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Aluna: PATRÍCIA DE OLIVEIRA SANTOS ARAÚJO MAT.: 201802188401 CURSO: DIREITO – NOTURNO – 2018.1 Caso concreto 10 PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144 Título PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO Descrição 1 - Na Justiça Restaurativa a questão central, em vez de versar sobre o culpado, é sobre quem foi prejudicado pela infração. Ao contrário da Justiça Tradicional, que se ocupa predominantemente com a violação da norma de conduta em si, a Justiça Restaurativa ocupa-se das consequências e danos produzidos pela infração. Estabelecendo um paralelo entre a Justiça Tradicional e a Justiça Restaurativa, podemos afirmar que: I. Para a Justiça Tradicional o crime é o ato contra a sociedade; para a Justiça Restaurativa o crime é o ato que traumatiza a vítima. II. Para a Justiça Tradicional o monopólio estatal é da Justiça Criminal participativa; para a Justiça Restaurativa o monopólio estatal é da Justiça Criminal. III. Na Justiça Tradicional o processo decisório é compartilhado com as pessoas envolvidas; na Justiça Restaurativa o processo decisório fica a cargo das autoridades. IV. Na Justiça Tradicional a culpabilidade do individual está voltada para o passado; na Justiça Restaurativa a responsabilidade é compartilhada coletivamente e voltada para o futuro. V. Justiça Tradicional - uso dogmático do Direito Penal positivo; Justiça Restaurativa ? uso crítico e alternativo do Direito. Considerando sua análise, responda: As respostas corretas são: a) I e II. b) II, III e V. c) III e IV. d) I, IV e V. e) III e V. 2 - CASO Para solucionar a questão sugerimos que o aluno assista ao filme As Neves do Kilimanjaro - Direção: Robert Guédiguian. Nacionalidade: França. Tempo de Duração: 1h 47m. Ano de Lançamento: 2012). Um adolescente, de 14 anos de idade, foi apreendido após cometer um ato infracional análogo a furto, contra um casal de idosos. Após cumprir medida sócio-educativa determinada pelo Juiz da Infância e Juventude, o adolescente, sua mãe e o casal de idosos participaram de um encontro, coordenado pela equipe interdisciplinar do juízo. Nessa reunião, os idosos puderam perguntar, frente a frente, por que o adolescente teve comportamento agressivo ao furtá-los; que eles sentiram muito medo, passaram a ter dificuldade em sair de casa e que um deles teve um "pico de pressão alta", após o episódio. A mãe do adolescente disse que estava envergonhada pelo ato praticado pelo filho e relatou que criava o jovem e mais dois filhos menores sozinhos e com muita dificuldade, não conseguindo dar a atenção necessária ao filho mais velho. O adolescente assumiu que tinha cometido um erro grave, mostrou-se arrependido, desculpou-se com o casal e falou que não iria mais para a rua fazer mal prá ninguém. Ao final do encontro, o casal de idosos sensibilizados com o quadro que se configurou, resolveram convidar o adolescente para que ele, voltando para a escola, passasse a fazer serviços em sua residência, duas vezes na semana, sendo remunerado para tanto. O adolescente aceitou. O caso foi acompanhado pela equipe do juízo. Um ano depois do encontro descrito, o adolescente concluiu o ensino fundamental e matriculou-se no ensino médio. Foi apadrinhado pelo casal de idosos. Responda às questões a seguir: a) Se o adolescente não quisesse participar do encontro descrito no caso em tela o juiz poderia lhe aplicar uma penalidade? Justifique. Se a medida aplicada por ocasião da sentença não é cumprida pelo adolescente infrator, o que pode dar ensejo à conversão em medida de internação "por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta", de acordo com o artigo 122, inciso III, da Lei n.º 8.069/90 - ECA. b) Faça uma análise do caso concreto, pontuando importantes mudanças de paradigma proposta pela Justiça Restaurativa. Quanto a proposta de ressocialização e de conciliação entre o menor e o casal de idosos, ao invés de reprimi-lo e recolher em um ambiente prisional, o levou a um resultado positivo como podemos observar onde diz: "Um ano depois do encontro descrito, o adolescente concluiu o ensino fundamental e matriculou-se no ensino médio. Foi apadrinhado pelo casal de idosos." 3 - A Justiça Restaurativa é uma corrente surgida há cerca de quarenta anos nas áreas de criminologia e vitimologia. Assume-se como um novo paradigma de justiça, caracterizado essencialmente pela: (Analista Judiciário-Psicólogo - TJ - PE/2012) a) dificuldade encontrada pela vítima em se reequilibrar psicossocialmente após o sofrimento de qualquer tipo de crime. b) promoção da efetiva participação dos interessados -vítimas e infratores - na solução de cada caso concreto. c) obrigatoriedade da submissão do criminoso a técnicas psicoterapêuticas em conjunto com a vítima. d) necessidade que a sociedade tem de ver punido criminalmente o criminoso violento. e) retirada da relação vítima-criminoso do protagonismo do processo.
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