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EMBRIOLOGIA DO APARELHO FARÍNGEO

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Giovanna D. Cavalcante Alcântara
EMBRIOLOGIA DO APARELHO FARÍNGEO E SUA MALFORMAÇÃO
INTRODUÇÃO
● característica típica do desenvolvimento da face e pescoço é a formação dos arcos
faríngeos (4º e 5º semana) ou branquiais.
● uso do adjetivo branquial - regiões da cabeça e pescoço de embrião humano de 4
semanas se assemelham as brânquias de um peixe.
SISTEMA FARÍNGEO É COMPOSTO POR:
1. ARCOS FARÍNGEOS
● surgem entre a 4º - 5º semana.
● surgem na parte lateral da faringe em desenvolvimento (porção longocefálica da
cabeça).
● formado por mesênquima (células da crista neural e mesoderma). ● células da
crista neural migram para futuras regiões da cabeça e do pescoço, formando os
arcos faríngeos.
MESODERMA E CÉLULAS DA CRISTA NEURAL:
células da crista neural formam: a parte frontal do crânio (nasal, lacrimal,
zigomático, maxila, incisivo, mandíbula, esfenoide, hioide, parte escamosa temporal).
mesoderma lateral: laríngeos.
mesoderma paraxial: parte parietal do crânio, occipital, parte petrosa do
temporal (parietal).
3ºSEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO:CÉLULAS DA CRISTA NEURAL
● a crista é formada durante o processo de formação do tubo neural, e o tubo neural
surgiu a partir do ectoderma.
● as células da crista são células de transição.
● o 1º arco faríngeo é composto por 2 projeções ou 2 processos: o maxilar e o
mandibular.
● o 5º arco faríngeo não é visível, não há estruturas que surgem dele, é como se ele
não existisse.
● o 6º arco faríngeo pode ou não ser visível, existem estruturas que surgem a partir
dele, pouco desenvolvido.
● existem 4 pares de arcos faríngeos bem definidos e visíveis.
● o 5º arco faríngeo é rudimental e não visível.
● o 6º arco faríngeo pode ou não ser visível.
Giovanna D. Cavalcante Alcântara
● são enumerados em uma sequência cefalocaudal.
● a membrana bucofaríngea vai se romper e vai formar o estomodeu. ● no final da 4º
semana - o centro da face é formado pelo estomodeu (boca primitiva).
UM ARCO FARÍNGEO TÍPICO CONTÉM:
artéria: originada do tronco arterioso do coração primitivo.
● formada pela migração de células do mesoderma.
● derivados dos arcos: sangue dos arcos - nutrição.
● cada arco faríngeo vai ter seu próprio componente arterial.
haste cartilaginosa: formada pela migração e diferenciação das células da crista
neural. ● derivados das cartilagens.
● derivados das cartilagens: formam o esqueleto do arco.
● cada arco vai ter sua haste cartilaginosa.
● induz a ossificação de parte da mandíbula.
cartilagem do 1º arco - cartilagem de Merckel
cartilagem do 2º arco - cartilagem de Reichert
cartilagem do 3º arco
cartilagem do 4º ao 6º arco
componente muscular: formado pela migração das células do
mesoderma. ● derivado dos músculos.
● formado no próprio arco faríngeo.
● derivados dos músculos: formam músculos estriados da cabeça e pescoço.
nervo: nervos motores e sensoriais.
● surgiu no encéfalo.
● são denominados de neuroectoderma do encéfalo.
● cada arco tem o seu nervo.
● derivados dos nervos:
○ 1º arco - nervo trigêmeo (v)
○ 2º arco - nervo facial (vii)
○ 3º arco - nervo glossofaríngeo (ix)
○ 4º ao 6º nervo - nervo vago (x)
1ºPARDE ARCOSFARÍNGEOS-PRIMÓRDIO DA MANDÍBULA E MAXILA
● origina 2 proeminências:
proeminência maxilar - dá origem ao maxilar, ao osso zigomático e uma porção do osso
temporal.
proeminência mandibular - forma a mandíbula e os 2 ossículos da audição - bigorna e
martelo.
Giovanna D. Cavalcante Alcântara
● cartilagem 1º arco - cartilagem de meckel.
2º ARCO FARÍNGEO - OSSO HIÓIDE
● músculo estapédio, estilo-hióideo, auricular, expressão facial.
● ossículo da audição.
● estribo da orelha.
● cartilagem 2º arco - cartilagem de Reichert.
3º ARCO FARÍNGEO - OSSO HIÓIDE
● músculos estilofaringeos.
4ºE 6º ARCOS FARÍNGEOS- MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LARINGE
● 6º arco - cartilagens laríngeas: cricóide, aritenoide, corniculada, cuneiforme. ● 4º arco
- cartilagem tireóide e músculos cricotireóideo, levantador do véu palatino e
constritores da faringe.
2. BOLSASFARÍNGEAS
● se situam internamente aos arcos faríngeos - endoderma.
● 1º bolsa - situa-se entre o 1º e 2º arco.
● endoderma das bolsas entra em contato com o ectoderma do sulcos faríngeos e
juntos formam as membranas faringeas - que separam as bolsas dos sulcos
faríngeos .
● os sulcos são derivados das bolsas faríngeas.
● o 1º sulco externo dá origem ao canal auditivo externo.
4 BOLSAS FARÍNGEAS:
1º bolsa faríngea - origina a tuba auditiva.
2º bolsa faríngea - origina as tonsilas palatinas.
3º bolsa faríngea - origina o timo e a glândula paratireoide inferior.
4º bolsa faríngea - origina a glândula paratireóide superior e o corpo ultimofaríngeo
● correlação clínica: timo migra da faringe puxando as paratireoide inferior (ectopia).
● incorporado a tireóide : células parafoliculares (células C) produzem calcitonina.
● 2º arco se sobrepõe ao 3º, 4º e 6º, ele forma o seio cervical, caso não se oblitere.
3. SULCOS FARÍNGEOS
● origem ectodérmica.
● são depressões que separam os arcos externamente.
4 SULCOS FARÍNGEOS:
1º par - persiste como meato auditivo externo ou canais auditivos.
os outros sulcos faríngeos serão obliterados a medida que o pescoço se desenvolve
Giovanna D. Cavalcante Alcântara
(sobreposição do 2º arco sobre o 3º e 4º).
● correlação clínica: anomalias congênitas do sulcos (2º) são comuns: seios, fistulas e
cistos cervicais.
4. MEMBRANAS FARINGEAS
● se formam entre o epitélio de um sulco e de uma bolsa.
● apenas 1 par de membranas contribui para formação de estruturas no adulto.
● 1º membrana faríngea torna-se a membrana do tímpano.
DESENVOLVIMENTO DA FACE
● Presença de proeminências faciais - mesênquima derivado da crista neural.
● proeminência frontonasal (testa, dorso e a ponta do nariz, vesículas ópticas).
● placóide nasal (septo nasal, laterais do nariz) - era só um espessamento, ele
começa a envaginar, formando as proeminências nasais (mediana e lateral), que
vão contornar o placóide nasal e vai originar também a fosseta nasal.
● aumento gradual da maxila reposicionando as nasais e as mediais.
● fusão das proeminências nasais mediais, originando o segmento intermaxilar
(origina a gengiva, filtro do lábio, maxila incisiva, palato primário) - MOORE.
LANGMAN - segmento intermaxilar (filtro do lábio, gengiva, maxila incisiva, palato
primário).
● fusão das proeminências nasais mediais e laterais com as proeminências
maxilares.
proeminência maxilar - região superior da bochecha e parte do lábio superior. lábio
superior - fusão das proeminências nasais mediais (segmento intermaxilar) com
proeminência maxilar.
proeminência mandibular - região inferior da bochecha, lábio inferior e o queixo.
lábio inferior - fusão das proeminências mandibulares (falha na fusão -
covinhas).
NARIZ
proeminência frontal - ponte.
proeminência nasal mediana - crista, ponta e septo nasal.
proeminência nasal lateral - aba.
DESENVOLVIMENTO DO PALATO
● começa a se desenvolver no final da 5º semana e não se completa antes da 12º
semana.
● período crítico entre final da 6º semana e início da 9º semana.
Giovanna D. Cavalcante Alcântara
PALATO PRIMÁRIO
● começa a se desenvolver a partir do segmento intermaxilar.
segmento intermaxilar: é o resultado do crescimento e fusão das proeminências nasais
mediais, ele forma o filtro do lábio.
PALATO SECUNDÁRIO
● formado a partir da proeminência maxilar.
● começa a se desenvolver no início da 6º semana.
● se estende a partir de projeções mesenquimais das proeminências maxilares -
formando protuberâncias denominadas de prateleira palatina.
● prateleiras palatinas alcançam uma posição horizontal e se fusionam com o palato
primário formando o palato secundário.
● forame incisivo forma a linha média (rafe palatina) entre o palato primário e o palato
secundário.
FENDAS FACIAIS
● forame incisivo é considerado marco divisor entre fendas anteriores e posteriores.
deformidades anteriores: falha da fusão maxilar com nasal
mediana. -fenda labial lateral.
-fenda maxilar.
-fenda entre os palatos primarios e secundarios.
deformidades posteriores:falha na fusão das prateleiras palatinas.
-fenda palatina.
-fenda uvular.
fenda labial: falha parcial ou completa da fusão das massas mesenquimais das
proeminências nasal medial e maxilar em um ou ambos os lados.
fenda palatina: falha no encontro e na fusão das massas mesenquimais das prateleiras
palatinas.
DESENVOLVIMENTO DA TIREÓIDE
● 1º glândula endócrina a se formar - a partir da proliferação epitelial no assoalho da
faringe primitiva, na base da língua - forame cego.
● a medida que o embrião cresce, a tireoide desce para o pescoço pelo ducto
tireoglosso, ao sair do local ela deixa o forame cego (mostra de onde a tireoide saiu). ●
caso o ducto tireoglosso não desapareça formará cistos tireoglossos ou tecido
tireoidiano ectópico.
CAVIDADES NASAIS
● a cavidade nasal não se comunica com a oral devido a membrana oronasal, mas
depois a membrana se rompe e há a formação do palato.
Giovanna D. Cavalcante Alcântara
LÍNGUA - ASSOALHO DA FARINGE
1º arco - 2 tubérculos linguais laterais, tubérculo medial ímpar.
2, 3 e 4 arcos - 2º tubérculo mediano.
4 arcos (epiglote) - 3º tubérculo mediano.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
● é todo defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determina
uma anomalia morfológica estrutural presente no nascimento devido à causa
genética, ambiental ou mista.
ANOMALIAS DO 1º ARCO
● envolve malformações dos olhos, ouvidos, palato e mandíbula.
● duas principais síndromes do primeiro arco: treacher collins e pierre robin.
SÍNDROME DE TREACHER COLLINS
● disostose mandibulofacial (malformação dos ossos).
● gene portador da alteração genética - porção distal do braço longo do cromossomo
5.
● expressão fenotípica desta doença provavelmente resulta de uma malformação
congênita envolvendo o 1º e 2º arcos faríngeos.
● deficiência ocorre durante a 7º semana, quando os ossos faciais estão em formação
e a ação inibitória genética pode se processar.
características
● hipoplasia malar e mandibular.
● coloboma em pálpebra inferior (formação palpebral errônea) - olhos caídos.
● pode haver fissura palatal, inteligência normal.
● malformações de orelha e ouvido médio (malformação do martelo e da bigorna
(ossículos do ouvido).
SÍNDROME PIERRE ROBIN
● tríade de anomalias: sequência de micrognatia (mandíbula diminuída).
● glossoptose (queda da língua para a garganta).
● fenda palatina.
● dificuldade respiratória e alimentar.
CISTOS DO DUCTO TIREOGLOSSO
● origina-se da permanência do ducto tireoglosso - após a descida da tireoide até sua
posição normal.
● formados em qualquer lugar no ducto - 50% estão na região logo abaixo do osso
hióide.
● inchaço, indolor com crescimento progressivo.
● o tratamento de escolha é a remoção do cisto e de todo o trajeto até o forame cego.
Giovanna D. Cavalcante Alcântara
TIREÓIDE ECTÓPICA
● anomalia congênita - pouco frequente.
● tireoide não desce completamente do seu local de origem na língua. ● localizada
ao longo do ducto tireoglosso - massa de tecido tireoidiano da região sublingual.
● prevalencia de tireoide ectópica em pacientes com hipotireoidismo: 1 / 4.000 a 1 /
8.000.
● etiologia: participação de Ac anti tireoidianos maternos interferem na migração
normal da tireoide no embrião; mutações no fator de transcrição da tireoide, nos
genes PAX8 e do receptor do TSH10-12.
● devido a anomalias do seu desenvolvimento as ectopias tireoidianas são mais
comuns na cabeça, pescoço e mediastino (lingual, sublingual, pré-laríngea,
sub-esternal, cervical lateral).
● importante: investigação diagnóstica - a fim de confirmar a existência de tireoide
ectópica.
● método diagnóstico: ultrassonografia (cerca de 90%).
● diagnóstico diferencial: em caso de dúvida - punção aspirativa - diagnóstico correto
em até 96% dos casos.
AGENESIA DA TIREÓIDE
● ausência da tireóide - anomalia rara.

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