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Ana Clara Ferreira Galhano Ana Clara Ferreira Galhano A Bordetelose em cachorros, também conhecida como tosse dos canis ou traqueobronquite infecciosa canina, é uma doença respiratória contagiosa que afeta principalmente cães. Essa condição é causada por várias bactérias e vírus, sendo a bactéria Bordetella Bronchiseptica o principal agente causador. Se trata de bacilos gram-negativos, aeróbias, catalase-positivas, podendo sobreviver no ambiente por 1-2 semanas, são sensíveis a desinfetantes. Outros agentes bacterianos e virais estão envolvidos na patogênese, como o adenovírus canino 2, vírus da parainfluenza canina 2, vírus da cinomose canina e outros. A principal fonte de infecção é o próprio animal, a transmissão pode ocorrer por contato direto dos animais ou pela via aerógena. Não possui predisposição por raça, sexo ou idade. É de alta morbidade e baixa letalidade. Sintomatologia Os sinais clínicos da infecção desenvolvem-se de três a quatro dias de exposição e persistem por ate 14 dias. A manifestação clínica depende dos agentes envolvidos, ambiente do animal, estado geral e a idade. Manifestação não complicadas → é geralmente caracterizada por sintomas respiratórios leves a moderados, como tosse seca súbita, espirros, corrimento nasal, ânsia de vomito, laringite, conjuntivite, rinite Manifestação complicada → é mais difícil, pode ocorrer em animais não vacinados, jovens, idosos ou imunossuprimidos, é caracterizado por broncopneumonia, dificuldade respiratória, perda de peso, febre, letargia, descarga na mucosa nasal e/ou ocular, podendo vir a óbito. Bortedella em felinos → espirros leves, tosse, secreção nasal e ocular, febre, são raras as situações em que a agravamento, podendo levar a óbito. Os sintomas persistentes de 7 a 10 dias. Diagnóstico Pode ser feito pelos sinais clínicos, histórico do animal, radiografia, lavado traqueal e cultivo microbiológico. Tratamento Forma suave – pode ser utilizado para prevenção de pneumonia secundaria o Sulfametoxazol + trimetropina, amoxilina. Suporte com anti-inflamatórios, broncodilatadores, expectorantes e mucolíticos, antitussígenos e fluídoterapia. Ana Clara Ferreira Galhano Forma severa – tratar a broncopneumonia bacteriana pois o envolvimento do trato respiratório inferior pode ser fatal. Evitar antitussígeno. Tosse que persiste por mais de 14 dias – considerar outras etiologias e avaliar posteriormente com exames complementares Para a escolha do antibiótico, sempre que possível utilizar as culturas com antibiograma para orientar as escolhas, especialmente na forma severa ou nos casos crônicos. Profilaxia A principal medida é a vacinação, ela não previne a infecção, mas reduz a gravidade. Realizar isolamento dos animais doentes e limpeza e desinfecção de fômites e ambiente.
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