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ENFERMIDADES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE EQUINOS

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CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS 
Maria Eduarda Rocha / Dara Alves
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE EQUINOS
· Garrotilho (mais comum)
· Influenza
· Rodococose em potros
· ORVA
· HPIE
O sistema respiratório é um dos mais acometidos na clínica de equinos, independente de ser cavalos atletas ou cavalos de trabalho. 
GARROTILHO (Adenite equina):
· Afecções respiratórias causada pela bactéria Streptococcus equi (gram +) em equinos
· Pode acometer animais de qualquer idade, mas ocorre principalmente em animais até 5 anos de idade (animais jovens), pois animais mais velhos adquirem imunidade 
· Geralmente é uma doença endêmica de alta morbidade e baixa letalidade
· Geralmente o garrotilho em si não causa a morte, mas pode ocasionar outras complicações que acabam levando o animal à óbito 
· Muito comum 
· Na maioria das vezes é uma doença de trato respiratório superior, mas pode descer para o trato respiratório inferior (pulmões, por exemplo)
· O nome “garrotilho” se dá devido ao aumento de volume na região do linfonodo retrofaríngeo, que ocasiona uma compressão das vias aéreas superiores formando um “garrote” na região de traqueia do animal 
· O equino se contamina ao inalar ou ingerir secreções mucopurulentas de animais doentes
· Em casos de suspeita da doença em propriedades grandes com alto número de animais jovens, é possível que a maioria dos animais serão acometidos ou então não é garrotilho, por isso é importante se atentar à morbidade
· PATOGENIA:
· A bactéria adentra o organismo do animal, se fixando nas células tonsilares e na superfície ventral do palato mole, com posterior migração para os linfonodos mandibulares e retrofaríngeos (poucas horas pós infecção). Os microorganismos se multiplicam nos linfonodos e começam atrair grande quantidade de neutrófilos, fato que ocasiona o aumento de volume na região. A Streptococcus equi é uma bactéria resistente a fagocitose, pois possui cápsula de ácido hialurônico e proteína S e M antifagocitária, o que dificulta o trabalho das células de defesa, fazendo com que o animal demore mais tempo para controlar a infecção 
· O “garrotilho bastardo” pode migrar para outras localidades, com a possibilidade de gerar pneumonia apesar de ser uma doença de trato respiratório superior 
· SINAIS CLÍNICOS:
· Febre (1° sinal clínico)
· O ideal é já começar o tratamento nesse momento
· Descarga nasal mucopurulenta
· Geralmente aparece em 24 a 48 horas após o pico de febre 
· Linfadenopatia (inchaço) bilateral dos linfonodos submandibulares e/ou retrofaríngeos 
· Linfonodos ficam firmes e doloridos, com o tempo ficam flutuantes, podendo se romperem e liberar secreção purulenta
· Depressão
· Inapetência
· Os primeiros sinais clínicos são observados de 3 a 12 dias após a exposição a um equino infectado
· Por isso indica-se fazer o isolamento de novos animais no plantel (quarentena de no mínimo 12 dias) para evitar a contaminação do local por garrotilho 
· Sempre tomar cuidado ao realizar o exame clínico e lembrar que no garrotilho não é comum o aparecimento de aumento de volume e secreção purulenta unilateral, e sim bilateral, pois é uma infecção de trato superior que desce nas duas narinas 
· DIAGNÓSTICO: 
· Observação dos sinais clínicos (linfadenopatia, abscedação e ruptura subsequentes)
· Avaliação da epidemiologia do local 
· Cultivo das secreções para isolamento do Streptococcus equi 
· Nem sempre é possível
· Sorologia
· PCR
· A norma prática é: “Se isso lembra garrotilho, trata isto como garrotilho”
· DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
· Mormo 
· Secreção mucopurulenta 
· Pneumonia bacteriana 
· Secreção mucopurulenta 
· Sinusite 
· Secreção mucopurulenta, mas na maioria é unilateral 
· Influenza 
· Empiema de bolsa gutural (inclusive pode ser uma consequência do garrotilho)
· Timpanismo de bolsa gutural 
· Acometimento de potros, mas não há presença de secreção e febre 
· TRATAMENTO:
· A maioria dos casos se recuperam sem antibióticos e desenvolvem resposta imune fortemente protetora, porém ao optar por não tratar poderá causar complicações ao animal 
· Antibióticos: 
· As Penicilinas possuem diferença quanto ao período de início de ação e o tempo de duração dos efeitos 
· Penicilina G procaína de 20.000 a 40.000 UI/Kg, IM, Bid, durante 5 a 7 dias
· Penicilina G benzatina 22.000 UI/KG/IM a cada 48 horas 4 aplicações
· Não recomendada, pois tem um efeito mais prolongado, mas não atinge concentrações inibitórias mínimas no plasma do equino (não atinge picos tão elevados), então preferir a Penicilina procaína 
· Se houver rompimento dos linfonodos realizar curativo locais
· Anti-inflamatórios: 
· Em caso de febre aplicar Dipirona 22/mg/Kg a cada 12 horas durante 2 ou 3 dias 
· COMPLICAÇÕES:
· Púrpura hemorrágica
· Reação inflamatória que acontece devido à liberação da proteína M presente no Streptococcus equi
· A proteína M causa uma reação de hipersensibilidade nos vasos sanguíneos, e compromete o estado de saúde do animal 
· Visualização de petéquias e edemas 
· Animais tratados geralmente não chegam a esse ponto 
· Abscedação de linfonodos 
· “Garrotilho bastardo”
· Ocorre quando a bactéria chega no pulmão, causando então uma pneumonia e podendo levar o animal à óbito 
· PREVENÇÃO:
· Vacinação (vacina inativada) 
· S. equi inativado por formol
· Primovacinação (4 a 6 meses de idade) 
· 3 doses – intervalo de 2 a 4 semanas
· Depois anualmente (2 ml IM)
· Em casos de animais adultos que nunca foram vacinados, fazer o mesmo protocolo de potros 
· PREVENÇÃO E CONTROLE: 
· Isolar os animais introduzidos na propriedade durante 2 a 3 semanas
· Animais suspeitos devem ser mantidos em quarentena
· Separar os utensílios e equipamentos utilizados na área dos equinos infectados (utensílios de alimentação, cabrestos, freios)
· Pessoas que cuidam dos equinos infectados devem evitar contato com os animais sadios 
· Desinfectar as instalações onde estão os animais e utensílios utilizados 
· MONTORAR TEMPERATURA RETAL! 
INFLUENZA EQUINA:
· Gripe dos equinos 
· Enfermidade de trato respiratório superior 
· Causada pelos vírus Aequi 1 e Aequi 2
· Acomete mais comumente equinos jovens de 2 a 3 anos de idade, mas também pode infectar animais adultos 
· Período de incubação: 1 a 3 dias
· Altamente contagiosa
· Contaminação por contato direto, aerossol e fômitos
· Mesmo animais vacinados, podem apresentar quadro clínico compatível com a Influenza equina 
· Épocas mais frias do ano 
· Cavalos atletas que participam de provas possuem grande potencial de carrear o vírus 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Tosse profunda e seca 
· Tosse improdutiva: não há liberação de secreções, a não ser que tenha infecções bacterianas secundárias
· Secreção nasal (seroso)
· Febre (38,6 a 41°C)
· Depressão
· Inapetência
· Pode haver infecções bacterianas secundárias, sendo necessário o tratamento com antibióticos nesse caso 
· DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
· Rinopneumonite equina (Herpesvírus 1 e 4) 
· Lembrar que a Influenza equina é uma doença de trato respiratório superior, então não haverá nada na auscultação 
· TRATAMENTO: 
· Não existe tratamento específico, sendo este somente de suporte
· Manter o animal hidratado
· Repouso absoluto
· Antipiréticos: 
· Dipirona 22 mg/Kg BID em caso de febre
· Antibióticos somente se houver infecções bacterianas secundárias (secreção nasal purulenta)
· PREVENÇÃO: 
· Vacinação a cada 6 meses de todo o plantel
· Em casos de animal que nunca foi vacinado: 1ª dose; 2ª dose (21 dias após a 1ª dose); dose de manutenção a cada 6 meses 
· TRI- EQUI (Influenza, encefalomielite e tétano) 
· LEXINGTON – 8 (Influenza, rinopneumonite, encefalomielite e tétano)
· Custo mais elevado, porém é uma vacina mais completa 
· INFLUENZA HORSE
· Geralmente se utiliza a Lexington – 8 na primeira dose, e Influenza Horse nas doses subsequentes, pois é uma vacina mais barata 
PNEUMONIAS INFECCIOSAS: 
· Origem bacteriana, viral ou fúngica (sempre avaliar a origem da pneumonia infecciosa) 
· De forma geral, o animal apresentará tosse, taquipneia, secreção nasal (depende da fase) 
RHODOCOCCUS EQUI:
· Pneumoniabacteriana por Rhodococcus equi
· Geralmente acomete potros de até 6 meses de idade 
· Bactéria capaz de formar abcessos pulmonares 
· Auscultação e percussão 
· Auscultar todo o pulmão (crânio-caudal e dorso-ventral em todos os pontos), de forma a conseguir captar os abcessos superficiais 
· Áreas de silêncio respiratório → sugestivo de abcessos 
· Utilizar diagnósticos auxiliares, como a ultrassonografia 
· Além de acometer o sistema respiratório, o Rhodococcus equi ainda pode causar complicações digestivas, uveíte, entre outros Pleura, pulmão e abcesso. 
· TRATAMENTO: 
· ASSOCIAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS:
· Utilizar antibióticos que sejam capazes de agir dentro dos abcessos 
· Claritromicina 7,5 MG/Kg/VO/ a cada 12 horas
· Rifampicina 10 mg/Kg/VO a cada 12 horas
· Medicamentos comprados em farmácia humana 
· Longo tempo de tratamento: 6 a 8 semanas
· Pode conseguir controlar a infecção, mas os abcessos se tornam fibroses e haverá comprometimento das trocas gasosas dos animais 
· Recomenda-se fazer ultrassom a cada 10 dias para checar se tem abcessos e direcionar o tratamento 
· Anti-inflamatórios:
· Flunixina Meglumina 
· Meloxicam
· Dipirona
· Broncodilatadores:
· Usar quando houver sibilos (som de assovio devido ao estreitamento dos brônquios) 
· Clembuterol (Pulmonil)
· Mucolíticos
· Auxilia na eliminação das secreções 
· N acetil-cisteína (Pulmonil Plus)
· Bromexina (Bisolvon, Aliv V)
· TRATAMENTO DE SUPORTE: 
· Oxigenioterapia
· Inalação
· Instalações adequadas (livres de corrente de vento, limpas, secas, bem arejadas e aquecidas, com água e alimentação de boa qualidade)
· Nutrição forçada quando necessário
· Fluidoterapia
· Auxilia na fluidificação da secreção e facilita a eliminação 
· DIAGNÓSTICO: 
· Lavado traqueobrônquico para diagnóstico 
· Tricotomia na região traqueal → Introdução do cateter contendo solução fisiológica até a carina → Coleta do conteúdo → O conteúdo coletado é mandado ao laboratório e pode ser usado para fazer citologia, cultivo e antibiograma do conteúdo 
· Padrão citológico inflamatório com predomínio de neutrófilos, sugestivo de pneumonias bacterianas
ASMA EQUINA: 
· Enfermidade não-infecciosa que acomete o trato respiratório inferior/posterior, podendo ser leve, moderada ou grave. 
OBSTRUÇÃO RECORRENTE DAS VIAS AÉREAS (ORVA):
· Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
· Asma equina grave 
· Afecção característica de cavalos adultos 
· Cavalos mantidos em baias como resultado de bronquite ou bronquiolite alérgica, porém também pode ocorrer em cavalos mantidos a pasto (menor frequência) 
· Desencadeada por alérgenos ambientais (poeira, pólen de plantas, poluição) 
· Causa discutível – reação de hipersensibilidade a poeira ou fungos encontrados em feno ou palha utilizados como cama (maravalha, palha de arroz) 
· Hereditária: indício de enfermidade genética grave em “Warmblood” (cavalos de sangue quente) 
· Pode ter algum fator genético envolvido, mas ocorre em qualquer raça 
· Existem fatores predisponentes como infecções virais, bacterianas, vermes pulmonares (Dictyocaulus arnfieldi – espécie específico; acomete o pulmão dos equinos e causa pneumonia por parasitas) e fatores genéticos
· A infecção se caracteriza por período de obstrução das vias aéreas por contração do músculo liso e acúmulo de secreção mucosa, fragmentos celulares e exsudato
· HISTÓRICO: 
· Tosse crônica, intolerância ao exercício e apatia
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Observados mesmo em repouso 
· Tosse crônica e seca
· Aumento de esforço expiratório (linha abdominal de esforço) 
· Secreção nasal serosa a mucosa (bilateral) 
· Taquipneia 
· Intolerância ao exercício 
· Sibilos (estreitamento das vias aéreas) 
· Sem febre 
· Presença de líquido na traqueia (na auscultação) 
· Dispneia grave 
· Perda de peso em casos crônicos (diminuição da ingestão de alimentos) 
· DIAGNÓSTICO: 
· Associação entre os sinais clínicos, histórico, resposta ao uso de broncodilatadores ou resposta a alteração no ambiente.
· Os broncodilatadores melhoram a respiração enquanto fazem efeito 
· Quando se retira os alérgenos do local, haverá uma resposta satisfatória 
· Endoscopia: pode-se evidenciar presença de secreção mucopurulenta excessiva na traqueia, estenose dos brônquios.
· Colheita de material broncoalveolar durante a endoscopia para citologia.
· TRATAMENTO E MANEJO: 
· Objetivos: 
· Diminuir a inflamação e produção de muco 
· Prevenir a broncoconstrição 
· Prevenir progressão 
· Evitar novos episódios 
· A ORVA não tem cura, então toda vez que o animal for submetido à ambientes que possam desencadear crises, terá recidivas 
· Quando possível retirar o animal de baia
· Umedecer o feno antes de fornecer ao animal
· Usar cama que não levante muita poeira
· Ideal: camas de borracha 
· Longe das estradas que passam próximos a propriedade
· Molhar a pista antes dos treinos
· Animais em crise:
· Dexametasona 0,1 mg/Kg SID (corticoide)
· Clembuterol 0,8 µg/Kg (broncodilatador) 
· Inalação quando há muita secreção para auxiliar o animal eliminar o conteúdo 
· Em casos de infecção bacteriana secundaria deve-se utilizar antibióticos
· O manejo correto dos equinos é o mais importante! 
· O objetivo principal é evitar as crises, e não tratar crises 
· Animais com ORVA podem continuar trabalhando e treinando normalmente, porém com um manejo diferenciado
· Quando em crise, os equinos não poderão participar de provas equestres, pois os broncodilatadores utilizados em casos de crises atestam positivo em exames antidoping 
DOENÇA INFLAMATÓRIA DAS VIAS AÉREAS (DIVA):
· Asma equina leve a moderada 
· Acomete qualquer idade, mas é mais comum em animais jovens 
· A queda de desempenho é o único sinal
· Tosse crônica intermitente (> 3 semanas) em 38% dos casos 
· Animais sem sinais em repouso 
· Subclínica 
· Excesso de muco nas vias aéreas 
· Inflamação pulmonar menos intensa quando comparada à ORVA 
· Métodos mais sensíveis de detecção 
· Endoscopia: presença de muco traqueal > 2 
· Lavado bronquioalveolar (BAL): aumento moderado de neutrófilos (>10%), eosinófilos ou mastócitos (>5%) 
· O animal que tem DIVA pode ter ORVA no futuro, mas não se sabe se há relação entre a incidência das duas 
HEMORRAGIA PULMONAR INDUZIDA POR EXERCÍCIO:
· Presença de sangue na árvore traqueobrônquica após exercícios intensos
· Acomete cavalos atletas, principalmente PSI (75% dos cavalos de corrida)
· Causas ainda desconhecidas 
· PATOGENIA:
· Quando o animal se exercita, a pressão arterial sanguínea altera bastante e ocorre a ruptura de capilares da árvore traqueobrônquica, ocasionando hemorragia dentro dos brônquios, bronquíolos e alvéolos, devido ao aumento da pressão transmural (diferença entre a pressão de dentro do vaso e a de fora do vaso, tendo assim a alteração do endotélio, que fica predisposto a ruptura). O sangue que extravasa compromete as trocas gasosas e função pulmonar, causando assim queda de desempenho do equino
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Tosse
· Dificuldade respiratória (o sangue nos alvéolos interfere na respiração) 
· Deglutição excessiva 
· O sistema mucociliar serve como proteção, logo se tem conteúdo na traqueia, o sistema mucociliar levará esse conteúdo até a glote para ser deglutido 
· Se o animal não deglutir, irá espirrar, como forma de expelir o conteúdo 
· Epistaxe (sangramento visível nas narinas) 
· Menos comum
· Em 95% dos casos o animal apresenta somente queda de desempenho
· DIAGNÓSTICO: 
· Exame endoscópio 
· Padrão ouro 
· No máximo 30 a 90 min após a corrida
· O intuito é observar se existe hemorragia ou não na traqueia 
· A hemorragia pode ser classificada de 0 a 5:
· 0 – Ausência de sangue visível
· 1 – Traços de sangue na traquéia
· 2 – Filete de sangue na traquéia
· 3 – Presença de sangue maior que o grau anterior mas sem formação de “poças”
· 4 – Presença abundante de sangue na traquéia
· 5 – Epistaxe e quantidade abundante de sangue na traquéia 
· Nos graus 4 e 5 há formação de “poças” de sangue
· TRATAMENTO: 
· Repouso dos animais com graus acima de 3
· No entanto a hemorragia poderá recidivar assim que o animalretomar as atividades
· 1 semana a 10 dias 
· Antibióticos
· O sangue é um excelente meio de cultura para bactérias
· Furosemida 1 mg/Kg/IV (uso controverso)
· Reduz o sangramento, mas é considerada doping 
· Aplicar 4 horas antes da corrida, e assim o animal terá menor chance de sangramento 
· PREVENÇÃO: 
· A prevenção é muito difícil 
· Programas de exercícios controlados, em que o condicionamento atlético do cavalo seja atingido gradualmente
· PONTOS PRINCIPAIS: 
· Pode ter caráter genético
· Grande chance de recidiva 
· A partir do grau 3 de hemorragia, os animais devem ter repouso 
· Em casos necessários, utilizar antibiótico 
· Avaliar o regulamento da prova para ver se é autorizado o uso da Furosemida ou se constará no anti-doping

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