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Filosofia Moderna
ENEM
2020
Ronald Honório de Santana
A Filosofia Moderna.
Racionalismo. 
Filosofia Moderna
Racionalismo e empirismo
Os Racionalismo, que tinham como modelo de conhecimento a matemática, defendiam que a fonte ou a origem do conhecimento é a razão.
Os racionalistas acreditavam que o conhecimento humano não depende de experiências para ser formado, uma vez que existem ideias que ultrapassam as informações absorvidas com as vivências.
Assim, o racionalismo aborda os efeitos da intuição e da dedução na formação do conhecimento humano, classificando-as como conhecimentos a priori. Além disso, o racionalismo abrange o chamado Inatismo, teoria filosófica que defende que a mente não nasce como uma “página em branco”, e sim com ideias inatas que nos influenciam durante a vida.
Empirismo. 
Filosofia Moderna
Racionalismo e empirismo
Os empiristas defendiam que a fonte ou a origem do conhecimento é a experiência sensível.
Os empiristas defendiam que o conhecimento só é criado, exclusivamente, a partir das experiências sensoriais. 
Por esse motivo, o empirismo é conhecido como a “filosofia da ciência”, pois prioriza o valor das evidências e exige a aplicação do método científico, ou seja, que todas as hipóteses e teorias sejam testadas e observadas antes de serem consideradas conhecimento.
Um marco na Filosofia Moderna. 
Filosofia Moderna
René Descarte
O método cartesiano de busca do conhecimento verdadeiro tem na dúvida um instrumento central de investigação. Por meio da duvida racional, institui-se a primeira certeza: a existência de um pensamento e de um ser pensante (Penso, Logo existo).
O sistema cartesiano é dualista. As coisas criadas são dois tipos: pensante ou extensa. A substância pensante é o fundamento de todo o conhecimento. A substância extensa é a responsável por tudo que é corporal. O dualismo radical de Descartes originou o problema corpo-mente. 
Um marco na Filosofia Moderna. 
Filosofia Moderna
René Descarte
O filósofo francês René Descartes dedicou-se à elaboração do método para conduzir a razão às verdades “claras e distintas”, ou seja, à identificação de regras para o pensamento atingir conhecimentos seguros sobre a realidade.
Esses conhecimentos seguros, de acordo com Descartes, deveriam ser úteis à humanidade, proporcionando-lhe o domínio da natureza.
Um marco na Filosofia Moderna. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Descartes e a Filosofia. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Descartes propôs uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse totalmente fundamentada na verdade. Sua preocupação era com a clareza.
Sugeriu uma nova visão da natureza, que anulava o significado moral e religioso da época. Acreditava que a ciência deveria ser prática e não especulativa.
Principais Ideias de Descartes. 
Filosofia Moderna
René Descarte
O Discurso sobre o Método, obra de 1637 de Descartes, é um tratado filosófico e matemático que lançou as bases do racionalismo como a única fonte de conhecimento.
Acreditava na existência de uma verdade absoluta, incontestável. Para atingi-la desenvolveu o método da dúvida, que consistia em questionar todas as ideias e teorias preexistentes.
Descartes e a Filosofia. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Expõe 4 regras para se chegar ao conhecimento:
Nada é verdadeiro até ser reconhecido como tal;
As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo;
Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente;
O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido.
Descartes e a Filosofia. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Descartes propôs uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse totalmente fundamentada na verdade. Sua preocupação era com a clareza.
Sugeriu uma nova visão da natureza, que anulava o significado moral e religioso da época. Acreditava que a ciência deveria ser prática e não especulativa.
Descartes e a Filosofia. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Para isso, Descartes criou o método da dúvida. Ao duvidar de tudo o quanto for possível, alcançaria o conhecimento verdadeiro, algo seguro que não pode ser duvidado (indubitável).
Inicialmente, o filósofo duvida dos sentidos, pois o sentidos podem ser fontes de engano.
A seguir, chama a atenção para a impossibilidade de reconhecer um sonho. Deste modo, tudo o que chamamos de realidade pode ser apenas elementos integrantes de um sonho.
Descartes e a Filosofia. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Mas, percebe que mesmo nos sonhos as regras matemáticas não são alteradas. Descartes afirma que a matemática é um conhecimento um pouco mais puro. Entretanto, podemos estar sob a influência de um gênio maligno, um deus enganador, que nos faz acreditar em certas coisas (por exemplo, 2 + 2 = 4 ou que um triângulo possui três lados).
Descartes e a Filosofia. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Descartes convenceu-se de que a única verdade possível era sua capacidade de duvidar, reflexo de sua capacidade de pensar.
Assim, a verdade absoluta estaria sintetizada na fórmula “eu penso”, a partir da qual concluiu sua própria existência. Sua teoria passou a ser resumida na frase “Penso, logo existo” (em latim, Cogito, ergo sum).
Frases de Descartes. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Além de sua frase mais célebre "Penso, logo existo", segue abaixo algumas sentenças do filósofo, as quais traduzem parte de seu pensamento.
“Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir.”
Se quiser buscar realmente a verdade, é preciso que pelo menos um vez em sua vida você duvide, ao máximo que puder, de todas as coisas."
Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.”
Frases de Descartes. 
Filosofia Moderna
René Descarte
Além de sua frase mais célebre "Penso, logo existo", segue abaixo algumas sentenças do filósofo, as quais traduzem parte de seu pensamento.
“Não há nada no mundo que esteja melhor distribuído do que a razão: toda a gente está convencida de que a tem de sobra.”
“Para examinar a verdade, é necessário, uma vez na vida, colocar todas as coisas em dúvida o máximo possível.”
“Não é suficiente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem.”
1. (Enem 2019) TEXTO I: Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II: Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo: 
a) centrado na razão humana. 
b) baseado na explicação mitológica. 
c) fundamentado na ordenação imanentista. 
d) focado na legitimação contratualista. 
e) configurado na percepção etnocêntrica. 
Os dois textos, em momentos históricos distintos, apresentam questionamentos bastante modernos: a utilização da racionalidade como ferramenta de escrutínio da realidade. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
1. (Enem 2019) TEXTO I: Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II: Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo: 
a) centrado na razão humana. 
b) baseado na explicação mitológica. 
c) fundamentado naordenação imanentista. 
d) focado na legitimação contratualista. 
e) configurado na percepção etnocêntrica. 
2. (Enem 2019) Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica: 
a) Relativismo cognitivo. 
b) Materialismo dialético. 
c) Racionalismo cartesiano. 
d) Pluralismo epistemológico. 
e) Existencialismo fenomenológico. 
De acordo com uma visão cartesiana, a natureza deve ser compreendida pela razão, podendo servir às necessidades humanas. Essa concepção é, em certo sentido, próxima àquela descrita no texto da questão. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
2. (Enem 2019) Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica: 
a) Relativismo cognitivo. 
b) Materialismo dialético. 
c) Racionalismo cartesiano. 
d) Pluralismo epistemológico. 
e) Existencialismo fenomenológico. 
3. (Enem 2016) Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.
DESCARTES. R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da 
a) investigação de natureza empírica. 
b) retomada da tradição intelectual. 
c) imposição de valores ortodoxos. 
d) autonomia do sujeito pensante. 
e) liberdade do agente moral. 
Descartes é o principal filósofo racionalista. Assim sendo, para ele, o conhecimento é resultado de investigações do ser pensante, único capaz de chegar a conceitos verdadeiros. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
3. (Enem 2016) Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.
DESCARTES. R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da 
a) investigação de natureza empírica. 
b) retomada da tradição intelectual. 
c) imposição de valores ortodoxos. 
d) autonomia do sujeito pensante. 
e) liberdade do agente moral. 
4. (Enem PPL 2015) Após ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito.
DESCARTES, R. Meditações. Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos momentos mais importantes na ruptura da filosofia do século XVII com os padrões da reflexão medieval, por 
a) estabelecer o ceticismo como opção legítima. 
b) utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica. 
c) inaugurar a posição teórica conhecida como empirismo. 
d) estabelecer um princípio indubitável para o conhecimento. 
e) Questionar a relação entre a filosofia e o tema da existência de Deus. 
Segundo a filosofia cartesiana, o processo de conhecimento só é possível a partir da aplicação do método da dúvida metódica, que implicaria um questionamento radical de toda ideia anteriormente existente. Descartes estabelece, no entanto, o princípio “eu sou, eu existo” como indubitavelmente necessário para o conhecimento. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
4. (Enem PPL 2015) Após ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito.
DESCARTES, R. Meditações. Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos momentos mais importantes na ruptura da filosofia do século XVII com os padrões da reflexão medieval, por 
a) estabelecer o ceticismo como opção legítima. 
b) utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica. 
c) inaugurar a posição teórica conhecida como empirismo. 
d) estabelecer um princípio indubitável para o conhecimento. 
e) Questionar a relação entre a filosofia e o tema da existência de Deus. 
5. (Enem 2014) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a): 
a) dissolução do saber científico. 
b) recuperação dos antigos juízos. 
c) exaltação do pensamento clássico. 
d) surgimento do conhecimento inabalável. 
e) fortalecimento dos preconceitos religiosos. 
A dúvida radical conduz o pensador à conclusão de que pensa, o cogito. Esta é, para Descartes, o conhecimento inabalável, princípio de todas as certezas. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
5. (Enem 2014) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a): 
a) dissolução do saber científico. 
b) recuperação dos antigos juízos. 
c) exaltação do pensamento clássico. 
d) surgimento do conhecimento inabalável. 
e) fortalecimento dos preconceitos religiosos. 
6. (Enem 2013) TEXTO I: Há já de algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firmee inabalável.
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
TEXTO II: É de caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se: 
a) retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade. 
b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções. 
c) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos. 
d) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados. 
e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados. 
A única opção é manter-se trilhando o caminho da dúvida sistemática e generalizada, esperando desse modo alcançar algum ponto firme o suficiente para ser possível apoiar os pés, e nadar de volta para a superfície. Mantendo-se nesse caminho, o filósofo busca o ponto que irá inaugurar uma cadeia de razões da qual ele não poderá duvidar. O chão desse mar no qual o filósofo está submerso é esta única coisa da qual ele não pode duvidar, mesmo se o gênio maligno estiver operando. Tal certeza radical é a certeza sobre o fato de que se o gênio maligno perverte meus pensamentos, ele nunca poderia perverter o próprio fato de que eu devo estar pensando para que ele me engane. Penso, existo é a nova raiz que nutre a modernidade. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se: 
a) retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade. 
b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções. 
c) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos. 
d) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados. 
e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados. 
7. (Enem 2012) TEXTO I: Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez.
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
TEXTO II: Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume: 
a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. 
b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. 
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. 
d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. 
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. 
Da dúvida sistemática e generalizada das experiências sensíveis, Descartes espera começar a busca por algum ponto firme o suficiente para ser possível se apoiar e não duvidar. O chão deste mar de dúvidas no qual o filósofo está submerso é esta única coisa da qual ele não pode duvidar, mesmo se o gênio maligno estiver operando. Esta certeza é a certeza sobre o fato de que se o gênio maligno perverte meus pensamentos, ele nunca poderia perverter o próprio fato de que eu devo estar pensando para que ele me engane. Então, se penso, existo.
Sendo assim, o homem conhece a partir das impressões e das ideias que concebe a partir da experiência. De experiências habituais ele constrói conhecimentos baseados em matérias de fato e relações entre ideias. Os conhecimentos sobre matérias de fato são empíricos, portanto, apenas mais ou menos prováveis, já os conhecimentos sobre relações de ideias são puros, portanto, sempre certos sem, todavia, se referir a qualquer realidade sensível. 
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume: 
a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. 
b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. 
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. 
d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. 
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. 
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