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2 Universidade Federal de Minas Gerais- Escola de Veterinária Departamento de Medicina Veterinária Preventiva - Disciplina de Doenças das Aves PROVA I- 1º Semestre de 2020-09/09/2020 - 76 questões - 0,329 pontos/questão - 25 pontos totais Nome: MARQUE COM UM “X” TODAS ALTERNATIVAS CORRETAS (e não marque as incorretas) relacionadas com: ATENÇÃO: Para algumas das perguntas que seguem, justifique, nas linhas abaixo da pergunta, o conceito-chave. MANEJO E CONTROLE SANITÁRIO EM AVICULTURA INDUSTRIAL 1 ( x ) – Em condições de proximidade com a avicultura industrial, há risco de transmissão de infecções presentes em avicultura familiar, e vice-versa. 2 ( x ) – Infecções/doenças de transmissão vertical, originárias dos reprodutores infectados, são determinantes de baixa qualidade do pintinho. 3 ( ) - O veterinário não representa risco sanitário ao visitar diferentes granjas com ou sem doença clínica. O veterinário representa risco sanitário mesmo sem doença clínica pois ele se torna um carreador de microrganismo de uma granja para outra. 4 ( ) - As vacinações com vacinas vivas atenuadas sempre resultam em erradicação da infecção natural. As vacinas vivas nem sempre resultam em erradicação da infecção. Um exemplo é a Laringotraqueíte 5 ( ) – Criação de aves de diferentes idades, como matrizes e pintinhos, de diferentes origens, no mesmo núcleo, com proximidade, mesmos trabalhadores e equipamentos, favorece o manejo e também a biosseguridade. A proximidade aumenta as chances de ocorrer alguma contaminação/infecção durante o transporte, e remanejamento. Um trabalhador quem entrou em contato com um grupo de aves contaminadas com alguma doença pode transmitir essa doença para outro grupo. Não favorece manejo e biosseguridade. DOENÇA DE NEWCASTLE (DN) 6 ( x ) – É uma zoonose em que todas as espécies de aves domésticas são susceptíveis à infecção. Mais de 236 espécies são susceptíveis e é uma zoonose de classe 2 (baixo risco à saúde). 7 ( ) - Todas as espécies de aves domésticas são igualmente susceptíveis quanto à manifestação de doença clínica. Anseriformes são menos susceptíveis e Galiformes são mais susceptíveis. 8 ( x ) - A DN é de notificação e erradicação obrigatórias, para conformidade com o mercado internacional. 9 ( ) - As infecções por estirpes velogênicas e mesogênicas da doença estão erradicadas da avicultura industrial brasileira. O PNSA propõe a conformidade da indústria avícola nacional ao mercado interno, com erradicação das formas velogênicas e mesogênicas. 10 ( x ) - As estirpes patogênicas do vírus da DN têm índice da patogenicidade intracerebral superior a 0,7. 11 ( x ) - No diagnóstico molecular, três a cinco aminoácidos básicos no sítio de clivagem da glicoproteína da fusão definem estirpes mesogênicas e velogênicas. 12 ( )- As estirpes utilizadas em vacinas vivas no Brasil são classificadas como velogênicas. 13 ( ) - Por exigência do mercado internacional, mantém-se endêmicas as formas velogênicas e mesogênicas na indústria avícola brasileira. Não se mantém, pois essas estirpes são patogênicas, apenas a lentogênica pode por ser naturalmente não patogênica. 14 ( ) - As galinhas são os únicos hospedeiros susceptíveis à infecção pelo Orthoavulavirus aviário 1 (ex-Paramyxovirus aviário 1). 15 ( x ) - Há grande diversidade sorológica detectável por inibição da hemaglutinação entre as estirpes do vírus. Os títulos podem variar de 16 a 64 com 1 dose de vacina e entre 512 e 2048 com 2 doses de vacinas ou mais. BOUBA AVIÁRIA 16 ( ) - A bouba ou varíola das aves é uma doença bacteriana que decorre de infecção epitelial, na forma cutânea localizada mais benigna e na forma diftérica mais grave, envolvendo mucosas. 17 ( ) - Os poxvirus de canários, de psitacídeos e de galinhas são geneticamente idênticos. Não são, existe o Fowlpox e o canarypox, os vírus são específicos por família. 18 ( x ) - A transmissão pode ocorrer por picadas por dípteros hematófagos, inalação de vírus da poeira e/ou aerossóis respiratórios. 19 ( x ) - As regiões mais atingidas são áreas sem penas acessíveis aos dípteros, especialmente crista, barbela, pálpebras e pés. 20 ( ) - A varíola aviária foi erradicada e é no Brasil exótica em galinhas desde 1980. 21 ( ) - A bouba aviária em galinhas é de erradicação obrigatória. 22. ( x ) Em aves comerciais como galinhas e perus, e de competição, como pombos-correios, recomenda-se a primovacinação com estirpe suave, e se necessária, a revacinação com estirpe forte. BRONQUITE INFECCIOSA DAS GALINHAS (BIG) 23 ( ) - Em razão de ser causada por um coronavírus, da mesma família de SARS CoV-2, a bronquite infecciosa das galinhas é considerada uma zoonose. Não é uma zoonose 24 ( ) - A bronquite infecciosa foi erradicada e é atualmente exótica para a avicultura industrial no Brasil. Não foi erradicada no Brasil. 25 ( x ) -Infecções pelo vírus da BIG podem ser complicadas com desafios ambientais, como por Escherichia coli de origem inalatória Vai se desenvolver como doença secundária e vai ser agravada. 26 ( x ) - A acumulação de muco traqueal causa estertores respiratórios e pode resultar em asfixia em jovens. O muco vai obstruir a passagem do ar e causar a asfixia. 27 ( x )- Em poedeiras pode resultar em queda na produção, deformações de casca e clara aquosa de ovos. Vai ocorrer infecção do oviduto e no magno com falha na síntese de proteínas do albúmen e falha na produção de casca de ovo no útero. 28 ( ) - A BIG ocorre endêmica em espécies de aves silvestres da ordem Passeriformes. 29 ( ) - As estirpes vacinais atenuadas (“vivas”) de coronavírus da bronquite infecciosa são muito estáveis geneticamente. O vírus é muito diferente entre populações e também pode fazer rearranjo genético, podendo dar origem a progênies virias já com proteção heteróloga. 30 ( x ) - A proximidade de lotes não é fator decisivo para a disseminação horizontal de vírus. 31 ( x ) - A transmissão ocorre principalmente por inalação de aerossóis respiratórios de galinhas infectadas e a doença pode atingir os sistemas respiratório, digestório, excretor e reprodutor. 32 ( x ) - A vacinação induz proteção eficaz, que tem resultado na erradicação do vírus de campo no ambiente avícola. 5. INFLUENZA AVIÁRIA 33 ( ) Para a prevenção, na avicultura industrial brasileira, é obrigatória a vacinação de galinhas contra a influenza aviária. A única vacinação obrigatória no Brasil é contra MAREK 34 ( x ) As aves migratórias da Ásia, especialmente da ordem Anseriformes, ao rumarem de Leste para Oeste, trouxeram a infecção por estirpes asiáticas para a Europa. 35 ( x ) A/chicken/Hong Kong/220/97 H5N1 e estirpes derivadas de alta patogenicidade, popularmente conhecidas como “H5N1”, foram descritas em aves e mamíferos, inclusive humanos, inicialmente em 1997 na Ásia, causaram pandemia em aves, mamíferos domésticos e silvestres, e preocupação mundial à saúde pública, devido à alta letalidade. 36 ( x ) Em galinhas domésticas as estirpes patogênicas são comumente dos subtipos H5 e H7. 37 ( ) A influenza aviária é endêmica na avicultura industrial brasileira. Não é endêmica para a avicultura industrial brasileira e sim exótica. 38 ( ) Há estirpes do vírus da influenza aviária integrantes do subtipo H5N1 que não são patogênicas para aves domésticas e silvestres. 39 ( x ) Estirpes de alta patogenicidade podem emergir onde há condições favoráveis para a transmissão entre hospedeiros silvestres e domésticos. Com condições favoráveis as estipes encontrarão facilidade de multiplicar e contaminar as aves, e pode ocorrer transmissão entre hospedeiros silvestres e domésticos. 40 ( ) O Ministério da Agricultura recomenda a eutanásia dos canários-da-terra (Sicalis flaveola) e trinca-ferro (Saltator similis) em solo brasileiro, para reduzir o risco de infecção por vírus de alta patogenicidade na avicultura. 41 ( ) O Ministério da Agricultura recomenda o tratamento das galinhas poedeirase frangos de corte com Oseltamivir (Tamiflu®). 42 ( ) Todas as estirpes de vírus presentes nas aves reservatório-natural são patogênicas para aves domésticas e humanos. ANEMIA DAS GALINHAS E DOENÇA INFECCIOSA BURSAL (DG - DOENÇA DE GUMBORO) 43 ( x ) - Em DG há perda de linfócitos e redução da diferenciação linfóide B no ambiente da bolsa e subsequente imunodeficiência humoral. 44 ( ) - Ambas são doenças exóticas no Brasil. 45 ( ) - Em anemia ocorre grande redução no hematócrito, mas somente em galinhas adultas. 46 ( x ) - A anemia ocorre em Gallus gallus domesticus muito jovens, progênie de fêmeas infectadas durante a reprodução. 47 ( ) - Em anemia das galinhas, a atrofia do timo nos jovens não resulta em perda da imunocompetência. A Anemia Infecciosa das Galinhas causa uma grave anemia aplástica, destruição das células eritróides, atrofia do timo, imunossupressão e aplasia da medula óssea e diminui a eficiência vacinal. 48 ( ) - A DG ao ocorrer antes das três semanas de vida não causa alteração na competência imune humoral. Aves de até 3 semanas são mais sensíveis, e geralmente é fatal. A forma subclínica é imunossupressora e ocorre em aves jovens antes de haver a colonização linfocitária secundária. Quanto mais jovem for a ave, maior a destruição das células linfoides. 49 ( x ) - A DG clínica entre 3-6 semanas de idade decorre da infecção de alta população de linfoblastos B, macrófagos e monócitos, na bolsa cloacal e em sítios linfoides secundários, com efeitos intestinais (diarreia) e autoimunes nos endotélios e rins. 50 ( ) - A redução da população de linfócitos B da bolsa cloacal afeta somente a competência imune celular em Gumboro. DOENÇA DE MAREK 51 ( x ) - A doença de Marek pode ser prevenida com a vacinação obrigatória com vacina viva, aos 18 dias de desenvolvimento embrionário ou no 1º dia de vida pós-eclosão. 52 ( x ) - Doença de Marek clássica decorre do processo inflamatório pós-infiltração tumoral no nervo periférico. 53 ( ) - Não há risco de infecção no ambiente de criação industrial. Até as aves vacinadas podem se infectar com vírus de campo sem desenvolvimento de tumores. 54 ( x ) - Os plantéis industriais vacinados, embora protegidos contra tumores, tornam-se infectados e fonte vitalícia de vírus após a inalação de poeira contendo pele descamada contendo vírus. 55 ( ) - A vacinação resulta em proteção completa contra a infecção. 56 ( x ) - A doença tumoral ocorre por infiltrações nos nervos, pele, olhos e vísceras de linfoblastos T-transformados. 57 ( x ) - A infecção na bolsa cloacal é linfocítica B e geralmente subclínica, e pode resultar em imunodepressão humoral. 58 ( ) - Não está esclarecida a forma de infecção e considerado pequeno o risco de infecção nas regiões de produção avícola com proximidade entre granjas. A transmissão pode ocorrer por contato direto ou indireto e mesmo as aves vacinadas podem se infectar com vírus de campo. LEUCOSE LINFÓIDE (LL) E OUTRAS RETROVIROSES DE GALINHAS 59 ( x ) - A ocorrência de doença tumoral na LL está relacionada à infecção vertical. A transmissão para a progênie ocorre no Magno, logo é infecção vertical. 60 ( x ) - As aves adquirem infecção persistente e vitalícia e tornam-se fonte de vírus para lotes susceptíveis. 61 ( ) - Na LL há a transformação de linfócitos B e imunotolerância. Há multiplicação anormal de linfócitos B. 62 ( ) - Há boas vacinas comerciais contra as leucoses linfoide e mieloide que têm sido usadas na erradicação. 63 ( x ) – Para a erradicação da LL e outras retroviroses, foram destruídos plantéis precursores da genética avícola, como elite e bisavós infectados. 64 ( ) - Não há risco de transmissão horizontal de retrovírus entre plantéis de origens e idades diferentes. 65 ( x ) - Os vírus da leucose linfóide e mielóide são transmitidos para a progênie por secreções do magno (no oviduto). Metapneumovirose (MPV) e Laringotraqueíte infecciosa (LT) 66 ( x ) Metapneumovirus aviários causam doença respiratória em perus conhecida como rinotraqueíte dos perus. 67 ( x ) Em frangos de corte a metapneumovirose pode ser caracterizada pela inflamação e edema subcutâneo, especialmente na cabeça e face. 68 ( x ) A laringotraqueíte infecciosa é causada por Gallid Herpesvirus 1, com latência e infecção vitalícia. 69 ( x ) No Brasil episódios de LT foram registrados em São Paulo (região de Bastos) e Minas Gerais (região da Serra da Mantiqueira) pelo MAPA. 70 ( x ) A laringotraqueíte infecciosa pode ser aguda e severa com hemorragias e coágulos no lúmen traqueal. 71. ( x )O diagnóstico pode ser definitivo pela demonstração com primers específicos de parte do genoma viral em PCR de GaHV-1 ou RT-PCR de Metapneumovirus aviário, e sequenciamento(s) de produto(s). 72 ( x ) Embora o diagnóstico histopatológico de LT seja patognomônico, está limitado ao curso de em torno de uma semana após o início os sinais clínicos, após o qual não é viável a confirmação por histopatologia. Achados de corpúsculos de inclusão intranucleares e sincícios de tecidos necróticos e de fragmentos traqueais são patognomônicos, mas esses achados são apenas na fase inicial da doença. ENCEFALOMIELITE AVIÁRIA 73 ( x ) A infecção atinge o sistema nervoso central em jovens. É uma doença que afeta o sistema nervoso (com ataxia e tremores) e acomete principalmente aves jovens. 74 ( x ) Os principais sinais clínicos nos jovens incluem a incoordenação motora e em adultos a queda da postura de ovos. 75 ( x ) A prevenção da doença nervosa central nos jovens tem sido por vacinação de reprodutoras e imunização passiva das progênies. 76 ( ) Os jovens devem ser vacinados no primeiro dia de idade.
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