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RELATÓRIO : AULA PRÁTICA RELATÓRIO: Espectofotometria do Permanganato de Potassio PROFESSOR: MELCHIOR ANTONIO MOMESSO FARMÁCIA 4 SEMESTRE NOMES: RA: ANA PAULA MARQUES ROSSI 31010007404 BRENDA GABRIELI ALCÂNTARA JANUÁRIO 31010007651 KAROLINE INÁCIO TEIXEIRA 31010007654 ITAPIRA, 2023 SUMÁRIO: INTRODUÇÃO ..................................................... 1.0 OBJETIVO............................................................ 2.0 METODOLOGIA................................................... 3.0 PROCEDIMENTO................................................ 4.0 RESULTADOS.................................................... 5.0 REFERÊNCIAS................................................... 6.0 1.0 INTRODUÇÃO Espectrofotometria é muito utilizada para análises biológicas e físico-químicas, sendo amplamente empregada em laboratórios de controle de qualidade, de análises clínicas e criminalísticas. Essas análises são efetuadas por equipamentos denominados espectrofotômetros. Esse método baseia-se no princípio básico de que cada composto absorve, transmite ou reflete luz (radiação eletromagnética) em uma determinada amplitude de comprimento de onda. A partir disto, pode-se também determinar não apenas ao composto, mas também a sua concentração. Por meio da espectrofotometria é realizada a medição da intensidade da luz em comprimentos de onda, sendo que os compostos químicos podem ser identificados por seus espectros característicos em diferentes regiões do espectro eletromagnético (ultravioleta, visível e infravermelho). De acordo Pilling 2010, nos equipamentos de espectroscopia basicamente são comuns os seguintes componentes: Fontes de radiação (ex. lâmpada UV, Fonte de IR, luz Síncrotron), Colimadores, Recipientes para amostras, Monocromadores (prismas ou redes de difração), Detectores/Transdutores (ex: fotodiodo, fotomultiplicador, CCD), Processador, Saída (ex: monitor de computador). A palavra espectro de origem grega foi empregada para nomear raios luminosos em virtude de na antiguidade as pessoas sepultarem seus mortos em covas rasas, e o simples fato de alguém desavisado pisar em cima, de uma dessas sepulturas fazia com que o gás metano fosse expelido, visto que corpos em decomposição liberam diversos gases, entre eles o metano, que apresenta uma propriedade de auto inflamar-se apresentando um aspecto luminoso intenso. Quando alguém era surpreendido por uma bola gasosa dessa ficava assustado e dizia estar sendo assustado por um fantasma que em grego é espectro. Fundamentos da espectrofotometria A luz de uma maneira geral é mais bem descrita como sendo uma radiação eletromagnética em virtude de sua natureza dualística. Ou seja, ela existe e tem um comportamento de campos elétricos e magnéticos oscilantes como a figura abaixo representa: Onde: O comprimento de onda (λ) é distância em metros, de um pico ao outro da onda; A frequência (v) é o grau de oscilação das ondas, em função da velocidade da luz no vácuo que é representada pela constante c (c=2, 998x108m. s-1). De modo que: λ . v = c Espectro eletromagnético representando os comprimentos de onda correspondente a cada radiação A técnica espectroscópica é baseada na no aumento de energia em função do aumento da frequência da radiação incidida. Quando uma espécie química absorve energia na forma de fótons, seus elétrons ficam excitados e ocorre uma transição de um orbital de mais baixa energia para outro de maior energia. Um exemplo disso são compostos químicos que apresentam duplas ligações C=C no benzeno e C=O, a carboxila, por exemplo: Benzeno Leis de Lambert-Beer A “força vital” da espectrofotometria está fundamentada na lei de Lambert-Beer, que estabelece: “A absorbância é diretamente proporcional a concentração da solução de amostra.” Ou: Log(I/I0)=εcl A= εcl Onde : A é a absorbância, ε é o coeficinte de extinção molar e l é o comprimento da cubeta. Os componentes principais de um espectrofotômetro são apresentados e suas respectivas funções: Fonte de Luz: é composta por uma lâmpada de deutério e uma lâmpada de tungstênio (semelhante à lâmpada de carro). A lâmpada de deutério emite radiação UV e a de tungstênio emite luz visível. Monocromador: alguns espectrofotômetros ainda possuem um prisma como monocromador, porém os mais modernos possuem dispositivos eletrônicos que transformam a luz incidida em vários comprimentos de onda, em um só comprimento, ou seja, a luz monocromática. Cubetas utilizadas em espectrofotometria. Geralmente usa-se cubeta de 1 cm, a fim de facilitar os cálculos da Lei de Lambert-Beer. Cubeta: é o recipiente propício para conter a amostra que será utilizada na análise, as cubetas podem ser de quartzo, vidro e acrílico, porém recomenda-se que seja usada uma cubeta de quartzo por que o vidro e o plástico absorvem UV e causa a reflexão da luz visível. Cubetas utilizadas em espectrofotometria. Geralmente usa-se cubeta de 1 cm, a fim de facilitar os cálculos da Lei de Lambert-Beer. Detector: o detector é um dispositivo que detecta a fração de luz que passou pela amostra e transfere para o visor e para o computador acoplado ao aparelho. 2.0 OBJETIVO Esta aula prática tem como objetivo geral, desenvolver habilidades e competências referentes à espectrofotometria. Como objetivos específicos se destacam os seguintes pontos: Determinar a absortividade molar para o permanganato de potássio (KMnO4) e em seguida determinar a concentração de uma solução de concentração desconhecida; 3.0 METODOLOGIA ● MATERIAIS ● 1 becker de 40 mL ● 1 Espátula ● 1 balão volumétrico de 1000 mL 4 balões volumétricos de 50 mL 1 Pipeta graduada de 20 mL ● 1 Espectrofotômetro ● 1 ● REAGENTES ● KMnO4 ● Água destilada 4.0 PROCEDIMENTO a) Preparar 1 L de uma solução estoque de permanganato de potássio (KMnO4 – massa molar = 158,034 g/mol) na concentração de 1,58 mg/L. (Obs.: para poupar tempo esta etapa já foi executada previamente e a solução de permanganato de potássio 1,58 mg/L já se encontra sobre a bancada central) Solução KmnO4 – massa molar=158,034 g/mol 1,58mg/l = 1,58x10-3 0,00158g 1000 b) A partir da solução 1,58 mg/L obtida na etapa anterior, prepare 04 (quatro) soluções padrões de permanganato de potássio por diluição. Estas soluções devem possuir as seguintes concentrações: 0,316 mg/L, 0,632 mg/L, 0,948 mg/L e 1,265 mg/L de permanganato de potássio. Para efetuar as diluições você deverá calcular o volume de solução a 1,58 mg/L que será pipetado e transferido para um balão volumétrico de volume conhecido, de forma à obter-se a concentração desejada. Fórmula Diluiçao C1. V1 = C2. V2 1ª Solução 1,58x10-3. V1 = 0,316x10-3. 50mL V1= 0,316x10-3. 50mL V1= 10mL 1,58x10-3 2ª Solução 1,58x10-3. V1 = 0,632x10-3. 50mL V1= 0,632x10-3. 50mL V1= 20mL 1,58x-3 3ª Solução 1,58x10-3. V1 = 0,948x10-3. 50mL V1= 0,948x10-3. 50mL V1= 30mL 1,58x10-3 4ª Solução 1,58x10-3. V1 = 1,265x10-3. 50mL V1= 1,265x10-3. 50mL V1= 40mL 1,58x10-3 Ex: - Volume do balão volumétrico = 50 ml (V2) - Concentração final desejada = 0,316 mg/L (C2) - Concentração da solução a diluir = 1,58 mg/L (C1) - Volume da solução a diluir que deve ser pipetado = ? (V1) Cálculo: C1V1 = C2V2 1,58mg/L.V1 =0,316mg/L.50ml => V1 =10xcml Complete o quadro abaixo com os volumes que devem ser pipetados para preparar cada solução padrão. Tendo calculado os volumes de solução (V1) que devem ser usados para cada diluição, pipete o volume calculado e transfira-o para o balão volumétrico (de volume idêntico ao usado nos cálculos), complete o volume (até o menisco) usando água como solvente (isto para cada solução). Guarde cada solução preparada em um frasco e rotule, indicando a concentração de permanganato de potássio (obs.: entre a preparação de uma solução e outra, lave o balão volumétrico usado água). c) Leve as quatro soluções padrões preparadas ao espectrofotômetro e leia a absorbância de cada uma delas usando um comprimento de onda o mais próximo possível de 525 nm. Use água como branco. d) Preenchao quadro abaixo com as absorbâncias relativas a cada concentração de permanganato de potássio. Calcule também a concentração molar de cada solução. e) Usando uma planilha eletrônica de cálculo (o Microsoft EXCEL, por exemplo) trace um gráfico de pontos, colocando os valores de absorbância nas ordenadas e as concentrações molares nas abscissas. Ajuste a equação de uma reta passando pelos pontos e pela origem (Y = a.X) aos dados experimentais. Anote a equação da reta. A tangente da reta fornece a absortividade molar do permanganato de potássio, sabendo-se que o caminho óptico da cubeta é de 1 cm. Compare a equação da reta com a lei de Beer-Lambert. A = ε . C. l Y = a . X A = ε . C. l 1cm cubeta Concentração amostra Absorvância(quantidade de luz abasorvida) 1ª Solução 0,029 = ε . 2x10-6. 1 ε= 0,029 2x10-6 ε=14,500 2ª Solução 0,055 = ε . 4x10-6. 1 ε= 0,055 4x10-6 ε=13,750 3ª Solução 0,088 = ε . 6x10-6. 1 ε= 0,088 6x10-6 ε=14,666 4ª Solução 0,117 = ε . 8,00x10-6. 1 ε= 0,117 8x10-6 ε=14,625 f) Anote o valor de ε, ele será necessário para determinar a concentração de uma determinada solução de permanganato de potássio. ε = M-1cm-1 g) Leve a solução de permanganato de potássio de concentração desconhecida e leia a absorbância à um comprimento de onda próximo à 525 nm. Anote a absorbância obtida. Absorvância medida 0,187 – 0,042 Ponto branco Absorvância= 0,145 h) Calcule a concentração molar da solução usando a lei de Beer-Lambert (A = .C.l) – use l = 1 cm. M=m P.M x V M=1,58x10-3 158. 1 M= 1x10-5 0,187 = ε . 1x10-5. 1 ε= 0,187 1x10-5 ε=18,700 Fontes: Aula prática laboratório 5.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO a) Pesquisa - Faça uma pesquisa sobre espectrofotometria e: a.1) Cite e explique quais são as limitações da técnica. A espectrofotometria é uma técnica analítica utilizada para medir a absorção ou a intensidade de luz por uma substância em função do comprimento de onda. Ela é amplamente empregada em diversas áreas, como química, bioquímica, biologia, farmácia e indústria, para determinar a concentração de substâncias em solução, identificar compostos químicos e estudar reações químicas e biológicas. Limitações da Espectrofotometria: . Interferência de fundo: Mesmo em branco, o solvente e os recipientes de vidro ou plástico podem absorver ou dispersar luz em diferentes graus. Isso pode criar um fundo indesejado que interfere nas medições. Variações na geometria do feixe de luz: A geometria do feixe de luz e a espessura da célula de amostra podem afetar as medições espectrofotométricas. Pequenas variações na posição do feixe ou na espessura da amostra podem resultar em variações nos resultados. Fluorescência e luminescência: Alguns compostos têm a capacidade de fluorescer ou emitir luminescência quando expostos à radiação eletromagnética. Isso pode resultar em leituras incorretas, já que parte da energia é convertida em fluorescência, diminuindo a intensidade da luz absorvida. Efeito de temperatura: Mudanças na temperatura podem afetar a absorção das substâncias. Variações na temperatura ambiente ou na temperatura da amostra podem influenciar nas medições. Limpeza da cubeta: Contaminações ou resíduos nas células de amostra (cubetas) podem afetar a absorção da luz e levar a resultados imprecisos. Compostos coloridos: Em amostras contendo compostos coloridos, a absorção de luz pela cor de fundo pode mascarar ou interferir nas medições espectrofotométricas. Banda larga vs. Banda estreita: A escolha entre espectrofotometria de banda larga ou banda estreita pode afetar a sensibilidade e a resolução da técnica, influenciando na precisão das medições. É importante considerar essas limitações ao realizar análises espectrofotométricas e, quando necessário, implementar técnicas adicionais para mitigar seus efeitos e garantir resultados confiáveis. a.2) Quais são os tipos de desvios que podem ocorrer na lei de Lambert-Beer? Explicar cada um deles. A Lei de Lambert-Beer, também conhecida como Lei de Beer-Lambert, é uma relação fundamental na espectrofotometria que descreve a absorção de luz por uma solução em função da concentração da substância absorvente, o comprimento do caminho óptico e a constante de absorção molar. No entanto, existem vários fatores que podem levar a desvios ou violações dessa lei, comprometendo a precisão das medições. Aqui estão alguns tipos de desvios que podem ocorrer: Desvio devido à não idealidade do solvente: A Lei de Lambert-Beer pressupõe que o solvente não interage com a substância absorvente e que a concentração da amostra em solução é a mesma que a concentração real da substância. Em algumas situações, especialmente quando há interações soluto-solvente, a concentração efetiva da substância absorvente pode diferir da concentração calculada. Isso é mais comum em solventes polares ou quando ocorrem reações químicas entre o soluto e o solvente. Desvio devido à banda larga de absorção: A Lei de Lambert-Beer assume que a absorção ocorre em uma única banda estreita de comprimentos de onda. No entanto, muitos compostos absorvem luz em uma faixa mais ampla de comprimentos de onda devido a múltiplas transições eletrônicas ou estados vibracionais. Esse comportamento de banda larga pode levar a uma absorção aparente maior do que a prevista pela lei. Desvio devido à associação ou dissociação de moléculas: Moléculas absorventes podem formar associações ou dissociações em solução, alterando a concentração efetiva das espécies absorventes. Isso pode ocorrer em equilíbrios de complexação, agregação ou dissociação, resultando em absorções não lineares em relação à concentração. Desvio devido à auto-absorção: Em concentrações muito altas, a própria substância absorvente pode absorver parte da luz que atravessa a amostra, causando um aumento na absorção medida. Isso ocorre porque a absorção da substância em solução afeta a intensidade da luz que atinge a camada mais interna da amostra. Desvio devido a fluorescência ou luminescência: Algumas substâncias são capazes de absorver luz e, em seguida, emitir luz em comprimentos de onda diferentes (fluorescência ou luminescência). Isso pode resultar em medições incorretas, uma vez que parte da energia absorvida é reemitida como luz. Desvio devido à dispersão de luz: Em soluções coloidais ou suspensões, a dispersão da luz pode ocorrer devido às partículas presentes. Isso pode causar espalhamento da luz e afetar a medição da absorção, especialmente em comprimentos de onda mais curtos. Desvio devido a variações na temperatura: Variações na temperatura podem influenciar as características da solução, incluindo as constantes de absorção molar. Isso pode levar a desvios da Lei de Lambert-Beer se as propriedades da solução mudarem significativamente com a temperatura. Desvio devido a variações no caminho óptico: Qualquer variação na espessura ou na geometria do caminho óptico da luz através da amostra pode afetar a absorção medida. Isso pode ocorrer, por exemplo, devido a imperfeições na cubeta de amostra. É importante reconhecer esses desvios potenciais da Lei de Lambert-Beer ao realizar análises espectrofotométricas e, quando necessário, aplicar correções ou adotar técnicas mais avançadas para obter resultados mais precisos. b) A absortividade molar de uma certa substância é 14.000 M-1cm-1 no comprimento de onda do seu máximo de absorção. Calcular a molaridade dessa substância que pode ser medida no espectrofotômetro com célula de 1 cm, para uma absorbância de 0,850. Nesse caso, você quer calcular a concentração molar (c), dado que ε = 14000 M^(-1) cm^(-1), l = 1 cm e A = 0.850. C=0.850 14000 M−1 cm−1⋅1 C≈6.07×10−5 Portanto, a concentração molar da substância que pode ser medida no espectrofotômetro com uma célula de 1 cm para uma absorbância de 0.850 é aproximadamente 6.07×10−56.07×10−5 M. Solução Concentração (mg/L) Concentração (Mol/L) Absorbância Medida Absorbânicia ponto branco Absorbância 1 0,316 mg/L 2x10-5 0,044 0,043 0,001 2 0,632 mg/L 4x10-6 0,064 0,043 0,021 3 0,948 mg/L6x10-6 0,073 0,043 0,031 4 1,265 mg/L 8x10-6 0,082 0,043 0,039 Solução C1 V1 C2 V2 1 1,58 mg/L 10ml 0,316mg/L 50ml 2 1,58 mg/L 20ml 0,632mg/L 50ml 3 1,58 mg/L 30ml 0,948 mg/L 50ml 4 1,58 mg/L 40ml 1,265 mg/L 50ml Concentração molar Absorbância 2x10-6 0,029 4x10-6 0,055 6x10-6 0,088 8,00x10-6 0,117 6.0 REFERÊNCIAS: https://www.scielo.br/j/qn/a/GQvNSbZNrtfg8xBSBTd6RKp/ https://www.scielo.br/j/qn/a/wwp65HYGJMp8T6SWg7DnBxM/ https://www.scielo.br/j/qn/a/gmzBSmfZGKTcfgnYwTRKJtG/?lang=pt&form at=pdf https://SKOOG, D.H. et al. Fundamentos de Química Analítica. 8. ed. São Paulo: Thomson, 2006. 999 p. https://www.scielo.br/j/qn/a/GQvNSbZNrtfg8xBSBTd6RKp/ https://www.scielo.br/j/qn/a/wwp65HYGJMp8T6SWg7DnBxM/ https://www.scielo.br/j/qn/a/gmzBSmfZGKTcfgnYwTRKJtG/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/qn/a/gmzBSmfZGKTcfgnYwTRKJtG/?lang=pt&format=pdf
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