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FARMACOLOGIA APLICADA A CIRURGIA

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FARMACOLOGIA APLICADA À CIRURGIA 
É o estudo dos efeitos dos fármacos no organismo, e podem ser sintéticos, 
orgânicos ou geneticamente modificados. 
A farmacodinâmica reflete o que a droga faz com o corpo. 
A farmacocinética reflete o que o corpo faz com a droga. 
 
A droga cria um efeito a partir de mecanismos de ação, que podem agir em função 
dos receptores químicos, das enzimas do organismo, das proteínas e dos 
receptores bacterianos. 
Esse efeito farmacodinâmico pode ser agonista ou antagonista. 
 
O efeito agonista aumenta a atividade celular. 
O efeito antagonista bloqueia a atividade celular. 
A farmacocinética segue esse esquema dentro do organismo: 
 
As vias de administração das drogas são tópico, enteral e parenteral (medicina). 
As vias de administração utilizadas na odontologia são: 
1. Via oral (VO). 
2. Via intramuscular (IM) 
3. Via subcutânea (SC) 
4. Via endovenosa ou intravenosa (IV) 
5. Via inalatória 
6. Uso tópico 
Cada via de administração tem a sua via de absorção, distribuição e excreção: 
As drogas via oral ou retal são absorvidos pelo intestino, destribuidos pelos rins 
e fígado pelo plasma sanguíneo (sistêmico) e excretado por urina e fezes. 
Drogas subcutâneas são absorvidas pela pele, distribuidas pelo plasma sanguíneo 
e eliminado por suor ou leite materno, em caso de lactantes. 
Drogas parenterais (intramuscular, intravenosa ou endovenosa, intratecal) são 
absorvidas pelos seus sítios de recepção (respectivamente músculos, plasma e 
líquido cefalorraquidiano). 
Consequentemente, todas as drogas entrarão em contato com o plasma 
sanguíneo, daí que vem a concentração plasmática dos fármacos. Quando há 
gravidez passa pela placenta e, por difusão, para o feto. 
 
NORMAS DE PRESCRIÇÃO ODONTOLÓGICA 
Por lei, os receituários odontológicos são limitados e restritos ao uso 
odontológico (p. ex.: um dentista não pode receitar um remédio antidepressivo). 
Existem normas de controle de receituário comum, especial e azul na odontologia. 
 
RECEITUÁRIO COMUM 
 
Deve conter o nome do cirurgião-dentista, endereço da clínica, telefone, cadastro 
regional (CRO), dados do paciente, assinatura e carimbo. 
Os medicamentos são escritos por extenso, contendo a quantidade, posologia 
(número de vezes por dia, de hora em hora e quantas unidades ingerir por vez). 
 
RECEITUÁRIO ESPECIAL (FOLHA BRANCA) 
 
Deve conter todos os dados antes citados, adicionando um campo para que o 
farmacêutico preencha, carimbe e assine, com duas vias, uma sendo carbonada. 
É utilizado para compra de medicamentos mais controlados, como antibióticos 
(o mais usado é a amoxicilina 500mg e a clindamicina 300mg). 
 
RECEITA AZUL 
 
É uma receita de controle ainda mais especial, utilizada em odontologia 
principalmente para receitar benzodiazepínicos (calmantes, o mais usado é o 
midazolam) e opióides (analgésicos fortes, exemplo o Tramadol, a codeína e o 
Paco). 
 
CIRURGIA ORAL MENOR – FARMACOLOGIA 
Deve-se atentar aos três principais efeitos pós e pré-operatórios: inflamação, 
infecção e ansiedade. 
A inflamação se expressa por 5 sinais: 
 
A inflamação acontece quando o tecido sofre alguma agressão, daí as células 
liberam sinais químicos com o contato dos microorganismos estranhos que 
entram pela lesão. 
Depois da liberação dos sinais químicos, acontece uma vasodilatação na região, o 
que permite que ainda mais células de defesa (fagócitos primeiramente) cheguem 
até a lesão. 
Os fagócitos (que são os macrófagos e neutrófilos) consomem todos os 
microorganismos que ali entraram, e então começa o processo de regeneração. 
A inflamação é dividida em cinco fases, sendo elas: 
1. Fase irritativa 
Modificações na estrutura dos tecidos atingidos, liberando mediadores químicos 
que desencadeam as outras fases da inflamação. 
 
2. Fase vascular 
Alterações de calibre e permeabilidade vascular. 
 
3. Fase exsudativa 
A fase mais característica do processo inflamatório, onde acontece a migração dos 
líquidos para o local da inflamação, provenientes da alta permeabilidade vascular. 
 
4. Fase degenerativa (necrótica) 
É consequência das três fases anteriores, e também da ação dos agentes 
agressores, onde inicia um processo necrótico nos tecidos atingidos. 
 
5. Fase reparativa 
Processo de regeneração dos tecidos e aumento da proliferação de células. 
ANTIINFLAMATÓRIOS 
Sabe-se que os estímulos mecãnicos, físicos e químicos ativam a enzima 
fosfolipase A2, que realiza o processo de degradação da membrana celular da 
região afetada. 
Essa degradação libera ácido araquidônico, que é responsável por ativar as 
enzimas ciclooxidases (COX1 e COX2) e as lipoxigenases (LOX). 
A enzima ciclooxidase COX 2 é responsável pelo processo inflamatório e está 
presente em todas as células (COX2 aumentado em câncer e inflamação). 
Os COX desencadeiam a síntese das prostaglandinas PGE2 (responsável pela 
contração e dilatação dos vasos, do relaxamento dos músculos e da modulação da 
inflamação), prostaciclinas PGI2 (inibidor da agregação plaquetária) e os 
tromboxanos (coagulador sanguíneo, contrário da prostaciclina). 
Sabendo da ação da inflamação dentro das células e seus componentes químicos, 
podemos estudar onde cada tipo de antiinflamatório age. 
 
São divididos entre esteroidais (corticosteroides ou corticoides) e não-
esteroidais (AINEs). 
As duas drogas têm ação semelhante antiinflamatória, mas com vias diferentes. 
Os AINEs atuam diretamente sobre os dois COX (quando o antiinflamatório age 
apenas sobre apenas um COX é chamado de inibidor seletivo da COX2, que age 
diretamente na inflamação sem prejudicar o funcionamento gástrico). 
Todos os AINEs são tóxicos para o organismo, e a toxicidade altera dependendo 
se ele é seletivo ou não. A mucosa gástrica pode sofrer alterações com o uso de 
AINEs, e o uso continuado do medicamento pode causar lesão permanente nos 
rins, intestinos e todo o trato gastrointestinal. 
Os AINEs seletivos para COX-1 estão associado ao maior risco de hemorragias, 
visto que inibe a ação do tromboxano A2 (coagulador). 
Os AINEs seletivos para COX-2 apresentam efeitos adversos cardiocirculatórios, 
hipertensivos e cardíacos (arritmia), e raramente trombose cerebral. 
 
TABELA DOS AINEs MAIS COMUNS 
 
O uso dos AINEs na odontologia são geralmente para dor aguda de intensidade 
moderada a severa. 
É usado como analgésico preventivo (quando acontece a lesão mas ainda não 
dói). 
É composto por ácido acetilsalicílico (AAS), e a droga padrão ouro é a 
Nimesulida, que tem dose diária máxima de 200mg (receita-se 100mg a cada 
12h). 
 
Se a pessoa tem comorbidades ou alergias relacionadas ao AAS, receita-se o 
padrão ouro dos corticoides, que é a dexametasona. 
O pico da inflamação gira entre 48 e 72h após o trauma e, após esse tempo, a 
inflamação começa a cessar autônomamente. 
 
 
O tempo máximo de uso dos antiinflamatórios não pode passar de 3 dias, visto 
que há o risco de desenvolver todas aquelas complicações sistêmicas pelo uso 
prolongado da droga. 
O uso da droga após 72h de inflamação se mostrou ineficaz em vários estudos, a 
não ser em casos extremos. 
 
Os corticoides agem na inibição da enzima fosfolipase A2, que desencadeia todo 
aquele processo anteriormente dito (pode ser inibida previamente a um trauma 
já planejado, para diminuir edemas e hematomas pós cirúrgicos). 
Seu efeito antiinflamatório começa de 1 a 2h após a ingestão. 
Na odontologia é muito utilizado para controle do edema e prevenir a 
hiperagelsia (sensibilidade ao toque com dor). 
O padrão ouro é a dexametasona e a betametasona (4 a 8mg por dose). 
Pode ser dose única, 1h antes do procedimento cirúrgico, ou dose restrita até 3 
dias após cirurgia. 
Sua meia-vida plasmática é muito alta, por isso recomenda-se dose única. 
 
Possui vantagem em relação aos AINEs, que são: 
1. Não têm efeitos adversos significativos. 
2. Não interfere na hemostasia (controleda hemorragia) como o AINE. 
3. Reduz a sensibilidade ao toque (inibe a síntese dos leucotrienos). 
4. Mais seguro para gestantes, lactantes, hipertensos, nefropatas (doença dos rins) 
e hepatopatas (doença no fígado). 
Como o medicamento é a base de glicídeos e aumentam a quantidade de gordura 
na pele, substâncias lipossolúveis (que antes não eram solvidas) começam a se 
degenerar, o que pode acarretar em algumas mudanças estéticas em casos de uso 
prolongado: 
 
 
 
 
DOR 
A dor é característica fundamental para determinação de doenças. Sem a dor, 
não perceberíamos o que há de errado com o nosso organismo. Mas, geralmente, 
queremos inibi-la, sendo os analgésicos a droga escolhida para essa função. 
No mercado brasileiro existem três analgésicos principais, sendo dipirona a mais 
usada, paracetamol em segundo e a aspirina em terceiro, sendo todos vendidos 
sem prescrição médica. 
 
DIPIRONA 
O mecanismo de ação da dipirona (medicamento padrão recomendado) ainda é 
estudado, tendo possível ação no sistema nervoso central, com ação direta na 
nocicepção (percepção de dor). 
É apresentado em: 
1. Comprimidos de 500mg. 
2. Solução oral líquida 500mg/ml (1ml = 20 gotas). 
3. Injetável 1g/2ml 
4. Supositório de 300mg e 1g. 
Sua posologia em adultos é de 500 a 1000mg por dose, até 4 vezes ao dia (dose 
tóxica diária acima de 4g) e injetável 500mg (1ml), 4 vezes ao dia. 
 
PARACETAMOL 
O paracetamol é a escolha secundária frente a comorbidades como a gestação. 
O paracetamol pode causar dano ao fígado, e não deve ser utilizado com álcool. 
Evitar o uso enquanto tomar Warfarina ou Varfarina, que é uma droga 
anticoagulante para pacientes com risco de trombose e ataques cardíacos). 
 
OPIÓIDES 
Opióides são agonistas dos receptores opióides (ou seja, ele aumenta ainda mais 
a atividade celular sendo agonista). 
Os receptores opióides são importantes para a regulação da dor, e é 
naturalmente controlado pela endorfina (conhecido como o hormônio do prazer) e 
encefalina (alivia a dor). 
Os efeitos adversos dos opióides são: prurido (coceira), retenção urinária, 
bradipneia, náuseas, vômitos e sedação (efeito morgado). 
O medicamento opióide mais utilizado na odontologia é o Tramadol. 
 
TRAMADOL 
É um agonista não-seletivo dos receptores opióides. 
Deve ser receitado individualmente, dependendo da dor do paciente. 
Deve ser receitada sempre a menor dose possível (quando aguda), e em casos de 
dor crônica existe uma dosagem fixa. 
Posologia: 
1. Tramal cápsulas 50mg 12 em 12h. 
2. Tramal gotas 100mg/ml (10 gotas = 50mg) diluido em água. 
3. Tramal Retard 100mg (a nomenclatura Retard geralmente é para medicamentos 
de liberação prolongada) de manhã e a noite. 
Quando a dor é muito grande, o efeito da droga é diminuído de 8 para 4 horas, em 
média. Não se deve exceder doses de 500mg por dia (dose tóxica máxima). 
 
 
 
 
CODEÍNA 
Geralemente é associada a AINEs ou anelgésicos menos potentes. 
A codeína tem menor afinidade aos receptores opióides. 
No mercado as duas drogas a base de codeína mais comuns são o Tylex e o Paco. 
 
CONTROLE DA INFECÇÃO 
As infecções odontogênicas são causadas por vários tipos de bactérias, seja gram 
positivos ou negativos, aeróbios e anaeróbios. Quanto mais profunda a lesão, pior o 
prognóstico. 
O controle da infecção deve manter circunscrito a lesão, a fim de evitar uma 
possível irradiação linfática e circulatória (bacteremia transitória). 
A antibioticoterapia é empregada tanto de forma ativa (durante a infecção), 
quanto preventiva (pré-operatório) e profilática (pré-operatório). 
Os antibióticos podem ser divididos em bactericidas e bacteriostáticos. 
 
 
 
Bactericidas: concentração suficiente para matar os microorganismos. 
Bacteriostático: inibem o crescimento e a multiplicação dos microorganismos. 
 
Eritromicina, tetraciclina, estreptomicina e cloranfenicol inibem a síntese 
proteica. 
Penicilinas (amoxicilina), cefalosporinas e ampicilina inibem a síntese da parede 
celular. 
O metronidazol inibe a síntese de ácidos nucleicos. 
O cetoconazol atua no citoplasma das bactérias, alterando sua fisiologia. 
 
AMOXICILINA 
É uma penicilina semi sintética, de amplo espectro (atua sistemicamente) e são 
destruídos pela enzima bacteriana b-lactamase. 
Seu uso prolongado pode fazer com que as bactérias criem resistência (começam a 
produzir mais b-lactamase, que por consequência destrói a droga). 
 
 
Posologia: 
 
 
CLINDAMICINA 
É constituinte do grupo das lincosaminas (foco de ação em bactérias gram 
positivas anaeróbias), e é a primeira escolha para quem é alérgico a penicilina. 
Normalmente é utilizado de forma isolada (dose preventina e profiláxica). 
 
 
PROFILAXIA 
O intuito da profilaxia prévia é de realizar uma dose de ataque anterior ao 
procedimento cirúrgico, reduzindo as chances de se contrair uma infecção no 
local operatório. 
Previne a contaminação de uma área que antes era estéril. 
A posologia recomendada de profilaxia é 1g (2 cápsulas) de amoxicilina, 1h 
antes do procedimento (para alérgicos a penicilina, usa-se clindamicina 600mg [2 
comprimidos], também 1h antes). 
 
 
 
 
A profilaxia é essencial para pacientes suscetíveis a uma 
endocardite infecciosa. 
 
A tabela demonstra a posologia recomendada para pacientes suscetíveis a 
endocardite infecciosa. 
Como observado na tabela, a quantidade de droga aumenta para essa 
comorbidade, sendo 2g de amoxicilina. A clindamicina (para alérgicos a 
penicilina) continua sendo 600mg (dose máxima diária). 
 
ANSIEDADE 
A ansiedade traz para o paciente alguns pontos negativos para o pré e pós-
operatório. 
Podemos citar taquipnéia (frequência respiratória aumentada), taquicardia 
(frequência cardíaca aumentada), pressão arterial elevada, palidez (o fluxo de 
sangue se concentra no interior do corpo e sai das extremidades), suor excessivo, 
tremores, postura defensiva e silêncio (que prejudica a anamnese e o 
diagnóstico). 
 
 
 
A sedação é uma via de controle do paciente ansioso, e é dividida em 4 graus: 
Tipo I – ansiolíse (medicamentos ansiolíticos) 
Tipo II – sedação moderada (paciente reage e responde a estímulos verbais. Ex.: 
sedação consciente com óxido nitroso). 
Tipo III – sedação profunda (reage somente a dor). 
Tipo IV – anestesia geral. 
 
ANSIOLÍTICOS 
Os ansiolíticos são drogas que diminuem a ansiedade, com leve indução 
anestésica, e ajudam na diminuição do uso de anestésicos. 
Na odontologia os ansiolíticos mais empregados são os benzodiazepínicos. 
 
BENZODIAZEPÍNICOS 
São drogas agonistas dos receptores GABA-A (são inibidores do sistema nervoso 
central), que o potencializam (por serem agonistas) e, consequentemente, 
diminuem as sinapses cerebrais (diminui a ansiedade). 
 
Os benzodiazepínicos têm como efeitos principais a diminuição do fluxo salivar 
(causa xerostomia), reduz o reflexo do vômito (por causa das sinapses 
reduzidas), relaxa a musculatura, como bônus mantém a pressão arterial 
estável. Pode causar amnésia pós-operatória. 
 
 
Precauções dos benzodiazepínicos: 
1. Pacientes que usam antidepressivos (pode potencializar o efeito). 
2. Portadores de insuficiência respiratória. 
3. Hepatopatas e nefropatas. 
4. Gravidez (exclusivamente no 2º trimestre) e lactantes. 
 
Contraindicações dos benzodiazepínicos: 
1. Portadores de miastenia (doença autoimune que afeta os músculos). 
2. Gestantes no primeiro e último trimestre. 
3. Crianças com compromentimento físico e mental. 
4. Portadores de apneia do sono (repentinas faltas de ar durante o sono). 
5. Alcoólatras (o álcool pode aumentar a metabolização do medicamento no fígado, 
forçando-o em excesso).

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