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UNAMA ARQUITETURA E URBANISMO - 6NMA PROFESSORA: HELENA TOURINHO ALUNOS: ANA BEATRIZ PINHEIRO ANA CARLA NUNES DOS REIS ARINNE LOBATO LUCAS PASSOS TADEU DUARTE POLÍTICA HABITACIONAL Fases: 1. Período de Habitação Colonial (Século XIV) 2. Período de Habitação Vargas (1930) 3. Período de Habitação Militar (1964) 4. Período de Redemocratização 5. Período de Habitação Atual (XXI) Período de Habitação Colonial (Século XIV) - Características principais do contexto social: Uma sociedade estratificada e hierarquizada: A sociedade colonial brasileira era profundamente estratificada e hierarquizada, com uma elite branca e rica no topo, uma população mestiça de classe média no meio e uma população negra e indígena pobre na base. Essa estratificação social se refletia na habitação, com a elite vivendo em grandes e luxuosas casas, a classe média vivendo em casas mais modestas e a população pobre vivendo em condições precárias. Uma população urbana crescente: A população urbana do Brasil cresceu rapidamente durante o período colonial, à medida que o comércio e a indústria se desenvolveram. Essa urbanização levou a um aumento da demanda por habitação, que não foi acompanhada por um aumento da oferta. Isso levou a um aumento da pobreza urbana e da habitação precária. A escravidão: A escravidão foi uma característica fundamental da sociedade colonial brasileira. Os escravos, que eram predominantemente negros, eram forçados a trabalhar em condições brutais e eram frequentemente submetidos a abusos. A escravidão também limitou as oportunidades econômicas para os negros livres, o que dificultava o acesso à habitação adequada. - Das soluções adotadas pela política habitacional: A política habitacional naquela época era muito limitada e, em grande parte, não visava à promoção da habitação social como a entendemos hoje. As condições habitacionais variavam amplamente dependendo da classe social e da posição na hierarquia colonial. A construção de moradias públicas: O governo colonial construiu algumas moradias públicas para os pobres, mas essas moradias eram geralmente precárias e não atendiam às necessidades da população. O estímulo à autoconstrução: O governo colonial estimulou a autoconstrução, fornecendo materiais e assistência técnica aos pobres. A regulamentação da habitação precária: O governo colonial regulamentou a habitação precária, tentando melhorar as condições sanitárias e de segurança. - Exemplos de habitação de interesse social: Morro do Castelo: O Morro do Castelo foi um conjunto habitacional construído pelo governo colonial no Rio de Janeiro no século XVIII. O conjunto era composto por casas de madeira e barro, que eram alugadas para os pobres. Cidade Nova: A Cidade Nova foi um conjunto habitacional construído pelo governo colonial no Rio de Janeiro no século XIX. O conjunto era composto por casas de tijolo e telhas, que eram alugadas para os trabalhadores. Favelas: As favelas são um tipo de habitação precária que surgiu no Brasil no século XIX. As favelas eram geralmente construídas por migrantes pobres que não conseguiam encontrar moradia adequada nas cidades. Cortiços: Os cortiços são um tipo de habitação precária que surgiu no Brasil no século XIX. Os cortiços eram edifícios multifamiliares que abrigavam famílias pobres em condições de superlotação. Período de Habitação Vargas (1930) - Características principais do contexto social: A urbanização acelerada: A urbanização no Brasil acelerou-se significativamente na década de 1930, à medida que o país se industrializou. Essa urbanização levou a um aumento da demanda por habitação, que não foi acompanhada por um aumento da oferta. Isso levou a um aumento da pobreza urbana e da habitação precária. A industrialização: A industrialização no Brasil também teve um impacto significativo na habitação. A industrialização atraiu migrantes do campo para as cidades, o que aumentou a demanda por habitação. Além disso, a industrialização levou ao aumento da renda dos trabalhadores, o que aumentou a demanda por moradias mais adequadas. O populismo: O populismo foi uma característica importante do governo de Getúlio Vargas. Vargas usou a habitação como um instrumento de política populista, visando melhorar as condições de vida da população pobre. - Das soluções adotadas pela política habitacional: A construção de moradias públicas: O governo Vargas construiu milhares de moradias públicas para os trabalhadores, principalmente em grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Essas moradias eram geralmente pequenas e simples, mas eram uma melhoria significativa em relação à habitação precária que a maioria dos trabalhadores vivia. O estímulo à autoconstrução: O governo Vargas estimulou a autoconstrução, fornecendo materiais e assistência técnica aos trabalhadores. Essa foi uma solução importante, pois permitia que os trabalhadores construíssem suas próprias moradias, de acordo com suas necessidades e possibilidades. A regulamentação da habitação precária: O governo Vargas regulamentou a habitação precária, exigindo que as moradias fossem construídas de materiais de boa qualidade e que tivessem saneamento básico. Essa foi uma solução importante, pois visava melhorar as condições sanitárias e de segurança das moradias dos trabalhadores. - Exemplos de habitação de interesse social: Vila Operária (Rio de Janeiro, 1936): Esse conjunto habitacional foi construído pelo governo Vargas para abrigar trabalhadores da construção civil. O conjunto era composto por 1.200 casas de madeira, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Vila Ipiranga (São Paulo, 1936): Esse conjunto habitacional foi construído pelo governo Vargas para abrigar trabalhadores da indústria têxtil. O conjunto era composto por 1.000 casas de tijolo, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Vila Marília (Belo Horizonte, 1936): Esse conjunto habitacional foi construído pelo governo Vargas para abrigar trabalhadores da indústria metalúrgica. O conjunto era composto por 800 casas de tijolo, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Período de Habitação Militar (1964) - Características principais do contexto social: A crise habitacional: A crise habitacional no Brasil se agravou no período militar. A urbanização acelerada, a industrialização e o crescimento da população urbana levaram a um aumento da demanda por habitação, que não foi acompanhada por um aumento da oferta. Isso levou a um aumento da pobreza urbana e da habitação precária. A repressão política: A repressão política do regime militar dificultou o debate sobre a habitação social. Os movimentos sociais e os sindicatos, que eram os principais defensores da habitação social, foram perseguidos e reprimidos pelo regime. A ideologia neoliberal: O regime militar adotou uma ideologia neoliberal, que enfatizava o livre mercado e a redução do papel do Estado. Essa ideologia teve um impacto negativo na habitação social, pois levou à redução dos investimentos públicos no setor. - Das soluções adotadas pela política habitacional: Criação do Sistema Financeiro de Habitação (SFH): O SFH foi criado em 1964 com o objetivo de financiar a construção de moradias de interesse social. O SFH era um sistema de crédito subsidiado, que oferecia juros baixos e prazos longos para os financiamentos. Incentivação da construção privada: O governo militar incentivou a construção privada de moradias de interesse social. O governo forneceu subsídios aos empresários da construção civil para a construção de moradias para famílias de baixa renda. Renovação urbana: O governo militar promoveu a renovação urbana de áreas centrais das cidades, com o objetivo de melhorar as condições de vida da população. A renovação urbana, no entanto, muitas vezes resultou na remoção de famílias de baixarenda de suas casas. - Exemplos de habitação de interesse social: Conjuntos habitacionais construídos pelo governo federal: O governo federal construiu uma série de conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda, como o Conjunto Habitacional de Heliópolis, em São Paulo, e o Conjunto Habitacional de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Esses conjuntos habitacionais eram geralmente pequenos e simples, mas eram uma melhoria significativa em relação à habitação precária que a maioria dos trabalhadores vivia. Conjuntos habitacionais construídos pela iniciativa privada: A iniciativa privada também construiu uma série de conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda, como o Conjunto Habitacional do Caju, no Rio de Janeiro, e o Conjunto Habitacional de Vila Prudente, em São Paulo. Esses conjuntos habitacionais eram geralmente de melhor qualidade do que os conjuntos habitacionais construídos pelo governo federal, mas eram também mais caros. Moradias construídas por famílias de baixa renda: Muitas famílias de baixa renda construíram suas próprias moradias, muitas vezes em áreas irregulares. Essas moradias eram geralmente precárias e sem saneamento básico, mas eram uma alternativa à habitação nas favelas. Período de Redemocratização - Características principais do contexto social: A redemocratização: O processo de redemocratização do Brasil, que começou na década de 1970 e se consolidou na década de 1980, levou à abertura política e ao fim da ditadura militar. Essa abertura política permitiu o retorno dos movimentos sociais, que passaram a pressionar o governo por políticas públicas de habitação social. O crescimento da pobreza urbana: O crescimento da população urbana no Brasil, que se acelerou na década de 1970, também levou ao crescimento da pobreza urbana. Isso se deveu a uma série de fatores, como a industrialização acelerada, a abertura econômica e a concentração de renda. O surgimento de novas formas de organização da população: O processo de redemocratização também levou ao surgimento de novas formas de organização da população, como os movimentos de moradia. Esses movimentos passaram a lutar por moradia digna para a população pobre, e tiveram um papel importante na formulação de políticas públicas de habitação social. - Das soluções adotadas pela política habitacional: Construção de moradias populares: O governo federal e os governos estaduais e municipais investiram na construção de moradias populares para famílias de baixa renda. Reforma de moradias precárias: O governo federal e os governos estaduais e municipais investiram na reforma de moradias precárias para melhorar as condições de vida dos moradores. Regularização fundiária: O governo federal e os governos estaduais e municipais investiram na regularização fundiária de favelas e outros assentamentos precários para garantir o direito à moradia das famílias que vivem nessas áreas. - Exemplos de habitação de interesse social: Conjuntos habitacionais construídos pelo Programa Minha Casa Minha Vida: O Programa Minha Casa Minha Vida foi o maior programa de habitação social do Brasil, e construiu mais de 5 milhões de moradias populares em todo o país. Alguns exemplos de conjuntos habitacionais construídos pelo Programa Minha Casa Minha Vida são o Conjunto Habitacional Real Parque, em São Paulo, e o Conjunto Habitacional Parque das Nações, no Rio de Janeiro. Conjuntos habitacionais construídos pelos governos estaduais e municipais: Os governos estaduais e municipais também construíram conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda. Alguns exemplos de conjuntos habitacionais construídos pelos governos estaduais e municipais são o Conjunto Habitacional Jardim Camburi, em Vitória, e o Conjunto Habitacional Vila São João, em Salvador. Moradias construídas por famílias de baixa renda: Muitas famílias de baixa renda construíram suas próprias moradias, muitas vezes em áreas irregulares. Algumas dessas moradias foram regularizadas pelo governo, como é o caso do Conjunto Habitacional Jardim Itaquera, em São Paulo, e do Conjunto Habitacional Parque São Miguel, no Rio de Janeiro. Período de Habitação Atual (XXI) - Déficit: Déficit quantitativo: É o déficit que ocorre quando há um número insuficiente de moradias disponíveis para atender à demanda das famílias. Esse déficit é estimado em 4,8 milhões de moradias. Déficit qualitativo: É o déficit que ocorre quando as moradias existentes não atendem aos padrões mínimos de habitabilidade, como a falta de saneamento básico, de segurança e de infraestrutura urbana. Esse déficit é estimado em 2 milhões de moradias. Os principais fatores que contribuem para o déficit habitacional no Brasil: Pobreza: A pobreza é o principal fator que leva à falta de acesso à moradia digna. As famílias de baixa renda têm dificuldade de pagar pelo aluguel ou pela compra de uma moradia. Crescimento urbano: O crescimento urbano acelerado no Brasil também contribui para o déficit habitacional. As cidades crescem mais rápido do que a oferta de moradias, o que leva à ocupação de áreas irregulares e à construção de moradias precárias. Falta de políticas públicas: O governo brasileiro ainda não conseguiu implementar políticas públicas eficazes para reduzir o déficit habitacional. - Desafios: A falta de recursos: O governo brasileiro ainda não conseguiu alocar recursos suficientes para reduzir o déficit habitacional. A falta de coordenação entre os diferentes níveis de governo: O governo federal, os governos estaduais e os governos municipais ainda não conseguiram coordenar suas ações para reduzir o déficit habitacional. A falta de participação da sociedade civil: A sociedade civil ainda não conseguiu se organizar de forma eficaz para pressionar o governo a implementar políticas públicas eficazes para reduzir o déficit habitacional. Alguns desafios específicos que são enfrentados na situação atual: A crise econômica e social: A crise econômica e social que o Brasil enfrenta está dificultando a implementação de políticas públicas para reduzir o déficit habitacional. A urbanização acelerada: A urbanização acelerada no Brasil está aumentando a demanda por moradias, o que torna mais difícil reduzir o déficit habitacional. A mudança climática: A mudança climática está causando problemas como secas, inundações e deslizamentos de terra, o que está afetando a moradia de famílias em áreas urbanas e rurais.
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