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Aula 02 (9)

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Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo 23
2
Indicadores da qualidade de 
águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de 
água doméstica e na agricultura
O Brasil tem um sistema de avaliação e controle da qualidade das águas para o 
consumo humano e para as atividades de produção agrícola. Esse controle se torna 
importante, pois o crescimento da população tem pressionado os recursos naturais, 
como a água demandando em maior quantidade e ao mesmo tempo impactando-a 
pelos seus modos de desenvolvimento. A qualidade de vida e da saúde das pessoas 
acaba por ser comprometida caso não ocorra controle da qualidade das águas.
Nesta aula serão apresentados os parâmetros de análise de qualidade da água, pre-
vistos na legislação brasileira para o abastecimento humano e no uso na agricultura.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo24
2.1 Indicadores previstos na legislação para 
o abastecimento de água doméstica
O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União, Seção 1, do dia 14 de de-
zembro, a Portaria 2.914, de 12 de dezembro de 2011, que dispõe sobre os procedimentos 
de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de 
potabilidade.
Essa portaria teve antecedentes na legislação brasileira de potabilidade de água para 
consumo humano, sendo a Portaria BSB 56, de 14 de março de 1977, a primeira legislação 
nacional que estabeleceu o padrão de potabilidade brasileira, após assinatura do Decreto 
Federal 79.367, de 9 de março de 1977. Esse decreto previu a competência do Ministério da 
Saúde para legislar sobre normas e o padrão de potabilidade da água para consumo huma-
no. A Portaria BSB 56/1977 foi revisada em 1990 e resultou na Portaria GM 36/1990, seguida 
da Portaria MS 1.469, de 29 de dezembro de 2000. Em função do novo ordenamento na es-
trutura do Ministério da Saúde com a instituição da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), 
a Portaria MS 1.469/2000 foi extinta passando a vigorar a Portaria MS 518, de 25 de março de 
2004 e que foi substituída pela atual 294/2011.
Para o melhor entendimento dos parâmetros previstos na legislação para o abasteci-
mento de água doméstica é importante se ater ao que descreve o artigo 5° da Portaria MS 
2.914/2011. As principais definições pela referida Portaria são:
I – água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação 
e produção de alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua origem;
II – água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta 
Portaria e que não ofereça riscos à saúde;
III – padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos como parâmetro 
da qualidade da água para consumo humano, conforme definido nesta Portaria;
IV – padrão organoléptico: conjunto de parâmetros caracterizados por provocar 
estímulos sensoriais que afetam a aceitação para consumo humano, mas que não 
necessariamente implicam risco à saúde;
V – água tratada: água submetida a processos físicos, químicos ou combinação 
destes, visando atender ao padrão de potabilidade;
VI – sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação com-
posta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona 
de captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento 
coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição;
VII – solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo hu-
mano: modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, 
com captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de 
distribuição;
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
25
VIII – solução alternativa individual de abastecimento de água para consumo hu-
mano: modalidade de abastecimento de água para consumo humano que atenda a 
domicílios residenciais com uma única família, incluindo seus agregados familiares;
IX – rede de distribuição: parte do sistema de abastecimento formada por tubula-
ções e seus acessórios, destinados a distribuir água potável, até as ligações prediais;
X – ligações prediais: conjunto de tubulações e peças especiais, situado entre a 
rede de distribuição de água e o cavalete, este incluído;
XI – cavalete: kit formado por tubos e conexões destinados à instalação do hidrô-
metro para realização da ligação de água;
XII – interrupção: situação na qual o serviço de abastecimento de água é interrom-
pido temporariamente, de forma programada ou emergencial, em razão da ne-
cessidade de se efetuar reparos, modificações ou melhorias no respectivo sistema;
XIII – intermitência: é a interrupção do serviço de abastecimento de água, sis-
temática ou não, que se repete ao longo de determinado período, com duração 
igual ou superior a seis horas em cada ocorrência;
XIV – integridade do sistema de distribuição: condição de operação e manuten-
ção do sistema de distribuição (reservatório e rede) de água potável em que a 
qualidade da água produzida pelos processos de tratamento seja preservada até 
as ligações prediais;
XV – controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ativida-
des exercidas regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução alter-
nativa coletiva de abastecimento de água, destinado a verificar se a água forne-
cida à população é potável, de forma a assegurar a manutenção desta condição;
XVI – vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ações 
adotadas regularmente pela autoridade de saúde pública para verificar o aten-
dimento a esta Portaria, considerados os aspectos socioambientais e a realidade 
local, para avaliar se a água consumida pela população apresenta risco à saúde 
humana;
XVII – garantia da qualidade: procedimento de controle da qualidade para mo-
nitorar a validade dos ensaios realizados;
XVIII – recoleta: ação de coletar nova amostra de água para consumo humano no 
ponto de coleta que apresentou alteração em algum parâmetro analítico; e
XIX – passagem de fronteira terrestre: local para entrada ou saída internacional de 
viajantes, bagagens, cargas, contêineres, veículos rodoviários e encomendas postais.
O artigo 27 define que a água potável deve estar em conformidade com padrão micro-
biológico definido em seus anexos, assim como as demais disposições dessa portaria como 
turbidez, pH, temperatura, substâncias químicas inorgânicas, substâncias orgânicas, agro-
tóxicos e desinfectantes.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo26
No quadro 1, estão apresentados os padrões para o parâmetro microbiológico da água 
para abastecimento humano, no qual se destaca a análise de coliformes totais e em que toda 
análise deverá ter como referência de potabilidade e segurança para o consumo.
Quadro 1 – Padrão microbiológico da água para abastecimento humano.
Tipo de água Parâmetro VMP(1)
Água para consumo 
humano Escherichia coli
(2) Ausência em 100 mL
Água 
tratada
Na saída do 
tratamento Coliformes totais
(3) Ausência em 100 mL
No sistema de 
distribuição 
(reservatórios 
e rede)
Escherichia coli Ausência em 100 mL
Coliformes 
totais(4)
Sistemas ou soluções 
alternativas coletivas 
que abastecem 
menos de 20 mil 
habitantes
Apenas uma 
amostra, entre 
as amostras 
examinadas no mês, 
poderá apresentar 
resultado positivo
Sistemas ou soluções 
alternativas coletivas 
que abastecem 
a partir de 20 
mil habitantes
Ausência em 
100 mL em 95% 
das amostras 
examinadas no mês
Notas:
(1) Valor máximo permitido.
(2) Indicador de contaminação fecal.
(3) Indicador de eficiência de tratamento.
(4) Indicador de integridade do sistema de distribuição (reservatórioe rede).
Anexo II: – Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção.
Tratamento da água VMP(1)
Desinfecção (para águas subterrâneas) 1,0 uT(2) em 95% das amostras
Filtração rápida (tratamento 
completo ou filtração direta) 0,5
(3) uT(2) em 95% das amostras
Filtração lenta 1,0(3) uT(2) em 95% das amostras
Notas:
(1) Valor máximo permitido.
(2) Unidade de turbidez.
(3) Esse valor deve atender ao padrão de turbidez de acordo com o especificado no §2o do art. 30.
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro 2, estão apresentados os padrões para o parâmetro turbidez da água para 
abastecimento humano, no qual se destaca a análise de partículas em suspensão e que toda 
análise deverá ter como referência de potabilidade e segurança para o consumo.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
27
Quadro 2 – Padrão para turbidez da água para abastecimento humano.
Filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta)
Período após a 
publicação da portaria Turbidez < 0,5 uT Turbidez < 1,0 uT
Final do 1° ano Em no mínimo 25% das amostras mensais coletadas
No restante das amostras 
mensais coletadas
Final do 2° ano Em no mínimo 50% das amostras mensais coletadas
Final do 3° ano Em no mínimo 75% das amostras mensais coletadas
Final do 4° ano Em no mínimo 95% das amostras mensais coletadas
Filtração lenta
Período após a 
publicação da portaria Turbidez < 1,0 uT Turbidez < 2,0 uT
Final do 1° ano Em no mínimo 25% das amostras mensais coletadas
No restante das amostras 
mensais coletadas
Final do 2° ano Em no mínimo 50% das amostras mensais coletadas
Final do 3° ano Em no mínimo 75% das amostras mensais coletadas
Final do 4° ano Em no mínimo 95% das amostras mensais coletadas
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro 3, estão apresentados os padrões para o parâmetro pH (potencial hidroge-
niônico da água para abastecimento humano), no qual se destaca a análise da acidez e que 
toda análise deverá ter como referência de potabilidade e segurança para o consumo.
Quadro 3: Padrão para pH da água para abastecimento humano.
C(2)
Temperatura = 5°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
≤ 0,4 38 47 58 70 83 98 114
0,6 27 34 41 49 59 69 80
0,8 21 26 32 39 46 54 63
1,0 17 22 26 32 38 45 52
1,2 15 19 23 27 32 38 45
1,4 13 16 20 24 28 34 39
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo28
C(2)
Temperatura = 5°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
1,6 12 15 18 21 25 30 35
1,8 11 13 16 19 23 27 32
2,0 10 12 15 18 21 25 29
2,2 9 11 14 16 19 23 27
2,4 8 10 13 15 18 21 25
2,6 8 10 12 14 17 20 23
2,8 7 9 11 13 15 19 22
3,0 7 9 10 13 15 18 20
C(2)
Temperatura = 10°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
< 0,4 27 33 41 49 58 70 80
0,6 19 24 29 35 41 49 57
0,8 15 19 23 27 32 38 45
1,0 12 15 19 23 27 32 37
1,2 11 13 16 19 23 27 32
1,4 9 11 14 17 20 24 28
1,6 8 10 16 15 18 21 25
1,8 7 9 11 14 16 19 22
2,0 7 8 10 12 15 17 20
C(2)
Temperatura = 10°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
2,2 6 8 10 12 14 16 19
2,4 6 7 9 11 13 15 17
2,6 5 7 8 10 12 14 16
2,8 5 6 8 9 11 13 15
3,0 5 6 7 9 11 12 14
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
29
C(2)
Temperatura = 15°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
≤ 0,4 19 24 29 35 41 48 57
0,6 13 17 20 25 29 34 40
0,8 11 13 16 19 23 27 31
1,0 9 11 13 16 19 22 26
1,2 7 9 11 14 16 19 22
1,4 7 8 10 12 14 17 20
1,6 6 7 9 11 13 15 17
1,8 5 7 8 10 11 14 16
2,0 5 6 7 9 10 12 14
2,2 5 6 7 8 10 11 13
2,4 4 5 6 8 9 11 12
2,6 4 5 6 7 8 10 12
2,8 4 4 5 7 8 9 11
3,0 3 4 5 6 8 9 10
Quadro 4 – Padrão para pH da água para abastecimento humano (continuação).
C(2)
Temperatura = 20°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
≤ 0,4 14 17 20 25 29 34 40
0,6 10 12 14 17 21 24 28
0,8 7 9 11 14 16 19 22
1,0 6 8 9 11 13 16 18
1,2 5 7 8 10 11 13 16
1,4 5 6 7 9 10 11 14
1,6 4 5 6 8 9 11 12
1,8 4 5 6 7 8 10 12
2,0 3 4 5 6 7 9 10
2,2 3 4 5 6 7 8 9
2,4 3 4 4 5 6 8 9
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo30
C(2)
Temperatura = 20°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
2,6 3 3 4 5 6 7 8
2,8 3 3 4 5 6 7 8
3,0 2 3 4 4 5 6 77
C(2)
Temperatura = 25°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
≤ 0,4 9 12 14 18 21 24 28
0,6 7 8 10 1 15 17 20
0,8 5 6 8 10 11 13 16
1,0 4 5 6 8 9 11 13
1,2 4 5 5 7 8 10 11
1,4 3 4 5 6 7 8 10
1,6 3 4 4 5 6 7 9
1,8 3 3 4 5 6 7 8
2,0 2 3 4 4 5 6 7
2,2 2 3 3 4 5 6 7
2,4 2 3 3 4 4 5 6
2,6 2 2 3 3 4 5 6
2,8 2 2 3 3 4 5 5
3,0 2 2 3 3 4 4 5
C(2)
Temperatura = 30°C
Valores de pH
≤ 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
≤ 0,4 6 8 10 12 15 17 20
0,6 5 6 7 9 10 12 14
0,8 3 5 6 7 8 10 11
1,0 3 4 5 6 7 8 9
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
31
1,2 3 3 3 5 6 7 8
1,4 2 3 3 4 5 6 7
1,6 2 3 3 4 4 5 6
1,8 2 2 3 3 4 5 6
2,0 2 2 3 3 4 4 5
2,2 2 2 2 3 3 4 5
2,4 2 2 2 3 3 4 4
2,6 1 2 2 3 3 4 4
2,8 1 2 2 2 3 3 4
3,0 1 2 2 3 3 3 4
Notas:
(1) Valores intermediários aos constantes na tabela podem ser obtidos por interpolação.
(2) C: residual de cloro livre na saída do tanque de contato (mg/L).
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro 5, estão apresentados os padrões para o parâmetro desinfecção por meio 
de cloraminação da água para abastecimento humano, no qual se destaca a análise do cloro 
residual e que toda análise deverá ter como referência de potabilidade e segurança para o 
consumo.
Quadro 5 – Padrão para a desinfecção por meio de cloraminação, de acordo com concentração de 
cloro residual combinado (cloraminas) e com a temperatura da água, para valores de pH da água 
entre 6 e 9 em águas para abastecimento humano.
C(2)
Temperatura (°C)
5 10 15 20 25 30
≤ 0,4 923 773 623 473 323 173
0,6 615 515 415 315 215 115
0,8 462 387 312 237 162 87
1,0 369 309 249 189 130 69
1,2 308 258 208 158 108 58
1,4 264 221 178 135 92 50
C(2)
Temperatura (°C)
5 10 15 20 25 30
1,6 231 193 156 118 81 43
1,8 205 172 139 105 72 39
2,0 185 155 125 95 64 35
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo32
2,2 168 141 113 86 59 32
2,4 154 129 104 79 54 29
2,6 142 11 9 96 73 50 27
2,8 132 11 0 89 678 46 25
3,0 123 103 83 63 43 23
Notas:
(1) Valores intermediários aos constantes na tabela podem ser obtidos por interpolação.
(2) C: residual de cloro combinado na saída do tanque de contato (mg/L).
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro 6, estão apresentados os padrões para o parâmetro desinfecção com dióxido de 
cloro da água para abastecimento humano, em que se destaca a concentração de dióxido de clo-
ro e que toda a análise deverá ter como referencia de potabilidade e segurança para o consumo.
Quadro 6 – Padrão para a desinfecção com dióxido de cloro, de acordo com concentração de dió-
xido de cloro e com a temperatura da água, para valores de pH da água entre 6 e 9 em águas para 
abastecimento humano.
C(2)
Temperatura (°C)
5 10 15 20 25 30
≤ 0,4 13 9 8 7 6 6
0,6 9 6 5 6 4 4
0,8 7 5 4 4 3 3
1,0 5 4 3 3 3 2
1,2 4 3 3 3 2 2
1,4 4 3 2 2 2 2
1,6 3 2 2 2 2 1
1,8 3 2 2 2 1 1
2,0 3 2 2 2 1 1
2,2 2 2 2 1 1 1
2,4 2 2 1 1 1 1
2,6 2 2 1 1 1 1
2,8 2 1 1 1 1 1
3,0 2 1 1 1 1 1
Notas:
(1) Valores intermediários aos constantes na tabela podem ser obtidos por interpolação.
(2) C: residual de cloro combinado na saída do tanque de contato (mg/L).
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro7, estão apresentados os padrões para substâncias químicas inorgânicas e 
orgânicas da água para abastecimento humano em que toda a análise deverá ter como refe-
rência de potabilidade e segurança para o consumo.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
33
Quadro 7 – Padrão de potabilidade de água para substâncias químicas inorgânicas e orgânicas que 
representam risco à saúde.
Parâmetro CAS(1) Unidade VMP(2)
Inorgânicas
Antimônio 7440-36-0 mg/L 0,005
Arsênio 7440-38-2 mg/L 0,01
Bário 7440-39-3 mg/L 0,7
Cádmio 7440-43-9 mg/L 0,005
Chumbo 7439-92-1 mg/L 0,01
Cianeto 57-12-5 mg/L 0,07
Cobre 7440-50-8 mg/L 2
Cromo 7440-47-3 mg/L 0,05
Fluoreto 7782-41-4 mg/L 1,5
Mercúrio 7439-97-6 mg/L 0,001
Níquel 7440-02-0 mg/L 0,07
Nitrato (como N) 14797-55-8 mg/L 10
Nitrito (como N) 14797-65-0 mg/L 1
Selênio 7782-49-2 mg/L 0,01
Urânio 7440-61-1 mg/L 0,03
Orgânicas
Acrilamida 79-06-1 μg/L 0,5
Benzeno 71-43-2 μg/L 5
Benzo[a]pireno 50-32-8 μg/L 0,7
Cloreto de vinila 75-01-4 μg/L 2
1,2-dicloroetano 107-06-2 μg/L 10
1,1-dicloroeteno 75-35-4 μg/L 30
1,2-dicloroeteno (cis + trans) 156-59-2 (cis)156-60-5 (trans) μg/L 50
Diclorometano 75-09-2 μg/L 20
Di(2-etil-hexil)ftalato 117-81-7 μg/L 8
Estireno 100-42-5 μg/L 20
Pentaclorofenol 87-86-5 μg/L 9
Tetracloreto de Carbono 56-23-5 μg/L 4
Tetracloroeteno 127-18-4 μg/L 40
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro 8, estão apresentados os padrões para o parâmetro agrotóxicos presentes 
na água para abastecimento humano, no qual se destaca a análise de elementos químicos 
prejudiciais à saúde humana e que toda análise deverá ter como referência de potabilidade 
e segurança para o consumo.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo34
Quadro 8 – Padrão de potabilidade de água para agrotóxicos.
Parâmetro CAS(1) Unidade VMP(2)
Agrotóxicos (continuação)
2,4 D + 2,4,5 T 94-75-7 (2,4 D)93-76-5 (2,4,5 T) μg/L 30
Alaclor 15972-60-8 μg/L 20
Aldicarbe + Aldicarbesulfona 
+ Aldicarbesulfóxido
116-06-3 (aldicarbe)
1646-88-4 (aldicarbesulfona) μg/L 10
1646-87-3 (aldicarbe 
sulfóxido) μg/L
Aldrin + Dieldrin 309-00-2 (aldrin)60-57-1 (dieldrin) μg/L 0,03
Atrazina 1912-24-9 μg/L 2
Carbendazim + benomil 10605-21-7 (carbendazim)17804-35-2 (benomil) μg/L 120
Carbofurano 1563-66-2 μg/L 7
Clordano 5103-74-2 μg/L 0,2
Clorpirifós + clorpirifós-oxon 2921-88-2 (clorpirifós)5598-15-2 (clorpirifós-oxon) μg/L 30
DDT+DDD+DDE
p, p’-DDT (50-29-3)
p, p’-DDT (72-54-8)
p, p’-DDE (72-55-9)
μg/L 1
Diuron 330-54-1 μg/L 90
Endossulfan (α β e sais)(3) 115-29-7; I(959-98-8); II μg/L 20
(33213-65-9);
sulfato (1031-07-8) μg/L
Endrin 72-20-8 μg/L 0,6
Glifosato + AMPA 1071-83-6 (glifosato)1066-51-9 (AMPA) μg/L 500
Lindano (gama HCH) (4) 58-89-9 μg/L 2
Mancozebe 8018-01-7 μg/L 180
Metamidofós 10265-92-6 μg/L 12
Metolacloro 51218-45-2 μg/L 10
Molinato 2212-67-1 μg/L 6
Parationa metílica 298-00-0 μg/L 9
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
35
Parâmetro CAS(1) Unidade VMP(2)
Agrotóxicos (continuação)
Pendimentalina 40487-42-1 μg/L 20
Permetrina 52645-53-1 μg/L 20
Profenofós 41198-08-7 μg/L 60
Simazina 122-34-9 μg/L 2
Tebuconazol 107534-96-3 μg/L 180
Terbufós 13071-79-9 μg/L 1,2
Trifluralina 1582-09-8 μg/L 20
Desinfetantes e produtos secundários da desinfecção(5)
Ácidos haloacéticos total (6) mg/L 0,08
Bromato 15541-45-4 mg/L 0,01
Clorito 7758-19-2 mg/L 1
Cloro residual livre 7782-50-5 mg/L 5
Cloraminas total 0599-903 mg/L 4,0
2,4,6 triclorofenol 88-06-2 mg/L 0,2
Tri-halometanos total (7) mg/L 0,1
Notas:
(1) CAS é o número de referência de compostos e substâncias químicas adotado pelo Chemical 
Substract Service.
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro 9, estão apresentados os padrões para o parâmetro cianotoxinas presentes 
na água para abastecimento humano e em que toda análise deverá ter como referência de 
potabilidade e segurança para o consumo.
Quadro 9 – Padrão de potabilidade de água de cianotoxinas da água para consumo humano.
Cianotoxinas
Parâmetro(1) Unidade VMP(2)
Microcistinas μg/L 1,0(3)
Saxitoxinas μg/L equivalente STX/L 3,0
Notas:
(1) Valor máximo permitido.
(2) O valor representa o somatório das concentrações de todas as variantes de microcistinas.
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro 10, estão apresentados os padrões para o parâmetro radioatividade da água 
para abastecimento humano e em que toda análise deverá ter como referência de potabilida-
de e segurança para o consumo.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo36
Quadro 10 – Padrão de potabilidade de água de radioatividade da água para consumo humano.
Parâmetro(1) Unidade VMP
Rádio-226 Bq/L 1
Rádio-228 Bq/L 0,1
Nota:
(1) Sob solicitação da Comissão Nacional da Energia Nuclear, outros radionuclídeos devem ser inves-
tigados.
Fonte: BRASIL, 2011.
No quadro 11, estão apresentados os padrões para o parâmetro organoléptico da água 
para abastecimento humano, no qual se destaca o gosto e odor provocados por determina-
dos elementos químicos e em que toda análise deverá ter como referência de potabiidade e 
segurança para o consumo.
Quadro 11 – Padrão organoléptico de potabilidade de água para consumo humano.
Parâmetro CAS Unidade VMP(1)
Alumínio 7429-90-5 mg/L 0,2
Amônia (como NH3) 7664-41-7 mg/L 1,5
Cloreto 16887-00-6 mg/L 250
Cor aparente(2) uH 15
1,2-diclorobenzeno 95-50-1 mg/L 0,01
1,4-diclorobenzeno 106-46-7 mg/L 0,03
Dureza total mg/L 500
Etilbenzeno 100-41-4 mg/L 0,2
Ferro 7439-89-6 mg/L 0,3
Gosto e odor(3) Intensidade 6
Manganês 7439-96-5 mg/L 0,1
Monoclorobenzeno 108-90-7 mg/L 0,12
Sódio 7440-23-5 mg/L 200
Sólidos dissolvidos totais mg/L 1000
Sulfato 14808-79-8 mg/L 250
Sulfeto de hidrogênio 7783-06-4 mg/L 0,1
Surfactantes (como LAS) mg/L 0,5
Tolueno 108-88-3 mg/L 0,17
Turbidez(4) uT 5
Zinco 7440-66-6 mg/L 5
Xilenos 1330-20-7 mg/L 0,3
Notas:
(1) Valor máximo permitido.
(2) Unidade Hazen (mgPt-Co/L).
(3) Intensidade máxima de percepção para qualquer característica de gosto e odor com exceção do 
cloro livre, nesse caso por ser uma característica desejável em água tratada.
(4) Unidade de turbidez.
Fonte: BRASIL, 2011.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
37
No quadro 12, estão apresentados os padrões para o parâmetro cianobactéria presente 
na água para abastecimento humano, no qual se destaca a análise da quantidade máxima 
permitida e em que toda análise deverá ter como referência de potabilidade e segurança 
para o consumo.
Quadro 12 – Padrão de frequência de monitoramento de cianobactérias no manancial de abasteci-
mento de água.
Quando a densidade de cianobactérias (células/mL) for: Frequência
< = 10.000 Mensal
> 10.000 Semanal
Fonte: BRASIL, 2011.
2.2 Indicadores previstos na 
legislação para a agricultura
A agricultura intensiva desenvolvida no Brasil apresenta diferentes impactos ambien-
tais na qualidade da água. É necessário, portanto, o monitoramento de diversos indicadores 
de qualidade e entre eles a avaliação de resíduos de agrotóxicos.
2.2.1 Água
Assim, os indicadores de avaliação da qualidade de água previstos na legislação para a 
agricultura são ordenados juridicamente pela Portaria do Ministério da Saúde 2.914, de 12 
de dezembro de 2011, nos quais os principais indicadores estão apresentados no quadro 7 
do capítulo anterior e também pela Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(Conama), de 17 de março de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corposde água e 
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e os 
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
2.2.2 Solo
A qualidade dos solos utilizados na agricultura tem uma legislação que traz como in-
dicadores de controle da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes 
e biofertilizantes. O Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas (DFIA/SDA) do 
Ministério da Agricultura é o responsável pela fiscalização em nível nacional.
O Decreto 8.384, de 29 de dezembro de 2014, que dispõe sobre a inspeção e fiscaliza-
ção da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, ou biofertilizantes, 
remineralizadores e substratos para plantas destinados à agricultura traz as diretrizes de 
controle de qualidade dos solos no Brasil.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo38
O referido decreto apresenta as seguintes considerações e definições:
Art. 2o Para os fins deste Regulamento, considera-se:
I – produção: qualquer operação de fabricação ou industrialização e acondicio-
namento que modifique a natureza, acabamento, apresentação ou finalidade do 
produto;
II – comércio – atividade de compra, venda, exposição à venda, cessão, emprésti-
mo ou permuta de fertilizantes, corretivos agrícolas, inoculantes, biofertilizantes 
e matérias-primas; 
III – fertilizante: substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedo-
ra de um ou mais nutrientes de plantas, sendo:
IV – corretivo – produto de natureza inorgânica, orgânica ou ambas, usado para 
melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, isoladas ou 
cumulativamente, não tendo em conta seu valor como fertilizante, além de não 
produzir característica prejudicial ao solo e aos vegetais, assim subdividido
V – inoculante: produto que contém micro-organismos com atuação favorável ao 
crescimento de plantas, entendendo-se como:
a) suporte: material excipiente e esterilizado, livre de contaminantes segundo os 
limites estabelecidos, que acompanha os micro-organismos e tem a função de 
suportar ou nutrir, ou ambas as funções, o crescimento e a sobrevivência destes 
micro-organismos, facilitando a sua aplicação; e
b) pureza do inoculante: ausência de qualquer tipo de micro-organismos que 
não sejam os especificados;
VI – biofertilizante: produto que contém princípio ativo ou agente orgânico, isen-
to de substâncias agrotóxicas, capaz de atuar, direta ou indiretamente, sobre o 
todo ou parte das plantas cultivadas, elevando a sua produtividade, sem ter em 
conta o seu valor hormonal ou estimulante;
VII – matéria-prima – material destinado à obtenção direta de fertilizantes, corre-
tivos, inoculantes, biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas, 
por processo químico, físico ou biológico;
VIII – dose: quantidade de produto aplicado por unidade de área ou quilograma 
de semente;
IX – lote: quantidade definida de produto de mesma especificação e procedência;
X – partida – quantidade de produto de mesma especificação constituída por 
vários lotes;
XI – produto – qualquer fertilizante, corretivo, inoculante, biofertilizante, remi-
neralizador e substrato para plantas;
XII – produto novo: produto sem antecedentes de uso e eficiência agronômica 
comprovada no País ou cujas especificações técnicas não estejam contempladas 
nas disposições vigentes;
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
39
XIII – carga: material adicionado em mistura de fertilizantes, para o ajuste de for-
mulação, que não interfira na ação destes e pelo qual não se ofereçam garantias 
em nutrientes no produto final;
XIV – nutriente: elemento essencial ou benéfico para o crescimento e produção 
dos vegetais, assim subdividido:
a) macronutrientes primários: Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), ex-
pressos nas formas de Nitrogênio (N), Pentóxido de Fósforo (P2O5) e Óxido de 
Potássio (K2O);
b) macronutrientes secundários: Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S), ex-
pressos nas formas de Cálcio (Ca) ou Óxido de Cálcio (CaO), Magnésio (Mg) ou 
Óxido de Magnésio (MgO) e Enxofre (S); e
c) micronutrientes: Boro (B), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn), 
Molibdênio (Mo), Zinco (Zn), Cobalto (Co), Silício (Si) e outros elementos que a 
pesquisa científica vier a definir, expressos nas suas formas elementares;
XV – aditivo: qualquer substância adicionada intencionalmente ao produto para 
melhorar sua ação, aplicabilidade, função, durabilidade, estabilidade e detecção 
ou para facilitar o processo de produção;
XVI – fritas: produtos químicos fabricados a partir de óxidos e silicatos, tratados 
a alta temperatura até a sua fusão, formando um composto óxido de silicatado, 
contendo um ou mais micronutrientes;
XVII – estabelecimento – pessoa física ou jurídica registrada ou cadastrada no 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cujas atividades consis-
tem na produção, na importação, na exportação ou no comércio de produtos 
abrangidos por este Regulamento, ou que prestam serviços de armazenamento, 
de acondicionamento e de análises laboratoriais relacionados a esses produtos 
ou, ainda, que gerem materiais secundários ou forneçam minérios concentrados 
para a fabricação de produtos;
XVIII – transporte – ato de deslocar, em todo território nacional, fertilizantes, cor-
retivos, inoculantes, biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas 
e suas matérias-primas;
XIX – armazenamento – ato de armazenar, estocar ou guardar os fertilizantes, 
corretivos, inoculantes, biofertilizantes, remineralizadores e substratos para 
plantas e suas matérias-primas;
XX – embalagem – invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamen-
to, destinado a empacotar, envasar, proteger ou identificar os fertilizantes, cor-
retivos, inoculantes, biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas
XXI – tolerância: os desvios admissíveis entre o resultado analítico encontrado 
em relação às garantias registradas ou declaradas;
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo40
XXII – varredura: toda sobra de fertilizantes, sem padrão definido, resultante da 
limpeza de equipamento de produção, instalações ou movimentação de produ-
tos, quando do seu carregamento ou ensaque;
XXIII – embaraço: todo ato praticado com o objetivo de dificultar a ação da ins-
peção e fiscalização;
XXIV – impedimento: todo ato praticado que impossibilite a ação da inspeção e 
fiscalização;
XXV – veículo: excipiente líquido utilizado na elaboração de fertilizante fluido.
XXVI – fraude, adulteração ou falsificação – ato praticado para obtenção de van-
tagem ilícita, com potencial de causar prejuízo a terceiros, por alteração, supres-
são ou contrafação de produtos, matérias-primas, rótulos, processos, documen-
tos ou informações;
XXVII – rótulo – toda inscrição, legenda, imagem ou matéria descritiva ou gráfica 
que esteja escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litogra-
fada ou colocada sobre a embalagem de fertilizantes, corretivos agrícolas, inocu-
lantes ou biofertilizantes;
XXVIII – garantia – indicação da quantidade percentual em peso de cada elemen-
to químico, de seu óxido correspondente, ou de qualquer outro componente do 
produto, incluídos, quando for o caso, o teor total, o teor solúvel ou ambos os 
teores de cada componente e a especificação da natureza física;
XXIX – quantidade declarada ou teor garantido – quantidade de produto adicio-
nado ou o teor de um elemento químico, nutriente, de seu óxido, ou de qualquer 
outro componentedo produto que deverá ser nitidamente impresso no rótulo, 
na etiqueta de identificação ou em documento relativo ao produto
XXX – análise de fiscalização – análise efetuada rotineiramente sobre os produtos 
e matérias-primas abrangidos por este Regulamento, para verificar a ocorrência 
de desvio quanto a conformidade, qualidade, segurança e eficácia dos produtos 
ou matérias-primas;
XXXI – análise pericial ou de contraprova – análise efetuada na outra unidade de 
amostra em poder do órgão de fiscalização, quando requerida pelo interessado, 
em razão de discordância do resultado da análise de fiscalização;
XXXII – segregação – separação e acomodação seletiva das partículas constituin-
tes de um produto, motivado por sua movimentação e trepidação;
XXXIII – amostra de fiscalização – porção representativa de um lote ou partida 
de fertilizante, inoculante, corretivo, biofertilizante, remineralizador e substrato 
para plantas suficientemente homogênea e corretamente identificada, retirada 
por fiscal federal agropecuário ou sob sua supervisão ou aprovação e obtida por 
método definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
XXXIV – amostragem – ato ou processo de obtenção de porção de produto, para 
constituir amostra representativa de lote ou partida definidos;
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
41
XXXV – remineralizador – material de origem mineral que tenha sofrido ape-
nas redução e classificação de tamanho de partícula por processos mecânicos e 
que, aplicado ao solo, altere os seus índices de fertilidade, por meio da adição 
de macronutrientes e micronutrientes para as plantas, e promova a melhoria de 
propriedades físicas, físico-químicas ou da atividade biológica do solo; e
XXXVI – substrato para plantas – produto usado como meio de crescimento de plantas.
2.3 Órgãos competentes e oficiais previstos 
na legislação para análise de indicadores
2.3.1 Água para abastecimento humano
De acordo com a Portaria do Ministério da Saúde 2.914, de 12 de dezembro de 2011, to-
das as esferas da federação têm competências e responsabilidades no que tange à verificação 
de indicadores de análise de qualidade de água.
Em seu artigo 6°, são definidas as competências atribuídas à União e que serão exercidas 
pelo Ministério da Saúde e entidades a ele vinculadas, que estão apresentadas no quadro 13.
Quadro 13 – Relação de órgãos vinculados ao Ministério da Saúde.
Órgãos vinculados ao ministério da saúde Sigla
Secretaria de Vigilância em Saúde SVS/MS
Secretaria Especial de Saúde Indígena Sesai/MS
Fundação Nacional de Saúde Funasa
Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa
Fonte: Elaborado pelo autor.
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) apresenta as seguintes competências 
estabelecidas pela supracitada portaria:
I – promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água para consumo 
humano, em articulação com as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios e respectivos responsáveis pelo controle da qualidade 
da água;
II – estabelecer ações especificadas no Programa Nacional de Vigilância da 
Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA);
III – estabelecer as ações próprias dos laboratórios de saúde pública, especifica-
das na Seção V desta Portaria;
IV – estabelecer diretrizes da vigilância da qualidade da água para consumo 
humano a serem implementadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, 
respeitados os princípios do SUS;
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo42
V – estabelecer prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilância da 
qualidade da água para consumo humano a serem pactuados na Comissão 
Intergestores Tripartite; e
VI – executar ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano, de 
forma complementar à atuação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Em atenção especial aos povos indígenas brasileiros foi criada em 2010 a Secretaria 
Especial de Saúde Indígena (Sesai/MS), que tem como competência executar, diretamente 
ou mediante parcerias, incluída a contratação de prestadores de serviços, as ações de vi-
gilância e controle da qualidade da água para consumo humano nos sistemas e soluções 
alternativas de abastecimento de água das aldeias indígenas.
Compete à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) apoiar as ações de controle da quali-
dade da água para consumo humano proveniente de sistema ou solução alternativa de abas-
tecimento de água para consumo humano, em seu âmbito de atuação, conforme os critérios 
e parâmetros estabelecidos na supracitada portaria.
Em Portaria interna da Funasa, 190/2014, fixa-se a orientação ao Apoio ao Controle da 
Qualidade da Água (ACQA) como um conjunto de ações exercidas pelas Unidades Regionais 
de Controle da Qualidade da Água (URCQA), instaladas nas superintendências da Funasa 
junto aos Estados, podendo ser traduzidas como a análise laboratorial, visita e orientação 
técnica, capacitação, suporte técnico, orientação acerca das alternativas e tecnologias apro-
priadas ao tratamento e à análise de água para consumo humano, inclusive em áreas de 
interesse do Governo Federal, como as comunidades quilombolas, reservas extrativistas, 
assentamentos rurais e populações ribeirinhas.
Por fim, na esfera federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem 
como competência exercer a vigilância da qualidade da água nas áreas de portos, aeropor-
tos e passagens de fronteiras terrestres, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos na 
portaria do Ministério da Saúde supracitada, bem como diretrizes específicas pertinentes.
Já no âmbito da esfera estadual, são as Secretarias de Saúde dos Estados que têm as 
competências para a análise de indicadores de qualidade de água. Conforme a Portaria do 
Ministério da Saúde 2.914/2011, as seguintes atribuições são de sua competência:
I – promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água, em articulação 
com os Municípios e com os responsáveis pelo controle da qualidade da água;
II – desenvolver as ações especificadas no VIGIAGUA, consideradas as peculia-
ridades regionais e locais;
III – desenvolver as ações inerentes aos laboratórios de saúde pública, especifica-
das na Seção V desta Portaria;
IV – implementar as diretrizes de vigilância da qualidade da água para consumo 
humano definidas no âmbito nacional;
V – estabelecer as prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilância da 
qualidade da água para consumo humano a serem pactuados na Comissão 
Intergestores Bipartite;
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
2
43
VI – encaminhar aos responsáveis pelo abastecimento de água quaisquer infor-
mações referentes a investigações de surto relacionado à qualidade da água para 
consumo humano;
VII – realizar, em parceria com os Municípios em situações de surto de doença 
diarréica aguda ou outro agravo de transmissão fecal-oral, procedimentos de 
análise de água:
VIII – executar as ações de vigilância da qualidade da água para consumo hu-
mano, de forma complementar à atuação dos Municípios, nos termos da regula-
mentação do SUS.
Na esfera municipal compete às Secretarias de Saúde dos Municípios a aplicação da 
Portaria do Ministério da Saúde 2.914/2011.
I – exercer a vigilância da qualidade da água em sua área de competência, 
em articulação com os responsáveis pelo controle da qualidade da água para 
consumo humano;
II – executar ações estabelecidas no VIGIAGUA, consideradas as peculiaridades 
regionais e locais, nos termos da legislação do SUS;
III – inspecionar o controle da qualidade da água produzida e distribuídae as 
práticas operacionais adotadas no sistema ou solução alternativa coletiva de 
abastecimento de água, notificando seus respectivos responsáveis para sanar a(s) 
irregularidade(s) identificada(s);
IV – manter articulação com as entidades de regulação quando detectadas falhas 
relativas à qualidade dos serviços de abastecimento de água, a fim de que sejam 
adotadas as providências concernentes a sua área de competência;
V – garantir informações à população sobre a qualidade da água para consumo 
humano e os riscos à saúde associados, de acordo com mecanismos e os instru-
mentos disciplinados no Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005;
VI – encaminhar ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de 
abastecimento de água para consumo humano informações sobre surtos e agra-
vos à saúde relacionados à qualidade da água para consumo humano;
VII – estabelecer mecanismos de comunicação e informação com os responsáveis 
pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água sobre os 
resultados das ações de controle realizadas;
VIII – executar as diretrizes de vigilância da qualidade da água para consumo 
humano definidas no âmbito nacional e estadual;
IX – realizar, em parceria com os Estados, nas situações de surto de doença diar-
réica aguda ou outro agravo de transmissão fecal oral.
X – cadastrar e autorizar o fornecimento de água tratada, por meio de solução 
alternativa coletiva, mediante avaliação e aprovação dos documentos exigidos 
no art. 14 desta Portaria.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo44
Nova portaria de potabilidade de água – Busca 
de consenso para viabilizar a melhoria de 
água potável distribuída no Brasil
(DAE, 2012)
Em dezembro de 2011, o Ministério da Saúde publicou a portaria n. 2914, 
que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da quali-
dade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Esta 
nova portaria é a quinta versão da norma brasileira de qualidade da água 
para consumo que, desde 1977, vem passando por revisões periódicas, 
com vistas à sua atualização e à incorporação de novos conhecimentos, 
em especial fruto dos avanços científicos conquistados em termos de tra-
tamento, controle e vigilância da qualidade da água e de avaliação de 
risco à saúde. Essas revisões acomodam, também, possibilidades técnicas 
e institucionais próprias de cada momento de revisão da norma. E, a cada 
revisão nota-se a preocupação do Ministério da Saúde e do setor do sane-
amento em inovar e aprimorar tanto o processo participativo de revisão 
como as exigências a serem apresentadas.
Esta última publicação é resultado de um amplo processo de discussão para 
revisão da Portaria MS n. 518/2004, realizado no período de 2009 a 2011, 
sob a coordenação do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e 
Saúde do Trabalhador, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério 
da Saúde. O processo de revisão foi desenvolvido por um grupo de tra-
balho composto por representantes do setor da saúde, de instituições de 
ensino e pesquisa, das associações das empresas de abastecimento de 
2.3.2 Água para o uso na agricultura
Os órgãos competentes e oficiais previstos na legislação para análise de indicadores do 
uso da água na agricultura podem ser nas esferas federal, estadual e municipal dependendo 
da área de abrangência da análise.
Cada ente da federação define seus órgãos competentes, mas de forma geral são incum-
bidos dessa tarefa os órgãos de agricultura e meio ambiente que devem seguir os parâme-
tros das qualidades das águas que são regidos pela Resolução 357 do Conselho Nacional do 
Meio Ambiente – Conama, de 17 de março de 2005.
 Ampliando seus conhecimentos
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo
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água e dos órgãos de meio e recursos hídricos. Essa ampla discussão com 
todos os setores envolvidos, aliás, parece ter sido o ponto alto desta nova 
Portaria. Rafael Bastos, Professor Dr. do Departamento de Engenharia 
Civil da Universidade de Viçosa, foi responsável pela coordenação dos 
trabalhos de revisão do padrão de potabilidade. Segundo ele, um dos 
aspectos mais importantes desta Portaria foi o fato de ela ser resultado 
consensuado de ampla discussão, envolvendo setores diversos da socie-
dade, em torno da proteção da saúde humana. “Naturalmente, em se tra-
tando de uma norma de uso obrigatório em todo o território nacional, 
heterogêneo por natureza, sempre haverá críticas, às vezes considerando 
a norma excessivamente permissiva, em outras desnecessariamente exi-
gente ou rigorosa”.
Do ponto de vista do padrão de potabilidade, o professor explica que a 
atualização foi resultado de cuidadosa revisão, baseada em critérios de 
avaliação de risco. Assim, se determinada substância química fazia parte 
do padrão de potabilidade e não faz mais, é porque o conhecimento atual 
não aponta tal substância como de toxicidade preocupante e, ou de que 
a exposição via consumo de água não é das mais relevantes. Raciocínio 
semelhante justifica eventual flexibilização de valor máximo permitido 
para a determinada substância, e raciocínio inverso justifica a inclusão de 
novas substâncias no padrão de potabilidade ou maior rigor no estabele-
cimento de valor máximo permitido na água.
Os valores máximos permitidos de cada substância na água foram defi-
nidos com base na abordagem de avaliação quantitativa de risco quí-
mico, que permite estimar a concentração limite que, em tese, poderia ser 
ingerida continuamente ao longo de toda a vida sem risco considerável à 
saúde. Estimativa esta feita com largas margens de segurança.
No caso o padrão microbiológico de potabilidade, a referência utili-
zada é a metodologia de avaliação quantitativa de risco microbiológico, 
que orientou a definição do padrão de turbidez da água filtrada, como 
indicador da remoção de protozoários, e dos parâmetros de controle da 
desinfecção, indicadores da inativação de bactérias, vírus e protozoários. 
“Obviamente, o que se busca é a minimização de riscos, tomando como 
referência o que se tem de mais atual em termos de abordagem científica, 
as mesmas utilizadas pela Organização Mundial da Saúde”, explica o pro-
fessor Rafael Bastos.
Indicadores da qualidade de águas e solos visando a sua 
importância no abastecimento de água doméstica e na agricultura2
Gerenciamento e Controle de Poluição da Água e do Solo46
Concretamente, o padrão de substâncias químicas que representam risco 
à saúde e o padrão organolético da Portaria 518/2004, em conjunto, regu-
lamentavam 74 substâncias/características da água, e esse número foi ele-
vado para 87 na Portaria 2914/2011.
Livre Docente na área de Toxicologia da Universidade Estadual de 
Campinas (UNICAMP), Gisele Umbuzeiro se diz orgulhosa por viver em 
um país com regras para a potabilidade. “É muito bom ver que a água 
tem grande importância para todos os envolvidos. O processo de regula-
mentação da água reflete o amadurecimento de um país e sua capacidade 
científica, tecnológica, econômica e social”. Apesar de achar que a Portaria 
tenha evoluído muito, Gisela Umbuzeiro lamenta o fato de os interferentes 
endócrinos não terem sido considerados. “Infelizmente, o Brasil perdeu 
uma grande possibilidade de avançar na questão. Não acho que devemos 
ter padrões ainda, mas poderíamos ter tomado algumas medidas como a 
recomendação de um monitoramento da água bruta para esses compostos 
– já que temos informações suficientes para medi-los – para trabalhar no 
preventivo, especialmente para águas subterrâneas, pois nesse recurso, 
quando se detecta a contaminação, fica difícil conter a fonte. Isso sim seria 
uma ação interessante”. E ela conclui: “Antes nossos problemas fossem 
somente os interferentesendócrinos. Existem milhares de substâncias 
tóxicas presentes na água de beber que não regulamentamos, não sabe-
mos sua concentração, mas que bebemos sem saber. Com a evolução da 
química, essas informações aparecerão cada vez mais e teremos de repen-
sar a forma de enfrentar esse problema, usando técnicas de prevenção”.
Além do próprio processo de discussão e transparência que permitiu a 
todos uma visão mais abrangente sobre o assunto, muitos foram os pon-
tos positivos levantados pelos especialistas entrevistados nessa matéria.
Em seus 53 artigos, a Portaria 2914 coloca para o país muitas outras 
importantes medidas como: a necessidade da estruturação e habilitação 
de laboratórios, nos mais diversos níveis do governo e também na área 
privada; exige a informação sobre a qualidade de produtos químicos utili-
zados em tratamento de água para consumo humano e a comprovação do 
baixo risco a saúde; proíbe a existência de Solução Alternativa Coletiva, 
onde houver rede de distribuição e de misturas com a água da rede; prevê 
competências específicas para a União, os Estados e Municípios; amplia 
a necessidade de capacitação e atualização técnica aos profissionais que 
atuam no fornecimento e controle de qualidade da água, dentre outros.

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