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Memorial Descritivo

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Centro Universitário Newton Paiva
MEMORIAL DESCRITIVO
PVI
Isadora Nunes e Marina Moura
Prof.: Juliana Barros
Belo Horizonte, 30 de setembro de 2023
Centro Universitário Newton Paiva
Parâmetros Urbanísticos
- Local do terreno: Bairro Boa Viagem - Esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua dos Timbiras e Pernambuco;
- Classificação viária: 
· Av. Afonso Pena – Arterial – dimensão: 4,64m;
· Rua dos Timbiras – Arterial – dimensão: 21,72m;
· Rua Pernambuco – Arterial – dimensão: 14,64m. 
- Área total do terreno: 3.136m²;
- Coeficiente de aproveitamento: 2,7 (sendo assim, pode ser construído 8.467,2m²);
- Taxa de permeabilidade: 20% da área total, sendo 1.693,44m²;
- Taxa de ocupação: 52% da área total, sendo 1616m².
- Zoneamento: OP-3 – Ocupação Preferencial 3;	
- Altura máxima na divisa:
· Via de ligação regional - largura da via >=15m: 10,8m;
· Via coletora – 10m<= largura da via <15m: 5,0m.
- Altura máxima da edificação: 52m;
- Número de vagas: 
· 1 vaga para cada 200m² de área líquida não residencial;
· 1 vaga a cada 1.500,0 m² de área líquida não residencial.
- Afastamento frontal:
· 4,0m na Av. Afonso Pena;
· 4,0m na Rua dos Timbiras;
· 4,0m Rua Pernambuco.
· o afastamento frontal mínimo deve ser tratado como prolongamento do passeio, não sendo permitida a instalação de elementos construtivos;
· o tratamento do afastamento frontal mínimo como prolongamento do passeio pode ser flexibilizado, exceto no Setor Hipercentro da ADE Avenida do Contorno, devendo:
· ter faixa livre de pedestres igual ou maior à 3,0 m;
· ser vegetado e arborizado ou destinado à área de fruição pública.
· não será permitido o fechamento frontal ou lateral do afastamento frontal mínimo, exceto temporariamente, em casos excepcionais, conforme regulamento.
· Conexão Verde: Pelo menos 50% do afastamento frontal mínimo deve ser vegetado e arborizado em terreno natural;
- Afastamento laterais/fundo: 2,3+(17,9-12)/8 = 3,1m
- Relação área x pé direito: 
· O compartimento de edificação destinada a uso não residencial cujo pé-direito exceda 4,5 m deve ter sua área multiplicada por 2,0, para cálculo do potencial construtivo utilizado no projeto.
· É admitido pé-direito superior a 4,5 m, sem acréscimo de área para fins de cálculo do potencial construtivo utilizado no projeto, por razões técnicas relativas a:
· acústica ou visibilidade em auditórios, salas de espetáculos ou templos religiosos;
· atividades classificadas nas tipologias instituições científicas, culturais, tecnológicas e filosóficas e serviços de diversão e esporte;
· necessidade de utilização do espaço aéreo inerente à atividade exercida no local.
· A área adicional resultante da aplicação do fator multiplicador citado no item 1 desta tabela não será considerada para o cálculo do número mínimo de vagas de estacionamento de veículos, bem como para o cálculo da produção de resíduo sólido da edificação;
MEMORIAL DESCRITIVO
Criminalidade, falta de iluminação pública e grande incidência solar foram as principais problemáticas encontradas ao fazer a análise do sítio, além do mais ao analisar também as obras análogas se percebe que geralmente os mercados não possuem uma organização setorizada e para solucionar esses problemas serão utilizadas as técnicas das seguintes premissas:
· A planta de janela do deserto do Namibe, no sul da África;
· Bromélias;
· Formigueiros;
· Colmeias;
· Vagalumes.
A planta de janela do deserto do Namibe, no sul da África, tem uma solução intrigante.
As pontas das folhas de uma planta janela são claras, permitindo que a luz solar passe através delas para o caule abaixo. E como a lente do seu olho, a parte transparente é um tanto seletiva quanto ao tipo de luz que passa. Sua superfície cerosa filtra a luz de maior energia, permitindo que apenas cerca de 10% da luz total entre na planta, evitando o superaquecimento de seu interior.
A ponta semelhante a uma lente também é arredondada na parte superior. A forma curva direciona a luz que atinge sua superfície para dentro, em direção ao centro da haste. Também evita que a areia se acumule e obstrua a janela.
Abaixo dessa estrutura semelhante a uma lente estão células claras cheias de água. À medida que a luz atinge a água, ela muda ligeiramente de direção, sendo enviada em todas as direções – inclusive em direção às células que revestem as paredes internas do caule. Lá, essas células usam a fotossíntese para transformar a luz em energia que a planta pode usar.
A estratégia da planta de janelas para transmitir luz verticalmente é usada, até certo ponto, para trazer luz para os edifícios através de tubos que vão do telhado até o espaço ocupado. Esta tecnologia poderia ser dramaticamente melhorada dando o próximo passo da planta de janelas de usar água ou outra substância que desvie a luz para direcionar os feixes na direção em que são mais necessários.
Também pode fornecer inspiração para a concepção de instalações solares fotovoltaicas que sejam menos susceptíveis ao sobreaquecimento e mais capazes de focar a luz em estruturas geradoras de eletricidade.
As folhas tubulares permanecem frescas no subsolo enquanto as partes superiores claras direcionam a luz solar para o interior revestido de clorofila.
Convertendo essa estratégia para a arquitetura, será utilizado tanto na cobertura, quanto nas fachadas onde mais têm incidência solar, vidro de proteção solar, cujo absorve muito mais calor do que o vidro comum, colaborando para que a parte interna do ambiente não esquente e com mais poder de transmissão, esse vidro ajuda no controle de temperatura direcionando o calor para a face externa. O aspecto espelhado desse vidro é o grande responsável por refletir grande parte da luz natural, deixando o ambiente interno mais agradável.
Na versão laminada, o vidro de proteção solar bloqueia até 99% dos raios UV. Essa característica é essencial para não prejudicar a pele das pessoas que habitam o ambiente interno e evitar danos a móveis e utensílios.
Com maior controle térmico sobre o ambiente, a utilização de ar-condicionado ou aquecedor acaba sendo reduzida. Isso também acontece com o uso de iluminação artificial. Essa combinação proporciona um menor gasto energético por parte do usuário.
Outro benefício desse tipo de vidro é a estética. Fachadas inteiras com vidros de proteção solar conquistam olhares em todo o mundo, tornando-se referência de design e sofisticação.
As bromélias são plantas nas quais muitas espécies se ancoram não no solo, mas nos galhos das árvores. Sem o acesso mais comum a nutrientes ou água, eles precisam de criar as suas próprias oportunidades de sucesso.
As folhas longas e côncavas dessas bromélias são revestidas com pelos cobertos de cera que canalizam a água da chuva até o botão central, criando um pequeno lago. Este lago torna-se um centro de vida, atraindo vários organismos e criando uma comunidade autossustentável.
O lago de bromélias torna-se ponto de encontro de pássaros, pequenos mamíferos e insetos. Folhas e detritos caem na água, apodrecendo e fornecendo nutrientes para a planta. Os animais que visitam deixam excrementos ricos em nitrogênio, enriquecendo ainda mais o lago. Organismos microscópicos prosperam neste ecossistema, formando uma teia alimentar diversificada que sustenta a vida em diferentes estágios. Logo, as bromélias armazenam água da chuva em seu interior, sendo esta característica resultado da distribuição espiralada de suas folhas, que formam pequenos tanques.
As folhas coletam água que atrai organismos, fornecendo nutrientes para a planta.
Na arquitetura do mercado, essa técnica será predestinada aos pilares da cobertura, eles terão um formato ramificado que se inspiram nas bromélias, dentro desses pilares terá um sistema de captação de água da chuva que a leva para dois tanques onde essa água ficará armazenada e será distribuída para os sanitários e para o sistema de irrigação dos jardins da propriedade.
Os formigueiros são estruturas altamente organizadas onde as formigas vivem e realizamsuas atividades diárias. Eles são projetados para atender às necessidades da colônia e podem variar em tamanho e complexidade dependendo da espécie de formiga.
A organização em um formigueiro é geralmente dividida em várias áreas funcionais:
1. Câmara da rainha: Onde a rainha vive e põe ovos. Esta área é protegida e isolada do resto do formigueiro.
2. Berçário: Onde as larvas e pupas são cuidadas pelas operárias. As larvas são alimentadas e protegidas até se desenvolverem em formigas adultas.
3. Depósito de alimentos: Onde as formigas armazenam alimentos coletados, como folhas, insetos ou néctar.
4. Túneis e galerias: Essas estruturas conectam todas as áreas do formigueiro e são usadas para movimentação, ventilação e remoção de resíduos.
5. Entrada/Saída: O ponto de acesso ao formigueiro, muitas vezes protegido por operárias que monitoram quem entra e sai.
As formigas comunicam-se principalmente através de feromônios, substâncias químicas que deixam para trás para indicar caminhos, marcar alimentos e coordenar atividades. Essa comunicação química desempenha um papel crucial na organização do espaço no formigueiro.
A estrutura exata de um formigueiro varia de acordo com a espécie e as necessidades específicas da colônia, mas todos eles são notáveis exemplos de cooperação e organização entre os insetos sociais.
Usando da neuroarquitetura, o mercado será setorizado através das cores. Os comércios serão distribuídos de uma forma com que cada cor represente um setor, de forma que o público ao entrar na edificação consiga se situar apenas ao visualizar a cor cujo, segundo a neurociência, elas são capazes de transmitir e ativar diferentes sentimentos e emoções nos seres humanos, já que o nosso cérebro identifica e transforma as cores em sensações ou emoções. Existem estudos detalhados que mostram a influência direta das cores na psicologia dos seres humanos, mostrando que elas têm um efeito além do papel estético. Além do mais, essa setorização proporcionará caminhos nos quais direcionarão o público ao setor que ele realmente tem interesse, ao mesmo tempo que consiga passar por todos os setores, tendo uma experiência por todo o mercado.
 
A arquitetura das colmeias é altamente adaptada para servir como um espaço de convivência eficiente e funcional para as abelhas. A construção das colmeias é resultado de milhões de anos de evolução e aprimoramento, e cada elemento da arquitetura desempenha um papel específico na vida da colônia. Mas algo que tem impressionado pesquisadores é a organização de suas colmeias, que são verdadeiras cidades altamente populosas, com uma eficiência a dar inveja a qualquer planejador urbano. Essa arquitetura possui algumas características:
1 - Células hexagonais: Esse formato é altamente eficiente em termos de espaço e material. As células hexagonais minimizam o uso de cera de abelha, que é usada na construção das colmeias, ao mesmo tempo em que protegem uma estrutura resistente e estável para a criação de ovos, larvas e armazenamento de alimentos.
2 - Espaço multifuncional: Elas servem para a criação de abelhas, armazenamento de mel e pólen, bem como para o armazenamento de água e a deposição de ovos. Essa multifuncionalidade maximiza o uso do espaço dentro da colmeia.
3 - Ventilação: As abelhas controlam a ventilação da colmeia através da abertura e do fechamento das entradas de ar. Isso ajuda a regular a temperatura e a umidade interna da colmeia, criando um ambiente ideal para a criação de larvas e o armazenamento de alimentos.
4 - Estrutura de favos: Os favos de cera são estruturas suspensas dentro da colmeia que contém as células. Esses favos são construídos em camadas, permitindo que as abelhas acessem facilmente todas as células e as mantenham organizadas. Isso é crucial para a eficiência da colônia, pois permite que as abelhas depositem ovos, armazenem alimentos e cuidem das larvas em uma configuração compacta.
5 - Entradas e saídas: As colmeias têm entradas e saídas bem definidas que permitem às abelhas entrar e sair da colmeia de maneira eficiente. Essas aberturas também podem ser defendidas contra invasores, como abelhas estranhas ou outros insetos.
6 - Comunicação: A arquitetura das colmeias também facilita a comunicação entre as abelhas. A dança das abelhas, que é usada para comunicar a localização de fontes de alimento, é realizada em uma área específica da colmeia.
O setor administrativo do mercado será completamente aberto, sem nenhuma vedação que não proporcione a socialização dos funcionários, com estações de trabalho onde todos os funcionários podem comunicar uns com os outros trabalhando em equipe. Apenas a sala de reunião e da gerência terão uma individualização que será com divisórias em vidro para que ao mesmo tempo que quem está dentro tenha privacidade, quem está fora também consiga ver e de certa forma interagir com quem está dentro. 
Os vaga-lumes são insetos do grupo dos besouros, ordem Coleoptera. Destacam-se da maioria dos insetos pela capacidade de emitirem luz, um processo conhecido como bioluminescência. Os órgãos bioluminescentes localizam-se geralmente na parte final do abdômen, mas algumas espécies podem tê-los localizados também no tórax, sendo confundido com os olhos. Em algumas espécies as larvas possuem órgãos luminescentes localizados lateralmente no corpo.
A emissão de luz pelos órgãos bioluminescentes é resultado de especializações bioquímicas presentes em células chamadas fotócitos (células luminosas). Nestas células há genes ativos no DNA que ativam a produção de duas proteínas, a luciferina e a luciferase. A luciferina se liga a molécula energética do ATP e na presença de oxigênio forma a oxiluciferina e quebra o ATP liberando energia luminosa. Esta reação é facilitada pela enzima luciferase. A luciferina, a luciferase e ATP estão frequentemente disponíveis nos fotócitos, mediante estímulos ambientais como a escuridão e detecção de ferormônios (hormônios de atração sexual) o sistema nervoso controla a aberturas de orifícios respiratórios chamados espiráculos, o ar contendo oxigênio penetra nos segmentos com os órgãos bioluminescentes por tubos respiratórios chamados traqueias e a reação luminosa ocorre nos fotócitos. 
Existe uma lâmpada de LED na qual foi inspirada nos vagalumes, o piscar suave deles inspirou cientistas a inserir modificações em um LED que o tornaram uma vez e meia mais eficiente. A equipe estudou a estrutura interna das "lanternas" dos vagalumes, os órgãos do animal repletos de células bioluminescentes, que piscam durante os rituais de acasalamento. Eles identificaram um padrão inesperado de escamas irregulares que melhora o brilho das lanternas e então aplicaram esse conhecimento ao design de um LED, criando uma camada externa para o diodo emissor de luz que imita a estrutura natural identificada no vagalume.
Essa sobrecamada, que aumenta a extração de luz pelo LED em até 55%, poderá ser facilmente aplicada aos LEDs atualmente em fabricação. 
Sendo assim esse tipo de iluminação será utilizada em todos os postes de luz espalhados pela fruição pública em volta da edificação, para que essa área do bairro seja mais iluminado, trazendo mais segurança à população.
O efeito estufa é um processo natural que ocorre na atmosfera da Terra e desempenha um papel fundamental no aquecimento do planeta. Ele funciona da seguinte maneira:
Radiação Solar: A energia do Sol atinge a Terra na forma de radiação solar, que é composta principalmente por luz visível e radiação ultravioleta. Parte dessa energia é refletida de volta para o espaço pela superfície da Terra, pelas nuvens e pela atmosfera.
Absorção de Energia: A superfície da Terra absorve a maior parte da radiação solar que a atinge. Consequentemente, a temperatura da superfície terrestre aumenta, emitindo radiação infravermelha, que é uma forma de calor.
Efeito Estufa: A atmosfera da Terra contém gases conhecidos como gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e vapor d'água(H2O). Esses gases absorvem parte da radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre, impedindo que ela escape diretamente para o espaço.
Reemissão de Energia: Os gases de efeito estufa reemitem parte da energia absorvida de volta para a superfície da Terra. Isso faz com que a temperatura da superfície aumente, criando um ambiente mais quente do que seria na ausência desses gases.
Equilíbrio Térmico: Esse processo de absorção e reemissão de energia pelos gases de efeito estufa cria um equilíbrio térmico na Terra, mantendo-a em uma faixa de temperatura adequada para a vida. Sem o efeito estufa natural, a temperatura média da Terra seria muito mais fria e inadequada para a vida como a conhecemos. 
Para alimentos mais saudáveis a edificação terá sua própria estufa, na qual terá uma horta, cujo todas as verduras de lá serão além de comercializados, utilizados em toda alimentação produzida no espaço, pois as plantas cultivadas em estufas muitas vezes apresentam um crescimento mais rápido e uma maior produtividade em comparação com as cultivadas ao ar livre e isso proporcionará mais vendas levando em consideração que além das verduras não possuírem nenhum tipo de agrotóxico, a estufa proporcionará que tenham verduras o suficiente o tempo todo. 
PARTIDO
O partido aborda uma base mais regular e adequada ao terreno para usufruir o máximo possível da área, diferentemente da cobertura, que possuirá um formato completamente irregular já que o princípio do projeto é a biomimética e ela é completamente voltada a natureza. Logo, como não existe nada que seja perfeitamente simétrico na natureza, a exuberante cobertura flutuante, irregular e curva que deixa a edificação diferenciada mostra o quanto as estratégias da natureza estão presente nesse mercado, assim como mostra o quão saudável e sustentável são os comércios. Além do mais o formato da base apesar de ser harmônico com o terreno, foi pensado com a entrada voltada a esquina para que tenha visada para as três ruas que intercedem o terreno, a estufa foi projetada para o leste, para que tenha a incidência solar da manhã e em um dos lados terá um proposta em vidro inteligente, o qual pode ser projetado imagens com retroprojetor, para serem exibidos esportes, principalmente em época de copa do mundo para todas as pessoas.

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