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- APARELHO FARÍNGEO FACE E PESCOÇO - FACE E PESCOÇO Derivam de estruturas dos arcos faríngeos ou branquiais – 4 ª e 5 ª semanas Aparência externa característica do embrião APARELHO FARÍNGEO Arcos: limitam lateralmente a faringe Bolsas: evagina ções da faringe que limitam arcos internamente Sulcos ou fendas: limitam externamente os arcos Membranas: local de contato entre endoderma e ectoderma A. Desenho da cabeça, do pescoço e do tórax de um embrião com aproximadamente 28 dias de gestação mostra o aparelho faríngeo. Em detalhe, fotografia de um embrião com aproximadamente a mesma idade do mostrado em A. B. Desenho esquemático mostra as bolsas e as artérias dos arcos. C. Corte horizontal através do embrião mostra o assoalho da faringe primitiva e a camada germinativa de origem dos componentes dos arcos. Arco Faríngeo Típico Arco aórtico Haste cartilaginosa Componente muscular Nervo 4,5 semanas Arcos faríngeos Eixo mesenquimatoso (mesoderma) coberto: – Externamente por ectoderma de revestimento – Internamente por endoderma Cartilagens 1. Cartilagem de Meckel - Martelo e Bigorna - Ligamento anterior martelo - Ligamento esfenomandibular - Mandíbula 2. Cartilagem de Reichert - Estribo e Processo estilóide - Ligamento estilo -hioideo - Corno menor e parte superior Osso Hióide 3. Cartilagem 3 º arco - Corno maior e parte inferior Osso Hióide 4. Cartilagens 4 º e 6 º - Cartilagens laríngeas Estruturas no adulto derivadas das cartilagens dos arcos faríngeos A. Vista lateral esquemática da cabeça, do pescoço e do tórax de um embrião com 4 semanas mostra a localização das cartilagens nos arcos faríngeos. B. Vista semelhante de um feto com 24 semanas mostra os derivados das cartilagens dos arcos. A mandíbula é formada pela ossificação intramembranosa do tecido mesenquimal ao redor da cartilagem do primeiro arco. A cartilagem atua como um molde para o desenvolvimento da mandíbula, mas não contribui diretamente para sua formação. Ocasionalmente, a ossificação da cartilagem do segundo arco pode se estender do processo estiloide ao longo do ligamento estilo-hióideo. Quando isso ocorre, pode causar dor na região da tonsila palatina. Músculos faciais no adulto que derivam dos arcos faríngeos A. Vista lateral da cabeça, do pescoço e do tórax de um embrião com 4 semanas mostra os músculos derivados dos arcos faríngeos. A seta mostra o trajeto feito pelos mioblastos a partir dos miótomos occipitais para formar a musculatura da língua. B. Esboço das regiões da cabeça e do pescoço dissecados de um feto de 20 semanas mostra os músculos derivados dos arcos. Partes dos músculos platisma e esternocleidomastóideo foram removidas para mostrar os músculos mais profundos. Os mioblastos do segundo arco migram do pescoço para a cabeça, onde mesod. paraxial, lateral cél. crista neural Componentes musculares da cabeça e pescoço Componentes esqueléticos da face Componente nervoso e Componente arterialneural originam os músculos da expressão facial. Esses músculos são supridos pelo nervo facial (NC VII), que é o nervo do segundo arco. Nervos cranianos (CN) que suprem arcos faríngeos (crista neural e placóides ectodérmicos) 1º Ramo maxilar do V NC e Ramo mandibular do V NC. 2º VII NC 3º IX NC 4º X NC A. Vista lateral da cabeça, pescoço e tórax de um embrião de 4 semanas mostra os nervos cranianos que suprem os arcos faríngeos. B. Esboço das regiões da cabeça e do pescoço de um feto de 20 semanas mostra a distribuição superficial dos dois ramos caudais do nervo do primeiro arco (nervo craniano V). C. Corte sagital da cabeça e do pescoço fetais mostra a distribuição profunda das fibras sensoriais dos nervos para os dentes e da mucosa da língua, faringe, cavidade nasal, palato e laringe. Primeiro Arco Faríngeo Processo maxilar -> maxilar, zigomático e porção escamosa do temporal Proeminência mandibular -> mandíbula Músculos -> músculos da mastigação Nervo trigêmeo Segundo Arco Faríngeo Formação do osso hióide Músculos da mímica Nervo facial Terceiro Arco Nervo glossofaríngeo Músculo estilofaríngeo Quarto e Sexto Nervo laríngeo superior (Vago) Nervo laríngeo recorrente (Vago) Músculos intrínsecos da laringe Cartilagens da laringe Arcos faríngeos e seio cervical Durante a 5ª semana o 2º arco faríngeo aumenta e recobre o 3º e 4º arcos formando uma depressão ectodérmica: seio cervical. Ao final da 7ª semana, os sulcos faríngeos do 2º ao 4º e o seio cervical desaparecem, dando ao pescoço um contorno liso. Bolsas Faríngeas São 5 pares de bolsas A 5 ª bolsa é rudimentar Derivados no adulto das bolsas faríngeas: Primeira bolsa dá origem à cavidade timpânica, antro mastóideo e tuba faringotimpânica Segunda bolsa está associada às tonsilas palatinas Terceiro par forma o timo Terceiro e quarto par formam paratireóides Células parafoliculares da tireóide derivam principalmente do quarto par (corpo ultimobranquial) Derivados adultos das bolsas faríngeas. A. Com 5 semanas, o segundo arco cresce sobre o terceiro e o quarto arcos, “soterrando” o segundo ao quarto sulcos no seio cervical. B. Desenvolvimento com 6 semanas. C. Com 7 semanas, o timo, as glândulas paratireoides e tireoide em desenvolvimento migram para o pescoço (setas). Corte sagital esquemático de cabeça, pescoço e parte superior do tórax de um feto de 20 semanas mostra os derivados adultos das bolsas faríngeas e a descida da glândula tireoide para o pescoço (linha tracejada). do 1º arco do 2º, 3º e parte Raiz da língua do 4º arcos Bolsas Faríngeas (endoderma) Primeira bolsa – Cavidade timpânica – Tuba faringotimpânica – Antro mastóideo Segunda bolsa – Tonsilas palatinas (3º e 5º mês infiltração linfóide) Terceira bolsa – Timo* – Paratireóides inferiores Quarta e quinta bolsa – Paratireóides superiores – Corpo ultimobranquial Células parafoliculares da tireóide ou células C* (quinta bolsa) * Contribuição de células da crista neural Fendas ou Sulcos Faríngeos Com 5 semanas o embrião tem 4 fendas faríngeas Somente a 1 ª fenda contribui para formação de estrutura no indivíduo adulto o Meato auditivo externo o Revestimento epitelial contribui par formação tímpano Demais fendas são obliterados – seio cervical que desaparece Membranas Faríngeas Junção do ectoderma de um sulco entra em contato com o endoderma da bolsa Primeiro par forma membranas timpânicas Outras desaparecem Língua Órgão muscular inervado pelo nervo hipoglosso Formação inicia na 4ª semana o Saliências laterais da língua (2/3 anteriores) o Saliência medial = tubérculo ímpar o Saliência hipobranquial = cópula Raiz da língua o Saliência da epiglote (do 4º arco) – inervação pelo nervo faríngeo superior o Saliências aritenóides Formação da língua A e B. Cortes horizontais esquemáticos da faringe ilustram estágios sucessivos do desenvolvimento da língua durante a 4a e a 5a semana. C. Desenho da língua adulta mostra que a inervação de sua mucosa deriva dos arcos faríngeos. NC, nervo craniano. Inervação da língua Inervação sensitiva 2/3 anteriores N. Trigêmio V NC Inervação corpúsculos gustativos 2/3 anterioes N. Facial VII NC (ramo da corda do tímpano) Inervação das papilas circunvaladas N. Glossofaríngeo IX NC Inervação 1/3 posterior N. Glossofaríngeo IX NC Peq. Área anterior a epiglote N. laringeo sup. Do Vago X NC Músculos da língua N. Hipoglosso XII NC Glândulas salivares Parótida (6 ª semana) – Brotos ectodérmicos – Secreção inicia com 18 semanas Submandibulares(6 ª semana) – Brotos endodérmicos do assoalho da faringe – Ácinos com 12 semanas e secreção com 16 semanas Sublingual (8 ª semana) – Brotos endodérmicos que se ramificam e canalizam – ductos que se abrem no assoalho da boca Tireoide Primeira glândula endócrina a aparecer no embrião +/- 24 dias Espessamento endodérmico da faringe primitiva entre tubérculo ímpar e cópula da língua - forâmen cego Migração ventral em relação ao intestino faríngeo permanecendo ligada à língua pelo ducto tireoglosso que desaparece posteriormente Atinge sua posição final na frente da traquéia na 7ª semana Torna-se funcional no final do 3º mês o Células foliculares produzem colóide, fonte de tiroxina (T4) e triiodotinonina (T3) o Células C: fonte de calcitonina Desenvolvimento da tireoide A e B. Cortes sagitais esquemáticos das regiões da cabeça e cervical de embriões de 5 e 6 semanas, respectivamente, ilustram estágios sucessivos do desenvolvimento da glândula. C. Corte semelhante de cabeça e pescoço de um adulto mostra o trajeto feito pela glândula durante a descida embrionária (indicada pelo trajeto prévio do ducto tireoglosso) Fotomicrografias ilustrando a histologia das glândulas tireóide e paratireóide (360). A, glândulas tireóide e paratireoides localizadas lateral à traqueia. Os lóbulos do timo em desenvolvimento estão localizados lateralmente ao esôfago. B, A tireóide e a paratireóide glândulas em 21 semanas (3130). Colóide é o primeiro visível nos folículos em 11 semanas; a tiroxina se forma logo em seguida. Face (final da 4 ª semana) Saliências faciais – Saliências maxilares – Saliências mandibulares – Saliências frontonasal Final da 4ª semana: – Estomodeu: envolto pelo 1º par de arcos Com 5 a 6 semanas – Saliências mandibulares (1º arco) – Saliências maxilares (1º arco) – Saliências frontonasais – Saliências nasais (mais tarde) Formação da face Micrografia eletrônica de varredura mostra a vista anterior de um embrião no estágio 15 de Carnegie com aproximadamente 33 dias e comprimento cabeça- nádegas de 8 mm. Observe o processo frontonasal (PFN) proeminente circundando o telencéfalo (prosencéfalo) e as fossetas nasais (FN) localizadas nas regiões ventrolaterais do PFN. As proeminências nasais mediais e laterais circundam essas fossetas. As proeminências maxilares (PMX) formam os limites laterais do estomodeu. As proeminências mandibulares fundidas (PMD) estão localizadas imediatamente caudais ao estomodeu. O segundo arco faríngeo (2AF) mostra margens pendentes (opérculos), e o terceiro arco (3AF) também é claramente visível. Vista anterior da face de um embrião no estágio 22, com aproximadamente 54 dias. Os olhos estão muito separados neste estágio, e existe implantação baixa das orelhas. Palato Primário – Segmento intermaxilar: o componente labial: filtro do lábio o componente maxilar superior: 4 dentes incisivos o componente do palato: palato primário triangular Secundário (definitivo) – Processos laterais do palato (na 6ª semana) fundem-se na 7ª semana – Fundem na porção anterior como palato primário – Fusão do palato é simultânea ao crescimento do septo nasal que se une ao palato recém formado A. Corte sagital da cabeça de um feto de 20 semanas mostra a localização do palato. B. Palato ósseo e arco alveolar de um adulto jovem. A sutura entre a parte pré-maxilar da maxila e os processos palatinos fundidos das maxilas geralmente é visível no crânio de um adulto jovem. Em crânios secos de adultos mais velhos, a sutura não é visível. A. Corte sagital da cabeça embrionária no final da 6a semana mostra o processo palatino mediano. B, D, F e H. Cortes do teto da boca da 6a à 12a semana mostram o desenvolvimento do palato. As linhas tracejadas em D e F indicam a fusão dos processos palatinos. As setas indicam o crescimento medial e posterior dos processos palatinos laterais. C, E e G. Cortes frontais da cabeça mostram a fusão dos processos palatinos laterais entre si, o septo nasal e a separação das cavidades nasal e oral. Cortes frontais de cabeças embrionárias mostram o desenvolvimento dos processos palatinos laterais (P), do septo nasal (SN) e da língua (L) durante a 8a semana. A. Corte de um embrião com comprimento cabeça-nádegas (CCN) de 24 mm mostra o desenvolvimento inicial dos processos palatinos. B. Corte de um embrião com um CCN de 27 mm mostra o palato imediatamente antes da elevação do processo palatino. C. Em um embrião com um CCN de 29 mm (próximo do final da 8a semana), os processos palatinos estão elevados e fundidos. Cortes sagitais da cabeça mostram o desenvolvimento das cavidades nasais. O septo nasal foi removido. A. Desenvolvimento com 5 semanas. B. Com 6 semanas, a membrana buconasal rompe-se. C. Com 7 semanas, a cavidade nasal comunica-se com a cavidade oral, e o epitélio olfatório se desenvolve. D. Com 12 semanas, o palato e a parede lateral da cavidade nasal se desenvolvem. Síndrome do 1º Arco -Mau desenvolvimento dos componentes do primeiro arco; -Migração insuficiente das células mais cranianas da crista neural para o 1º arco durante a 4º semana. Síndrome de Treacher Collins Síndrome de Pierre Robin Microssomia Hemi-facial Duas manifestações: - Treacher Collins: hipoplasia malar com fendas palpebrais inclinadas para baixo, defeitos da pálpebra inferior, ouvido externo e, às vezes, ouvido médio e interno também; Duas manifestações: - Pierre Robin: hipoplasia da mandíbula, fenda palatina, defeitos do olho e ouvido. Microssomia Hemi-facial Tipos de fenda labial e fenda palatina. A. Lábio e palato normais. B. Úvula fendida. C. Fenda unilateral do palato secundário (posterior). D. Fenda bilateral da parte posterior do palato. E. Fenda unilateral completa do lábio e do processo alveolar da maxila com fenda unilateral do palato primário (anterior). F. Fenda bilateral completa do lábio e dos processos alveolares das maxilas com fenda bilateral da parte anterior do palato. G. Fenda bilateral completa do lábio e dos processos alveolares dos maxilares com fenda bilateral da parte anterior do palato e fenda unilateral da parte posterior do palato. H. Fenda bilateral completa do lábio e dos processos alveolares das maxilas com fenda bilateral completa dos palatos anterior e posterior.
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