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18/09/2018 1 Polimorfismo, Eliminação e Cálculos Cinéticos Ana Leonor Pardo Campos Godoy UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FARMÁCIA Polimorfismo incidência se dá entre 1-2% da população população; Polimorfismo – implicações clínicas Diferenciam em EM – metabolizador intermediário; PM – metabolizaodor lento; UM- metabolizador ultra-rápido Luizon, M. R. et al Bases da Farmacogenética, 2010 Polimorfismo genético do CYP2D6 0 10 20 30 40 50 1 10 100 C o n c e n tr a ç ã o P la s m á ti c a ( n g /m L ) Tempo (h) fase I fase II Paciente 10 - Fase I Paciente 10 - Fase II Administração VLX Administração Paroxetina + VLX PM - Administração VLX PM- Administração Paroxetina + VLX Godoy et al; 2015 Polimorfismo genético CYP2D6 Metabolizadores lentos Metabolizadores extensivos METOPROLOL 18/09/2018 2 O que acontece depois que um fármaco é administrado? (“Destino do Fármaco") Liberação Absorção Distribuição Metabolismo Excreção EXCREÇÃO É o processo pelo qual os xenobióticos (Fármacos) são removidos do organismo de forma quimicamente inalterada ou na forma de metabólitos. Excreção 1. Excreção urinária 2. Excreção fecal 1. Fração não absorvida 2. Excreção biliar 3. Excreção intestinal 4. Biotransformaçao - Parede intestinal - Flora intestinal 3. Ar exalado 4. Leite materno 5. Suor 6. Saliva Eliminação Expressada por 2 paramêtros toxicodinâmicos Meia-vida (t1/2 ) Depuração ou clearance Meia Vida de eliminação t 1/2 É o tempo em que a concentração do xenobiótico no sangue leva para cair para a metade dos valores originais 0,693 K 0,693 x Vd Cl =t½= Unidade tempo (min, h, dia) Glomerulus Proximal Tubule Distal Tubule [GFR = 120 ml/min] Urine 1-2 ml/min; pH = 5 –7.8 Plasma pH 7.4 H20 FILTRATION pump ACTIVE SECRETION PASSIVE REABSORPTION + pH pKa 18/09/2018 3 Excreção 1. Filtração glomerular - %pp, molec pequenas - taxa de filtração; - fluxo sangue 1. Secreção tubular ativa (envolve transporte ativo) - Pouca especificidade - Lipo/hidrossolubilidade - 80% da secreção pelos rins 1. Reabsorção tubular passiva - pKa - pH da urina - Lipo/hidrossolubilidade - taxa da diurese Fração da dose eliminada pelos rins (Fe) Esta fração refere a fração da dose da droga que é eliminada de forma inalterada pelos rins em voluntários sadios com função renal normal . Fe= Ae Dose Quantidade excretada fe fe < 0,3 fe ~ 1 Fração excretada na forma inalterada varia de 0-1 Fármacos lipofílicos (mto metaboliza- dos), pouco é eliminado inalterada Excreção renal tende a ser principal Rota de eliminação ex. atenolol Rowland & Tozer, Clinical Pharmacokinetics and Pharmacodinamics, pag 63 1-fe = outras vias de eliminação – ex hepático Pode ser usado para ajuste de dose em pacientes com função renal reduzida Fração da dose eleiminada pelos rins (Fe) Clearance Total (Cl) O clearance total representa a parte do volume de distribuição do fármaco que é totalmente depurado pelo órgão por unidade de tempo Unidade volume/tempo (mL/min, L/h) Cl= ClH + ClR ClH= Q x E ClH= Cl - ClR Cl= Vd x K = dose AUC ClR= Cl x Ae Dose Fluxo sanguíneo hepático é de aproximadamente de 1.5 L/min Fluxo sanguíneo renal é de aproximadamente de 1.2 L/min Clearance total volume / tempo Clearance total = 0,693 x Vd t½ Clearance total = Dose / AUC0- 18/09/2018 4 Mecanismo de “manobra” renal Se: CLR = fu.GFR CLR > fu.GFR CLR < fu.GFR Não há reabsorção nem secreção, ou seja, excreção=reabsorção Há excreção Há reabsorção Velocidade de filtração glomerularFração não ligada filtração Excreção renal Ácido salicílico (pKa=3) Influência do pH da urina Rowland & Tozer, Clinical Pharmacokinetics and Pharmacodinamics, pag 136 Modelo Esquemático do sistema de transporte nos rins – túbulo proximal A família de transportadores são: transportadores organicos aniônicos (oat), transportadores organicos catiônicos (oct), proteínas resistentes a multi drogas(mdr), proteínas multi resistentes a drogas (mrp), e transportadores de peptídeos (PEP). ECF= Fluído extra celular p-amino hipurato penicilinas cefalosporinas probenicida captopril salicilatos ibuprofeno sulfonamidas metotrexato zidovudina N-metilnicotinamida pindolol atropina procainamida cimetidina quinidina disopiramida ranitidina famotidina amilorida Transportadores aniônicos (oat) Transportadores catiônicos (oct) Excreção renal Secreção tubular Excreção Biliar É a que mais contribui para excreção fecal dos xenobióticos remoção agentes tóxicos do sg Fígado (sistema porta-hepático) principal órgão de biotransformação bili fezes (ou reabsorvido) Compostos com PM Excreção biliar de toxicantes clearance biliar = (fluxo biliar) . (concentração na bile) (concentração no plasma) toxicantes polares alto peso molecular PM > 500 fluxo biliar = 0,5 - 0,8 mL/min 18/09/2018 5 Depuração ou Clearance hepático Clearance Hepático Cl H varia com : * Diferença de perfusão ao órgão * Ligações a proteínas plasmáticas * Características de eliminação à célula (metabolismo e secreção) Rins Fígado CLR CLH CL = Q.E CL Q fu.CLuint Dependente do Fluxo; Eliminação não-restritiva Ligação/função dependentes Eliminação restritiva E (>0.7) E (<0.3) Baixo Médio Alto Razão de extração EH ER Propranolol Codeína Diazepam Glucuronídeos Procainamida Digoxina 18/09/2018 6 QH Repouso hipertiroidismo Isoprenalina Exercícios Disfunção cardíaca propranolol CLuint indução (cigarro, fármacos) inibição (Fármacos) cirrose Excreção Intestinal Transferência direta: sg conteúdo instestinal Difusão passiva (> parte) Processo lento – importante para compostos com taxa de biotransformação ou clarificação (renais e biliares) Excreção Intestinal da lipossolubilidade GI a excreção de compostos lipossolúveis A biotransformação pela flora intestinal parece favorecer mais a reabsorção que a eliminação Considerável quantidade de xenobióticos excretados bactérias excretadas Excreção intestinal Toxicantes Clhepático Clbiliar Clrenal DIGOXINA Excreção pulmonar A quantidade de um líquido eliminado pelo pulmão é proporcional à pressão do seu vapor Simples Difusão Eliminação proporcional a sua taxa de absorção sol. Sg velocidd elim Eliminação sol. Sg ventilação 18/09/2018 7 Leite Secreção compostos leite: * Leite mãe prole * Homem vaca através de laticínios Difusão Simples Compostos básicos > afinidade ao leite Xenobióticos lipossolúveis = difundem plasma gl. Mamárias leite MESMO O LEITE MATERNO TEM XENOTÓXICOS fármaco [leite] / [plasma] aspirina 0,6 - 1 cloranfenicol 0,5 - 0,6 clorpromazina 0,3 diazepam 0,1 digoxina 0,8 - 0,9 eritromicina 2,5 - 3 etanol 1 meprobamato 2 - 4 metotrexato 0,1 fenobarbital 0,2 - 0,3 SECREÇÃO DE FÁRMACOS NO LEITE aflatoxina M1, DDT, dieldrin, lindano, paration, paraoxon, chumbo Toxicantes Saliva e Suor Quantitativamente de importância MENOR Excreção difusão (forma lipossolúvel) Excretados na saliva podem ser deglutidos e reabsorvidos TGI Excretados pelo suor induzir dermatites Excreção de fármacos na saliva Saliva pH = 5,5 - 7,9 fármaco [saliva] / [plasma] anfetamina 2,8 carbamazepina 0,3 cocaína 1,3 cotinina 1,1 lítio 2,2 fenitoina 0,1 digoxina 0,7 diazepam 0,001 ácido valproico 0,04 teofilina 0,6 Fármacos de abuso na saliva fármacos concentração ng/mL tempo de detecção 9 -THC 5 - 200 7 h cocaína 0,5 5 - 10 dias anfetamina 20 - 40 50 h diazepam 2 50 h heroina 11 (morfina) 3 - 4 h amobarbital 100 50 h 18/09/2018 8 Fatores que alteram a toxicocinética • Estados fisiológicos – Influência da idade • Neonatos • Crianças • Idosos – Gestação • Polimorfismos – Enzimas de biotransformaçao – Carreadores • Patologias – Hepatopatias – Insuficiênciarenal – Obesidade – Cardiopatias • Interações - Entre fármaco - Fármaco-alimentos 12 8 0 4 168 12 fenobarbital C L R (m l/ m in ) Fluxo da urina (ml/min) 4 pKa = 7,3 Alcalinização da urina pH da Urina Normal EXERCÍCIO - ácido fraco Alcalinização da urina – consiste na administração de bicarbonato de sódio com o objetivo de obter um pH urinário entre 7,5-8,0. Na urina alcalina, ácidos fracos ionizam-se o que diminui sua reabsorção tubular e aumenta sua exceção renal. Além disso, os ácidos não ionizados presentes no líquido peritubular buscam o equilíbrio difundindo-se para dentro do túbulo. Com o fluxo urinário constante através do túbulo, não ocorrerá equilíbrio, promovendo uma maior difusão da substância para a luz tubular, aumentando sua eliminação. E aumento da diurese. MODELAGEM : A ARTE DE PREVER ATRAVÉS DA MATEMÁTICA Utilidade dos modelos • Prever níveis plasmáticos, teciduais e urinários e fármacos com qualquer dosagem • Calcular o regime terapêutico ótimo para cada paciente • Prever a possível acumulação de fármacos e/ou metabólitos • Correlacionar as concetrações dos fármacos com a sua atidade farmacológica ou tóxica Modelos na Farmacocinética Modelo linear Modelo não linear Modelos Fisiológico Modelo Compartimental 18/09/2018 9 Modelo Linear Modelo de transferência de 1 ordem Modelo não linear Acontece quando: Velocidade de reação de ordem zero Modelo Compartimental Parâmetros: constantes de velocidade, intercepto regressão linear e não linear Perfil Completo concentração-tempo estado estacionário e não-estacionário 18/09/2018 10 Exercícios: dado Kel=0,693/t1/2 Resolução: AUC 0-t (ug/mL*h) 116,35 → ∑ áreas AUC0 0-∞ (ug/mL*h) 129,55 → ∑ áreas + (Clast/kel) Vd (L) 50,12 Cl (L/h) 2,32 Kel (h-1) 0,0462 Dose (ug) 300000 t 1/2 (h) 15 Vd = dose/AUC.kel Cl = dose/AUC Kel = 0,693/ t1/2 Tempo (h) Cp (µg/mL) Cálculo das áreas 0 5,8 → Valor Extrapolado (B+b)*(h)/2 5 4,7 26,25 10 3,65 20,875 15 3,05 16,75 20 2,4 13,625 30 1,45 19,25 40 0,93 11,9 50 0,61 7,7
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