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CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Introdução A anatomia humana é a ciência que estuda a organização estrutural do corpo humano. A terminologia anatômica descritiva é principalmente de procedência grega e latina. A anatomia humana é a ciência que se dedica a estrutura do corpo humano. O termo anatomia deriva da palavra grega que significa “cortar em partes”; realmente antigamente, a palavra anatomizar era mais comumente usado do que a palavra dissecar. ANATOMIA: (do grego anatome, que significa cortar), é o ramo da biologia no qual se estudam a estrutura e organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. Pode ser dividida em duas disciplinas: a anatomia setorial, regional, ou topográfica do corpo humano e a anatomia sistemática descritiva (VAN DE GRAAF, 2003). Anatomia setorial → divide a estrutura corpórea em grupos: cabeça e pescoço, membro superior, tórax e abdômen, coluna vertebral, pelve e períneo e membro inferior. Anatomia sistemática → divide a estrutura corpórea em sistemas: cardiovascular, digestório, endócrino, imunológico, tegumentar, linfático, muscular, nervosos, reprodutor, respiratório, ósseo e excretor. A fisiologia é a ciência que estuda a função do corpo humano. Deriva da palavra grega que significa “estudo da natureza humana”. Ciência que trata das funções orgânicas pelas quais a vida se manifesta. A fisiologia (do grego "physis", natureza, e "logos", conhecimento, estudo) é a ciência que estuda as funções dos seres multicelulares (vivos). Muitos dos aspectos da fisiologia humana tem sido conseguida através de experimentação animal. A anatomia e a fisiologia são campos de estudo estreitamente relacionados onde a primeira incide sobre o vento da forma e a segunda dedica-se ao estudo da função de cada parte do corpo, sendo ambas áreas de vital importância para o conhecimento médico (VAN DE GRAAF, 2003). Planos de Referência e Terminologia Descritiva Todos os planos de referência descritivos e termos de direção e de posição usados em anatomia estão padronizados por causa de suas relações com o corpo em posição anatômica (VAN DE GRAAF, 2003). A fim de visualizar e estudar a disposição estrutural dos vários órgãos, o corpo pode ser seccionado e diagramado de acordo com os três planos fundamentais de referencia: um plano sagital, um plano frontal (coronal) e um plano transversal (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Um plano sagital se estende verticalmente ao longo do corpo dividindo-o em partes direita e esquerda. O plano sagital mediano é o plano sagital que passa longitudinalmente ao longo do plano mediano do corpo, dividindo-o igualmente em metades direita e esquerda. O plano frontal ou coronal, também passa longitudinalmente e divide o corpo em partes anterior (frontal) e posterior (dorsal). Planos transversais, também chamados horizontais, ou secções transversas dividem o corpo em partes superior e inferior (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Todos os termos de direção que descrevem as relações de uma parte do corpo com outra parte são feitos tendo como referência a posição anatômica. Na posição anatômica, o corpo está ereto, os pés estão paralelos entre si pisando no chão, os olhos estão dirigidos para diante, e os membros superiores estão ao lado do corpo com as palmas das mãos voltadas para diante e os dedos apontando diretamente para baixo (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Os termos de direção são usados para localizar as estruturas e as regiões do corpo relativas a posição anatômica. Segue abaixo os termos de direção: • SUPERIOR (cranial, cefálico): mais próximo da cabeça, para cima. • INFERIOR (caudal): mais afastado da cabeça, para baixo. • ANTERIOR (ventral): mais próximo da frente do corpo. • POSTERIOR (dorsal): mais próximo do dorso do corpo. • MEDIAL: mais próximo da linha mediana do corpo. • LATERAL: mais afastado da linha mediana do corpo. • INTERNO: profundo, mais afastado da superfície do corpo. • EXTERNO: superficial, mais próximo da superfície do corpo. • PROXIMAL: mais próximo do tronco do corpo. • DISTAL: mais afastado do tronco do corpo. Regiões do Corpo O corpo humano está dividido em regiões e em áreas especificamente localizadas que podem ser identificadas na superfície. Cada região contém em seu interior órgãos, cujas localizações são anatomicamente e clinicamente importantes. Aprendendo agora os termos que se referem a essas regiões tornará mais facil aprender os nomes das estruturas subjacentes depois. As principais regiões do corpo são a cabeça, o pescoço, o tronco, os membros superiores e os membros inferiores. O CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE tronco é frequentemente dividido em tórax, abdome e pelve (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). - CABEÇA: a cabeça é dividida em região facial que inclui os olhos, o nariz e a boca, e uma região craniana ou crânio que cobre e sustenta o encéfalo. Os nomes que identificam as regiões específicas da superfície da face estão baseados nos órgãos associados, por exemplo, regiões: orbital (olho), nasal (nariz), oral (boca), e auricular (orelha) ou ossos subjacentes, por exemplo, regiões frontal, temporal, parietal, zigomática e occipital (VAN DE GRAAF, 2003). -PESCOÇO: o pescoço, referido como região cervical, sustenta a cabeça e permite seus movimentos. Como ocorreu com a cabeça, podemos identificar subdivisões detalhadas do pescoço dependendo do sistema a ser estudado como o sistema respiratorio ou cardiovascular e neurologico (VAN DE GRAAF, 2003). -TRONCO: o tronco é a porção do corpo à qual se ligam o pescoço e os membros superiores e inferiores. Inclui o tórax, o abdome e a região pélvica (VAN DE GRAAF, 2003). -MEMBRO SUPERIOR: o membro superior é anatomicamente dividido em, braço, antebraço e mão (VAN DE GRAAF, 2003). -MEMBRO INFERIOR: o membro inferior consiste coxa, joelho, perna e pé (VAN DE GRAAF, 2003). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE SISTEMA ESQUELETICO O sistema esquelético adulto consiste em aproximadamente 206 ossos. O numero exato de ossos difere de uma pessoa para outra dependendo da idade e de fatores genéticos. Por ocasião do nascimento, o esqueleto apresenta em torno de 270 ossos. Como o desenvolvimento (ossificação) dos ossos ocorre mais durante a infância, o número aumenta. Durante a adolescência, porém o número de ossos diminui, a medida que os ossos separados gradualmente vão se fundindo. Cada osso é de fato um órgão que desempenha uma parte no funcionamento global do sistema esquelético. A ciência que se relaciona com o estudo dos ossos chama-se osteologia (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Para conveniência do estudo Van De Graaf (2003) dividiu o esqueleto em partes axial e apendicular. O esqueleto axial consiste nos ossos que formam o eixo do corpo, sustentam e protegem os órgãos da cabeça, pescoço e tronco. Os componentes do esqueleto axial são os seguintes: CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE 1. Crânio. O crânio consiste em dois conjuntos de ossos: os ossos do crânio que formam o crânio, ou caixa encefálica, e os ossos da face que dão suporte aos olhos, ao nariz e formam o arcabouço ósseo da cavidade oral. São os seguintes: frontal, parietal(2), occipital, temporal(2), esfenóide, etmóide, maxila(2), palatino(2), zigomático(2), lacrimal(2),nasal(2), vômer, concha nasal inferior(2) e mandíbula dando um total de 22 ossos. 2. Ossículos da audição. Três ossículos da audição “ossos da orelha” estão presentes na cavidade da orelha média em cada orelha e servem para transmitir impulsos sonoros. São os seguintes: martelo(2), bigorna(2), estribo(2) dando um total de 6 ossos. 3. Osso hióide. O osso hióide está localizado acima da laringe “caixa da voz” e debaixo da mandíbula. Sustenta a língua e auxilia na deglutição. Sendo apenas 1 osso Hióide. 4. Coluna vertebral. A coluna vertebral consiste em 26 ossos isolados separados por discos intervertebrais cartilaginosos. Na região pélvica, várias vértebras estão fundidas para formar o sacro que é a porção de fixação do cíngulo do membro inferior. Algumas poucas vértebras finais estão fundidas para formar o cóccix “osso da cauda”. São os seguintes: vértebras cervicais(7), vértebras torácicas(12), vértebras lombares(5), sacro(1osso com 5ossos fundidos), cóccix(1osso com 5ossos fundidos) dando um total de 26 ossos. 5. Caixa torácica. A caixa torácica forma o arcabouço ósseo e cartilaginoso do tórax. Articula-se posteriormente com as vértebras torácicas e incluem os 12 pares de costelas, o osso plano esterno e as cartilagens costais que ligam as costelas ao esterno. São os seguintes: 24 costelas e 1 esterno dando um total de 25 ossos. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (esqueleto axial) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (crânio) (coluna vertebral) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (caixa torácica) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (osso hióide) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE O esqueleto apendicular é constituído por ossos dos membros superior e inferior e pelos ossos dos cíngulos que firmam os membros ao esqueleto axial (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Os componentes do esqueleto apendicular são os seguintes: 1. Cíngulo do membro superior. Os pares de escápulas e de clavículas são os componentes apendiculares do cíngulo do membro superior “cintura escapular”, e o esterno é componente axial. A principal função do cíngulo do membro superior é propiciar a fixação para os musculos que movimentam o braço e o antebraço. Composto pelos seguintes ossos: escapula(2), clavicula(2) dando um total de 4 ossos. 2. Membros superiores. Cada membro superior contém o úmero no braço, ulna e rádio no antebraço, e os ossos carpais, ossos metacarpais e as falanges na mão. Composto pelos seguintes ossos: Úmero(2), rádio(2), ulna(2), ossos carpais(16), ossos metacarpais(10), e falanges(28) dando um total de 60 ossos. 3. Cíngulo do membro inferior. Os dois ossos dos quadril são componentes apendiculares do cíngulo do membro inferior, e o sacro é o componente axial. Os ossos do quadril estão unidos anteriormente pela sínfise púbica e posteriormente pelo sacro. O cíngulo do membro inferior suporta o peso do corpo através da coluna vertebral e protege as vísceras do interior da cavidade pélvica. Composto pelos seguintes ossos: osso do quadril(2) sendo dividido em 3 ossos unidos ílio, púbis e ísquio dando um total de 2 ossos. 4. Membro inferior. Cada membro inferior contém o fêmur na coxa, a tíbia e a fíbula na perna, os ossos tarsais, os ossos metatarsais e as falanges no pé. Além desses, a patela está localizada na face anterior da articulação do joelho, entre a coxa e a perna. Composto pelos seguintes ossos: fêmur(2), tíbia(2), fíbula(2), patela(2), ossos tarsais(14), ossos metatarsais(10) e falanges(28) dando um total de 60 ossos. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (esqueleto apendicular – membro superior) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (esqueleto apendicular – membro inferior) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Funções do Sistêma Esquelético Os ossos do esqueleto realizam funções mecânica, de sustentação, proteção e sistema de alavancas para os movimentos do corpo e funções metabólicas de hematopoiese e de armazenamento de minerais e gorduras (VAN DE GRAAF, 2003; GAYTON, 2008; SOBOTTA, 2012). 1. Sustentação. O esqueleto forma um arcabouço rígido ao qual os tecidos mais moles e órgãos do corpo estão fixos. É interessante que os 206 ossos do esqueleto suportam uma massa de músculos e órgãos que podem pesa até cinco vezes mais que os ossos. 2. Proteção. O crânio e a coluna vertebral envolvem o encéfalo e a medula espinal/espinhal; a caixa torácica protege o coração, os pulmões, os grande vasos, o fígado e o baço; e o cíngulo do membro inferior sustenta e protege as vísceras pélvicas. 3. Movimentos do corpo. Ossos servem como pontos de apoio para a fixação da maioria dos músculos esqueléticos. Nesta propriedade os ossos atuam como alavancas junto com as articulações quando os músculos contraem e provocam o movimento do corpo. 4. Hematopoiese. O processo formador de células sanguíneas é chamado de hematopoiese e ocorre no tecido chamado medula ossea vermelha, localizado internamente em alguns ossos. 5. Armazenamento de gorduras. Os lipídios são armazenados no tecido adiposo no interior da cavidade medular de certos ossos sendo chamado de medula ossea amarela. 6. Armazenamento de minerais. A matriz inorgânica do osso é composta principalmente de minerais cálcio e fosforo, o cálcio é necessario para contração muscular e o fosforo para atividades do DNA e RNA. Estrutura óssea Cada osso tem a forma caracteristica e pontos de reparo em sua superfície que indicam sua relação funcional com outros ossos, com os músculo e com a estrutura do corpo como um todo. Os osso do esqueleto são classificados de acordo com sua forma em quatro categorias principais: ossos longos, ossos curtos, ossos planos e ossos irregulares (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Tecido ósseo O tecido ósseo é composto de vários tipos de celulas ósseas incluidas em uma matriz de substância fundamental, sais inorgânicas (cálcio, fosforo) e fibras colágenas. As células ósseas e a CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE substância fundamental dão flexibilidade e força ao osso; os sais inorgânicos dão a dureza (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Crescimento ósseo O desenvolvimento ósseo do embrião para o adulto depende de processos ordenados de divisão celular, crescimento e remodelamento contínuo. O crescimento do osso é influenciado por fatores genéticos, hormonais e nutricionais (VAN DE GRAAF, 2003;GAYTON, 2008; SOBOTTA, 2012). ARTICULAÇÕES Baseando-nos nas estruturas anatômicas, as articulações entre os ossos do esqueleto são classificadas em articulações fibrosas, articulações cartilagíneas e articulações sinoviais. As articulações fibrosas unem firmemente os elementos do esqueleto com tecido conjuntivo fibroso. As articulações cartilagíneas unem firmemente os elementos do esqueleto com cartilagem. As articulações sinoviais são articulações com liberdade de movimentos; e são envolvidas por cápsulas articulares que contém líquido sinovial (VAN DE GRAAF, 2003;GAYTON,2008; SOBOTTA, 2012). Uma das funções do sistema esquelético é permitir o movimento do corpo. Não são os ossosque permitem o movimento, mas as uniões entre os ossos, chamadas articulações ou junturas. A estrutura de uma articulação determina a direção e a amplitude do movimento que ela permite. Nem todas as articulações são flexíveis, contudo, quando uma parte do corpo se movimenta, outras articulações permanecem rígidas para estabilizar o corpo e manter o equilibrio (VAN DE GRAAF, 2003). As articulações do corpo são agrupadas pelas suas estruturas em três categorias principais. 1. Articulações fibrosas. Nas articulações fibrosas, os ossos que se articulam são unidos através de tecido conjuntivo fibroso. Nestas articulações faltam as cavidades articulares. 2. Articulações cartilagíneas. Nas articulações cartilagíneas, os ossos que se articulam são unidos através de cartilagem. Nestas articulações também falta a cavidade articular. 3. Articulações sinoviais. Nas articulações sinoviais, as partes dos ossos que se articulam estão cobertas com cartilagem, e geralmente são auxiliadas por ligamentos que lhes dão suporte. Estas articulações se distinguem pelo líquido que preenche as cavidades articulares. Uma classificação funcional das articulações se baseia no grau de movimento permitido pela articulação. Utilizando este critério de classificação, os três tipos de articulações são os seguintes: CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE 1. Sinartroses. Articulações imóveis. 2. Anfiartroses. Articulações ligeiramente móveis. 3. Diartroses. Articulações livremente móveis. ARTICULAÇÕES FIBROSAS Como o nome sugere, os ossos que se articulam em articulações fibrosas estão firmemente ligados através de tecido conjuntivo fibroso. As articulações fibrosas variam de articulações rígidas e relativamente imóveis àquelas ligeiramente móveis. Os três tipos de articulações fibrosas são suturas, sindesmoses e gonfoses (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). 1. Suturas. As suturas são encontradas apenas no crânio, são caracterizadas por uma fina camada de tecido conjuntivo denso irregular que une os ossos que se articulam. As suturas se formam em torno dos 18 meses de idade e substituem os flexíveis fontículos do crânio de uma criança. 2. Sindesmoses. Sindesmoses são articulações fibrosas ligada por fibras colágenas ou lâminas de tecido fibroso chamadas membranas interósseas. A articulação do antebraço entre as partes distais do rádio e da ulna e na perna entre as partes distais da tíbia e da fíbula, e permite movimentos ligeiros nestas articulações quando o antebraço ou a perna são rodados. 3. Gonfoses. Gonfoses são articulações fibrosas que ocorrem entre os dentes e os ossos de sustentação, maxilas e mandíbula. Mais especificamente, uma gonfose, ou articulação dentoalveolar, é onde a raiz de um dente está fixada ao ligamento periodontal do alvéolo dental (cavidade do dente) do osso. (articulação tipo sutura) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (articulação tipo sutura) (articulação tipo sutura) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (articulação tipo sindesmoses) (articulação tipo gonfoses) ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Articulações cartilagíneas permitem movimentos limitados em resposta a torções ou compressões. Os dois tipos de articulações cartilagíneas são sínfises e sincondroses (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). 1. Sínfises. As superfícies dos ossos que se articulam em uma sínfise são cobertas por cartilagem hialina que é infiltrada com fibras colágenas para formar um bloco interposto de fibrocartilagem. Este bloco amortece a articulação e permite movimento limitado. A sínfise púbica e as articulações intervertebrais são formadas pelos discos intervertebrais são exemplos de sínfises. 2. Sincondroses. Sincondroses são articulações cartilagíneas que têm cartilagem hialina entre os ossos que se articulam. Algumas são temporárias, quando o crescimento se completa estas articulações se ossificam. Articulações costais que se fixam no esterno são exemplos de sincondroses. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (articulação cartilaginosa tipo sínfise) (articulação cartilaginosa tipo sínfise) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (articulação cartilaginosa tipo sincondrose) ARTICULAÇÕES SINOVIAIS CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE As articulações sinoviais dotadas de liberdade de movimentos estão envolvidas por capsulas articulares que contêm líquido sinovial. Com base nas formas das superfícies articulares e no tipos de movimentos que elas permitem, as articulações sinoviais são classificadas em planas, gínglimo, trocóidea, elipsóidea ou condilar, selar e esferóidea. Articulações intercapais, joelho, cotovelo, das falanges, do ombro são exemplos de articulações sinoviais (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). (articulação sinovial) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE MOVIMENTOS NAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Os movimentos nas articulações sinoviais são produzidos pela contração dos músculos esqueléticos que transpõem as articulações e se fixam nos ossos próximos ou nos ossos que formam as articulações. Nestas ações, os ossos atuam como alavancas, os músculos proporcionam a força, e as articulações são os pontos de apois ou pivôs (VAN DE GRAAF, 2003). Os movimentos articulares são classificados em sentido amplo em angulares e circulares e certos movimentos especiais. 1. Movimentos angulares. Os movimentos angulares aumentam ou diminuem o ângulo da articulação produzido pelos ossos que se articulam. Os quatro tipos de movimentos angulares são flexão, extensão, abdução e adução. 1.1. Flexão é o movimento que diminui o ângulo da articulação no plano ântero-posterior. Dobrar o cotovelo ou o joelho são exemplos de flexão. 1.2. Extensão é o reverso da flexão, o ângulo da articulação é aumentado. A extensão retorna uma parte do corpo para a posição anatômica. 1.3. Abdução é o movimento de uma parte do corpo afastando-se do eixo principal do corpo, ou afastando-se do plano sagital mediano, em direção lateral. Movimento dos braços lateralmente afastando-se do corpo é um exemplo de abdução. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE 1.4. Adução é o oposto da abdução, é o movimento de uma parte do corpo aproximando-se do eixo principal do corpo. Os braços ou pernas foram aduzidos em direção ao corpo é um exemplo de adução. 2. Movimentos circulares. Nas articulações que permitem movimentos circulares, um osso com uma superfície arredondada ou oval articula-se com a correspondente depressão do outro osso. Os dois tipos básicos de movimentos circulares são rotação e circundução. 2.1. Rotação é o movimento de uma parte do corpo ao redor de seu próprio eixo. O ato de virar a cabeça de um lado para outro e torcendo a cintura são exemplos. A supinação é uma rotação específica do antebraço de forma que a palma da mão volta-se para diante (anteriormente) ou para cima (superiormente). A pronação é o oposto de supinação, é um movimento rotacional do antebraço de forma que a palma está dirigida para trás (posteriormente) ou para baixo (inferiormente). 2.2. Circundução é o movimento circular de uma parte do corpo ao descrever no espaço a forma de um cone. A extremidade distal executa o movimento circular e afixação proximal atua como um pivô. Este tipo de movimento é possível nas articulações do tronco, ombro, punho, metarcapofalângicas, quadril, tornozelo e metatarsofalângicas. 3. Movimentos especiais. Quando os termos usados para descrever os movimentos gerais em torno de eixos não se aplicam aos movimentos de certas articulações ou regiões do corpo, outros termos devem ser usados. Inversão é o movimento da planta do pé para dentro ou medialmente. Eversão, o oposto da inversão, é o movimento da planta do pé para fora ou lateralmente. Protração é o movimento de parte do corpo para diante, em um plano paralelo ao solo, empurra a mandíbula para frente por exemplo. Retração é o oposto da protração é o movimento de parte do corpo para trás em um plano paralelo ao solo, trazer a mandíbula em alinhamento com a maxila é um exemplo. Elevação é o movimento que eleva uma parte do corpo. Abaixamento é o oposto da elevação. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE SISTEMA MUSCULAR Os músculos esqueléticos estão adaptados para se contraírem a fim de executar as funções de gerar os movimentos do corpo, produzir calor, dar sustentação ao corpo e manter a postura. Mais de 600 músculos esqueléticos constituem o sistema muscular e, tecnicamente, cada um deles é um orgão – composto de tecido muscular esqueletico, tecido conjuntivo e tecido nervoso. Cada músculo também tem uma função específica, como mover um dedo, ou fechar as pálpebras. Em sua totalidade, os músculos esqueleticos correspondem aproximadamente a 40% do peso corpóreo (VAN DE GRAAF, 2003; GAYTON, 2008;SOBOTTA, 2012). As células musculares (fibras) se contraem quando estimuladas por impulsos nervosos. A estimulação de apenas algumas fibras não é suficiente para causar um efeito notável, mas contrações de fibras isoladas são importantes e ocorrem continuamente no interior do músculo. Quando um número suficiente de fibras do músculo esquelético é ativado, o músculo contrai e causa o movimento do corpo (VAN DE GRAAF, 2003; GAYTON, 2008; SOBOTTA, 2012). Os músculos realizam três funções principais: (1) movimento, (2) produção de calor, (3) sustentação do corpo e manutenção da postura. O tecido muscular do corpo é de três tipos: liso, cardíaco e esquelético. Embora estes três tipos defiram em estrutura e função, e o sistema muscular se refira apenas aos músculos esqueléticos compostos de tecido esquelético, as seguintes propriedade básicas caracterizam todos os tecidos musculares: CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Irratabilidade. O tecido muscular é sensível aos estímulos dos impulsos nervosos. Contratilidade. O tecido muscular responde aos estímulos contraindo-se longitudinalmente ou se encurtando. Extensibilidade. Quando o estímulo diminui e as fibras musculares estão relaxadas, elas podem ser estiradas até mesmo além do seu tamanho de repouso pela contração de um músculo antagonista. As fibras estão então preparadas para outra contração. Elasticidade. As fibras musculares, após terem sido estiradas, tendem a recuar ao seu tamanho original de repouso. (Fibras musculares – tipos de células musculares) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE O músculo cardíaco é involuntário, o músculo liso está disperso pelo corpo e também é involuntário, o músculo esqueletico realiza o movimento voluntário sendo responsavel por vários movimentos do corpo. Os músculos são descritos comumente em grupos de acordo com a localização anatômica e funções conjuntas. Os músculos do esqueleto axial incluem os músculos da face, pescoço e os músculos anteriores e posteriores do tronco. Os músculos do esqueleto apendicular incluem aqueles que atuam nos cíngulos do membro superior e do membro inferior e aqueles que movimentam as articulações dos membros (VAN DE GRAAF, 2003; GAYTON, 2008; SOBOTTA, 2012). O tecido muscular é responsavel pelo movimento de substâncias atraves do corpo, pelo movimento de uma parte do corpo em relação a outra pela locomoção. Fibras dos três tipos de tecido muscular estão adaptadas para contrair em resposta a estímulos. Musculo Liso O tecido muscular liso é bastante comum ao longo do corpo e está presente em muitos sistemas. Por exemplo na parede do trato gastrointestinal, fornece a força contrátil para os movimentos peristálticos envolvidos na digestão mecânica dos alimentos. Musculo liso também é CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE encontrado nas paredes das artérias, nas paredes das vias aéreas respiratórias e no ductos urinarios e genitais. A contração do músculo liso está sob controle do sistema nervoso autônomo involuntário. Musculo Cardíaco Tecido muscular cardíaco compõe a maior parte das paredes do coração. Esse tecido é caracterizado por ramificação das fibras, cada uma delas com um único núcleo, posicionado centralmente, e por discos intercalares posicionados transversalmente. Os discos intercalares ajudam a ligar células adjacentes e a transmitir a força de contração de célula para célula. Semelhante aos músculos esqueléticos, o músculo cardíaco é estriado, mas diferentemente do músculo esquelético apresenta contrações involuntárias rítmicas (VAN DE GRAAF, 2003; GAYTON, 2008). Musculo Esquelético O tecido muscular esquelético fixa-se ao esqueleto e é responsavel pelos movimentos voluntários do corpo. Cada fibra alongada, multinucleada, possui estrias transversais distintas. As fibras desse tecido muscular são agrupadas em fascículos paralelos que podem ser vistos sem microscópio no músculo fresco. Fibras musculares cardíacas e esqueléticas não podem replicar depois que o tecido formado completou-se logo após o nascimento. (VAN DE GRAAF, 2003). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE SISTEMA GENITURINÁRIO SISTEMA URINÁRIO O sistema urinário compreende os rins, ureteres, bexiga e uretra. Este sistema cujas estruturas mantêm exatamente o ambiente químico interno do corpo realiza várias funções excretoras, reguladoras e secretoras (VAN DE GRAAF, 2003; GAYTON, 2008). O sistema urinário mantém a composição e as propriedades dos líquidos do corpo que formam o meio interno das células do corpo. O produto final do sistema urinário é a urina, que é eliminada do corpo durante a micção (VAN DE GRAAF, 2003). O sistema urinário, juntamente com os sistemas respiratório, digestório e tegumentar, excretam substâncias do corpo. Por isso, esses sistemas são ocasionalmente chamados de sistemas de excreção. No processo do metabolismo celular, nutrientes absorvidos pelo sistema digestório e o oxigênio do ar inalado são utilizados para sintetizar uma variedade de substâncias que fornecem a energia necessária para a manutenção do corpo. Contudo, os processos metabólicos produzem resíduos celulares que devem ser eliminados para que a hemostasia seja mantida. Da mesma maneira que os nutrientes essenciais são conduzidos para as células através do sangue, também os resíduos celulares são removidos pelos sistema e levados aos sistemas de excreção correspondentes. O gás carbônico é eliminado pelo sistema respiratório; água em excesso, sais, resíduos nitrogenados e até mesmo o calor metabólico excessivo são removidos pelo sistema tegumentar; e vários residuos da digestão são eliminados pelo sistema digestório (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE O sistema urinário é o principalsistema responsável pelo equilibrio hídrico e eletrolítico. Eletrólitos são compostos que se separam em íons quando dissolvidos em água. O equilibrio eletrolítico é alcançado quando o número de eletrólitos que entram no corpo iguala o número que é eliminado. Os íons hidrogênio, por exemplo são mantidos em concentrações precisas de forma que existia no corpo um equilibrio ácido-básico ou Ph (GAYTON, 2008). Uma segunda função importante do sistema urinário é a excreção de derivados nitrogenados tóxicos especificamente ureia e creatinina. Outras funções do sistema urinário incluem a eliminação de resíduos tóxicos que podem ser o resultado da ação bacteriana e a remoção de várias drogas que foram introduzidas no corpo. Todas essas funções são realizadas através da formação de urina pelos rins (VAN DE GRAAF, 2003; GAYTON, 2008). O sistema urinário consiste em dois rins, dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Nos rins os túbulos estão entrelaçados com redes vasculares do sistema circulatório para tornar possivel a produção de urina. Depois que a urina é formada, é conduzida pelos ureteres para armazenamento na bexiga urinária. A micção ou eliminação da urina armazenada na bexiga urinária, é feita através da uretra (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). O sangue a ser processado por um rim entra pela calibrosa arteria renal. Depois do processo de filtração, sai pela veia renal. A importancia da filtração do sangue é demonstrada pelo fato que em condições normais de repouso, os rins recebem 20 a 25% de todo o débito cardíaco, aproximadamente. A cada minuto os rins processam aproximadamente 1.200ml de sangue (GAYTON, 2008). Os rins são de cor marrom avermelhada estão posicionados contra a parede posterior da cavidade abdominal entre os níveis das vértebras décima segunda torácica e terceira lombar. O rim direito normalmente é 1,5 a 2,0 cm mais baixo que o esquerdo por causa da grande área ocupada pelo fígado no lado direito (VAN DE GRAAF, 2003). O néfron é a unidade funcional do rim, responsavel pela formação da urina. Cada rim contém mais de um milhão de nefrons cercados por pequenos vasos sanguíneos associados. O liquido formado por filtração capilar entra no néfron e é modificado subsequentemente atraves de processos de transporte. O liquido resultante que deixa o néfron é a urina (GAYTON, 2008). A urina é canalizada dos rins para a bexiga urinária pelos ureteres e é eliminada do corpo pela uretra. A mucosa da bexiga urinária permite distensão, e os músculos da bexiga urinária e uretra funcionam no controle da micção (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (RIM – unidade funcional Néfron) SISTEMA GENITAL MASCULINO E FEMININO Os orgãos genitais do homem e da mulher estão adaptados produzir e permitir a união de gametas que contêm genes específicos. Uma combinação aleatória dos genes durante a reprodução sexual resulta na formação de indivíduos com diferenças genéticas (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE As funções do sistema genital masculino são: produzir gametas masculinos, espermatozóides, e transferi-los para o sistema genital feminino atraves do coito ou cópula. Outra função do sistema genital masculino consiste em produzir e secretar hormônios sexuais que mantêm os órgãos sexuais masculinos e contribuem para a libido masculina (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). As caracteristicas do sistema genital masculino incluem os orgãos sexuais primarios (testículo) são elas que produzem os gametas ou espermatozoides e produzem e secretam hormônios sexuais masculinos; orgãos sexuais secundários que são essenciais para a reprodução são aquelas estruturas essenciais ao transporte do espermatozoide; e caracteres sexuais secundários atrativos sexuais expressoes depois da puberdade que incluem o físico os pêlos do corpo e o tom da voz (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). - Períneo e Escroto: O escroto com forma sacular, localizado na porção urogenital do períneo, sustenta e protege o testículo e mantém sua posição em relação a região pélvica do corpo; Cada testículo está contido no interior de seu próprio compartimento escrotal e está separado do outro testículo pelo septo do escroto; - Testículos: Os testículos são divididos em lóbulos em forma de cunha; os lóbulos são constituídos de túbulos seminíferos que produzem espermatozoides e de tecido interticial que produz andrógenos; CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE - Pênis: O pênis é o orgão especializado em se tornar ereto para introdução na vagina durante o coito; O corpo do pênis consiste em três colunas de tecido erétil, na uretra esponjosa e nos vasos e nervos associados. O sistema genital feminino produz óvulos, secreta hormônios sexuais, recebe o espermatozoide masculino e fornece locais para a fertilização de um óvulo e a implantação do blastocisto. Parto em sequencia a gestação, e a secreção das glândulas mamárias fornece nutrição para o recém-nascido (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). O período reprodutivo da mulher é o período entre a puberdade e a menopausa. No decorrer desse espaço de tempo, ocorrem os ciclos ovulatórios e os padrões de menstruação nas mulheres não grávidas. As funções do sistema genital feminino são: produzir óvulos, secretar hormônios sexuais, receber o esperma do homem, proporcionar locais para a fertilização, a implantação e o desenvolvimento do embrião e do feto, facilitar o parto e secretar leite pelas glândulas mamárias(VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Os sistema genital feminino consiste em: orgãos sexuais primários (os ovários); orgãos sexuais secundários os que são essenciais para a reprodução sexual caracterizados por desenvolvimento latente incluem a vagina os genitais externos e as glandulas mamarias e; caracteres sexuais secundários que são atrativos sexuais manifestados depois da puberdade (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). A ovulação e a menstruação são eventos cíclicos da reprodução regulados através de hormônios secretados pelo hipotálamo, adeno-hipófise e pelos ovários. O ciclo menstrual é dividido em fases menstrual, proliferativa e secretória. Os principais hormônios que regulam a ovulação e a menstruação são estrógeno, progesterona, hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) (GAYTON, 2008). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE SISTEMA NEUROLÓGICO SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso está divido em sistema nervoso central (SNC), que inclui o encéfalo e a medula espinal/espinhal, e o sistema nervoso periférico (SNP), que inclui os nervos cranianos que se originam no encéfalo e os nervos espinais/espinhais que se formam a partir da medula espinhal/espinal (VAN DE GRAAF, 2003). O sistema nervoso juntamente com o sistema endócrino, regulam as funções dos outros sistemas do corpo. O sistema nervoso é especializado em receber e responder a ocorrências em nossos ambientes interno e externo. A consciência do meio ambiente é tornada possível através de neurônios (células nervosas), que são altamente especializados no que se refere a excitabilidade e condutividade. As funções do sistema nervoso ao longo do corpo juntamente com o sistema endócrino são de coordenar as atividade dos outros sistemas do corpo, o sistema nervoso tem a capacidade de armazenar experiências (memória) e estabelecer padrões de respostas com baseem experiências anteriores (aprendizado) (GAYTON, 2008). As funções do sistema nervoso incluem: 1. Orientação do corpo em relação aos ambientes interno e externo; 2. Coordenação e controle das atividades do corpo; CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE 3. Assimilação de experiências necessárias para memória, aprendizado e inteligência;e 4. Programação do comportamento instintivo (aparentemente mais importante em outros vertebrados do que em humanos). Estas quatro funções dependem da capacidade do sistema nervoso em monitorar mudanças, ou estímulos, do interior e do exterior do corpo, em interpretar as mudanças em um processo chamado integração; e em efetuar respostas ativando músculos ou glândulas. Assim sendo, falando em termos gerais, o sistema nervoso tem funções sensitivas, de integração e motoras, todas as quais trabalham conjuntamente para manter a constância interna ou homeostasia do corpo (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). O sistema nervoso apresenta duas divisões: o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico este pode ainda ser dividido em sistema nervoso somático ou voluntário e sistema nervoso autônomo ou involuntário. A função do sistema nervoso é controlar todas as atividades motoras, sensoriais, autônomas, cognitivas e comportamentais. O sistema nervoso possui aproximadamente 10 milhões de neurônios sensoriais que enviam informações sobre os ambientes interno e externo para o cérebro e 500.000 neurônios motores que controlam os músculos e glândulas. O próprio cérebro contém mais de 20 bilhões de células nervosas que ligam as vias motora e sensorial, monitoram os processos do corpo, respondem aos ambientes interno e externo, mantêm a homeostasia e dirigem toda a atividade psicológica, biológica e física por meio de complexas mensagens químicas e elétricas (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). A unidade funcional básica do sistema nervoso é o neurônio. Ela é composta de um corpo celular, um dendrito e um axônio. O dendrito é uma estrutura do tipo ramificação com sinapses para receber as mensagens eletroquímicas. O axônio é uma projeção longa que transporta os impulsos para longe do corpo celular. Os corpos de células nervosas que se apresentam em grupos são chamados de gânglios ou núcleos. Um grupo de corpos celulares com a mesma função é chamado de um centro (centro respiratório por exemplo). As células da neuróglia, outro tipo de célula nervosa, sustentam, protegem e nutrem os neurônios (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Sistema nervoso – Sistema nervoso central SNC: cérebro, medula espinhal – Sistema nervoso periférico: nervos cranianos e espinhas) (neurônio – corpo celular, dendrito e axônio) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Os neurônios podem ser classificados de acordo com sua estrutura ou função. Um nervo é um conjunto de fibras nervosas fora do sistema nervoso central, a maioria dos nervos são composto de fibras motoras e sensitivas. Neurônios e suas fibras no interior dos nervos podem ser classificados de acordo com a área de inervação no seguinte esquema: 1. Somático sensitivo. 2. Somático motor. 3. Visceral sensitivo 4. Visceral motor Sinapse, Transmissão de impulsos e Neurotransmissores A sinapse é a conexão funcional entre o terminal axônico de um neurônio pré-sinaptico e um dentrito de um neurônio pós-sinaptico ( em outras palavras é comunicação entre dois neurônios). Para uma conexão funcional ou “comunicação” entre neurônios ocorrer deve existir um impulso nervoso que é a estimulação da célula nervosa o neurônio, este impulso nervoso é o movimento positivo ou troca de íons de Sódio e potássio ao longo de um fibra nervosa transmitindo o estímulo a outro neurônio. A transmissão sinaptica é facilitada pela secreção de uma substância química neurotransmissora (GAYTON, 2008). Ao atingir a extremidade de um axônio, o impulso nervoso deve ser transmitido a uma outra célula, geralmente a um outro neurônio. No entanto, com raríssimas exceções, as extremidades axônicas de um neurônio não tocam a superfície da outra célula com a qual ele se comunica. Entre a extremidade axônica de um neurônio e a superfície da célula vizinha existe um espaço estreito denominado fenda sinaptica ou sinapse nervosa, no qual são liberados substâncias químicas especiais denominadas neurotransmissores. Os neurotransmissores liberados na sinapse geram um novo impulso nervoso na célula vizinha, o qual se propagará até a sinapse seguinte (GAYTON, 2008). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL O sistema nervoso central (SNC) inclue o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo é dividido em três areas principais: o cérebro, o tronco encefálico/cerebral e o cerebelo. O cérebro é composto de dois hemisférios, tálamo, hipotálamo e os gânglios da base. O tronco encefálico/cerebral compreende o mesencéfalo, ponte, medula e conexões para os nervos cranianos. O cerebelo localiza-se sob o cérebro e por trás do tronco cerebral. A medula espinha e o cordão espinhal formam uma estrutura contínua que se estende desde os hemisférios cerebrais e serve como a conexão entre o encéfalo e a periferia do corpo (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (sistema nervoso central – encéfalo e medula espinhal) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Cerebro. O cérebro consiste em dois hemisférios cerebrais que são divididos em pares de lobos frontais, parietais, temporais e occipitais. Frontal – o maior lobo, com a função de concentração, raciocínio abstrato, armazenamento de informações ou memória e a função motora, controle motor da fala, pelo afeto, julgamento, personalidade e inibições. Parietal – um lobo predominantemente sensorial. Essencial para a consciência do corpo e orientação no espaço. Temporais – contém as áreas receptoras auditivas, contem a area interpretativa. Occipital – o lobo posterior do hemisfério cerebral é responsavel pela interpretação visual. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Tronco Encefálico/Cerebral. O tronco cerebral consiste no mesencéfalo, ponte e medula oblonga/bulbo. O mesencéfalo conecta a ponte e cerebelo com os hemisférios cerebrais; ele contém vias sensoriais e motoras e serve como o centro para os reflexos auditivo e visual. A ponte controla o coração, a respiração e a pressão arterial. A medula oblonga contém fibras motoras oriunda do cérebro para a medula neste local ocorre o cruzamento ou decussação na qual o lado direito do corpo é controlado pelo lado esquerdo do encéfalo e o lado esquerdo do corpo é controlado pelo lado direito do encéfalo. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Cerebelo. O cerebelo é separado dos hemisférios cerebrais por uma dobra da meninge dura-mater, o cerebelo apresenta ações excitatórias e inibitórias sendo responsavel em grande parte pela coordenação do movimento. Ele controla o movimento fino, equilibrio, sensação de posição e a integração do estimulo sensorial. Estruturas Protetoras do Encéfalo CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE O encéfalo estácontido no crânio rígido, o qual o protege contra a lesão. Os principais ossos do crânio são os ossos frontal, temporais, parietais e occipital. Esses ossos unem-se nas linhas da sutura (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). As meninges (tecidos conjuntivos fibrosos que revestem o cérebro e a medula espinhal) proporcionam proteção, suporte e nutrição ao encéfalo e medula espinhal. As camadas da meninge são a dura-mater, aracnóide e pia-máter (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Dura-máter – a camada mais externa; cobre o encéfalo e a medula espinha. É tensa, espessa, inelástica, fibrosa e acinzentada. Entre a dura-mater e a calota craniana, no crânio, e entre o periósteo e a dura-mater, na coluna vertebral, encontra-se o espaço epidural. Aracnóide – a membrana média; uma membrana extremamente fina e delicada que se assemelha muito a uma teia de aranha (daí o nome aracnóide). Ela se mostra esbranquiçada, porque não possui suprimento sanguíneo. A camada aracnóide contém o plexo coróide, que é responsavel pela produção do líquido cefalorraquidiano (LCR). Essa membrana também possui projeções digitiforme únicas, vilosidades aracnóides que absorvem o LCR. No adulto normal aproximadamente 500ml de LCR são produzidos a cada dia; esse total excetuando-se 125 s 150 ml é absorvido pelas vilosidades. O espaço subdural fica entre a dura-mater e a camada aracnóide, e o espaço subaracnóide se localiza entre as camadas aracnóide e pia- máter e contém o LCR. Pia-máter – a membrana mais interna, uma fina camada transparente que adere rigorosamente ao cérebro e estende-se para dentro de cada dobra da superfície do cérebro. O líquido Cefalorraquidiano (LCR) é um líquido claro e incolor com uma densidade específica de 1.007, é produzido nos ventrículos e circula ao redor do encéfalo e da medula espinhal através do sistema ventricular. Existem quatro ventrículos: os ventrículos laterais, direito e esquerdo, e o terceiro ventriculo e o quarto ventrículo. O LCR é produzido no plexo coróide do ventrículo lateral e do terceiro e quarto ventrículo. O sistema ventricular e subaracnóide contém aproximadamente 125 a 150 ml de líquido, enquanto 15 a 25ml do LCR se localiza em cada ventrículo lateral. A composição do liquor é semelhante ao do plasma sanguíneo em condições normais contém um número mínimo de leucócitos e ausencia de eritrócitos (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Circulação Encefálica A circulação encefalica recebe aproximadamente 15% do débito cardíaco, ou 750ml por minuto. O encéfalo não armazena nutrientes e possui uma elevada demanda metabolica que requer o elevado fluxo sanguíneo. Duas artérias carótidas internas e duas artérias vertebrais e seus extensos sistemas de ramificações fornecem o suprimento sanguíneo para o encéfalo (GAYTON, 2008). Barreira Hematoencefálica O SNC é inacessível a muitas substâncias que circulam no plasma sanguíneo por causa da barreira hematoencefalica, essa barreira é formada por células endoteliais dos capilares encefálicos as quais formam junções apertadas contínuas, criando uma barreira para macromoléculas e muitos compostos (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Anatomia da medula espinhal O cordão espinhal e a medula formam uma estrutura contínua que se estende desde os hemisférios encefálicos e serve como a conexão entre o encéfalo e a periferia. Com CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE aproximadamente 45cm de comprimento e a espessura aproximada de um dedo, ela se estende desde o forame magno, na base do crânio, até a borda inferior da primeira vertebra lombar, onde diminui progressivamente até uma faixa fibrosa chamada de cone medular. Prosseguindo além do segundo espaço lombar, estão as raízes nervosas que se estendem além do cone, as quais chamadas de cauda equina, porque assemelha-se a cauda de um cavalo. Assim como o cérebro, a medula espinhal consiste em substância branca e cinzenta. A substância cinzenta no cérebro é externa e a substância branca é interna; na medula espinhal, a substância cinzenta está no centro e é circundada de todos os lados pela substancia branca(VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). (substancia branca e substancia cinzenta na medula) A medula é circundada pelas meninges, camadas dura-mater, aracnóide e pia-máter. Entre a dura-mater e o cana espinhal, encontra-se o espaço epidural. A medula espinha é uma estrutura em forma de H, com os corpos das células nervosas (substancia cinzenta) circundados pelos tratos ascendentes e descendentes (substancia branca). A porção inferior do H é mais larga que a porção superior e corresponde aos cornos anteriores. Os cornos anteriores contêm as células com fibras que formam a raiz anterior (motora) e são essenciais para a atividade voluntária e reflexa dos músculos CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE que elas inervam. A parte posterior mais delgada (cornos posteriores) contém as células com fibras que penetram na raiz posterior (sensorial) e, dessa maneira, servem como uma estação de retrotransmissão na via sensorial/reflexa (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). A região torácica da medula espinhal possui uma projeção de cada lado, na barra transversal do H, de substancia cinzenta, chamada corno lateral. Ela contém as células que originam as fibras autônomas da divisão simpática. As fibras saem da medula espinhal através das raízes anteriores nos segmentos torácico e lombar superior (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE O sistema nervoso periférico inclui os nervos cranianos e os nervos espinhais. O sistema nervoso periférico pode ainda ser dividido em sistema nervoso somático ou voluntário e sistema nervoso autônomo ou involuntário (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). -Nervos cranianos Existem 12 pares de nervos cranianos que emergem a partir da superfície inferior do cérebro e atravessam os forames do crânio. Três são totalmente sensoriais (I, II, VIII), cinco são motores (III, IV, VI, IX e XII) e quatro são mistos (V, VII, IX e X), já que eles possuem funções sensoriais e motoras. Os nervos cranianos são numerados na ordem em que eles se originam do cérebro. Por exemplo, os nervos craniano I e II ligam-se aos hemisférios cerebrais, enquanto os nervos cranianos IX, X, XI e XII ligam-se a medula. Muitos nervos cranianos inervam estruturas na cabeça, pescoço e as sensações especiais. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE -Nervos espinhais A medula espinhal é composta de 31 pares de nervos espinhais: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1coccígeo. Cada nervo espinhal possui uma raiz ventral e uma raiz dorsal. As raízes dorsais são sensoriais e transmitem os impulsos sensoriais de áreas especificas do corpo, conhecidas como dermátomos, para gânglios dorsais. A fibra sensorial pode ser somática, transportando informações sobre dor, temperatura, tato e sensação de posição (propriocepção) a partir de tendões, articulações e superfícies corporais; ou viscerais, transportando informações oriunda dos órgãos internos. As raízes ventrais são motoras e transmitem impulsos da medula espinhal para o corpo. Essas fibras também são somáticas ou viscerais. As fibras viscerais incluem as fibras autonômicas que controlam os músculos cardíacos e as secreções glandulares. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO:SD LAURO ALEXANDRE CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE Sistema Nervoso Autônomo O sistema nervoso autônomo regula as atividades dos órgãos internos, como o coração, pulmões, vasos sanguíneos, órgãos digestivos e glândulas. A manutenção e a restauração da homeostasia interna dependem, em grande parte, do sistema nervoso autônomo. Existem duas divisões principais: o sistema nervoso simpático, com respostas predominantemente excitatórias, mais notadamente a resposta de “luta ou fuga”, e o sistema nervoso parassimpático, que controla a maioria das funções viscerais (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Sistema nervoso simpático: a divisão simpática do sistema nervoso autônomo é mais conhecida por seu papel na resposta de “fuga e luta”. Sob as condições de estresse, a partir das causas físicas ou emocionais, os impulsos simpáticos aumentam muito. Em consequencia, os bronquíolos dilatam-se para a troca gasosa mais facil; as contrações do coração são mais vigorosas e mais rápidas; as arterias do coração e músculos voluntários dilatam-se, carregando mais sangue para esses órgãos; os vasos sanguíneos periféricos contraem-se, fazendo com que a pele se mostre fria, mais desviando o sangue para os órgãos essenciais; as pupilas dilatam-se; o fígado libera glicose para a energia rápida; a peristalse retarda; os pêlos ficam eretos; e a sudorese aumenta. O neurotransmissor simpático é a norepinefrina (noradrenalina), e esse aumento na descarga simpática é como se o corpo tivesse recebido uma injeção de adrenalina – por isso o termo adrenérgico é frequentemente empregado para se referir a essa divisão. Os neurônios simpáticos localizam- se nos segmentos torácico e lombar da medula; seus axônios ou fibras pré-ganglionares emergem por meio das raízes nervosas anteriores a partir do oitavo segmento cervical ou primeiro segmento torácico até o segundo ou terceiro segmento lombar. Sistema nervoso parassimpático: O sistema nervoso parassimpático funciona como o controlador dominante para a maioria dos efetores viscerais. Durante condições tranquilas e não-estressantes, predominam os impulsos originários das fibras parassimpáticas (colinergicas). As fibras do sistema parassimpático localizam-se em duas seções, uma no tronco cerebral e a outra a partir dos segmentos espinhais abaixo de L2. Por causa da localização dessas fibras o sistema parassimpático é referido como a divisão crânio-sacral, diferente da divisão toraco-lombar (simpática) do sistema nervoso autônomo. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Sistema nervoso Periférico – Sistema nervoso simpático e Sistema nervoso parassimpático – Distribuição dos nervos periféricos) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Nervos espinhais com as raízes dorsais que são sensoriais e transmitem impulsos sensoriais de áreas específicas do corpo, conhecidas como dermátonos) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Escala de coma de Glasgow – avalia o nível de consciência) A ESCALA DE COMA DE GLASGOW é uma escala neurológica que parece constituir-se num método confiável e objetivo de registrar o nível de consciência de uma pessoa, para avaliação inicial e contínua após um traumatismo craniano. Seu valor também é utilizado no prognóstico do paciente e é de grande utilidade na previsão de eventuais seqüelas. Inicialmente usado para avaliar o nível de consciência depois de trauma encefálico, a escala é atualmente aplicada a diferentes situações (LOPES, 2009). SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório é composto dos tratos respiratórios superior e inferior. Em conjunto, os dois tratos são responsaveis pela ventilação (movimento do ar para dentro e para fora das vias aéreas). O trato superior, conhecido como via aérea superior, aquece e filtra o ar inspirado, de modo que o trato inferior (pulmões) pode realizar a troca gasosa. A troca gasosa envolve a liberação de oxigênio para os tecidos através da corrente sanguínea e a expulsão dos gases residuais, como dióxido de carbono, durante a expiração (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (SISTEMA RESPIRATÓRIO) Trato Respiratório Superior As estruturas da via aérea superior são compostas pelo nariz, seios paranasais e passagens nasais, faringe, tonsilas e adenoides, laringe e traqueia. O trato superios é conhecido também como via aérea superior na qual tem a função de filtrar o ar inspirado (VAN DE GRAAF, 2003). Nariz: o nariz é composto de uma porção externa e outra interna, o nariz na porção interna tem cavidades (ossos turbinados ou conchas) que são revestidas com mucosa altamente vascularizadas e com muco secretado continuamente e cílios que serve para mobilização de corpos estranhos. A função do nariz é filtrar as impurezas, umidificar e aquecer o ar quando este é inspirado. E responsavel pela olfação porque os receptores olfativos localizam-se na mucosa nasal. Seios paranasais: os seios paranasais incluem quatro pares das cavidades nasais, as quais são revestidas pela mucosa nasal e epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. Esses espaços áereos são conectados por uma série de dutos que drenam para dentro da cavidade nasal. Os seios paranasais são nomeados por sua localização: frontal, etmoidal, esfenoidal e CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE maxilar. Uma função proeminente dos seios paranasais consiste em servir como um compartimento de ressonância na fala. Ossos turbinados (conchas): esses ossos aumentam a superfície mucosa das passagens nasais e obstruem discretamente o fluxo do ar através deles. O ar que penetra nas narinas é defletido para cima até o teto do nariz e segue uma via circular antes de alcançar a nasofaringe. Ele entra em contato com uma grande superfície de mucosa úmida e quente que capta praticamente toda a poeira e os microorganismos no ar inspirado. O ar é umedecido, aquecido até a temperatura corporal e mantido em contato com os nervos sensitivos. Alguns desses nervos detectam odores; outros provocam o espirro para expulsar a poeira irritante. Faringe, Tonsilas e Adenóides: a faringe, ou garganta, é uma estrutura tubular que conecta as cavidades nasal e oral à laringe. A epiglote forma a entrada da laringe. As adenóides ou tonsilas farínges, localizam-se no teto da narisofaringe. As tonsilas, as adenóides e outros tecidos linfóides circundam ou garganta. Essas estruturas são importantes ligações na cadeia de lifonodos que protegem o corpo contra a invasão por organismos que penetram no nariz e na garganta. A faringe funciona como uma passagem para os tratos respiratório e digestivo. Laringe: o orgão da voz, é uma estrutura cartilaginosa revestida por epitélio, que conecta a faringe a traqueia. A principal função da laringe é vocalização. Ela também protege a via aérea inferior contra substancias estranhas e facilita a tosse. É frequentemente referida como a caixa vocal e consiste na Epiglote (um retalho valvar que cobre a abertura da laringe durante a deglutição) Glote (a abertura entre as cordas vocais na laringe) Cartilagem tireóide (a maior estrutura cartilaginosa “pomo-de-adão”) Cartilagem cricóide(o único anel cartilaginoso completo na laringe) Cartilagens aritenóides (usadas no movimento da corda vocal com a cartilagem tireóide) e as Cordas Vocais (os ligamentos controlados por movimentos musculares que produzem sons, localizadas na luz da laringe). Traqueia: a traqueia é composta de músculo liso com anéis cartilaginosos em forma de C a intervalos regulares. Os anéis cartilaginosos são incompletos na superficie posterior e proporcionam firmeza para parede da traqueia impedindo que ela se colabe. A traquéia serve como passagem entre a laringe e os bronquios. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Cavidade nasal) (Cavidade nasal – Conchas) (Cavidade nasal – conchas) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Trato respiratório) (seios paranasais) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (seios paranasais) (Laringe) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Laringe – cordas vocais) (Laringe e Traqueia) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Trato Respiratório) Trato Respiratório Inferior O trato respiratório inferior consiste nos pulmões, que contêm as estruturas bronquicas e alveolares necessarias para a troca gasosa. A troca gasosa envolve a liberação de oxigênio para os tecidos através da corrente sanguínea e a expulsão dos gases residuais, como dióxido de carbono, durante a expiração (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Pulmões: os pulmões são estruturas elásticas pareadas contidas no arcabouço torácico, que é um compartimento hermético com paredes distensíveis. A ventilação requer o movimento das paredes do gradil torácico e de seu assoalho, o diafragma. O efeito desses movimentos consiste em aumentar e diminuir alternadamente a capacidade do torax. Quando a capacidade do tórax está aumentada o ar penetra através da traqueia (inspiração) por causa da pressão interna diminuída e insufla os pulmões. Quando a parede torácica e o diafragma retornam as suas posições prévias (expiração) os pulmões retraem-se e forçam o ar para fora, atraves dos brônquios e traqueia. A fase inspiratoria da respiração normalmente requer energia; a fase expiratória é normalmente passiva. A inspiração ocorre durante o primeiro terço do ciclo respiratório; a expiração, durante os dois terços finais. Pleura Pulmonar, Mediastino e Lobos Pulmonares: Os pulmões e a parede interna do torax são revestidos por uma membrana serosa chamada pleura, a pleura visceral cobre os pulmões e a pleura parietal reveste o torax, existe uma pequena quantidade de líquido pleural entre essas membranas que servem para lubrificar o tórax e os pulmões, possibilitando o movimento suare dos pulmões dentro da cavidade torácica a cada CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE respiração. O mediastino localiza-se no meio do tórax. Cada pulmão é dividido em lobos, o pulmão esquerdo consiste em um lobo superior e outro inferior, enquanto o pulmão direito possui um lobo superior, um médio e um inferior. Brônquios e Bronquíolos: Existem várias divisões dos bronquios dentro de cada lobo do pulmão. As primeiras são os bronquios lobares, os bronquios lobares dividem-se em bornquios segmentares, os quais dividem-se em bronquios subsegmentares. Esses bronquios são circundados por tecido conjuntivo que contém artérias, vasos linfáticos e nervos. Os bronquios subsegmentares ramificam-se então em bronquíolos os quais não possuem cartilagem em suas paredes, os bronquiolos produzem muco que cobre o revestimento interno das vias aéreas, existem também os cílios que fazem o movimento de varredura de muco e substancias estranhas para fora do pulmão. Alvéolos: o pulmão é constituido de aproximadamente 300 milhões de alvéolos, os quais estão dispostos em agrupamentos de 15 a 20. Existem três tipos de células alveolares, as células alveolares tipo I são células epiteliais que formam as paredes alveolares. As células alveolares tipo II são metabolicamente ativas e secretam o surfactante uma substancia que impede os alveolos de colabar. Os macrófagos alveolares tipo III são células que ingerem a matéria estranha e agem como importante mecanismo de defesa. (bronquios pulmonares) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (bronquios pulmonares) (Pleuras pulmonares) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Bronquios, bronquiolos e alveolos) (alveolo) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (lobos pulmonares) (alveolos pulmonares) Função do Sistema Respiratório As células do corpo derivam a energia de que precisam da oxidação de carboidratos, lipídios e proteínas. Da mesma maneira que ocorre com qualquer tipo de combustão, esse processo requer oxigênio. Determinados tecidos vitais, como aqueles do cérebro e do coração, não conseguem sobreviver por muito tempo sem um suprimento constante de oxigênio. Entretanto, como resultado da oxidação nos tecidos corporais, o dióxido de carbono é produzido e deve ser removido das células para evitar o acúmulo de produtos residuais ácidos. O sistema respiratório realiza essa função ao CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE facilitar os processos de sustentação de vida, como o transporte de oxigênio, respiração e ventilação, e a troca gasosa (GAYTON, 2008). - Transporte de oxigênio O oxigênio é suprido e o dióxido de carbono é removido das células por meio do sangue circulante. As células estão em contato íntimo com os capilares, cujas finas paredes possibilitam a passagem fácil ou a troca de oxigênio e dióxido de carbono. O oxigênio difunde-se a partir do capilar através da parede capilar para o líquido interticial. Nesse ponto, ele difunde-se através da membrana das células tissulares, onde é utilizado pela mitocôndria para a respiração celular. O movimento do dióxido de carbono ocorre por difusão na direção oposta – da célula para o sangue (LOPES, 2009). - Respiração Depois dessas trocas capilares tissulares, o sangue penetra nas veias sistêmicas (onde é chamado de sangue venoso) e faz trajeto até a circulação pulmonar. A concentração de oxigênio no sangue dentro dos capilares dos pulmões é menor que nos sacos aéreos (alvéolos) dos pulmões. Por causa desse gradiente de concentração, o oxigênio difunde-se dos alvéolos para o sangue. O dióxido de carbono, que apresenta uma concentração mais elevada no sangue que nos alvéolos, difunde-se do sangue para dentro dos alvéolos. O movimento do ar para dentro e para fora das vias aéreas (ventilação) repõe continuamente o oxigênio e remove o dióxido de carbono das vias aéreas no pulmão. Todo esse processo de troca gasosa entre o ar atmosférico e sangue e entre o sangue e as células do corpo é chamado de respiração (GAYTON, 2008; LOPES, 2009). -Ventilação Durante a inspiração, o ar flui do ambiente para dentro da traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Durante a expiração, o gás alveolar percorre o mesmo trajeto em sentido inverso (GAYTON, 2008). Os fatores físicos que governam o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões são coletivamente referidos como a mecânica da ventilação e incluem asvariâncias da pressão do ar, resistência ao fluxo de ar e complacência pulmonar. -Capacidades e volumes pulmonares A função do pulmão, que reflete a mecânica da ventilação, é vista em termos dos volumes pulmonares e capacidades pulmonares. Os volumes pulmonares são categorizados como volume corrente, volume de reserva inspiratório, volume de reserva expiratório e volume residual. A capacidade pulmonar é avaliada em relação a capacidade vital, capacidade inspiratória, capacidade funcional e capacidade total (GAYTON, 2008). -Difusão e Perfusão A difusão é o processo pelo qual o oxigênio e o dióxido de carbono são trocados na interface ar-sangue. A membrana alveolocapilar é ideal para a difusão por causa da sua grande area de superfície e membrana fina (GAYTON, 2008). A perfusão pulmonar é o fluxo sanguíneo real através da circulação pulmonar. O sangue é bombeado para dentro dos pulmões pelo ventrículo direito através da artéria pulmonar. CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE O ar que respiramos é uma mistura gasosa, consistindo principalmente em nitrogênio (78,62%) e oxigênio (20,84%), com traços de dióxido de carbono (0,04%), vapor dágua (0,05%), hélio e regônio. A pressão atmosférica ao nível do mar é de aproximadamente 760mmHg. -Controle neurológico da ventilação A respiração em repouso é o resultado da excitação cíclica dos músculos respiratórios pelo nervo frênico. O ritmo das respiração é controlado por centros respiratórios no cérebro. Os centros inspiratórios e expiratórios na medula oblonga e na ponte controlam a frequencia e a profundidade da ventilação para satisfazer as demandas metabólicas (GAYTON, 2008; LOPES, 2009). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (ventilação) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (capacidades e volumes pulmonares) (Ventilação – perfusão) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (ventilação – perfusão – alveolar) SISTEMA CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular, como o dos outros vertebrados é fechado, isto é, o sangue circula sempre dentro dos vasos sanguíneos, bombeado por contrações rítmas do coração. O sistema cardiovascular também conhecido como sistema circulatório é que é composto pelo coração, vasos sanguíneos e sangue (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). O coração é um órgão muscular oco localizado no centro do tórax, onde ocupa o espaço entre os pulmões (mediastino) e repousa sobre o diafragma. Ele pesa aproximadamente 300g, embora seu peso e tamanho sejam influenciados pela idade, sexo, peso corporal, extensão do exercício e condicionamento físico e por doenças cardíacas. O coração bombeia o sangue para os tecidos, suprindo-os com oxigênio e outros nutrientes (VAN DE GRAAF, 2003). A ação de bombeamento do coração é realizada pelo contração e relaxamento rítmico de sua parede muscular. Durante a sístole (contração do músculo), os compartimentos do coração tornam-se menores à medida que o sangue é ejetado. Durante a diástole (relaxamento do músculo), as câmaras cardíacas enchem-se com sangue na preparação para a ejeção subsequente. O coração adulto normal em repouso bate aproximadamente 60 a 80 vezes por minuto. Cada ventrículo ejeta aproximadamente 70ml de sangue por batimento e apresenta um débito de aproximadamente 5 l por minuto (GAYTON, 2008). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Sistema circulatório) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Sistema cardiovascular – vasos sanguíneos) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (Coração – atrios, ventriculos e vasos) Coração O coração é composto de três camadas. A camada interna, ou endocardio, consiste em tecido endotelial e reveste o interior do coração e as válvulas. A camada média, ou miocárdio, é constituída de fibras musculares e é responsável pela ação de bombeamento. A camada exterior do coração é chamada de epicárdio (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). O coração é envolvido por um fino saco fibroso, chamado pericárdio, que é composto de duas camadas. Aderido ao epicárdio está o pericárdio visceral. Envelopando o pericárdio visceral está o pericardio pericardio parietal, um tecido fibroso forte que se insere nos grandes vasos, diafragma, esterno e coluna vertebral e sustenta o coração no mediastino. O espaço entre essas duas camadas (espaço pericárdico) é preenchidocom aproximadamente 30ml de líquido, que lubrifica a superfície do coração e reduz o atrito durante a sístole (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Quatro compartimentos do coração constituem os sistemas de bombeamento direito e esquerdo. O coração possui quatro camaras ou cavidades internas, as duas camaras superiores são os atrios cardíacos (auriculas), as duas camaras inferiores são os ventriculos cardíacos. Os ventrículos possuem uma parede bem mais espessa e musculosa que a dos átrios. Essa diferença pode ser explicada pela função que essas camaras exercem na circulação sanguínea: enquanto cada atrio bombeia sangue apenas para o ventriculo imediatamente abaixo dele, o ventriculo direito bombeia sangue para os pulmões, e o ventriculo esquerdo para todas as partes do corpo (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE O lado direito do coração constituído do átrio direito e ventriculo direito, distribui o sangue venoso (sangue desoxigenado) para os pulmões por meio da artéria pulmonar (circulação pulmonar) para a oxigenação. O atrio direito recebe o sangue que retorna da veia cava superior (cabeça, pescoço e membros superiores), veia cava inferior (tronco e membros inferiores) e seio coronário (circulação coronária). O lado esquerdo do coração, composto do átrio esquerdo e ventrículo esquerdo, distribui o sangue oxigenado para o restante do corpo por meio da aorta (circulação sistêmica). O átrio esquerdo recebe o sangue oxigenado da circulação pulmonar através das veias pulmonares (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE (coração) (anatomia do coração) CURSO DE SOCORROS DE URGÊNCIA – CBMDF/GAEPH CSU-APH 2016 ANATOMIA E FISIOLOGIA ELABORAÇÃO: SD LAURO ALEXANDRE As espessuras variadas das paredes atriais e ventriculares relacionam-se com a carga de trabalho exigida para cada compartimento. Os atrios possuem paredes finas porque o sangue que retorna a esses compartimentos gera baixas pressões. Em contraste, as paredes ventriculares são mais espessas porque eles produzem pressões maiores durante a sístole. O ventrículo direito contrai- se contra a baixa pressão vascular pulmonar e apresenta paredes mais finas que o ventrículo esquerdo. O ventrículo esquerdo, com paredes duas vezes e meia mais musculares que aquelas do ventrículo direito, contrai contra a pressão sistêmica alta (VAN DE GRAAF, 2003; SOBOTTA, 2012). Como o coração fica em posição rodada dentro da cavidade torácica, o ventrículo direito posiciona-se anteriormente (exatamente abaixo do esterno) e o ventrículo esquerdo mostra localização posterior. -Válvulas cardíacas As quarto válvulas do coração permitem que o sangue flua apenas em uma direção. As válvulas que são compostas de
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