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Curso: Direito 9º Período Disciplina: Direito Processual do Trabalho Professora: Lorena Moreira Aluno(a): Juliana Macedo Mota Atividade Estudo Dirigido dia 14.09.23 1. Conceitue e Descreva o que é o Jus postulandi no Direito Processual do Trabalho. O jus postulandi no Direito Processual do Trabalho é o direito que as partes possuem de atuar em juízo sem a necessidade de contratar um advogado para representá-las. Esse direito é conferido tanto ao empregado como ao empregador, permitindo que eles possam apresentar e defender seus argumentos perante a Justiça do Trabalho. A expressão "jus postulandi" é de origem latina e significa "direito de postular". No contexto do Direito Processual do Trabalho, refere-se à possibilidade de as partes realizarem atos processuais, como apresentar petições, interpor recursos, requerer medidas cautelares, produzir provas e comparecer em audiências, sem a necessidade de serem representadas por um advogado. Esse direito é assegurado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mais especificamente em seu artigo 791, que dispõe que "os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho". No entanto, é importante ressaltar que, mesmo com o jus postulandi, as partes podem optar por serem representadas por um advogado, caso desejem. O jus postulandi é uma característica peculiar do Direito Processual do Trabalho, diferenciando-se de outras áreas do Direito em que a representação por advogado é obrigatória. Essa peculiaridade visa facilitar o acesso à Justiça, permitindo que as partes possam fazer valer seus direitos de forma mais rápida e menos onerosa, sem a necessidade de despesas com honorários advocatícios. No entanto, é importante destacar que, apesar do jus postulandi, o Direito Processual do Trabalho é uma área complexa, com diversas normas e procedimentos específicos. Por isso, é sempre recomendável que as partes busquem orientação jurídica adequada, seja por meio de um advogado ou de um sindicato, para melhor compreenderem seus direitos e garantirem uma atuação mais eficaz no processo trabalhista. 2. Qual é a Designação de Competência da justiça do Trabalho prevista no Art. 114 CF/88. A designação de competência da justiça do trabalho prevista no Art. 114 CF/88 é a de resolver os conflitos trabalhistas entre empregados e empregadores, sejam eles individuais ou coletivos. Isso inclui questões como vínculo de emprego, jornada de trabalho, salários, direitos trabalhistas, entre outros. O Artigo 114 da Constituição Federal de 1988 trata da competência da Justiça do Trabalho. Ele estabelece que essa justiça especializada tem a responsabilidade de julgar as questões relacionadas ao direito do trabalho, incluindo as ações decorrentes das relações de trabalho, como as dissídios individuais e coletivos, conflitos entre empregados e empregadores, ações referentes ao descumprimento de normas trabalhistas, entre outros. Além disso, o Artigo 114 também atribui à Justiça do Trabalho a competência para julgar as ações que envolvem a organização sindical e as relações de trabalho dos servidores públicos que possuem vínculo de emprego. Com essa atribuição, a Justiça do Trabalho tem o objetivo de garantir a proteção dos direitos trabalhistas e a solução justa e rápida dos conflitos entre empregados e empregadores. É uma instância especializada que busca equilibrar as relações laborais e preservar os direitos dos trabalhadores, contribuindo para a melhoria das condições de trabalho e a promoção da justiça social. 3. Quais são os ritos previstos no Direito Processual do Trabalho? Conceitue e fundamente. No Direito Processual do Trabalho, os principais ritos previstos são: rito ordinário, sumaríssimo, sumário, dissídios coletivos e além desses ritos, existem outros procedimentos específicos previstos no Direito Processual do Trabalho, como a execução trabalhista, a ação rescisória e os recursos trabalhistas, que seguem trâmites próprios para a solução dos litígios trabalhistas. 1. Rito Ordinário: É o rito comum utilizado para a maioria dos processos trabalhistas. Ele envolve a apresentação da reclamação trabalhista pelo empregado, a citação do empregador para apresentar defesa, a produção de provas pelas partes, a realização de audiência de instrução e julgamento, e a prolação da sentença. 2. Rito Sumaríssimo: É um rito mais rápido e simplificado, aplicado a processos de menor complexidade, como os que envolvem valores de até 40 salários mínimos. Nesse rito, há uma única audiência, em que ocorrem a conciliação, a apresentação da defesa, a produção de provas e o julgamento. 3. Rito Sumário: É um rito mais célere que o ordinário, utilizado em casos específicos, como ações de greve, mandado de segurança e ação rescisória. Nesse rito, ocorre a citação do réu para apresentar defesa em 5 dias, seguido da audiência de instrução e julgamento, em que são produzidas as provas e proferida a sentença. 4. Rito de Dissídios Coletivos: É utilizado para a solução de conflitos coletivos de trabalho, como greves e reivindicações salariais. Envolve a instauração do dissídio pelo sindicato, a notificação da outra parte para apresentar defesa, a realização de audiência de instrução e julgamento, e a prolação da sentença normativa. O artigo da CLT que dispõe sobre os ritos previstos no Direito Processual do Trabalho é o artigo 852. Esse artigo estabelece as regras para a realização das audiências trabalhistas, incluindo a obrigatoriedade de notificação das partes, a presença do Ministério Público do Trabalho, a ordem de apresentação das provas, a possibilidade de conciliação, entre outros aspectos relacionados ao processo trabalhista. - O rito sumário, instituído pela Lei nº 5584/70. - O rito sumaríssimo, previsto nos artigos 852-A a 852-I da CLT. - O rito ordinário tem sua previsão dispersa pela CLT, mas podemos o identificar entre os artigos 763 e 852. 4. Quais são os requisitos da Petição Inicial na CLT? Conceitue e Fundamente. A CLT também traz em seu artigo 840 os requisitos, contudo de maneira mais simples e objetiva: Para elaborar uma petição inicial trabalhista, é preciso seguir os seguintes passos: identificar o órgão judicial competente, fornecer informações sobre as partes envolvidas, resumir os fatos relevantes, formular o pedido, indicar a data e obter as assinaturas tanto do reclamante quanto de seu representante.
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