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Trabalho e sociedade
→ A produção de um objeto envolve uma complexa rede de trabalhadores e de trabalho. 
O trabalho nas diferentes sociedades
Sociedades tribais- se diferenciam umas das outras em muitos aspectos, mas em geral não são estruturadas pela atividade que nossa sociedade denomina trabalho. São sociedades da abundância, em que seus membros têm todas as necessidades materiais e sociais satisfeitas dedicando um mínimo de horas ao que chamamos de trabalho, tudo é retirado da natureza e compartilhado entre os integrantes da tribo em caso de sobras.
Sociedades gregas e romanas- o trabalho não era importante e era visto como um desprestígio social, era feito por escravos. Havia três tipos de trabalho: 
· labor- esforço físico.
· poiesis- atividade manual. 
· práxis- atividade do discurso. 
Sociedades medievais- a terra era o principal meio de produção, e os trabalhadores tinham direito a seu usufruto e ocupação, mas nunca à propriedade. Prevalecia um sistema de deveres do servo para com o senhor e deste para com aquele. Nessas sociedades havia outras formas de trabalho, como as atividades artesanais, desenvolvidas nas cidades e nos feudos, e as atividades comerciais. 
→ Da Antiguidade até o fim da Idade Média, o trabalho não orientava as relações sociais. Estas eram definidas pela hereditariedade, pela religião, pela honra, pela lealdade e pela posição em relação às questões públicas: elementos que permitiam a alguns viver do trabalho dos outros.
As bases do trabalho na sociedade moderna
→ Com as mudanças de pensamentos vindas a partir do mercantilismo e do capitalismo fez-se necessário mudar a concepção de trabalho. Algo que era considerado vil, passa ser visto como uma atividade que dignava o ser humano.
→ A transformação dos artesãos e pequenos produtores em assalariados ocorreu por meio de dois processos de organização do trabalho: a cooperação simples e a manufatura.
Cooperação simples- o artesão desenvolve todo o processo produtivo, mas trabalha para quem financia a matéria-prima e os instrumentos de trabalho, esse definia o local e a jornada de trabalho.
Manufatura- o trabalho continua a ser artesanal, mas uma pessoa não faz tudo, do começo ao fim. Cada indivíduo passa a fazer apenas uma parte do trabalho.
→ Na manufatura, o produto tornou-se resultado das atividades de muitos trabalhadores. O trabalho transformou-se em mercadoria que podia ser vendida e comprada. Surgiu, então, a maquinofatura.
Maquinofatura- o espaço de trabalho passa a ser a fábrica e a destreza manual do trabalhador é substituída pela máquina.
→ O trabalhador é convencido de que a situação presente é melhor do que a anterior, diversos setores da sociedade colaboraram para essa mudança, como as igrejas, os governantes, os empresários e as escolas.
→ O trabalhador estava livre apenas legalmente porque, na realidade, via-se forçado pela necessidade a fazer o que lhe impunham e a trabalhar mais horas do que antes. De acordo com Max Weber, em seu livro História econômica (1923), isso era necessário para que o capitalismo existisse.
→ O desenvolvimento da maquinaria na produção capitalista potencializou, no século XIX, o emprego do trabalho infantil. Naquele contexto, a legislação de proteção à criança pôde ser burlada, o que ainda se verifica, de certa maneira, no Brasil do final do século XX.
→ Os seres humanos trabalham para satisfazer suas necessidades, desde as mais simples, como as de alimento, vestimenta e abrigo até as mais complexas, como as de lazer, crenças e fantasia. 
Karl Marx e a divisão social do trabalho
→ Para Marx, a divisão social do trabalho, realizada no processo de desenvolvimento das sociedades, gera a divisão em classes. 
Divisão técnica- identifica o sistema de produção das fábricas. A intensa fragmentação das atividades gera as condições do chamado “trabalho alienado”.
Divisão de funções e tarefas- otimiza a produção e aumenta a produtividade. Dá origem à categorização de trabalho manual e intelectual. 
Divisão sexual- baseada na distinção de gêneros.
Divisão internacional- corresponde à divisão social de trabalho ampliada para o âmbito dos países, ou seja, cada país se especializa em determinados setores ou etapas da produção. 
→ Nas sociedades modernas, com o surgimento das fábricas, duas classes foram definidas pela divisão social do trabalho: a dos proprietários das máquinas e a de seus operadores. 
→ O trabalhador vende sua força de trabalho para o burguês detentor do capital.
→ O operário trabalha mais horas por dia do que o necessário para produzir o referente ao valor de seu salário. O que ele produz nessas horas a mais é o que Marx chama de mais-valia. 
→ O valor das horas trabalhadas e não pagas é acumulado e reaplicado na produção, o que enriquece o capitalista. Esse processo é denominado acumulação de capital. 
Isso leva ao conflito entre os trabalhadores e os capitalistas. 
Durkheim e o trabalho
→ A interdependência em razão da crescente divisão do trabalho gera solidariedade, pois faz a sociedade funcionar e lhe dá coesão. 
Sociedade orgânica- o que une as pessoas é a necessidade que umas têm das outras, em virtude da divisão social do trabalho.
Teorias sobre o trabalho e sua organização
→ Em sua maioria defendem que o trabalho proporciona o mérito, é aqui que surge a meritocracia., seguem os ideais de Durkheim. 
fordismo-taylorismo
↳ Frederick Taylor propõe a racionalização do trabalho. Ele estabelece padrões para serem seguidos
↳ Henry Ford inaugurou o modelo de Taylor. Criou a esteira. 
↳ Quanto mais produtividade mais lucrativo será meu negócio. Com esse processo foi dado início à era do consumismo (consumo em larga escala).
↳ Processo de trabalho para as seguintes características:
· Aumento da produtividade com o controle das atividades dos trabalhadores;
· Divisão e parcelamento das tarefas;
· Mecanização de parte das atividades;
· Sistema de recompensas e punições conforme o comportamento dos operários na fábrica. 
Elton Mayo
↳ Buscou medidas para promover o equilíbrio e a colaboração no interior das empresas. Propõe a manipulação dos operários.
→ Novas transformações aconteceram na sociedade capitalista, principalmente depois da década de 1970. Flexibilização do trabalho e do mercado.
Flexibilização dos processos de trabalho e de produção- automação e consequente eliminação do controle manual por parte do trabalhador. 
Flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho- utilização pelo empregador das mais diferentes formas de trabalho, substituindo a forma clássica do emprego regular, sob contrato.
Características atuais:
· Desestabilização dos estáveis;
· Flexibilização;
· Uberização;
· Precariedade do trabalho;
· Déficit de lugares;
· Qualificação do emprego. 
Trabalho no Brasil
→ Têm suas raízes nas práticas portuguesas.
→ No final do século XIX, com a abolição da escravidão no Brasil, encerrou-se um período de mais de 350 anos de predomínio do trabalho escravo. Portanto, nós convivemos com a liberdade formal de trabalho há pouco mais de 100 anos. 
→ Senador Vergueiro: criou o sistema de colonato, é a primeira experiência de utilização da força de trabalho legalmente livre e estrangeiro. 
Colonato: sistema de exploração de grandes propriedades entre diversos colonos ou meeiros, que ficam incumbidos de cultivar uma determinada área e entregar parte da produção ao proprietário, conservando outra parte para seu próprio consumo.
→ Entre 1891 a 1900 muitos imigrantes começaram a vir para o Brasil. 
→ A maioria dos imigrantes ia para o campo, mais muito se estabeleceram em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde trabalhavam onde trabalhavam nas indústrias nascentes, no pequeno comércio ou como vendedores ambulantes. 
→ A partir do início do século XX, diante das condições de vida e de trabalho extremamente precárias, os trabalhadores começam a se mobilizar. 
→ Apoiados por uma impressa operária, os trabalhadores passaram a organizar protestos que culminaram com a greve de 1917, em São Paulo. 
→ A regulamentação das atividades trabalhistas no Brasil aconteceu na décadade 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder. Até então, a questão social era tratada como um problema de polícia.
→ De 1929 até o final da Segunda Guerra Mundial, buscou-se a ampliação do processo de industrialização no Brasil, o que significou aumento do número de trabalhadores urbanos.
→ Até o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil continuava a ser um país em que a maioria da população vivia na zona rural. As transformações que ocorreram depois mudaram a face do país. 
A situação do trabalho nos últimos 60 anos:
↳ Trabalhadores que tiram seu sustento coletando alimentos na mata;
↳ Trabalhadores da agropecuária;
↳ Trabalhadores empregados em indústrias de transformação ou de produção de bens duráveis ou não duráveis; 
↳ Trabalhadores nos setores de serviços e de comércio (são a maioria);
↳ Trabalhadores que exercem funções administrativas em empresas e organizações públicas ou privadas;
↳ Crianças que trabalham em muitas das atividades mencionadas;
↳ Trabalhadores submetidos à escravidão por dívida (semelhante aos colonos imigrantes).
→ O processo de urbanização, com todos os seus desdobramentos, criou uma situação nova no Brasil. O perfil de trabalho mudou, e com isso, as oportunidades de trabalho também. 
Emprego e qualificação
→ A qualificação em determinados ramos da produção é necessária e cada vez mais exigida.
→ A elevação do nível de escolaridades, entretanto, não garante emprego na área em que o profissional é formado e boas condições de trabalho.
O trabalho informal
→ O setor informal inclui empregados de pequenas empresas que trabalham sem registro e indivíduos que, por conta própria, prestam serviços pessoais e de entrega, comércio ambulante, execução de reparos...
→ Segundo a PNAD realizada em 2008, apenas 34,5% dos 92,4 milhões de indivíduos ocupados têm carteira de trabalho assinada.
O desemprego
→ Depois das grandes transformações pelas quais o Brasil passou nos últimos trinta anos, a questão do desemprego é um dos grandes problemas nacionais. 
→ Com a expansão da mecanização e da automação na agricultura, na indústria e nos serviços, o desemprego aumentou.

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