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Embriologia - aparelho faríngeo, desenvolvimento da face e anomalias de cabeça e pescoço

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EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
1 
Aparelho Faríngeo / Branquial 
• Arcos faríngeos 
• Bolsas 
• Sulcos faríngeos 
• Membranas faríngeas 
 
➔ Arcos faríngeos: 
estruturas externas 
 
▪ Começam a 
desenvolver no início 
da 4ª semana, quando 
as células da crista 
neural migram para as 
futuras regiões da 
cabeça e do pescoço 
 
 
 
 
➢ Mandíbulas primordiais = primeiro par de arcos – elevações superficiais laterais à faringe em 
desenvolvimento 
➢ Outros arcos logo aparecem como cristas em cada lado das futuras regiões de cabeça e pescoço 
➢ Ao final da 4ª semana – 4 pares de arcos são visíveis externamente, o 5º e o 6º são rudimentares 
e não visíveis na superfície 
➢ Os arcos são separados pelos Sulcos faríngeos e ambos são enumerados em uma sequência 
cefalocaudal 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
2 
➔ 1º arco: divide-se em proeminência Maxilar [forma a maxila, osso zigomático e parte do vômer] e 
proeminência Mandibular [forma mandíbula e a parte escamosa do osso temporal] 
➔ 2º arco + 3º arco: formação do osso hioide 
 
➢ Os arcos sustentam as paredes laterais da faringe primitiva – derivam da parte cranial do 
intestino anterior 
➢ Estomodeu (boca primitiva) – ligeira depressão do ectoderma superficial – separado da cavidade 
da faringe primitiva pela Membrana Bucofaríngea [externa: ectoderma / interna: endoderma] 
➢ Aproximadamente aos 26 dias a membrana se rompe → faringe e intestino primitivo se 
comunicam com a cavidade amniótica 
➢ Persistência da membrana resulta em defeitos bucofaciais 
➢ O revestimento ectodérmico do 1º arco forma o epitélio oral 
COMPONENTES DOS ARCOS FARÍNGEOS 
• Cada arco consiste em um centro de mesênquima – externo = ectoderma / interno = endoderma 
➔ ARCO FARÍNGEO TÍPICO CONTÉM: 
➢ Arco aórtico: artéria que provém do tronco arterioso do coração primitivo e corre em torno da 
faringe até entrar na aorta dorsal 
➢ Bastão cartilaginoso: forma o esqueleto do arco 
➢ Componente muscular: forma os músculos da cabeça e pescoço 
➢ Nervo: supre a mucosa e os músculos do arco [derivados do neuroectoderma do encéfalo 
primitivo] 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
3 
➢ Durante a 5ª semana, o 2º arco recobre o 3º e o 4º, formando uma depressão ectodérmica = SEIO 
CERVICAL 
➢ Ao final da 7ª semana, o 2º até o 4º sulco faríngeos e o seio cervical desaparecem, dando um 
contorno liso ao pescoço 
 
DERIVADOS DAS CARTILAGENS DOS ARCOS FARÍNGEOS 
➔ 1º arco 
Extremidade dorsal da cartilagem do 1º arco (cartilagem de Meckel) → 2 ossículos da orelha = Martelo e 
bigorna 
Porção média → ligamento anterior do martelo e ligamento esfenomandibular 
Partes anteriores → primórdio da mandíbula (ferradura) 
 - Cada metade forma-se lateralmente 
 - Se desenvolve por ossificação em torno da cartilagem 
→ 2º arco 
Extremidade dorsal da cartilagem do 2º arco → formação do estribo e processo estiloide do osso 
temporal 
Extremidade ventral → ossificação (parte do osso hioide) 
 
• Cartilagem do 3º arco → ossificação (corpo do osso hioide) 
• Cartilagem da 4º e 6º arco → fundem-se e formam as cartilagens da laringe 
• 5º arco não tem derivações 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
4 
 
DERIVADOS MUSCULARES DOS ARCOS FARÍNGEOS 
➢ 1º arco → músculos da mastigação 
➢ 2º arco → músculos do ouvido interno, deglutição e músculos da expressão facial 
➢ 3º arco → músculo estilofaríngeo 
➢ 4º arco → músculos faríngeos 
➢ 6º arco → músculos intrínsecos da laringe 
 
 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
5 
DERIVADOS DOS NERVOS DOS ARCOS FARÍNGEOS 
- Cada arco é suprido pelo seu próprio nervo craniano 
1º arco → Trigêmeo (V) – Ramos maxilar e mandibular 
2º arco → Facial (VII) 
3º arco → Glossofaríngeo (IX) 
4º e 6º arco → Vago (X) – o 4º é pelo ramo laríngeo 
superior e recorrente 
 
BOLSAS FARÍNGEAS 
• Faringe primitiva – derivada do intestino anterior (endoderma) – 
 - Alarga e se une cefalicamente ao estomodeu 
 - Estreita-se caudalmente onde se liga ao esôfago 
 - A endoderme da faringe estende-se lateralmente semelhante a balões – forma as bolsas faríngeas 
[4 pares] 
 
DERIVADOS DAS BOLSAS 
➢ 1ª bolsa: 
• recesso tubotimpânico 
• membrana timpânica 
• cavidade timpânica 
• tuba faringotimpânica 
 
➢ 2ª bolsa: 
• Seio tonsilar 
• Criptas tonsilares (nódulos linfáticos) 
 
➢ 3ª bolsa: 
• Porção dorsal – paratireoides inferiores 
• Porção ventral – timo 
 
➢ 4ª bolsa: 
• Porção dorsal: paratireoides superiores 
• Porção ventral: corpo ultimofaríngeo [se funde com a glândula tireoide] (células parafoliculares 
da tireoide = produzem calcitocina, hormônio que reduz o nível de cálcio no sangue) 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
6 
SULCOS FARÍNGEOS [4 sulcos] – separam os arcos externamente 
Apenas um par de sulcos contribui para estruturas pós-natais 
➢ 1º par: meato acústico externo 
➢ Outros pares situam-se no seio cervical 
➢ Anomalias congênitas do 2º sulco são relativamente comuns 
 
MEMBRANAS FARÍNGEAS – assoalhos dos sulcos faríngeos, se formam onde os epitélios dos sulcos e 
das bolsas se aproximam 
Apenas um par de membranas contribui para a formação de estruturas adultas 
➢ 1ª membrana: membrana timpânica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
7 
ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO 
- Originam-se durante a transformação do aparelho faríngeo em estruturas adultas 
- A maioria representa remanescentes que deveriam desaparecer 
 
➢ FOSSETAS E CISTOS AURICULARES CONÊNITOS 
Remanescentes do 1º sulco faríngeo 
Pregas ectodérmicas sequestradas durante a formação do pavilhão 
auditivo 
 
 
➢ SEIOS BRANQUIAIS EXTERNOS – remanescentes dos sulcos faríngeos 
➢ SEIOS BRANQUIAIS INTERNOS – remanescentes de bolsas faríngeas 
➢ FÍSTULA BRANQUIAL – persistência do 2º sulco e da 2ª bolsa faríngeos 
 
 
➢ CISTOS BRANQUIAIS – remanescentes do seio cervical ou do 2º sulco faríngeo 
• Originado de 1º arco: 
Geralmente em mulheres na meia idade 
Apresentação clínica: assintomática (achado acidental) 
 - Palpação de caroço ou massa inflamada na região da paratireoide e canal auditivo 
 - Drenagem de fluido espontânea (muco/pus) 
 
• Originado de 2º arco: 
Localização: da parede faríngea até a pele, passando lateralmente e inferior as carótidas 
internas e externas 
Comumente encontrado no ângulo da mandíbula 
 
• Originado de 3º arco: 
Localização: posterior a carótida interna, entre o nervo hipoglosso e glossofaríngeo 
 
 
 
 
➢ SÍNDROME DO 1º ARCO 
- Anomalias dos olhos, orelhas, 
mandíbula, palato 
- Migração insuficiente das 
células da crista neural durante a 
4ª semana 
 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
8 
➔ Síndrome de Treacher-Collins: 
disostose mandibulofacial 
- Autossômico dominante – gene 
TCOF1 (cromossomo 5) 
- Hipoplasia malar / 
subdesenvolvimento dos ossos 
zigomáticos 
- Fendas palpebrais oblíquas para 
baixo 
- Malformação orelha externa 
 
 
 
➔ Sequência de Pierre-Robin: 
- Hipoplasia de mandíbula 
(micrognatia) 
- Deslocamento posterior da língua- Obstrução ao fechamento palatino = 
fendas palatinas 
- Defeitos de olhos e orelhas 
 
 
 
➢ APLASIA TÍMICA E DE PARATIREOIDES 
➔ Del22q (Sd. De DiGeorge / velocardiofacial) 
- Hipoparatireoidismo congênito 
- Suscetibilidade a infecções 
- Anomalias da boca, orelha, nariz 
- Hipoplasia de tireoide 
- Anomalias cardíacas 
- Distúrbios psiquiátricos 
 - Não há diferenciação de 3ª e 4ª bolsas faríngeas 
 - Desenvolvimento anormal do 1º arco 
 
TIREOIDE 
➢ 1ª glândula endócrina a se desenvolver no embrião 
➢ Inicia 24 dias após a fertilização a partir de um espessamento endodérmico da faringe que forma 
uma saliência – primórdio da tireoide 
➢ A tireoide em desenvolvimento desce pelo pescoço 
➢ Por um curto período, a tireoide fica conectada à língua por um tubo estreito – ducto 
tireoglosso 
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9 
 
 
➢ Logo fica maciça e se divide em dois 
lobos – unidos pelo istmo da tireoide 
➢ O istmo pode se estender para cima, 
formando o lobo piramidal (50% das 
pessoas) 
➢ Folículos tireoidianos começam a se 
formar na 11ª semana e já há 
concentração de iodo e síntese de 
hormônios 
 
ANOMALIAS DA TIREOIDE 
➢ HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO 
- Distúrbio do desenvolvimento embrionário da tireoide 
 
➢ CISTOS E SEIOS DO DUCTO TIREOGLOSSO 
➢ TIREOIDE ECTÓPICA 
 
 
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LÍNGUA 
No final da 4ª semana, uma elevação triangular mediana aparece no assoalho da faringe primitiva 
➔ Brotos linguais distais: primeiro par de arcos faríngeos 
- 2/3 anteriores da língua (parte oral) 
- Fusão indicada por um sulco mediano na língua 
➔ Cópula: segundo par de arcos faríngeos 
➔ Saliência hipofaríngea: 3º e 4º pares de arcos faríngeos 
- 1/3 posterior da língua (parte faríngea) 
 
▪ a linha de fusão das partes anterior e posterior da língua é indicada por um sulco em 
forma de V – Sulco terminal 
▪ corpúsculos gustativos: por volta de 10-13 semanas 
▪ inervação completa derivada dos arcos faríngeos 
 
 
 
 
ANOMALIAS DA LÍNGUA 
➢ ANQUILOGLOSSIA – língua presa 
- Freio curto e estendido até a ponta da língua 
- Alonga-se com o tempo ou corrige-se cirurgicamente 
 
➢ MACROGLOSSIA – língua excessivamente grande 
➢ MICROGLOSSIA – língua anormalmente pequena (associada a micrognatia) 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
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GLÂNDULAS SALIVARES 
Brotos epiteliais que se formam na cavidade oral primitiva 
➢ Parótidas: início da 6ª semana 
➢ Submandibulares: fim da 6ª semana 
➢ Sublinguais: 8ª semana 
 
DESENVOLVIMENTO DA FACE 
• Os primórdios da face começam a aparecer no início da 4ª semana, em torno do estomodeu 
(boca primitiva) 
• O desenvolvimento da face depende da influência indutora dos centos organizadores do 
prosencéfalo (cérebro anterior) e do rombencéfalo (cérebro posterior) 
➢ Os 5 primórdios da face aparecem como saliências em torno do estomodeu 
° uma saliência frontonasal (SFN) 
 - Circunda a parte ventrolateral do encéfalo anterior 
 - O prosencéfalo origina as vesículas ópitcas formadoras dos olhos 
SFN: 
- Parte frontal: testa 
- Parte nasal: limite rostral do estomodeu 
→O desenvolvimento facial ocorre entre a 4ª e 8ª semanas 
→As proporções faciais se desenvolvem durante o período fetal 
→A mandíbula e o lábio inferior são as primeiras estruturas a se formarem 
 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
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➢ Ao final da 4ª semana: espessamentos ovalados bilaterais do ectoderma = placoides nasais 
➢ O mesênquima dos placoides se proliferam formando as saliências nasais mediais e laterais 
➢ As saliências maxilares se proliferam e crescem medialmente. 
➢ Cada saliência nasal lateral é separada da saliência maxilar por uma fenda denominada sulco 
nasolacrimal 
➢ Ao final da 5ª semana, os primórdios dos pavilhões auriculares começam a se desenvolver. 
➢ Inicialmente, as orelhas externas ficam na região do pescoço. 
➢ À medida que a mandíbula se desenvolve, as orelhas ascendem para o lado da cabeça ao nível 
dos olhos. 
➢ Ao final da 6ª semana, funde-se a saliência maxilar com a saliência nasal lateral, estabelecendo a 
continuidade entre o lado do nariz e a região da bochecha. 
➢ Entre a 7ª e a 10ª semanas, as saliências nasais mediais fundem-se e formam o septo nasal. 
➢ Quando as saliências nasais mediais se fundem, formam um segmento intermaxilar, que dá 
origem: 
- Filtro do lábio superior 
- Parte pré-maxilar da maxila e gengiva associada (sulco labiogengival) 
- Palato primário 
 
 
 
 
° o par de saliências 
maxilares – 1º arco 
° o par de saliências 
mandibulares – 1º arco 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
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Resumo do desenvolvimento da face: 
• SFN: forma a testa e parte do nariz (dorso e ápice). 
• Saliências nasais laterais: formam os lados (asas) do nariz. 
• Saliências nasais mediais: formam o septo nasal e o segmento intermaxilar. 
• Saliências maxilares: formam as regiões superiores da bochecha e a maior parte do lábio superior. 
• Saliências mandibulares: originam o queixo, lábio inferior e as regiões inferiores das bochechas 
 
 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
15 
DESENVOLVIMENTO DAS CAVIDADES NASAIS 
• A medida que a face se desenvolve, os placoides nasais se tornam deprimidos, formando as 
fossetas nasais [sacos nasais primitivos] 
• Os sacos nasais são separados da cavidade oral pela membrana oronasal, que se rompe no final 
da 6ª semana 
• Regiões de continuidade entre cavidades nasal e oral = Coanas primitivas – posteriores ao palato 
primário 
• Após o desenvolvimento do palato secundário, as coanas se localizam na junção da cavidade 
nasal com a faringe 
 
➢ Conchas superior, média e inferior surgem como elevações das paredes laterais das cavidades 
nasais 
➢ Ao mesmo tempo, o epitélio ectodérmico do teto de cada cavidade nasal se especializa para 
formar o epitélio olfatório 
➢ Células especializadas = nervos olfatórios que crescem para os bulbos olfatórios do encéfalo 
SEIOS PARANASAIS 
• Desenvolvem-se no pós-natal [exceto os seios maxilares – final na vida fetal] 
• Extensões pneumatizadas dos ossos adjacentes 
• Importantes na alteração do tamanho e forma da face durante a infância e acrescentam 
ressonância à voz durante a adolescência 
FENDAS FACIAIS 
➔ Fendas oblíquas (orbitofaciais) 
➔ Fendas laterais/transversais (da boca em direção à orelha) 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
16 
DESENVOLVIMENTO DO PALATO – PALATOGÊNESE 
• Entre a 5ª e 12ª semanas 
• Período crítico no fim da 6ª semana até o início da 9ª semana 
 
➢ PALATO PRIMÁRIO 
Processo palatino mediano 
Início da 6ª semana – deriva do segmento intermaxilar (fusão das saliências nasais medianas) 
➢ PALATO SECUNDÁRIO 
Primórdio das porções dura e mole do palato 
Início da 6ª semana 
Origina-se de projeções mesenquimais das saliências maxilares – processos palatinos laterais 
Na 7ª e 8ª semana, os processos laterais se alongam e ascendem para uma posição superiorà 
língua 
Os processos se aproximam e se fundem no plano mediano 
Se fundem com o septo nasal e o palato primário – fusão inicia de anterior para posterior – 
completa na 12ª semana 
 
 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
17 
 
➔ O osso se desenvolve no palato primário, formando a parte pré-maxilar da maxila (alojamento 
dos dentes incisivos) 
➔ O osso avança para os processos palatinos laterais, formando o palato duro 
➔ As partes posteriores não são ossificadas – fundem-se e formam o palato mole, incluindo a 
projeção cônica mole [a úvula] 
➔ A rafe palatina mediana indica a linha de fusão dos processos palatinos laterais 
 
FENDAS ORAIS – Labial, palato anterior e posterior 
➢ Fendas anteriores: incluem fendas labiais com ou sem fendas na porção alveolar da maxila 
Resultam de uma deficiência do mesênquima das saliências musculares e do segmento 
intermaxilar 
 
 
 
➢ Fendas posteriores: incluem fendas no palato secundário ou posterior (mole e duro) 
Causadas pelo desenvolvimento defeituoso dos processos palatinos laterais (palato secundário) 
 
➔ Fendas que envolvem o lábio superior – com ou sem fenda palatina: 
- afeta mais o sexo masculino (60-80%) 
- 1:1000 nascimentos 
 
➢ Fenda labial unilateral = falta de fusão da saliência maxilar do lado afetado com segmento 
intermaxilar 
- sulco labial persistente 
- pode formar uma faixa de tecido – Banda de Simonart 
 
➢ Fenda labial bilateral = falta da união das massas mesenquimais das saliências maxilares com o 
segmento intermaxilar 
Defeitos distintos, apresentam graus variáveis de cada lado 
O segmento intermaxilar fica suspenso e pode ser deformante ao músculo orbicular dos lábios 
EMBRIOLOGIA – APARELHO FARÍNGEO, DESENVOLVIMENTO DA FACE E ANOMALIAS DE CABEÇA E PESCOÇO JULIANA FAGAN PEYROT – ATM 2026B 
 
 
18 
 
➢ Fenda mediana do lábio superior = defeito extremamente raro 
Deficiência na formação do segmento intermaxilar 
 
➢ Fenda mediana do lábio inferior = fusão incompleta das saliências mandibulares 
 
➔ Fendas palatinas – com ou sem fenda labial 
Mais comum no sexo feminino (os processos se fundem uma semana mais tarde nas meninas) 
1:2500 nascimentos 
Falta de fusão das massas mesenquimais dos processos palatinos laterais entre si, com septo 
nasal e ou com o processo palatino medial 
 
➢ Úvula bífida ou fendida 
➢ Fendas do palato anterior (primário) = anteriores à fossa incisiva 
➢ Fendas do palato posterior (secundário) = posteriores à fossa incisiva 
➢ Fendas das partes anterior e posterior do palato

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