Buscar

1638666_AULA TOSSE DOS CANIS 2019 pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TOSSE DOS CANIS
Prof. Vitor Márcio Ribeiro
Traqueobronquite Infecciosa Canina
• Sinonímia
• Tosse dos Canis
• Tosse Canina
• Crupe Canina
Tosse dos Canis
• O complexo da Tosse dos Canis (CTC) é uma síndrome
onde diversos vírus e bactérias altamente contagiosos,
com patogenicidade variável para o aparelho
respiratório, atuando em conjunto ou isoladamente,
ocasionam desde sintomas leves a lesões graves, às
vezes irreversíveis.
• A traqueobronquite infecciosa (Tosse dos Canis)
resulta da inflamação das vias aéreas superiores.
• É uma doença leve que normalmente melhora por
conta própria.
Tosse dos Canis
• Pode evoluir em filhotes para broncopneumonia fatal ou bronquite 
crônica em cães enfraquecidos, doentes ou idosos. A doença se 
espalha rapidamente entre os cães suscetíveis alojados em 
confinamentos próximos, como hospitais veterinários ou canis.
• Define-se como uma infecção respiratória aguda dos cães, altamente 
contagiosa, caracterizada por um ataque súbito de tosse 
acompanhado ou não de descarga nasal e ocular. 
Tosse dos Canis
• A tosse possui um som “rouco” ou um som alto de “grasnar de ganso”
• Os sinais clínicos são atribuídos a um ou mais agentes etiológicos
• Bactérias e vírus
• Colonizam o epitélio da cavidade nasal, laringe, traquéia, brônquios, 
bronquíolos e interstício pulmonar 
Tosse dos Canis 
• O estresse e as mudanças ambientais, como 
extremos de ventilação, temperatura e umidade, 
parecem aumentar a suscetibilidade do cão a 
doenças e sua gravidade.
Tosse dos Canis
• “Possui forte apelo na indústria cinófila quando,
por todo o país (USA), proprietários de cães
procuram alojamentos para seus animais sadios e,
ao buscá-los, frequentemente são surpreendidos
com seus cães tossindo. Nos EUA, está entre as
principais preocupações da indústria de pensão
canina.”
Lynn R. C 1986
Tosse dos Canis
• Agentes etiológicos virais
Adenovírus canino tipo 2 (CAV2)
Parainfluenza canina (VPC)
Herpesvírus canino
Vírus da Cinomose Canina
Tosse dos Canis
• Agentes etiológicos bacterianos
• Mycoplasma spp.
• Bordetella bronchiseptica
• Streptococcus spp.
Bordetella bronchiseptica
Cocobacilo
Gram –
Aeróbio
http://phil.cdc.gov/public/254.htm
http://phil.cdc.gov/public/1037.htm
Mycoplasma spp.
Várias espécies
Também o gênero Ureaplasma
Menores células procariotas
Streptococcus spp.
. Também Pasteurella, Pseudomonas e 
coliformes
. Oportunistas
. Agravam o processo
. O Streptococus spp pode ser o agente
primário
Tosse dos Canis
• Bordetella bronchiseptica
- cães podem ser portadores sãos
- pode ser o agente primário + importante
- em suínos (rinite atrófica) / animais de laboratório 
(infecção respiratória epizoótica) / gatos 
Tosse dos Canis
• Bordetella bronchiseptica
• Pode ficar no estado extracelular
• Na situação intracelular consegue se defender do sistema 
imune e mantém a infecção persistente (estado de portador)
- poder patogênico - varia conforme a cepa
- zoonose (imunossuprimidos)
FATOR CORRELAÇÃO
Exposição a animais Circunstancial - grande variedade 
de mamíferos domésticos e 
silvestres
Doença respiratória pré-existente Casos observados em pacientes 
com peritonite, pneumonia e 
bronquite concomitantes
Idade Crianças têm maior risco
Procedimento cirúrgico 
respiratório
Traqueostomia e tubo traqueal
Imunodeficiência Casos relatados em pacientes com 
alcoolismo, HIV, sob tratamento 
com imunossupressores. 
Fatores que contribuem para Bordetelose em humanos
Tosse dos Canis
• Adenovírus canino tipo 2
- cães maiores - 8 a 10 semanas
- tosse seca, dura alguns dias e apresenta regressão 
espontânea
- complicações bacterianas - cronicidade 
Tosse dos Canis
• Parainfluenza (CPiV)
-frequente
-tosse breve de regressão espontânea
-infecções em filhotes, mesmo assintomáticas, levam à 
diminuição da capacidade respiratória normal (cães 
atletas)
-predispõe a infecções mistas, principalmente por
B. bronchiseptica, com efeito sinérgico e doença 
respiratória mais severa.
- IgA local tem papel essencial na proteção 
Tosse dos Canis
• Adenovírus tipo 1 / Reovírus tipo 1, 2 e 3 
• pouco patogênicos
• Herpesvírus canino
• tem sido isolado esporadicamente de cães com 
traqueobronquite
• em neonatos, pode provocar pneumonia grave
• não é altamente infeccioso
• mais relacionado a problemas reprodutivos.
Vírus da Cinomose Canina
• Associado ao complexo por alguns autores
• Alta letalidade
• Infecta vários sistemas além do respiratório
• Sinais clínicos associados às alterações dos outros 
sistemas
• Sinais neurológicos são os principais para o 
diagnóstico clínico
Tosse dos Canis - Transmissão
• Aerossóis (tosse e espirros)
• Fômites (gaiolas, funcionários, comedouros e bebedouros)
Ocorrência
• Cães jovens - após desmame
• Cães adultos debilitados ou submetidos a fatores 
de estresse 
• Cães de ambos os sexos e idades variadas
Patogênese
• Infecções mistas são comuns e sinérgicas
• Os agentes isolados mais frequentes 
• B. bronchiseptica
• vírus da Parainfluenza Canina (CPiV)
• Área mais afetada - epitélio das vias aéreas 
superiores
• Provoca lesão epitelial, inflamação aguda e 
disfunção dos cílios das vias aéreas
• Bordetella bronchiseptica
Adere-se à superfície ciliada do epitélio respiratório: inflamação (edema) 
necrose muco
- libera toxinas que inibem ação dos macrófagos e induz a ciliostase
- A tosse advém da lesão traqueal e estímulo dos receptores da tosse nessa 
região
Patogênese
Na traqueobronquite, as áreas da parede traqueal ou brônquica ficam inflamadas
e edemaciadas, fazendo com que a passagem aérea fique dificultada.
Patogênese
• Cães muito jovens e/ou imunocomprometidos
sofrem infecção bacteriana secundária do TRI com
pneumonia de risco de morte
• Cepas patogênicas de B. bronchiseptica podem 
levar a óbito em 3 a 4 semanas
• estes casos se confundem com cinomose
• 30 a 40% letalidade (cães jovens)
Sinais Clínicos 
• Período de incubação
• 5 a 7 dias - (variação de 3 a 10 dias)
• Sinal mais comum – tosse seca e áspera que podem 
evoluir para vômitos
• Manifestação mais intensa nos primeiros 5 dias
• Evolução em até 10 a 20 dias. 
Sinais Clínicos 
• Em alguns cães afetados os sinais são discretos 
• Somente alguma perda de apetite
• Importantes na transmissão e estabelecimento dos surtos 
• O desenvolvimento de sinais mais graves, incluindo febre, secreção nasal 
contendo pus, depressão, perda de apetite e tosse produtiva, 
principalmente em filhotes, geralmente indica a presença de uma infecção 
adicional, como cinomose ou broncopneumonia. 
• O estresse, principalmente devido a condições ambientais adversas e 
nutrição inadequada, pode contribuir para uma recaída durante a 
recuperação.
Sinais clínicos
• Forma branda (mantém boa condição geral)
- + comum - início agudo
- tosse curta e repetida - seguida por vômito
- som seco 
- facilmente estimulada pela palpação traqueal, 
exercícios, alterações de temperatura e umidade 
do ar inspirado
- curso clínico - 7 a 14 dias
Sinais clínicos
• Forma grave (anorexia, depressão e febre)
- mais comum em cãezinhos não vacinados
- origem: ambientes de lojas e abrigos de animais
- broncopneumonia bacteriana parece ser o 
determinante da gravidade da doença
- tosse produtiva
- assemelha-se à cinomose e pode ser fatal –
filhotes neonatos
Diagnóstico 
• Geralmente, suspeita-se de traqueobronquite 
sempre que um cão demonstra tosse severa e tem 
histórico de exposição a outros cães suscetíveis ou 
afetados (hotelaria / internamento em cirurgia 
eletivas / salas de espera.
Diagnóstico
• Sinais clínicos
• Histórico vacinal (?)
• Histórico de exposição recente
• Leucograma: inespecífico
• Cultura c/antibiograma 
• Lavado traqueal - cultura
Diagnóstico
• Testes de laboratório são geralmente normais. 
• Radiografias de tórax são importantes para determinar a gravidade da doença e 
descartar outras causas de tosse.
Tratamento
• Ambulatorial - casosnão complicados
• Internamento - para casos complicados por pneumonia
• Repouso por 14 a 21 dias 
• Alimento de boa qualidade
• Evite internamento e, se houver, em isolamento
Tratamento
• Isolamento 
- cães infectados podem transmitir os agentes 
*antes de manifestar sinais clínicos
*após os sinais, até desenvolverem imunidade
• Curso da doença
- 10 a 14 dias
Antimicrobianos
- Amoxicilina / ácido clavulânico (12,5 - 25 mg / kg 
BID PO)
- Doxiciclina ( 5 mg / kg BID PO)
- Gentamicina (2-4 mg / kg TID IV, SC, IM)
- Amicacina (6,5 mg / kg TID IV, IM, SC)
- Cefazolina (20 - 35 mg / kg IV, IM TID)
- Cefalexina (30 mg/kg PO BID) 
- Enrofloxacina (2,5 a 5 mg / kg BID PO, IM, IV)
Antimicrobianos
• B. bronchiseptica e outras bactérias resistentes
- Nebulização – pura ou com atb (ausência de resposta)
O2 a 3-5 L/min com 6-10 mL NaCl/15 min TID
antibiótico mg/kg em 10 ml NaCl BID 
kanamicina (250 mg)
gentamicina (50 mg)
Aplicar durante 5 dias consecutivos
Antitussígenos
• Butorfanol (0,55 mg / kg PO BID ou TID)
• Bitartarato de hidrocodona (0,22 mg / kg PO TID, QID)
• Codeína (0,1 a 0,3 mg/kg PO TID)
• Dextrometorfana 0,5 a 2 mg/kg PO TID
• Prednisolona - 0,2 mg/kg BID
Antitussígenos
• Não utilizar em broncopneumonia
- uso prolongado reduz ventilação e expectoração
(retém secreção e bactérias)
Broncodilatadores
• Teofilina (10 mg/kg PO BID / TID)
• Aminofilina (10 mg/kg PO, IV BID / TID)
Acompanhamento
• Em casos benignos, a resolução deve ocorrer em 14 dias
• Se a tosse continua - rever diagnóstico e tratamento
• Doença severa - RX - 14 dias após resolução 
Prevenção
• Dispersão dos agentes causais é o fator de persistência
do problema em canis, abrigos de animais, hotéis e
hospitais veterinários
• Vacinas
• Adenovírus canino tipo 2
• Parainfluenza canina (CPiV)
• Bordetella bronchiseptica
Esquema vacinal
• As vacinas estão disponíveis para proteção contra a cinomose, parainfluenza, 
adenovírus-2 canino e Bordetella bronchiseptica
• Podem ser aplicadas tão cedo como 3 semanas – conforme situação epidemiológica
• Em situação eletiva – aos 4 meses – junto a ultima dose da polivalente e anual 
Esquema vacinal
• Intranasal (Bronchi-Shield III®)- Fort Dodge
• Bordetella bronchiseptica
• Adenovírus tipo 2 / vírus Parainfluenza tipo 2
- atenuada 
- 2-4 semanas de idade (vacinar a mãe)
- revacinação anual
- protege contra doença e infecção
- estimula IgA local
Esquema vacinal
• Intranasal (Bronchi-Shield III®)- Fort Dodge
- Os antígenos vão se replicar no trato respiratório superior dos cães
- Estabelece, durante a implantação da imunidade local, maior produção 
de secreção pela mucosa nasal
- Alguns animais, particularmente os de raça toy e miniatura, poderão 
apresentar : 
- Espirros / tosse e corrimento nasal por 2 a 3 dias
- Induz proteção em 72 horas 
Esquema vacinal
• Intranasal - Nobivac® KC – MSD
- Bordetella bronchiseptica
- Vírus da Parainfluenza (CPiV)
- Atenuada
- A partir de 3 semanas de idade
- Revacinação anual
- Induz proteção em 72 horas
Esquema vacinal
• Parenteral (Pneumodog®)- Merial
• Bordetella bronchiseptica
• vírus da Parainfluenza tipo 2 (CPiV-2)
- inativada - aplicação SC ou IM
- primovacinação - 4-6 semanas de idade
- reforço - 2 a 3 semanas / anual
- protege contra a doença mas não contra a infecção
Esquema vacinal
• Parenteral (BronchiGuard®) – Zoetis
• Vacina monovalente
• B. bronchiseptica
• Inativada 
• Não possui adjuvante
• Indicadas duas aplicações com intervalo de 2 a 4 semanas
• Revacinação anual – dose única 
Esquema vacinal
Considerações
• Utilizar a via de administração recomendada
• Reações adversas: parenteral X IN
• Primovacinação: IN
• Revacinação anual: parenteral
Em canis
• Os animais, ao chegarem ao canil, devem receber vacina
nasal
• Aplicação parenteral deve ser feita previamente à vinda
dos cães
• Uma dose anual deve ser aplicada em todos os cães
• Aplicação da vacina nasal em cães hospitalizados
Outras medidas prevenção
• Em canis - 10 dias quarentena p/ introdução
• Vacinação e vermifugação pré introdução
• Adequada ventilação nos canis e maternidades
• Adequada desinfecção
• Fluxograma racional - evitar visitas de passeios
Desinfecção Ambiental
• Hipoclorito de sódio 0,175%
• Clorexidina
• Cloreto de benzalcônio
Bibliografia
• Chomel, B.; Arzt, J. Dogs and bacterial zoonoses 96-99, 
2000.
• Ettinger & Feldman, v. 1, 2012.
• Ford, R. B. A little-known fact: Bordetella bronchiseptica
has zoonotic potential Topics in Vet. Med., 6, 3, 1995, 18-
22.
• Hoskins, J. D. The 5-minute veterinary consult 1264-65, 
1995
• Lynn, R. C. How to control canine infectious
tracheobronchitis through vaccination, Veterinary Record, 
June, 544-550, 1996.
• Sherding, R. G. Traqueobronquite infecciosa canina, 1999. 
• Greene, Infectious Diseases of the Dog and Cat, 2010.

Continue navegando