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PRÉ OPERATÓRIO Avaliação Pré-Operatória 3 Quando pedir exames? 3 Quando não pedir? 3 Avaliação Cardiovascular 3 Angina 3 Dispneia 4 Tolerância aos esforços 4 Não tolera 4 METs 4 Classificação Goldman 4 Classe I 4 Classe II 4 Classe III 4 Classe IV 4 Fator de Risco - Idade 5 Risco Cardíaco Revisado 5 ASA 5 ASA I 5 ASA II 5 ASA III 5 ASA IV 5 ASA V 5 ASA VI 5 MET 5 Manejo de Medicamento Pré-Operatório 7 O que manter? 7 betabloqueadores 7 antihipertensivo 7 diurético 7 estatina 7 corticoide sistêmico 7 levotiroxina 8 O que suspender? 8 antiagregantes plaquetários 8 clopidogrel 8 varfarina 8 antidiabéticos orais 8 ACERTO 8 Objetivos 8 Medidas 8 Jejum 8 Suporte nutricional 9 Pós operatório 9 Cateteres e drenos 9 Fluidos IV 9 Preparo de cólon 9 Pra não esquecer 9 Avaliação Pulmonar 9 Método de escolha 9 Avaliação Renal 9 Fatores considerados 9 Método de escolha 9 Avaliação Hepatobiliar 9 Fatores considerados 9 Método de escolha: 9 Avaliação Endócrina - DM 10 Fatores considerados 10 Métodos de escolha: 10 Avaliação Endócrina - Hipertireoidismo 10 Avaliação Hematológica - Anemia 10 Avaliação Hematológica - Coagulopatia 10 Profilaxia do Tromboembolismo 10 Avaliação Nutricional 11 Indicação 11 Dieta 11 Questões 11 Questão 1 11 Questão 2 11 Questão 3 11 Questão 4 12 Questão 5 12 Questão 6 12 Questão 7 12 Questão 8 12 Questão 9 12 Questão 10 13 Questão 11 13 Questão 12 13 Questão 13 13 Questão 14 13 Questão 15 13 Gabarito 13 Questão 1 13 Questão 2 13 Questão 3 13 Questão 4 13 Questão 5 13 Questão 6 13 Questão 7 13 Questão 8 14 Questão 9 14 Avaliação Pré-Operatória ● Anamnese ● Exame físico ● Tipo de cirurgia ● Exames apropriados ● Preparos e cuidados especiais Quando pedir exames? A ge > 40 anos B uxa (grande porte) C comprometimento do estado geral D dois (ASA 2 ou +) E eletrólitos F unção renal G glicemia de jejum H hemograma I NR coagulograma Rx de Tórax Ecocardiograma Quando não pedir? Paciente com menos de 40 anos ASA 1 cirurgia de até médio porte Avaliação Cardiovascular Mecânica > bombeamento do coração > insuficiência cardíaca Elétrica > arritmias Hidráulica > vascularização > coronariopatia Angina dor precordial equivalente anginoso doença coronariana ativa Dispneia falta de ar fadiga intensa classificação de Nyha ICC, coronaropiatia Tolerância aos esforços demanda metabólica gasto energético METs 4METs = cirurgia básica Não tolera 4 METs alarme cardiopatia? ICC Coronariopatia Antecedente de risco tolera 4 METS + fator de risco = paciente de alto risco exame funcional ergometria cintilografia sob estresse Classificação Goldman Classe I 0 a 5 pontos - risco cardíaco 0,9% Classe II 6 a 12 pontos - risco cardíaco 7,1% Classe III 13 a 25 pontos - risco cardíaco 16% Classe IV > 26 pontos - risco cardíaco 63,3% Leva em consideração o tipo de cirurgia, contudo pouco específico Fator de Risco - Idade ● Homem > 45 anos ● Mulher > 40 anos Risco Cardíaco Revisado - Probabilidade de sangramento durante a cirurgia: ASA Exame Físico Comorbidades Gravidade Atual Urgência e Emergência ASA I hígido sem comorbidades não tabagista baixa ingesta alcoólica ASA II doença sistêmica leve comorbidade HAS, DM, DPOC leve, Obesidade, Tabagismo e Álcool ASA III doença sistêmica grave comorbidade não controlada limitante não é ameaça constante HAS/DM não controlada , obesidade grave, IAM prévio, DRC não dialítica ASA IV doença sistêmica grave incapacitante ameaça constante è vida IAM recente, angina instável. DRC dialítica e ICC grave ASA V aneurisma de aorta roto sangramento intracraniano ASA VI morte encefálica AVE TCE doença irreversível doação de órgãos MET O estado funcional do paciente avaliado pelo índice de atividade de Duke se mostrou preditor de eventos cardíacos no pós-operatório, apesar da subjetividade intrínseca do método. O status funcional cardíaco, determinado por meio de aplicação de um questionário aos pacientes, mostrou associação com os desfechos pós-operatórios. O status funcional pode ser expresso em equivalentes metabólicos (1 MET é definido como um consumo de oxigênio de 3,5 mL/Kg/min, que é o consumo de oxigênio no repouso, numa posição sentada). A habilidade de se atingir 4 METs de atividade sem sintomas é um indicador de bom prognóstico. Indicadores do status funcionam incluem o seguinte: pode cuidar de si mesmo, como comer, vestir ou usar o banheiro (1 MET); pode subir um lance de degraus ou uma colina ou caminhar no nível do solo a 4,8Km/h a 6,4 Km/h (4 METS); pode fazer trabalhos pesados em casa, como esfregar pisos ou levantar ou mover móveis pesados, ou subir dois lances de escada (entre 4 e 10 METS); pode participar de esportes extenuantes, como natação, tênis, futebol e basquete (> 10 METS). Cirurgias de emergência não necessitam de avaliação de riscos. Se houver algum tempo para qualquer tipo de compensação pré-operatória, isso não deve ser considerado avaliação de risco. Em pacientes com cardiopatia descompensada, a cirurgia deve ser adiada até a compensação da cardiopatia. Cirurgias de baixo risco cardiológico devem ser realizadas sem maiores investigações cardiológicas, apenas com a compensação clinica das comorbidades, se necessário. Pacientes assintomáticos, com bom grau de atividade, têm uma chance 2 vezes menor de complicações cardíacas e 5 vezes menor de isquemia miocárdica perioperatória quando comparados a pacientes com baixo grau de atividade. Cirurgias nesses pacientes também podem ser realizadas sem maiores investigações cardíacas, sempre com compensação das comorbidades. Para avaliação utilizar o Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR) ou Índice de Lee 1. coronariopatia 2. insuficiência cardíaca 3. doença renal crônica 4. DM com insulina 5. Doença Cerebrovascular 6. cirurgia torácica, abdominal ou vascular suprainguinal se for maior ou igual a 2 contraindica a cirurgia > precisa fazer avaliação complementar avalia capacidade funcional, se maior que 4METs > libera a cirurgia se menor que 4 METS > realizar teste cardíaco não invasivo (cintilografia de estresse, ecocardiograma de estresse) > se ok > realizar cirurgia Manejo de Medicamento Pré-Operatório O que manter? betabloqueadores ● propranolol ● manter! ● paciente que tem alto risco cirúrgico e não faz uso > deve introduzir antihipertensivo ● captopril, enalapril ● manter! diurético ● furosemida ● manter estatina ● sinvastatina ● manter corticoide sistêmico ● prednisona ● manter e até suplementar (hidrocortisona) quando necessário ● paciente pode fazer supressão adrenal e risco de insuficiência renal se suspender levotiroxina ● puran T4 ● manter O que suspender? antiagregantes plaquetários ● ácido acetilsalicílico (AAS) ● 7 a 10 dias, se precisar ● O uso de ácido acetilsalicílico aumenta o risco de sangramento cirúrgico em aproximadamente 50%, porém está relacionado a sangramentos menores, que não exigem intervenção médica. Manter ácido acetilsalicílico na dose de 75-100 mg/dia no período perioperatório de pacientes coronariopatas ou com múltiplos fatores de risco; Suspender ácido acetilsalicílico em neurocirurgias e ressecções transuretrais de próstata; clopidogrel ● sempre suspender ● 5-7 dias ● clopidogrel, aumenta substancialmente o risco de sangra- ● mentos graves durante a cirurgia. ● ● AAS+clopidogrel > paciente alto risco, normalmente mantém AAS Em pacientes submetidos à colocação de stent, suspender clopidogrel 5 dias antes do procedimento e manter ácido acetilsalicílico durante todo o período perioperatório, respeitando-se o tempo ideal de antiagregação dupla. varfarina ● suspender 5 dias antes ● normalizar RNI ● substituir por heparina plena ○ até 12-24h antes antidiabéticos orais metformina pode aumentar ácido láctico na cirurgia suspender e substituir por insulinoterapia Classe Nome O que fazer? betabloqueadores propanolol manter introduzir antihipertensivos captopril enalapril manter estatina sinvastantina manter diurético furosemida manter levotiroxina puran T4 manter corticoide prednisona mantersuplementar, se necessário aumentar dose antiagregante AAS suspender 7 a 10 dias antes antiagregante clopidogrel suspender 5 a 10 dias antes antiagregante varfarina suspender 5 dias antes substituir por heparina plena 12 a 24h antes antidiabético metformina suspender substituir por insulina ACERTO Acelerando a Resposta Total Operatória Objetivos ● otimizar o pós operatório ● melhorar segurança ● evitar complicações Medidas Jejum abreviar o jejum sólidos ou líquidos espessos > 6 a 8h líquidos claros ou água > 2h antes > maltodextrina (suplemento de glicose) Suporte nutricional desnutrido? perda ponderal de 10% em 6 meses ou 5% em 1 mês suplemento oral dieta enteral dieta parenteral dieta imunomoduladora Pós operatório dieta precoce suplementação Cateteres e drenos SNG SNE SVD (sonda vesical de demora) Drenos cavitários restringir o uso > evitar infecção retirar precocemente, assim que possível Fluidos IV soro de manutenção basal hidratação basal > aumenta imobilidade e íleo adinâmico por isso, tenta minimizar o uso Preparo de cólon Pra não esquecer PESSOA P reparo do cólon E vitar drenos S uporte nutricional SO ro de manutenção basal A breviar jejum Avaliação Pulmonar Fatores considerados: ● Anamnese e exame físico ● IDADE: 60 anos ● Comorbidades pulmonares prévias ● Estado físico do paciente ● Procedimento a ser realizado ● Método anestésico Método de escolha ● Funcionalidade: VEF 1 ● Anatomia: Rx de tôrax Avaliação Renal Fatores considerados ● Anamnese e exame físico ● IDADE: 50 anos (controverso) ● Medicações em uso (diurético) ● Comorbidades prévias: ● Anemia ● Coagulopatias ● Distúrbio hidroeletrolítico Método de escolha Creatinina Avaliação Hepatobiliar Fatores considerados ● Anamnese e Exame físico ● Comorbidades prévias Método de escolha: TGO e TGP FA, DHL, Bilirrubinas, testes de síntese – albumina, fibrinogênio, TP. Classe A= mortalidade 10% para cirurgia Classe B= mortalidade 31% após compensação clínica Classe C= mortalidade 76% Contra-indicação ao procedimento cirúrgico, somente indicada cirurgia quando o procedimento se aproximar do risco inerente deste grupo de pacientes Avaliação Endócrina - DM Fatores considerados ● Anamnese e exame físico ● IDADE: 45 anos ● Comorbidades prévias Métodos de escolha: ● Glicemia de jejum [hemoglobina glicada] ● ECG ● EAS Evitar hipoglicemia intra-operatória: suspender hipoglicemiantes orais 2-3 dias antes Avaliação Endócrina - Hipertireoidismo ● Dosagem de T4livre e TSH ● Risco: crise tireotóxica ● Conduta: eutireodismo com drogas anti-tireoideanas; na não normalização: betabloqueio (2-4 semanas antes) ● URGÊNCIA + paciente descompensado: alfa bloqueio + corticóide Avaliação Hematológica - Anemia -Hb < 6 : transfusão necessária -Hb entre 6 e 10: transfusão ditada por aspectos clínicos (normovolemia) -Hb >= 10: transfusão desnecessária Situações de obrigatoriedade (Hb > 10): Idade avançada (> 60 anos) Coronariopatas; cardiopatas Cirurgias de alto risco cardíaco (grande potencial de instabilidade hemodinâmica intra-operatória) Avaliação Hematológica - Coagulopatia Deficiências qualitativas/quantitativas = transfusão de plaquetas (Plaquetas < 50.000). Déficit de fatores de coagulação = plasma fresco, crioprecipatado, sangue total. Hepatopatopatas, nefropatas, história de sangramento/hematomas, neurocirurgia, cirurgia oftalmológica, vascular = sempre avaliar coagulação: TP, TTPA, plaquetas. Profilaxia do Tromboembolismo Eventos tromboembólicos: adiar cirurgia por pelo menos 1 mês (eletivas). - Pacientes com anticoagulação por pelo menos 2 semanas devido TEP ou TVP devem ser considerados para colocação de filtro de cava. - Uso de anticoagulantes: suspender 2 dias antes da cirurgia e manter com heparina, que deve ser suspensa 6 horas antes e re-introduzida 12-24 horas no pós-operatório. Quadro Agudo Quadro Subagudo Quadro Crônico Tempo <1 mês 2-3 meses >3meses Pré Op. heparina Ev nada nada Pós Op. heparina Ev heparina EV heparina SC Avaliação Nutricional Indicação - Alteração de peso (desnutridos ou emagrecidos) - Cirurgia da obesidade mórbida - Doenças consuptivas ou que afetem a capacidade de absorção do TGI - Fístulas, vômitos e/ou diarréia profusos - Infecções graves Dieta 2h: líquidos claros, ralos, em temperatura ambiente e em pequena quantidade 4h: amamentação exclusiva 6h: papinha de fruta e legumes 8h: demais Questões Questão 1 O elemento mais confiável para a avaliação do risco pré-operatório de um paciente de 24 anos com uma hérnia inguinal não complicada é, além de anamnese e exame físico, a solicitação de: a) Hemograma completo e coagulograma b) Provas de função hepática e raio x do tórax c) Revisão e melhora da anamnese e exame físico d) Avaliação da função renal por laboratório e urografia e) Nenhuma das anteriores Questão 2 Em 1977, Goldman e colaboradores identificaram critérios de morbimortalidade para pacientes submetidos a procedimentos não cardíacos. Dentre os descritos abaixo, marque qual fator não está presente na tabela de Goldman: a) Idade maior que 70 anos b) Presença de terceira bulha (B3) c) Infarto do miocárdio nos últimos 6 meses d) Diabetes mellitus Questão 3 Mariana, 37 anos, apresenta-se na consulta pré-anestésica sendo portadora de doença sistêmica grave, que limita suas atividades, mas não é incapacitante. Segundo a classificação da ASA ela é classificada como: a) ASA I b) ASA II c) ASA III d) ASA IV e) ASA V Questão 4 Paciente feminina, de 76 anos, portadora de DM, insuficiência renal crônica dialítica e insuficiência cardíaca congestiva de etiologia isquêmica, necessita de cirurgia para colocação de prótese de quadril. Não há queixas de dor torácica ou dispneia. No momento, encontra-se assintomática, porém refere passar a maior parte do tempo em repouso pela dor no quadril. Vem fazendo uso de aspirina, estatina, metoprolol, captopril e insulina NPH. Com relação à avaliação pré-operatória, assinale a assertiva CORRETA: a) A paciente pode ser liberada para a cirurgia por estar assintomática b) O uso de nitrato deve ser iniciado para diminuir o risco de infarto perioperatório c) O uso de estatina deve ser suspenso 48h antes do procedimento para diminuir o risco de rabdomiólise durante a cirurgia d) A realização de um teste de estresse não invasivo deve ser recomendado e) Considerando o índice de risco cardíaco revisado, a paciente apresenta risco intermediário de complicações cardiovasculares perioperatórias Questão 5 O risco de pneumonia pós-operatória em pacientes fumante pode ser minorado com a utilização de terapia broncodilatadora e a suspensão do fumo por um período mínimo, em semanas, de: a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 Questão 6 Em um paciente cirúrgico, o nível de glicemia acima do qual pode ocorrer comprometimento da função imune, com possibilidade aumentada de complicações pós-operatórias é de: a) 126 b) 140 c) 250 d) 320 Questão 7 Melhor forma de avaliar o risco de sangramento no pré-operatório de cirurgia eletiva: a) TP b) História clínica c) Coagulograma completo d) Contagem de plaquetas e) TS Questão 8 Você está na enfermaria quando lhe é solicitado um parecer da cirurgia plástica em relação à profilaxia de trombose venosa profunda para uma paciente de 20 anos, que irá realizar mamoplastia. A jovem nega DM, HAS e uso de ACO, assim como nega tabagismo. Diante de tais dados você orienta que seja feito: a) Deambulação precoce b) Enoxaparina 40mg SC pós-operatória c) Enoxaparina 20mg SC pré e 40mg pós-operatória d) Enoxaparina 40mg SC pré e pós-operatória e) Heparina não fracionada 5000UI SC 12 em 12 horas Questão 9 Mulher, 56 anos, será submetida à laparotomia exploradora para ressecção de neoplasia maligna da cabeça do pâncreas, prevendo-se ralizar uma antroduodenopancreatectomia. Qual a classificação do risco de tromboembolismo venoso e a conduta: a) Médio, heparina não fracionada 5000UI SC 12 em 12 horas por 7 dias b) Alto, heparina não fracionada 5000UI SC 8 em 8 horas por 14 dias c) Médio, enoxaparina 20mg SC uma vez aodia por 21 dias d) Alto, enoxaparina 40mg SC uma vez ao dia por 28 dias Questão 10 Questão 11 Questão 12 Questão 13 Questão 14 Questão 15 Gabarito Questão 1 letra C é um paciente sem complicações, ASA I não precisa de exames complementares Questão 2 Letra D na tabela de Goldman o foco é sempre as questões cardiovasculares Questão 3 letra C é uma paciente ASA III, pois tem uma doença sistêmica grave, limitante, mas não incapacitante Questão 4 letra D teste de estresse não invasivo Neste processo, durante o estresse, as diversas áreas do coração são examinadas, podendo-se demonstrar um funcionamento normal ou não. Essa análise é feita por intermédio da imagem do coração (ecocardiograma), que utiliza a mesma tecnologia do ultrassom. Em geral, o PET é aceito como o teste funcional não invasivo mais preciso para isquemia. Questão 5 letra B Questão 6 letra C acima de 250 mg/dL Questão 7 letra B Questão 8 letra A paciente de baixo risco > apenas deambulação precoce Questão 9 letra D ACESSO VENOSO Acessos Venosos 2 Indicações 2 Dispositivos para acesso venoso profundo 2 LOCAIS DE INSERÇÃO 3 Acesso venoso central 3 Indicações 3 Local de punção 3 Escolha da técnica: 3 Preferência ao lado direito 4 Preparação 4 VEIA JUGULAR INTERNA (VJI) 4 PROCEDIMENTO 5 CONTRA-INDICAÇÕES 6 VANTAGENS 6 DESVANTAGENS 7 COMPLICAÇÕES 7 VEIA SUBCLÁVIA 7 Procedimento 8 CONTRA-INDICAÇÕES 9 Vantagens 9 Desvantagens 9 COMPLICAÇÕES 9 VEIA FEMORAL 9 Procedimento 9 CONTRA-INDICAÇÕES 10 VANTAGENS 10 DESVANTAGENS 10 COMPLICAÇÕES 10 ACESSO VENOSO PERIFÉRICO 10 Indicações 10 Contraindicações 11 Técnica 11 Complicações 12 VEIA JUGULAR EXTERNA 12 CONTRA-INDICAÇÕES 13 VANTAGENS 13 DESVANTAGENS 13 COMPLICAÇÕES 13 VEIAS ANTECUBITAIS 13 CONTRA-INDICAÇÕES 13 VANTAGENS 13 DESVANTAGENS 13 COMPLICAÇÕES 13 ACESSO INTRA-ÓSSEO 13 Indicações para acesso intraósseo 14 COMPLICAÇÕES 15 Acessos Venosos Os acessos venosos são utilizados na prática clínica para permitir ao médico uma via de acesso ao sistema circulatório. Acesso venoso é o procedimento que consiste na introdução de uma agulha ou de um cateter na luz de uma veia, seja esta superficial ou profunda, periférica ou central. Indicações As principais indicações incluem: 1. monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central, pressão de artéria pulmonar, débito cardíaco) 2. acesso vascular para a infusão de soluções e coleta de exames laboratórias. 3. terapêutica substitutiva renal de urgência (hemofiltração, hemodiálise); 4. acesso vascular de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou quimioterapia; 5. reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia; 6. estimulação cardíaca artificial temporária; 7. acesso venoso em pacientes com veias periféricas ruins. Dispositivos para acesso venoso profundo 1. Dispositivos “plástico sobre a agulha” O cateter veste uma agulha de menor calibre e mais longa. 2. Dispositivos “plástico por dentro da agulha” (IntracathR). O vaso é puncionado com uma agulha longa, de grosso calibre, por dentro da qual o cateter é avançado até a posição desejada. Os riscos de complicações são relativamente elevados, além do fato de que o orifício feito na parede vascular é maior do que o calibre do cateter, o que facilita vazamentos em torno do mesmo. 3. Dispositivos de “inserção sobre o fio-guia”. São de custo mais elevado, porém permitem a inserção de cateteres de grosso calibre e/ou de múltiplos lumens. Utiliza-se a técnica de Seldinger para o seu posicionamento. LOCAIS DE INSERÇÃO As escolhas da técnica a ser utilizada e a do vaso a ser puncionado e canulado devem-se basear na condição clínica do paciente, experiência do executor e indicação para a inserção. Acesso Central Acesso Periférico Veia Jugular Interna Veia Jugular Externa Veia subclávia Veias Antecubitais Veia Femoral Acesso venoso central Posicionamento de um dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a veia cava superior ou inferior, independente do local da inserção periférica. Indicações ● Cirurgias com previsões de grandes perdas sanguíneas ● Via de aspiração de êmbolo gasoso ● Monitorização hemôdinamica invasiva (pressão venosa central, pressão de arteria pulmonar, debito cardiaco por termodiluição) ● Acesso vascular para infusão de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas ● Terapêutica substitutiva renal de urgência (hemodiálise) ● Acesso vascular de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou quimioterapia ● Estimulação cardíaca artificial temporária ● Acesso venoso em pacientes com veias periféricas ruins Local de punção Escolha da técnica: ● clínica do paciente ● experiência do executor Preferência ao lado direito ● cúpula pleural é mais baixa ● trajeto até o átrio direito é mais retilíneo ● ducto torácico desemboca na VCS à esquerda(quilotórax) Cúpula pleural é a porção superior da pleura ou pleura cervical, recobre o ápice do pulmão e é reforçada pela membrana suprapleural (extensão fibrosa da fáscia endotorácica, ou fáscia de Sibson). O ducto torácico penetra no tórax através do hiato aórtico em direção ao lado direito, em posição retro-aórtica, situando-se entre a veia ázigos e a aorta, na porção inferior do tórax, logo atrás do esôfago. Ducto torácico é um grande canal linfático que se estende do abdome até o pescoço. É o maior ducto linfático do corpo e é responsável por coletar maior parte da linfa. As únicas regiões cuja linfa não é drenada pelo canal são o lado direito da cabeça e pescoço, membro superior direito e lado direito do tórax. O ducto torácico tem origem na cisterna do quilo: estrutura abdominal que drena os vasos linfáticos das extremidades inferiores, pelve e intestino, sendo a principal via de escoamento da gordura alimentar absorvida nos intestinos. Preparação É importante que se explique ao paciente consciente toda a seqüência dos procedimentos a que ele será submetido. Toda punção intravascular deve ser considerada como um ato cirúrgico e os cuidados de assepsia e antissepsia devem ser seguidos. O correto posicionamento do paciente e o reconhecimento táctil ou visual dos pontos de referência tradicionalmente descritos para orientar a punção vascular aumentam as chances de sucesso do procedimento. VEIA JUGULAR INTERNA (VJI) A VJI direita proporciona um dos locais mais favoráveis para o acesso às grandes veias torácicas, associando- se a altas taxas de sucesso na punção, além de apresentar baixos índices de complicações graves. 1. Identificar a linha que vai do processo mastóide até a inserção esternal do músculo esternocleidomastoideo (SCM); 2. localizar o ápice do triângulo formado pelas duas cabeças do SCM, tendo a clavícula como base; 3. palpar a pulsação da artéria carótida (medial ao bordo interno do SCM); 4. identificar visualmente, ou por palpação, a posição da veia jugular externa, para evitar sua punção acidental. PROCEDIMENTO 1. Realizar a anti-sepsia da pele e colocação de campos cirúrgicos 2. Posicionar o paciente em Trendelenburg, com a face voltada para o lado oposto ao da punção (contralateral) 3. Infiltrar a pele com solução anestésica. 4. Com uma agulha fina adaptada a uma seringa contendo solução salina fisiológica, sempre se aplicando uma leve força de aspiração, avançar, num ângulo inclinado de 30° em relação à pele, apontando-a para o mamilo ipsilateral 5. Uma vez tendo sido localizada a VJI, remover a agulha fina, adaptada à seringa, puncionar a veia obedecendo sempre aos mesmos ângulo e direção utilizados para localizá-la. O sangue deve fluir fácil e livremente para dentro da seringa. 6.Desconectar a seringa e observar se não há fluxo sangüíneo pulsátil (arterial) pela agulha (o sangue venoso flui de maneira contínua). Deve-se manter o orifício externo da agulha ocluído com o dedo para evitar o risco potencial de embolia aérea. 7. Inserir o fio-guia suavemente para dentro do vaso, que deve progredir sem nenhuma resistência. Retirar a agulha. 8. Com o fio-guia em posição, fazer uma pequena incisão(± 3mm de extensão), com uma lâmina de bisturi, junto à sua entrada na pele, para facilitar a passagem do dilatador venoso. 9. Vestir o fio-guia com o dilatador e empurrar o conjunto todo para dentro da veia. Em seguida, remover o dilatador, mantendo o fio-guia em posição. Comprimir o orifício de entrada na pele para evitar sangramentos desnecessários. 10. Vestir o fio-guia com o cateter e introduzir o conjunto todo para dentro do vaso. Em seguida, retirar o fio-guia. 11. Finalmente, realizar o teste do refluxo de sangue através dos lúmens do cateter, que deve ser livre e fácil. Fixá-lo à pele e aplicar o curativo apropriado. CONTRA-INDICAÇÕES 1. Discrasias sangüíneas graves, anticoagulação terapêutica. 2. Endarterectomia de carótida ipsilateral. 3. Tumores cervicais. VANTAGENS 1. Menor risco de complicações graves em relação à VSC. 2. A VJI é relativamente superficial, o local é compressível manualmente e o acesso ao vaso e estruturas subjacentes é fácil se houver necessidade de controle cirúrgico de complicações. 3. Em discrasias sangüíneas de moderada gravidade, sua punção é possível, utilizando-se cuidadosamente a técnica de Seldinger. 4. Durante a ressuscitação cardiorrespiratória, a VJI pode ser canulada por pessoa treinada. DESVANTAGENS 1. A punção é difícil em pessoas com pescoço curto e em obesos. 2. A anatomia da VJI é menos fixa. 3. Na hipovolemia a VJI tende a colabar, tornando difícil a sua localização com a agulha de punção. 4. O local é muito móvel, dificultando a manutenção de um curativo seco e estéril, bem como facilitando a perda do cateter por tração acidental. COMPLICAÇÕES 1. Punção acidental de carótida, formação de hematomas. 2. Punção acidental de traquéia, lesão de nervo recorrente laríngeo. 3. Embolia aérea, pneumotórax. 4. Trombose, flebite, sepse. 5. Má-posição, perda e embolia do cateter. 6. Lesão cardíaca pelo cateter. VEIA SUBCLÁVIA O acesso venoso central percutâneo através da VSC foi um dos primeiros a ser utilizado na prática médica e em pacientes de UTI, sendo um procedimento confiável, extremamente útil e relativamente seguro em mãos experientes. As principais relações anatômicas da VSC. A veia subclávia corre por baixo da clavícula, justamente medial ao ponto hemiclavicular, sendo anterior à artéria e ao plexo braquial. posteroinferior a clavícula,ela cruza na linha hemiclavicular, sendo anterior a artéria subclávia prefere-se a subclávia direita Procedimento 1. Identificar e demarcar a linha coraco-clavicular, isto é, a linha que vai da borda superior da cabeça medial da clavícula à borda inferior do processo coracóide. 2. Demarcar a linha infraclavicular. 3. Identificar o ponto de cruzamento da linha coraco-clavicular com a linha infraclavicular (geralmente, na região médio-clavicular), e marcar um outro ponto cerca de 1,5cm (uma polpa digital) para fora do cruzamento das duas linhas. A veia subclávia corre paralela à linha coraco-clavicular, por baixo da clavícula, justamente medial ao ponto hemiclavicular. Esta é uma maneira de identificar o local adequado para a punção da VSC. Pode-se também correr um dedo pelo sulco subclávio, identificando-se o triângulo deltopeitoral. Este também é um local apropriado para punção da VSC. A VSC pode também ser puncionada por via supraclavicular. A agulha é introduzida rente à borda superior interna da clavícula, na bissetriz do ângulo formado por esta e o bordo medial do músculo esternocleidomastoideo, sendo direcionada para um ponto entre o mamilo contralateral ou porção média do manúbrio esternal. Este tipo de acesso para punção da VSC é pouco utilizado na prática clínica, por ser de alto risco. CONTRA-INDICAÇÕES 1. Discrasias sangüíneas de qualquer grau de gravidade, uso de anticoagulantes. 2. Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e/ou enfisema. 3. Trauma de clavícula, cirurgias prévias no local ou deformidades torácicas acentuadas. 4. Durante a realização de manobras de ressuscitação cardiorrespiratória. Vantagens 1. Anatomia relativamente fixa. 2. No estado de choque hipovolêmico: não colaba! 3. O local é relativamente imóvel, permitindo a manutenção de um curativo fixo e estéril, com menor perda acidental de cateteres. Desvantagens 1. Apresenta alto risco de complicações graves e mesmo fatais. 2. O local não é compressível manualmente, e o acesso ao vaso e estruturas subjacentes, no caso de complicações que necessitem de intervenções cirúrgicas, é altamente complexo, acarretando altos índices de morbi-mortalidade. 3. Um alto grau de experiência em punções venosas centrais é necessário para minimizar as complicações. COMPLICAÇÕES 1. Punção acidental de artéria subclávia, hematomas, sangramentos. 2. Pneumotórax / hemotórax. 3. Quilotórax 4. Embolia aérea. 5. Trombose, flebite, sepse. 6. Má-posição do cateter. 7. Lesão cardíaca pelo cateter. VEIA FEMORAL A veia femoral tem sido geralmente pouco utilizada para a cateterização venosa central prolongada, pela concepção de que apresenta um alto índice de complicações, como infecções e trombose. Procedimento 1. Localizar o ligamento inguinal e palpar a artéria femoral logo abaixo do mesmo. 2. A veia femoral corre justa e medialmente à artéria. A sua localização é relativamente fixa, permitindo um alto grau de sucesso da punção. Utilizando-se as mesmas técnicas descritas anteriormente, a veia pode ser canulada até cerca de 5cm abaixo do ligamento inguinal. O membro inferior deve ser levemente abduzido e a agulha é introduzida cranialmente, num ângulo de 45° em relação à pele, cerca de 0,5cm medialmente à artéria Femoral. CONTRA-INDICAÇÕES 1. Discrasias sangüíneas graves, uso de anticoagulantes. 2. Infecções locais. VANTAGENS 1. A VF é relativamente superficial e de fácil acesso, com baixo risco imediato. Praticamente não se relatam complicações fatais relacionadas diretamente à técnica de punção. 2. O local é compressível manualmente e de acesso cirúrgico fácil. 3. Permite a passagem, com baixo risco, de cateteres de grosso calibre, sendo um acesso muito útil na ressuscitação do politraumatizado. 4. Na ressuscitação cardiorrespiratória pode ser um acesso venoso útil, de baixo risco, não havendo necessidade de interrupção das manobras durante a sua punção. DESVANTAGENS 1. O local é móvel, altamente úmido e potencialmente contaminado, dificultando a obtenção e manutenção de um curativo fixo e estéril. 2. Apresenta, potencialmente, um maior risco de infecciosas e trombóticas. 3. Há necessidade do uso de cateteres mais longos para se atingir a circulação central. COMPLICAÇÕES 1. Punção inadvertida de artéria femoral, hematomas. 2. Trombose, flebite, sepse. ______________________ ACESSO VENOSO PERIFÉRICO O acesso venoso periférico (AVP) se dá pela introdução de um cateter de tamanho curto na circulação venosa periférica, sendo uma via capaz de prover a infusão de grandes volumes ao paciente diretamente na corrente sanguínea, além a infusão de drogas de efeitos diversos com a obtenção de rápida resposta. O AVP pode ser utilizado em infusões contínuas, infusões intermitentes e para administração de medicamentos em bolus. A escolha do tipo adequado do acesso deve levar em consideração o estado clínico do paciente e as características do seu sistema vascular, as drogas a serem infundidas e o tempo de terapia proposta. Indicações Na maioria das vezes, o acesso venoso periférico é obtido para fornecer terapias que não podem ser administradas ou são menos eficazes se administradas por vias alternativas. Como exemplos, hidratação IV e suporte nutricional podem ser dados a um paciente com vômitos intensos ou dor abdominal devido a uma condição cirúrgica. Certos medicamentos são mais eficazes quando administrados por via intravenosa devido ao início rápido ou aumento da biodisponibilidade. Algumas situações clínicas, como parada cardíaca, requerem tratamento com medicações intravenosas; os hemoderivados devem ser administrados por via intravenosa. Em alguns casos, os cateteres IV são deixados no lugar quando os medicamentos sãoadministrados de forma intermitente por um período mais longo (por exemplo, terapia com antibióticos de longo prazo) ou no caso de uma emergência potencial. A decisão de obter acesso venoso periférico em vez de central depende das circunstâncias clínicas. Em geral, cateteres periféricos são preferidos quando: ● acesso IV é necessário por períodos mais curtos ● o acesso direto à circulação central é desnecessário ● cateteres de calibre menor são suficientes. O acesso periférico é geralmente mais seguro, fácil de obter e menos doloroso do que o central. Em pacientes em uso de anticoagulantes, o acesso periférico permite a compressão direta dos locais de punção e menos complicações relacionadas ao hematoma em comparação com os locais usados para cateteres venosos centrais. Contraindicações Existem poucas contraindicações para a colocação de cateteres venosos periféricos. A maioria diz respeito a problemas com a canulação em um local específico. A única contraindicação absoluta é quando a terapia apropriada pode ser fornecida por uma via menos invasiva (por exemplo, oral). De acordo com dados observacionais, os fatores associados à dificuldade de colocar um acesso venoso periférico em um adulto incluem obesidade, baixo peso e inexperiência do médico. Se a dificuldade for prevista ou aparente quando for necessário obter o acesso, as abordagens alternativas incluem cateteres intraósseos e, possivelmente, cateteres venosos centrais ou colocação de cateter periférico sob orientação de ultrassom, dependendo das circunstâncias clínicas e do equipamento disponível. As contraindicações para o uso de uma extremidade específica incluem a presença de uma fístula arteriovenosa (o cateter pode alterar o fluxo sanguíneo venoso ou danificar a fístula) e uma história de mastectomia ou dissecção de linfonodo (o cateter pode exacerbar a drenagem linfática prejudicada) Técnica Muitos locais podem ser usados para acesso intravenoso (IV) periférico e variam em sua facilidade de canulação e riscos potenciais. A seleção do local varia de acordo com as circunstâncias clínicas, a duração prevista do tratamento e a condição das extremidades. Em geral, os locais das extremidades distais devem ser usados primeiro, salvando mais locais proximais para canulação subsequente, se necessário. A colocação de um tubo intravenoso em uma veia distal a um local previamente perfurado pode levar ao extravasamento de fluidos e à formação de hematoma. As veias das extremidades superiores são preferidas devido ao risco aumentado de trombose e tromboflebite com canulação venosa das extremidades inferiores. Antes de tudo, o profissional deve explicar o procedimento ao paciente e higienizar as mãos. Posteriormente, deve inspecionar e palpar a rede venosa dando preferência as veias mais proeminentes, firmes e menos tortuosas, priorizando a porção distal em sentido ascendente. Usando luvas de procedimento, o profissional deve garrotear o membro que será puncionado (no adulto: aproximadamente de 5 a 10 cm acima do local da punção venosa), para propiciar a visualização da veia, solicitar ao paciente que mantenha o braço imóvel, fazer a antissepsia da pele, no local da punção, utilizando algodão com álcool a 70% ou clorexidina alcoólica 0,5%, tracionar a pele para baixo, com o polegar abaixo do local a ser puncionado e introduzir o cateter venoso na pele, com o bisel voltado para cima, num ângulo aproximado de 30º a 45°. Ao visualizar o refluxo sanguíneo, deve-se estabilizar o cateter com uma mão e soltar o garroteamento com a outra mão. Acoplar o polifix preenchido com solução fisiológica à 0,9% conjugado à seringa ao cateter ou o equipo conectado ao frasco de soro identificado (retirar o ar do equipo antes de conectá-lo ao dispositivo). Finalizada a punção, deve-se observar se há sinais de infiltração no local da punção, além de queixas de dor ou desconforto do paciente (se houver, retirar o cateter imediatamente) e fixar o dispositivo. Complicações Quando realizada de maneira adequada, o acesso venoso periférico é um procedimento seguro com poucos riscos graves. No entanto, uma série de complicações potenciais foram descritas. Entre as mais comuns estão a flebite, extravasamento de fluidos IV, e formação de hematomas. A tromboflebite ocorre em até 15 por cento das pessoas com cateteres venosos periféricos. Este risco pode ser reduzido evitando-se a colocação do acesso em membros inferiores, minimizando o movimento do cateter, colocando o menor tamanho de cateter adequado e removendo o cateter o mais rápido possível. Cateteres colocados em circunstâncias de emergência são mais propensos a complicações. Para cateteres que podem precisar ser colocados por períodos mais longos, pode-se imobilizar a articulação próxima e, assim, prevenir ou minimizar o movimento do cateter para reduzir o risco de tromboflebite. Cateteres venosos periféricos são considerados causas raras de infecções da corrente sanguínea. VEIA JUGULAR EXTERNA A VJE corre superficialmente sobre o ECOM, é muito móvel e variável anatomicamente. As chances de sucesso da punção podem ser aumentadas pelo posicionamento do paciente em Trendelenburg e compressão digital da sua porção distal junto à clavícula, forçando o seu engurgitamento. CONTRA-INDICAÇÕES Como nos outros tipos de punção venosa periférica, praticamente não há contra-indicações absolutas para a canulação da VJE. VANTAGENS 1. Praticidade e aprendizado fácil. 2. Baixo risco de complicações imediatas. DESVANTAGENS 1. Anatomia é variável e o local é muito móvel, dificultando a manutenção de um curativo fixo estéril. 2. No choque hipovolêmico o acesso é difícil, pois tende a colabar. 3. O posicionamento de um cateter central por essa via é errático. 4. Não permite o uso de soluções hipertônicas. COMPLICAÇÕES São relativamente raras, podendo incluir: 1. Hematomas locais. 2. Trombose e flebite. VEIAS ANTECUBITAIS São mais rotineiramente utilizadas para punções periféricas com dispositivos “plástico sobre a agulha” (AbbocathR). No entanto, prestam-se também para o posicionamento de cateteres venosos centrais por acesso periférico, utilizando-se dispositivos especialmente desenhados para essa finalidade (CavafixR). A veia é puncionada com um dispositivo “plástico sobre a agulha” de grosso calibre e o cateter é passado por dentro do mesmo. O posicionamento correto do cateter é notoriamente difícil, devido à grande variabilidade anatômica dessas veias, além da presença de válvulas. CONTRA-INDICAÇÕES Como nos outros tipos de punção venosa periférica, praticamente não há contra-indicações absolutas para a canulação da antecubitais. VANTAGENS 1. Praticidade e aprendizado fácil. 2. Baixo risco de complicações imediatas. DESVANTAGENS 1. Anatomia é variável e o local é muito móvel, dificultando a manutenção de um curativo fixo estéril. 2. No choque hipovolêmico o acesso é difícil, pois tende a colabar. 3. O posicionamento de um cateter central por essa via é errático. 4. Não permite o uso de soluções hipertônicas. COMPLICAÇÕES São relativamente raras, podendo incluir: 1. Hematomas locais. 2. Trombose e flebite. ACESSO INTRA-ÓSSEO A indicação da punção intra-óssea está limitada às crianças, com seis anos ou menos. Sua utilização deve estar restrita à reanimação de emergência e interrompida assim que se consiga acesso venoso. Nos ossos longos, os sinusóides da medula óssea drenam para canais venosos que levam o sangue ao sistema venoso; a vantagem anatômica da medula óssea é seu funcionamento como uma veia rígida que não colaba em estado de hipovolemia e no choque circulatório periférico. Assim, hoje, a via IO tem sido usada com eficácia como via de emergência na parada cardiorrespiratória, nos choques hipovolêmico e séptico, queimaduras graves, estados epiléticos prolongados e desidratação intensa, principalmente em crianças. A canulação intraóssea (IO) provavelmente será usada pelo provedor de atendimento de emergência durante a ressuscitação. A vida do paciente pode depender da capacidade domédico de garantir o acesso vascular. Assim, os médicos de emergência e outras pessoas que possam precisar realizar a canulação IO de emergência devem aprender a fazê-lo com bastante antecedência em relação à necessidade imediata. A lista a seguir fornece o local e vasos de drenagem para os locais mais comumente usados: ● Tíbia proximal – veia poplítea ● Fémur – ramos da veia femoral ● Tíbia distal (maléolo medial) – Veia safena magna ● Úmero proximal – veia axilar ● Manúbrio (esterno superior) – veias mamárias internas e ázigo A espinha ilíaca anteroinferior, a clavícula e o rádio distal também têm sido usados com sucesso para o acesso vascular IO, assim como os ossos sem cavidades medulares, incluindo o estiloide calcâneo e radial. Indicações para acesso intraósseo Recomenda-se que bebês e crianças em parada cardiorrespiratória ou choque grave que não têm acesso intravenoso (IV) prontamente disponível sejam submetidos a canulação intraóssea (IO) em vez de colocação de cateter venoso central ou corte venoso cirúrgico. Para adultos com parada cardiorrespiratória ou choque grave nos quais o acesso IV não pode ser estabelecido, sugere-se canulação IO pendente da colocação de cateter venoso central ou corte venoso cirúrgico. No entanto, entre os adultos que sofreram uma parada cardíaca fora do hospital, o acesso vascular IO pode estar associado a uma menor taxa de retorno da circulação espontânea e sobrevida neurologicamente favorável. A canulação IO também pode ser apropriada em situações emergentes ou urgentes em que o acesso venoso confiável não pode ser alcançado rapidamente, como por exemplo, pacientes com choque, sepse, estado de mal epiléptico, queimaduras extensas e vítimas de politrauma. Além disso, também pode ser indicada em pacientes para os quais o acesso intravascular é clinicamente necessário e não pode ser alcançado por outros meios, apesar de várias tentativa. Em pacientes acordados, a analgesia é garantida antes da infusão, se a condição do paciente permitir. COMPLICAÇÕES -Dor -Abcesso local -Osteomielite -Sepse -Transfixação do osso -Infiltração subcutânea ou abaixo do periósteo -Hipocelularidade transitória da medula óssea -Lesão da placa epifisária -Hematoma ATLS 9 TRAUMA 1 Distribuição Trimodal 1 Segundos a Minutos 2 Minutos a Horas 2 Horas a semanas 2 Avaliação Inicial 2 A (Airway & Cervical Spine Control) 3 Coluna cervical 3 Via Aérea 3 Máscara Laríngea > O2 3 Manobras de desobstrução de via aérea 3 Cânula de Guedel 4 Via aérea definitiva 4 B (Breathing) 4 Pneumotórax hipertensivo 4 Pneumotórax aberto 5 C (Circulation) 5 Contenção mecânica do sangramento 5 D (Disability) 6 E (Exposure) 6 Exames radiológicos iniciais 7 Sinais de Fratura de Base de Crânio 7 MUDANÇAS DO ATLS 9 PARA O 10 7 TRAUMA Trauma representa um verdadeiro problema de saúde pública mundial. No Brasil, o número de mortes por acidentes encontra-se em terceiro lugar, sendo a causa principal de mortalidade especificamente em indivíduos de até 44 anos de idade. Distribuição Trimodal Estudos demonstram que as mortes determinadas pelo trauma ocorrem em três períodos de tempo (distribuição trimodal): Segundos a Minutos Causados principalmente por lacerações de aorta, traumatismo cardíaco ou lesões da medula espinhal ou tronco cerebral que determinam apneia. Devido a gravidade do trauma, a forma de prevenção é através da realização e divulgação de medidas preventivas. Minutos a Horas Eventos mais comuns são hemorragias viscerais, hemopneumotórax e hematomas epidural e subdural. Nesta modalidade um atendimento adequado pode reduzir a mortalidade, sendo, portanto, considerada a “hora de ouro” (Golden hour). Horas a semanas Representado por SEPSE ou disfunção de múltiplos órgãos, sendo influenciado pelos cuidados tomados durante os outros picos. A melhor maneira de evitar toda essa morbimortalidade e gasto econômico relacionado está na prevenção do trauma. “Tempo é sangue!” O tratamento de pacientes vítimas de trauma grave requer rápida avaliação de suas lesões e imediata instituição de medidas terapêuticas que possam garantir a sobrevivência desses pacientes. Abordagem sistematizada, sequência hierarquizada de prioridades. Avaliação Inicial ● Preparação pré-hospitalar, ● Triagem ● Exame primário (ABCDE), ● Reanimação ● Medidas auxiliares à avaliação primária e reanimação ● Considerar necessidade de transferência do paciente ● Avaliação secundária (anamnese + exame físico crânio-caudal) ● Medidas auxiliares à avaliação secundária ● Reavaliação e monitorização contínuas após reanimação e tratamento definitivos. O atendimento ocorre em dois cenários distintos: Atendimento pré-hospitalar x hospitalar A equipe de atendimento pré-hospitalar, ao chegar ao local, deve observar: ● Segurança do local e da equipe ● Mecanismo de trauma/gravidade ● Número de vítimas No atendimento pré-hospitalar, antes de qualquer medida do ABCDE, verifique: a cena está segura? É fundamental, no atendimento ao trauma, o cuidado com a integridade da equipe que está prestando atendimento. Controle da Cena: Identificar situações de risco, sinalizar a via, etc. Divisão do atendimento ao trauma: zona quente, zona morna e zona fria. Só então: Avaliar existência de situação crítica ou lesão ameaçadora à vida a ser tratada no exame primário: ● Desobstrução de vias aéreas; ● oclusão de ferimentos aspirativos de tórax; ● Descompressão de pneumotórax hipertensivo; ● Ventilação mecânica; ● Contenção de grandes hemorragias Os pacientes serão avaliados conforme prioridades de tratamento. ABCDE = sistematização do atendimento que objetiva identificar as condições que implicam maior risco de morte, conforme a sequência: A (Airway & Cervical Spine Control) Coluna cervical Cerca de 80% dos óbitos por lesão traumática da coluna deve-se a luxações do atlas-occipital e fraturas de C1-C2. A avulsão dos arcos de C2 e fratura de C2 sobre C3 é a segunda mais comum, geralmente associada a fraturas de crânio e mandíbula. Estas são mais observadas em acidentes com veículos em alta velocidade, homens jovens (entre 15 e 35 anos) ou acima de 65 anos. O colar cervical, isoladamente, permite movimentação lateral parcial da cabeça, assim como pequena rotação e movimentação anteroposterior. Assim, para uma imobilização correta, deve-se utilizar também uma prancha longa rígida, somada ao emprego de coxins laterais para garantir a fixação da cabeça durante o transporte do paciente. Na sala de trauma, a prancha rígida deve ser retirada, pelo risco de úlceras de pressão. Uma vez em ambiente hospitalar, o colar cervical pode ser retirado em pacientes alertas, sem dor cervical, sem abuso de álcool e/ou drogas, e com exame neurológico dentro da normalidade. Se o paciente não preencher esses critérios, a integridade dos componentes ósseos da coluna cervical pode ser avaliada incialmente pela visualização de todas a sete vértebras usando uma radiografia de incidência lateral. Via Aérea Indivíduos sem prejuízo da fonação dificilmente apresentarão obstrução significativa das vias aéreas. Máscara Laríngea > O2 Manobras de desobstrução de via aérea Em indivíduos com rebaixamento do nível de consciência, a patência das vias aéreas deve ser estabelecida rapidamente com o emprego de medidas como elevação do queixo (Chin-lift) ou tração da mandíbula (Jaw-Thrust), sempre mantendo a coluna cervical estabilizada. Cânula de Guedel IOT > crico ou traqueo É de fundamental importância a inspeção da via aérea, atentando-se para presença de corpos estranhos, vômito, sangue ou saliva acumulados, devendo ser prontamente aspirados. Via aérea definitiva cânula endotraqueal, com balão insuflado, adequadamente fixada e conectada a um sistema de ventilação assistida com mistura enriquecida em O2. Forma preferencial para obtenção de uma via aérea definitiva é através da intubação orotraqueal, seguindo a sequência rápida, um método anestésico que permite intubação rápida e não traumática, combinando anestésicos de ação rápida e bloqueadoresneuromusculares. Dispositivos que medem o CO2 expirado devem estar presentes para confirmar o posicionamento do tubo (capnógrafo, por exemplo). A via aérea cirúrgica deve ser indicada se trauma maxilofacial extenso, distorção anatômica resultante de trauma de pescoço, incapacidade de visualização das cordas vocais. B (Breathing) Próximo passo consiste em garantir uma ventilação adequada. Todas as vítimas de trauma devem receber oxigenação suplementar. Inspeção, palpação, percussão e ausculta da região torácica são elementos importantes, além de uma radiografia de tórax em AP. Três situações podem comprometer criticamente a ventilação/oxigenação: Pneumotórax hipertensivo Ocorre quando ar penetra a cavidade pleural de forma contínua, em fluxo unidirecional, resultando em acúmulo de ar sob pressão na cavidade pleural. Consequências de tal evento são o colapso pulmonar no lado acometido, desvio de mediastino com compressão do pulmão saudável e angulação de vasos da base, provocando insuficiência respiratória e diminuição do débito cardíaco respectivamente. Diagnóstico de achado de dispneia intensa associada a um dos seguintes sinais: ● Desvio contralateral da traqueia ● Enfisema subcutâneo ● Hipertimpanismo ipsilateral ao pneumotórax ● Diminuição ou ausência do murmúrio vesicular do lado acometido ● Turgência jugular ● Hipotensão ou choque Tratamento imediato consiste na toracocentese (inserção de agulha calibrosa no 5° espaço intercostal, na linha axilar média OU 2° espaço intercostal na linha hemiclavicular para crianças), seguida de toracostomia com drenagem em selo d’água (inserção de dreno tubular no 5o espaço intercostal, entre as linhas axilar anterior e média). Pneumotórax aberto Vítima apresenta ferida na parede torácica que permite a entrada de ar atmosférico na cavidade pleural. Se medir acima de 2/3 do diâmetro da traqueia, o arseguirá preferencialmente pela abertura torácica durante a inspiração, levando à insuficiência respiratória. Tratamento imediato é realizado no ambiente pré-hospitalar com a oclusão da ferida com curativo quadrangular fixado apenas em três de seus lados (curativo de três pontas). Seguida de toracostomia em ambiente hospitalar. LESÕES AMEAÇADORAS À VIDA Pneumotórax simples Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax aberto Hemotórax simples Hemotórax maciço Tórax instável Contusão pulmonar Contusão cardíaca Tamponamento cardíaco C (Circulation) Se instabilidade hemodinâmica, reposição volêmica é feita preferencialmente através de acessos periféricos calibrosos. Contenção mecânica do sangramento No atendimento pré-hospitalar, a primeira medida é o controle da perda de sangue através da compressão da ferida e curativos compressivos, inclusive com emprego de torniquetes. Na suspeita de fraturas pélvicas, a estabilização pode ser feita através de dispositivo ou envolvendo a pelve com lençol e procedendo com um nó apertado. D (Disability) Escala de coma de Glasgow Lembrar que hipoxemia, hipoglicemia, álcool, narcóticos e outras drogas também podem alterar o nível de consciência do paciente traumatizado. Excluídas essas causas, alterações no exame neurológico devem ser atribuídas a traumatismo do sistema nervoso central. E (Exposure) exposição de todo o doente procurar lesões externas rodar o doente em monobloco prevenir hipotermia “dedos e sondas em todos os orifícios” ● toque vaginal ● toque retal ● sonda vesical ● sonda nasogástrica Monitorização eletrocardiográfica é recomendada em todas as vítimas de politrauma, Cateter vesical normalmente é passado para aferição do débito urinário (contraindicado na suspeita de lesão uretral, frente a sangue no meato uretral, equimose perineal, sangue no escroto ou fratura pélvica), passagem de cateter gástrico é recomendada (contraindicado na suspeita de fraturas de base de crânio não deve ser tentada a via nasogástrica). Monitorização de frequência ventilatória, oximetria de pulso, pressão arterial, gasometria arterial. Exames radiológicos iniciais Coluna cervical em incidência lateral, tórax em AP e pelve em AP, obtidos sem atrasar a reanimação do paciente. Lavado peritoneal diagnóstico e FAST (ultrassonografia) são exames rápidos, realizados à beira do leito, que pode identificar sangramento oculto intra-abdominal. A hipotermia agrava a acidose e a coagulopatia. As vítimas de trauma devem ser retiradas da prancha longa antes de 2 horas: Após esse período → Isquemia de tecidos sob pressão → Escaras (úlceras de pressão) Sinais de Fratura de Base de Crânio Não deve passar nada pelo nariz! Sem sondas > pode ir para o cérebro ● Rinorreia ● Otorreia ● Rinorragia ● Sinal de Battle e de Guaxinim MUDANÇAS DO ATLS 9 PARA O 10 ATLS 9 ATLS 10 Reposição volêmica de 2L Reposição volêmica de 1L e acompanhamento da diurese > hipotensão permissiva Fórmula de Parkland 4ml x kg x SCQ Fórmula de Parkland adult: 2ml x kg x SCQ <14anos: 3 x kg x SCQ criança 30kg: 3 x kg x SQC queimad 4°: 4 x kg x SCQ Toracocentese no pneumotórax hipertensivo 2 EIC Toracocentese no pneumotórax hipertensivo 5 EIC e se mantém 2 EIC nas crianças ISR (Intubação em Sequencia Rápida) IAD (Intubação Assistida por Drogas) Protocolo eFAST NEXUS CCR Ácido tranexâmico melhora a sobrevida quando essa droga é administrada dentro de 3 horas de lesão. Primeira dose ao longo de 10 min e a outra dose ao longo de 8 horas. SONDAGENS, CISTOSTOMIAS, GASTROSTOMIAS & JEJUNOSTOMIAS SONDAGEM 2 CATETER 2 SONDAGEM VESICAL 2 Pontos-chave 3 Contraindicações 3 Sondagem de alívio 3 Sondagem de demora 3 Procedimento 3 Posicionamento 3 Procedimento em mulheres 4 Procedimento em homens 4 Punção Vesical 4 Técnica 5 Complicações 5 CISTOSTOMIA 5 Indicações 6 Contra-indicações 6 Procedimento 6 Técnica cirúrgica 6 Cistoscopia 8 Cistostomia Aberta 8 Cuidados 9 Sondagem Nasogástrica 9 Indicações 9 Objetivos 9 Materiais 9 Procedimento 9 Sonda Nasoenteral 10 Indicações 10 Objetivos 10 Procedimento 10 Cuidados 10 Gastrostomia 11 Indicações de gastrostomia 11 Procedimento por endoscopia 11 Gastrostomia à Stamm 12 Gastrostomia à Witzel 14 Jejunostomia 15 Indicações de jejunostomia 15 Jejunostomia à Witzel 15 SONDAGEM Sondagem é o ato de sondar, ou seja, observar, analisar, vigiar ou verificar algo ou alguma coisa. SONDA É DEFINIDA COMO UM TUBO QUE SE INTRODUZ EM CANAL DO ORGANISMO, NATURAL OU NÃO PARA RECONHECER-LHE O ESTADO, EXTRAIR OU INTRODUZIR ALGUM TIPO DE MATÉRIA CATETER Instrumento tubular que é inserido no corpo para retirar líquidos, introduzir medicamentos e efetuar investigações diagnósticas. SONDAGEM VESICAL QUANDO A URINA NÃO PODE SER ELIMINADA NATURALMENTE, DEVE SER DRENADA ARTIFICIALMENTE ATRAVÉS DE SONDAS OU CATETERES QUE PODEM SER INTRODUZIDOS DIRETAMENTE NA BEXIGA, URETER OU PELVE RENAL. Suas principais indicações são: ● obtenção de urina asséptica para exame ● esvaziar bexiga em pacientes com retenção urinária, em preparo cirúrgico e mesmo no pós operatório ● para monitorizar débito urinário horário e em pacientes inconscientes ● para a determinação da urina residual ou com bexiga neurogênica que não possuam um controle esfincteriano adequado A presença de sonda vesical no paciente significa possibilidade de infecção hospitalar > risco de bacteriúria de até 5% por dia de sondagem Pontos-chave ● indicar sonda apenas na impossibilidade dos métodos alternativos ● revisar regularmente a necessidade de manutenção da cateterização, removendo-a logo que possível ● documentar a inserção do cateter e os cuidados relacionados Contraindicações Trauma Uretral Sondagem de alívio Sondagem de alívio é quando há retirada da sonda após o esvaziamento vesical Sondagem de demora Sondagem de demora é quando há necessidade de permanência da mesma quando há a necessidade de sonda de demora, é obrigatório a utilização de um sistema fechado de drenagem, que consiste em uma sonda ou cateter de demora (sonda de Foley), um tubo de conexão e uma bolsa coletora (preferencialmente sistema fechado) que possa ser esvaziada atravésde uma válvula de drenagem > reduzir risco de infecção Procedimento pacote esterilizado, contendo: Posicionamento para mulheres > posição ginecológica para homens > decúbito dorsal com pernas afastadas Procedimento em mulheres ● deve-se realizar degermação da genitália com luvas de procedimento e sabão adequado ● nas mulheres realizar antissepsia da vulva, grandes lábios, região pubiana ○ sempre desprezando a gaze ao passar próximo ao períneo ○ colocar campo fenestrado ○ entreabrir pequenos lábios e fazer antissepsia do meato uretral > sempre no sentido uretra-ânus ○ lubrificar o meato e a sonda com lidocaína gel e introduzir a sonda no meato urinária até a verificação da saída de urina se for uma sonda de foley, deve-se insuflar o balão de segurança com água destilada, obedecendo o volume identificado na sonda conectar à extensão, fixar a sonda e reunir material utilizado Já se a sonda for de alívio, deve-se esvaziar a bexiga e remover imediatamente a sonda Procedimento em homens após a antissepsia da região púbica com movimentos circulares, realiza-se o mesmo no pênis, tracionando o prepúcio para a exposição da glande e para a passagem do cateter, retificando-se o mesmo para cima Punção Vesical indicado para pacientes com retenção urinária por obstrução uretral sem possibilidade de cateterização, em pacientes com neoplasia de próstata Material necessário ● Seringas de vários tamanhos; ● agulhas de 27 x 4 para crianças pequenas até 60 x 8 para crianças maiores; ● bandeja de anestesia; ● solução anti-séptica; luvas estéreis. Técnica ● Controlar as diureses para ver o momento exato da realização. ● Esperar pelo menos uma hora após a última eliminação. ● A palpação e a percussão de região hipogástrica podem ajudar na caracterização da presença da bexiga cheia. ● Colocar em posição adequada : deitado, com membros fletidos em abdução. ● Assepsia do andar inferior do abdômen. Antes da realização e em crianças pequenas retirar o excesso. ● Cuidado deve ser tomado ser for lactente, em função de ser considerada uma região de fralda. ● Anestesiar o local. ● O local a ser puncionado situa-se a 2, 0 – 2,5 cm acima da sínfise pubiana, na linha média que une a sínfise à cicatriz umbilical. A forma de introdução é perpendicular a parede abdominal, com um movimento rápido de penetração. Após a introdução, dirigir a agulha para o fundo da bexiga, adotando uma angulação de 30 graus em relação ao plano do corpo. Complicações ● hematúria macro ou microscópica (cuidado na análise do EAS); ● perfuração de alças intestinais (procurar descomprimir abdômen antes da realização da punção); ● lesão vasculares ou outros orgãos. CISTOSTOMIA Cistostomia é uma cirurgia de derivação urinária. O objetivo é possibilitar a drenagem da bexiga em situações que a uretra não permite seu esvaziamento acesso à bexiga através da parede abdominal Indicações A- obstrução do colo vesical B- estenose de uretra C- trauma vesical D- trauma uretral E- pós uretroplastia F- pós cistoplastias G-retenção urinária aguda com impossibilidade de passagem de cateter uretral H- infecção complicada do trato urinário baixo ou períneo I - necessidade prolongada de derivação urinária (bexiga neurogênica) Contra-indicações ● bexiga não palpável ou não identificada no ultrassom (punção supra-púbica) ● câncer de bexiga ● cirurgia pélvica prévia (relativa) Procedimento ● Anestesia ● Assepsia e colocação dos campos cirúrgicos feitos de maneira usual. ● Incisão na pele. Pode ser feita incisão mediana vertical supra púbica com 4 cm de extensão, ou incisão de Pfannenstiel Técnica cirúrgica Abertura da aponeurose do músculo reto anterior (linha alba) com afastamento lateral dos mesmos. Se necessário pode se deslocar os músculos piramidais Abertura da fáscia perivesical ● Passagem de dois fios simétricos de categute 2.0 cromado à esquerda e à direita da linha mediana, em posição alta na parede vesical anterior Abertura da bexiga • Colocação do cateter Fechamento da aponeurose do músculo reto • Fechamento da pele • Curativo Cistoscopia Cistostomia Aberta Cuidados ● curativos e retirada de pontos ● manuseio da bolsa coletora (sistema fechado, não se deve desconectar a sonda de foley do coletor) ● sinais de alarme (mudança da coloração da urina, irritação de pele ou infecção) ● retorno para troca da sonda a cada 4 semanas (profilaxia) ● acompanhamento com urologia Sondagem Nasogástrica é a introdução de uma sonda gástrica plástica através da narina até o estômago Indicações ● incapacidade de alimentação por via oral ● obstrução ou estreitamento de esôfago e garganta ● pós operatório de cirurgia de grande porte Objetivos ● drenar o conteúdo gástrico ● realizar lavagem gástrica ● administrar medicamentos ● administrar dietas Materiais ● seringa ● esparadrapo ● luvas de procedimento ● estetoscópio ● xilocaina ● sonda nasogástrica (SNG) Procedimento ● colocar a toalha sobre o tórax do paciente ● calçar luvas de procedimento ● medir a sonda da ponta do nariz até o lóbulo da orelha, descer até a altura do apêndice xifóide e marcar distância com esparadrapo ● fletir a cabeça para frente ● introduzir a sonda através da narina até o ponto demarcado ● testar a localização da sonda (aspiração do conteúdo gástrico e ou ausculta) ● fixar a sonda ● recolher o material Sonda Nasoenteral É a introdução de uma sonda de poliuretano ou silicone, de pequeno diâmetro, com uma cápsula de peso em sua posição distal, através da narina até o estômago ou duodeno, utilizando-se um fio guia. Indicações ● Para alimentação, quando o cliente necessita permanecer por longo tempo com a sonda; ● Patologias como neoplasia de cabeça e pescoço Objetivos ● Promover uma via para suporte nutricional ● Administrar medicamentos Procedimento O procedimento é o mesmo que o da SNG, exceto por: - na medição, deve-se acrescentar 10 cm; - O fio guia deve ser retirado após a introdução da sonda; - O paciente deve ficar em decúbito lateral esquerdo após o procedimento. Cuidados Após 24h deve-se fazer um RX para visualizar a localização da sonda Os cuidados são os mesmos da SNG Gastrostomia A gastrostomia é um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à luz do estômago através da parede abdominal. As vias de acesso habitualmente empregadas para realização da gastrostomia são laparotomia, endoscopia e laparoscopia. Indicações de gastrostomia A principal é paciente que precisa usar sonda nasoenteral por mais de um mês ● Descompressão gástrica ● Alimentação (estenose cáustica, câncer do esôfago e megaesôfago e, eventualmente, no coma prolongado) Procedimento por endoscopia ATB profilático > cefazolina 1-2g Transiluminação da parede abdominal Incisão com fio-guia Gastrostomia à Stamm Incisão: Mediana supra-umbilical; Preensão da parede gástrica anterior com pinças de Babcock para avaliar a aproximação do estômago com o peritônio; Sutura seromuscular em bolsa a meia-distância entre as curvaturas gástrica maior e menor; Incisão com bisturi ou eletrocautério no centro da sutura, de tamanho suficiente, para a colocação de sonda com 20 a 26 French; Introdução de sonda: Foley, na extensão de 5-6 cm, seguida de fechamento de sutura em bolsa. Realização de uma e, eventualmente, duas novas suturas seromusculares sucessivas em bolsa, concêntricas, que são amarradas de maneira a cada uma invaginar a anterior Fixação da seromuscular do estômago ao peritônio parietal da parede abdominal anterior com pontos cardinais em torno e juntos da sonda testando a sonda para verificar funcionamento fixação da sonda na parede do estômago fechando a incisão e fixando o botão Gastrostomia à Witzel Os passos técnicos iniciais das gastrostomia à Witzel são semelhantes aos da gastrostomia à Stamm, incluindo a fixação da sonda ao estômago por uma sutura em bolsa. Na sequência, deita-se a sonda sobre a parede gástrica e faz-se um túnel de 8-10 cm de extensão mediante sutura seromuscular (contínua ou com pontos separadosde fio absorvível ou inabsorvível) recobrindo-a e procede-se a exteriorização por contra abertura. O objetivo desse túnel é a prevenção de vazamento ao redor da sonda exteriorizada na parede abdominal. Jejunostomia A jejunostomia é um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à luz do jejuno proximal através da parede abdominal. As vias de acesso habitualmente empregadas para realização da jejunostomia são: laparotomia, laparoscopia e endoscopia. Indicações de jejunostomia • Descompressão digestiva • Alimentação (como terapêutica paliativa em pacientes portadores de neoplasia maligna irressecável do estômago) • Passado de gastrectomia Jejunostomia à Witzel • Incisão mediana supra-umbilical • Afastamento cranial do epiploon e do colon transverso com identificação da porção fixa do jejuno, ao nível do ângulo duodenojejunal (ângulo de Treitz) • Sutura seromuscular em bolsa na borda contramesentérica; Incisão com bisturi ou eletrocautério no centro da sutura, de tamanho apenas suficiente para a colocação de sonda com 8 a 12 F. • Introdução de sonda de silicone ou borracha na extensão de 20 cm, seguida de fechamento de sutura em bolsa. Realização de um túnel de 3 a 5 cm de extensão mediante sutura seromuscular (contínua ou com pontos separados de fio absorvível ou inabsorvível) recobrindo a sonda deitada sobre a parede anterior do jejuno Fixação do jejuno à parede abdominal anterior com pontos cardinais entre seromuscular do jejuno e peritônio parietal, em torno e juntos da sonda CHOQUE CHOQUE 2 Tipos de Choque 2 Hipovolêmico 2 Cardiogênico 2 Distributivo 2 Obstrutivo 2 Choques Hipodinâmicos 2 Choques Hiperdinâmicos 3 Como monitorizar o paciente chocado? 3 Monitorização NÃO invasiva, 3 Monitorização Invasiva 3 Tratamento 3 Agentes vasopressores e inotrópicos 4 Choque Hipovolêmico 4 Quadro Clínico 4 Choque Hemorrágico 4 Classificação 4 Reposição Volêmica 5 Acesso 5 ATLS 10 5 Protocolo de Transfusão Maciça (PTM) 5 Hipotensão permissiva 5 Neurogênico 5 Quadro Clínico 5 Tratamento 6 Cardiogênico 6 Quadro Clínico 6 Tratamento 6 Corrigir Hipoxemia e Acidose 6 Elevar a PA 6 Melhorar a Contratilidade 6 Suporte circulatório mecânico com balão intra-aórtico 6 Obstrutivo 7 Quadro Clínico 7 Pneumotórax Hipertensivo 7 Tamponamento Cardíaco 7 Quadro Clínico e Diagnóstico 8 Tríade de Beck 8 Sepse 8 Cardiovascular 8 Renal 8 Respiratório 8 Hematológico 8 Acidose Metabólica 8 Choque séptico 8 Quick SOFA (qSOFA) 8 Fatores de Risco 9 Tratamento 9 em até 45 min 9 Ressucitação Volêmica 9 CHOQUE Anormalidade do sistema circulatório que resulta em perfusão orgânica inadequada para suprir as necessidades tissulares de oxigênio e nutrientes. Choque seria a associação de hipotensão com anormalidades relacionadas à hipoperfusão tecidual. É um sintoma e sua causa base deve ser identificada e tratada desbalanço entre consumo e oferta de O2 O2 = DC x CaO2 Choque não é apenas hipotensão!!!! ● Alteração do estado mental ● Taquicardia ● Taquipnéia ( FR + 22) ● BE menor que -5 ou Lactato maior que 4 ● DU menor que 0,5 ml\kg\h ● PA sistólica menor que 90mmhg refratária à administração de volume Para efeitos didáticos e de raciocínio clínico, considera-se choque quando: PAS < 90 mmHg, PAM < 60 mmHg ou uma redução da PAS > 30 mmHg a partir dos níveis basais após repor volume. Tipos de Choque São quatro os tipos de choque: Hipovolêmico depleção do volume intravascular efetivo. Cardiogênico falha primária da função cardíaca. Distributivo Séptico Anafilático e Neurogênico alterações do tônus/permeabilidade vascular. Obstrutivo obstrução mecânica ao enchimento do coração. Choques Hipodinâmicos Resistência Vascular Periférica- ALTA Débito ( índice) Cardíaco – BAIXO ➢ Hipovolêmico ➢ Cardiogênico ➢ Obstrutivo Choques Hiperdinâmicos Resistência Vascular Periférica- BAIXA Débito ( índice) Cardíaco – VARIÁVEL ➢ Séptico ➢ Anafilático ➢ Neurogênico Choque Causa Hipovolêmico Hemorragia Desidratação Seqüestro de líquidos Obstrutivo Tamponamento cardíaco Embolia pulmonar Pneumotórax hipertensivo Coarctação de aorta Distributivo Séptico Neurogênico Anafilaxia Insuficiência adrenal Cardiogênico Falência ventricular esquerda Infarto do miocárdio Miocardites Cardiomiopatias Disfunção miocárdica na sepse Lesões valvares Disturbios de condução Bradiarritmias Taquiarritmias Shunt arterio-venoso hipovolêmica > perda de sangue > reposição volêmica obstrutivo > tamponamento cardíaco cardiogênico > ICC, IAM Como monitorizar o paciente chocado? Monitorização NÃO invasiva, ● Atendimento inicial no PS ● Verificar FC ● Verificar PA ● Temperatura ● Oximetria de Pulso ● SVD para DU Monitorização Invasiva Pressão Venosa Central- PVC normal ( 8 a 12 mmhg) Tratamento O objetivo maior é aumentar a oferta de oxigênio aos tecidos Agentes vasopressores e inotrópicos Choque Hipovolêmico Ocorre quando o volume intravascular é depletado em razão de hemorragia, vômitos, diarréia, desidratação e perdas para o terceiro espaço. A principal causa é a hemorragia por trauma – as manifestações clínicas decorrem da perda > a 40% do volume plasmático. Todo doente vítima de trauma e hipotenso até prova contrária está hipovolêmico. O tratamento da causa base é primordial e muitas vezes com intervenção cirúrgica de urgência. O objetivo terapêutico é a restauração do volume intravascular e da perfusão/oxigenação tecidual. Quadro Clínico ➢ PAS < 90 mmHg ➢ PVC baixa ➢ PCAP baixa ➢ RVS elevada ➢ Índice cardíaco baixo ● História de vômito, diarréia ou trauma ● Hipotensão ● Taquicardia ● Palidez cutânea,enchimento capilar lento e pulsos finos ● Sudorese fria ● Taquipnéia → insuficiência respiratória ● Oligúria/Anúria → débito urinário ● Alterações do estado de consciência – agitação, confusão, sonolência ou coma Choque Hemorrágico estado de má perfusão tecidual Reduz volume sistólico > reduz débito cardíaco > hipotensão Classificação I II III IV ML -750 750-1500 1500-2000 +2000 PA normal normal hipotenso hipotenso FC <100 100-120 120-140 >140 FR 14-20 20-30 30-40 >35 DU >30ml/h 20-30ml/h 5-15ml/h - classe I > cristaloide classe II > cristaloide > considerar sangue classe III > transfusão classe IV > transfusão > PTM Reposição Volêmica Acesso ● Periférico ○ 2 acessos curtos e calibrosos > fossas antecubitais ● Central ● Intraósseo ○ tudo o que corre na veia periférica pode ser difundido intraósseo ● Dissecção de safena Solução Fisiológico AQUECIDO Ringer Lactato ATLS 10 começa com 1L e se não melhorar aumenta Resposta a infusão de Volume analisar a DIURESE ● adultos: >0,5ml/kg/h ● 1-12 anos: >1ml/kg/h ● menor que 1 ano: >2ml/kg/h Protocolo de Transfusão Maciça (PTM) >10 CH em 24h transfundir sangue AQUECIDO ● choque grave > classe IV ● cuidar com o excesso da transfusão ○ Hipocalcemia grave ○ Hipercalemia ○ Alcalose metabólica Melhorar os parâmetros gradualmente! Hipotensão permissiva administrar aos pacientes traumatizados uma quantidade restrita de fluidos na ressuscitação volêmica, mantendo a pressão arterial um pouco abaixo dos valores normais caso esteja ocorrendo sangramento ativo. paciente com TCE nunca faz hipotensão permissiva! > precisa de glicose pro cérebro Neurogênico choque distributivo lesão de coluna vertebral > trauma raquimedular perda tônus simpático > lesão alta > acima de T5 perda da resistência vascular periférica > má distribuição do sangue Quadro Clínico ● hipotensão ● bradicardia ou normal ● quente > hiperemiado Tratamento NÃO ADIANTA DAR VOLUME, e sim DROGA VASOATIVA > noradrenalina em bomba Cardiogênico Falência do coração como bomba devido disfunção do músculo cardíaco A principal causa é o infarto do miocárdio – estima-se que seja necessário a perda de 40% da massa ventricular pra a instalação do choque. A mortalidade gira em torno de 70-80%. Outras causas são miocardites, cardiomiopatias, doença de Chagas, doenças valvares, arritmias, etc. O tratamento da causa base é primordial e a correção do distúrbio deve ser feita tão logo hajacondições clínicas. A angioplastia é o melhor tratamento para o IAM. Quadro Clínico ● PAS <90 ● RVS e PVC alta ● Hipotensão ● Taquicardia ● Palidez cutânea, enchimento capilar lento e pulsos finos ● Sudorese fria ● Taquipnéia e insuficiência respiratória ● Sinais de Congestão Pulmonar – estertores pulmonares ● Turgência jugular ● Alterações do estado de consciência – agitação, confusão, sonolência ou coma. Tratamento Tratamento inicial deve ser específico para o fator precipitante como IAM, angina, lesões valvares, etc Corrigir Hipoxemia e Acidose ➢ IOT e VM Elevar a PA ➢ Aminas Vasopressoras (Noradrena ou Dopamina 20 a 50 micro grama\kg\min) Melhorar a Contratilidade ➢ Aminas Inotrópicas ( Dobutamina 10 a 30 micrograma\ kg\min) Suporte circulatório mecânico com balão intra-aórtico Obstrutivo Ocorre em situações em que existe obstrução mecânica ao enchimento ou esvaziamento do coração. ● Tamponamento pericárdico ● Embolia pulmonar ● Pneumotórax hipertensivo O alívio da obstrução é o único tratamento possível. A manutenção do volume intravascular é fundamental para o tratamento, podendo temporariamente melhorar o débito cardíaco e a hipotensão. As drogas inotrópicas e vasopressoras tem pouca importância no tratamento final. Quadro Clínico O quadro é de instalação rápida e de extrema gravidade, cujas medidas devem ser tomadas de imediato, sem exames complementares. ● Dor torácica ● Dispnéia intensa e cianose ● Desvio da traquéia a nível cervical ● Desvio do ictus cardíaco ● Murmúrio vesicular abolido ● Hipertimpanismo à percussão ● Turgência jugular ● Hipotensão arterial e taquicardia ● Ocasionalmente enfisema sub-cutâneo Pneumotórax Hipertensivo Tamponamento Cardíaco Acúmulo de líquido ou sangue no saco pericárdico de forma rápida com elevação da pressão que promove compressão das câmaras cardíacas e restrição diastólica. Ocorre devido a: ● Trauma torácico aberto ou fechado ● Infiltração neoplásica ● Pós cirurgia cardíaca ● Doenças auto-imunes ● Hipotireoidismo ● Insuficiência renal com uremia ● Processos infecciosos agudos Quadro Clínico e Diagnóstico A instalação do quadro varia de acordo com a etiologia. O diagnóstico diferencial é feito com pneumotórax hipertensivo Na maioria dos casos também não há tempo para exames complementares. Tríade de Beck choque, turgência jugular e hipofonese de bulhas. ● Dispnéia intensa e palidez cutânea ● Acentuação do pulso paradoxal (> 15 mmHg) ● Elevação da pressão venosa na inspiração (sinal de Kussmaul) ● ECG mostra complexos QRS de baixa voltagem ● Rx Tx mostra ↑da área cardíaca em forma de “moringa” ● Ecocardiograma mostra líquido no pericárdio e sinais de restrição diastólica Sepse resposta sistêmica à infecção, com pelo menos dois seguintes: ● febre > 38° ou hipotermia <36° ● taquicardia > 90bpm ● taquipneia > 24irpm ● leucocitose > 12.000/mm3 ou leucopenia < 4.000/mm3 Pelo menos um dos seguintes Cardiovascular PA < 90, com resposta à volume Renal Débito urinário <0,5 ml/kg/h Respiratório Se o pulmão for o único órgão disfuncional Hematológico plaquetas <80.000 ou redução > 50% Acidose Metabólica com lactato > 1,5 ao limite superior Infecção + SOFA maior ou igual a 2 ● SOFA ● Glasgow ● Hipotenção / DVA ● PaO2 / FiO2 ● Creatinina / Diurese ● Plaquetas ● Bilirrubinas Choque séptico sepse com anomalias circulatórias, celulares e metabólicas que acarretam maior risco de morte (mortalidade > 40%) Sepse e 1. vasopressores para manter PAM maior ou igual a 65mmHg 2. Lactato arterial > 2mmol/L (maior que 18mg/dL) Desde que…já tenha sido feito ressucitação volêmica Quick SOFA (qSOFA) acurácia para identificar sepse inicial em pacientes fora da UTI > sepse inicial ● FR maior ou igual a 22irpm ● PAS menor ou igual a 100mmHg ● Glasgow menor que 13 Ponto de corte: menor ou igual a 2 Fatores de Risco ● PNM comunitária ● Admissão na UTI ● Bacteremia ● Idade maior que 65 anos ● Imunossupressão ● DM e câncer ● Hospitalização nos últimos 90 dias Tratamento ABC da ressucitação em até 45 min ● Labs “rotina” ● Gaso arterial ● Lactato ● 2 hemoculturas (acesso periférico) ● Culturas específicas ATB precoce (1°hora - golden hour) + controle do foco (6-12 h) duração ATB 7 -10 dias (média) Ressucitação Volêmica solução cristaloide isotônica (SF e Ringer Lactato) NÃO USAR colóides sintéticos > morte! DIÉRESE, HEMOSTASIA e SÍNTESE Cirurgia 3 Diérese 3 Instrumentos cirúrgicos 3 Hemostasia 3 Instrumentos cirúrgicos 3 Síntese 3 Instrumentos cirúrgicos 3 Diérese 4 Incisão 4 CLASSIFICAÇÃO DAS INCISÕES 5 Secção 5 Divulsão 6 Punção 6 Trocarte 6 Dilatação 6 Serração 6 Características de uma boa incisão 7 Instrumentos de Corte 8 Bisturi 8 Serras e Tesouras 8 Instrumentos de Divulsão 8 Instrumentos de Punção 9 Instrumentos de Dilatação 9 Instrumentos Auxiliares 9 Instrumentos de Preensão 9 Hemostasia 10 Pinçamento 10 Preventiva 11 Corretiva 11 Compressão 12 Garroteamento 12 Ação farmacológica 13 Parada circulatória com hipotermia 13 Oclusão endovascular 13 Ligadura 13 Cauterização 13 Sutura 14 Grampeamento 14 Obturação 14 Tamponamento 15 Síntese Operatória 15 Instrumentos da Síntese Manual 15 AGULHAS 15 Agulhas Retas 15 Agulhas curvas: 15 Pinças 16 PORTA-AGULHA 16 Movimentos Importantes 17 MATERIAL DE SÍNTESE 17 FIOS 17 Características do fio ideal 17 Classificação dos fios 17 Natureza 17 Número de filamentos 18 Absorção 18 Quanto a agulha 18 Propriedades dos Fios 18 Reação tecidual 18 Tamanho de “zeros” 18 Elasticidade 18 Memória 18 Configuração Física 18 Catgut 18 Vicryl 18 Algodão 19 Nylon 19 PDS 19 Suturas 19 Simetria 19 Quando suturar? 20 TIPOS DE SUTURA 20 Sutura em pontos separados 20 Simples 20 Ponto em X 20 Ponto em U 20 Donnatti 20 Sutura contínua 20 Contínuo ancorado 21 Suturas da pele 21 Sutura da tela subcutânea: 21 Sutura de Aponeurose: 21 Sutura muscular 21 Sutura de vasos e nervos 22 Sutura através de grampeadores: 22 NÓS 22 QUESTÕES 22 Questão 2 23 Questão 3 23 Questão 4 23 Questão 5 23 Questão 6 24 Questão 7 24 Cirurgia Operação ou intervenção cirúrgica é o conjunto de gestos manuais ou instrumentais que o cirurgião executa para a integral realização de ato cruento com finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética. As operações fundamentais constituem atos cirúrgicos simples que, associados, permitem a realização de operações complexas. Diérese Toda manobra destinada a criar descontinuidade de tecidos. Quando implica a retirada de tecido ou de órgãos chama-se exerese. Exerese,compreende o tempo principal da cirurgia quando são utilizados os instrumentais específicos de acordo com a especialidade. Instrumentos cirúrgicos Bisturis e tesouras, de tamanhos e formas variadas Hemostasia Manobra destinada a evitar ou estancar a hemorragia. Evita que a perda sanguínea comprometa a volemia do operado, mantendo limpo o campo operatório e evitando a formação de de coágulos que favoreçam as infecções. Instrumentos cirúrgicos pinça do tipo Kelly, Rochester, Moynihan, Halstead (reparo ou “mosquito”), Mixter Síntese Aproximação correta dos tecidos visando apressar a cicatrização. Pode ser feita por simples afrontamento anatômico das estruturas, ou, por meio de sutura. Instrumentos cirúrgicos Porta-agulhas, pinças “dente-de-rato” ou anatômicas e fios de sutura As operações, às vezes tão complexas, resultam da somação de gestos simples, visando cortar e dissecar estruturas, pinçar e ligar vasos sanguíneos e realizar a síntese de tecidos; gestos e movimentos que se sucedem e se alternam de acordo com inúmeros arranjos, cada qual peculiar a uma técnica. Qualquer que seja a via de acesso para a realização de intervenções cirúrgicas, os tempos fundamentais são os mesmos – separação ou retirada de tecidos orgânicos, sustação ou prevenção de sangramentos e aproximação de estruturas vivas para facilitar cicatrização. DIÉRESE > HEMOSTASIA > SÍNTESE Diérese Constitui manobra cirúrgica destinada a criar uma via de acesso, através dos tecidos. Incisão separação de tecidos moles
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