorno de ansiedade generalizada 
são excessivas e interferem de forma significativa na vida do 
indivíduo, além de serem mais intensas, disseminadas, angustiantes e 
terem maior duração quando comparadas com um sentimento de 
ansiedade não patológico.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TAG
Nesses casos, a ansiedade e a preocupação excessiva acontecem na 
maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos 
ou atividades (tais como interações sociais, relacionamentos, 
contextos acadêmicos ou profissional). De maneira geral, o indivíduo 
considera difícil controlar a preocupação, gerando sofrimento clínico 
importante e prejuízo em seu funcionamento. As perturbações não 
se devem a efeitos fisiológicos de medicamentos, substâncias ou a 
alguma condição médica específica. Além disso, a ansiedade está 
associada a pelo menos três dos seguintes sintomas:
•Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
•Fatigabilidade.
•Dificuldade em se concentrar ou sensações de “branco” na mente.
•Irritabilidade.
•Tensão muscular.
•Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou 
sono insatisfatório e inquieto).
Além disso, os sintomas de ansiedade não podem ser melhor 
entendidos pelo diagnóstico de outro transtorno mental, como 
ansiedade ou preocupação devido à possibilidade de apresentar 
ataques de pânico, o que seria comum em casos de transtorno de 
pânico, e preocupação com a avaliação negativa de outros 
indivíduos, comum no caso de pessoas com transtorno de ansiedade 
social. Também não pode ser melhor explicado por diagnósticos de 
transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade de separação, 
transtorno de estresse pós-traumático ou por ganho de peso na 
anorexia nervosa.
Outros Transtornos 
de Ansiedade
MÓDULO 3
TRANSTORNO INDUZIDO POR OUTRA SUBSTÂNCIA OU 
CONDIÇÃO MÉDICA
Além dos transtornos de ansiedade como um quadro clínico primário, é possível a identificação de uma resposta de 
ansiedade por causa de um contexto e de características/condições do indivíduo que são anteriores à manifestação do 
transtorno de ansiedade.
Em outras palavras, em algumas situações, certos fatores precedem (e causam) o transtorno de ansiedade. Existem 
dois tipos de transtornos de ansiedade que são induzidos, confira:
•Transtorno de ansiedade induzido por substância e/ou medicamento.
•Transtorno de ansiedade induzido por outra condição médica.
Por mais que os sintomas de ansiedade sejam similares em termos de 
diagnóstico e de tratamento, é importante a identificação cuidadosa das causas 
do transtorno de ansiedade, uma vez que, em casos de transtornos de ansiedade 
induzidos por outros fatores, a consideração desses fatores e seu tratamento no 
atendimento clínico é fundamental tendo em vista a diminuição dos sintomas.
Por mais que os sintomas de ansiedade sejam similares em termos de 
diagnóstico e de tratamento, é importante a identificação cuidadosa das causas 
do transtorno de ansiedade, uma vez que, em casos de transtornos de ansiedade 
induzidos por outros fatores, a consideração desses fatores e seu tratamento no 
atendimento clínico é fundamental tendo em vista a diminuição dos sintomas.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE INDUZIDO POR 
SUBSTÂNCIA/MEDICAMENTO
A principal característica de um transtorno de ansiedade induzido por substância ou 
medicamento é que o quadro de ansiedade ou de pânico bem como as respostas 
decorrentes desse quadro são consequência dos efeitos de uma substância utilizada pelo 
indivíduo. Isso ocorre quando, por exemplo, a ansiedade é desencadeada por uso de alguma 
droga de abuso, medicamento ou exposição a alguma toxina. Certas substâncias que 
podem causar esse tipo de transtorno são as anfetaminas, cocaína, heroína, maconha, LSD, 
álcool, doses concentradas de cafeína e diferentes medicamentos.
Para esse transtorno ser considerado, os sintomas devem ocorrer durante ou logo após a 
intoxicação da substância ou durante o período de abstinência. Ou seja, quando há a 
privação do uso de determinada substância que o indivíduo estava anteriormente 
acostumado a consumir.
Atenção: Em casos em que o indivíduo já apresentava sintomas de ansiedade e de pânico em momentos anteriores à administração 
do medicamento ou do uso da droga ou naqueles em que mantém os sintomas mesmo após um longo período após a abstinência 
(em geral, por mais de um mês), o diagnóstico de transtorno de ansiedade induzido por substância ou medicamento não pode ser 
dado! Se os sintomas de ansiedade persistem por períodos maiores, outras causas para esses sintomas devem ser investigadas.
Os tipos de substâncias que podem desencadear um 
transtorno:
A intoxicação pode desencadear pânico ou ansiedade: 
Álcool, cafeína, Cannabis, fenciclidina, outros alucinógenos, 
inalantes e estimulantes (incluindo cocaína), opioides, 
sedativos, hipnóticos, ansiolíticos.
Medicamentos que podem evocar sintomas de ansiedade: 
Anestésicos e analgésicos, simpatomiméticos ou outros 
broncodilatadores, anticolinérgicos, insulina, compostos para 
tireoide, contraceptivos orais, anti-histamínicos, 
medicamentos antiparkinsonianos, corticosteroides, 
medicamentos anti-hipertensivos e cardiovasculares, 
anticonvulsivantes, carbonato de lítio, medicamentos 
antipsicóticos e medicamentos antidepressivos.
Metais pesados ou toxinas que podem causar sintomas de 
ansiedade: Inseticidas organofosforados, gases asfixiantes, 
monóxido de carbono, dióxido de carbono e substâncias 
voláteis, como gasolina e tinta.
Devido às características do transtorno, exames laboratoriais 
como exames toxicológicos podem auxiliar o processo de 
diagnóstico, uma vez que permitem a mensuração do nível de 
intoxicação por determinada substância. Os critérios 
diagnósticos do transtorno de ansiedade induzido por 
substância ou medicamento são:
A. Ataques de pânico ou ansiedade proeminente que 
predominam no quadro clínico.
B. Evidências, a partir da história, do exame físico ou de 
achados laboratoriais, de (1) ou (2):
1. Os sintomas no critério A se desenvolveram durante ou logo 
após a intoxicação ou abstinência de substância ou após 
exposição a um medicamento.
2. A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir os 
sintomas no critério A.
Em termos de diagnóstico diferencial, deve-se estar atento para 
os sintomas de ansiedade não serem melhor explicados devido 
à presença de um transtorno de ansiedade que não foi induzido 
pela substância/medicamento. Isso é possível observar em 
casos nos quais os sintomas de ansiedade já existiam em 
períodos anteriores à utilização da substância/medicamento e 
a não diminuição dos sintomas mesmo após a ausência do 
consumo e passado um possível período de abstinência.
Opioides: Morfina e codeína são opiáceos naturais, extraídas do ópio 
escorrido da planta, cuja flor é a papoula. A heroína é opioide semi-
sintético, resultantes de modificações químicas parciais da morfina. 
Feniclidina: são drogas quimicamente similares utilizadas para 
anestesia, que às vezes são usadas de maneira recreativa
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DEVIDO A OUTRA 
CONDIÇÃO MÉDICA
O transtorno de ansiedade devido a outra condição médica é diagnosticado em situações em que são 
detectados sintomas de ansiedade que são clinicamente significativos e que não são mais explicados pelo 
efeito de um medicamento ou por outros aspectos da vida do indivíduo.
Assim, a ansiedade devido a outra condição médica é diagnosticada quando a condição médica induz a 
ansiedade e é anterior à presença de sintomas de ansiedade. Por causa disso, sua duração está condicionada à 
duração da doença primária, que é subjacente.
É necessária uma investigação aprofundada e cuidadosapara a realização de um diagnóstico diferencial, com o 
objetivo de avaliar os fatores que podem estar relacionados com os sintomas de ansiedade.
Assim, o primeiro passo em uma investigação criteriosa e abrangente dos possíveis fatores seria identificar se 
existe uma condição médica que explicaria a ansiedade, para, a partir disso, avaliar se existe uma associação 
temporal entre o início da condição médica e os sintomas de ansiedade, se há presença de aspectos atípicos 
para os demais transtornos de ansiedade (idade de início/curso do transtorno), bem como indicações de que o 
transtorno é melhor explicado pela condição médica do que por fatores ambientais e individuais da pessoa.
As condições médicas que podem incluir a 
ansiedade como um dos sintomas:
 Doenças endócrinas: hipertireoidismo, 
hipoglicemia e hipercortisolismo
 Distúrbios vasculares: insuficiência cardíaca 
congestiva, embolia pulmonar e arritmias
 Doenças respiratórias: doença pulmonar 
obstrutiva crônica, asma e pneumonia
 Doenças neurológicas: neoplasias (benigno 
ou maligno), disfunção vestibular (É 
caracterizada por uma perturbação do 
funcionamento do sistema vestibular, 
podendo acometer desde os órgão que 
compõe o labirinto, até mesmo o nervo 
vestibular ou ainda núcleos vestibulares e 
estruturas adjacentes, muitas vezes 
ocasionando desequilíbrio, tonturas, vertigens 
e desorientação espacial), encefalite e 
transtornos convulsivos
Os critérios diagnósticos do transtorno de ansiedade devido a outra condição médica são:
 Ataques de pânico ou ansiedade predominantes no quadro clínico.
 Evidências, a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais, de que a perturbação é a consequência 
fisiopatológica direta de outra condição médica.
Transtornos de 
sintomas somáticos 
e seus subtipos
OS TRANSTORNOS DE SINTOMAS SOMÁTICOS
Os transtornos de sintomas somáticos representam uma classe 
diagnóstica que tem como centralidade a presença de sintomas 
somáticos ou sintomas físicos, como dores, palpitações, entre 
outros. Esses sintomas são perturbadores para o indivíduo e se 
associam a pensamentos, sentimentos e comportamentos 
anormais.
Esse quadro pode ser acompanhado inclusive pela ausência de 
uma explicação médica para esses sintomas, mas não 
necessariamente. Desse modo, a ênfase principal é na relação que 
é estabelecida pelo indivíduo com os sintomas em questão.
Assim, o que se apresenta como principal característica de 
indivíduos com algum transtorno somático não diz respeito aos 
sintomas somáticos em si, mas a relação que o indivíduo 
estabelece com esses sintomas e a forma como o indivíduo 
interpreta a sua ocorrência.
Atenção: Segundo o DSM-V, embora seja frequente a associação entre os sintomas somáticos e o sofrimento psicológico e a 
psicopatologia, alguns transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados podem surgir de forma espontânea, sem a 
identificação dos fatores que causam o transtorno!
 Com isso, temos a integração de aspectos afetivos, 
cognitivos e comportamentais aos critérios 
diagnósticos, que compõem o transtorno, em 
conjunto com os sintomas somáticos propriamente 
ditos.
 É possível também a ocorrência de comorbidades, 
como, por exemplo, de um transtorno depressivo 
maior que se manifesta também com sintomas 
somáticos. Não podemos descartar que o transtorno 
depressivo seja o responsável pelos sintomas 
somáticos, mas também é possível que os dois 
transtornos coexistam, ocorrendo paralelamente 
para um momento na vida do indivíduo. 
Transtornos de ansiedade e transtornos depressivos podem acompanhar os transtornos de 
sintomas somáticos. Nesses casos, os transtornos somáticos, quando em conjunto com 
transtornos de ansiedade e de depressão, acrescentam um maior nível de gravidade e de 
complexidade aos casos, resultando em maior sofrimento para o indivíduo, prejuízo em sua 
funcionalidade cotidiana e até mesmo dificuldade de adesão aos tratamentos tradicionais.
Muitos fatores podem contribuir para o desenvolvimento de um transtorno de sintoma somático, 
veja a seguir:
 Vulnerabilidade genética e biológica.
 Experiências traumáticas precoces.
 Aprendizagem (como a atenção obtida por causa da doença e ausência de reforço de 
expressões não somáticas de sofrimento).
Além disso, aspectos culturais e sociais que não propiciam o compartilhamento do sofrimento 
psicológico e a validação de emoções difíceis, como a tristeza, e que dão mais importância ao 
sofrimento físico podem ser uma condição propícia para indivíduos relatarem o sofrimento psíquico 
de forma indireta, por meio da descrição de sintomas físicos.
É comum que o indivíduo com transtorno somático não reconheça o seu sofrimento mental e que, 
ao invés de procurar um serviço de saúde mental, busque um contexto clínico geral, pensando 
tratar-se de um aspecto de saúde física.
Importante: até no DSM-IV o termo hipocondria era utilizado para se referir a pessoas com 
transtornos somáticos. Entretanto, esse termo deixou de ser utilizado no DSM-V por ser 
preconceituoso, estigmatizante e não considerar todos os aspectos do indivíduo. Assim, não é 
correto compreender que um indivíduo com transtornos somáticos “inventa” uma doença física, de 
forma manipulatória e relata sintomas que não existem (ou não têm uma base biológica), uma vez 
que essa descrição desconsidera a complexidade dos quadros, conforme serão apresentados nas 
seções seguintes.
ANSIEDADE
DEPRESSÃO
SOMÁTICO
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
A principal característica de indivíduos que possuem 
transtorno de sintomas somáticos é a identificação pelo 
indivíduo de sintomas físicos que provocam sofrimento 
e perturbação da vida diária. Os sintomas somáticos 
podem ser específicos, como uma dor localizada em 
determinada região e também mais generalizados, 
como uma sensação de mal-estar geral ou fadiga.
Frequentemente, os sintomas somáticos não possuem 
uma explicação médica evidente, porém é importante 
ressaltar que o sofrimento do indivíduo é autêntico e 
não pode ser minimizado. O que ocorre é que, em alguns 
casos, o sofrimento não pode ser explicado em termos 
médicos.
O início desse transtorno pode 
ocorrer após uma doença médica 
concomitante. Por exemplo, um 
indivíduo pode ter a sua 
funcionalidade reduzida devido a 
um transtorno de sintomas 
somáticos após a ocorrência de 
um infarto do miocárdio sem 
complicações, mesmo que o 
infarto em si não resulte em 
alguma incapacidade específica.
Indivíduos com esse transtorno tendem a apresentar muitas 
preocupações em relação a doenças, avaliando sintomas 
corporais como demasiadamente ameaçadores, perigosos, 
nocivos ou problemáticos. É comum também que esses 
indivíduos pensem o pior da própria saúde e que as 
preocupações com a saúde e o medo de doenças assumam 
uma posição central na vida da pessoa. É recorrente também a 
procura frequente de serviços médicos que não resultam em 
uma diminuição da angústia sentida pela pessoa.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA
A característica principal para o diagnóstico de um transtorno 
de ansiedade de doença é a preocupação excessiva, que gera 
prejuízos na vida do indivíduo, em ter ou contrair uma doença 
grave. É importante destacar que, nesse caso, os sintomas 
somáticos não estão presentes, ou seja, o indivíduo não 
identifica a existência de mal-estar físico, mas sim apresenta 
medo de contrair uma determinada condição médica.
O indivíduo diagnosticado com esse transtorno tem perdas 
substanciais em sua funcionalidade, uma vez que suas 
preocupações e respostas de ansiedade acabam interferindo 
em suas interações sociais, no desempenho profissional e na 
vida familiar.
Critérios diagnósticos do transtorno de ansiedade 
de doença:
Além disso, os sintomas não são melhor explicados 
por outro transtorno mental, como:
 transtorno de sintomas somáticos;
 transtorno de pânico;
 transtorno de ansiedade generalizada;
 transtorno dismórfico corporal;
 transtorno obsessivo-compulsivo;
 transtorno delirante.O transtorno, é conhecido antigamente por “Hipocondria” é quando a pessoa tem um medo excessivo e irracional 
de estar ou que vai contrair alguma doença. Os níveis de ansiedade com relação a sua saúde são muito altos, 
gerando muita preocupação e estresse para quem tem esse transtorno. A observação interna fica ampliada, 
tentando mapear qualquer possível sinal de alguma doença ou problema.
TRANSTORNO CONVERSIVO
Uma das principais características do transtorno conversivo ou transtorno de sintomas neurológicos funcionais é a 
presença de sintomas motores e sensoriais sem explicação ou conexão com uma doença neurológica. Assim, faz-se 
necessária uma investigação clínica criteriosa que indique com segurança que a presença dos sintomas 
motores/sensoriais é incompatível com um determinado quadro neurológico ou médico. Confira a seguir os sintomas de 
cada um deles:
Sintomas motores
Fraqueza ou paralisia, tremores e outras anormalidades.
Sintomas sensoriais
Sensação tátil, visão ou audição alteradas.
Também pode haver sintomas de tremores generalizados, que se assemelham a crises epiléticas (convulsões 
psicogênicas), além de episódios de ausência de resposta. Esse transtorno pode se manifestar em qualquer momento da 
vida, sendo que indivíduos com esse transtorno podem apresentar grande incapacidade para realização das atividades do 
cotidiano, já que a gravidade da incapacidade pode ser comparável à vivenciada por pessoas com doenças médicas 
comparáveis.
Os critérios diagnósticos do transtorno conversivo são:
 Um ou mais sintomas de função motora ou sensorial alterada.
 Achados físicos que evidenciam incompatibilidade entre o sintoma e as condições médicas ou neurológicas 
encontradas.
FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS 
CONDIÇÕES MÉDICAS
A principal característica diagnóstica dessa condição é a presença de fatores psicológicos ou comportamentais que são 
clinicamente significativos e que afetam de maneira adversa uma condição médica de maneira a prejudicar o seu tratamento ou 
agravar o seu curso. Ou seja, esses fatores, quando presentes, constituem um risco adicional à saúde ao influenciar a condição 
médica primária.
Esses fatores psicológicos podem ser, por exemplo, a presença de:
sofrimento psicológico;
 ansiedade;
 depressão;
 eventos estressantes da vida;
 traços de personalidade;
 padrões de interação social;
 estilos de enfrentamento e comportamentos de saúde mal-adaptativos, como negação do quadro da doença, má adesão às 
recomendações e minimização dos riscos.
Os critérios diagnósticos são:
 Um sintoma ou condição médica (que não um transtorno mental) está presente.
 Fatores psicológicos ou comportamentais.
É importante destacar que há uma associação temporal entre o agravamento, a manutenção, a ocorrência ou o impedimento de 
recuperação da condição médica e os fatores psicológicos.
TRANSTORNO FACTÍCIO
O transtorno factício tem como principal característica a falsificação intencional de sinais e sintomas médicos ou 
psicológicos em si ou em outras pessoas.
Importante: quando o indivíduo falsifica uma doença em outra pessoa, o diagnóstico é de transtorno factício imposto a 
outro. Isso significa que quem recebe o diagnóstico é o agente (que falsifica a doença), e não a vítima. Esse é o caso que 
podemos observar da mãe que falsifica a doença de seu filho, levando a criança a receber, em alguns casos, tratamento 
sem necessidade.
O processo diagnóstico implica na realização de uma avaliação que indique que o 
indivíduo intencionalmente busca falsear, simular ou até mesmo causar sinais ou 
sintomas de doença ou lesão mesmo que na ausência de recompensas externas 
óbvias. A pessoa para falsear o sintoma pode exagerar sintomas, simular, induzir e até 
mesmo fabricá-los.
Segundo o DSM-V, “Transtornos factícios têm semelhanças com transtornos por uso 
de substância, transtornos alimentares, transtornos do controle de impulsos, 
transtorno pedofílico e alguns outros transtornos relacionados tanto à persistência do 
comportamento quanto aos esforços intencionais de ocultar o comportamento 
perturbado por meio de fraude” (APA, 2014, p. 326). Dessa forma, coloca-se como um 
transtorno de difícil diagnóstico, uma vez que a pessoa em questão busca, de maneira 
resistente, ocultar o comportamento de falsear uma determinada doença.
OUTRO TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS
Além dos transtornos apresentados, pode ser possível que um determinado indivíduo apresente um conjunto de sintomas 
característico de um transtorno de sintomas somáticos/transtorno relacionado e que causa um sofrimento significativo 
e/ou prejuízo em seu funcionamento, mas que, apesar disso, não há o atendimento para todos os critérios dos transtornos 
apresentados. Nesses casos, considera-se que o indivíduo pode apresentar um outro transtorno de sintomas 
somáticos e transtorno relacionado especificado. 
Transtorno de sintomas somáticos breve
Duração dos sintomas inferior a seis meses
Transtorno de ansiedade de doença breve
Duração dos sintomas inferior a seis meses
Transtorno de ansiedade de doença sem 
comportamentos excessivos relacionados à saúde
Critério D para transtorno de ansiedade de doença 
não é atendido
Pseudociese
Falsa crença de estar grávida associada a sinais 
objetivos e sintomas relatados de gravidez
O indivíduo também pode ser diagnosticado com 
um transtorno de sintomas somáticos e transtorno 
relacionado não especificado em casos nos quais 
características de um transtorno de sintoma somático e 
transtorno relacionado causam sofrimento significativo 
e/ou prejuízo funcional para o indivíduo, mas, apesar 
disso, esses sintomas não satisfazem todos os critérios 
para qualquer transtorno na classe diagnóstica de 
transtorno de sintomas somáticos e transtorno 
relacionado não especificado.
	Número do slide 1
	Número do slide 2
	Número do slide 3
	TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
	CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
	TRANSTORNO DO PÂNICO
	CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS �DO TRANSTORNO DE PÂNICO
	AGORAFOBIA
	CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA AGORAFOBIA
	CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA AGORAFOBIA
	Número do slide 11
	MUTISMO SELETIVO
	CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO MUTISMO SELETIVO
	FOBIA ESPECÍFICA
	Transtorno de ansiedade social (fobia social)
	CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS De ansiedade social
	Transtorno de ansiedade generalizada (tag)
	CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS do tag
	Número do slide 19
	TRANSTORNO INDUZIDO POR OUTRA SUBSTÂNCIA OU CONDIÇÃO MÉDICA
	Transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento�
	Número do slide 22
	Transtorno de ansiedade devido a outra condição médica�
	�
	Número do slide 25
	Os transtornos de sintomas somáticos�
	Número do slide 27
	PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
	Transtorno de ansiedade de doença�
	Transtorno conversivo�
	Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas�
	Transtorno factício�
	Outro transtorno de sintomas somáticos�

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