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Descrição: é uma resposta alérgica que irá ocorrer estímulo de linfócitos T helper 2 e produção de citocinas que irão causar modificações patológicas das vias aéreas. O animal acometido irá ter remodelamento das vias aéreas, acúmulo de muco e contração da musculatura lisa bronquial que prejudicam a passagem de ar. Na asma felina a região da mucosa e submucosa bronquiais estão infiltradas por vários tipos de células inflamatórias e torna a região com presenças de edemas. Tosse: resultado do estímulo de mecanorreceptores localizados na musculatura lisa. Ocorrência: geralmente gatos adultos (predileção por siameses). Sinais clínicos: assintomáticos, tosse esporádica (com variação de frequência) ou contínua até sibilos e dispneia. Diagnóstico: ● Radiografia: nela pode ter a demonstração de hiperinsuflação pulmonar, padrão bronquial ou broncointersticial e deslocamento caudal do diafragma; (Radiografia felina com padrão bronquial ou broncointersticial). ● Tomografia: espessamento da parede brônquica, bronquiectasia e padrão alveolar; (Tomografia com presença de bronquiectasia - seta). ● Hemograma e lavado traqueobrônquico: aumento de eosinófilo; ● Broncoscopia: não define o diagnóstico por existência de variedades de doenças com sinais similares; Obs: pode realizar lavado traqueobrônquico em animais que não aceitam o broncoalveolar. ● Provas de função pulmonar: pode realizar pletismografia corporal (testes com a finalidade de determinar as resistências aéreas, a medição dos volumes pulmonares estáticos, a eficiência dos músculos respiratórios e a pressão de oclusão), ajuda a caracterizar a resposta aos broncodilatadores (ex: terbutalina). Tratamento: preferência por medicações inaladas. Evitar (prevenção?): poeira, pólen, granulado sanitário, perfumes, xampus, fumaças e doença periodontal. (inflamação e destruição dos tecidos de proteção (gengiva) e suporte (osso)). Fármacos: ● Anti-inflamatórios esteroides: principalmente inaláveis (sintomáticos). ○ Prednisona 1-2 mg/kg VO, BID (duas vezes ao dia); ○ Fluticasona (Spray, 250mcg, BID), efeito dura de 10 a 15 dias. ○ Corticoides de longa duração: acetato de metilprednisolona 10-20mg/kg, IM. (a cada duas a 8 semanas) usados em pacientes que tem via oral inviável. ● Broncodilatadores: não usar como terapia única. Apenas em crises. Sem prescrição crônica. (pode ocorrer acúmulo nas vias aéreas e piora do caso). ○ Albuterol (Spray) 100mcg/gato (inalado- máscara), SID/BID. Realiza broncodilatação em 1-5 minutos e dura 3-4 horas. (pacientes com sibilo ou dispneia, pode usar em crise de asma). ○ Terbutalina 0,01 mg/kg, VO, TID. ○ Teofilina 4mg/kg, VO, BID. Obs: ambos (Albuterol e Terbutalina) devem ser usados com cautela em cardiopatas. ● Casos refratários: ○ Broncodilatador e glicocorticoide: salmeterol e fluticasona (na máscara), SID/BID. Não servem como tratamentos: antileucotrienos, anti-histamínicos. Descrição: Inflamação neutrofílica crônica das vias aéreas, com inflamação que causa lesão na mucosa dos brônquios e próximo a proliferação, hiperplasia do tecido adjacente e ocorre ciclo de lesão-reparação. Provoca acúmulo de muco, agrava obstrução da passagem de ar. Gera tosse e intolerância ao exercício. Possíveis causas: poluentes, substâncias irritantes e infecções bacterianas. Ocorrência: cães de meia-idade a idosos, qualquer raça e obesos. Diagnóstico: tosse seca ou produtiva e crônica (mais de 2 meses). Aumento do tônus vagal ou hipertensão arterial pulmonar, ocasiona em síncope e tosse. Ausculta torácica: normal ou com crepitação difusa e arritmia sinusal pronunciada. Sibilos expiratórios. Exames: ● Radiografias torácicas (normais não excluem); (Padrão brônquico - setas) ● Citologia, cultura e antibiograma do lavado traqueal ou broncoalveolar: revelam neutrófilos ou eosinófilos, com ou sem infecções bacterianas secundárias. ● Tomografia: (Espessamento brônquico) ● Broncoscopia: confirma o diagnóstico; Deve descartar cardiopatia associada ou dirofilariose. Tratamento: ● Anti-inflamatórios esteróides: prednisona e fluticasona. Evitar dexametasona, triancinolona ou acetato de metilprednisolona. ● Broncodilatadores: ○ Metilxantinas: aminofilina; ○ Beta-agonistas: terbutalina ou albuterol, teofilina. ● Antitussígenos: prejudicam a eliminação de secreção, mas quando não há secreção: hidrocodona ou dropropizina. ● Antibióticos: doxiciclina ou enrofloxacina. ● Umidificação: para chegar gotículas nas vias aéreas inferiores. ● Manejo de fatores precipitantes: redução do peso em animais obesos, e evitar substâncias irritantes. Alérgicas: comum em cães e gatos. Considerada uma resposta à hipersensibilidade nasal e dos seios nasais aos antígenos presentes no ar. Causa: pouco específicas. Relacionadas: a causa de rinite inflamatória. Diferencia-se da asma felina. Sinais: secreções nasais mucopurulentas, bilaterais, esternutações (espirros) e epistaxe. Cães e gatos: apresentam espirros e/ou secreção nasal serosa ou mucopurulenta. Sinais podem ser agudos ou crônicos. Pode piorar em épocas do ano ou em contato com influenciadores como perfumes, nova marca de areia sanitária. Formas de evitar ou solução: remover o alergênico, fazer o tratamento adequado. Prognóstico: excelente se eliminar o alergênico, caso não elimine, o controle é bom, mas a cura é improvável. Fármacos: ● Anti-histamínicos: clorfeniramina (oralmente) 4 a 8mg/cão, BID, 2 mg/gato. BID ou TID. Cetirizina pode ser mais eficaz em gatos. ● Corticosteróides: glicocorticóides utilizados se o anti-histamínico não funcionar: prednisona 0,25 mg/kg, BID, até melhorar) Viral: falta fazer Bacteriana: primária é rara em cães e gatos, mas secundárias são mais comuns. Rinite bacteriana aguda causada por Bordetella bronchiseptica ocorre ocasionalmente em gatos e raramente em cães. As bactérias que habitam a cavidade nasal em animais saudáveis têm crescimento rápido, quando a doença altera as defesas normais da mucosa. Em cães, infecção bacteriana primária específica ocorre dentro de narinas (geralmente unilateral) e parte rostral adjacente da cavidade nasal. Sintomas: são espirros, respiração fungosa e corrimento mucopurulento. Dependendo do problema de base, o corrimento nasal pode ser uni ou bilateral. Como a rinite é incomum em cães e gatos, deve-se realizar exame para saber a causa da base. Exames: ● Exames oral: para descartar fístulas oronasais Citologia e cultura do exsudato, radiografias nasais, biópsia. ● Rinoscopia: revela inflamação nas narinas e caudalmente às lesões. ● Cultura bacteriana: indica o crescimento de bactérias da microbiota nasal, incluindo Staphylococcus, Streptococcus, Escherichia coli, Proteus, Pasteurella, Corynebacterium, Bordetella e Pseudomonas. Tratamento: ● Utilização de antibióticos de amplo espectro sistemicamente ou na utilização de soluções oftálmicas com vitamina A aplicadas várias vezes ao dia para evitar a formação de crostas dolorosas. ● Antibioticoterapia: Chamydophila. ● Antibióticos ex: ampicilina, 11 a 20mg/kg por via intravenosa ou oral, TID; penicilina G 22.000 Ui/Kg por via intravenosa ou intramuscular. QID; trimetoprim-sulfadiazina, cloranfenicol, clindamicina, doxiciclina, azitromicina. ● Nebulização (20 min, 4 vezes/dia) pode auxiliar na mobilização de secreções e no alívio das passagens nasais obstruídas; descongestionantes nasais (fenilefrina, oximetazolina) Fúngica: causa comum de doença nasal no cão e no gato. Ex: aspergilose sinonasal em cães e criptococose em gatos. Cães: Agente principal: Aspergillus spp (comum), penicilose nasal (rara).(ocorre por inalação no ambiente). Afecção se inicia na cavidade nasal e se estende para os seios frontais, tornando-se afecção sinonasal decorrente da endotoxina produzida pelo fungo, responsável, também, pela necrose e pela destruição dos turbinados e etmoturbinados, sendo o A. fumigatus a espécie mais comum. Manifestações clínicas: são secreção nasal profusa serosa a hemorrágica, uni ou bilateral, com períodos alternados de epistaxe, crostas, ulceração nas narinasacompanhada ou não de despigmentação. Gatos: Criptococose causada por Cryptococcus neoformans é mais comum em gatos, mas rara em cães. Algumas cepas do organismo podem preferencialmente localizar-se na cavidade nasal. Ocorre, principalmente, em gatos acometidos por doenças virais, como vírus da leucemia felina (FeLV) e vírus da imunodeficiência dos felinos (FIV) Manifestações clínicas: secreção nasal, dificuldade respiratória alta, esternutações e episódios de epistaxe. Alguns animais exibem dor nasal, friccionando ou passando a pata na face. Variação de idade (Cães): entre 6 meses e 15 anos, a maioria ocorre em cães jovens de meia-idade (1 a 7 anos). Incomum em cães com menos de 1 ano de idade. Raças diferentes, porém mais suscetíveis aos dolicocefálicos e mesocefálicos, Golden Retriever e Pastor-alemão. Machos possuem risco maior que as fêmeas. A formação é mais comum em plano nasal, acompanhada de linfadenopatia regional. Destruição e deformação da cavidade nasal ocorrem com infecções fúngicas crônicas, principalmente na aspergilose. A dor secundária ao envolvimento periostal está presente em alguns pacientes afetados. Exoftalmia ou dor na abertura bucal sugere extensão da infecção atrás da órbita. Sinais de envolvimento do SNC são pouco comuns, mas podem ocorrer se a infecção violar a placa cribriforme ou passar por via hematogênica; nesses casos de doença avançada, podem ocorrer meningite fúngica e convulsões. Hiporexia, ulceração e despigmentação nasal, estertor, estridor ou respiração com a boca aberta também poderão ser notado Gatos: entre 1 e 13 anos com média de 5,2 anos. Não há predisposição sexual ou racial. Induzem à formação de proliferações granulomatosas que obstruem a passagem aérea no interior da cavidade nasal de gatos, podem ser confundidas com neoplasias. Dificuldade ao respirar e estridores respiratórios. Exames: ● Radiografia: várias posições, incluindo com boca aberta. Pode apresentar: perda da arquitetura dos turbinados, e espessamento do osso nasal. ● Tomografia computadorizada e ressonância magnética: fornecem requintadamente definição detalhada das estruturas e lesões intranasais. ● Para identificar aspergilose sinonasal: rinoscopia ou sinoscopia. Tratamento para aspergilose: ● Tópico: é geralmente realizado com enilconazol ou clotrimazol e aparentemente mais efetivo quando comparado ao sistêmico. Pode ser invasivo ou não invasivo. ● Enilconazol (10 mg/kg) diluído igual volume de água. ● Lavagem com clotrimazol a 1% (cão anestesiado). ● Sistêmicos: fluconazol ou itraconazol, porém os resultados não são satisfatórios quanto o do tratamento tópico. ● Tiabendazol (10 mg/kg via oral, 2 vezes/dia) ou cetoconazol (5 a 10 mg/kg via oral, 2 vezes/dia), por 6 a 8 semanas, tem mostrado cura clínica em aproximadamente 50% dos casos. ● Itraconazol (10 mg/kg via oral, 1 vez/dia) e fluconazol (2,5 mg/kg via oral, 2 vezes/dia) apresentam eficácia em torno de 70% dos pacientes tratados. Criptococose nasal: ● Cetoconazol; itraconazol ou fluconazol durante 8 semanas. ● O Fluconazol é preferível em caso de comprometimento do sistema nervoso central. ● preferível o itraconazol em gatos com doença renal. Inflamatória: caracterizada por infiltrados inflamatórios vistos nas biópsias das mucosas nasais. Suspeita: rinite inflamatória em casos crônicos de rinite. Causas: a exposição a alergénios e substâncias irritativas. Patogênese da rinite linfoplasmocitária: desconhecida. Aeroalergênios inalados e irritantes provavelmente desempenham um papel primário no desenvolvimento da doença. Ocorre em: cães dolicocefálicos e mesaticefálicos de grande porte, jovens e de meia-idade, embora Dachshund e Whippet sejam frequentemente afetados. Sinal clínico comum: secreção nasal mucóide crônica ou mucopurulenta, bilateral. Exames: ● Radiográfico: nem sempre visibilizados. Podem apresentar alterações somente no aumento de opacidade uni ou bilateral dentro das passagens aéreas. ● Tomografia: achados brandos, mas variam conforme o caso do animal. Podem incluir processo não destrutivo bilateral com espessamento da mucosa mínima ou marcante e acúmulo de fluido nasal. Tratamento: raramente alcança a cura. Corticosteróides sistêmicos ou tópicos são raramente efetivos no controle e podem até mesmo piorar. ● Recomendam-se doses imunossupressoras com prednisolona. Uma resposta positiva é esperada em 2 semanas, reduzindo-se a dose para a menor dose eficaz. ● Se não houver resposta à terapia inicial, outros fármacos imunossupressores como azatioprina podem ser adicionados ao regime inicial de tratamento. ● Doxiciclina, azitromicina em combinação com piroxicam. ● Uso de anti-histamínicos ou itraconazol. Rinite parasitária; Rinite secundária a afecção dentária. Etiologia: doença adquirida, mais comum. Animais de idade média a idade avançada. Há relatos de lesões congênitas. O colapso de traqueia é caracterizado por estreitamento ou deformidade da traqueia, em que a membrana traqueal dorsal prolapsa para dentro do lúmen. Isso ocorre por deficiência ou ausência de sulfato de condroitina e glicosaminoglicanos alterando a matriz orgânica dos anéis traqueais. Estes se tornam hipocelulares, perdem a eficiência em reter água, o que leva à diminuição da capacidade de manter a rigidez funcional, causando enfraquecimento e achatamento dos anéis da traqueia. Fatores como compressão extrínseca, inflamação crônica e alterações nas fibras elásticas da membrana traqueal dorsal e dos ligamentos anulares também foram considerados possíveis causas contribuintes para o desenvolvimento do colapso. Pode ser acometida a região cervical, mas também a torácica. Animais apresentam esforço respiratório. Pode ocorrer irritação, inflamação da mucosa e insuficiência do aparelho mucociliar e aumento da extensão do colapso para os brônquios e região da carina. Traqueobroncomalacia: quando acomete os brônquios também. Broncomalácia: defeito dos brônquios em que ocorre estreitamento e perda de dimensão luminais, reduzindo a capacidade de eliminar as secreções. Pode estar associado a diversas outras condições como: bronquite crônica, doença cardíaca crônica (insuficiência da valva mitral), traumatismo traqueal, obesidade… Características clínicas: pode causar síndrome de angústia respiratória. Tosse crônica e paroxística, alta sonoridade, parece com um engasgo. Pode ocorrer após beber água, se alimentar e usar coleira. Em caso de agravamento o animal pode ter: taquipneia, intolerância ao exercício e desconforto respiratório, estresse térmico, cianose e síncope (perda da consciência) Acomete: animais de meia-idade a idosos, embora cães jovens possam ser diagnosticados em casos de lesão congênita. raças de pequeno porte e miniatura (toys), como Chihuahua, Lulu-da-pomerânia, Poodle Miniatura, Shih Tzu, Lhasa Apso e Yorkshire Terrier são as mais acometidas. Não há predisposição sexual. ● A auscultação sobre a traqueia pode revelar ruídos como estridores na inspiração e expiração devido ao estreitamento do diâmetro traqueal extratorácico e devem ser diferenciados de outras causas de obstrução das vias respiratórias anteriores. ● O exame físico só pode ser realizado com o animal estabilizado, pois ele pode ter cianose, febre e distrição respiratória. ● Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular, ruídos crepitantes, estridores, estertores e sibilos. ● Auscultação cardíaca: sopro em foco mitral associado à regurgitação mitral. Pode apresentar doença cardíaca esquerda concomitante (ocorre em pacientes com colapso de vias respiratórias). ● Hepatomegalia: associada a deposição de gordura no fígado. Diagnóstico: baseado em achados de anamnese, identificação, exame físico e complementares. ● Radiografias: dorso ventral e lateral da região cervical e torácica. A avaliação deve ser feita na fase de inspiração e expiração. Melhor observado na inspiração (pressão negativa) o cervical, e o torácico na expiração. (pressão aumenta). (Radiografia com colapso de traqueia) ● Traqueoscopia: revela diminuição do diâmetro dorso ventral datraquéia, colapso intratorácico, mucosa traqueal hiperêmica e pode ocorrer presença de exsudato mucopurulento. Anestesia geral, indicada quando não há diagnóstico definitivo ou pacientes que irão realizar tratamento cirúrgico. ● Fluoroscopia: estudo em tempo real da função respiratória. Avalia a traqueia de maneira contínua durante todas as fases da respiração. Pode revelar a magnitude do colapso e auxiliará na colocação de possíveis stent posteriormente, mas esta técnica só está disponível em universidades e grandes hospitais de referência. ● Ultrassonografia: auxilia na avaliação da movimentação dinâmica da traqueia. A vantagem dela contra a fluoroscopia é que o animal não é exposto à radiação. Diagnósticos diferenciais: tonsilite, paralisia de laringe (relatada em até 60% dos cães com colapso traqueal), estenose de narinas ou traqueia, eversão de sacos laríngeos, prolongamento de palato mole, corpo estranho traqueal e outras causas de tosse crônica. Tratamento: 1. Abordagem aguda: animais com distrição respiratória. Emergência médica com estabilização do paciente. a. A manipulação do paciente deve ser delicada e direcionada à estabilização, enfocando os principais sistemas do organismo (cardiovascular, respiratório e sistema nervoso central). b. Fármaco para sedação: butorfanol injetável (potente ação antitussígena), pode ser utilizado associado com acepromazina. Pode-se utilizar a morfina e o diazepam. c. Animais com cianose e distrição respiratória: utilizar suprimento de uma fonte de oxigênio e acesso venoso ou intubação endotraqueal. d. Terapia com dexametasona (0,04 mg/kg por via intravenosa), pode ajudar a gerenciar a inflamação e contribuir para a melhora das manifestações clínicas. e. Broncodilatadores: diminui os espasmos das vias respiratórias menores, reduzem a pressão intratorácica. 2. Terapia crônica: indicada em pacientes estáveis. a. diminuição da ansiedade com antitussígenos, broncodilatadores, nebulização ou inalação com solução salina. b. evitar contato com fatores alérgicos, identificação e tratamento de doenças concomitantes. c. Antitussígenos: reduzem a irritação crônica e inibem a tosse: butorfanol e codeína. d. Glicocorticóides: aliam os sintomas, mas podem contribuir com o ganho de peso e ocorrência de respiração ofegantes. Prednisona, esteróides inalados (propionato de fluticasona). e. Manter o animal em ambiente com umidade mínima e fresco. Evitar passeio em horas quentes do dia. 3. Cirurgia, apenas para pacientes que não se beneficiam da terapia crônica medicamentosa, ou quadro grave de colapso traqueal. a. O principal objetivo da cirurgia é restaurar o diâmetro normal traqueal sem interromper o fluxo mucociliar. Definição: Doença pulmonar inflamatória causada por diversos agentes etiológicos (bactérias, vírus, fungos e parasitas), por aspiração de fluidos ou alimentos, por infiltrado de células inflamatórias ou de origem idiopática. É uma doença que causa um quadro de hipoxemia (oxigenação insuficiente do sangue). Pneumonia bacteriana: é a inflamação das vias respiratórias posteriores, secundária à infecção bacteriana. A broncopneumonia bacteriana é caracterizada pela inflamação originária da junção broncoalveolar. É mais comum em cães e pouco frequente em gatos. Gatos: Streptococcus spp. e a Pasteurella spp. Infecções virais (coronavírus) e as causadas por fungos (Cryptococcus sp.). Etiologia e fatores de risco: estado imunitário, idade dos animais, estado nutricional inadequado, distúrbios congênitos (megaesôfago, discinesia ciliar) e ambientais, etc… Pneumonia por aspiração: associada a megaesôfago e à paralisia de laringe. Infecções sistêmicas e locais também podem influenciar. Agentes: bactérias aeróbias gram-positivas e negativas. Apresentam infecção polimicrobiana. As proteínas (invasinas) que são produzidas pelas bactérias quebram as barreiras de defesa e facilitam a disseminação e lesão tecidual. Fatores de risco são: diminuição da imunidade, distúrbios congênitos (megaesôfago, discinesia ciliar)... Sinais clínicos: tosse - reflexo (não ocorre em todos os animais), letargia, intolerância ao exercício, inapetência, taquipneia e secreção nasal, esforço respiratório aumentado. Febre (pode ou não estar presente) ● Ausculta pulmonar: estertores úmidos, presença de muco consolidação lobar. ● Hemograma: leucocitose por neutrofilia com ou sem desvio à esquerda e presença de toxicidade neutrofílica moderada a intensa ou até mesmo leucopenia (em pacientes com quadros graves). ● Radiografia: não excluem o diagnóstico. Presente distribuição cranioventral da doença alveolar, padrão pulmonar broncointersticial, distribuição multifocal, alterações alveolares, nódulos grandes (em gatos). (aumento da silhueta cardíaca, campos pulmonares pouco insuflados e espessamento de paredes de brônquios). ● Citologia com coloração de gram auxilia na escolha da terapia antimicrobiana e cultura. ● Antibiograma do lavado traqueal ou broncoalveolar. ● Pode ocorrer hipoxemia leve a moderada. ● Cultura bacteriano: fornece uma excelente diretriz para a escolha do tratamento antimicrobiano. A presença de grande quantidade da bactéria Simonsiella sp. na cultura indica contaminação da região da orofaringe durante o procedimento de coleta. A cultura para agentes anaeróbios é indicada especialmente em animais com abscessos pulmonares. Tratamento: ● Oxigenoterapia: fundamental no tratamento da hipoxemia e insuficiência respiratória. Ajuda a melhorar a saturação de hemoglobina e distribuição de oxigênio nos tecidos. Máscara Cães de porte pequeno (1 l/min) e porte grande 5 a 10 l/min ou mangueira (menos eficaz que a máscara) 2 a 5 l/min a 2 ou 4 cm de distância. O suporte ventilatório é geralmente requerido para pacientes com insuficiência ventilatória ou falha de oxigenação pulmonar devido à doença pulmonar. Os demais com fadiga ou parada respiratória, coma e etc, podem requerer a ventilação com pressão positiva. A oxigenação deve ser úmida para evitar ressecamento das mucosas e aumentar o risco de infecção. ● Fluidoterapia: utilizada em pacientes com doenças pulmonares para tratar hipoperfusão, desidratação e distúrbios acidobásicos e eletrolíticos. Ela também é comumente indicada para pacientes adípsicos e anoréxicos. A fluidoterapia intravenosa deve ser monitorada cuidadosamente em pacientes com pneumonia bacteriana, com o objetivo de evitar a super-hidratação. ● Antibioticoterapia: pode ser iniciado mesmo na ausência de diagnóstico microbiológico, para evitar aumentar o risco do paciente. Ex: cefalexina (20 a 40mg/kg) a cada 8h, ou amoxicilina associada ao ácido clavulânico (22mg/kg) a cada 8h. Suspensão: filhotes e adultos de pequeno porte. Intravenoso e fluidoterapia: pacientes com doença avançada. Dois ou mais antibióticos apenas em pacientes gravemente comprometidos. ● Fluorquinolonas: penetração excelente no sistema respiratório, acúmulo no líquido do revestimento epitelial e nos macrófagos e amplo espectro de ação contra muitos organismos gram-negativos e Mycoplasma. Não são eficazes contra streptococcus ou anaeróbios, necessário tratamento junto com amoxicilina. ● Azitromicina: ● Broncodilatadores: metilxantinas (teofilina) e broncodilatadores B-agonistas (terbutalina, albuterol). Aumento do fluxo de ar, melhora da atividade ciliar. Os efeitos colaterais da teofilina em cães são taquicardia, estimulação do sistema nervoso central (agitação e excitação) e vômito. Nos gatos, os sintomas mais comuns são salivação e vômito. Esses efeitos colaterais são dose-dependentes e podem ser evitados pelo ajuste da dose. ● Fluidificantes: ● Nebulização: gentamicina, canamicina e a polimixina. ● Fisioterapia pulmonar: Esse tipo de procedimento é recomendado para evitar a atelectasia, que pode exacerbar a insuficiência respiratória. ● Expectorantes: aumentam a fluidez das secreções. ● Falha da terapia: pode realizar uma ultrassonografia torácica para identificar o foco da infecção. A lobectomia pulmonar também pode ser uma terapia para cães e gatos nos casosrefratários. ● Os pacientes que não respondem à terapia inicial instituída e que não apresentam um distúrbio primário devem receber terapia antimicrobiana agressiva, preferencialmente administrada por via parenteral até que o organismo determinante da infecção seja identificado. ● Abscessos pulmonares: O tratamento é a intervenção cirúrgica, por risco de piotórax. Prognóstico: é bom quando o paciente responde adequadamente à terapia apropriada. Reservado em animais em que o problema principal predisponha à recidiva das infecções. Reservado a mau em pacientes debilitados e imunossuprimidos. Prevenção: evitar deixar o animal pegar chuva, realizar vacinação para não pegar inúmeras doenças e assim acabar sendo acometido pela pneumonia. Pneumonia viral: Definição: inflamação de epitélio alveolar, interstício pulmonar e endotélio capilar pulmonar, resultado de uma infecção viral primária. Os processos inflamatórios na pneumonia viral também envolvem as vias respiratórias terminais, o que determina um quadro de bronquiolite. Causa: causada predominantemente por patógenos primários e, por conseguinte, costumam ser contagiosas. Etiologia: O acesso do agente infeccioso ao hospedeiro é feito por meio da rota inalada e orofaríngea. Fisiopatologia: Quando as defesas antivirais são inadequadas, demoradas ou excessivamente ativadas, a pneumonia viral pode ocorrer. A pneumonia viral não complicada geralmente determina doença moderada e autolimitante, mas a infecção bacteriana secundária é uma complicação muito comum, o que resulta no aumento da morbidade e da mortalidade. Os agentes infecciosos bacterianos e virais agem sinergicamente no pulmão. Os patógenos virais podem prejudicar significativamente as defesas antibacterianas pulmonares. Epidemiologia: animais jovens, devido a exposição viral antes do processo de imunização e quando já ocorreu a queda dos anticorpos protetores maternais. Ambiente pouco ventilado e estresse. Diagnóstico: histórico clínico, manifestações, exames laboratoriais, testes sorológicos, isolamento do agente e achados histopatológicos. Diagnóstico diferencial: pneumonia intersticial aguda. Em cães: O vírus da cinomose é o agente mais comumente associado à pneumonia viral debilitante e crônica em cães. Adenovírus canino tipo, agente causal da hepatite infecciosa canina. Comum e altamente contagiosa. O vírus prolifera dentro do trato respiratório sem a disseminação para locais extrapulmonares e é eliminado nas secreções respiratórias, podendo persistir dentro do pulmão por até 1 mês sem sintomatologia. Em gatos: Herpes-vírus felino tipo 1 e o calicivírus felino que em caso grave pode resultar em pneumonia. Vírus da Influenza. Pneumonias parasitárias: As infecções ocorrem como resultado da ingestão da forma infectante, geralmente com o hospedeiro intermediário, que subsequentemente migra para os pulmões. O diagnóstico definitivo é feito por meio da identificação de ovos ou larvas ou da amostra do trato respiratório ou fezes. O prognóstico, na maioria dos casos, é bom. Agentes: toxocara canis, parasitas intestinais que acometem animais jovens. A Dirofilaria immitis, que acomete o coração e a artéria pulmonar, pode ocasionar inflamação e trombose. Tosse e dispneia em cães com idade inferior a 6 semanas. Ancylostoma caninum e Strongyloides stercoralis. As pneumonias parasitárias podem ser confundidas com broncopneumonia eosinofílica, abscessos pulmonares e neoplasias. Capillaria aerophila: também conhecido como Eucoleus aerophila, é um pequeno nematoide que habita traqueia e brônquios de cães e gatos. As radiografias torácicas são geralmente normais, apesar de poder ser visto um padrão brônquico. O fluido do lavado traqueal pode mostrar inflamação eosinofílica. O diagnóstico é feito pelos ovos no líquido do lavado traqueal ou exame de amostras fecais. ● Tratamento: fembendazol, ivermectina. ● Prognóstico: excelente. Paragonimus kellicotti: limita-se aos animais residentes na região dos grandes lagos, no meio-oeste e no sul dos EUA. A infecção é mais comum em gatos do que em cães. Alguns animais não apresentam sintomas iniciais. Quando os sintomas estão presentes, eles podem ser os mesmos daqueles vistos em animais com bronquite alérgica, como tosse e sibilos. ● Radiografia: lesão sólida ou massa cavitária, mais comumente observada no lobo caudal direito. Outra anormalidade vista pode ser um padrão brônquico, intersticial (reticular ou nodular) ou alveolar, dependendo da gravidade da resposta inflamatória. Diagnóstico: é feito por meio da identificação dos ovos na amostra fecal ou no líquido do lavado traqueal. Tratamento: fembendazol, praziquantel. Utilizar a toracocentese para estabilizar animais com pneumotórax. Monitoração com radiografia torácica. Prognóstico: excelente. Aelurostrongylus abstrusus: O Aelurostrongylus abstrusus é um pequeno verme que infecta as vias respiratórias menores e o parênquima pulmonar nos felinos. Felinos jovens. Sintomas: parecido com o de bronquite felina. Exame: avaliação do líquido do lavado traqueal pode revelar inflamação eosinofílica. Tratamento: fembendazol, broncodilatadores e terapia anti-inflamatória com glicocorticoides. Prognóstico: excelente. Pneumonias fúngicas: Podem ser pulmonares primárias ou secundárias (oportunistas). As infecções micóticas primárias são causadas por Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis, Cryptococcus neoformans e Aspergillus sp. As infecções secundárias estão associadas à condição de imunossupressão. Sinais clínicos: dependem da localização dos agentes. ● Posterior: tosse, taquipneia, dispneia e intolerância ao exercício. Exames: 1. Bioquímico: hipoalbuminemia, hipergamaglobulinemia e hipocalcemia. 2. Radiografia: depende do agente. Podem revelar: padrão misto, intersticial, alveolar ou bronquiolar. 3. Outros achados: efusão pleural, pneumotórax. Diagnóstico: Dependendo do agente, pode realizar citologia do lavado traqueal ou broncoalveolar. Histologia do material obtido por biópsia. O diagnóstico definitivo é obtido por meio de cultura fúngica. Histoplasmose: agente: histoplasma capsulatum. O animal adquire o fungo pela inalação do micélio infectante e esse agente será fagocitado pelos macrófagos alveolares, onde haverá a replicação intracelular. Coccidioidomicose: é causada pelo agente etiológico Coccidioides immitis. Criptococose: o Cryptococcus neoformans geralmente infecta cavidade nasal, olhos, pele ou encéfalo dos gatos e sistema nervoso central ou olhos dos cães. É a infecção fúngica sistêmica mais comum em felinos. A via de transmissão é por inalação. Os sintomas dos tratos respiratórios anterior e posterior são comuns; no entanto, pode ocorrer um estado de portador inaparente. Na maioria dos casos, as radiografias torácicas estão normais e as alterações, como formações nodulares, são observadas em necropsia. Definição: também conhecida como tosse dos canis, é uma doença contagiosa que acomete o trato respiratório dos cães. Aparece de forma súbita, ocorre em animais de qualquer faixa etária. Tosse associada à dificuldade respiratória, de intensidade variável, e secreções naso-ocular. Epidemiologia: o vírus da Parainfluenza canina (CPIV) e a bactéria Bordetella bronchiseptica são os agentes mais comumente relacionados à doença. Pode afetar o ano todo, principalmente no outono e verão. Animais de duas semanas já podem aderir a doença. Transmissão: pode ocorrer através de aerossóis em locais com agrupamentos de cães como canis, hospitais veterinários, centros de treino ou exposições, instalações de pesquisa e abrigos para animais ou por fômites, como gaiolas, comedouros, bebedouros e funcionários. Após a infecção do animal, os agentes virais poderão ser transmitidos para outros animais num período de quinze dias. Sinais clínicos: os sinais clínicos da forma mais comum caracterizam-se por tosse seca, de início agudo e paroxística. A tosse pode ser alta, devido ao inchaço das cordas vocais e pode ser mais evidente em momentos de exercício ou excitação. Ocorre aindaa expectoração de muco, este podendo ser espumoso, mas talvez o proprietário não perceba o muco, devido o animal tê-lo engolido. O animal não é afetado pelo estado geral, mantendo a sua condição corporal e comportamento normais. Geralmente os cães mostram-se vivazes e alertas, a sintomatologia é usualmente branda, não há a presença de hipertermia e o animal continua se alimentando normalmente. A forma severa ocorre normalmente em cães sem vacinação, exposição natural prévia aos agentes que causam a Tosse dos Canis. A tosse pode não ser produtiva, com ou sem rinite e com secreção nasal e ocular mucosa ou mucopurulenta. A tosse do animal parece causar dor e alguns cães relutam a tossir. Em casos de infecção mista, ou seja, quando há outro patógeno associado à doença, a mesma evolui até aos pulmões, causando pneumonias e broncopneumonias, podendo assim levar o animal ao óbito. Cães expostos à CAV-2 sozinhos raramente mostram sinais de doença espontânea, embora lesões pulmonares possam ser extensas. Quando agentes bacterianos ou virais estão envolvidos, o complexo TIC pode ser observado. O animal pode ainda apresentar febre, letargia, dispneia inspiratória e vômito, depressão, anorexia, desidratação e secreção nasal. A forma severa deve ser diferenciada da cinomose e pode ser fatal em cães jovens. Podem ser observadas tonsilite, rinite e conjuntivite. Patogenia: Após a transmissão, o vírus parainfluenza 5 se replica no epitélio da nasofaringe e se dissemina pelo trato respiratório, infectando o epitélio pseudoestratificado da traqueia, onde desencadeia um processo inflamatório. Os danos causados ao epitélio traqueal pela replicação viral abrem portas para as infecções bacterianas secundárias. A infecção normalmente se restringe ao trato respiratório anterior de seus hospedeiros.O vírus não se replica em macrófagos, o que pode representar um fator limitante que previne a infecção sistêmica, pois células de diferentes órgãos apresentam receptores para o vírus e possibilitam sua replicação. Diagnóstico: realizar uma boa anamnese e exame físico e obter informações sobre o habitat do animal, locais visitados, vacinação e contato com outros animais. Os exames complementares como hemograma e radiografia torácica normalmente são inespecíficos, não apresentando alterações dignas de nota. O exame citológico da secreção traqueal obtida por lavado traqueobrônquico pode revelar neutrófilos e bactérias, o isolamento bacteriano, de micoplasmas ou de vírus pode ser realizado, mas normalmente é desnecessário. Quando na forma severa no exame físico, o animal usualmente está febril e pode estar letárgico, anoréxico ou dispneico. Em cães com infecção combinada de B. bronchiseptica e CPIV, haverá uma consolidação lobar aumentada. Diagnóstico diferencial: colapso de traqueia, bronquiectasia, corpo estranho, bronquite crônica, pneumonia, edema pulmonar e neoplasias broncopulmonares. A Tosse dos Canis se diferencia dessas doenças por ser muito contagiosa e pelo período de incubação de 3 a 10 dias. Tratamento: as formas leves de TIC são quase sempre autolimitantes dispensando tratamento, resolvendo entre 4 dias e 3 semanas, em caso de desconforto realiza tratamento, mas ainda não há um específico para a TIC. Normalmente, opta-se por uma terapia de suporte incluindo o uso de antibióticos, corticosteróides, mucolíticos, broncodilatadores ou antitussígenos para diminuir a severidade dos sinais clínicos. Aconselha-se repouso ao animal afetado durante 7 a 10 dias para reduzir a irritação das vias aéreas. As formas graves de TIC requerem um tratamento agressivo, visto que a debilidade do estado geral do animal é óbvia e a sua vida poderá estar comprometida pela broncopneumonia. Controle e prevenção: vacinas atenuadas e inativadas contra o vírus parainfluenza. Apenas tornam a doença mais branda no animal. É uma doença infecciosa, muito contagiosa, que afeta os gatos. Evolui manifestando sintomas de origem respiratória, ocular e/ou bucal e pode levar à morte se atingir proporções graves. Sinais clínicos: ● Respiratórios: espirros, tosse, corrimento nasal, voz rouca, estridor respiratório, ● Oculares: conjuntivite, queratite (inflamação da córnea), corrimento ocular transparente a purulento, ● Orais: úlceras na boca, hipersalivação (excesso de produção de saliva), ● Gerais: prostração, inapetência, febre, desidratação. Transmissão: os animais mais suscetíveis de contrair a doença são os gatos que vivem em gatis ou em comunidades com muitos animais, em fracas condições higieno-sanitárias e sem vacinas, e os gatos muito jovens e adultos imunodeprimidos (ambos com um sistema de defesa fragilizado). Etiologia: múltipla, provocada por vários agentes patogênicos que atuam isoladamente, ou em conjunto. Os agentes envolvidos em 90% dos animais com CRF são os Herpesvírus Felino e o Calicivírus Felino, mas com alguma frequência podem também estar envolvidas bactérias, tais como a Bordetella bronchiseptica e a Chlamydophila felis. A ativação do vírus ocorre normalmente em situações de estresse (ex: cirurgia, parto, introdução de um novo felino na família, mudança de casa) que provocam uma depressão do sistema imunitário (ou de defesa) - Herpes vírus. O herpes vírus dura em torno de 18 horas no meio ambiente. O Calicivírus Felino é também um vírus específico do gato, mas ao contrário do anterior é muito resistente e pode sobreviver até 10 dias no meio ambiente. Após uma infecção inicial, o gato também pode ficar portador assintomático podendo excretar o vírus continuamente durante meses para o meio ambiente. As recorrências da infeção não são tão frequentes como as do Herpesvírus. Evolução da doença: os agentes podem agir de forma individual ou em conjunto. Os sintomas e evolução depende de quantos estão envolvidos. 1. O Herpesvírus atinge sobretudo: a conjuntiva, a mucosa e os seios nasais e a traqueia, provocando principalmente: letargia, estridor respiratório, secreção ocular e nasal. 2. O Calicivírus atinge sobretudo a mucosa oral, o palato e os pulmões provocando principalmente ulceração (feridas) da mucosa oral. 3. A Chlamydophila felis atinge sobretudo a conjuntiva provocando conjuntivite e secreção ocular. 4. A Bordetella bronchiseptica atinge sobretudo a traquéia e os pulmões provocando secreção nasal, estridor respiratório e tosse. Sintomas aparecerem após 24 a 48 horas. A recuperação do animal ou a morte pode ocorrer normalmente entre 10 a 20 dias após a infecção. Diagnóstico: sintomatologia e histórico clínico. Diagnóstico laboratorial para identificar o tipo de agentes envolvidos. Tratamento: A maioria das infecções causadas pelo CRF são provocadas por vírus e contra esses não existem antivirais eficazes. O tratamento é basicamente sintomático e passa por: 1. Utilização de antibióticos orais e ou tópicos oftálmicos para combater uma possível infecção conjunta com Chlamydophila felis e Bordetella bronchiseptica ou infecções secundárias resultantes do estado debilitado do animal; 2. Melhorar o estado geral do animal: proporcionando-lhe um ambiente confortável e aconchegante, e aliviando-lhe os sintomas através da utilização de expectorantes, broncodilatadores, colírios oftálmicos, soluções nasais, aerossóis e vaporizações; 3. Em alguns casos, poderá recorrer-se a terapias menos comuns, que visam estimular o sistema imunitário do animal, a fim de aumentar a resistência à infeção. Prevenção: 1. Medidas higieno-sanitárias adequadas, devendo-se evitar o sobrepovoamento de gatis e desinfetar regularmente as instalações com lixívia pura (único químico que destrói o agente mais resistente do CRF); 2. Vacinação: pode começar às 6 semanas com um reforço passadas 3 a 4 semanas e depois reforços anuais; 3. Num efetivo vacinado e livre de doença nunca introduzir um novo animal, sem a garantia que primeiro é corretamente vacinado. Descrição: comum em cães e gatos em que o acúmulo de líquidos no espaço pleural prejudica a expansão pulmonar e leva a insuficiência respiratória. Ocorre aumento da pressão hidrostática capilar,diminuição da pressão coloidosmótica e aumento da permeabilidade capilar associada a diversas etiologias como neoplasias torácicas. Diagnóstico: dispneia expiratória, tosse não produtiva, padrão respiratório restritivo. Necessário realizar análise da efusão coletada por toracocentese é fundamental, indicando-se citologia e em alguns casos análise bioquímica. Radiografia e tomografia apenas em animais estáveis. Tratamento: toracocentese indicada para todos os tipos de efusão pleural. Anestesia local ou contenção são suficientes. Realizada do 7º ao 9º espaço intercostal, acima da junção costocondral. Radiografia e ultrassonografia ajudam a localizar o líquido. Drenar o máximo possível, menos em animais com hemotórax. Tratamento da causa base: ● Diuréticos: são controversos, pois apenas a toracocentese promove melhora da função respiratória. ● Dreno cirúrgico: se for necessário realizar várias toracocenteses. Descrição: Doença do trato respiratório superior de felinos, causada pelo herpesvirus felino 1 (HVF-1), da família Herpesviridae, sendo responsável por 40 - 45% das infecções respiratórias felinas. Transmissão: O vírus é transmitido por contato direto e o período de incubação geralmente é curto. Acomete: espécie doméstica e selvagens. Essa doença raramente é fatal e se resolve no intervalo de uma a três semanas. Patogenia: O vírus é eliminado com as secreções nasais e lacrimais, assim como pela saliva, especialmente na forma de aerossol, pelos animais doentes. O agente penetra por via nasal, oral ou conjuntival, causando infecção primária do epitélio nasal com subsequente proliferação para o saco conjuntival, faringe, traquéia, brônquio e bronquíolos. Quase todos os gatos que experimentaram uma infecção primária se tornarão portadores assintomáticos para o resto da vida. Não há métodos diagnósticos diretos para identificação do estado de latência porque o vírus persiste com o DNA no núcleo dos neurônios infectados, sem sinal de replicação viral. Sinais clínicos: espirros, perda de apetite, febre e inflamação nos olhos dos gatos, corrimentos oculares e nasais, perda de peso, desidratação e até a morte. Pode persistir por até 3 semanas. Sinais clínicos por reativação viral: alguns gatos podem demonstrar quadro de doença citolítica aguda, enquanto outros podem aparentar doença ocular crônica imunomediada em resposta à presença do vírus nestes locais. Fortes evidências experimentais sugerem ceratite estromal associada com edema de córnea, infiltrados de células inflamatórias e lises vasculares e, eventualmente, cegueira. Outros sinais clínicos que ocorrem na doença são anorexia, depressão, descarga serosa nasocular (por vezes sero-sanguinolenta), hiperemia conjuntival e, com menos frequência, sialorréia e tosse. Diagnóstico: O diagnóstico é realizado através dos sinais clínicos, pelo isolamento do FeHV-1, por imunoflorescência (IFA) e através da detecção do DNA viral pela reação em cadeia da polimerase (polymerase chain reaction – PCR) PCR. Diagnóstico diferencial: calicivírus. Tratamento: A reposição de fluidos, eletrólitos e manutenção do equilíbrio ácido-básico (reposição de perdas de potássio e carbonatos devido à sialorréia e inapetência), preferencialmente por administração endovenosa, é requerida em gatos com sinais clínicos graves. O uso de antiinflamatórios não-esteroidais, além de ajudar no controle do quadro febril, pode também auxiliar reduzindo a sensação de dor na cavidade oral. Prevenção: vacina. Descrição: É uma doença infectocontagiosa, de caráter agudo ou crônico que acomete principalmente os equídeos, podendo acometer o homem, os carnívoros e eventualmente pequenos ruminantes. É causada pela bactéria Burkholderia mallei, que uma vez inoculada no organismo animal desencadeia formação de nódulos e úlceras em trato respiratório ou na pele. Epidemiologia: os eqüídeos são as espécies mais sensíveis, sendo os asininos e os muares mais susceptíveis do que eqüinos. Ovinos, caprinos, cães e gatos podem ser acometidos também de maneira ocasional. Forma de infecção: A via de infecção geralmente se dá pela ingestão de água e alimentos contaminados; ou pela inalação da bactéria presente em ambientes secos. Ao adentrar o organismo animal, a bactéria atinge o linfonodo regional, disseminando-se por via sistêmica (linfática e sanguínea) atingindo pulmões, rins, baço, fígado e articulações, dando origem à doença aguda com a formação de granulomas e secreções nasais purulentos, os quais são ricos em B. mallei, que podem atingir outros animais, o ambiente e o homem. Dissemina-se facilmente entre eqüídeos pelo contato com feridas e secreções mucopurulentas do animal doente ou indiretamente pela contaminação de pastos, água e alimentos; sendo responsáveis pela manutenção e disseminação do agente na propriedade. Sinais clínicos: o período de incubação dura de 6 dias a vários meses. Nos eqüídeos (asininos, muares) observam-se frequentemente emagrecimento progressivo, depressão, diarréia, desnutrição com mortalidade em poucos dias, febre, quadro de comprometimento respiratório com secreção nasal purulenta, com ou sem sangue, tosse, úlceras em mucosas, granulomas na pele que ulceram e cicatrizam em forma de estrela e nódulos seqüenciais em cadeias linfáticas conferindo aspecto de rosário. Em eqüinos geralmente a doença se manifesta cronicamente, e os animais podem viver por anos com a infecção sem manifestação clínica. Na infecção crônica a secreção nasal é mais discreta, confundindo-se com outras afecções respiratórias. Diagnóstico: o diagnóstico deve levar em conta aspectos clínico-epidemiológicos, anatomopatológicos e resultados de exames laboratoriais. Diagnóstico diferencial: obrigatório. O diagnóstico e controle de mormo é determinado pelos órgãos oficiais de defesa sanitária. Tratamento e prevenção: até o presente momento não há tratamento ou vacinas, para animais confirmados positivos, os quais devem ser sacrificados e as propriedades interditadas até que sejam liberadas como livres de mormo pelo Serviço Veterinário Oficial. Etiologia: streptococos equi subespécie equi. Juntamente com ele, neste grupo se encontram mais duas subespécies, o S. equi subespécie zooepidemicus e o Streptococcus dysgalactiae subesp. equisimilis. Epidemiologia e transmissão: a doença ocorre nos equídeos de qualquer idade, sendo que os animais mais afetados são os potros de aproximadamente, dois meses de idades e, raramente, os eqüinos de mais de cinco anos. A doença possui baixa letalidade, porém sua morbidade é alta, o que tem significativa relevância em locais com grandes concentrações de animais. Nos animais com baixa resistência ou recém infectados, o germe penetra na mucosa nasal ou faríngea, chega à via linfática e migra até os gânglios linfáticos regionais. Nestes locais, geralmente ocorre a destruição do agente pelos leucócitos, a mercê do que pode se chegar a fusão tissular ou a formação de abscessos. Sinais clínicos e diagnóstico: os animais clinicamente afetados apresentam anorexia e depressão nas primeiras 48 horas antes das descargas nasais, demonstrando febre súbita que pode chegar a 41ºC,e o corrimento passa de seroso a purulento num período de três dias, tornando assim a coloração amarelada. Os linfonodos submandibulares e retrofaríngeos mostram-se edemaciados, quentes e doloridos à palpação, apresentando-se inicialmente firmes e, posteriormente, com o desenvolvimento da abscedação, ficam flutuantes e muito aumentados de volume, podendo chegar até sua fistulação para o exterior. O aumento excessivo do volume dos linfonodos, juntamente com as lesões causadas na mucosa, pode impedir a mastigação, deglutição e até a respiração, levando à dispnéia e, podendo chegar até a morte do animal por asfixia. Eventualmente, observa-se disseminação embólica do agente, causando abscessos no fígado, articulações, rins, baço, sistema nervoso, mesentério, pulmão, endocárdio e miocárdio. esse último é um quadro que apresenta prognóstico desfavorável, pois os abscessos podem se romper, causando peritonite supuradaque pode levar o animal à morte. Diagnóstico: é feito pela análise dos sinais clínicos, características epidemiológicas da doença, e pela demonstração do agente em esfregaços de exsudato nasal. A confirmação é feita pelo isolamento de S. equi subesp. equi a partir do material proveniente das lesões ou órgãos afetados. Diagnóstico diferencial: o garrotilho pode ser confundido com várias doenças do trato respiratório, como a rinopneumonite viral eqüina, arterite viral eqüina, entre outras. Porém, em todas as outras doenças do sistema respiratório geralmente não há grande aumento dos linfonodos característicos da doença. Tratamento e profilaxia: o animal acometido obrigatoriamente terá que ser isolado, em torno de 4 a 5 semanas, para evitar a disseminação do agente, e cuidados deverão ser tomados, como a desinfecção de utensílios utilizados. 1. A utilização de soro anti estreptocócico hiperimune pode melhorar o estado geral do animal infectado; 2. Penicilinas; 3. Sulfonamidas; 4. Clorafenicol; 5. Estreptomicinas, tetraciclinas e gentamicinas, são fármacos que a bactéria é resistente. Prevenção: Insetos devem ser controlados, principalmente as moscas, pois estas se alimentam da secreção dos animais doentes, e transmitem para os sadios. Vacinação não é muito eficaz, pois apenas 50% dos animais vacinados ficam imunes, e não induz a resistência populacional aceitável. Descrição: a Influenza Equina é uma doença respiratória causada por um vírus, e é também conhecida como gripe equina, altamente, contagiosa, que ataca o sistema respiratório dos equinos, asininos e muares, de qualquer raça, sexo ou idade, causando infecção aguda. Etiologia: O vírus da influenza (EIV) pertence à Família Ortomixoviridae, sendo gerada pelo vírus Influenzavirus tipo A, subtipo equi-1 e equi-2. A influenza equina é subdividida em: (1) Subtipo equi-1 (H7N7): menos patogênico, causando inflamação, nasofaríngea e laringotraqueal; (2) Subtipo equi-2 (H8N8): inflamação nasofaríngea e laringotraqueal, bronquite, bronquiolite e, às vezes, miocardite e encefalite (não há imunidade cruzada entre os subtipos, sendo necessário vacinar contra os dois). Transmissão: ocorre por intermédio da disseminação do vírus pelo ar, ou pelo contato direto entre os animais, e se dá de modo muito rápido, podendo acometer todo o rebanho. O contato se dá por secreções/excreções dos animais doentes (urina, fezes, secreção nasal e pus dos abscessos, aerossóis da tosse ou espirro, que contaminam o ambiente, comedouros e bebedouros, embocaduras e materiais de uso diário, como panos, escovas, etc.). Acomete: equinos de todas as idades podem contraí-lo; a maioria dos casos, ocorre em animais de dois anos ou menos (BLOOD e RADOTITIS, 1989), os transportados por longas distâncias, que sejam confinados em locais pouco ventilados, são mais propícios ao contágio. Sinais clínicos: aparecem de forma súbita, sendo que a febre é o primeiro sinal aparente, podendo apresentar, também, depressão, tosse seca e prolongada sem secreção catarral, corrimento nasal aquoso, redução do apetite, perda de peso, apatia geral, desânimo, relutância para mover-se, traqueíte, faringite, infecções bacterianas secundárias. o animal pode apresentar respiração acelerada, lacrimejamento, corrimento ocular, inflamação na garganta, prisão de ventre seguida de diarreia, sendo que os garanhões podem apresentar orquite, e o vírus é encontrado no sêmen muito tempo depois, além de edemas nas partes baixas e elevação brusca de temperatura (39,5 a 41,5 ºC). Tratamento: Antitérmico para febre; Antibióticos para infecção bacteriana secundária. 1. Dipirona; 2. Tetraciclina; 3. Penicilina benzatina; 4. Cefalosporina; 5. Dexametasona... Prognóstico: favorável. A Influenza equina deve ser tratada fazendo-se quarentena de todos os animais com sintomas respiratórios. Prevenção: evitar superlotação, higienização dos itens coletivos, isolar o animal com sinais clínicos, higienização e instalações ventiladas. Descrição: A rodococose é uma doença causada pela bactéria Rhodococcus equi (R. equi), que acomete humanos e animais domésticos, caracterizada por afecções piogranulomatosas de difícil resolução terapêutica e altas taxas de morbimortalidade Etiologia: R. equi é reconhecido como bactéria oportunista, intracelular facultativa, pertencente taxonomicamente ao grupo dos actinomicetos aeróbios. Apresenta-se sob a forma de cocos ou pequenos bacilos pleomórficos, Gram–positivos, entre 1 a 5 µm. Multiplicando–se ativamente no solo, particularmente em ambiente rural com criação de animais de produção. tendo como exigências condições nutricionais mínimas de pH, temperatura e umidade, obtidas comumente nas fezes e no solo de herbívoros. Pode multiplicar–se em extremos de temperatura (15 a 40ºC), principalmente em períodos quentes. Acomete: alta letalidade, principalmente entre 1 e 6 meses de idade. Patogenia: Após a infecção respiratória, o microrganismo pode atingir o trato entérico pela deglutição do esputo do animal. Em ambientes excessivamente contaminados, a ingestão de alimentos e água contendo linhagens virulentas de R. equi pode levar a severas infecções entéricas. No trato intestinal, R. equi é sequestrado para os linfonodos mesentéricos e a bactéria é fagocitada por neutrófilos e macrófagos. Clínica (transmissão): risco para a infecção: ingestão deficiente de colostro pelos potros, deficiente remoção de esterco das instalações, excesso de poeira, proximidade de instalações entre diferentes categorias e faixas etárias de animais, superpopulação em piquetes, pastos sujos, clima seco e altas temperaturas. Acomete: a doença ocorre com maior frequência entre 2 semanas e 6 meses de idade. A mortalidade é extremamente elevada, alcançando 50% ou mais dos animais acometidos, principalmente nos casos de diagnóstico tardio e instituição de terapia inadequada. A doença em equinos adultos é rara, e os animais apresentam principalmente afecções respiratórias e entéricas. Sinais clínicos: inicialmente os potros manifestam sinais de inapetência, elevação da temperatura (41°C), letargia e relutância em mamar. Com a evolução do caso, os animais podem apresentar perda de peso e tosse (produtiva ou não). A presença de secreções nasais não é comum, mas pode ocorrer mostrando aspecto purulento. A pneumonia é o sinal clínico mais evidente, podendo representar 60% ou mais dos quadros clínicos da doença. Com a progressão do processo, os animais tendem a apresentar anorexia, decúbito, intolerância ao exercício, respiração abdominal, taquicardia e cianose. O óbito ocorre em 50% ou mais dos casos tratados tardiamente. Diagnóstico: achados clínico-epidemiológicos, com apoio dos exames subsidiários citológicos e/ou histopatológicos. O exame microbiológico é o método mais prático e fidedigno no diagnóstico de rotina da rodococose. O isolamento microbiano é recomendado a partir de material colhido por lavado brônquico ou tráqueo-brônquico. 1. Avaliação hematológica dos potros revela leucocitose por neutrofilia, monocitose e elevação nos níveis de fibrinogênio, principalmente em potros. 2. A radiografia torácica é útil para detectar infecções respiratórias em potros. Linfadenopatia é outro sinal radiográfico da pneumonia induzida por R. equi. 3. Técnicas sorológicas: imunodifusão em gel de ágar, inibição da hemólise sinérgica, imunodifusão radial e ELISA. Tratamento: o tratamento da rodococose em animais fundamenta–se na utilização de antimicrobianos aliado à terapia de suporte. ● A combinação de eritromicina e rifampicina tornou-se o tratamento de escolha para infecções por R. Equi; ● A rifampicina e, em menor escala, a eritromicina são antimicrobianos lipossolúveis, permitindo a penetração em materiais caseosos. ● Outras alternativas: sulfa e trimetoprim combinado com rifampicina. Prevenção e controle: o controle da rodococose em potros fundamenta–se na adequação das condições do ambiente das criações e em medidas gerais de manejo. Recomenda-se fomentar a ingestão de colostro nas primeiras horas de vida do potro,a segregação dos animais por categorias, evitar a criação de número excessivo de animais no mesmo ambiente, bem como o acúmulo de dejetos em baias e piquetes. Manter animais acometidos, isolados para impedir a disseminação.
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