Prévia do material em texto
DELEGADO CIVIL E FEDERAL CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional Disciplina: Direito Administrativo Professor: Celso Spitzcovsky Aula: 02| Data: 01/02/2019 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO Regime Jurídico Administrativo 1. Regime Jurídico Administrativo 1.4 Princípios que comandam a atividade administrativa Regime Jurídico Administrativo 1. Regime Jurídico Administrativo (continuação) Publicidade: Administrador está obrigado a oferecer transparência em relação a todos os seus atos e a todas as informações armazenadas nos seus bancos de dados. Artigo 5º, XXXIII, CF/88 Lei 12.527/11 – Lei de acesso a informações públicas: traz informações importantes no que tange a quem pode requerer a publicidade de informações, qual o prazo, a responsabilidade em caso de não atendimento e etc.. Vejamos: I. Legitimidade: qualquer interessado (artigo 10); II. Prazo: de imediato (artigo 11); se de difícil acesso: o prazo para atendimento será de 20 dias prorrogáveis. OBS: caso estes prazos não sejam respeitados, o agente pode ser responsabilizado. III. Responsabilização do agente em caso de não atendimento: vai desde a advertência até a demissão (comprovado dolo no não oferecimento da informação). Artigos 32 e 33 da referida lei. IV. Sigilosas: conforme disciplina o artigo 24 as informações podem ser: Ultrassecretas: devem ser guardadas por 25 anos; Secretas: devem ser guardadas por 15 anos; Reservadas: devem ser guardadas por 5 anos. Instrumentos: São meios de requer as informações solicitadas; Personalizada: informação pedida é sobre a pessoa do impetrante (artigo 5º, LXXII, CF/88) HABEAS DATA; Outras: artigo 5º, LXIX, CF/88 MANDADO DE SEGURANÇA. Eficiência: A Administração é obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos serviços que presta e das obras que executa, sob pena de responsabilidade. Essa pena de responsabilidade autoriza a indenização quando os serviços são deficientes. b) Princípios Implícitos: São aqueles que comandam a atividade administrativa, porém não tem previsão expressa na CF/88. Página 2 de 3 A Lei 9784/99 em seu artigo 2º, disciplina os Processos Administrativos na área Federal. Com base nesta lei é que iremos localizar os princípios implícitos: Supremacia do interesse público sobre o do particular: Sempre que houver a necessidade de sacrificar direitos de terceiros que nenhuma irregularidade tenham praticado e haja interesse público, estaremos diante do referido princípio. Ex: Desapropriação por razões de interesse público para construir uma escola. Autotutela: Administração está autorizada a rever seus próprios atos: Anulando quando ilegais; Revogando por razões de conveniência e oportunidade. Súmula 473 do STF Motivação: A Administração é obrigada a cada ato que edita apresentar as razões que deram origem a ele. Sem motivação o ato será INVÁLIDO! Assim, a motivação é requisito de validade de todo ato administrativo. TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: 1) A Administração tem que motivar todos os seus atos; 2) Apresentados os motivos, eles passam a determinar a conduta a ser seguida pelo administrador daquele momento em diante. OBS: Se depois de apresentados os motivos o administrador se afasta deles, em regra, ele pratica DESVIO DE FINALIDADE. *Em regra porque há uma situação em que ele poderá se afastar dos motivos iniciais de forma legítima: quando mantém o interesse público. Súmula 684 do STF: as decisões tomadas pelas Comissões de concursos devem ser todas motivadas, em especial aquelas que impliquem em exclusão de candidato do certame. Finalidade: O único objetivo que a Administração pode perseguir quando atua, é a preservação dos interesses da coletividade. E, caso ela, ao editar um ato, se afastar dessa finalidade única, incidira em DESVIO DE FINALIDADE (que é uma forma de ilegalidade). Razoabilidade: O administrador está proibido de fazer qualquer exigência e aplicar qualquer sanção em medida superior àquela necessária para preservação do interesse público. OBS: Os princípios implícitos estão pautados na Lei 9784/99 que trata de processos administrativos federais, assim, se houver em situações concretas, agressões a eles, pode-se recorrer ao STJ (por agressões ao disposto em lei federal). 1) Poderes Administrativos I. Natureza: São instrumentos que o ordenamento jurídico confere a administração para a preservação dos interesses da coletividade. Página 3 de 3 II. Reflexo: Toda vez que ela usa um desses instrumentos para aquilo que não deve, configura-se ABUSO DE PODER (forma de ilegalidade). III. Espécies/ modalidades de poder: a) Poder Vinculado: O administrador se encontra diante de situações que comportam soluções únicas previstas em lei, não existindo espaço para um juízo de valores de conveniência e oportunidade. b) Poder Discricionário: O administrador se encontra diante de situações que NÃO comportam solução única prevista em lei, existindo espaço para um juízo de valores de conveniência e oportunidade. c) Poder Hierárquico: É o poder conferido a Administração para estabelecer campos de competência entre todas as figuras que se encontram dentro da estrutura da Administração. Se o ato foi praticado por alguém que está dentro da administração, mas não tinha competência para isso, o ato é ilegal. Relação de hierarquia e subordinação traz uma consequência: em regra o subordinado é obrigado a cumprir obrigações estabelecidas pelo seu superior hierárquico, a menos que a ordem emitida pela superior se revelar manifestamente ilegal. d) Poder Disciplinar: A Administração está autorizada a aplicar sanções aos seus servidores pela prática de irregularidades ao nível administrativo. Essas sanções estão, em sua maioria na lei 8.112/90, artigo 127 (advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentaria; destituição de cargos em comissão – para que qualquer uma destas sanções sejam aplicadas de forma legitimada, precisa de abertura de Sindicância ou P.A.D. (Processos Administrativos Disciplinar) assegurados o contraditório e a ampla defesa (sob pena de ilegalidade da sanção), mesmo na hipótese de configuração de flagrante – artigo 128 da lei 8.112/90)). e) Poder Normativo f) Poder de Polícia