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Constituição da República Federativa do Brasil, art. 7º: dos direitos e garantias fundamentais dos trabalhadores A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é um conjunto de leis, normas e regras de um país que prevê os valores sociais, da dignidade da pessoa humana, incluindo o trabalhador. É a Carta Magna do Brasil, ou seja, é a norteadora das demais legislações vigentes no Brasil. A Constituição Federal foi criada com o intuito de ampliar as liberdades civis e os direitos e garantias fundamentais do cidadão. Ela retomou um modelo político-jurídico focado na democracia e na igualdade. Parte relevante da Constituição Federal está no artigo 7º, pois ele embasa as relações entre empregado e empregador. O artigo 7º foi criado para proteger o trabalhador, inclusive equiparando os trabalhadores urbanos e rurais. Para interpretar este artigo devemos ter em mente a desigualdade que existe entre os sujeitos envolvidos na relação de emprego. O artigo 7º está organizado em 34 incisos, os quais indicam as garantias dos trabalhadores urbanos e rurais. Os textos tratam das relações de trabalho, visando a melhoria da condição social dos trabalhadores. Utilize as setas para visualizar o conteúdo. É fundamental que você, futuro técnico em recursos humanos, esteja sempre atualizado sobre as possíveis alterações constitucionais para assim conseguir executar suas atividades com maior eficácia. Para isso, consulte na internet o site oficial do governo Presidência da República/Casa Civil/Subchefia para assuntos jurídicos. Este é um site confiável e você poderá esclarecer suas dúvidas. As relações de trabalho: histórico e conceito As condições de trabalho foram evoluindo com o passar dos anos. O homem primitivo preocupava-se com a subsistência, depois passou pela troca, pelo mercantilismo, pela escravidão e pela industrialização. Chegamos aos padrões atuais em que o homem objetiva não somente atender a sua subsistência, mas realizar os seus desejos mais sofisticados. Em uma busca constante pelos seus interesses, o homem modifica sua relação com o mundo, e isso faz com que surjam novas formas de organização social e de trabalho. A estrutura atual foi gerada pela organização industrial do trabalho. A partir disso, surgiram diversos conflitos entre trabalhadores e empregadores, o que resultou em uma normatização. Essa normatização é feita pelo Estado, e é ele que regula as relações sociais. Em 1943 foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ela surgiu para regulamentar as relações individuais e coletivas de trabalho. A CLT unificou a legislação trabalhista que existia no Brasil e foi sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo. Curiosidade Você sabia que as relações que geram maiores conflitos sociais são as relações de trabalho? Isso ocorre devido a um distanciamento econômico e social entre os donos do capital e os donos do trabalho, ou seja, entre empregados e empregadores. Em 1998, o Brasil introduziu, no sistema jurídico trabalhista, algumas alternativas, com o objetivo de flexibilizar as relações de trabalho. São eles: contrato por prazo determinado, banco de horas, contrato a tempo parcial e suspensão do contrato de trabalho para a participação do empregado em cursos ou programas de qualificação profissional. Em 2000 foram criadas comissões de conciliação prévia. Elas permitem discutir conflitos trabalhistas nos sindicatos, antes que o trabalhador ingresse com uma ação trabalhista na Justiça do Trabalho. A ideia dessas comissões é possibilitar uma mediação entre as partes, para minimizar ações trabalhistas na Justiça do Trabalho. Em 2017, ocorreu a reforma trabalhista, e, com ela, surgiram importantes mudanças nas relações de trabalho. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) teve uma mudança significativa com a reforma, de acordo com a Lei n.º 13.467/2017. Diante de todas estas mudanças, é fundamental conhecer nossos direitos e deveres, para que possamos participar ativamente de todas as modificações que vêm ocorrendo no mundo do trabalho. Para isso, devemos planejar nossa própria atuação perante essas novas exigências. Relação homem e trabalho O trabalho é fundamental para a existência humana, pois é por meio dele que o homem estabelece uma ligação com a sociedade. Portanto, pode-se dizer que o trabalho é uma atividade social. Quando um sujeito fica desempregado acaba por ficar à parte da sociedade durante este período. A necessidade humana de trabalhar vai muito além da estabilidade financeira. É por meio do trabalho que o homem procura satisfazer alguns desejos. A satisfação profissional, neste contexto, está diretamente ligada com o tipo de atividade que o sujeito realiza. Quando exercemos uma atividade que gostamos, há muito mais valor emocional do que apenas recompensa financeira. Quando não nos identificamos com a atividade desempenhada, o trabalho se torna um fardo. Porém, não podemos pensar que a motivação para o trabalho depende somente do trabalhador. O suporte que a organização oferece para a execução das atividades também é muito importante. Quando um indivíduo se sente realmente fazendo parte da empresa, seu comprometimento com a tarefa executada é muito maior e isso, consequentemente, gerará benefícios para empregado e empregador. Exercer uma atividade laboral com a qual se identifica e sente prazer, é necessário para o desenvolvimento do equilíbrio psicológico do homem. O trabalho permite ao homem exercer sua criatividade e isso o levará a uma plena realização. Os diferentes tipos de contrato de trabalho Um contrato de trabalho é um acordo de vontades estabelecido entre empregado e empregador. Um se compromete a trabalhar enquanto o outro se compromete a remunerá- lo pelo trabalho realizado. Existem diferentes tipos de contrato de trabalho: Clique ou toque para visualizar o conteúdo. Contrato por prazo determinado É o contrato que possui data certa para início e término. Ele só pode ser prorrogado uma vez e não pode ultrapassar dois anos de duração, porém, a Lei n.º 9.601/98, com a intenção de combater o desemprego no país, flexibiliza a contratação e permite a possibilidade de prorrogar o contrato quantas vezes for necessário. Um exemplo de uso de contrato com prazo determinado é o contrato de safrista. Veja abaixo um modelo de contrato por prazo determinado ou obra certa. Contrato de experiência É um contrato por prazo determinado, com as mesmas características do contrato por prazo determinado, mas que não deve ultrapassar 90 dias de duração. Possui a finalidade de experiência entre empregado e empregador. Pode ser rescindido pelo empregador, sem as obrigações da rescisão de um contrato por prazo indeterminado. Veja abaixo um modelo de experiência. Contrato por tempo indeterminado É um contrato que não possui prazo para finalizar. Nesse caso é necessária a anotação na carteira de trabalho no prazo de até 48 horas. Veja abaixo um modelo de contrato por tempo indeterminado. Contrato de estágio Ocorre por meio do termo de compromisso de estágio. O contrato é feito diretamente entre a empresa e a instituição de ensino. Ele pode ser obrigatório ou remunerado. Veja abaixo os modelos de termo de compromisso de estágio remunerado e termo de compromisso de estágio obrigatório. Contrato intermitente É uma modalidade de contrato trazida pela reforma trabalhista cuja prestação de serviço não ocorre de forma contínua, alternando períodos de prestação de serviço com períodos de inatividade do trabalho, os quais podem ser estipulados em dias, horas ou meses. Isso significa que o empregado deverá ser convocado ao trabalho pelo empregador quando houver demanda. Veja um modelo de contrato intermitente: Formas de rescisão do contrato de trabalho A rescisão do contrato caracteriza o términoda relação de trabalho. Ela pode ser: https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-9784854-dt-content-rid-266410836_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TRH/UC04/conteudos/2_constituicao/index.html?page=2#collapseOne https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-9784854-dt-content-rid-266410836_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TRH/UC04/conteudos/2_constituicao/index.html?page=2#collapseTwo https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-9784854-dt-content-rid-266410836_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TRH/UC04/conteudos/2_constituicao/index.html?page=2#collapseThree https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-9784854-dt-content-rid-266410836_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TRH/UC04/conteudos/2_constituicao/index.html?page=2#collapseFour https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-9784854-dt-content-rid-266410836_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TRH/UC04/conteudos/2_constituicao/index.html?page=2#collapseFive Você poderá encontrar mais informações sobre a rescisão do contrato de trabalho na CLT. Os conteúdos abordados até aqui são fundamentais para que você, futuro técnico em recursos humanos, possa se apoiar e executar ações referentes a rotinas de admissão e demissão de colaboradores. Conhecendo um pouco sobre o artigo 7º da Constituição Federal e refletindo sobre os tipos de contrato de trabalho, você estará apto a auxiliar os colaboradores, nos momentos de admissão e demissão. Você também será capaz de realizar os procedimentos legais referentes a essas duas situações. Constituição da República Federativa do Brasil, art. 7º: dos direitos e garantias fundamentais dos trabalhadores As relações de trabalho: histórico e conceito Relação homem e trabalho Os diferentes tipos de contrato de trabalho Contrato por prazo determinado Contrato de experiência Contrato por tempo indeterminado Contrato de estágio Contrato intermitente Formas de rescisão do contrato de trabalho
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