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Doenças do Sistema Respiratório

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Descrição: é uma resposta alérgica
que irá ocorrer estímulo de linfócitos T
helper 2 e produção de citocinas que
irão causar modificações patológicas
das vias aéreas. O animal acometido
irá ter remodelamento das vias
aéreas, acúmulo de muco e contração
da musculatura lisa bronquial que
prejudicam a passagem de ar.
Na asma felina a região da mucosa e
submucosa bronquiais estão infiltradas
por vários tipos de células
inflamatórias e torna a região com
presenças de edemas.
Tosse: resultado do estímulo de
mecanorreceptores localizados na
musculatura lisa.
Ocorrência: geralmente gatos adultos
(predileção por siameses).
Sinais clínicos: assintomáticos, tosse
esporádica (com variação de
frequência) ou contínua até sibilos e
dispneia.
Diagnóstico:
● Radiografia: nela pode ter a
demonstração de
hiperinsuflação pulmonar,
padrão bronquial ou
broncointersticial e
deslocamento caudal do
diafragma;
(Radiografia felina com padrão bronquial ou
broncointersticial).
● Tomografia: espessamento da
parede brônquica,
bronquiectasia e padrão
alveolar;
(Tomografia com presença de bronquiectasia -
seta).
● Hemograma e lavado
traqueobrônquico: aumento
de eosinófilo;
● Broncoscopia: não define o
diagnóstico por existência de
variedades de doenças com
sinais similares;
Obs: pode realizar lavado
traqueobrônquico em animais que não
aceitam o broncoalveolar.
● Provas de função pulmonar:
pode realizar pletismografia
corporal (testes com a
finalidade de determinar as
resistências aéreas, a medição
dos volumes pulmonares
estáticos, a eficiência dos
músculos respiratórios e a
pressão de oclusão), ajuda a
caracterizar a resposta aos
broncodilatadores (ex:
terbutalina).
Tratamento: preferência por
medicações inaladas.
Evitar (prevenção?): poeira, pólen,
granulado sanitário, perfumes,
xampus, fumaças e doença
periodontal. (inflamação e destruição
dos tecidos de proteção (gengiva) e
suporte (osso)).
Fármacos:
● Anti-inflamatórios esteroides:
principalmente inaláveis
(sintomáticos).
○ Prednisona 1-2 mg/kg
VO, BID (duas vezes ao
dia);
○ Fluticasona (Spray,
250mcg, BID), efeito
dura de 10 a 15 dias.
○ Corticoides de longa
duração: acetato de
metilprednisolona
10-20mg/kg, IM. (a cada
duas a 8 semanas)
usados em pacientes
que tem via oral inviável.
● Broncodilatadores: não usar
como terapia única. Apenas
em crises. Sem prescrição
crônica. (pode ocorrer
acúmulo nas vias aéreas e
piora do caso).
○ Albuterol (Spray)
100mcg/gato (inalado-
máscara), SID/BID.
Realiza broncodilatação
em 1-5 minutos e dura
3-4 horas. (pacientes
com sibilo ou dispneia,
pode usar em crise de
asma).
○ Terbutalina 0,01 mg/kg,
VO, TID.
○ Teofilina 4mg/kg, VO,
BID.
Obs: ambos (Albuterol e Terbutalina)
devem ser usados com cautela em
cardiopatas.
● Casos refratários:
○ Broncodilatador e
glicocorticoide:
salmeterol e fluticasona
(na máscara), SID/BID.
Não servem como tratamentos:
antileucotrienos, anti-histamínicos.
Descrição: Inflamação neutrofílica
crônica das vias aéreas, com
inflamação que causa lesão na
mucosa dos brônquios e próximo a
proliferação, hiperplasia do tecido
adjacente e ocorre ciclo de
lesão-reparação. Provoca acúmulo de
muco, agrava obstrução da passagem
de ar. Gera tosse e intolerância ao
exercício.
Possíveis causas: poluentes,
substâncias irritantes e infecções
bacterianas.
Ocorrência: cães de meia-idade a
idosos, qualquer raça e obesos.
Diagnóstico: tosse seca ou produtiva
e crônica (mais de 2 meses). Aumento
do tônus vagal ou hipertensão arterial
pulmonar, ocasiona em síncope e
tosse. Ausculta torácica: normal ou
com crepitação difusa e arritmia
sinusal pronunciada. Sibilos
expiratórios.
Exames:
● Radiografias torácicas (normais
não excluem);
(Padrão brônquico - setas)
● Citologia, cultura e
antibiograma do lavado traqueal
ou broncoalveolar: revelam
neutrófilos ou eosinófilos, com
ou sem infecções bacterianas
secundárias.
● Tomografia:
(Espessamento brônquico)
● Broncoscopia: confirma o
diagnóstico;
Deve descartar cardiopatia associada
ou dirofilariose.
Tratamento:
● Anti-inflamatórios esteróides:
prednisona e fluticasona. Evitar
dexametasona, triancinolona ou
acetato de metilprednisolona.
● Broncodilatadores:
○ Metilxantinas:
aminofilina;
○ Beta-agonistas:
terbutalina ou albuterol,
teofilina.
● Antitussígenos: prejudicam a
eliminação de secreção, mas
quando não há secreção:
hidrocodona ou dropropizina.
● Antibióticos: doxiciclina ou
enrofloxacina.
● Umidificação: para chegar
gotículas nas vias aéreas
inferiores.
● Manejo de fatores
precipitantes: redução do peso
em animais obesos, e evitar
substâncias irritantes.
Alérgicas: comum em cães e gatos.
Considerada uma resposta à
hipersensibilidade nasal e dos seios
nasais aos antígenos presentes no ar.
Causa: pouco específicas.
Relacionadas: a causa de rinite
inflamatória.
Diferencia-se da asma felina.
Sinais: secreções nasais mucopurulentas,
bilaterais, esternutações (espirros) e
epistaxe.
Cães e gatos: apresentam espirros e/ou
secreção nasal serosa ou mucopurulenta.
Sinais podem ser agudos ou crônicos.
Pode piorar em épocas do ano ou em
contato com influenciadores como
perfumes, nova marca de areia sanitária.
Formas de evitar ou solução: remover o
alergênico, fazer o tratamento adequado.
Prognóstico: excelente se eliminar o
alergênico, caso não elimine, o controle é
bom, mas a cura é improvável.
Fármacos:
● Anti-histamínicos: clorfeniramina
(oralmente) 4 a 8mg/cão, BID, 2
mg/gato. BID ou TID. Cetirizina
pode ser mais eficaz em gatos.
● Corticosteróides: glicocorticóides
utilizados se o anti-histamínico não
funcionar: prednisona 0,25 mg/kg,
BID, até melhorar)
Viral: falta fazer
Bacteriana: primária é rara em cães e
gatos, mas secundárias são mais comuns.
Rinite bacteriana aguda causada por
Bordetella bronchiseptica ocorre
ocasionalmente em gatos e raramente em
cães.
As bactérias que habitam a cavidade
nasal em animais saudáveis têm
crescimento rápido, quando a doença
altera as defesas normais da mucosa.
Em cães, infecção bacteriana primária
específica ocorre dentro de narinas
(geralmente unilateral) e parte rostral
adjacente da cavidade nasal.
Sintomas: são espirros, respiração
fungosa e corrimento mucopurulento.
Dependendo do problema de base, o
corrimento nasal pode ser uni ou bilateral.
Como a rinite é incomum em cães e
gatos, deve-se realizar exame para saber
a causa da base.
Exames:
● Exames oral: para descartar
fístulas oronasais Citologia e
cultura do exsudato, radiografias
nasais, biópsia.
● Rinoscopia: revela inflamação nas
narinas e caudalmente às lesões.
● Cultura bacteriana: indica o
crescimento de bactérias da
microbiota nasal, incluindo
Staphylococcus, Streptococcus,
Escherichia coli, Proteus,
Pasteurella, Corynebacterium,
Bordetella e Pseudomonas.
Tratamento:
● Utilização de antibióticos de amplo
espectro sistemicamente ou na
utilização de soluções oftálmicas
com vitamina A aplicadas várias
vezes ao dia para evitar a
formação de crostas dolorosas.
● Antibioticoterapia: Chamydophila.
● Antibióticos ex: ampicilina, 11 a
20mg/kg por via intravenosa ou
oral, TID; penicilina G 22.000
Ui/Kg por via intravenosa ou
intramuscular. QID;
trimetoprim-sulfadiazina,
cloranfenicol, clindamicina,
doxiciclina, azitromicina.
● Nebulização (20 min, 4 vezes/dia)
pode auxiliar na mobilização de
secreções e no alívio das
passagens nasais obstruídas;
descongestionantes nasais
(fenilefrina, oximetazolina)
Fúngica: causa comum de doença nasal
no cão e no gato. Ex: aspergilose
sinonasal em cães e criptococose em
gatos.
Cães:
Agente principal: Aspergillus spp
(comum), penicilose nasal (rara).(ocorre
por inalação no ambiente).
Afecção se inicia na cavidade nasal e se
estende para os seios frontais,
tornando-se afecção sinonasal decorrente
da endotoxina produzida pelo fungo,
responsável, também, pela necrose e pela
destruição dos turbinados e
etmoturbinados, sendo o A. fumigatus a
espécie mais comum.
Manifestações clínicas: são secreção
nasal profusa serosa a hemorrágica, uni
ou bilateral, com períodos alternados de
epistaxe, crostas, ulceração nas narinasacompanhada ou não de
despigmentação.
Gatos:
Criptococose causada por Cryptococcus
neoformans é mais comum em gatos, mas
rara em cães. Algumas cepas do
organismo podem preferencialmente
localizar-se na cavidade nasal.
Ocorre, principalmente, em gatos
acometidos por doenças virais, como
vírus da leucemia felina (FeLV) e vírus da
imunodeficiência dos felinos (FIV)
Manifestações clínicas: secreção nasal,
dificuldade respiratória alta, esternutações
e episódios de epistaxe. Alguns animais
exibem dor nasal, friccionando ou
passando a pata na face.
Variação de idade (Cães): entre 6 meses
e 15 anos, a maioria ocorre em cães
jovens de meia-idade (1 a 7 anos).
Incomum em cães com menos de 1 ano
de idade.
Raças diferentes, porém mais suscetíveis
aos dolicocefálicos e mesocefálicos,
Golden Retriever e Pastor-alemão.
Machos possuem risco maior que as
fêmeas.
A formação é mais comum em plano
nasal, acompanhada de linfadenopatia
regional. Destruição e deformação da
cavidade nasal ocorrem com infecções
fúngicas crônicas, principalmente na
aspergilose. A dor secundária ao
envolvimento periostal está presente em
alguns pacientes afetados. Exoftalmia ou
dor na abertura bucal sugere extensão da
infecção atrás da órbita. Sinais de
envolvimento do SNC são pouco comuns,
mas podem ocorrer se a infecção violar a
placa cribriforme ou passar por via
hematogênica; nesses casos de doença
avançada, podem ocorrer meningite
fúngica e convulsões. Hiporexia,
ulceração e despigmentação nasal,
estertor, estridor ou respiração com a
boca aberta também poderão ser notado
Gatos: entre 1 e 13 anos com média de
5,2 anos. Não há predisposição sexual ou
racial.
Induzem à formação de proliferações
granulomatosas que obstruem a
passagem aérea no interior da cavidade
nasal de gatos, podem ser confundidas
com neoplasias. Dificuldade ao respirar e
estridores respiratórios.
Exames:
● Radiografia: várias posições,
incluindo com boca aberta. Pode
apresentar: perda da arquitetura
dos turbinados, e espessamento
do osso nasal.
● Tomografia computadorizada e
ressonância magnética:
fornecem requintadamente
definição detalhada das estruturas
e lesões intranasais.
● Para identificar aspergilose
sinonasal: rinoscopia ou
sinoscopia.
Tratamento para aspergilose:
● Tópico: é geralmente realizado
com enilconazol ou clotrimazol e
aparentemente mais efetivo
quando comparado ao sistêmico.
Pode ser invasivo ou não invasivo.
● Enilconazol (10 mg/kg) diluído
igual volume de água.
● Lavagem com clotrimazol a 1%
(cão anestesiado).
● Sistêmicos: fluconazol ou
itraconazol, porém os resultados
não são satisfatórios quanto o do
tratamento tópico.
● Tiabendazol (10 mg/kg via oral, 2
vezes/dia) ou cetoconazol (5 a 10
mg/kg via oral, 2 vezes/dia), por 6
a 8 semanas, tem mostrado cura
clínica em aproximadamente 50%
dos casos.
● Itraconazol (10 mg/kg via oral, 1
vez/dia) e fluconazol (2,5 mg/kg
via oral, 2 vezes/dia) apresentam
eficácia em torno de 70% dos
pacientes tratados.
Criptococose nasal:
● Cetoconazol; itraconazol ou
fluconazol durante 8 semanas.
● O Fluconazol é preferível em caso
de comprometimento do sistema
nervoso central.
● preferível o itraconazol em gatos
com doença renal.
Inflamatória: caracterizada por infiltrados
inflamatórios vistos nas biópsias das
mucosas nasais.
Suspeita: rinite inflamatória em casos
crônicos de rinite.
Causas: a exposição a alergénios e
substâncias irritativas.
Patogênese da rinite
linfoplasmocitária: desconhecida.
Aeroalergênios inalados e irritantes
provavelmente desempenham um papel
primário no desenvolvimento da doença.
Ocorre em: cães dolicocefálicos e
mesaticefálicos de grande porte, jovens e
de meia-idade, embora Dachshund e
Whippet sejam frequentemente afetados.
Sinal clínico comum: secreção nasal
mucóide crônica ou mucopurulenta,
bilateral.
Exames:
● Radiográfico: nem sempre
visibilizados. Podem apresentar
alterações somente no aumento
de opacidade uni ou bilateral
dentro das passagens aéreas.
● Tomografia: achados brandos, mas
variam conforme o caso do animal.
Podem incluir processo não
destrutivo bilateral com
espessamento da mucosa mínima
ou marcante e acúmulo de fluido
nasal.
Tratamento: raramente alcança a cura.
Corticosteróides sistêmicos ou tópicos são
raramente efetivos no controle e podem
até mesmo piorar.
● Recomendam-se doses
imunossupressoras com
prednisolona. Uma resposta
positiva é esperada em 2
semanas, reduzindo-se a dose
para a menor dose eficaz.
● Se não houver resposta à terapia
inicial, outros fármacos
imunossupressores como
azatioprina podem ser adicionados
ao regime inicial de tratamento.
● Doxiciclina, azitromicina em
combinação com piroxicam.
● Uso de anti-histamínicos ou
itraconazol.
Rinite parasitária;
Rinite secundária a afecção dentária.
Etiologia: doença adquirida, mais
comum. Animais de idade média a idade
avançada. Há relatos de lesões
congênitas.
O colapso de traqueia é caracterizado
por estreitamento ou deformidade da
traqueia, em que a membrana traqueal
dorsal prolapsa para dentro do lúmen.
Isso ocorre por deficiência ou ausência de
sulfato de condroitina e
glicosaminoglicanos alterando a matriz
orgânica dos anéis traqueais. Estes se
tornam hipocelulares, perdem a eficiência
em reter água, o que leva à diminuição da
capacidade de manter a rigidez funcional,
causando enfraquecimento e
achatamento dos anéis da traqueia.
Fatores como compressão extrínseca,
inflamação crônica e alterações nas fibras
elásticas da membrana traqueal dorsal e
dos ligamentos anulares também foram
considerados possíveis causas
contribuintes para o desenvolvimento do
colapso.
Pode ser acometida a região cervical, mas
também a torácica.
Animais apresentam esforço respiratório.
Pode ocorrer irritação, inflamação da
mucosa e insuficiência do aparelho
mucociliar e aumento da extensão do
colapso para os brônquios e região da
carina.
Traqueobroncomalacia: quando acomete
os brônquios também.
Broncomalácia: defeito dos brônquios em
que ocorre estreitamento e perda de
dimensão luminais, reduzindo a
capacidade de eliminar as secreções.
Pode estar associado a diversas outras
condições como: bronquite crônica,
doença cardíaca crônica (insuficiência da
valva mitral), traumatismo traqueal,
obesidade…
Características clínicas: pode causar
síndrome de angústia respiratória.
Tosse crônica e paroxística, alta
sonoridade, parece com um engasgo.
Pode ocorrer após beber água, se
alimentar e usar coleira. Em caso de
agravamento o animal pode ter:
taquipneia, intolerância ao exercício e
desconforto respiratório, estresse térmico,
cianose e síncope (perda da consciência)
Acomete: animais de meia-idade a
idosos, embora cães jovens possam ser
diagnosticados em casos de lesão
congênita. raças de pequeno porte e
miniatura (toys), como Chihuahua,
Lulu-da-pomerânia, Poodle Miniatura,
Shih Tzu, Lhasa Apso e Yorkshire Terrier
são as mais acometidas. Não há
predisposição sexual.
● A auscultação sobre a traqueia
pode revelar ruídos como
estridores na inspiração e
expiração devido ao estreitamento
do diâmetro traqueal extratorácico
e devem ser diferenciados de
outras causas de obstrução das
vias respiratórias anteriores.
● O exame físico só pode ser
realizado com o animal
estabilizado, pois ele pode ter
cianose, febre e distrição
respiratória.
● Ausculta pulmonar: murmúrio
vesicular, ruídos crepitantes,
estridores, estertores e sibilos.
● Auscultação cardíaca: sopro em
foco mitral associado à
regurgitação mitral. Pode
apresentar doença cardíaca
esquerda concomitante (ocorre em
pacientes com colapso de vias
respiratórias).
● Hepatomegalia: associada a
deposição de gordura no fígado.
Diagnóstico: baseado em achados de
anamnese, identificação, exame físico e
complementares.
● Radiografias: dorso ventral e
lateral da região cervical e
torácica. A avaliação deve ser feita
na fase de inspiração e expiração.
Melhor observado na inspiração
(pressão negativa) o cervical, e o
torácico na expiração. (pressão
aumenta).
(Radiografia com colapso de traqueia)
● Traqueoscopia: revela diminuição
do diâmetro dorso ventral datraquéia, colapso intratorácico,
mucosa traqueal hiperêmica e
pode ocorrer presença de
exsudato mucopurulento.
Anestesia geral, indicada quando
não há diagnóstico definitivo ou
pacientes que irão realizar
tratamento cirúrgico.
● Fluoroscopia: estudo em tempo
real da função respiratória. Avalia
a traqueia de maneira contínua
durante todas as fases da
respiração. Pode revelar a
magnitude do colapso e auxiliará
na colocação de possíveis stent
posteriormente, mas esta técnica
só está disponível em
universidades e grandes hospitais
de referência.
● Ultrassonografia: auxilia na
avaliação da movimentação
dinâmica da traqueia. A vantagem
dela contra a fluoroscopia é que o
animal não é exposto à radiação.
Diagnósticos diferenciais: tonsilite,
paralisia de laringe (relatada em até 60%
dos cães com colapso traqueal), estenose
de narinas ou traqueia, eversão de sacos
laríngeos, prolongamento de palato mole,
corpo estranho traqueal e outras causas
de tosse crônica.
Tratamento:
1. Abordagem aguda: animais com
distrição respiratória. Emergência
médica com estabilização do
paciente.
a. A manipulação do paciente
deve ser delicada e
direcionada à estabilização,
enfocando os principais
sistemas do organismo
(cardiovascular, respiratório
e sistema nervoso central).
b. Fármaco para sedação:
butorfanol injetável
(potente ação
antitussígena), pode ser
utilizado associado com
acepromazina. Pode-se
utilizar a morfina e o
diazepam.
c. Animais com cianose e
distrição respiratória:
utilizar suprimento de uma
fonte de oxigênio e acesso
venoso ou intubação
endotraqueal.
d. Terapia com dexametasona
(0,04 mg/kg por via
intravenosa), pode ajudar a
gerenciar a inflamação e
contribuir para a melhora
das manifestações clínicas.
e. Broncodilatadores: diminui
os espasmos das vias
respiratórias menores,
reduzem a pressão
intratorácica.
2. Terapia crônica: indicada em
pacientes estáveis.
a. diminuição da ansiedade
com antitussígenos,
broncodilatadores,
nebulização ou inalação
com solução salina.
b. evitar contato com fatores
alérgicos, identificação e
tratamento de doenças
concomitantes.
c. Antitussígenos: reduzem a
irritação crônica e inibem a
tosse: butorfanol e codeína.
d. Glicocorticóides: aliam os
sintomas, mas podem
contribuir com o ganho de
peso e ocorrência de
respiração ofegantes.
Prednisona, esteróides
inalados (propionato de
fluticasona).
e. Manter o animal em
ambiente com umidade
mínima e fresco. Evitar
passeio em horas quentes
do dia.
3. Cirurgia, apenas para pacientes
que não se beneficiam da terapia
crônica medicamentosa, ou quadro
grave de colapso traqueal.
a. O principal objetivo da
cirurgia é restaurar o
diâmetro normal traqueal
sem interromper o fluxo
mucociliar.
Definição: Doença pulmonar inflamatória
causada por diversos agentes etiológicos
(bactérias, vírus, fungos e parasitas), por
aspiração de fluidos ou alimentos, por
infiltrado de células inflamatórias ou de
origem idiopática. É uma doença que
causa um quadro de hipoxemia
(oxigenação insuficiente do sangue).
Pneumonia bacteriana: é a inflamação
das vias respiratórias posteriores,
secundária à infecção bacteriana. A
broncopneumonia bacteriana é
caracterizada pela inflamação originária
da junção broncoalveolar.
É mais comum em cães e pouco
frequente em gatos. Gatos: Streptococcus
spp. e a Pasteurella spp. Infecções virais
(coronavírus) e as causadas por fungos
(Cryptococcus sp.).
Etiologia e fatores de risco: estado
imunitário, idade dos animais, estado
nutricional inadequado, distúrbios
congênitos (megaesôfago, discinesia
ciliar) e ambientais, etc…
Pneumonia por aspiração: associada a
megaesôfago e à paralisia de laringe.
Infecções sistêmicas e locais também
podem influenciar.
Agentes: bactérias aeróbias
gram-positivas e negativas. Apresentam
infecção polimicrobiana.
As proteínas (invasinas) que são
produzidas pelas bactérias quebram as
barreiras de defesa e facilitam a
disseminação e lesão tecidual.
Fatores de risco são: diminuição da
imunidade, distúrbios congênitos
(megaesôfago, discinesia ciliar)...
Sinais clínicos: tosse - reflexo (não
ocorre em todos os animais), letargia,
intolerância ao exercício, inapetência,
taquipneia e secreção nasal, esforço
respiratório aumentado. Febre (pode ou
não estar presente)
● Ausculta pulmonar: estertores
úmidos, presença de muco
consolidação lobar.
● Hemograma: leucocitose por
neutrofilia com ou sem desvio à
esquerda e presença de toxicidade
neutrofílica moderada a intensa ou
até mesmo leucopenia (em
pacientes com quadros graves).
● Radiografia: não excluem o
diagnóstico. Presente distribuição
cranioventral da doença alveolar,
padrão pulmonar broncointersticial,
distribuição multifocal, alterações
alveolares, nódulos grandes (em
gatos).
(aumento da silhueta cardíaca, campos pulmonares
pouco insuflados e espessamento de paredes de
brônquios).
● Citologia com coloração de gram
auxilia na escolha da terapia
antimicrobiana e cultura.
● Antibiograma do lavado traqueal
ou broncoalveolar.
● Pode ocorrer hipoxemia leve a
moderada.
● Cultura bacteriano: fornece uma
excelente diretriz para a escolha
do tratamento antimicrobiano. A
presença de grande quantidade da
bactéria Simonsiella sp. na cultura
indica contaminação da região da
orofaringe durante o procedimento
de coleta. A cultura para agentes
anaeróbios é indicada
especialmente em animais com
abscessos pulmonares.
Tratamento:
● Oxigenoterapia: fundamental no
tratamento da hipoxemia e
insuficiência respiratória. Ajuda a
melhorar a saturação de
hemoglobina e distribuição de
oxigênio nos tecidos. Máscara
Cães de porte pequeno (1 l/min) e
porte grande 5 a 10 l/min ou
mangueira (menos eficaz que a
máscara) 2 a 5 l/min a 2 ou 4 cm
de distância. O suporte ventilatório
é geralmente requerido para
pacientes com insuficiência
ventilatória ou falha de oxigenação
pulmonar devido à doença
pulmonar. Os demais com fadiga
ou parada respiratória, coma e etc,
podem requerer a ventilação com
pressão positiva. A oxigenação
deve ser úmida para evitar
ressecamento das mucosas e
aumentar o risco de infecção.
● Fluidoterapia: utilizada em
pacientes com doenças
pulmonares para tratar
hipoperfusão, desidratação e
distúrbios acidobásicos e
eletrolíticos. Ela também é
comumente indicada para
pacientes adípsicos e anoréxicos.
A fluidoterapia intravenosa deve
ser monitorada cuidadosamente
em pacientes com pneumonia
bacteriana, com o objetivo de
evitar a super-hidratação.
● Antibioticoterapia: pode ser
iniciado mesmo na ausência de
diagnóstico microbiológico, para
evitar aumentar o risco do
paciente. Ex: cefalexina (20 a
40mg/kg) a cada 8h, ou
amoxicilina associada ao ácido
clavulânico (22mg/kg) a cada 8h.
Suspensão: filhotes e adultos de
pequeno porte. Intravenoso e
fluidoterapia: pacientes com
doença avançada. Dois ou mais
antibióticos apenas em pacientes
gravemente comprometidos.
● Fluorquinolonas: penetração
excelente no sistema respiratório,
acúmulo no líquido do
revestimento epitelial e nos
macrófagos e amplo espectro de
ação contra muitos organismos
gram-negativos e Mycoplasma.
Não são eficazes contra
streptococcus ou anaeróbios,
necessário tratamento junto com
amoxicilina.
● Azitromicina:
● Broncodilatadores: metilxantinas
(teofilina) e broncodilatadores
B-agonistas (terbutalina, albuterol).
Aumento do fluxo de ar, melhora
da atividade ciliar. Os efeitos
colaterais da teofilina em cães são
taquicardia, estimulação do
sistema nervoso central (agitação
e excitação) e vômito. Nos gatos,
os sintomas mais comuns são
salivação e vômito. Esses efeitos
colaterais são dose-dependentes e
podem ser evitados pelo ajuste da
dose.
● Fluidificantes:
● Nebulização: gentamicina,
canamicina e a polimixina.
● Fisioterapia pulmonar: Esse tipo
de procedimento é recomendado
para evitar a atelectasia, que pode
exacerbar a insuficiência
respiratória.
● Expectorantes: aumentam a
fluidez das secreções.
● Falha da terapia: pode realizar
uma ultrassonografia torácica para
identificar o foco da infecção. A
lobectomia pulmonar também
pode ser uma terapia para cães e
gatos nos casosrefratários.
● Os pacientes que não respondem
à terapia inicial instituída e que
não apresentam um distúrbio
primário devem receber terapia
antimicrobiana agressiva,
preferencialmente administrada
por via parenteral até que o
organismo determinante da
infecção seja identificado.
● Abscessos pulmonares: O
tratamento é a intervenção
cirúrgica, por risco de piotórax.
Prognóstico: é bom quando o paciente
responde adequadamente à terapia
apropriada. Reservado em animais em
que o problema principal predisponha à
recidiva das infecções. Reservado a mau
em pacientes debilitados e
imunossuprimidos.
Prevenção: evitar deixar o animal pegar
chuva, realizar vacinação para não pegar
inúmeras doenças e assim acabar sendo
acometido pela pneumonia.
Pneumonia viral:
Definição: inflamação de epitélio alveolar,
interstício pulmonar e endotélio capilar
pulmonar, resultado de uma infecção viral
primária. Os processos inflamatórios na
pneumonia viral também envolvem as vias
respiratórias terminais, o que determina
um quadro de bronquiolite.
Causa: causada predominantemente por
patógenos primários e, por conseguinte,
costumam ser contagiosas.
Etiologia: O acesso do agente infeccioso
ao hospedeiro é feito por meio da rota
inalada e orofaríngea.
Fisiopatologia: Quando as defesas
antivirais são inadequadas, demoradas ou
excessivamente ativadas, a pneumonia
viral pode ocorrer.
A pneumonia viral não complicada
geralmente determina doença moderada
e autolimitante, mas a infecção bacteriana
secundária é uma complicação muito
comum, o que resulta no aumento da
morbidade e da mortalidade. Os agentes
infecciosos bacterianos e virais agem
sinergicamente no pulmão. Os patógenos
virais podem prejudicar significativamente
as defesas antibacterianas pulmonares.
Epidemiologia: animais jovens, devido a
exposição viral antes do processo de
imunização e quando já ocorreu a queda
dos anticorpos protetores maternais.
Ambiente pouco ventilado e estresse.
Diagnóstico: histórico clínico,
manifestações, exames laboratoriais,
testes sorológicos, isolamento do agente
e achados histopatológicos.
Diagnóstico diferencial: pneumonia
intersticial aguda.
Em cães: O vírus da cinomose é o agente
mais comumente associado à pneumonia
viral debilitante e crônica em cães.
Adenovírus canino tipo, agente causal da
hepatite infecciosa canina. Comum e
altamente contagiosa. O vírus prolifera
dentro do trato respiratório sem a
disseminação para locais
extrapulmonares e é eliminado nas
secreções respiratórias, podendo persistir
dentro do pulmão por até 1 mês sem
sintomatologia.
Em gatos:
Herpes-vírus felino tipo 1 e o calicivírus
felino que em caso grave pode resultar
em pneumonia. Vírus da Influenza.
Pneumonias parasitárias:
As infecções ocorrem como resultado da
ingestão da forma infectante, geralmente
com o hospedeiro intermediário, que
subsequentemente migra para os
pulmões.
O diagnóstico definitivo é feito por meio
da identificação de ovos ou larvas ou da
amostra do trato respiratório ou fezes. O
prognóstico, na maioria dos casos, é bom.
Agentes: toxocara canis, parasitas
intestinais que acometem animais jovens.
A Dirofilaria immitis, que acomete o
coração e a artéria pulmonar, pode
ocasionar inflamação e trombose.
Tosse e dispneia em cães com idade
inferior a 6 semanas. Ancylostoma
caninum e Strongyloides stercoralis.
As pneumonias parasitárias podem ser
confundidas com broncopneumonia
eosinofílica, abscessos pulmonares e
neoplasias.
Capillaria aerophila: também conhecido
como Eucoleus aerophila, é um pequeno
nematoide que habita traqueia e
brônquios de cães e gatos. As
radiografias torácicas são geralmente
normais, apesar de poder ser visto um
padrão brônquico. O fluido do lavado
traqueal pode mostrar inflamação
eosinofílica. O diagnóstico é feito pelos
ovos no líquido do lavado traqueal ou
exame de amostras fecais.
● Tratamento: fembendazol,
ivermectina.
● Prognóstico: excelente.
Paragonimus kellicotti: limita-se aos
animais residentes na região dos grandes
lagos, no meio-oeste e no sul dos EUA. A
infecção é mais comum em gatos do que
em cães. Alguns animais não apresentam
sintomas iniciais. Quando os sintomas
estão presentes, eles podem ser os
mesmos daqueles vistos em animais com
bronquite alérgica, como tosse e sibilos.
● Radiografia: lesão sólida ou
massa cavitária, mais comumente
observada no lobo caudal direito.
Outra anormalidade vista pode ser
um padrão brônquico, intersticial
(reticular ou nodular) ou alveolar,
dependendo da gravidade da
resposta inflamatória.
Diagnóstico: é feito por meio da
identificação dos ovos na amostra fecal
ou no líquido do lavado traqueal.
Tratamento: fembendazol, praziquantel.
Utilizar a toracocentese para estabilizar
animais com pneumotórax. Monitoração
com radiografia torácica.
Prognóstico: excelente.
Aelurostrongylus abstrusus: O
Aelurostrongylus abstrusus é um pequeno
verme que infecta as vias respiratórias
menores e o parênquima pulmonar nos
felinos. Felinos jovens.
Sintomas: parecido com o de bronquite
felina.
Exame: avaliação do líquido do lavado
traqueal pode revelar inflamação
eosinofílica.
Tratamento: fembendazol,
broncodilatadores e terapia
anti-inflamatória com glicocorticoides.
Prognóstico: excelente.
Pneumonias fúngicas:
Podem ser pulmonares primárias ou
secundárias (oportunistas). As infecções
micóticas primárias são causadas por
Histoplasma capsulatum, Blastomyces
dermatitidis, Coccidioides immitis,
Cryptococcus neoformans e Aspergillus
sp. As infecções secundárias estão
associadas à condição de
imunossupressão.
Sinais clínicos: dependem da localização
dos agentes.
● Posterior: tosse, taquipneia,
dispneia e intolerância ao
exercício.
Exames:
1. Bioquímico: hipoalbuminemia,
hipergamaglobulinemia e
hipocalcemia.
2. Radiografia: depende do agente.
Podem revelar: padrão misto,
intersticial, alveolar ou bronquiolar.
3. Outros achados: efusão pleural,
pneumotórax.
Diagnóstico:
Dependendo do agente, pode
realizar citologia do lavado traqueal ou
broncoalveolar. Histologia do material
obtido por biópsia. O diagnóstico
definitivo é obtido por meio de cultura
fúngica.
Histoplasmose: agente: histoplasma
capsulatum. O animal adquire o fungo
pela inalação do micélio infectante e esse
agente será fagocitado pelos macrófagos
alveolares, onde haverá a replicação
intracelular.
Coccidioidomicose: é causada pelo
agente etiológico Coccidioides immitis.
Criptococose: o Cryptococcus neoformans
geralmente infecta cavidade nasal, olhos,
pele ou encéfalo dos gatos e sistema
nervoso central ou olhos dos cães. É a
infecção fúngica sistêmica mais comum
em felinos. A via de transmissão é por
inalação. Os sintomas dos tratos
respiratórios anterior e posterior são
comuns; no entanto, pode ocorrer um
estado de portador inaparente. Na maioria
dos casos, as radiografias torácicas estão
normais e as alterações, como formações
nodulares, são observadas em necropsia.
Definição: também conhecida como
tosse dos canis, é uma doença
contagiosa que acomete o trato
respiratório dos cães. Aparece de forma
súbita, ocorre em animais de qualquer
faixa etária. Tosse associada à dificuldade
respiratória, de intensidade variável, e
secreções naso-ocular.
Epidemiologia: o vírus da Parainfluenza
canina (CPIV) e a bactéria Bordetella
bronchiseptica são os agentes mais
comumente relacionados à doença. Pode
afetar o ano todo, principalmente no
outono e verão. Animais de duas
semanas já podem aderir a doença.
Transmissão: pode ocorrer através de
aerossóis em locais com agrupamentos
de cães como canis, hospitais
veterinários, centros de treino ou
exposições, instalações de pesquisa e
abrigos para animais ou por fômites, como
gaiolas, comedouros, bebedouros e
funcionários. Após a infecção do animal,
os agentes virais poderão ser transmitidos
para outros animais num período de
quinze dias.
Sinais clínicos: os sinais clínicos da
forma mais comum caracterizam-se por
tosse seca, de início agudo e paroxística.
A tosse pode ser alta, devido ao inchaço
das cordas vocais e pode ser mais
evidente em momentos de exercício ou
excitação. Ocorre aindaa expectoração
de muco, este podendo ser espumoso,
mas talvez o proprietário não perceba o
muco, devido o animal tê-lo engolido.
O animal não é afetado pelo estado geral,
mantendo a sua condição corporal e
comportamento normais. Geralmente os
cães mostram-se vivazes e alertas, a
sintomatologia é usualmente branda, não
há a presença de hipertermia e o animal
continua se alimentando normalmente.
A forma severa ocorre normalmente em
cães sem vacinação, exposição natural
prévia aos agentes que causam a Tosse
dos Canis. A tosse pode não ser
produtiva, com ou sem rinite e com
secreção nasal e ocular mucosa ou
mucopurulenta. A tosse do animal parece
causar dor e alguns cães relutam a tossir.
Em casos de infecção mista, ou seja,
quando há outro patógeno associado à
doença, a mesma evolui até aos pulmões,
causando pneumonias e
broncopneumonias, podendo assim levar
o animal ao óbito.
Cães expostos à CAV-2 sozinhos
raramente mostram sinais de doença
espontânea, embora lesões pulmonares
possam ser extensas. Quando agentes
bacterianos ou virais estão envolvidos, o
complexo TIC pode ser observado. O
animal pode ainda apresentar febre,
letargia, dispneia inspiratória e vômito,
depressão, anorexia, desidratação e
secreção nasal. A forma severa deve ser
diferenciada da cinomose e pode ser fatal
em cães jovens. Podem ser observadas
tonsilite, rinite e conjuntivite.
Patogenia: Após a transmissão, o vírus
parainfluenza 5 se replica no epitélio da
nasofaringe e se dissemina pelo trato
respiratório, infectando o epitélio
pseudoestratificado da traqueia, onde
desencadeia um processo inflamatório.
Os danos causados ao epitélio traqueal
pela replicação viral abrem portas para as
infecções bacterianas secundárias. A
infecção normalmente se restringe ao
trato respiratório anterior de seus
hospedeiros.O vírus não se replica em
macrófagos, o que pode representar um
fator limitante que previne a infecção
sistêmica, pois células de diferentes
órgãos apresentam receptores para o
vírus e possibilitam sua replicação.
Diagnóstico: realizar uma boa anamnese
e exame físico e obter informações sobre
o habitat do animal, locais visitados,
vacinação e contato com outros animais.
Os exames complementares como
hemograma e radiografia torácica
normalmente são inespecíficos, não
apresentando alterações dignas de nota.
O exame citológico da secreção traqueal
obtida por lavado traqueobrônquico pode
revelar neutrófilos e bactérias, o
isolamento bacteriano, de micoplasmas
ou de vírus pode ser realizado, mas
normalmente é desnecessário.
Quando na forma severa no exame físico,
o animal usualmente está febril e pode
estar letárgico, anoréxico ou dispneico.
Em cães com infecção combinada de B.
bronchiseptica e CPIV, haverá uma
consolidação lobar aumentada.
Diagnóstico diferencial: colapso de
traqueia, bronquiectasia, corpo estranho,
bronquite crônica, pneumonia, edema
pulmonar e neoplasias
broncopulmonares. A Tosse dos Canis se
diferencia dessas doenças por ser muito
contagiosa e pelo período de incubação
de 3 a 10 dias.
Tratamento: as formas leves de TIC são
quase sempre autolimitantes dispensando
tratamento, resolvendo entre 4 dias e 3
semanas, em caso de desconforto realiza
tratamento, mas ainda não há um
específico para a TIC.
Normalmente, opta-se por uma terapia de
suporte incluindo o uso de antibióticos,
corticosteróides, mucolíticos,
broncodilatadores ou antitussígenos para
diminuir a severidade dos sinais clínicos.
Aconselha-se repouso ao animal afetado
durante 7 a 10 dias para reduzir a irritação
das vias aéreas.
As formas graves de TIC requerem um
tratamento agressivo, visto que a
debilidade do estado geral do animal é
óbvia e a sua vida poderá estar
comprometida pela broncopneumonia.
Controle e prevenção: vacinas
atenuadas e inativadas contra o vírus
parainfluenza. Apenas tornam a doença
mais branda no animal.
É uma doença infecciosa, muito
contagiosa, que afeta os gatos. Evolui
manifestando sintomas de origem
respiratória, ocular e/ou bucal e pode
levar à morte se atingir proporções
graves.
Sinais clínicos:
● Respiratórios: espirros, tosse,
corrimento nasal, voz rouca,
estridor respiratório,
● Oculares: conjuntivite, queratite
(inflamação da córnea), corrimento
ocular transparente a purulento,
● Orais: úlceras na boca,
hipersalivação (excesso de
produção de saliva),
● Gerais: prostração, inapetência,
febre, desidratação.
Transmissão: os animais mais
suscetíveis de contrair a doença são os
gatos que vivem em gatis ou em
comunidades com muitos animais, em
fracas condições higieno-sanitárias e sem
vacinas, e os gatos muito jovens e adultos
imunodeprimidos (ambos com um sistema
de defesa fragilizado).
Etiologia: múltipla, provocada por vários
agentes patogênicos que atuam
isoladamente, ou em conjunto. Os
agentes envolvidos em 90% dos animais
com CRF são os Herpesvírus Felino e o
Calicivírus Felino, mas com alguma
frequência podem também estar
envolvidas bactérias, tais como a
Bordetella bronchiseptica e a
Chlamydophila felis. A ativação do vírus
ocorre normalmente em situações de
estresse (ex: cirurgia, parto, introdução de
um novo felino na família, mudança de
casa) que provocam uma depressão do
sistema imunitário (ou de defesa) - Herpes
vírus. O herpes vírus dura em torno de 18
horas no meio ambiente. O Calicivírus
Felino é também um vírus específico do
gato, mas ao contrário do anterior é muito
resistente e pode sobreviver até 10 dias
no meio ambiente. Após uma infecção
inicial, o gato também pode ficar portador
assintomático podendo excretar o vírus
continuamente durante meses para o
meio ambiente. As recorrências da
infeção não são tão frequentes como as
do Herpesvírus.
Evolução da doença: os agentes podem
agir de forma individual ou em conjunto.
Os sintomas e evolução depende de
quantos estão envolvidos.
1. O Herpesvírus atinge sobretudo: a
conjuntiva, a mucosa e os seios
nasais e a traqueia, provocando
principalmente: letargia, estridor
respiratório, secreção ocular e
nasal.
2. O Calicivírus atinge sobretudo a
mucosa oral, o palato e os
pulmões provocando
principalmente ulceração (feridas)
da mucosa oral.
3. A Chlamydophila felis atinge
sobretudo a conjuntiva provocando
conjuntivite e secreção ocular.
4. A Bordetella bronchiseptica atinge
sobretudo a traquéia e os pulmões
provocando secreção nasal,
estridor respiratório e tosse.
Sintomas aparecerem após 24 a 48
horas. A recuperação do animal ou a
morte pode ocorrer normalmente entre 10
a 20 dias após a infecção.
Diagnóstico: sintomatologia e histórico
clínico. Diagnóstico laboratorial para
identificar o tipo de agentes envolvidos.
Tratamento: A maioria das infecções
causadas pelo CRF são provocadas por
vírus e contra esses não existem antivirais
eficazes.
O tratamento é basicamente sintomático e
passa por:
1. Utilização de antibióticos orais e
ou tópicos oftálmicos para
combater uma possível infecção
conjunta com Chlamydophila felis
e Bordetella bronchiseptica ou
infecções secundárias resultantes
do estado debilitado do animal;
2. Melhorar o estado geral do animal:
proporcionando-lhe um ambiente
confortável e aconchegante, e
aliviando-lhe os sintomas através
da utilização de expectorantes,
broncodilatadores, colírios
oftálmicos, soluções nasais,
aerossóis e vaporizações;
3. Em alguns casos, poderá
recorrer-se a terapias menos
comuns, que visam estimular o
sistema imunitário do animal, a fim
de aumentar a resistência à
infeção.
Prevenção:
1. Medidas higieno-sanitárias
adequadas, devendo-se evitar o
sobrepovoamento de gatis e
desinfetar regularmente as
instalações com lixívia pura (único
químico que destrói o agente mais
resistente do CRF);
2. Vacinação: pode começar às 6
semanas com um reforço
passadas 3 a 4 semanas e depois
reforços anuais;
3. Num efetivo vacinado e livre de
doença nunca introduzir um novo
animal, sem a garantia que
primeiro é corretamente vacinado.
Descrição: comum em cães e gatos em
que o acúmulo de líquidos no espaço
pleural prejudica a expansão pulmonar e
leva a insuficiência respiratória. Ocorre
aumento da pressão hidrostática capilar,diminuição da pressão coloidosmótica e
aumento da permeabilidade capilar
associada a diversas etiologias como
neoplasias torácicas.
Diagnóstico: dispneia expiratória, tosse
não produtiva, padrão respiratório
restritivo. Necessário realizar análise da
efusão coletada por toracocentese é
fundamental, indicando-se citologia e em
alguns casos análise bioquímica.
Radiografia e tomografia apenas em
animais estáveis.
Tratamento: toracocentese indicada para
todos os tipos de efusão pleural.
Anestesia local ou contenção são
suficientes. Realizada do 7º ao 9º espaço
intercostal, acima da junção costocondral.
Radiografia e ultrassonografia ajudam a
localizar o líquido. Drenar o máximo
possível, menos em animais com
hemotórax.
Tratamento da causa base:
● Diuréticos: são controversos, pois
apenas a toracocentese promove
melhora da função respiratória.
● Dreno cirúrgico: se for necessário
realizar várias toracocenteses.
Descrição: Doença do trato respiratório
superior de felinos, causada pelo
herpesvirus felino 1 (HVF-1), da família
Herpesviridae, sendo responsável por 40 -
45% das infecções respiratórias felinas.
Transmissão: O vírus é transmitido por
contato direto e o período de incubação
geralmente é curto.
Acomete: espécie doméstica e
selvagens. Essa doença raramente é fatal
e se resolve no intervalo de uma a três
semanas.
Patogenia: O vírus é eliminado com as
secreções nasais e lacrimais, assim como
pela saliva, especialmente na forma de
aerossol, pelos animais doentes. O
agente penetra por via nasal, oral ou
conjuntival, causando infecção primária
do epitélio nasal com subsequente
proliferação para o saco conjuntival,
faringe, traquéia, brônquio e bronquíolos.
Quase todos os gatos que
experimentaram uma infecção primária se
tornarão portadores assintomáticos para o
resto da vida. Não há métodos
diagnósticos diretos para identificação do
estado de latência porque o vírus persiste
com o DNA no núcleo dos neurônios
infectados, sem sinal de replicação viral.
Sinais clínicos: espirros, perda de
apetite, febre e inflamação nos olhos dos
gatos, corrimentos oculares e nasais,
perda de peso, desidratação e até a
morte. Pode persistir por até 3 semanas.
Sinais clínicos por reativação viral:
alguns gatos podem demonstrar quadro
de doença citolítica aguda, enquanto
outros podem aparentar doença ocular
crônica imunomediada em resposta à
presença do vírus nestes locais. Fortes
evidências experimentais sugerem
ceratite estromal associada com edema
de córnea, infiltrados de células
inflamatórias e lises vasculares e,
eventualmente, cegueira.
Outros sinais clínicos que ocorrem na
doença são anorexia, depressão,
descarga serosa nasocular (por vezes
sero-sanguinolenta), hiperemia conjuntival
e, com menos frequência, sialorréia e
tosse.
Diagnóstico: O diagnóstico é realizado
através dos sinais clínicos, pelo
isolamento do FeHV-1, por
imunoflorescência (IFA) e através da
detecção do DNA viral pela reação em
cadeia da polimerase (polymerase chain
reaction – PCR) PCR.
Diagnóstico diferencial: calicivírus.
Tratamento: A reposição de fluidos,
eletrólitos e manutenção do equilíbrio
ácido-básico (reposição de perdas de
potássio e carbonatos devido à sialorréia
e inapetência), preferencialmente por
administração endovenosa, é requerida
em gatos com sinais clínicos graves. O
uso de antiinflamatórios não-esteroidais,
além de ajudar no controle do quadro
febril, pode também auxiliar reduzindo a
sensação de dor na cavidade oral.
Prevenção: vacina.
Descrição: É uma doença
infectocontagiosa, de caráter agudo ou
crônico que acomete principalmente os
equídeos, podendo acometer o homem,
os carnívoros e eventualmente pequenos
ruminantes. É causada pela bactéria
Burkholderia mallei, que uma vez
inoculada no organismo animal
desencadeia formação de nódulos e
úlceras em trato respiratório ou na pele.
Epidemiologia: os eqüídeos são as
espécies mais sensíveis, sendo os
asininos e os muares mais susceptíveis
do que eqüinos. Ovinos, caprinos, cães e
gatos podem ser acometidos também de
maneira ocasional.
Forma de infecção: A via de infecção
geralmente se dá pela ingestão de água e
alimentos contaminados; ou pela inalação
da bactéria presente em ambientes secos.
Ao adentrar o organismo animal, a
bactéria atinge o linfonodo regional,
disseminando-se por via sistêmica
(linfática e sanguínea) atingindo pulmões,
rins, baço, fígado e articulações, dando
origem à doença aguda com a formação
de granulomas e secreções nasais
purulentos, os quais são ricos em B.
mallei, que podem atingir outros animais,
o ambiente e o homem. Dissemina-se
facilmente entre eqüídeos pelo contato
com feridas e secreções mucopurulentas
do animal doente ou indiretamente pela
contaminação de pastos, água e
alimentos; sendo responsáveis pela
manutenção e disseminação do agente na
propriedade.
Sinais clínicos: o período de incubação
dura de 6 dias a vários meses. Nos
eqüídeos (asininos, muares) observam-se
frequentemente emagrecimento
progressivo, depressão, diarréia,
desnutrição com mortalidade em poucos
dias, febre, quadro de comprometimento
respiratório com secreção nasal purulenta,
com ou sem sangue, tosse, úlceras em
mucosas, granulomas na pele que
ulceram e cicatrizam em forma de estrela
e nódulos seqüenciais em cadeias
linfáticas conferindo aspecto de rosário.
Em eqüinos geralmente a doença se
manifesta cronicamente, e os animais
podem viver por anos com a infecção sem
manifestação clínica. Na infecção crônica
a secreção nasal é mais discreta,
confundindo-se com outras afecções
respiratórias.
Diagnóstico: o diagnóstico deve levar em
conta aspectos clínico-epidemiológicos,
anatomopatológicos e resultados de
exames laboratoriais.
Diagnóstico diferencial: obrigatório. O
diagnóstico e controle de mormo é
determinado pelos órgãos oficiais de
defesa sanitária.
Tratamento e prevenção: até o presente
momento não há tratamento ou vacinas,
para animais confirmados positivos, os
quais devem ser sacrificados e as
propriedades interditadas até que sejam
liberadas como livres de mormo pelo
Serviço Veterinário Oficial.
Etiologia: streptococos equi subespécie
equi. Juntamente com ele, neste grupo se
encontram mais duas subespécies, o S.
equi subespécie zooepidemicus e o
Streptococcus dysgalactiae subesp.
equisimilis.
Epidemiologia e transmissão: a doença
ocorre nos equídeos de qualquer idade,
sendo que os animais mais afetados são
os potros de aproximadamente, dois
meses de idades e, raramente, os
eqüinos de mais de cinco anos. A doença
possui baixa letalidade, porém sua
morbidade é alta, o que tem significativa
relevância em locais com grandes
concentrações de animais. Nos animais
com baixa resistência ou recém
infectados, o germe penetra na mucosa
nasal ou faríngea, chega à via linfática e
migra até os gânglios linfáticos regionais.
Nestes locais, geralmente ocorre a
destruição do agente pelos leucócitos, a
mercê do que pode se chegar a fusão
tissular ou a formação de abscessos.
Sinais clínicos e diagnóstico: os
animais clinicamente afetados
apresentam anorexia e depressão nas
primeiras 48 horas antes das descargas
nasais, demonstrando febre súbita que
pode chegar a 41ºC,e o corrimento passa
de seroso a purulento num período de
três dias, tornando assim a coloração
amarelada. Os linfonodos
submandibulares e retrofaríngeos
mostram-se edemaciados, quentes e
doloridos à palpação, apresentando-se
inicialmente firmes e, posteriormente, com
o desenvolvimento da abscedação, ficam
flutuantes e muito aumentados de volume,
podendo chegar até sua fistulação para o
exterior. O aumento excessivo do volume
dos linfonodos, juntamente com as lesões
causadas na mucosa, pode impedir a
mastigação, deglutição e até a respiração,
levando à dispnéia e, podendo chegar até
a morte do animal por asfixia.
Eventualmente, observa-se disseminação
embólica do agente, causando abscessos
no fígado, articulações, rins, baço,
sistema nervoso, mesentério, pulmão,
endocárdio e miocárdio. esse último é um
quadro que apresenta prognóstico
desfavorável, pois os abscessos podem
se romper, causando peritonite supuradaque pode levar o animal à morte.
Diagnóstico: é feito pela análise dos
sinais clínicos, características
epidemiológicas da doença, e pela
demonstração do agente em esfregaços
de exsudato nasal. A confirmação é feita
pelo isolamento de S. equi subesp. equi a
partir do material proveniente das lesões
ou órgãos afetados.
Diagnóstico diferencial: o garrotilho
pode ser confundido com várias doenças
do trato respiratório, como a
rinopneumonite viral eqüina, arterite viral
eqüina, entre outras. Porém, em todas as
outras doenças do sistema respiratório
geralmente não há grande aumento dos
linfonodos característicos da doença.
Tratamento e profilaxia: o animal
acometido obrigatoriamente terá que ser
isolado, em torno de 4 a 5 semanas, para
evitar a disseminação do agente, e
cuidados deverão ser tomados, como a
desinfecção de utensílios utilizados.
1. A utilização de soro anti
estreptocócico hiperimune pode
melhorar o estado geral do animal
infectado;
2. Penicilinas;
3. Sulfonamidas;
4. Clorafenicol;
5. Estreptomicinas, tetraciclinas e
gentamicinas, são fármacos que a
bactéria é resistente.
Prevenção: Insetos devem ser
controlados, principalmente as moscas,
pois estas se alimentam da secreção dos
animais doentes, e transmitem para os
sadios. Vacinação não é muito eficaz, pois
apenas 50% dos animais vacinados ficam
imunes, e não induz a resistência
populacional aceitável.
Descrição: a Influenza Equina é uma
doença respiratória causada por um vírus,
e é também conhecida como gripe
equina, altamente, contagiosa, que ataca
o sistema respiratório dos equinos,
asininos e muares, de qualquer raça, sexo
ou idade, causando infecção aguda.
Etiologia: O vírus da influenza (EIV)
pertence à Família Ortomixoviridae, sendo
gerada pelo vírus Influenzavirus tipo A,
subtipo equi-1 e equi-2. A influenza
equina é subdividida em: (1) Subtipo
equi-1 (H7N7): menos patogênico,
causando inflamação, nasofaríngea e
laringotraqueal; (2) Subtipo equi-2 (H8N8):
inflamação nasofaríngea e
laringotraqueal, bronquite, bronquiolite e,
às vezes, miocardite e encefalite (não há
imunidade cruzada entre os subtipos,
sendo necessário vacinar contra os dois).
Transmissão: ocorre por intermédio da
disseminação do vírus pelo ar, ou pelo
contato direto entre os animais, e se dá
de modo muito rápido, podendo acometer
todo o rebanho. O contato se dá por
secreções/excreções dos animais doentes
(urina, fezes, secreção nasal e pus dos
abscessos, aerossóis da tosse ou espirro,
que contaminam o ambiente, comedouros
e bebedouros, embocaduras e materiais
de uso diário, como panos, escovas, etc.).
Acomete: equinos de todas as idades
podem contraí-lo; a maioria dos casos,
ocorre em animais de dois anos ou menos
(BLOOD e RADOTITIS, 1989), os
transportados por longas distâncias, que
sejam confinados em locais pouco
ventilados, são mais propícios ao
contágio.
Sinais clínicos: aparecem de forma
súbita, sendo que a febre é o primeiro
sinal aparente, podendo apresentar,
também, depressão, tosse seca e
prolongada sem secreção catarral,
corrimento nasal aquoso, redução do
apetite, perda de peso, apatia geral,
desânimo, relutância para mover-se,
traqueíte, faringite, infecções bacterianas
secundárias. o animal pode apresentar
respiração acelerada, lacrimejamento,
corrimento ocular, inflamação na
garganta, prisão de ventre seguida de
diarreia, sendo que os garanhões podem
apresentar orquite, e o vírus é encontrado
no sêmen muito tempo depois, além de
edemas nas partes baixas e elevação
brusca de temperatura (39,5 a 41,5 ºC).
Tratamento: Antitérmico para febre;
Antibióticos para infecção bacteriana
secundária.
1. Dipirona;
2. Tetraciclina;
3. Penicilina benzatina;
4. Cefalosporina;
5. Dexametasona...
Prognóstico: favorável.
A Influenza equina deve ser tratada
fazendo-se quarentena de todos os
animais com sintomas respiratórios.
Prevenção: evitar superlotação,
higienização dos itens coletivos, isolar o
animal com sinais clínicos, higienização e
instalações ventiladas.
Descrição: A rodococose é uma doença
causada pela bactéria Rhodococcus equi
(R. equi), que acomete humanos e
animais domésticos, caracterizada por
afecções piogranulomatosas de difícil
resolução terapêutica e altas taxas de
morbimortalidade
Etiologia: R. equi é reconhecido como
bactéria oportunista, intracelular
facultativa, pertencente taxonomicamente
ao grupo dos actinomicetos aeróbios.
Apresenta-se sob a forma de cocos ou
pequenos bacilos pleomórficos,
Gram–positivos, entre 1 a 5 µm.
Multiplicando–se ativamente no solo,
particularmente em ambiente rural com
criação de animais de produção. tendo
como exigências condições nutricionais
mínimas de pH, temperatura e umidade,
obtidas comumente nas fezes e no solo
de herbívoros. Pode multiplicar–se em
extremos de temperatura (15 a 40ºC),
principalmente em períodos quentes.
Acomete: alta letalidade, principalmente
entre 1 e 6 meses de idade.
Patogenia: Após a infecção respiratória, o
microrganismo pode atingir o trato
entérico pela deglutição do esputo do
animal. Em ambientes excessivamente
contaminados, a ingestão de alimentos e
água contendo linhagens virulentas de R.
equi pode levar a severas infecções
entéricas. No trato intestinal, R. equi é
sequestrado para os linfonodos
mesentéricos e a bactéria é fagocitada
por neutrófilos e macrófagos.
Clínica (transmissão): risco para a
infecção: ingestão deficiente de colostro
pelos potros, deficiente remoção de
esterco das instalações, excesso de
poeira, proximidade de instalações entre
diferentes categorias e faixas etárias de
animais, superpopulação em piquetes,
pastos sujos, clima seco e altas
temperaturas.
Acomete: a doença ocorre com maior
frequência entre 2 semanas e 6 meses de
idade. A mortalidade é extremamente
elevada, alcançando 50% ou mais dos
animais acometidos, principalmente nos
casos de diagnóstico tardio e instituição
de terapia inadequada. A doença em
equinos adultos é rara, e os animais
apresentam principalmente afecções
respiratórias e entéricas.
Sinais clínicos: inicialmente os potros
manifestam sinais de inapetência,
elevação da temperatura (41°C), letargia
e relutância em mamar. Com a evolução
do caso, os animais podem apresentar
perda de peso e tosse (produtiva ou não).
A presença de secreções nasais não é
comum, mas pode ocorrer mostrando
aspecto purulento. A pneumonia é o sinal
clínico mais evidente, podendo
representar 60% ou mais dos quadros
clínicos da doença. Com a progressão do
processo, os animais tendem a apresentar
anorexia, decúbito, intolerância ao
exercício, respiração abdominal,
taquicardia e cianose. O óbito ocorre em
50% ou mais dos casos tratados
tardiamente.
Diagnóstico: achados
clínico-epidemiológicos, com apoio dos
exames subsidiários citológicos e/ou
histopatológicos. O exame microbiológico
é o método mais prático e fidedigno no
diagnóstico de rotina da rodococose. O
isolamento microbiano é recomendado a
partir de material colhido por lavado
brônquico ou tráqueo-brônquico.
1. Avaliação hematológica dos potros
revela leucocitose por neutrofilia,
monocitose e elevação nos níveis
de fibrinogênio, principalmente em
potros.
2. A radiografia torácica é útil para
detectar infecções respiratórias em
potros. Linfadenopatia é outro sinal
radiográfico da pneumonia
induzida por R. equi.
3. Técnicas sorológicas:
imunodifusão em gel de ágar,
inibição da hemólise sinérgica,
imunodifusão radial e ELISA.
Tratamento: o tratamento da rodococose
em animais fundamenta–se na utilização
de antimicrobianos aliado à terapia de
suporte.
● A combinação de eritromicina e
rifampicina tornou-se o tratamento
de escolha para infecções por R.
Equi;
● A rifampicina e, em menor escala,
a eritromicina são antimicrobianos
lipossolúveis, permitindo a
penetração em materiais
caseosos.
● Outras alternativas: sulfa e
trimetoprim combinado com
rifampicina.
Prevenção e controle: o controle da
rodococose em potros fundamenta–se na
adequação das condições do ambiente
das criações e em medidas gerais de
manejo. Recomenda-se fomentar a
ingestão de colostro nas primeiras horas
de vida do potro,a segregação dos
animais por categorias, evitar a criação de
número excessivo de animais no mesmo
ambiente, bem como o acúmulo de
dejetos em baias e piquetes. Manter
animais acometidos, isolados para impedir
a disseminação.

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