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P1 - UC 8

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Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
Tutoria UC 8 
Percepção, Consciência e Emoção – Problema 1
 
1) Descrever a anatomia macroscópica e 
organização funcional do córtex 
cerebral (áreas primárias e associativas; 
dominância cerebral). 
 O córtex cerebral, ou córtex do 
cérebro, é a camada externa de substância 
cinzenta dos hemisférios cerebrais. Ele 
possui cerca de 2 a 4 mm de espessura, e 
contém numerosos corpos de neurônios. 
Essa camada apresenta numerosas e 
complexas dobras, cujas elevações são 
chamadas de giros e as depressões são 
chamadas sulcos. 
 Além do córtex cerebral, o cérebro 
contém uma massa interna de substância 
branca formada de axônios mielinizados, 
além de outras estruturas mais profundas, 
que incluem o diencéfalo, a glândula 
hipófise, as estruturas do sistema límbico e 
os núcleos da base. 
 O córtex cerebral é organizado em 
múltiplas áreas funcionais motoras, 
sensitivas e de associação. Ele está 
relacionado a uma ampla gama de funções, 
incluindo a percepção das informações 
sensitivas, o planejamento e a iniciação das 
atividades motoras. Ele possui ainda um 
papel central em funções cognitivas 
superiores, como a tomada de decisões, a 
motivação, a atenção, a aprendizagem, a 
memória, a solução de problemas e a 
capacidade de abstração. 
 
Informações importantes sobre o córtex 
cerebral 
 
Definição 
Camada externa de 
substância cinzenta 
dos hemisférios 
cerebrais 
 
Lobos cerebrais 
Cada hemisfério é 
dividido em cinco 
lobos: frontal, parietal, 
occipital e ínsula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sulcos principais 
Sulco lateral (fissura 
de Sylvius): separa o 
lobo temporal dos 
lobos frontal e 
parietal. 
 
Sulco central: divide 
os lobos frontal e 
parietal. 
 
Sulco parieto-
occipital: Separa os 
lobos parietal e 
occipital. 
 
Sulco do 
cíngulo: separa o giro 
do cíngulo 
(considerado por 
alguns autores como 
parte do lobo límbico) 
dos lobos frontal e 
parietal. 
 
Sulco colateral: 
considerado por 
alguns autores a 
separação entre o 
 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
lobo límbico e o lobo 
temporal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais Giros 
Lobo frontal: giro 
pré-central e giros 
frontais superior, 
médio e inferior 
 
Lobo parietal: giro 
pós-central, lóbulo 
parietal superior, 
lóbulo parietal inferior 
(formados pelos giros 
supramarginal e 
angular) 
 
Lobo temporal: giros 
temporais superior, 
médio e inferior 
 
Lobo occipital: giros 
occipitais superior, 
médio e inferior, 
cúneo, giro lingual 
 
Ínsula: giros curtos e 
giros longos 
 
Lobo límbico: giros 
subcaloso, do cíngulo 
e parahipocampal 
Principais áreas 
corticais (unidades 
funcionais) 
Lobo frontal: córtex 
pré-frontal, córtex 
pré-motor, córtex 
motor primário (área 
6 de Brodmann), área 
de Broca (áreas 44 e 
45 de Brodmann) 
Vascularização Ramos corticais das 
artérias cerebrais 
anterior, média e 
posterior 
Funções Controle dos 
movimentos 
voluntários, atenção, 
aprendizagem, 
memória, motivação, 
tomada de decisões, 
resolução de 
problemas, 
pensamento abstrato, 
percepção de 
estímulos sensitivos, 
processamento de 
linguagem, 
processamento e 
compreensão visual, 
modulação das 
emoções 
 
 Estrutura macroscópica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Córtex cerebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pia–máter 
 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
 O córtex cerebral é uma camada 
densa de corpos de neurônios na 
superfície externa dos hemisférios 
cerebrais, imediatamente profundo à pia-
máter. Essa camada possui uma aparência 
complexa, com várias elevações 
conhecidas como giros, alternadas com 
depressões chamados sulcos. Essa 
estrutura é uma característica importante 
do córtex cerebral, já que aumenta a área 
de superfície do córtex, e com isso eleva 
também o número de neurônios contidos 
nessa camada, permitindo melhores 
habilidades de processamento e cognição 
nos hemisférios cerebrais. 
 
 Lobos do cérebro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lobo frontal 
 
 O cérebro é anatomicamente dividido 
em regiões chamadas de lobos, separados 
uns dos outros pelos principais sulcos 
cerebrais. Os giros de cada lobo contêm 
corpos de neurônios envolvidos em 
funções específicas. Quatro desses lobos 
recebem seus nomes dos ossos do crânio 
sobrejacentes: 
• Lobo Frontal 
• Lobo Parietal 
• Lobo Temporal 
• Lobo Occipital 
 A ínsula, ou lobo insular, está localizada 
profundamente ao sulco lateral. Alguns 
autores consideram ainda a presença de 
um sexto lobo, o chamado lobo límbico, 
localizado no aspecto medial do hemisfério 
cerebral. Outros autores consideram as 
estruturas do lobo límbico como parte dos 
lobos frontal, temporal, parietal e occipital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sulco Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sulco Central 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
 Os limites entre os lobos cerebrais são 
definidos por sulcos que separam as 
diferentes regiões do córtex. O principal 
sulco na superfície lateral de cada 
hemisfério cerebral é o sulco lateral, 
também conhecido como fissura de 
Sylvius. Esse sulco separa o lobo temporal 
dos lobos frontal e parietal. O sulco 
central forma a separação entre o lobo 
frontal e o lobo parietal. Na superfície 
medial do hemisfério cerebral há alguns 
sulcos importantes: o sulco parieto-
occipital, que, como o nome sugere, separa 
os lobos parietal e occipital, e o sulco 
colateral, que separa o lobo límbico do lobo 
temporal. A ínsula, que é um lobo mais 
profundo, é separada dos lobos adjacentes 
(frontal, parietal e temporal) pelo sulco 
circular da ínsula. 
 Principais giros do córtex cerebral 
O córtex cerebral possui vários giros 
importantes em cada lobo, que realizam 
diversas funções. 
 
Lobo frontal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro pré-central 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro frontal superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro frontal médio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro frontal inferior 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
O lobo frontal é o maior lobo do cérebro, 
e contém quatro giros principais na sua 
superfície lateral: 
• giro pré-central: localizado entre os 
sulcos central e pré-central, 
contém o córtex motor 
primário (área 4 de Brodmann - veja 
abaixo na seção 'Classificações 
funcionais do córtex cerebral) e 
está envolvido na integração de 
sinais de diferentes regiões do 
cérebro para modular os 
movimentos voluntários do tronco e 
membros do lado contralateral 
• giro frontal superior: encontra-se 
anterior ao sulco pré-central 
• giro frontal médio: situado entre os 
sulcos frontais superior e inferior 
• giro frontal inferior: localizado na 
superfície inferolateral do lobo 
frontal, abaixo do sulco frontal 
inferior, que o separa do giro 
frontal médio. É subdividido em três 
partes: a parte opercular (pars 
opercularis), a parte triangular (pars 
triangularis) e a parte orbital (pars 
orbitalis). No hemisfério dominante 
essa região contém a área motora 
de Broca, importante no 
componente motor da produção da 
fala. 
 
Lobo parietal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro pós central 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lóbulo parietal superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lóbulo parietal inferior 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro supramarginal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro angular 
 
O lobo parietal contém o giro pós-
central e os lóbulos parietais 
superior e inferior. 
 
O giro pós-central é conhecido 
como córtex somatossensorial (áreas 3, 1 
e 2 de Brodmann). Ele se encontra entre 
os sulcos central e pós-central, e essa é 
a região do cérebro que recebe e integra 
informações sensitivas relacionadas ao 
toque e à percepção da posição do corpo 
e dos movimentos. 
O lóbulo parietal inferior (áreas 39 e 40 de 
Brodmann) é formado por dois giros, 
o giro supramarginal e o giro angular. O 
giro supramarginal está localizado 
superiormente ao aspecto posterior da 
fissura lateral. O giro angular se encontra 
posteriormente ao giro supramarginal. 
Ambos estão envolvidos na percepção 
auditiva e visual,e formam parte da área 
de Wernicke, que é uma unidade funcional 
no córtex cerebral que possui um papel 
importante na compreensão da linguagem 
falada. 
 
O lóbulo parietal superior (áreas 5 e 7 de 
Brodmann) é separado do lóbulo pareital 
inferior pelo sulco intraparietal. Essa região 
está envolvida na integração de funções 
sensitivas e motoras, e fornece 
informações para o córtex pré-motor. 
 
Lobo temporal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro temporal superior 
 
 
 
Giro temporal superior 
Gyrus temporalis superior 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro temporal médio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro temporal inferior 
 
Os principais giros do lobo temporal são 
os giros temporais 
superior, médio e inferior, separados pelos 
sulcos temporais superior e inferior. 
 
O giro temporal superior contém uma 
subregião especializada, conhecida 
como giro temporal transverso de Heschl, 
que é conhecida como a área auditiva 
primária (áreas 41 e 42 de Brodmann). Essa 
região do córtex cerebral é responsável 
principalmente pela recepção da 
informação auditiva. Posteriormente à 
área auditiva primária encontra-se a área 
auditiva de associação (área 22 de 
Brodmann), que é responsável pela 
interpretação de sons e pela associação 
entre os impulsos auditivos e outras 
informações sensitivas. A parte posterior 
dessa região no hemisfério dominante 
(usualmente o hemisfério esquerdo) 
contribui com a área de Wernicke, 
importante na compreensão da linguagem. 
 
O giro temporal medial está associado à 
perceção de movimento no campo visual, 
enquanto o giro temporal inferior possui 
um papel no reconhecimento facial. 
 
Lobo occipital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cúneo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giro lingual 
 
O lobo occipital forma o aspecto caudal do 
hemisfério cerebral. Os sulcos na sua 
superfície lateral exibem grande 
variabilidade anatômica, resultando em dois 
ou três giros occipitais (superior e inferior 
ou superior, médio e inferior). Na 
superfície medial do lobo occipital, o sulco 
calcarino separa o cúneo, que fica acima 
do sulco, do giro lingual, abaixo. As regiões 
de ambos os giros que encontram-se 
adjacentes ao sulco calcarino formam 
o córtex visual primário (área 17 de 
Brodmann), responsável pela integração e 
percepção da informação visual. 
 
 Ínsula 
A ínsula encontra-se profundamente à 
fissura lateral. Ela contém um grupo 
de giros curtos na região rostral, e um 
grupo de giros longos na região caudal. 
Esses dois grupos são separados um do 
outro pelo sulco central da ínsula. O córtex 
insular está envolvido em receber, 
processar e integrar vários tipos de 
informações, incluindo sensações do 
paladar, sensações viscerais, dor e a 
funções vestibulares. 
 
 
No córtex cerebral as superfícies corticais 
não são uniformes, possuem saliências ( 
giros ) e depressões ( sulcos ). O 
encéfalo compreende: 
- Telencéfalo: Constituido pelos 02 
hemisférios cerebrais. 
- Diencéfalo: Situa-se na linha mediana, 
entre os dois hemisférios, se divide em: 
epitálamo, tálamo e hipotálamo. 
• Epitálamo: forma a glândula pineal e 
a habênula; 
• Tálamo: é a estação retransmissora 
de informações no cérebro, com 
exceção das informações 
olfatórias; 
• Hipotálamo: controla o sistema 
endócrino e intefere nas funções 
viscerais. 
 
- Cerebelo: Localiza-se por trás do tronco 
cerebral. É responsável pelo equilíbrio e a 
coordenação motora. 
- Tronco cerebral: É a substância nervosa 
que vai do cérebro à medula. No centro há 
uma formação reticular no controle da 
consciência, sono e vigília. É dividido em 
três partes : 
• Mesencéfalo: porção superior do 
tronco cerebral, de onde se 
originam os pares de nervos 
cranianos III e IV; 
• Ponte - Porção média do tronco 
cerebral, de onde se originam os 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
pares de nervos cranianos V, VI, VII 
e VIII;. 
• Bulbo - Porção inferior do tronco 
cerebral, de onde se originam os 
pares de nervos cranianos IX, X, XI 
XII. (Martin 1998); 
 
Cada um dos dois hemisférios é dividido em 
quatro lobos anatomicamente distintos: o 
frontal, o parietal, o occipital e o temporal. 
 
Cada lobo tem circunvoluções 
características e dobras (um antigo 
artifício biológico para aumentar a área de 
superfície). As cristas das circunvoluções 
são denominadas giros. As ranhuras são 
chamadas sulcos ou fissuras. Os giros e 
sulcos mais proeminetes são semelhantes 
entre um indivíduo e outro e tem nomes 
específicos (giro pré-central, sulco central 
e giro pós-central). As circunvoluções 
representam uma adaptação que serve 
para ajustar uma grande área superficial 
dentro de um espaço restrito da cavidade 
craniana. 
 
- O CÓRTEX CEREBRAL E SUAS CAMADAS 
Um corte em profundidade no cérebro 
mostra que a superfície cinzenta tem 
uma espessura que varia de 1 a 4 mm. A 
maior parte é composta por células 
nervosas (neurônios) que recebem 
impulsos dos pontos mais distantes do 
corpo e os retransmitem ao destino 
certo. Mas o cérebro desempenha 
funções altamente diversificadas e, por 
isso mesmo, as células que os constituem, 
também são especializadas. Tipos 
diferentes de neurônios são distribuídos 
através de diferentes camadas no córtex 
dispostos de tal forma a caracterizar as 
várias áreas dos hemisférios, cada qual 
com sua função. 
 
Existem dos tipos de córtex: isocórtex e 
alocórtex. O primeiro é formado por seis 
camadas (conforme acima) bem definidas 
durante o desenvolvimento embrionário e 
o segundo não apresenta este número de 
camadas e elas não são nítidas. Apesar de 
cada camada não ser constituída 
exclusivamente por um tipo de neurônio, 
considera-se a camada IV como sendo 
receptora da sensibilidade e a V como 
sendo motora. As demais camadas são 
consideradas de associação. 
 
Do ponto de vista filogenético, pode-se 
dividir o córtex cerebral em arquicórtex, 
paleocórtex e neocórtex. No homem, o 
arquiocórtex está localizado no hipocampo, 
o paleocórtex ocupa o uncus e a parte do 
giro para-hipocampal. 
 
As áreas funcionais do córtex podem ser 
divididas em: 
• Áreas de Projeção - as que estão 
relacionadas diretamente com a 
sensibilidade e com a motricidade. 
• Áreas de Associação - as demais 
áreas. 
• Áreas Primárias são áreas que 
relacionam-se diretamente com a 
sensibilidade ou com a motricidade. 
• Áreas Secundárias são áreas de 
associação, relacionam-se com 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
alguma modalidade sensitiva ou de 
motricidade. 
• Áreas Terciárias são áreas 
relacionadas com atividades 
psíquicas superiores, como exemplos, 
memória, pensamento abstrato, 
comportamentos. 
 
Áreas Sensitivas Primárias: 
1 – Área Somestésica 
2 – Área Visual 
3 – Área Auditiva 
4 – Área Vestibular 
5 – Área Olfatória 
6 – Área Gustativa 
 
- CONTROLE CORTICAL 
Todo o córtex cerebral é organizado em 
áreas funcionais que assumem tarefas 
receptivas, integrativas ou motoras no 
comportamento. São responsáveis por 
todos os nossos atos conscientes, nossos 
pensamentos e pela capacidade de 
respondermos a qualquer estímulo 
ambiental de forma voluntária. Existe um 
verdadeiro mapa cortical com divisões 
precisas a nível anatomo-funcional (Figura 
9) e (Tabelas: 1 e 2), mas que todo ele 
está praticamente sempre mais ou menos 
ativado dependendo da atividade que o 
cérebro desempenha, visto a 
interdependência e a necessidade de 
integração constante de suas 
informações. 13.1. Áreas sensitivas do 
córtex: A área somestésica, responsável 
pela sensibilidade geral do corpo, está 
localizada no gipo pós-central, 
correspondendo ás áreas 3,2,1 de 
Brodmann. Também é chamada área 
somestésica primária ou área somestésica 
SI. Recebe impulsos nervosos provenientes 
do tálamo relacionados com dor, 
temperatura, tato, pressão e 
propriocepção consciente da metade 
oposta do corpo. Todas as partes do 
corpo estão representadas nesta área, 
sendo esta representação chamada 
somatopia. O cientistaPenfileld criou um 
homúnculo sensitivo (Figura 8), projetado 
de cabeça para baixo no giro pós-central , 
para dar idéia desta representação. Na 
parte superior deste giro, na porção 
mediana do hemisfério, situam-se as áreas 
dos órgão genitais e dos pés, seguidas das 
áreas da perna, tronco e braço, estas 
últimas todas pequenas. Mais abaixo vem a 
área da mão e da cabeça, onde a face e a 
boca têm uma grande representação. Na 
parte mais baixa do sulco, já próximo ao 
sulco lateral, aparece a área da língua e da 
faringe. A maior e a menor representação 
de cada uma destas partes no giro pós-
central está relacionada com a sua 
importância funcional e não com o seu 
tamanho. 
• Área visual: Corresponde à área 17 
de Brodmann. Localiza-se no sulco 
calcarino do lobo occipital. 
Estimulações elétricas desta área 
provocam alucinações visuais. A 
ablação bilateral da área 17 causa 
cegueira completa no ser humano. 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
• Área auditiva: Está situada no giro 
temporal e corresponde à área 41 
de Brodmann. Estimulações elétricas 
desta área em um indivíduo 
acordado causam alucinações 
auditivas. Lesões bilateral do giro 
temporal causam surdez completa. 
Lesões unilaterais provocam perda 
da acuidade auditiva, já que, ao 
contrário das demais vias sensitivas, 
a via auditiva não é totalmente 
cruzada, estando a cóclea 
representada nos dois hemisférios 
cerebrais. 
• Área olfatória: A área olfatória que 
corresponde a área 28 de 
Brodmann, ocupa no homem apenas 
um pequeno espaço situado na 
parte anterior do uncus e do giro 
parahipocampal. 
• Área gustativa: Corresponde à área 
43 de Brodmann, localizando-se na 
porção inferior do giro pós-central, 
em uma região próxima á parte da 
área somestésica correspondente à 
língua. Lesões nesta área 
determinam diminuição da gustação 
na metade oposta da língua. 
• Área de associação do córtex: As 
área de associação do córtex são 
aquelas que não estão relacionadas 
diretamente com a sensibilidade nem 
com a motricidade. Elas são bem 
maiores do que estas. As área 5 e 7 
são de associação somestésica, 
permitindo a identificação de 
objetos pela sua comparação com o 
conceito do objeto existente na 
memória do indivíduo, é a área da 
orientação espacial corporal. Elas 
combinam a informação proveniente 
de vários pontos para decifrar seu 
significado. Quando estas área são 
removidas, a pessoa perde a 
capacidade de reconhecer objetos e 
parte da noção da forma de seu 
corpo. A perda destas áreas em um 
dos lados do cérebro faz com que a 
pessoa não tenha, algumas vezes, 
consciência do lado oposto do corpo. 
As áreas 18 e 19, situadas próximo à 
área visual (17), estão associadas 
com a visão, é responsável pela 
elaboração de impressões visuais e 
associação delas com experiências 
passadas para reconhecimento e 
identificação. Lesão destas áreas 
provoca a cegueira verbal. Situação 
pouco comum na qual o indivíduo 
perde a capacidade de entender o 
significado da linguagem escrita. As 
áreas 42 e 22 de Brodmann, 
situadas próximo à área auditiva (41), 
estão associadas com a audição a 
área 22 associas a memória auditiva 
e interpreta, nela as impressões 
acústicas são interpretadas com 
relação a sua provável fonte e 
associadas com experiências 
passadas . Lesão netas áreas 
provoca surdez verbal, condição 
também pouco comum na qual o 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
indivíduo perde a capacidade de 
entender a linguagem falada. 
• Áreas motoras: Em resposta aos 
impulsos sensitivos, o córtex reage 
desencadeando impulsos motores, 
fechando assim um circuito reflexo 
que se inicia com a estimulação do 
receptor. Porém, o ato motor não 
se subordina necessariamente a 
esse esquema, uma vez que 
existem movimentos que não têm a 
sua origem no receptor, nascendo 
do próprio córtex por uma decisão 
do indivíduo. Estes são chamados de 
movimentos motores voluntários. As 
áreas motoras do córtex estão 
localizadas no giro pré-central, 
correspondendo às área 4, 6 e 8 de 
Brodmann. A área 4 é considerada a 
área motora primária, sendo 
formada pelas células piramidais 
gigantes ou células de Betz. A 
estimulação elétrica desta área 
determina movimento de grupos 
musculares do lado oposto. As 
partes motoras do corpo estão 
representadas no giro pré-central 
(somatotopia) na área 4, de maneira 
identica à representação das áreas 
sensitivas no giro pós-central. A 
área 6, chamada área pré-motora 
de Fulton , está situada adiante da 
área 4. A sua estimulação depende 
de estímulos bem mais fortes do 
que os que são aplicados sobre a 
área 4 para causar a atividade 
motora. A área 8 é chamada 
também área frontal dos olhos e a 
sua estimulação provoca o desvio 
conjugado dos globos oculares par o 
lado oposto. 
• Áreas pré-frontais: Ocupam a 
posição anterior do lobo frontal, 
correspondendo às áreas 9, 10 e 11 
de Brodmann, responsáveis pela 
iniciativa, pensamento, planejamento 
e elaboração. Durante anos, esta 
área foi considerada como o local 
do intelecto mais elevado do ser 
humano. Porém, a destruição do lobo 
frontal posterior e da região do giro 
angular provoca lesão infinitamente 
maior ao intelecto do que a 
destruição das áreas pré-frontais. 
Estudos recentes têm demonstrado 
que todas as porções do córtex que 
não estão relacionadas com a 
sensibilidade e motricidade são 
importantes na capacidade em 
aprender informações complexas. As 
áreas préfrontais parecem 
desempenhar funções relacionadas 
com o controle do comportamento 
a ser seguido diante de certas 
situações sociais e físicas. Para 
tanto, deve associar dados que 
possibilitam a formação do caráter 
e o desenvolvimento da 
personalidade. A pessoa que sofreu 
destruição das suas áreas pré-
frontais reage bruscamente diante 
de certas situações. Perde o senso 
de moral e de respeito humano. 
Realizando com naturalidade em 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
público determinados atos 
considerados atentatórios à moral, 
como as necessidades fisiológicas e 
o ato sexual. Além disso, sofre 
alterações de humor, passando 
rapidamente da alegria para a 
tristeza, da bondade para a maldade, 
da doçura para a ira e vice-versa. 
As áreas pré-frontais têm 
importantes conexões com o núcleo 
dorso medial do tálamo, recebendo e 
enviando fibras a este núcleo. A 
lobotomia pré-frontal , que consiste 
na separação destas duas áreas, foi 
usada antigamente para tratamento 
de doentes psiquiátricos com quadro 
de depressão e ansiedade. Os 
doentes submetidos a esta cirurgia 
entravam em estado de 
“tamponamento psíquico”, isto é, 
deixavam de reagir a circunstâncias 
que normalmente determinam 
alegria ou tristeza. Uma 
conseqüência indesejável é que 
muitos pacientes mostravam uma 
deficiência intelectual acentuada. A 
lobotomia pré-frontal também 
dissocia a dor do seu componente 
emocional. Os pacientes operados 
relatavam que sentiam dor, mas que 
ele não os incomodava. Este método 
caiu em desuso com o 
aparecimento dos antidepressivos 
(Talairach & Tournoux 1988, 
DeGroot 1994, Singi 1996, Machado 
1998). 
 
2) Discorrer as consequências das 
lesões que afetam as áreas funcionais 
corticais. 
Uma vez que diferentes áreas do cérebro 
controlam funções específicas, a 
localização de uma lesão no cérebro 
determina o tipo de disfunção resultante. 
 
Partes do cérebro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Também é importante levar em conta qual 
o lado afetado do cérebro, uma vez que 
as funções das duas metades do cérebro 
(hemisférios cerebrais) não são idênticas. 
Algumas funções cerebrais são 
executadas, exclusivamente, por um 
hemisfério. Por exemplo, o movimento e 
as sensações de cada lado do corpo são 
controlados pelo hemisfério do lado 
contrário. Outras funções são executadas 
principalmente por um hemisfério, o qual é 
referido como dominante para essa 
função, e o outro hemisfério é referido 
como não dominante. Por exemplo, o 
hemisfério esquerdo controla 
principalmente a linguagem na maioria das 
 
Emylle Pereira– Medicina UNDB (M2) 
pessoas. Essa característica é chamada de 
domínio de linguagem do hemisfério 
esquerdo. A lesão provocada num dos 
hemisférios do cérebro pode originar a 
perda completa das referidas funções. 
 
No entanto, a maioria das funções (como 
a memória) necessitam de coordenação 
de várias áreas em ambos os hemisférios. 
Para que ambas as funções sejam 
completamente perdidas, os dois 
hemisférios precisam estar lesionados. 
 
Os padrões específicos de disfunção 
podem ser relacionados com a área do 
cérebro que foi lesionada. 
 
Normalmente, os médicos podem 
diagnosticar o tipo de disfunção ao 
examinar a pessoa. Eles fazem perguntas 
com o intuito de avaliar funções 
específicas do cérebro. Geralmente são 
necessários exames de imagem, como a 
tomografia computadorizada (TC) e a 
ressonância magnética (RM), para 
identificar a causa da lesão. 
 
Lesão no lobo frontal 
Os lobos frontais têm as seguintes 
funções: 
• iniciar muitas ações; 
• controlar as habilidades motoras 
adquiridas, como escrever, tocar 
instrumentos musicais e amarrar o 
cadarço dos sapatos; 
• controlar processos intelectuais 
complexos, como falar, pensar, 
concentrar-se, resolver problemas 
e planejar o futuro; 
• controlar expressões faciais e 
gestos manuais e dos braços; 
• coordenar expressões e gestos 
com o humor e os sentidos. 
A lesão do lobo frontal, de modo geral, 
leva à perda total da capacidade para 
resolver problemas e para planejar o início 
de ações, como atravessar a rua ou 
responder a uma pergunta complexa (às 
vezes chamadas de funções executivas). 
Mas algumas deteriorações específicas 
variam dependendo de qual parte do lobo 
frontal está lesionada. 
 
Se a parte posterior do lobo frontal (que 
controla os movimentos voluntários) ficar 
lesionada, o resultado pode ser uma 
fraqueza muscular ou uma paralisia. Visto 
que cada lado do cérebro controla o 
movimento da parte oposta do corpo, a 
lesão do hemisfério esquerdo provoca a 
fraqueza do lado direito do corpo e vice-
versa. 
 
Se a zona central do lobo frontal for 
lesionada, as pessoas podem ficar 
apáticas, desatentas e desmotivadas. Seu 
pensamento se torna lento e suas 
respostas a perguntas são muito lentas. 
Se a parte posterior do meio do lobo 
frontal esquerdo (área de Broca) for 
lesionada, as pessoas podem ter 
dificuldade de se expressar verbalmente, 
uma deficiência chamada de afasia 
(expressiva) de broca. 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
Se a parte frontal do lobo frontal for 
lesionada, pode ocorrer qualquer um dos 
seguintes problemas: 
• Dificuldade temporária de manter 
informações disponíveis para 
processamento (chamada memória 
de trabalho) 
• Redução de fluência da fala 
• Apatia (falta de emoção, interesse 
e preocupação) 
• Desatenção 
• Respostas atrasadas às perguntas 
• Uma impressionante falta de inibição, 
incluindo o comportamento social 
inapropriado 
As pessoas que perdem a inibição podem 
se tornar inapropriadamente exaltadas 
(eufóricas), ou deprimidas, ser 
excessivamente argumentativas, ou 
passivas e vulgares. Podem não 
demonstrar consideração alguma pelas 
consequências de seu comportamento. 
Também podem repetir o que dizem. 
Algumas pessoas desenvolvem sintomas 
semelhantes quando elas envelhecem ou 
se a demência se desenvolve. Esses 
sintomas podem resultar de degeneração 
do lobo frontal. 
 
Quando áreas específicas do cérebro são 
lesionadas 
Diferentes áreas do cérebro controlam 
funções específicas. Consequentemente, 
o local lesionado do cérebro determina qual 
função que é perdida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesão no lobo parietal 
 
Os lobos parietais têm as seguintes 
funções: 
• interpretar informações sensoriais 
advindas do corpo; 
• combinar as impressões relativas à 
forma, textura e ao peso e 
convertê-las em percepções 
gerais; 
• influenciar aptidões matemáticas e 
compreensão da linguagem; 
• armazenar memórias espaciais, que 
permitem ao indivíduo orientar-se 
no espaço (saber onde está) e 
manter um sentido de orientação 
(saber para onde vai); 
• processar informações que ajudam 
o indivíduo a perceber a posição das 
várias partes do corpo. 
 
Certas funções tendem a ser 
controladas mais por um dos lobos 
parietais (geralmente o esquerdo). Ele é 
considerado o lobo dominante quando 
controla a linguagem. O outro lobo (não 
dominante) tem outras funções, como 
permitir às pessoas saber como o corpo 
se relaciona com o espaço ao seu redor. 
 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
A lesão na parte frontal do lobo 
parietal esquerdo ou direito causa a 
sensação de dormência e debilita as 
sensações no lado oposto do corpo. Os 
indivíduos afetados têm dificuldade em 
identificar o tipo de sensação e a sua 
localização (dor, calor, frio ou vibração). 
As pessoas podem ter dificuldade em 
reconhecer objetos ao tocá-los (por meio 
da textura e forma). 
 
Se a parte do meio estiver lesionada, as 
pessoas podem não diferenciar o lado 
direito do lado esquerdo (chamada 
desorientação direita-esquerda) e ter 
problemas com cálculos e escrita. Podem 
ter problemas na detecção de onde estão 
as partes de seu corpo (um sentido 
chamado propriocepção). 
 
Se o lobo parietal não dominante 
(geralmente o direito) estiver lesionado, 
as pessoas podem não ser capazes de 
fazer tarefas simples, como pentear o 
cabelo ou se vestir, chamado apraxia. 
Também podem ter dificuldade para 
entender como os objetos se relacionam 
entre si no espaço. Como resultado, 
podem ter problemas para desenhar e 
construir coisas, e podem se perder no 
seu próprio bairro. Essas pessoas também 
podem ignorar a gravidade da sua doença 
ou negar a sua existência. Elas podem 
negligenciar o lado do corpo oposto ao do 
dano cerebral (geralmente o lado 
esquerdo). 
 
Lesão no lobo temporal 
Os lobos temporais têm as seguintes 
funções: 
• gerar lembranças e emoções; 
• processar eventos imediatos em 
memória recente e de longo prazo; 
• armazenar e recuperar memórias 
de longo prazo; 
• compreender sons e imagens, 
permitindo reconhecer outras 
pessoas e objetos, e integrar a 
audição e a fala. 
Na maioria das pessoas, uma parte do lobo 
temporal esquerdo controla a 
compreensão da linguagem. Se essa parte 
for lesionada, a memória das palavras pode 
ser prejudicada de forma drástica, assim 
como a capacidade de entender a 
linguagem, uma deficiência chamada afasia 
(receptiva) de Wernicke (consulte a 
tabela Teste de uma pessoa com afasia). 
 
Se certas áreas do lobo temporal 
direito estiverem lesionadas, a memória 
para sons e música pode ser prejudicada. 
Como resultado, pode ser difícil para as 
pessoas cantarem. 
 
Lesão no lobo occipital 
O lobo occipital contém os principais 
centros para o processamento da 
informação visual. 
 
Os lobos occipitais têm as seguintes 
funções: 
• processar e interpretar a visão; 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/s%C3%ADndrome-de-wernicke-korsakoff
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/s%C3%ADndrome-de-wernicke-korsakoff
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/afasia#v9051832_pt
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
• permitir ao indivíduo formar 
lembranças; 
• integrar as percepções visuais às 
informações espaciais fornecidas 
pelos lobos parietais adjacentes. 
Se ambos os lados do lobo occipital forem 
lesionados, as pessoas não conseguem 
reconhecer objetos com a visão, apesar 
de os próprios olhos funcionarem 
normalmente. Esse quadro clínico é 
chamado de cegueira cortical. Algumas 
pessoas com cegueira cortical não têm 
consciência da sua incapacidade de visão. 
Em vez disso, elas muitas vezes elaboram 
descrições do que veem (chamado 
confabulação). Esse quadro clínico se 
chama síndrome de Anton. 
 
As convulsões que envolvem o lobo 
occipital podem causaralucinações 
envolvendo a visão. Por exemplo, as 
pessoas podem ver linhas coloridas quando 
olham em uma determinada direção. 
 
Lesão no lobo límbico 
O lobo límbico inclui estruturas localizadas 
profundamente no cérebro e em algumas 
partes dos lobos adjacentes, como o lobo 
temporal. Essas estruturas têm as 
seguintes funções: 
• Receber e integrar informações 
originárias de muitas áreas do 
cérebro, permitindo às pessoas 
vivenciar e expressar emoções 
• Ajudar a formar e a recuperar 
lembranças 
• Ajudar as pessoas a ligar memórias 
às emoções vividas quando as 
memórias se formam 
As lesões que afetam o lobo límbico 
resultam em diversos problemas. 
 
Convulsões que resultam de lesão na área 
do lobo temporal no lobo límbico 
geralmente duram apenas alguns minutos. 
Inicialmente, as pessoas podem não ser 
capazes de controlar seus sentimentos ou 
de pensar claramente. Ou elas podem 
sentir odores ruins que na verdade não 
existem (um tipo de alucinação). Elas 
podem parecer confusas e sem 
consciência do que ocorre ao seu redor e 
fazer movimentos automáticos, como 
engolir repetidamente ou estalar os lábios. 
Durante a convulsão, algumas pessoas 
apresentam alterações na personalidade, 
como perda do sentido de humor, 
religiosidade extrema e obsessão. As 
pessoas também podem ter um impulso 
irresistível de escrever. 
 
Outros locais 
Muitas funções do cérebro não são 
realizadas por uma única zona deste, mas 
sim por várias que trabalham juntas 
(redes). Lesões a estas redes podem 
causar o seguinte: 
Agnosia (perda da capacidade de identificar 
objetos, utilizando um ou mais dos 
sentidos) 
Amnésia (perda total ou parcial da 
capacidade de recordar experiências ou 
acontecimentos) 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/agnosia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/amn%C3%A9sia
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
Afasia (perda parcial ou total da 
capacidade de expressar ou compreender 
a linguagem falada ou escrita) 
Apraxia (incapacidade para realizar tarefas 
que exijam recordar padrões ou sequências 
de movimento) 
A disartria (perda da capacidade de 
articular palavras normalmente) pode ser 
causada por lesões em áreas do cérebro 
ou dos nervos cranianos que controlam os 
músculos envolvidos na produção da fala 
ou por dano nas fibras nervosas que 
conectam essas áreas. 
 
3) Discutir o papel do lobo pré-frontal 
na determinação do controle 
comportamental (subdivisões do córtex 
pré-frontal e suas funções). 
Córtex pré-frontal 
A atividade básica dessa região do 
cérebro é a orquestração de 
pensamentos e ações de acordo com 
objetivos internos; envolvida em funções 
executivas como planejamento, tomada de 
decisão, memória de curto prazo, lógica, 
racionalidade. As funções executivas são 
um conjunto de habilidades cognitivas 
necessárias para controlar e regular o 
próprio comportamento e pensamentos. 
Isso permite manipular, estabelecer, 
supervisionar, controlar, manter, corrigir e 
alcançar um plano de ação para a 
conquista de uma meta esta por sua vez, 
são “motivos de vida” que determina a 
razão de sobreviver. A função executiva 
está relacionada à coerência, a busca da 
lógica, da razão, a habilidade de diferenciar 
entre pensamentos conflitantes, 
determinar o que é bom ou ruim, bem e o 
mal, melhor ou pior, o que é diferente, 
preservação, análise do futuro e possíveis 
consequências, previsão de resultados, 
controle social, capacidade de suprimir 
impulsos e ter a consciência das 
consequências. 
 
Funções executivas 
 Essas funções estão limitadas nas 
estruturas pré-frontais do cérebro, áreas 
como córtex pré-frontal dorsolateral, 
córtex pré-frontal ventromedial, córtex 
pré-frontal orbitofrontal e o córtex 
cingulado anterior. 
 
Principais habilidades das funções 
executivas 
§ Inibição - Capacidade de controlar 
respostas impulsivas, automáticas, 
reflexivas e gerar respostas mediante a 
atenção e raciocínio. 
§ Flexibilidade cognitiva - Habilidade de 
adaptar condutas e pensamentos à 
situações novas, inesperadas e prevenção. 
§ Monitorização - Habilidade de 
supervisionar condutas para um melhor 
plano de ação em busca de melhores 
respostas. 
§ Panificação - Habilidade de imaginar o 
futuro e antecipar a forma correta de 
agir ao executar uma tarefa de forma 
precavida. 
§ Memória de trabalho - Capacidade de 
armazenar temporalmente, manipulação de 
informações com o objetivo de realizar 
tarefas complexas. 
§ Tomada de decisões - Habilidade de 
escolher melhores opções de forma 
eficiente, meditada e premeditada. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/afasia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/apraxia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/disartria
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
§ Resolução de problemas - Capacidade 
lógica perante o planejamento de uma 
incógnita. 
 
Dano cerebral nas estruturas pré-frontais 
pode provocar anosognosia, que é a falta 
da consciência do próprio défice; abulia, 
que é falta de iniciativa; dificuldade para 
seguir uma sequência de ações; dificuldade 
em gerir comportamento e emoções, 
rigidez cognitiva, etc. A síndrome frontal 
apresenta alteração nas habilidades 
cognitivas como iniciativa, fluidez, inibição, 
flexibilidade, autorregulação, planificação e 
tomada de decisões; conduta 
desorganizada, não adaptação ao meio, 
mudança de personalidade, multipolaridade 
resultando em egocentrismo, obsessão e 
irritável. Transtornos e perturbações sem 
danos através de impacto também podem 
ocorrer, como dislexia, 
discalculia, transtorno de déficit de 
atenção e hiperatividade 
(TDAH), esquizofrenia, autismo (TEA), 
síndrome narcisista, entre outras. 
O córtex pré-frontal está relacionado ao 
aprendizado de regras concretas, regiões 
anteriores ao longo do eixo rostro-
caudal do córtex frontal apoiam o 
aprendizado de regras em níveis mais 
elevados de abstraçãoo. 
 
4) Compreender as síndromes frontais 
decorrentes de lesões do córtex pré-
frontal. 
 
 
 
 
5) Sistema Nervoso Periférico: conexão 
com o meio (Conferência do dia 
18/09/2023 – Prof. Doutoranda Nelmar 
de Oliveira Mendes). 
O sistema nervoso é um dos principais 
agentes responsáveis pelas extraordinárias 
capacidades humanas, além dos processos 
de perceber, agir, aprender e lembrar. 
 
O corpo humano possui mais de 100 bilhões 
de neurônios, as unidades funcionais deste 
sistema. Essas células são capazes de 
receber e transmitir informações por 
meio de sinapses químicas e elétricas. 
 
Este sistema é dividido, anatomicamente, 
em sistema nervoso central (SNC), 
formado pelo encéfalo e medula espinhal, 
e periférico (SNP), constituído por nervos 
e gânglios. 
 
Histologia do sistema nervoso 
O tecido nervoso é composto 
principalmente por neurônios e vários tipos 
de células da glia ou neuroglias. Enquanto 
os neurônios são responsáveis por 
transmitir informações, às células da glia 
sustentam os neurônios e participam de 
outras funções importantes. 
 
Os neurônios são formados basicamente 
por um corpo celular e 
prolongamentos, dendritos e axônio. No 
corpo celular encontra-se o núcleo. 
 
O axônio pode ou não conter a bainha de 
mielina, uma camada de tecido adiposo que 
protege e isola eletricamente suas células 
nervosas. Esta camada é produzida pelos 
 
Emylle Pereira – Medicina UNDB (M2) 
oligodendrócitos no sistema nervoso 
central e pelas células de Schwann no 
sistema periférico. A condução do impulso 
nervoso se dá sempre na direção dendrito, 
depois corpo celular e, por último, no 
axônio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura do neurônio 
 
Existem neurôniosmotores, sensoriais e 
interneurônios. Os neurônios motores 
controlam órgãos efetores, tais como 
glândulas exócrinas e endócrinas e fibras 
musculares. Os neurônios sensoriais 
recebem estímulos sensoriais do meio 
ambiente e do próprio organismo. Os 
interneurônios estabelecem conexões 
entre outros neurônios, formando 
circuitos complexos. 
As células da glia recebem diferentes 
denominações a depender da função que 
exercem. A microglia realiza fagocitose de 
resíduos, enquanto os oligodendrócitos e 
células de Schwann fazem o isolamento 
elétrico dos axônios produzindo a bainha de 
mielina. Os astrócitos tem importante 
função de nutrição, sustentação e 
proteção.

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