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Spa e Terapias Integradas Prof. Esp. Bruna Baratieri • Misturas complexas de substâncias; • Natureza oleosa - lipossolúveis; • Moléculas de baixo peso molecular; • Voláteis – etéreo; • Aromático; • Extraído das plantas aromáticas; • OE com diferentes densidades. Dependendo da família, os OE podem ocorrer: • Pêlos glandulares (Lamiaceae); • Células parenquimatosas (Piperaceae); • Flores (laranjeira); • Folhas (capim-limão, louro, eucalipto); • Cascas dos caules (canelas); • Madeira (sândalo, pau-rosa); • Raízes (vetiver); • Rizomas (gengibre); • Frutos (anis, funcho, erva-doce); • Sementes (noz-moscada). COMPOSIÇÃO DO OE Presença de agrotóxicos Temperatura Composição do solo Umidade do ar Condições climáticas Época da coleta Exposição a sol, ventos Se for colhida pela manhã, o OE possuirá altos teores em alfa-bisabolol, seu principal ativo como anti-inflamatório. Porém se colhida ao fim da tarde, encontrar-se-ão somente vestígios de alfa-bisabolol no OE. • Os OE pertencem a uma das 3 classes dos compostos químicos: . Componente básico: molécula de isopreno – 5 átomos de carbono. • São fracos no seu efeito, mas tem uso secundário que completam os componentes mais poderosos no óleo; – antissépticos, bactericida, expectorantes, antivirais e analgésicos; – antissépticos, bactericidas, hipotensores, calmantes, anti-inflamatórios; – de aroma frutado, podem ser anti- inflamatórios, problemas de pele, fungicida, atuam como calmante ou estimulante. Ex.: éter metilfenílico (anisole) – OE anis (ação carminativa e estomática); – são muito fortes, devem ser usados diluídos por serem reativos, cáusticos e tóxicos. São antissépticos, bactericidas. Ex.: timol – OE tomilho (bactericida, estimulante); : antisséptico, antiviral e estimulante. Ex.: linalol – OE alfazema, bergamota e coentro (ação antisséptica e estimulante); citronelol – OE gerânio, rosa e citronela (ação antivirótica). : de forte aroma, pode causar irritação cutânea. Anti-inflamatório, anti- infeccioso, tônico, hipotensor e calmante. Ex.: citral – OE laranja, eucalipto, verbena (ação antisséptica); citronelal – OE erva cidreira, melissa e citronela (ação sedativa). : neurotóxicas, usadas com moderação seu efeito é calmante, sedativo, facilita o muco e estimula o tecido cicatrizante, podem ser digestivas, analgésicas, estimulantes e expectorantes. Ex: tuiona – OE sálvia e artemísia (ação diurética e vermífuga); cânfora – OE alfavaca e manjericão (ação mucolítica, anestésico local e analgésico). • São tóxicos quando usados em altas concentrações ou por tempo prolongado; são antissépticos, anestésicos, expectorantes, espasmódico, estimulantes das secreções gástricas e salivares. Ex.: eugenol – OE cravo e canela (ação antisséptica, fungicida e anestésico); anetol – OE anis, manjericão e salsa (ação estimulante das secreções gástricas e salivares); estragol – OE estragão, noz-moscada e sassafrás (ação expectorante e espasmódico). • Fatores que influenciam no método de extração: – Rendimento de um método sobre o outro; – Aplicação final do OE; – Localização do OE na planta; – Maneira de preparação das plantas antes da extração. • Destilação; • Prensagem a frio (expressão); • Extração por solvente; • Enfloragem (enfleuragem); • CO₂ supercítico. PREPARAÇÃO: Fermentação/ monda/ trituração/ pulverização/ moídos/ rolo esmagador. • Principal método de extração dos OE; • Normalmente se obtém óleos voláteis provenientes de flores, folhas, troncos e sementes. • Três processos: – Hidrodestilação; – Destilação com vapor d’água saturado à pressão atmosférica; – Destilação a vácuo. • A hidrodestilação é comum para canela e rosa: método mais rudimentar, a matéria prima fica imersa dentro da água da caldeira e o operador retira com uma concha; • Destilação a vapor: utilizado com plantas que liberam um alto teor aromático; método que permite repetir o processo de vaporizar os componentes voláteis do óleo várias vezes, para se conseguir o grau de pureza desejado. Conforme o material a ser destilado as caldeiras são: de cobre, ferro, inoxidável, estanho ou alumínio. • Destilação a vácuo: usa vapor seco, método preferido das grandes indústrias, por ser mais rápido, econômico e de qualidade. • Subproduto da destilação; ; • A água derivada a partir do processo de destilação possui componentes do OE. • “Processo de esponja”- utilizados para OE cítricos; • Rendimento de 80% do conteúdo total dos óleos; • Atualmente feita por máquinas centrífugas; • Vantagem: não sofre alteração pelo calor. • Usado para extração de gomas e resinas usados na indústria cosmética; • Não possui efeito terapêutico para aromaterapia, pode ficar traços de solvente no OE; • Solventes utilizados: benzeno, acetona, hexano, éter de petróleo; • Processo complexo e de alto custo, porém o mais avançado. GERA OS ABSOLUTOS • Para extrair os OE de flores, método desenvolvido na França para contornar dificuldades na extração do perfume das flores; • Coloca-se uma camada de pétalas sobre uma placa de banha ou gordura depurada que repousa sobre uma placa de vidro; • O processo é feito em camadas com uma distância entre os vidros de 5cm, através de uma grade de madeira. • A troca das pétalas é feita periodicamente, o que determina a frequência é a planta; • Para se atingir o ponto de saturação pode levar de 3 a 10 semanas, que após este período, a banha fica completamente saturada com o OE da flor; • O resultado é uma gordura entumecida com OE chamada de pomada, que pode ser diluída em álcool. • Este é o método mais avançado existente no mundo que envolve a última tecnologia na extração de OE. • Os óleos são extraídos via CO₂ hipercrítico, ou seja, o mesmo CO₂ que eliminamos da nossa respiração é separado do ar e levado a entrar num estado denominado de hipercrítico, que fica entre o liquido e o gasoso. Isto é obtido também porque se utiliza um aparelho com uma pressão de 30 atmosferas terrestres, que implode as células vegetais liberando ao máximo todos os princípios ativos existentes nelas. • A principal diferença entre um óleo destilado e um óleo obtido via CO₂ já é perceptível no cheiro, que é idêntico àquele presente na planta. Por ser obtido a frio e arrastar componentes de difícil evaporação, muitos compostos presentes em óleos via CO₂ jamais serão encontrados naqueles que forem destilados. Além disso, o calor da destilação pode ocasionar a modificação química de algumas substâncias. • Isso os torna muito especiais, pois possuem potenciais vastíssimos de aplicação no máximo potencial que a planta tem a oferecer. • Principais problemas de qualidade: – Variabilidade na composição do OE; – Adulteração ou falsificação; – Identificação incorreta do produto e sua origem (nome científico, a parte do vegetal que foi empregado e procedência) • Principais métodos de adulteração dos OE: – Adição de compostos sintéticos, como álcool, ésteres e hidrocarbonetos clorados; – Mistura de óleo volátil de qualidade com outro de menor valor; – Adição de substâncias sintéticas; – Falsificação completa do óleo através de misturas de substâncias sintéticas dissolvidas em veículo inerte. • Fatores que devem ser observados: – Frasco na cor âmbar ou azul cobalto; – Os OE não possuem cores extravagantes como roxo, lilás, etc; – OE não se dissolvem facilmente na água; – Preço: OE são caros e possuem preços distintos entre si; – O aroma dos OE permanecem muito tempo na pele; – Rótulo. Aproximadamente 90% dos óleos voláteis disponíveis no mercado não apresentam sua composição original. • Nunca use OE puros diretamente sobre a pele. Devem ser diluídos em óleos, cremes, loções e outros carreadores; exceto lavanda e tea tree, que podem ser usados em queimaduras, picadas de inseto, cortes, etc.; • É necessário fazer umteste prévio para verificar a sensibilidade; • Dar preferência ao uso externo dos OE, devido à alta concentração, podem ser irritantes às mucosas. • Laranja; • Limão; • Lemongrass; • Menta; • Tomilho; • Greapfruit; • Funcho doce; • Cravo; • Melaleuca; • Canela; • Alecrim; • Bergamota. Fazer teste prévio de sensibilidade. • Euclipto globulus; • Manjericão; • Alecrim; • Sálvia; • Cedro; • Cânfora. • OE de anis; • OE de manjericão; • OE de manjerona; • OE de cravo; • OE de alecrim; • OE de sálvia; • OE de tomilho; • OE de cipreste; • OE de cedro. • Pimenta negra; • Hortelã pimenta; • Eucalipto; • Cânfora. • Funcho doce; • Alecrim; • Sálvia. • Tomilho; • Alecrim; • Sálvia. • Alguns OE cítricos são ricos em furancumarinas – substância altamente reativa sob a incidência da luz, podendo causar erupções bolhosas, hiperpigmentação, eritema, etc. – Bergamota; – Limão; – Tangerina; – Lemongrass; – Laranja; – Sálvia; – Funcho doce. Evitar exposição solar por 24 hs após o uso de OE fotossensibilizantes. • Inalação; • Massagem terapêutica; • Aromatizadores; • Banhos terapêuticos; • Compressas; • Escalda pés; • Sauna; • Aplicação direta; • Gargarejo; • Emanação de travesseiro; • Saches; • Lareira... • Indicado para tratar problemas respiratórios quanto problemas emocionais; • Ao utilizar uma tigela com água quente, pode-se adicionar até 9 gotas de OE; • Coloque uma toalha sobre a cabeça e respire profundamente; • Assegure-se que os olhos estejam fechados; • Cuidado para o vapor não queimar a face. • Durante uma massagem com OE, estes exercem um efeito terapêutico tanto pela inalação dos aromas como pela absorção cutânea; • Estimulam o fluxo sanguíneo e linfático, além de atuarem sobre o sistema límbico; ATENÇÃO: os OE jamais devem ser aplicados puros (sem ser diluídos), com exceção dos de lavanda e tea tree/melaleuca. • Em aromaterapia, os principais agentes carreadores dos OE são os óleos vegetais. Porém outros veículos podem ser utilizados como carreadores: argilas, manteigas, géis, cremes, loções, sais, etc. • São de simples utilização; • Também conhecidos como difusores ou vaporizadores; • Indicados para relaxar, auxiliar no sono, estimular a mente na hora do estudo, etc.; • Utiliza-se de 3 a 5 gotas, em água, tanto nos que funcionam com velas, quantos os elétricos. (à noite) – lavanda, manjerona, camomila; (manhã) – sálvia, alecrim, hortelã-pimenta; – eucalipto, lavanda, copaíba; – lavanda, manjerona, limão, ylang-ylang; – alecrim, sálvia, tomilho; – laranja, bergamota, cedro, olíbano; – laranja, néroli, manjerona; • Os OE nos banhos de água quente, atuam em contato com a pele e por inalação, fazendo com que haja uma absorção das propriedades através da pele e do sistema respiratório. • Utiliza-se de 15 a 20 gotas, banheira padrão, sendo necessário acrescentar estas gotas em óleo carreador, mel ou leite para dispersarem na água. • Úteis para problemas do trato genito- urinário; • OE antissépticos, fungicidas e bactericidas; • 1 litro de água quente; – Candidíase: 3 gotas de lavanda e 3 de tea tree; – Hemorróidas: 4 gotas de gerânio e 4 de cipreste; – Cistite: 3 gotas de cedro, 1 de eucalipto e 3 de lavanda. • Utiliza-se aproximadamente 4 gotas de OE em 1 litro de água quente; • Deve umedecer uma toalha de rosto, sem excessos de água, e acomodar sobre o local desejado; • As compressas frias podem ser feitas do mesmo modo, porém com água fria ou gelada; • Indicada para dores em geral. FRIAS: Problemas de natureza aguda: • Dor de cabeça; • Torções; • Tendinite; • Cãibras de curta duração QUENTES: Benéficas para dores crônicas: • Artrite; • Reumatismos; • Abscessos; • Bronquite. • Em um recipiente (bacia ou tina) adicionar água quente e 5 gotas de OE; • Pode ser associado a esfoliação, massagens nos pés ou a reflexologia. Sugestão: – Cipreste para dores nos pés; – Tomilho e alecrim para pés inchados; – Hortelã para ativar a circulação e refrescar; • Recipientes com rolha, algodão, folhas ou trouxinhas de tecido são ótimos meios para deixar um cheiro agradável; • Pingue algumas gotas de OE nestes materiais e espalhe por onde desejar; • Lavanda, cedro ou bergamota afastam as traças; • Pinho ou cipreste são indicados para serem usados no porta sapatos. • Coloque aproximadamente 3 gotas de OE em cada tora de madeira 1 hora antes de acender o fogo; • Aos poucos o aroma vai sendo liberado. • 1 ml equivale aproximadamente a 20 gotas OE; • A diluição em um veículo qualquer é de 2,5% de OE. Ex.: 100ml de OV → 2,5 ml de OE = 50 gotas 1 ml ≡ 20 gotas 10 ml ≡ 200 gotas
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