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Uma revisão sobre fatores que influenciam a concentração inibitória mínima de óleos essenciais

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Uma revisão sobre fatores que influenciam a concentração inibitória mínima de óleos essenciais.
RESUMO DE TEXTO DESENVOLVIDO PARA A FORMAÇÃO EM AROMATERAPIA COM BASE NA SEGUINTE REFERÊNCIA.
VAN DE VEL, Elien; SAMPERS, Imca; RAES, Katleen. A review on influencing factors on the minimum inhibitory concentration of essential oils. Critical reviews in food science and nutrition, 2019, 59.3: 357-378.
BASE DE DADOS UTILIZADA: Google Scholar
Os óleos essenciais têm sido amplamente explorados por suas propriedades antimicrobianas, representando uma alternativa natural e eficaz no combate a micro-organismos patogênicos. Compostos voláteis presentes nos óleos essenciais, como terpenos e fenólicos, demonstraram a capacidade de inibir o crescimento de bactérias, fungos e vírus. Além disso, muitos óleos essenciais exibem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que podem ajudar na proteção do sistema imunológico. Esses óleos são utilizados em diversas aplicações, como aromaterapia, produtos de higiene pessoal, e até mesmo na conservação de alimentos, oferecendo uma abordagem natural e promissora para o controle de infecções, embora devam ser usados com cuidado e em conformidade com as diretrizes de segurança devido à sua concentração e potencial toxicidade em excesso.
A concentração inibitória mínima (CIM) é um conceito essencial na microbiologia e na farmacologia, utilizado para determinar a menor concentração de um agente antimicrobiano que é capaz de inibir o crescimento de um micro-organismo específico. Essa medida desempenha um papel fundamental na avaliação da eficácia de antibióticos, antifúngicos e outros agentes antimicrobianos, auxiliando os profissionais de saúde na escolha do tratamento mais apropriado para infecções bacterianas, fúngicas ou virais. A CIM é determinada por meio de testes laboratoriais, nos quais diferentes concentrações do agente antimicrobiano são aplicadas ao micro-organismo em questão, e a menor concentração que impede seu crescimento é considerada a CIM. Isso é crucial para garantir o uso adequado de medicamentos e evitar o desenvolvimento de resistência microbiana.
O artigo aborda a atividade antimicrobiana de compostos presentes em óleos essenciais e as dificuldades associadas à determinação de suas concentrações inibitórias míimas.
Em várias pesquisas, os métodos de determinação de CIM foram adaptados de padrões estabelecidos para antibióticos solúveis em água. No entanto, os óleos essenciais têm solubilidade limitada em água, são voláteis e podem ter estabilidade química limitada. Isso levou a uma grande variação nos resultados, tornando difícil identificar diferenças claras na sensibilidade antimicrobiana entre os diferentes óleos essenciais e entre diferentes espécies microbianas.
Os óleos essenciais apresentam desafios na determinação de sua CIM devido à sua solubilidade limitada e volatilidade. A estabilidade química dos óleos essenciais não é bem conhecida, e a degradação durante os experimentos pode levar a dados imprecisos. O uso de emulsificantes e solventes, necessários para solubilizar ou estabilizar os óleos essenciais, pode influenciar os resultados da atividade antimicrobiana. Os principais fatores que influenciam na avaliação da concentração inibitória mínima dos óleos essenciais são:
· Solubilidade em Água: A solubilidade em água de compostos EO é uma característica crítica, especialmente quando se trata de sua atividade antimicrobiana. Compostos menos solúveis em água demonstraram ter maior atividade antimicrobiana. Este fenômeno pode ser atribuído ao fato de que, em equilíbrio, tais compostos terão uma maior concentração na fase aquosa. Contudo, essa solubilidade limitada também levanta desafios, especialmente em experimentos de determinação da concentração inibitória mínima. Como os óleos essenciais têm solubilidade limitada em água, eles precisam ser solubilizados com o uso de emulsificantes ou solventes, o que, por sua vez, pode afetar sua atividade antimicrobiana. Assim, a solubilidade em água não é apenas uma medida da atividade potencial do composto, mas também um indicador das dificuldades experimentais que podem surgir ao testar a atividade antimicrobiana de óleos essenciais.
· Constantes de Dissociação: A dissociação pode afetar a atividade antimicrobiana, especialmente quando os compostos estão em equilíbrio entre formas ionizadas e não ionizadas. A forma não ionizada geralmente é mais lipofílica e, portanto, pode penetrar mais facilmente nas células bacterianas.
· Tamanho Molecular: Compostos com menor tamanho molecular podem ter maior atividade antimicrobiana, pois podem penetrar mais facilmente nas células bacterianas. Contudo, os compostos maiores têm um mecanismo diferente, afetando a membrana bacteriana.
· Isômeros: Isômeros podem ter atividades antimicrobianas diferentes, mesmo que tenham a mesma fórmula molecular. A conformação espacial e a orientação das moléculas podem influenciar sua atividade.
· Grupo Funcional: A presença de certos grupos funcionais em uma molécula pode influenciar sua atividade antimicrobiana. Por exemplo, a presença de um grupo hidroxila pode aumentar a solubilidade em água de um composto, enquanto outros grupos podem influenciar a interação da molécula com as células bacterianas.
· Estabilidade Quími: A estabilidade química refere-se à capacidade do óleo essencial de manter sua estrutura, seus componentes químicos e função ao longo do tempo e sob diferentes condições. Se um composto é quimicamente instável, ele pode se degradar rapidamente, levando a uma diminuição ou perda de sua atividade antimicrobiana. A degradação pode ser acelerada por vários fatores, como luz, calor, presença de oxigênio e pH. Compostos de óleos essenciais que são sensíveis a tais fatores podem ter uma vida útil limitada e podem necessitar de condições de armazenamento específicas. A estabilidade química também está ligada ao mecanismo pelo qual o composto exerce sua atividade antimicrobiana. Por exemplo, compostos que agem através da interação com a membrana celular podem ser mais sensíveis à degradação do que aqueles que têm um mecanismo de ação diferente.O conhecimento sobre a estabilidade química é limitado, mas é essencial para determinar se medidas precisam ser tomadas para limitar a degradação ou para levar em consideração a degradação ao avaliar a atividade antimicrobiana de um composto, como o armazenamento correto.
Não foram encontradas diferenças claras na sensibilidade antimicrobiana entre os óleos essenciais e entre as diferentes espécies de bactérias, principalmente devido à variação nas condições experimentais, já que não há um método padrão para a determinação da CIM de óleos essenciais. A pesquisa também destaca a importância de compreender a estabilidade química dos óleos essenciais e o impacto dos emulsificantes e solventes na sua atividade antimicrobiana. 
O surgimento de bactérias multirresistentes, que não respondem aos tratamentos com antibióticos convencionais, representa uma séria ameaça à saúde pública global. O uso excessivo e inadequado de antimicrobianos tem acelerado o desenvolvimento de resistência bacteriana, tornando as infecções cada vez mais difíceis de tratar. Diante desse cenário preocupante, a busca por novas alternativas antimicrobianas é imperativa. Nesse contexto, os óleos essenciais têm ganhado destaque devido às suas propriedades antimicrobianas naturais. Eles oferecem uma abordagem promissora, pois sua complexa composição química pode afetar uma variedade de alvos bacterianos e, até o momento, a resistência a óleos essenciais tem sido rara. No entanto, é fundamental conduzir pesquisas mais aprofundadas para entender e otimizar seu uso, visando um arsenal mais diversificado e eficaz no combate às infecções resistentes a antimicrobianos tradicionais.

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