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FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências 1° semestre – 2018.2 FISIOLOGIA/HISTOLOGIA Gabriel Miranda TEMA: LACTAÇÃO E MAMA 1. DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS O desenvolvimento das mamas na puberdade é estimulado pelo estrogênio do ciclo sexual. Estrogênio estimula o crescimento da parte glandular, além do depósito de gordura. Somente na gravidez, com os altos níveis de estrogênio, é que o tecido glandular torna-se inteiramente desenvolvido para a produção de leite. 1.1 Crescimento do Sistema de Ductos - o papel dos ESTROGÊNIOS Durante a gravidez, os estrogênios secretados pela placenta fazem com que o sistema de ductos cresça e ramifique-se. O estroma aumenta devido ao depósito de gorduras. Outros hormônios: hormônio do crescimento, prolactina, glicocorticoides adrenais e insulina. 1.2 Desenvolvimento do Sistema Lóbulo-Alveolar - o papel da PROGESTERONA Com o sistema de ductos desenvolvido, a progesterona - agindo sinergicamente com o estrogênio e os outros hormônios - causará o crescimento adicional dos lóbulos, com a multiplicação dos alvéolos e o desenvolvimento de características secretórias nas células alveolares. 2. INÍCIO DA LACTAÇÃO - A FUNÇÃO DA PROLACTINA A prolactina é secretada pela hipófise e promove a secreção do leite. Sua concentração aumenta a partir da 5a semana de gravidez. A placenta secreta a SOMATOMAMOTROPINA CORIÔNICA HUMANA, que tem propriedades lactogênicas. Colostro líquido secretado dias antes e depois do parto e contém proteína e lactose em mesma concentração e muito pouco lipídio. Devido a supressão do estrogênio e da progesterona durante a gravidez, só há secreção verdadeira de leite após o parto. Outros hormônios são necessários no fornecimento de substâncias essenciais para a formação do leite (aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio) como o hormônio do crescimento, o cortisol, o paratormônio e a insulina. Depois do nascimento, o nível basal de prolactina volta aos níveis não-grávidos por algumas semanas. Entretanto, cada vez que ocorre a amamentação, o estímulo recebido no mamilo, faz com que haja um pico de secreção pelo hipotálamo de prolactina, que age mantendo as glândulas mamarias secretando leite nos alvéolos. Se o pico de prolactina estiver ausente ou for bloqueado, as mamas perdem a capacidade de produzir leite. 2.1 Controle hipotalâmico da secreção de prolactina O hipotálamo tem um efeito INIBIDOR na produção de prolactina. Consequantemente, o comprometimento do hipotálamo ou o bloqueio do sistema porta hipotalâmico-hipofisário aumentam a secreção de prolactina enquanto deprimem a secreção dos outros hormônios hipofisários. Esse fator é denominado hormônio inibidor de prolactina (quase o mesmo que a catecolamina dopamina). 2.2 Supressão dos ciclos ovarianos femininos na nutriz por muitos meses após o parto: A prolactina secretada devido a amamentação, inibe a secreção do hormônio liberador da gonadotropina pelo hipotálamo. Isso suprime a formação dos hormônios gonadotrópicos hipofisários (luteinizante e hormônio folículo-estimulante). 3. PROCESSO DE EJEÇÃO NA SECREÇÃO DO LEITE - A FUNÇÃO DA OCITOCINA Para que o leite seja ejetado dos alvéolos para os ductos, é necessário haver uma reflexo neurogênico e hormonal que envolve o hormônio hipofisário ocitocina. A ocitocina é transportada no sangue para as mamas, onde faz com que as células mioepiteliais (que envolvem externamente os alvéolos) se contariam, transportando o leite para os ductos. 3.1 Inibição da ejeção do leite: Esse problema vem do fato que diversos fatores psicogênicos ou da estimulação generalizada do sistema nervoso simpático possam inibir a secreção de ocitocina e assim deprimir a ejeção do leite. 4. COMPOSIÇÃO DO LEITE E A DRENAGEM METABÓLICA NA MÃE CAUSADA PELA LACTAÇÃO Para suprir as necessidades, devido a lactação, de cálcio e fosfato do organismo, as glândulas paratireoides aumentam, e os ossos tornam-se progressivamente descalcificados. 4.1 Anticorpos e outros agentes anti-infecciosos do leite: O leite materno fornece os nutrientes adequados e também proporciona uma proteção para o recém- nascido. Vários anticorpos e outros agentes são secretados no leite, entre eles leucócitos, incluindo neutrófilos e macrófagos. Os macrófagos destroem a bactéria Escherichia coli, que causa diarreia letal em bebês. HISTOLOGIA DA LACTAÇÃO/MAMA As glândulas mamárias são glândulas tubuloalveolares compostas constituídas por 15 a 20 lobos que se irradiam do mamilo e estão separados uns dos outros por tecido adiposo e tecido conjuntivo denso. As glândulas mamárias secretam leite, um fluido contendo proteínas, lipídios e lactose, bem como linfócitos e monócitos, anticorpos, sais minerais e vitaminas lipossolúveis, de modo a promover a nutrição adequada para o recém-nascido. Em ambos os sexos, as glândulas mamárias se desenvolvem da mesma maneira e tem a mesma estrutura até a puberdade, quando mudanças nas secreções hormonais nas mulheres provocam um maior desenvolvimento e mudanças estruturais dentro das glândulas. As glândulas mamárias são classificadas como glândulas tubuloalveolares compostas, constituídas por 15 a 20 lobos, que se irradiam do mamilo e estão separados uns dos outros por tecido adiposo e tecido conjuntivo denso. Cada lobo é drenado por seu ducto lactífero, que vai direto para o mamilo, onde se abre na superfície. Antes de alcançar o mamilo, cada ducto se dilata para formar um seio lactífero, que armazena leite, e depois se estreita antes de atravessar todo o mamilo. Glândulas Mamárias em Repouso (Sem Atividade Secretora) Os alvéolos não estão desenvolvidos na glândula mamária em repouso. As glândulas mamárias em repouso, ou sem atividade secretora, da mulher não-grávida têm a mesma estrutura básica que as glândulas mamárias em lactação (ativas), exceto que elas são menores e não apresentam alvéolos desenvolvidos, o que apenas ocorre durante a gravidez. Glândulas Mamárias Lactantes (Ativas) Durante a gravidez, as porções terminais dos ductos se ramificam, crescem e desenvolvem-se em unidades secretoras denominadas alvéolos. As glândulas mamárias são ativadas por picos elevados de estrógenos e progesterona durante a gravidez, tornando-se glândulas lactantes produtoras de leite para o recém-nascido. Neste período, as porções terminais dos ductos se ramificam e crescem, e os alvéolos se desenvolvem e amadurecem. · Aréola e Mamilo A aréola é a pele circular, altamente pigmentada, localizada no centro da mama. Ela contém nas suas bordas glândulas sudoríparas e sebáceas, bem como as glândulas areolares, que se assemelham tanto às glândulas sudoríparas quanto às glândulas mamárias. No centro da aréola fica localizado o mamilo, uma protuberância revestida por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado contendo as aberturas terminais dos ductos galactóforos. GLÂNDULAS MAMÁRIAS LACTANTES · As glândulas são ativadas pela elevação de estrogênio e progesterona durante a gravidez. · As porções terminais dos ductos se ramificam e crescem, e os alvéolos se desenvolvem e amadurecem. · As mamas crescem devido a hipertrofia do parênquima glandular e ao ingurgitamento com colostro. · Com a diminuição dos níveis de estrogênio e progesterona após o parto há a liberação de prolactina, · ativando a secreção do leite. · Os alvéolos da mama ativa são constituídos por células cuboides parcialmente envolvidas por células · mioepiteliais. · As células alveolares são secretoras e possuem REG, mitocôndrias e aparelhos de Golgi abundantes, e · numerosas vesículas contendo caseínas e lactose. · As secreções dessas células são lipídios e proteínas → os lipídios são secretados de modo apócrino e as proteínas merócrino.
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