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Título da disciplina Empresa, Estabelecimento e Título de Crédito Duplicata Ao final deste módulo, você será capaz de conhecer sobre a legislação da DUPLICATA 1 Títulos de Crédito DUPLICATA 3 A doutrina aponta que a duplicata é título de crédito concebido pelo direito brasileiro, que nasceu como instrumento de política fiscal – controlava a incidência do imposto do selo – e se consolidou em razão do pouquíssimo uso da letra de câmbio na praxe comercial nacional. Atualmente a duplicata é regulada pela Lei 5.474/1968 e do Decreto-lei 436/1969 e lei 13.775 de 2018 (duplicata eletrônica) (RAMOS, 2020) Causualidade da Duplicata 4 TÍTULO CAUSAL 5 A duplicata é título causal, ou seja, só pode ser emitida para documentar determinadas relações jurídicas preestabelecidas pela sua lei de regência, quais sejam: (i) uma compra e venda mercantil, ou (ii) um contrato de prestação de serviços. Nenhum outro negócio jurídico, portanto, admite a emissão de duplicata. (RAMOS, 2020) Características Essenciais 6 CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS 7 Além de ser um título causal, a duplicata é título de modelo vinculado, ou seja, só pode ser emitida com obediência rigorosa aos padrões de emissão fixados pelo Conselho Monetário Nacional. (RAMOS, 2020) 8 ELEMENTOS DA DUPLICATA ELEMENTOS DA DUPLICATA - art 2o, LEI DUPLICATAS 9 a) a expressão duplicata e a cláusula à ordem, que autoriza, como visto, a sua circulação via endosso; b)data de emissão, coincidente com a data da fatura; c) os números da fatura e da duplicata; d) a data do vencimento, quando não for à vista; e) o nome e o domicílio do vendedor (sacador); (RAMOS, 2020) ELEMENTOS DA DUPLICATA - art 2o, LEI DUPLICATAS 10 f) o nome, o domicílio e o número de inscrição no cadastro de contribuintes do comprador (sacado); g) a importância a ser paga, por extenso e em algarismos; h) o local do pagamento; i) o local para o aceite do sacado j) a assinatura do sacador (RAMOS, 2020) 11 ACEITE 12 ACEITE 13 Deve a duplicata ser enviada ao sacado (comprador) para que ele a pague – quando se tratar de duplicata à vista – ou a aceite e devolva – se se tratar de duplicata a prazo. (RAMOS, 2020) ACEITE OBRIGATÓRIO 14 Duplicata é título estruturado como ordem de pagamento. Seu aceite é obrigatório, ou seja, emitido o título, com base na fatura ou nota fiscal que documenta a venda, o devedor é obrigado a aceitá-la. E mais: ainda que não assine o título, aceitando-o expressamente, assumirá a obrigação dele constante. (RAMOS, 2020) ACEITE OBRIGATÓRIO x ACEITE IRRECUSÁVEL 15 Aceite obrigatório não significa, de modo algum, aceite irrecusável. A obrigatoriedade do aceite da duplicata, não permite a afirmação de que o aceite jamais poderá ser recusado, significando apenas que para que haja recusa, é necessária a apresentação de justificativa plausível, tal como: (i) o não recebimento das mercadorias, (ii) a existência de vícios nos produtos recebidos, (iii) a entrega fora do prazo estipulado etc. (art. 8.º LD). (RAMOS, 2020) FATURA 16 FATURA 17 Art . 1º Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. § 1º A fatura discriminará as mercadorias vendidas ou, quando convier ao vendedor, indicará sòmente os números e valores das notas parciais expedidas por ocasião das vendas, despachos ou entregas das mercadorias. (RAMOS, 2020) FATURA será extraída uma DUPLICATA 18 Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. A duplicata é título de crédito emitido pelo próprio credor (vendedor). (RAMOS, 2020) ACEITE ou RECUSA da DUPLICATA 19 Emitida a duplicata, ela deverá então ser enviada para o devedor (comprador), para que este efetue o aceite e a devolva. Caso ele recuse o aceite, conforme já destacamos, terá que justificar tal ato (art. 8.º da Lei das Duplicatas). Art . 7º A duplicata, quando não fôr à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite. (RAMOS, 2020) ACEITE EXPRESSO ou ACEITE PRESUMIDO 20 ACEITE EXPRESSO x ACEITE PRESUMIDO 21 O aceite expresso, como o próprio nome já indica, é aquele realizado no próprio título, no local indicado. Nesse caso, a duplicata se aperfeiçoa como título de crédito sem maiores formalidades. Já o aceite presumido, por sua vez, ocorre quando o devedor (comprador) recebe, sem reclamação, as mercadorias adquiridas e enviadas pelo credor (vendedor). Nesse caso, ainda que a duplicata não seja aceita expressamente, o simples fato de o devedor ter recebido as mercadorias sem recusa formal já caracteriza o aceite do título, que se diz, portanto, presumido, provando-se pela mera demonstração do recebimento das mercadorias. (RAMOS, 2020) EXECUÇÃO do ACEITE EXPRESSO x ACEITE PRESUMIDO 22 A duplicata aceita expressamente, como é título de crédito perfeito e acabado, pode ser executada sem a exigência de maiores formalidades: basta a apresentação do título. A execução da duplicata aceita por presunção segue regra diferente: além da apresentação do título, são necessários o protesto (mesmo que a execução se dirija contra o devedor principal) e o comprovante de entrega das mercadorias. (RAMOS, 2020) PROTESTO das DUPLICATAS 23 PROTESTO das DUPLICATAS 24 Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. (RAMOS, 2020) PRAZO do PROTESTO 25 Art.13, LD, § 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. (RAMOS, 2020) FÓRUM COMPETENTE para AÇÃO DE EXECUÇÃO 26 A praça de pagamento constante do título, além de ser o local indicado para a realização do protesto, é também o foro competente para a ação de execução, nos termos do art. 17 da Lei das Duplicatas. (RAMOS, 2020) PROTESTO por INDICAÇÕES 27 PROTESTO por INDICAÇÕES 28 Esse protesto por indicações é realizado quando há a retenção (não devolução) do título por parte do devedor (comprador). Nesse caso, como o credor (vendedor) não está na posse do título, deverá então fornecer ao cartório as indicações deste, retiradas da fatura e do Livro de Registro de Duplicatas de que trata o art. 19 da lei: “a adoção do regime de vendas de que trata o art. 2.º desta Lei obriga o vendedor a ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas” (RAMOS, 2020) 29 VENDA MERCANTIL por INDICAÇÃO 30 PRESCRIÇÃO da EXECUÇÃO DE DUPLICATAS 31 PRESCRIÇÃO DE EXECUÇÃO DA DUPLICATAS 32 Art 18 - A pretensão à execução da duplicata prescreve: l - contra o sacado e respectivos avalistas, em 3(três) anos, contados da data do vencimento do título; ll - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto; ll - de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título. (RAMOS, 2020) LIVRO DE REGISTRO DE DUPLICATAS 33 Art. 19, § 1º, LD. No Registro de Duplicatas serão escrituradas, cronologicamente, todas as duplicatas emitidas, com o número de ordem, data e valor das faturas originárias e data de sua expedição; nome e domicílio do comprador; anotações das reformas; prorrogações e outras circunstâncias necessárias. (RAMOS, 2020) TRIPLICATAS - ART. 23 34 É comum, quandohá retenção da duplicata, que o credor emita uma triplicata, enviando-a posteriormente a protesto para executá-la na sequência. Em tese, não é o procedimento correto. Com efeito, a triplicata só deve ser emitida quando há perda ou extravio da duplicata. (RAMOS, 2020) 35 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 36 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO COM ACEITE 37 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO SEM ACEITE
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