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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO CURSO AGRONOMIA
PROFESSOR: ALEXANDRA SANAE MAEDA 
ALUNO: MATEUS VINICIUS PALARO ALMEIRA
MATÉRIA: TECNICAS E ANALISES EXPERIMENTAIS 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA E ZOOTECNICA 
CAMPO GRANDE-MS, 2023
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA E ZOOTECNICA 
A utilização de um delineamento experimental consiste na aplicação dos princípios fundamentais da experimentação, que incluem repetição, casualização e controle local. Estes princípios foram inicialmente propostos por Ronald A. Fisher durante seu período como membro da Estação Experimental de Rothamsted, na Inglaterra, entre 1919 e 1925. As ideias inovadoras de Fisher, formalizadas em suas obras "Statistical Methods for Research Workers" (1925) e "The Designs of Experiments" (1935), revolucionaram as técnicas experimentais, estabelecendo-se como a base do pensamento estatístico experimental até os dias de hoje (PEARCE, 1983). Para aprofundar o entendimento desses princípios, recomenda-se a consulta a obras especializadas, como as de GOMEZ & GOMES (1984), BANZATTO & KRONKA (1989), PIMENTEL GOMES (1990), entre outros. Princípios básicos da experimentação agrícola A utilização de um delineamento experimental consiste na aplicação dos princípios fundamentais da experimentação, que incluem repetição, casualização e controle local. Estes princípios foram inicialmente propostos por Ronald A. Fisher durante seu período como membro da Estação Experimental de Rothamsted, na Inglaterra, entre 1919 e 1925. As ideias inovadoras de Fisher, formalizadas em suas obras "Statistical Methods for Research Workers" (1925) e "The Designs of Experiments" (1935), revolucionaram as técnicas experimentais, estabelecendo-se como a base do pensamento estatístico experimental até os dias de hoje (PEARCE, 1983). Para aprofundar o entendimento desses princípios, recomenda-se a consulta a obras especializadas, como as de GOMEZ & GOMES (1984), BANZATTO & KRONKA (1989), PIMENTEL GOMES (1990), entre outros.Neste contexto, abordaremos algumas ideias essenciais como pré-requisito para a compreensão dos delineamentos experimentais. É crucial enfatizar que perceber um delineamento experimental como a aplicação destes princípios é fundamental para compreender a importância desses planos na obtenção de estimativas precisas e reduzidas tanto para os efeitos de tratamentos quanto para o erro experimental.Vamos falar sobre algumas ideias essenciais como pré-requisito para a compreensão dos delineamentos experimentais. É crucial enfatizar que perceber um delineamento experimental como a aplicação destes princípios é fundamental para compreender a importância desses planos na obtenção de estimativas precisas e reduzidas tanto para os efeitos de tratamentos quanto para o erro experimental.
a) Repetições-A utilização de repetições, que consiste em aplicar cada tratamento a mais de uma parcela, tem como objetivo possibilitar a estimativa dos efeitos das causas aleatórias, ou seja, do erro experimental, e aprimorar as estimativas dos efeitos dos tratamentos, como as médias. Quanto maior for o número de repetições, mais precisas serão essas estimativas.È importante considerar que o aumento da precisão pode não justificar os custos adicionais associados a um aumento excessivo no número de repetições.
Por exemplo, de acordo com SERAPHIN (1995), em um experimento com 100 tratamentos, ao passar de duas para quatro repetições, observa-se um ganho de aproximadamente 4% em precisão. Em alguns casos, os custos resultantes da duplicação da área experimental podem tornar inviável a realização do experimento. Uma diretriz prática para determinar o número de repetições de um experimento sugere evitar o uso de um número total de parcelas inferior a vinte e garantir que o número de graus de liberdade para o resíduo não seja inferior a dez. Assim, ao testar um número elevado de tratamentos, geralmente é viável utilizar um menor número de repetições, variando de duas a quatro.
c) Controle Local- A prática do controle local, também conhecida como "estratificação" ou "bloqueamento", é justificada apenas quando as parcelas que compõem o experimento são heterogêneas entre si. Essa abordagem envolve a agrupação de unidades experimentais homogêneas em subconjuntos chamados blocos, aos quais são atribuídos conjuntos de tratamentos, podendo ser todos (blocos completos) ou apenas uma parte (blocos incompletos). A formação dos blocos é realizada de maneira a maximizar a variação entre eles, enquanto minimiza a variação dentro de cada bloco. Assim, o objetivo do controle local é aplicar o conjunto de tratamentos a um grupo de parcelas o mais homogêneo possível, visando reduzir os efeitos da heterogeneidade das parcelas na comparação dos tratamentos. O controle local pode ser interpretado como a imposição de restrições à casualização livre das unidades experimentais nos tratamentos, uma vez que essa casualização passa a ocorrer dentro dos blocos.
Portanto, ao ser aplicado de maneira apropriada a um conjunto de parcelas heterogêneas, o controle local contribui para a redução do erro experimental, aumentando a capacidade do experimento em identificar diferenças reais entre os tratamentos, o que representa uma melhoria na precisão experimental. Além disso, essa prática pode ajudar a mitigar vieses ou tendências na estimativa da média dos tratamentos (RIBOLDI, 1995b).
Classificação dos delineamentos usados na experimentação 
Quando abordamos o tema dos delineamentos, é importante esclarecer dois conceitos distintos (conforme mencionado por RIBOLDI, 1995a; MEAD & CURNOW, 1990). Um deles diz respeito aos delineamentos experimentais, também conhecidos como delineamentos de parcelas. Esses delineamentos têm como principal objetivo a distribuição dos tratamentos nas parcelas e a alocação das parcelas no ambiente experimental, conforme amplamente difundido. O segundo sentido refere-se aos delineamentos de tratamentos, que não estão vinculados à implementação prática do experimento no campo. Em vez disso, eles lidam, antecipadamente, com a definição dos tratamentos e a sua organização, independentemente das condições ambientais em que o experimento será realizado. Portanto, essa denominação faz sentido, uma vez que as suas restrições se concentram exclusivamente nos tratamentos em si.
DELINEAMENTOS EXPERIMENTAIS 
Delineamentos sem Controle Local - Inteiramente ao Acaso O único representante dessa categoria de delineamentos experimentais é o delineamento Inteiramente Casualizado, também chamado Completamente Casualizado ou Totalmente Casualizado.
Características Gerais- O delineamento Inteiramente Casualizado é caracterizado pelo uso dos princípios de repetição e casualização em experimentos. Não há restrições impostas à atribuição aleatória de tratamentos às parcelas, o que requer uma baixa variabilidade entre as parcelas (ambiente experimental homogêneo) ou distribuição aleatória. É adequado para experimentos de laboratório, estufas, casas de vegetação e similares, onde as parcelas podem ser representadas por vasos, placas de Petri ou tubos de ensaio. Este delineamento não controla outros fatores de variação além dos tratamentos, considerando todas as outras fontes de variação como erros experimentais. Às vezes, é usado em situações em que não houve planejamento prévio de um delineamento experimental. No entanto, sua aplicação requer cuidado, especialmente para garantir independência e homogeneidade de variâncias ao comparar os efeitos dos tratamentos.
Delineamentos em Blocos/Blocos Completos Casualizados
Características gerais- O Delineamento de Blocos Completos Casualizados, também conhecido como "Blocos ao Acaso," foi proposto por Sir Ronald A. Fisher em 1925. Este método de experimentação utiliza os princípios da repetição, casualização e controle local. Os blocos são formados para estratificar o experimento, onde cada bloco consiste em um conjunto de parcelas homogêneas, com o mesmo número de tratamentos ou múltiplos deste número.
Cada bloco recebetodos os tratamentos uma vez, ou k vezes (com k>2), resultando nos chamados "blocos completos." Isso implica que a alocação dos tratamentos às parcelas só pode ser feita dentro dos blocos, pois todos os tratamentos devem estar presentes em cada bloco. Esse delineamento é adequado para ambientes experimentais com heterogeneidade, onde um fator de variação significativo precisa ser controlado, como variação de fertilidade do solo, pesos iniciais de animais, ou origens diferentes de materiais experimentais.
A formação dos blocos garante que os tratamentos sejam sempre submetidos a condições semelhantes. Este delineamento é amplamente utilizado na pesquisa agrícola de campo, onde os blocos consistem em parcelas homogêneas adjacentes, com o mesmo formato e área. Os blocos podem diferir entre si e até mesmo estar separados espacialmente ou no tempo.
Nesse delineamento, as práticas de instalação do experimento, condução das culturas e coleta de dados devem ser realizadas por bloco. Isso isola as modificações operacionais dos efeitos dos tratamentos, tornando possível uma subdivisão eficiente do trabalho experimental, o que é vantajoso em condições de mão-de-obra limitada.
Bloco incompletos
Características Gerais- Os delineamentos em blocos incompletos são comuns na pesquisa agropecuária quando há muitos tratamentos para testar, como em experimentos de melhoramento genético vegetal com mais de 100 tratamentos. Eles são divididos em blocos incompletos balanceados (BIB) e blocos incompletos parcialmente balanceados (PBIB). BIB é usado quando todas as comparações de tratamentos têm a mesma importância, enquanto PBIB melhora a precisão em algumas comparações ao fazer com que alguns pares de tratamentos apareçam juntos em um bloco mais vezes do que outros.
Esses delineamentos têm a particularidade de influenciar as médias dos tratamentos de maneira diferente devido à alocação não uniforme nos blocos, exigindo ajustes para comparações justas. Frank Yates introduziu os Blocos Incompletos Balanceados, incluindo os "Lattices" Balanceados, disponíveis apenas quando o número de tratamentos é um quadrado perfeito (t=k^2). Cada repetição é organizada em k blocos, cada um com k tratamentos, caracterizando um tipo específico de Blocos Incompletos.
Delineamento de Linhas e Colunas - Quadrado Latino
Características Gerais- O Quadrado Latino, como os Blocos Casualizados, é um tipo de delineamento adequado para ambientes experimentais heterogêneos. Foi sugerido por Sir Ronald A. Fisher na década de 1920 para controlar duas fontes de variabilidade nas unidades experimentais, criando um sistema duplo de bloqueio.
A heterogeneidade nesse contexto refere-se a variações resultantes de fatores que requerem controle e exigem duas camadas de estratificação das parcelas para garantir a homogeneidade dentro dos blocos. Por exemplo, terrenos com gradientes de fertilidade em duas direções ou animais com diferenças de raça e idade (peso inicial).
O controle local é realizado através da criação de dois tipos de blocos completos: linhas (homogêneas para um fator de variabilidade nas unidades experimentais) e colunas (homogêneas para o outro fator de variação nas parcelas). Cada bloco, representado por linhas e colunas, deve conter todas as parcelas igualmente para cada tratamento. Portanto, o número de parcelas no experimento é sempre um quadrado perfeito (t^2 = 25, 36, 49, 64, etc.), com t representando o número de tratamentos, repetições, linhas e colunas, todos com o mesmo valor.
Exemplo do uso agrícola utilizando o DIC (DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO)
Exemplo. Considere um experimento inteiramente casualizado com 5 tratamentos por exemplo na cultura da soja (A, B, C, D e E) e 4 repetições. 
-A casualização dos tratamentos é feita sorteando-se para cada uma das 20 parcelas uma combinação de tratamento e repetição.
Exemplo para o uso zootécnico- Para um ensaio de nutrição que testará quatro formulações proteicas para suínos, a amostragem disponível era de 24 leitões de mesma idade, desmamados no mesmo dia. Desses animais 15 são machos e os demais são fêmeas.Podemos fazer da seguinte forma, O processo envolve a divisão em dois subconjuntos de amostras, um com 15 machos e outro com 9 fêmeas. Em cada subconjunto, os animais são selecionados aleatoriamente para cada um dos quatro tratamentos. No total, serão utilizados 12 dos 15 machos e 8 das 9 fêmeas, uma vez que apenas 3 machos e 2 fêmeas estarão disponíveis para cada tratamento, enquanto os restantes serão excluídos.Apesar de não haver uniformidade amostral em cada grupo experimental, eles serão compostos por 5 animais no total, sendo 3 machos e 2 fêmeas. Isso permite controlar o efeito do sexo sobre a variação da resposta observada, distribuindo igualmente esse efeito em cada grupo experimental.
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