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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) RELATOR(A) DA APELAÇÃO CRIMINAL EM TRÂMITE PERANTE A XXª CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXXX Autos da Apelação nº xxxxxxxxxxxxxxx MÉVIO, já qualificado nos autos em epígrafe, que lhe move o MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, vem, respeitosamente, por sua advogada que esta subscreve, à presença de Vossa Excelência, não se conformando "data vênia" com o acórdão de fls..., que de forma não unânime, manteve a condenação proferida pelo Juízo "a quo", tempestivamente, opor EMBARGOS INFRINGENTES, com fundamento no Artigo 609, Parágrafo Único do Código de Processo Penal. Requer que o presente recurso seja recebido e conhecido com insulsas razões. Termos em que, P. Deferimento. xxxxxxxx, xxv de xxxxxxxx de 20xx ADVOGADA XXXXXXXXXXXXXXXX OAB/SP nº XXXXXX RAZÕES DOS EMBARGOS INFRINGENTES EMBARGANTE: Mévio EMBARGADO:: Ministério Público Apelação n° XXXXXXXXXXXXXXX Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Colenda Câmara, Ínclitos Desembargadores, Douto Procurador de Justiça, Em que pese o notório conhecimento jurídico da Colenda Câmara Criminal deste Egrégio Tribunal de Justiça, há de ser reformado o v. Acórdão ora embargado, pelas razões de fato e de direito abaixo aduzidos. I. DOS FATOS Mévio foi preso em flagrante no momento em que roubava Tibúrcio no bairro do Morumbi, São Paulo. Enquanto estava sendo lavrado o auto de prisão, compareceram quatro outras vítimas de roubo e reconheceram Mévio como autor. As cinco vítimas declararam que Mévio, anunciava o assalto, ameaçando atirar e simulando portar arma de fogo, para subtrair os bens, empreendendo fuga e que esses fatos aconteceram na mesma região e com intervalo de cerca de 30 minutos entre cada fato. Mévio foi denunciado pela prática do crime do art. 157, §2ºA, I, CP, por cinco vezes, na forma do Art. 69, ambos do Código Penal, e, em sede de audiência realizada 2 anos após os fatos, as vítimas simplesmente confirmaram a versão fornecida em sede policial, mas não se lembravam da aparência para reconhecimento de Mévio, o qual, eu seu interrogatório disse apenas que simulou portar arma, mas não utilizou arma de fogo. A defesa apelou da sentença que condenou o réu nos termos da denúncia, sendo aplicada a pena de 05 anos e 04 meses para cada um dos delitos, além da multa, alegando que não existem provas suficientes para condenação e subsidiariamente, que fosse afastada a causa de aumento do art. 157, §2ºA, I, CP e reconhecida a continuidade delitiva do art. 71, CP. Todos os desembargadores que participaram do julgamento votaram pelo não provimento em relação à absolvição, mantendo a condenação. Houve voto vencido de um desembargador, que afastava apenas a causa de aumento do emprego de arma e reconhecia a continuidade delitiva. II. MÉRITO DA CONTINUIDADE DELITIVA Deve ser afastada a aplicação cumulativa das penas dos cinco crimes autônomos cometidos por Mévio, considerando que os delitos foram praticados no mesmo bairro, com intervalo de 30 minutos entre eles, sempre com o mesmo modo de execução, demonstrando que o réu tinha a intenção de praticar crimes, em continuidade. Conforme prevê o artigo 71 do Código Penal, o presente caso possui todos os requisitos de enquadramento da continuidade delitiva, portanto, apenas a pena de um dos crimes deverá ser aplicada e aumentada. DO AUMENTO DE PENA Tendo em vista que a tipicidade é elemento essencial para adequação da conduta praticada pelo agente o crime de previsto em lei, e, ainda considerando que o réu não utilizou-se de arma de fogo e nem de simulacro durante as práticas dos crimes, não cabe a aplicação do art. 157 §2º do CP, o qual dispõe sobre o aumento de pena quando há de fato uso de arma de fogo durante a prática do roubo. Portando, no presente caso, o embargante deve apenas responder pelo crime descrito no capit do art. 157, devendo ser afastada a aplicação do aumento de pena, pois durante a prática dos crimes não houve utilização de arma de fogo, apenas uma simulação de fato. III. DO PEDIDO Ante todo o exposto, requer que o presente recurso seja reconhecido e provido, para reformar o v. acórdão embargado, para que fique em consonância com o voto vencido para afastamento da cauda de aumento de pena. Termos em que, P. Deferimento. xxxxxxxx, xxv de xxxxxxxx de 20xx ADVOGADA. XXXXXXXXXXXXXXXX OAB/SP nº XXXXXX
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