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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA ARQUITETURA

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA ARQUITETURA
José Eduardo Sereno
01451477
Engenharia Civil
 A construção civil é um dos principais setores da indústria brasileira e está moldando nossa arquitetura habitacional. Nos últimos 15 anos, o país experimentou uma grande expansão neste campo, causada principalmente por dois fatores: rápido crescimento econômico e programas de moradias social. Estas mudanças econômico-sociais acabam por se traduzir em reflexos no campo da construção civil, impulsionando a busca por soluções inovadoras para que se atenda as velocidades e demandas surgidas no mercado de edificações residenciais.
 De acordo com Vaz (2002), pode-se constatar que a habitação coletiva surge no Brasil na segunda metade do século XIX, na forma de pousadas e casas públicas, que foram seguidas por outras formas arquitetônicas até o condomínio, que surgiu na segunda metade do século XIX, tornando-se o padrão habitacional mais importante para as classes média e alta das cidades contemporâneas. Além disso, de acordo com as palavras do mesmo autor, as casas combinadas tornaram-se uma categoria legal no século XIX, conceituada como oposição a propriedade individual solitária e habitação temporária. Em meados do século XX, o termo casa multifamiliar, em vez de casa unifamiliar, tornou-se uma categoria popular na teoria da arquitetura e nas legislações. 
 Diversas foram às transformações no decorrer dos anos e das sociedades, as quais, cada uma contribuiu com um conhecimento a mais no conceito e na forma de construção das edificações residenciais. Essa contribuição possibilitou mudanças, desde a evolução nas estruturas e nos métodos construtivos, passando pela mudança de costumes e hábitos, até as mudanças tecnológicas, que permitiram uma diminuição nos espaços necessários para a habitação. A literatura aponta quatro aspectos principais relacionados à perspectiva das transformações: Diversificação populacional devido ao surgimento de novos arranjos familiares; mudança de imagens e novos papéis da mulher na sociedade; morar e trabalhar lado a lado no mesmo espaço; a proliferação de novos equipamentos, novas tecnologias e novos meios de comunicação facilitam muitas outras funções da habitação, especialmente o lazer. 
 Segundo Brandão (2002), as composições familiares passaram a influenciar nos projetos residenciais, por exemplo, as separações multiplicam o número de grupos domésticos, diminuem o seu tamanho médio e aumenta a demanda por habitação. O cônjuge que passa a morar sozinho irá necessitar de espaço para receber os filhos nos finais de semana ou até por mais tempo, nos casos de opção pela guarda alternada. 
 As novas tecnologias e mídias, no que diz respeito aos equipamentos domésticos, representa outro fator de demanda por novas formas de organizar o espaço interno da moradia. A grande variedade na oferta de produtos para mobiliário, equipamentos, eletrodomésticos e decoração, nas últimas décadas, e, mais recentemente, as novas mídias, representadas pelos sistemas televisivos a cabo e via satélite, sistema de telefonia celular e Internet, certamente promovem impactos sobre a habitação contemporânea, sugerindo mudanças no desenho do espaço habitacional (BRANDÃO, 2002). 
 Conclui-se que vários fatores influenciaram diretamente nos processos de construção e organização das habitações multifamiliares, especificamente no direcionamento dos espaços internos. O resultado disso, é criar espaços onde determinadas necessidades possam ser satisfeitas, certas funções cumpridas e determinadas atividades domésticas, sociais e econômicas realizadas ao abrigo das ações do meio ambiente..
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Arquitetura brasileira contemporânea. Petrópolis, Rio de Janeiro: Viana&Mosley, 2003.
BENEVOLO, Leonardo. Arquitetura no novo Milênio. Tradução de Letícia Martins de Andrade. São Paulo: Estação Liberdade, 2007.
BRANDÃO, Douglas Queiroz. Diversidade e potencial de flexibilidade de arranjos espaciais de apartamentos: uma análise do produto imobiliário no Brasil. 2002. 443 f. Tese (Doutorado) – 129 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. Disponível em: >http://www.infohab.org.br<. 
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. Tradução de Maria Cristina Tavares Afonso. Lisboa: Edições 70, 2005.
SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil 1900-1990. São Paulo: EDUSP, 1998. SEGRE, Roberto. 
VAZ, Lílian Fessler. Modernidade e moradia – habitação coletiva no rio de janeiro séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: 7Letras, 2002.

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