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Como Arrighi avalia as correlações entre transformações econômicas

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Como Arrighi avalia as correlações entre transformações econômicas, poder político e transições hegemônicas nos séculos XIX e XX?
Arrighi argumenta que as transformações econômicas, o poder político e as transições hegemônicas estão intimamente ligados e que a história do capitalismo é marcada por ciclos de acumulação e crise que levam a mudanças na liderança global. Arrighi argumenta que a história do capitalismo é marcada por ciclos de ascensão e queda de potências hegemônicas, e que esses ciclos são impulsionados por mudanças econômicas e políticas. Ele usa exemplos históricos, como a ascensão da Grã-Bretanha no século XIX e a ascensão dos Estados Unidos no século XX, No século XIX, a Grã-Bretanha se tornou a potência hegemônica global devido à sua liderança na Revolução Industrial e à sua capacidade de fornecer suprimentos baratos e eficientes de meios de subsistência e proteção. No século XX, os Estados Unidos emergiram como a nova potência hegemônica global devido à sua liderança na produção em massa e à sua capacidade de fornecer bens e serviç os para o mundo inteiro. Em ambos os casos, Arrighi argumenta que a transição hegemônica foi impulsionada por mudanças econômicas e políticas, e que a liderança global mudou de mãos devido a essas mudanças.
Quais as 4 Instituições que garantiram uma certa estabilidade na Europa no século XIX segundo Polanyi e por que elas falharam?
De acordo com Karl Polanyi, as quatro instituições que formavam o cerne da civilização do século XIX eram:
1. Sistema de equilíbrio e poder: Este sistema era baseado na ideia de que as nações deveriam manter um equilíbrio de poder para evitar conflitos e guerras. Isso significava que as nações deveriam ter um certo grau de autonomia e soberania, e que nenhuma nação deveria ter poder absoluto sobre as outras. No entanto, esse sistema falhou porque as nações começaram a competir por recursos e poder, o que levou a conflitos e guerras.
2. Padrão-internacional do ouro: Este sistema era baseado na ideia de que o valor das moedas deveria ser baseado no valor do ouro. Isso significava que as moedas eram convertíveis em ouro a uma taxa fixa. No entanto, esse sistema falhou porque a oferta de ouro não era suficiente para atender à demanda por moeda, o que levou a crises financeiras e instabilidade econômica.
3. Mercado auto-regulável: Este sistema era baseado na ideia de que o mercado deveria ser livre para determinar preços e alocação de recursos. Isso significava que o governo não deveria interferir no mercado, e que as empresas deveriam ser livres para competir entre si. No entanto, esse sistema falhou porque as empresas começaram a monopolizar setores inteiros da economia, o que levou a desigualdades sociais e instabilidade econômica.
4. Estado liberal: Este sistema era baseado na ideia de que o governo deveria ser limitado em suas funções, e que as liberdades individuais deveriam ser protegidas. Isso significava que o governo não deveria interferir na economia, e que as pessoas deveriam ser livres para buscar seus próprios interesses. No entanto, esse sistema falhou porque o governo não conseguiu proteger as pessoas dos efeitos negativos do mercado, o que levou a desigualdades sociais e instabilidade política.
Essas instituições falharam porque a tentativa de estabelecer um sistema de mercado auto-regulável foi uma tentativa utópica do liberalismo, pois sua concretização não seria possível sem a destruição da organização social existente. A sociedade na tentativa de proteger-se inviabilizou esse projeto, a ponto de não deixar em pé nenhuma das quatro instituições que o fundamentavam . O mercado auto-regulável, em particular, falhou porque as empresas começaram a monopolizar setores inteiros da economia, o que levou a desigualdades sociais e instabilidade econômica. Além disso, o governo não conseguiu proteger as pessoas dos efeitos negativos do mercado, o que levou a desigualdades sociais e instabilidade política . O padrão-internacional do ouro também falhou porque a oferta de ouro não era suficiente para atender à demanda por moeda, o que levou a crises financeiras e instabilidade econômica .
Quais as origens do conceito “Desenvolvimento Desigual e Combinado” e quais a principais características do subdesenvolvimento segundo Furtado?
As origens do conceito de "Desenvolvimento Desigual e Combinado" são atribuídas a Trotsky, que o utilizou para explicar as contradições econômicas e sociais dos países do capitalismo periférico ou dominado . A teoria afirma que o desenvolvimento capitalista não ocorre de forma uniforme em todos os países, mas sim de forma desigual e combinada. Trotsky baseava-se na ideia de que o capitalismo é um sistema em constante movimento, marcado por crises e rupturas. Essas crises e rupturas levam a um processo de desenvolvimento desigual, em que alguns países se desenvolvem mais rapidamente do que outros. 
As principais características do subdesenvolvimento segundo Furtado são: a) a existência de uma estrutura produtiva dual, com a coexistência de setores modernos e tradicionais; b) a dependência externa, que se manifesta na subordinação da economia nacional aos interesses das economias centrais; c) a baixa produtividade, que resulta da falta de investimentos em tecnologia e infraestrutura; d) a desigualdade social, que se reflete na concentração de renda e na exclusão de grande parte da população do acesso aos bens e serviços básicos
Explique os atuais padrões de comércio de ao menos um país do Mercosul e outro da Aliança do Pacífico com a China apontando suas caraterísticas e desafios?
s atuais padrões de comércio entre 2002 e 2020 de um país do Mercosul, o Brasil, e um país da Aliança do Pacífico, o Chile, com a China.
Brasil
Os padrões de comércio entre o Brasil e a China entre 2002 e 2020 apresentam as seguintes características:
Crescimento significativo: O comércio bilateral entre os dois países cresceu de US$ 10 bilhões em 2002 para US$ 100 bilhões em 2020.
Estrutura concentrada: As exportações brasileiras para a China são compostas principalmente por commodities, como soja, carne e minério de ferro. As importações brasileiras da China são compostas principalmente por manufaturas, como produtos eletrônicos e eletroeletrônicos.
Deficit comercial: O Brasil tem um déficit comercial significativo com a China. Em 2020, o déficit comercial brasileiro com a China foi de US$ 40 bilhões.
Chile
Os padrões de comércio entre o Chile e a China entre 2002 e 2020 apresentam as seguintes características:
Crescimento significativo: O comércio bilateral entre os dois países cresceu de US$ 2 bilhões em 2002 para US$ 50 bilhões em 2020.
Estrutura concentrada: As exportações chilenas para a China são compostas principalmente por commodities, como cobre e celulose. As importações chilenas da China são compostas principalmente por manufaturas, como produtos eletrônicos e eletroeletrônicos.
Deficit comercial: O Chile tem um déficit comercial significativo com a China. Em 2020, o déficit comercial chileno com a China foi de US$ 20 bilhões.
Desafios
Os principais desafios do comércio entre o Brasil e a China, e o Chile e a China, são:
A dependência de commodities: O Brasil e o Chile são muito dependentes das exportações de commodities para a China. Isso os torna vulneráveis a flutuações nos preços dessas commodities, que podem afetar negativamente a balança comercial e o crescimento econômico dos dois países.
A falta de diversificação das exportações: O Brasil e o Chile exportam um número limitado de produtos para a China, principalmente commodities. Isso limita o potencial de crescimento do comércio entre os dois países.
Perspectivas
O comércio entre o Brasil e a China, e o Chile e a China, deve continuar a crescer nos próximos anos. A China é o principal parceiro comercial do mundo e o Brasil e o Chile são países com recursos naturais e mão de obra barata. No entanto, os dois países precisam diversificar suas exportações para reduzir seu déficit comercial com a China e aumentar os benefícios do comérciobilateral para os dois países.
Características comuns
Os padrões de comércio entre o Brasil e a China, e o Chile e a China, apresentam algumas características comuns:
Crescimento significativo: O comércio bilateral entre os dois países cresceu significativamente nos últimos anos.
Estrutura concentrada: As exportações dos dois países para a China são compostas principalmente por commodities.
Deficit comercial: Os dois países têm um déficit comercial significativo com a China.
Desafios comuns
Os dois países enfrentam desafios semelhantes no comércio com a China, incluindo:
A dependência de commodities: Os dois países são muito dependentes das exportações de commodities para a China.
A falta de diversificação das exportações: Os dois países exportam um número limitado de produtos para 
a China.
Use a opinião de ao menos dois entrevistados para responder até que ponto o protagonismo da China na América Latina afeta os processos de integração no Mercosul e na Aliança do Pacífico.
, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, afirma que o protagonismo da China na América Latina tem um impacto significativo nos processos de integração regional. Amorim argumenta que a China está promovendo uma agenda de integração paralela aos blocos regionais, o que pode levar a uma fragmentação do comércio e da cooperação na região.
Amorim cita como exemplo o fato de que a China tem assinado acordos comerciais bilaterais com vários países da América Latina, incluindo o Brasil, o México e o Chile. Esses acordos, segundo Amorim, podem levar à criação de corredores comerciais entre a China e os países da América Latina, o que pode reduzir a importância dos blocos regionais.
Além disso, Amorim afirma que a China está investindo na América Latina em setores como infraestrutura, energia e mineração. Esses investimentos, segundo Amorim, podem levar a uma dependência dos países da América Latina da China, o que pode dificultar a integração regional.
No caso do Mercosul, Amorim afirma que o protagonismo da China tem dificultado o avanço da integração regional. Isso ocorre porque os países do Mercosul têm interesses econômicos diferentes, e a China está oferecendo acordos comerciais bilaterais que podem ser mais atraentes para alguns países do que o acordo de livre comércio do Mercosul.
No caso da Aliança do Pacífico, Amorim afirma que o protagonismo da China pode representar uma oportunidade para o bloco. Isso ocorre porque a China é um grande mercado potencial para os países da Aliança do Pacífico. No entanto, Amorim também afirma que a Aliança do Pacífico precisa tomar cuidado para não se tornar um mero instrumento da China na América Latina.
Em conclusão, a opinião de Celso Amorim é que o protagonismo da China na América Latina tem um impacto significativo nos processos de integração regional. Amorim argumenta que a China está promovendo uma agenda de integração paralela aos blocos regionais, o que pode levar a uma fragmentação do comércio e da cooperação na região. No caso do Mercosul, Amorim afirma que o protagonismo da China tem dificultado o avanço da integração regional. No caso da Aliança do Pacífico, Amorim afirma que o protagonismo da China pode representar uma oportunidade para o bloco, mas que a Aliança do Pacífico precisa tomar cuidado para não se tornar um mero instrumento da China na América Latina.
Mónica Bruckmann argumenta que o protagonismo da China na América Latina tem efeitos ambivalentes nos processos de integração regional, tanto no Mercosul quanto na Aliança do Pacífico.
Por um lado, a China pode ser um fator de integração, ao promover o comércio e a cooperação entre os países da região. A China é o principal parceiro comercial da América Latina, e seus investimentos na região têm crescido nos últimos anos. Isso tem beneficiado os países latino-americanos, que têm acesso a novos mercados e tecnologias.
Por outro lado, a China também pode ser um fator de fragmentação, ao promover interesses divergentes entre os países da região. A China tem buscado se aproximar dos países da América Latina de forma bilateral, o que pode levar a uma competição entre os blocos regionais. Além disso, a China tem sido acusada de praticar dumping comercial e de violar direitos trabalhistas e ambientais, o que pode gerar conflitos com os países latino-americanos.
No caso do Mercosul, a China tem sido um fator de tensão, principalmente com o Brasil. O Brasil, que é o principal parceiro comercial do Mercosul, tem procurado reduzir a dependência da China, enquanto a China tem buscado ampliar seu acesso ao mercado sul-americano. Isso tem dificultado o avanço da integração regional no Mercosul.
Na Aliança do Pacífico, a China tem sido um fator de integração, ao promover o comércio e a cooperação entre os países do bloco. A Aliança do Pacífico é um bloco aberto, que permite a adesão de novos membros. A China tem manifestado interesse em aderir ao bloco, o que poderia fortalecer a integração regional na América do Sul.
No geral, o protagonismo da China na América Latina tem efeitos ambivalentes nos processos de integração regional. A China pode ser um fator de integração, ao promover o comércio e a cooperação entre os países da região. No entanto, a China também pode ser um fator de fragmentação, ao promover interesses divergentes entre os países da região.
A opinião de Mónica Bruckmann é importante, pois ela destaca a complexidade dos efeitos da China na América Latina. A China não é apenas um parceiro comercial, mas também um ator político e geoestratégico. Isso significa que a China pode ter um impacto significativo nos processos de integração regional, tanto positivos quanto negativos.
A seguir, são apresentadas algumas evidências que suportam as opiniões de Mónica Bruckmann:
Evidências de integração:
O comércio entre a China e os países da América Latina cresceu significativamente nos últimos anos.
A China tem investido bilhões de dólares na América Latina.
A China tem promovido a cooperação em áreas como infraestrutura, tecnologia e educação.
Evidências de fragmentação:
A China tem se aproximado dos países da América Latina de forma bilateral, o que pode levar a uma competição entre os blocos regionais.
A China tem sido acusada de praticar dumping comercial e de violar direitos trabalhistas e ambientais.
É importante ressaltar que os efeitos da China na América Latina ainda estão em desenvolvimento. O futuro dos processos de integração regional na América Latina dependerá, em parte, da forma como os países da região lidarem com a crescente influência da China.

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