Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Comorbidades associadas aos Transtornos do Espectro do Autismo e diagnóstico diferencial de TEA Na avaliação de uma pessoa com TEA, deve-se ter em mente a identificação das comorbidades que possam estar associadas, sendo recomendada a interconsulta com serviço de genética médica. Além disso, é importante realizar diagnósticos diferenciais no momento da avaliação. Ao final da leitura deste recurso, espera-se que você consiga reconhecer as comorbidades associadas ao TEA, e os diagnósticos diferenciais no momento da avaliação. OBJETIVO Comorbidades associadas aos Transtornos do Espectro do Autismo Coordenação do projeto Ana Emília Figueiredo de Oliveira Coordenação Geral da DTED/UNA-SUS/UFMA Ana Emília Figueiredo de Oliveira Gestão de projetos da UNA-SUS/UFMA João Pedro de Castro e Lima Baesse Matheus Augusto Pereira Louzeiro Coordenação de Produção Pedagógica da UNA-SUS/UFMA Paola Trindade Garcia Coordenação de Ofertas Educacionais da UNA-SUS/UFMA Elza Bernardes Monier Coordenação de Tecnologia da Informação da UNA-SUS/UFMA Mário Antônio Meireles Teixeira Coordenação de Comunicação da UNA-SUS/UFMA José Henrique Coutinho Pinheiro Créditos Professora-autora Tâmara Albuquerque Leite Guedes Validadores técnicos Cícero Kaique Pereira Silva (CGSPD/DAET/SAES) Flávia da Silva Tavares (CGSPD/DAET/SAES) Validadoras pedagógicas Cadidja Dayane Sousa do Carmo Paola Trindade Garcia Revisora textual Camila Cantanhede Vieira Designer instrucional Steffi Greyce de Castro Lima Designer Gráfico Jackeline Mendes Pereira Tecnologia da Informação Jefferson de Almeida Paixão Kleydson Beckman Barbosa Dentre os trabalhos da literatura, é possível identificar mais de 40 síndromes genéticas associadas aos TEA, tais como: síndrome do X frágil, síndrome de Algeman e Williams, neurofibromatose, esclerose tuberosa, entre outras. Para auxiliar no diagnóstico das comorbidades, é necessária a investigação do microarray (microarranjo), cujo teste laboratorial pode ser: CGH - array comparative genome hybridization; ou SNP - array single nucleotide polymorphism. Esses testes são capazes de identificar alterações em várias regiões cromossômicas, como aquelas associadas a síndromes de microdeleção: síndrome da deleção da região cromossômica (16p11.2), síndrome de Williams (7q11.23); síndrome de Prader Willi ou Angelman (15q11 13); e síndrome Di George (22q11.2, velocardiofacial), entre outras. 1, 2, 3, 4 As pesquisas sobre as comorbidades no TEA têm crescido e expandido o olhar dos profissionais para os transtornos associados. Conheça as pesquisas mais relevantes sobre comorbidades realizadas nos últimos anos e seus resultados clicando aqui. A prevalência das comorbidades varia muito nos estudos. Sobre essa temática, cabe destacar que os comportamentos hiperativos, estereotipias, agressividade (auto e/ou hétero) e raiva podem estar presentes na rotina e aparecer com frequência, podendo ser desencadeados por uma interferência comunicativa, mudança na rotina, mal estar e dores, que podem estar relacionados a alguma patologia, não sendo um diagnóstico adicional. Diagnósticos Diferenciais Os diagnósticos diferenciais, no contexto dos TEA, são tão importantes quanto a identificação das comorbidades, cumprindo papel fundamental na definição do processo terapêutico. O diagnóstico diferencial é parte da sistemática de análise de uma anamnese para relacionar o quadro clínico apresentado pelo paciente com outras patologias ou condições semelhante. Clique aqui e veja os diagnósticos diferenciais aos Transtornos do Espectro do Autismo. Considerações finais Como você pôde observar, embora vários estudos sejam bastante relevantes e tragam conclusões que auxiliam na avaliação, é importante enfatizar que ainda existe a necessidade da realização de estudos epidemiológicos que investiguem comorbidades, principalmente considerando nosso contexto, afinal, as principais pesquisas existentes não são brasileiras. Como se sabe, existem fatores genéticos que definem a presença dos TEA, mas os fatores ambientais também são importantes e devem ser considerados. Esperamos que a partir do que foi apresentado aqui, você consiga, em sua prática, reconhecer as comorbidades associadas aos TEA e os diagnósticos diferenciais no momento da avaliação. 1. PINTO, Dalila et al. Functional impact of global rare copy number variation in autism spectrum disorders. Nature, v. 466, n. 7304, p. 368-372, 2010. Disponível em: https://www.nature.com/articles/nature09146 2. ROBERTS, Andrea L. et al. Women's posttraumatic stress symptoms and autism spectrum disorder in their children. Research in autism spectrum disorders, v. 8, n. 6, p. 608-616, 2014. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1750946714000427 3. JESTE, Shafali S.; GESCHWIND, Daniel H. Disentangling the heterogeneity of autism spectrum disorder through genetic findings. Nature Reviews Neurology, v. 10, n. 2, p. 74, 2014. Disponível em: https://www.nature.com/articles/nrneurol.2013.278 4. FAKHOURY, Marc. Autistic spectrum disorders: a review of clinical features, theories and diagnosis. International Journal of Developmental Neuroscience, v. 43, p. 70-77, 2015. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0736574815000519 5. MATSON, Johnny L.; GOLDIN, Rachel L. Comorbidity and autism: trends, topics and future directions. Research in Autism Spectrum Disorders, v. 7, n. 10, p. 1228-1233, 2013. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1750946713001207 6. DOSHI-VELEZ, Finale; GE, Yaorong; KOHANE, Isaac. Comorbidity clusters in autism spectrum disorders: an electronic health record time-series analysis. Pediatrics, v. 133, n. 1, p. e54-e63, 2014. Disponível em: https://pediatrics.aappublications.org/content/133/1/e54.short 7. DUARTE, R. C. B. Deficiência intelectual na criança. Resid Pediatr.;8 (0 Supl.1):17-25, 2018. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/residenciapediatrica.com.br/pdf/v8s1a04.pdf Referências Como citar este material: GUEDES, Tâmara Albuquerque Leite. Comorbidades associadas aos Transtornos do Espectro do Autismo e diagnóstico diferencial de TEA. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Atenção à Pessoa com Deficiência I: Transtornos do espectro do autismo, síndrome de Down, pessoa idosa com deficiência, pessoa amputada e órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo. São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2021. © 2021. Ministério da Saúde. Sistema Universidade Aberta do SUS. Fundação Oswaldo Cruz & Universidade Fede- ral do Maranhão.É permitida a reprodução, a disseminação e a utilização desta obra, em parte ou em sua totalida- de, nos termos da licença para usuário final do Acervo de Recursos Educacionais em Saúde (ARES). Deve ser citada a fonte e é vedada sua utilização comercial, sem a autorização expressa dos seus autores, conforme Lei de Direitos Autorais - LDA (Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998). https://view.genial.ly/60118d96f20c9c0d9228ad6e/dossier-comorbidades-associadas-ao-tea https://www.canva.com/design/DAEUbwm2F_s/view?embed
Compartilhar