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Dra.Débora Martins DEFESA SANITÁRIA ANIMAL 2 DEFESA SANITÁRIA ANIMAL 1. REGULAMENTO DO SERVIÇO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL 1.1 Inspeção de Portos e Postos de Fronteira 1.2 Trânsito de Animais no País 1.3 Importação e Exportação de Produtos de Origem Animal 1.4 Profilaxia das Doenças Infectocontagiosas 1.5 Assistência Veterinária 2. FEBRE AFTOSA 3. BRUCELOSE E TUBERCULOSE 4. TUBERCULOSE 5. RAIVA 6. Encefalopatia Espongiforme Bovina 7. DOENÇA EM AVES 7.1 DOENÇA DE NEWCASTLE 7.2 INFLUENZA AVIÁRIA 7.3 MICOPLASMOSE 8. SALMONELOSE 9. PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS ANIMAIS AQUÁTICO 9.1 MANCHA BRANCA DOS CAMARÕES 10. PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS CAPRINOS E OVINOS (PNSCO) 10.1 Paraplexia Enzoótica dos Ovinos (scrapie) 10.2 ARTRITE-ENCEFALITE CAPRINA 11. PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS EQUÍDEOS - PNSE 11.1 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 11.2 MORMO 12. PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE SUÍDEA 12.1 DOENÇA DE AUJESZKY 12.2 PESTE SUINA CLÁSSICA 13. ENFERMIDADES PARASITÁRIAS 13.1 HEMOPARASITOSES 13.2 COCCIDIOSES 13.3 SARCOCISTOSES 13.4 OUTROS PROTOZOÁRIOS 13.5 HELMINTOS 13.6 MÍIASES (DERMATOBIOSE) 3 SIGLAS MAPA: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. SDA: Secretaria de Defesa Agropecuária. DDA: Departamento de Defesa Animal. CLA: Coordenação de Laboratório Animal. PNSA: Programa Nacional de Sanidade Avícola, Programa estabelecido na SDA/DDA. DIPOA: Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. DFA: Delegacia Federal de Agricultura. SSA: Serviço de Sanidade Animal. SIF: Serviço de Inspeção Federal. SAR: Soroaglutinação Rápida em Placa. CPV: Coordenação de Fiscalização de Produtos Veterinários. CPS: Coordenação de Vigilância e Programas Sanitários. 4 O Decreto N° 24.548, de 3 de julho de 1934, aprova Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal. Art 1º - Fica aprovado o regulamento que com esta baixa, para execução, no país, do Serviço de Defesa Sanitária Animal. O Serviço de Defesa Sanitária Animal executará as medidas de proflaxia para preservar o país de zoonoses exóticas e combater as moléstias infectocontagiosas e parasitárias existentes no seu território. É proibida a entrada em território nacional de animais doentes, ou suspeitos de estarem com doenças direta ou indiretamente transmissíveis, mesmo estando aparentemente com boa saúde e ainda dos portadores de parasitas externos e internos cuja disseminação possa constituir ameaça aos rebanhos nacionais; ou qualquer outro material presumível veiculador de agentes etiológicos de doenças contagiosas. O Sistema Nacional de Informação Zoossanitária - SIZ é administrado pela Coordenação de Informação e Epidemiologia – CIEP, do Departamento de Saúde Animal, que gerencia os dados e informações sobre ocorrência das doenças, bem como outras informações de interesse para a saúde animal. A CIEP é responsável pelas notificações imediatas de doenças e pelos informes semestrais e anuais que são enviados pelo Brasil à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mantendo a comunicação sobre a ocorrência de doenças no país. Os principais objetivos do SIZ são coletar, consolidar, analisar e divulgar informações zoossanitárias para apoiar a elaboração, implantação, avaliação e tomada de decisões sobre estratégias e ações de vigilância, prevenção, controle e erradicação de doenças animais de relevância para a pecuária e para a saúde pública; bem como subsidiar a certificação zoossanitária nacional junto a organizações DEFESA SANITÁRIA ANIMAL 5 internacionais e países ou blocos econômicos com os quais o Brasil mantém relações comerciais. O banco de dados do SIZ baseia-se em uma lista de doenças de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial. A notificação das doenças da lista estabelecida pela Instrução Normativa MAPA nº 50 (IN 50), de 23 de setembro de 2013, é obrigatória por todos aqueles que têm conhecimento da suspeita ou de casos confirmados, conforme os critérios e fluxos estabelecidos pela IN 50. De acordo com IN 50 são doenças de notificação imediata de qualquer caso suspeito, em múltiplas espécies, as doenças: Antraz �(carbúnculo hemático); Doença de Aujeszky; Estomatite vesicular; Febre aftosa; Língua azul e Raiva. Nas Abelhas: Loque americano das abelhas melíferas e Loque europeu das abelhas melíferas. Nas Aves: Doença de Newcastle; Laringotraqueíte infecciosa aviária. Nos Bovinos e bubalinos: Encefalopatia espongiforme bovina. Nos Equídeos: Anemia infecciosa eqüina; Encefalomielite equina do leste; �Encefalomielite equina do oeste e Mormo. Nos Ovinos e caprinos e Scrapie. E nos Suínos: Peste suína clássica. Dentro desse contexto, podemos dar início AS ATIVIDADES das principais enfermidades infectocontagiosas e parasitárias, das espécies bovinas, bubalina, equina, suína, ovina, caprinos e avicultura. RESUMO DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA Doença Conceito Sinais clínicos Transmissão Coleta de amostras Diagnóstico Febre Aftosa -A febre aftosa é uma enfermidade vesicular, infectocontagiosa, com grande poder de difusão, causada por um vírus da família Picornaviridae, gênero Aphtovirus, que afeta de forma natural animais biungulados. - IN 44, de 2 de outubro de 2007, refere-se as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa. - As espécies susceptíveis a aftosa são os ruminantes domésticos (bovinos, búfalos, caprinos e ovinos) e selvagens (cervídeos, camelídeos e búfalos selvagens) e os suínos domésticos e selvagens. -Febre alta, aparecimento de vesículas e aftas na mucosa da boca e vesículas e aftas nas patas. - Em Fêmeas ocorrem aftas na glândula mamária. -Em Bezerros ocorre miocardite que causa morte súbita ou insuficiência cardíaca. -Principalmente, por via respiratória no caso de bovinos. -Sendo, a via oral especialmente importante para suínos e bezerros. -Coleta das vesículas e/ou aftas no epitélio lingual, na gengiva, espaço interdigital do casco e no úbere. - Para remeter o soro, o sangue deve ser coletado sem anticoagulante, remetido sob-refrigeração e de preferência com o coágulo já extraído. -Testes sorológicos como: ELISA e vírus neutralização para identificação do tipo de vírus. -Biologia molecular (“immunobloting”). Brucelose -A brucelose é uma zoonose de distribuição mundial causada por bactérias intracelulares facultativas pertencentes ao gênero Brucella. As brucelas resistem bem à inativação no meio ambiente. - IN sda no 10, de 3 de março de 2017 trata do Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal. -Em vacas gestantes são o aborto ou o nascimento de animais mortos ou fracos; retenção de placenta, metrite. -Nos touros a infecção se localiza principalmente nos testículos, vesículas seminais e próstata (orquite). - E a brucelose equina manifesta-se, principalmente, na forma de bursite. Os abortos não são freqüentes. -A bactéria penetra no organismo pela mucosa oral, nasofaríngea, conjuntival ou genital ou pelo contato direto com a pele. -A transmissão também, se faz por contaminação direta pelo contato com fetos abortados, placentas e descargas uterinas. A transmissão transplacentária é possível. -Normalmente os equinos se contaminam devido ao contato com bovinos ou suínos infectados. A transmissão de um eqüino As brucelas resistem bem à inativação no meio ambiente. A amostra biológica deve ser colhida por médico veterinário habilitado ou oficial. -O teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT); -Teste do 2- Mercaptoetanol (2-ME) -Teste de Polarização Fluorescente (FPA) -O teste de Fixação de Complemento -Teste do Anel em Leite (“TAL”) 7 a outro é rara. Tuberculose -A tuberculose é umadoença zoonótica causada pela bactéria Mycobacterium bovis, que provoca lesões granulomatosas, afetando as espécies bovina e bubalina. - A distribuição de tuberculinas para testes diagnósticos écontrolada pelo serviço veterinário oficial. - É uma doença de evolução lenta que acomete bovinos, bubalinos, cães, gatos e também o homem. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de lesões nodulares (caroços) que podem ser localizadas em qualquer órgão do animal. - Os sintomas aparecem no estágio final da doença. O animal sofre grande perda de peso, apresenta dificuldade respiratória, tosse seca e fraqueza geral. Os animais se contaminam principalmente pela respiração, através do contato direto ou indireto com animais doentes. A transmissão também pode se dar pela ingestão de pastagens, água e alimentos contaminados, principalmente o leite. - As amostras de origem animal para diagnóstico de tuberculose são linfonodos ou partes de órgãos e tecidos procedentes de matadouro sob inspeção sanitária e de necropsias realizadas. - Verificar presença de lesões tuberculosas nos linfonodos mesentéricos e no fígado. Inspecionar ainda os linfonodos da cabeça e os cervicais. -Para o diagnóstico indireto da tuberculose, serão utilizados testes alérgicos de tuberculinização intradérmica em bovinos e bubalinos identificados individualmente, com idade igual ou superior a seis semanas. -Teste cervical simples -Teste da prega caudal Teste cervical comparativo RAIVA -A raiva é uma enfermidade endêmica em muitas partes do mundo. Sem dúvida, o caráter de zoonose é o que mais preocupa nessa doença, já que é a zoonose fatal que mais mata em todo mundo. A raiva é causada por um vírus RNA de fita simples (ssRNA);e é uma doença aguda do Sistema Nervoso Central (SNC). -Classicamente, a raiva apresenta três fases: a prodrômica, que geralmente é a mais curta e inclui mudanças de conduta; a fase excitativa, que inclui sinais exacerbados de hiperexcitabilidade e agressividade; e a fase paralítica, que geralmente segue a anterior e cursa com paralisia progressiva. -É caracterizada, também, por inquietação, andar sem rumo, agressividade, polipnéia, salivação e convulsões. - através de mordidas -os hospedeiros mais importantes na transmissão da doença são os carnívoros e os quirópteros. -No ciclo da raiva silvestre tanto morcegos hematófagos como frutívoros e insetívoros podem atuar como vetores, embora constituam modos diferenciados de contaminação. -Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblongata. - -Corpúsculos de Negri; -- Identificação imunoquímica do antígeno viral - Isolamento viral -Técnicas de amplificação viral e reação de polimerase em cadeia (PCR) Encefalopati a Espongifor me Bovina (EEB) -Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), comumente conhecida como “doença da vaca louca”, é uma enfermidade com longo período de incubação (média de 5 anos). O agente infecciosa é denominado Prion; e a teoria mais aceita postula que este agente deriva de uma proteína normal da membrana celular sensível à protease (PrPc), que ocorre na maioria das células, mas de maneira - Bovinos afetados por EEB sofrem de degeneração progressiva do sistema nervoso central e podem apresentar alterações do temperamento, da sensibilidade e da locomoção. - Por vezes o animal apresenta ranger de dentes. Outros sintomas incluem lamber freqüente do focinho e franzir do nariz. - apresentam reação -A principal via de transmissão é através da ingestão de alimentos contendo farinhas de carne e ossos provenientes de carcaças infectadas pelo prion. - Por isso, para se evitar a doença, não se deve alimentar ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos) com produtos de origem animal. amostras do sistema nervoso central Até o momento, não existem provas disponíveis, validadas internacionalmente, para o diagnóstico da doença no animal vivo. Exame histológico seguido da técnica de imunohistoquímica 8 predominante no sistema nervoso central. - A IN nº 49, de 15 de setembro de 2008 estabelece categorias de risco para a EEB. exagerada ao toque (alteração mais comum), ao som e à luz. - as lesões microscópicas da EEB são altamente específicas: lesões degenerativas, simétricas e bilaterais e localizam-se em certas regiões da substância cinzenta do tronco encefálico. Paraplexia Enzoótica dos Ovinos -scrapie é uma enfermidade neurodegenerativa, transmissível e fatal que acomete ovinos e caprinos, pertencente ao grupo das EET. É uma doença crônica, não reconhecível facilmente nas suas fases iniciais. - O prurido é o sinal clínico dominante quando a doença está evidente. O animal coça- se contra objetos causando perda da lã e, algumas vezes, ulcerações na pele, ou morde a própria pele ou os pés. -Quando se coça, o animal responde com satisfação, apresentando um lamber dos lábios com a língua de forma bastante característica. Este sinal é um auxiliar importante no diagnóstico da doença. -Em caprinos é relatado ataxia, hiperestesia e prurido. -Microscopicamente, há vacuolização no citoplasma de neurônios e de seus prolongamentos. - a partir da placenta, cérebro e tecido linforreticular dos animais subclinicamente afetados. -Fluidos corporais como sangue, fezes, urina, sêmen e saliva não são contagiosos. -Ovinos podem contaminar-se através da pastagem, construções ou equipamentos -amostras de tecido nervoso ou linfóide -prova de imunoistoquímica (IHQ); - histopatologia Influenza Aviária Influenza Aviária é uma doença infecciosa aguda altamente contagiosa descrita em diversas espécies animais inclusive, em humanos, causado pelo vírus da influenza tipo A. São vírus RNA da família Orthomyxoviridae. - Apesar de o vírus possuir vários subtipos (16 subtipos H e 9 subtipos N), somente os subtipos H5 e H7 é que podem se tornar patogênicos. - Os vírus do grupo influenza possuem uma característica peculiar, são microrganismos cujo material genético é -O período de incubação da Influenza Aviária para o aparecimento dos sinais em aves pode variar de poucas horas até três dias. -Alterações dos sistemas digestivo, nervoso e reprodutivo com decréscimo do consumo de alimento e produtividade (ganho de peso e produção de ovos), emagrecimento, quadros respiratórios leves a quadros respiratórios graves com lacrimejamento, edema da face e cabeça, cianose, alterações nervosas e diarréias. As aves silvestres, principalmente, as aves aquáticas como os patos, marrecos, gaivotas, entre outras são o reservatório natural do vírus da gripe do frango. -As aves e as pessoas se infectam por inalação ou ingestão do vírus presente nas fezes e secreções (corrimento nasal, espirro, tosse) das aves infectadas. -Ovos contaminados são outras fontes de infecções de galinhas, principalmente nos incubatórios de pintinhos, Os tecidos recomendados para amostragem refletem o quadro clínico ou sistemas mais comumente atingidos pela infecção, principalmente sistema respiratório e digestório. - o diagnóstico presuntivo inicia com um histórico de sinais clínicos e lesões de doença respiratória e a alta mortalidade. -Diagnósticos laboratoriais: RT- PCR e RT-PCR em tempo real (“Realtime RT-PCR) 9 constituído por oito segmentos de ácidosribonucléicos (RNA), com a propriedade de se reagrupar em combinaçõespraticamente infinitas. visto que o vírus pode ficar presente de 3 a 4 dias na casca dos ovos postos por aves contaminadas. -A transmissão também se dá pelo contato com ração, água, equipamentos, veículos e roupas contaminadas. Doença de Newcastle -Newcastle disease é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, freqüentemente seguidos por manifestaçõesnervosas, diarréia e edema da cabeça. - O agente viral pertence à Família Paramyxoviridae, Gênero Avulavirus. -A forma velogênica viscerotrópica está associada a altos índices de mortalidade, apatia, debilidade, diarréia esverdeada e aquosa, edema de cabeça e pescoço e prostração. -A forma velogênica neurotrópica causa morte em grande número de aves do lote, precedida de sinais respiratórios como tosse, espirros, dispnéia, respiração acelerada, descarga nasal e ocular, seguida da manifestação de sinais nervosos. -No sistema reprodutivo pode ser observada a degeneração e flacidez dos folículos ovarianos. -Aves nativas ou aves silvestres de vida livre podem ser responsáveis pela difusão direta ou indireta de agentes infecciosos para aves comerciais susceptíveis. -A infecção pode ocorrer através da inalação ou ingestão, sendo que o vírus está presente no ar exalado pelas aves, nas fezes e em toda parte da carcaça da ave durante a infecção aguda e na morte. -Em galinhas, as lesões macroscópicas freqüentemente observadas no trato respiratório são edema, presença de catarro nos seios nasais, na região do tecido intersticial da garganta e na traquéia. Podem ser visualizadas hemorragias e ulcerações na laringe e descamação do epitélio traqueal. -A detecção direta do vírus pode ser efetuada por imunohistoquímica, imunoperoxidase e hibridização “in situ”. Apesar do vírus da Doença de Newcastle se propagar em muitos sistemas de cultura de células, a utilização de ovos embrionados de galinha é praticamente universal, para a realização do isolamento viral. -Técnicas moleculares: Hibridização de ácidos nucleicos, análise de RNA genômico viral e o uso de anticorpos antipeptídeos de regiões HN (hemaglutinina- neuraminidase) e F (proteínas de fusão) e vários tipos de PCR. - Técnicas sorológicas: a imunodifusão radial, hemólise radial, neutralização em placa e a inibição da hemaglutinação (HI). Salmonelose Salmonelose é uma doença bacteriana que afeta todas as espécies animais, mas, com maior freqüência, bovinos, equinos e suínos. É uma zoonose, e animais infectados servem de reservatório para a infecção em humanos. -A enterite aguda é a forma de salmonelose mais comum em animais adultos. -Os sinais clínicos têm aproximadamente uma semana de evolução e incluem febre, anorexia e diarréia profusa acompanhada por desidratação, toxemia e perda de peso. -Em potros pode ocorrer uma forma superaguda de salmonelose entérica com morte em 6-12 horas. -Na forma entérica crônica os animais apresentam -A infecção se dá comumente por contaminação ambiental ou alimentar. -Além das fezes, outras vias de eliminação de Salmonella spp. incluem urina, saliva e leite de bovinos afetados. -As amostras de fezes devem ser colocadas em solução tamponada de glicerina (e enviadas refrigeradas ao laboratório). -Material de órgãos deve ser remetido refrigerado ao laboratório. -Na forma entérica crônica, a bactéria pode ser isolada do conteúdo intestinal, mas geralmente está ausente dos outros órgãos. -O melhor teste diagnóstico para os casos clínicos é a cultura de fezes, mas várias repetições podem ser necessárias. -Na necropsia de animais que morreram da forma septicêmica e entérica aguda, a bactéria pode ser isolada dos linfonodos mesentéricos, conteúdo intestinal, baço, fígado e bile. -A detecção de portadores por testes sorológicos não é confiável, pois os resultados são irregulares. 10 desenvolvimento retardado, pêlos longos e arrepiados e são magros. A infecção pode se localizar em vários órgãos, causando pneumonia, meningoencefalite, abscessos cerebrais, oftalmite, poliartrite e osteomielite. Abortos podem ocorrer antes ou após o aparecimento da fase entérica. Micoplasmose -As infecções por micoplasmas, bactérias pertencentes à classe Mollicutes, família Micoplasmatales, em animais de produção, possuem importância histórica e persistem interferindo na produtividade pecuária. -Os micoplasmas são potenciais causadores de patologias no sistema respiratório, urogenital, glândula mamária, articulações, sistema nervoso e conjuntiva ocular. -Os micoplasmas são organismos que se distinguidos de outras bactérias por possuir tamanho diminuto e pela ausência total de parede celular. - IN nº 44, de 23 de agosto 2001. -Em pequenos ruminantes, os micoplasmas são associados a doenças respiratórias, mastites, artites, doenças da esfera reprodutiva e lesões oculares. - Entre as espécies de micoplasmas isoladas em amostras de bovinos, o Mycoplasma bovis, Mycoplasma bovigenitalium e Ureaplasma diversum são considerados de maior importância para as infecções do trato urogenital. -contato com secreções respiratórias, vias genitais ou inseminação com sêmen contaminado. -E um fato notório na patogenia dos micoplasmas é sua transmissão vertical. A transmissão venérea ocorre principalmente nos casos em que M. bovis, M. canadense e M. bovigenitalium estejam envolvidos. -Outro fator relacionado à disseminação da micoplasmose é a inseminação artificial. Considerando que os micoplasmas se fixam inicialmente sobre as células mucosas, é descrito que o contato com secreções de lesões ou ate mesmo a urina ou as secreções fisiológicas genitais de animais portadores representam importantes fatores de risco para a disseminação do agente. -O isolamento das diversas espécies de Micoplasma é realizado a partir de materiais como: macerado de fragmentos de tecidos lesionados (pulmão, linfonodos regionais e glâbdula mamária), obtidos de animais necropsiados; -material obtido através de swab nasal, orofaringe, vaginal e ocular; coleta de leite, sangue e urina; coleta de exudatos articulares; -material obtido de lavados bronco-alveolares e, contudo auditivo (portadores). -microscópio estereoscópico -a caracterização bioquímica das espécies é realizada por testes de sensibilidade à digitonina, fermentação da glicose, hidrólise da uréia e arginina, atividade da fosfatase e digestão da caseína, entre outros. -Alguns métodos sorológicos de identificação incluem a Imunofluorescência, Imunoperoxidase Indireta, ELISA (técnica de Dot-Immunoblotting), Fixação de Complemento (FC), Teste de aglutinação em látex (maior sensibilidade que a FC), Imunohistoquímica e Imunocitoquímica; e Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). A Síndrome do -A Síndrome do A Síndrome do -Quando no aparecimento dos -O mecanismo de entrada -Estudos têm revelado que -Os métodos de detecção 11 Vírus da Mancha Branca (WSSV) Vírus da Mancha Branca (WSSV) é extremamente virulento; e infecta tecidos de origem ecto e mesodérmica, como o epitélio cuticular, tecidos conectivos, e tecidos hematopoiéticos. - É caracterizada pela presença de inclusões brancas na cutícula e foi registrada em diferentes espécies de peneídeos. – o vírus éMembro do gênero Whispovírus da família Nimaviridae. -O genoma desse vírus consiste em uma molécula de DNA dupla fita, circular de grande tamanho e com envelope. sinais clínicos no período de 3-10 dias é relatada alta mortalidade, podendo chegar a 100%. -O camarão infectado pode desenvolver manchas brancas, variando de 0,5-2,0 mm de diâmetro na cutícula do cefalotórax ou carapaça. - Os animais podem apresentar também letargia, anorexia em alguns casos podendo apresentar coloração rosa avermelhada para marrom avermelhado. -O doença também pode apresentar a forma assintomática. do WSSV na célula hospedeira é pouco conhecido. - a migração de insetos aquáticos e outros animais, a atividade humana, o transporte de pós-larvas e adultos infectados, a importação de produtos congelados infectados e subprodutos contaminados são fontes potenciais de transmissão do vírus. para a neutralização viral devem-se abordar as proteínasdo envelope viral. -Material biológico utilizados para o diagnóstico do WSSV incluem a identificação macroscópica de pontos cuticulares brancos, observações histopatológicas - métodos moleculares. Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), Nested-PCR Artrite- encefalite caprina (CAEV) A Artrite-Encefalite caprina é uma síndrome degenerativa de desenvolvimento lento, na qual os animais adultos podem apresentar sinais clínicos de artrite, mamite e/ou pneumonia. -O vírus da artrite-encefalite caprina pertence à família Retroviridae, gênero lentivirus. Igualmente aos outros vírus da família Retroviridae, cópias de DNA, complementares ao RNA genômico do CAEV, integram-se ao genoma das células do hospedeiro. -Os sinais clínicos nos caprinos jovens com leucoencefalomielite viral são evidenciados, geralmente, entre 1-4 meses de idade. Caracterizam-se por paresia posterior e/ou ataxia. Os animais mantêm-se afebris, com o pêlo áspero e seco, entretanto, conservam o apetite, sendo que alguns podem ter corrimento nasal associado a pneumonia intersticial. -Os quadros de artrite nos animais adultos podem envolver várias articulações, sendo, entretanto, as do carpo e coxo-femural as articulações primariamente afetadas e onde as lesões são mais facilmente evidenciadas. -As características de viscosidade, cor e volume do líquido sinovial variam de acordo com o estágio da doença, havendo a predominância de células mononucleares. - A forma mais eficiente de transmissão é da cabra para o cabrito através da ingestão de leite ou colostro infectado, contudo a transmissão antes ou durante o parto já foi descrita. -A transmissão horizontal também pode ocorrer, mas somente após longos períodos de contato. A transmissão venérea ou iatrogênica pode ocorrer. -O sangue total, leite e, em caso de necropsia, (articulações, pulmão, encéfalo e glândula mamária), somente refrigerados, para isolamento viral; porções do tecido pulmonar, glândula mamária, encéfalo, medula espinhal e articulações devem ser enviadas para exame histopatológico, conservados em formalina tamponada 10%. -“índice clínico” e a pesquisa de anticorpos para lentivírus dos pequenos ruminantes (SRLV). -Manifestações clínicas como artrite, mamite, pneumonia, ou encefalite e, também, nos dados epidemiológicos. -Os testes mais utilizados são AGID e ELISA. - A PCR tem sido utilizada em alguns laboratórios de forma mais restrito, pois ainda é um teste caro. 12 -A manifestação da infecção pelo CAEV em fêmeas impúberes e adultas pode ser evidenciada, também, pela mamite ou endurecimento da glândula mamária, denominada de “indurative mastitis” ou mesmo “hard udder” Anemia Infecciosa Eqüina (EIA) -A enfermidade é, também, conhecida como febre dos pântanos ou, ainda, por malária eqüina. - Imediatamente após a infecção, o vírus replica a altos títulos, primariamente em macrófagos maduros do tecido hepático, baço, nódulos linfáticos, pulmões, rins e glândulas adrenais. -O fator mais importante que contribui para a persistência viral, provavelmente seja a habilidade do vírus em inserir uma cópia de DNA do material genético viral dentro do DNA cromossomal do hospedeiro. -síndrome febril aguda, com trombocitopenia e/ou anemia, após um período de incubação de 7-21 dias; - uma síndrome subaguda ou crônica de febre recrudescente, perda de peso, edema ventral e anemia mais severa; ou podem parecer clinicamente normais. -Cavalos severamente infectados podem desenvolver epistaxe e edema ventral e morrer durante a resposta primária. -Em poucos cavalos a enfermidade progride à forma debilitante crônica, com sinais clínicos clássicos de perda de peso, anemia, edema e, eventualmente, morte. -O vírus da EIA é transmitido entre cavalos infectados e não infectados pela transferência de sangue ou derivados sangüíneos. -A transmissão pode ocorrer, também, de forma iatrogênica, através da transfusão de sangue contaminado, pelo uso de agulhas hipodérmicas ou instrumentos cirúrgicos contaminados. -Rotas potenciais de infecção entre éguas e potros incluem a transferência transplacentária, a transmissão pelo colostro e/ou leite. -Material biológico -Pode iniciar com a suspeita clínica baseada nos sinais de febre recorrente, trombocitopenia, anemia, edema ventral eperda de peso. -A imunodifusão em gel de ágar (IDGA) ou teste de Coggins e o ELISA competitiva (cELISA). Mormo -Mormo é uma doença infectocontagiosa, quase sempre fatal, que acomete primariamente eqüídeos. -Mormo é causado por Burkholderia mallei; as bactérias atravessam a mucosa da faringe e do intestino, alcançam a via linfática e, em seguida, a corrente sangüínea, alojando-se nos capilares linfáticos dos pulmões, onde -O período de incubação pode variar de alguns dias até vários meses. -A doença se caracteriza pela presença de infecção do trato superior do aparelho respiratório e, não raramente, provoca sintomas cutâneos, como nódulos e úlceras. Nos muares e asininos, freqüentemente acometidos pela forma aguda, a doença -Em equídeos a principal via de infecção é a digestiva, através de alimentos e água contaminados. Os cavalos com infecção crônica ou latente são os que mantêm a doença em certa área geográfica e contribuem para sua disseminação. -nos exames bacteriológicos recomenda-se que o isolamento do agente em material seja coletado de nódulos recentes ou pus das úlceras -O diagnóstico baseia-se nos achados clínicos associados às informações epidemiológicas, achados anatomopatológicos e exames laboratoriais bacteriológicos que incluem inoculação em animais de laboratório, -Testes sorológicos (o teste de fixação do complemento, teste dot-ELISA), - provas moleculares 13 formam focos inflamatórios, decorrentes da ação de uma endotoxina. se inicia por febre, dispnéia inspiratória, tosse e secreção nasal catarro-purulenta, às vezes, com presença de sangue. -Na forma crônica, que é mais comum nos equinos, os doentes podem aparecer com discreto catarro nasal (freqüentemente de um lado só), fraqueza e alguns sinais de comprometimento dos pulmões e brônquios. -A forma cutânea inicia-se pelo aparecimento de nódulos endurecidos, principalmente na face medial dos membros posteriores e no costado do animal, numerosos abscessos (aspecto de “rosário). Em alguns animais observa-se apenas claudicação de um dos membros posteriores (posição-de-bailarina). -Teste alérgico pelo uso da maleína, Teste da maleína Peste Suína Clássica (PSC) -A Peste Suína Clássica (PSC), também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma enfermidade contagiosa e muitas vezes, fatal aos suínos, causada por um vírus RNA envelopado pertencente a família Flaviviridae. - se caracteriza: na forma aguda, subaguda, crônica ou clínica inaparente. Sendo que, a forma aguda se distingue por apresentar um quadro hemorrágico e elevada morbidade e mortalidade. As células que o vírus ataca, são as: células endoteliais, células linfo-reticulares, macrófagos e algumas células epiteliais específicas. -O vírus ataca o sistema linfóide, há necrose das -O período de incubação da doença é de 7 (sete) a 10 (dez) dias. -Na forma aguda os animais apresentam sinais de febre (41°C), anorexia, letargia, hiperemia multifocal, lesões hemorrágicas na pele, conjuntivite, cianose da pele (especialmente extremidades), constipação intestinal, seguida de diarreia, vômito, ataxia, paresia e convulsão. A morte deles acontece entre 5 a 14 dias depois do início da doença. -Na forma crônica da doença, apresentam prostração, apetite irregular, febre, diarreia, recuperação aparente, debilidade dos membros posteriores e morte. -forma congênita, ocorre -Suínos e javalis são os únicos reservatórios naturais do vírus da PesteSuína Clássica (PSC). -A transmissão ocorre pelo contato direto entre animais (secreções, excretas, sêmen, sangue); propagação por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e agulhas; utilização de restos de alimentos sem tratamento térmico adequado na alimentação dos animais e infecção transplacentária. - Entre as Vias de infecção estão a: ingestão, contato com conjuntivas, mucosas, lesões de pele, inseminação, penetração sangüínea percutânea. -sangue, ou suspensão de órgãos do sistema linfóide, como tonsilas, baço, linfonodos, glândulas parótidas e rins. -O diagnóstico é realizado através dos exames epidemiológicos, clínicos, lesões macroscópicos e histopatológicos, juntamente com os resultados da análise virológica e sorológica (ELISA e Neutralização viral revelada por peroxidase ou por anticorpos fluorescentes). - Em casos especialmente difíceis também podem ser utilizado, com fins diagnósticos, as inoculações experimentais. -Técnica de RT-PCR 14 tonsilas; observam-se também eritemas (regiões avermelhadas), hemorragia e cianose em animais de pele branca, geralmente nas extremidades, axilas, abdômen e face interna dos membros. tremor congênito e debilidade, retardo no crescimento e morte;e leitões clinicamente normais, porém com viremia persistente, sem resposta imunitária. -E na forma suave, as fêmeas apresentam febre, inapetência, morte, com reabsorção fetal ou fetos mumificados, natimortalidade, nascimento de leitões congenitamente infectados e aborto (pouco freqüente). Doença de Aujeszky (DA) -A Doença é infectocontagiosa causada por um herpes vírus, que provoca graves prejuízos econômicos nas criações infectadas devido à elevada mortalidade dos leitões; imunodepressão e atraso no crescimento dos porcos de engorda; perdas reprodutivas das porcas em gestação. -Morte de cães e gatos em explorações de suínos com sinais nervosos e comichão é um forte indicativo da doença de Aujeszky. -O porco é o reservatório natural da doença (na forma da doença sub-clínica, o suíno elimina continuamente o vírus). -transtornos nervosos em suídeos lactentes, respiratórios em adultos e problemas reprodutivos em fêmeas gestantes. -contato direto entre animais (secreções nasais, saliva, excretas, sangue, leite); mucosa vaginal e prepucial (monta natural); -sêmen; -via; água, ração, fômites, equipamentos e cama contaminados; infecção transplacentária; restos de partos e abortos; e propagação por pessoas e veículos. -Amostras de cérebro, baço, pulmão e fetos abortados poderão ser submetidas à tentativa de isolamento viral ou a provas moleculares. -Soro neutralização (SN); -Ensaio Imunoenzimático (ELISA triagem ou ELISA diferencial para a glicoproteína viral gE, naqueles estabelecimentos onde a vacinação é praticada) - Teste de Neutralização viral Histopatologia: para o diagnóstico diferencial. -Reação de Cadeia de Polimerase em cadeia - PCR 13 ENFERMIDADES PARASITÁRIAS Existem várias enfermidades parasitárias de importância na criação dos animais domésticos. Entre elas estão: Hemoparasitoses Anaplasmoses,Babesioses,Ehrlichioses,Tripanosomoses Equinas, Tripanosomoses Bovinas, Micoplasmoses Hemotrópicas, Hepatozoonose Canina, Cytauxzoonose Felina; Leishmanioses Leishmaniose Tegumentar Americana, Leishmaniose Visceral (Calazar); Coccidioses: Toxoplasmose, Neosporose, Sarcocistoses, Isosporoses, Eimerioses; Protozooses Trichomonose Bovina, Giardíase; Helmintoses Gastrenterites parasitárias dos Animais Domésticos, Pneumonias Verminóticas, Fasciolose, Euritrematose, Equinococose/Hidatidose,Teníase/Cisticercose, Filarioses: (Dirofilariose, Dipetalonemose, Oncocercose), Habronemose, Trichinelose; Ectoparasitoses Míiases (Dermatobiose, Gasterofilose, Oestrose, Bicheiras), Ixodidoses, Sarnas, Tungíase, Controle de Insetos (pulgas, piolhos). Parasitose Classificação do Parasita Vetor Diagnóstico Tristeza parasitária bovina - babesiose bovina, também conhecida como piroplasmose, é causada por duas espécies de hematozoários, Babesia bovis e Babesia bigemina -Anaplasmoe é causada por Anaplasma marginale -carrapato Boophilus microplus - Anaplasma marginale pode, ainda, ser transmitido mecanicamente por insetos hematófagos - Os principais sinais clínicos são hipertermia, anorexia, pelos arrepiados, taquicardia, taquipnéia, redução dos movimentos de ruminação, anemia, icterícia, abatimento, prostração, redução ou suspensão da lactação e sinais nervosos de incoordenação motora, andar cambaleante, movimentos de pedalagem; e agressividade, característicos na babesiose por Babesia bovis, devido às lesões cerebrais. Eimeriose Eimeria como Eimeria acervulina, Eimeria brunetti, Eimeria maxima, Eimeria mitis, Eimeria necatrix, Eimeria praecox e Eimeria tenella - o ciclo de vida das Eimerias é de quatro a sete dias, sendo que a propagação é por meio das fezes, cama, poeira, insetos (Alphytobius spp.), moscas e outros fômites. - Todas as fases celulares do ciclo destroem uma célula intestinal, resultando em 2.048 células destruídas para cada oocisto que for ingerido. - O diagnóstico da Eimeriose nas granjas pode ser feito por pesquisa de oocistos na cama e necropsia das aves para observação de lesões na mucosa intestinal. Sarcocistoses - infeção entérica por S. hominis ou S. suihominis -os hospedeiros definitivos (homens, cães e gatos) adquirem a doença. Os hospedeiros intermediários adquirem o parasito ao ingerir esporocistos que são eliminados nas fezes dos hospedeiros definitivos. -Entre os sinais estão febre, anorexia, prostaçao, palidez das mucosas, corrimento nasal e ocular, salivação, podendo causar a morte. Estes sintomas constumam ser mais graves em pacientes imunocomprometidos. -O diagnóstico é dado com a análise dos sintomas e a demonstração histológica de esquizontes nos vasos sanguíneos e órgãos e da presença de cistos nos músculos à necropsia ou biópsia. - No sentido de se proceder à confirmação do diagnóstico nos doentes com um quadro clínico e epidemiológico suspeito, estão disponíveis os métodos histológicos, serológico e molecular. Tricomonose Tritrichomonas foetus -A infecção no macho é assintomática. -Na fêmea, a infecção causa, além de repetições irregulares de cio com intervalos aumentados, vaginite, cervicite, endometrite, piometra, morte embrionária ou fetal, feto macerado e aborto. O diagnóstico baseia-se no isolamento e identificação do T. foetus em material prepucial e vaginal ou em fetos abortados e suas membranas fetais. Nos touros, o material de eleição é o esmegma prepucial ou lavado prepucial e, nas fêmeas, o muco vaginal. Helmintos -Platelmintos (Hymenolepis nana, Taenia solium Taenia saginata e Schistosoma mansoni). -Nematelmintos (Ascaris lumbricoides; Enterobius vermicularis; Trichuris trichiura; Ancylostoma duodenale; Necator americanus; e Strongyloides stercoralis). -Os nemaltemintos são, em geral, geo- helmintos, e os platelmintos, bio-helmintos. - Os Bio-helmintos são aqueles cujo ciclo evolutivo exige habitualmente a participação seqüencial de um ou mais hospedeiros além do homem. -Geo-helmintos são aqueles cujo ciclo evolutivo, em parte, pode ocorrer no solo (que é a fonte de infecção, contendo larvas infectantes ou ovos), prescindindo de outro hospedeiro além do homem. - ancilostomíase é uma doença popularmente - exames parasitológicos de fezes - técnica de Kato-Katz - métodos imunológicos 17 conhecido como “amarelão” (N. americanus e A. duodenale). - Na maioria das vezes, as pessoas com geo- helmintíases são assintomáticas. - O homem adquire a ascaridíase e a tricuríase mediante ingestão de ovos embrionados presentes em alimentos crus mal lavados ou pela ingestão de água contaminada, não tratada ou não fltrada. -Hábitos inadequadosde higiene, como não lavar as mãos após utilizar instalações sanitárias, antes da alimentação ou da manipulação de alimentos, constituem importantes formas de contaminação. - A investigação de causas de hemorragicas digestiva intensa deve sempre incluir a possibilidade de esquistossomose mansônica. Míiases Dermatobia hominis -mosca-dos-chifre, mosca-dos-estábulos e até mesmo mosquitos. -Envolvendo grandes perdas no desempenho dos animais infestados, que tem sua produção de carne e leite diminuída, e desvalorização comercial de peles ou couros. -Em zonas de alta infestação por D. hominis, diversas espécies domésticas e silvestres podem se apresentar portadoras de dermatobiose, inclusive o homem. As larvas de primeiro instar (L1) se estabelecem no tecido cutâneo, onde iniciam o desenvolvimento larval que dura de 29 a 45 dias. A presença da larva no tecido cutâneo leva a formação de uma lesão nodular furunculosa, que apresenta um orifício (fístula) utilizado para respiração do parasita. LISTA DE QUESTÕES 1. (MÉDICO VETERINÁRIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO VELHO – CONSULPLAN/2012) Sobre a tuberculose bovina, analise. I. A principal porta de entrada do M. bovis é a via respiratória. II. A transmissão, em aproximadamente 90% dos casos, ocorre pelainalação de aerossóis contaminados com o microrganismo. III. O trato digestivo é a porta de entrada da tuberculose bovina, principalmente em bezerros alimentados com leite proveniente de vacascom mastite tuberculosa. IV. O trato digestivo é a porta de entrada da tuberculose bovina emanimais que ingerem água ou forragens contaminadas.Estão corretas apenas as afirmativas: A) I, III B) I, II, III, IV C) II, IV D) I, II, III E) II, III Conforme vimos, a Tuberculose possui como principal forma de transmissão nos animais a via respiratória: por meio da inalação de aerossóis contaminados com o microrganismo. Outra forma de transmissão é pela via digestiva, através da ingestão de água, pastagem, forragens e alimentos contaminados. Assim, a resposta correta é a letra “B”. 2. (MÉDICO VETERINÁRIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO VELHO – CONSULPLAN/2012) Embora inequivocamente, a B. abortus seja a responsável pela grande maioria das infecções dos bovinos e bubalinos. Os bovinos também são suscetíveis à: A) B. ovis e B. melitensis. B) B. suis e B. canis. C) B. suis e B. ovis. D) B. suis e B. canise. E) B. suis e B. melitensis. Vimos em aula quais as espécies de Brucella acometem os animais: Caprinos e ovinos: Brucella melitensis; Bovinos e bubalinos: Brucella abortus; Suídeos, lebres, renas, roedores: Brucella suis; Rato do deserto: Brucella neotomae; Caninos: Brucella canis; Ovinos: Brucella ovis; Cetáceos: Brucella ceti; Pinípedes: Brucella pinnipedialis ; Camundongo do campo: Brucella microti. Além disso, vimos que seis espécies podem ser definidas pelas características bioquímicas, sorológicas e pela sensibilidade a bacteriófagos: Brucella abortus, B. canis, B. melitensis, B. neotomae, B. ovis e B. suis. As Cepas de B. abortus, B. melitensis e B. suis apresentam algumas diferenças que as subdividem em grupos fenotípicos chamados biovares. E pelo fato de cada espécie possuir um hospedeiro preferencial, mas não exclusivo; os bovinos são também suscetíveis à B. suis e B. melitensis. Resposta letra “E”. 19 3. (ADAGRO-FUNCAB/2010) Considerando a epidemiologia da Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB, e a necessidade de manutenção da situação sanitária do Brasil em relação a essa doença, foi decretada a proibição em todo o território nacional da produção, da comercialização e da utilização de produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal. Inclui-se nesta proibição: A) leite e produtos lácteos. B) farinha de ossos calcinados. C) gelatina. D) cama de aviário. E) colágeno. Aprendemos que a principal via de transmissão da EEB é através da ingestão de alimentos contendo farinhas de carne e ossos provenientes de carcaças infectadas. Por isso, para se evitar a doença, não se deve alimentar ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos) com produtos de origem animal. Neste item destacamos a importância de não utilizar a cama de aviário e dejetos de suínos como alimento para ruminantes, pois a ração desses animais recebe proteína de origem animal, e os restos dessas rações juntamente com as partículas não digeridas que saem nas fezes, podem veicular o agente da EEB, caso presente. Essas espécies (suínos e aves) são naturalmente refratárias à doença da vaca louca. A letra correta então, será a “D”. 4. (MÉDICO VETERINÁRIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO – CONSULPLAN/2010) A transmissão da Tuberculose de um animal doente para o homem é preferencialmente realizada através de: A) Leite cru, carne crua, aerossóis. B) Fezes, urina, aerossóis. C) Leite cru, urina, aerossóis. D) Leite cru, carne crua, urina. E) Fezes, carne crua, aerossóis As formas de transmissão da Tuberculose aos seres humanos incluem: Contato direto com materiais contaminados (tratadores de animais etrabalhadores de frigoríficos), aerossóis contaminados, ou por ingestãode alimentos contaminados (principalmente leite e derivados lácteos nãopasteurizados). Resposta letra “A”. 5. (MÉDICO VETERINÁRIO - PREFEITURA ITABAIANA –CONSULPLAN/2010) Sobre a brucelose, é correto afirmar que: A. Os caprinos e ovinos se infectam pela Brucella melitensis. B. O homem pode adquirir a doença por meio da ingestão de alimentos contaminados, principalmente da carne de origem animal, como também por inalação de aerossóis infectantes. C. O cão pode apresentar a B. abortus, B. suis e a B. melitensis. A principal forma de contágio é a ingestão de materiais contaminados, especialmente fetos e leite. D. Pode-se utilizar a placenta como material a ser enviado para o laboratório. E. Todas as alternativas anteriores estão corretas. Vimos que Caprinos e ovinos são infectados por Brucella melitensis . Além disso, a brucelose no homem é de caráter principalmente profissional, estando mais sujeitos 20 a infectar as pessoas que trabalham diretamente com os animais infectados (tratadores, proprietários, veterinários) ou aqueles que trabalham com produtos de origem animal (funcionários de matadouros, laboratoristas). Nos cães, a doença tem como principal agente etiológico a Brucella canis, porém há relatos de infecção por Brucella abortus, Brucella suis e Brucella melitensis. Assim a resposta correta é a letra “E”. 6. (MÉDICO VETERINÁRIO - PREFEITURA GUAXUPÉ –CONSULPLAN/2010) Caprino, bovino, suíno são hospedeiros de eleiçãoda: A. Brucella melitensis, Brucella suis, Brucella abortus. B. Brucella abortus, Brucella melitensis, Brucella suis. C. Brucella melitensis, Brucella abortus, Brucella suis. D. Brucella abortus, Brucella ovis, Brucella suis. E. Brucella melitensis, Brucella ovis, Brucella suis. Vamos relembrar os hospedeiros de eleição das diferentes espécies de Brucella: Caprinos e ovinos: Brucella melitensis; Bovinos e bubalinos: Brucella abortus; Suídeos, lebres, renas, roedores: Brucella suis; Rato do deserto: Brucella neotomae; Caninos: Brucella canis; Ovinos: Brucella ovis; Cetáceos: Brucella ceti; Pinípedes: Brucella pinnipedialis e Camundongo do campo: Brucella microti. Resposta letra “C”. 7. (ADAGRO-FUNCAB/2010) A síndrome Artrite-Encefalite Caprina (CAE), trata-se de uma doença multissistêmica crônica dos caprinos causada por um vírus pertencente à família: A. Retroviridae B. Reoviridae C. Picornaviridae D. Poxviridae E. Rhabdoviridae A artrite-encefalite caprina é uma síndrome degenerativa de desenvolvimento lento, na qual os animais adultos podem apresentar sinais clínicos de artrite, mamite e/ou pneumonia. O vírus da artrite-encefalite caprina pertence à família Retroviridae, gênero lentivirus. . Igualmente aos outros vírusda família Retroviridae, cópias de DNA, complementares ao RNA genômico do CAEV, integram-se ao genoma das células do hospedeiro. Resposta correta é a letra “A”. 8. (MÉDICO VETERINÁRIO - PREFEITURA CARATINGA –CONSULPLAN/2005) Sobre outras Zoonoses, está INCORRETA a assertiva: A) A leptospirose humana é endêmica nos principais centros urbanos, ocorrendo picos sazonais em épocas de inundações. B) A hidatidose humana é um problema concentrado principalmente noextremo sul do país. C) A Brucelose em animais é uma doença de baixa prevalência, emborase estime que em grandes rebanhos de bacias leiteiras a incidência seja mediana. D) A Brucelose humana é doença de notificação obrigatória no Brasil. E) Os acidentes ofídicos são objeto de ações preventivas coordenadas. 21 A Brucelose nos animais é uma doença de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial. Nesse endereço eletrônico a seguir tem a lista completa de todas as doenças de notificação obrigatória: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/arquivos-das- publicacoesde-saude-animal/Listadedoencasanimaisdenotificacaoobrigatoria.pdf. E realmente, a leptospirose é uma doença infecciosa sistêmica, aguda, febril, causada por espiroquetas do gênero Leptospira. No Brasil, a leptospirose é considerada uma doença endêmica e constitui um sério risco à saúde pública. Assim, a resposta para essa questão é a letra “D”. 9. (ADAGRO-FUNCAB/2010) Considerando a importância econômica da suinocultura e a necessidade de evitar a disseminação de doenças e assegurar níveis desejáveis de produtividade, foi estabelecida a certificação de granjas de reprodutores suídeos (GRSCs), conforme a Instrução Normativa nº 19, de 15 de fevereiro de 2002. Para a certificação de uma granja é necessário que esta atenda às condições estabelecidas na legislação, que inclui fatores relacionados à biossegurança e à sanidade dos rebanhos. Sobre este assunto é correto afirmar que: A. são necessários três exames negativos para as seguintes doenças: peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, leptospirose e sarna, com intervalo de 2 a 3 meses. B. é necessário um exame negativo para as seguintes doenças: peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, leptospirose e sarna, com intervalo de 2 a 3 meses. C. são necessários quatro exames negativos para as seguintes doenças: peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, leptospirose e sarna, com intervalo de 2 a 3 meses. D. são necessários cinco exames negativos para as seguintes doenças: peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, leptospirose e sarna, com intervalo de 2 a 3 meses. E. são necessários dois exames negativos para as seguintes doenças: peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, leptospirose e sarna, com intervalo de 2 a 3 meses. A Instrução Normativa nº 19, de 15 de fevereiro de 2002, considerando a importância econômica da suinocultura, estabelece a necessidade de toda granja de suídeos ser livre de peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, sarna e livre ou controlada para leptospirose. E que só serão certificadas após a realização de dois testes negativos consecutivos com intervalo de dois a três meses, para todas as doenças previstas nesta Instrução, exceto para sarna. Diante desse contexto, escolhemos a letra “E”. 10. (ADAGRO-FUNCAB/2010) O diagnóstico da tuberculose bovina pode ser efetuado por métodos diretos e indiretos. Os diretos envolvem a detecção e identificação do agente etiológico no material biológico. Os indiretos pesquisam uma resposta imunológica do hospedeiro ao agente etiológico, que pode ser humoral (produção de anticorpos circulantes) ou celular (mediada por linfócitos e macrófagos). Assinale a alternativa correta a respeito dos métodos de diagnóstico da tuberculose bovina. A. A tuberculinização é uma medida da imunidade celular contra por uma reação de hipersensibilidade retardada (tipo IV). B. As lesões provocadas pelo são patognomônicas da tuberculose bovina. 22 C. Amostras frescas podem ser fixadas em lâmina e coradas pelo método de Ziehl-Neelsen que é um método de alta sensibilidade e permite a identificação de espécie. D. O teste da prega caudal é o método de execução mais simples e prático, é admitido para utilização de rotina, exclusivamente em estabelecimentos de criação especializados na pecuária leiteira. E. A sensibilidade do teste cervical simples é maior do que a do teste da prega da cauda. Para o diagnóstico indireto da tuberculose, serão utilizados testes alérgicos de tuberculinização intradérmica em bovinos e bubalinos identificados individualmente, com idade igual ou superior a seis semanas. Os testes de rotina para o diagnóstico de tuberculose são o teste cervical simples, o teste da prega caudal e o teste cervical comparativo, sendo que o último também é utilizado como teste confirmatório. O Teste Cervical Simples deve ser realizado observando-se as seguintes condições e critérios: ser realizado com inoculação intradérmica de tuberculina PPD bovina, na dosagem de 0,1 mL, na região cervical ou na região escapular de bovinos, devendo a inoculação ser efetuada de um mesmo lado de todos os animais do estabelecimento de criação. O local da inoculação será demarcado por tricotomia e a espessura da dobra da pele medida com cutímetro antes da inoculação. E o Teste da Prega Caudal pode ser utilizado como teste de rotina exclusivamente na pecuária de corte, observando-se as seguintes condições e critérios: a tuberculina (PPD) bovina será inoculada por via intradérmica na dosagem de 0,1 mL, seis a dez centímetros da base da cauda, na junção das peles pilosa e glabra, devendo a inoculação ser efetuada de um mesmo lado da prega caudal de todos os animais do estabelecimento de criação; a leitura e interpretação dos resultados serão realizadas setenta e duas horas, após a inoculação da tuberculina. O Teste Cervical Comparativo pode ser utilizado como teste de rotina ou como teste confirmatório em animais reagentes ao teste cervical simples ou ao teste da prega caudal. Dentro desse contexto, a letra “A” é a correta. 11. (ADAGRO-FUNCAB/2010) Desde 1966, o Ministério da Agricultura, por meio da Divisão de Defesa Sanitária Animal, instituiu o Plano de Combate à Raiva dos Herbívoros, que atualmente se denomina Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), executado pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). À respeito da “raiva” é correto afirmar que: A) é uma doença crônica do Sistema Nervoso Central (SNC) que pode acometer todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. B) a inoculação das partículas de vírus da raiva no organismo de um animal suscetível ocorre por ingestão de leite contaminado ou contato com fezes e sangue contaminados. C) as técnicas de diagnóstico são aplicadas preferencialmente nos tecidos removidos do SNC; fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblongata são tidos tradicionalmente como materiais de escolha. D) no Brasil, a raiva pode ser considerada epidêmica. E) alguns países da Europa (França, Inglaterra) e da América do Norte (EUA e Canadá) encontram-se livres da doença. A raiva é uma enfermidade endêmica em muitas partes do mundo. Sem dúvida, o caráter de zoonose é o que mais preocupa nessa doença, já que é a zoonose fatal que mais mata em todo mundo. A raiva afeta animais de sangue quente de todas as idades. A doença acomete o homem e quase todas as espécies de mamíferos 23 domésticos e silvestres. E onde a doença não é controlada, como ocorre na maioria dos países dos continentes africano, asiático e latino-americano, o vírus é mantido por várias espécies de animais domésticos e silvestres. Não existe, até o momento,um teste diagnóstico laboratorial conclusivo antes da morte do animal doente que expresse resultados absolutos. No entanto, existem procedimentos laboratoriais padronizados internacionalmente, para amostras obtidas post mortem de animais ou humanos suspeitos de raiva. As técnicas laboratoriais são aplicadas preferencialmente nos tecidos removidos do Sistema Nervoso Central-SNC. Amostras de fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblongata são tidos tradicionalmente como materiais de escolha. O diagnóstico laboratorial pode ser realizado utilizando principalmente dois tipos de procedimentos de rotina: Identificação imunoquímica do antígeno viral e Isolamento viral. Assim, a resposta certa é a letra “C”. 12. (ADAGRO-FUNCAB/2010) Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis – (EET), são doenças neurodegenerativas que acometem gravemente toda a estrutura do sistema nervoso central. Estas encefalopatias são causadas pelo acúmulo de uma proteína anormal, que se origina a partir de uma alteração de uma proteína normal do hospedeiro. É considerada espécie refratária a EET: A. ovina. B. aves. C. felina. D. caprina. E. bovina. Como vimos, a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), comumente conhecida como “doença da vaca louca” (como já foi dito), é uma enfermidade degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos, com longo período de incubação (média de 5 anos), caracterizada clinicamente por nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção. A EEB é uma das doenças do grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis – EET; sendo suínos e aves naturalmente refratárias à “doença da vaca louca”. Portanto ave é a espécie refratária nessa questão. 13. (ADAGRO-FUNCAB/2010) O vírus da mancha-branca é uma séria ameaça à indústria camaroeira por infestar e levar à morte várias espécies de crustáceos. Sobre a doença mancha-branca é correto afirmar que: A. o vírus permanece ativo em produtos congelados. B. afeta a saúde humana. C. não afeta as larvas de insetos aquáticos. D. possui número restrito de hospedeiros. E. encontra-se presente somente nos países asiáticos. Camarões infectados apresentam redução no consumo de alimento, letargia, anorexia, coloração avermelhada nos apêndices ou mesmo no corpo. A taxa de mortalidade é muito alta, podendo alcançar 100%, após 3 a 10 dias do aparecimento dos sinais clínicos e, ao contrário da maioria dos vírus, possui afinidade indiscriminada por uma grande variedade de crustáceos. O Vírus da Mancha Branca (WSSV) pode infectar diferentes espécies de crustáceos de água doce e marinho incluindo caranguejos e lagostas, copépodos e siris. O vírus também foi detectado em amostras de solo dos viveiros de cultivo, mesmo após 10 meses de estocagem. A prevenção contra o WSSV é de fundamental importância para a sustentabilidade da carcinicultura. Estudos em relação à transmissão do vírus têm demonstrado que a 24 migração de insetos aquáticos e outros animais, a atividade humana, o transporte de pós-larvas e adultos infectados, a importação de produtos congelados infectados e subprodutos contaminados são fontes potenciais de transmissão do vírus podem funcionar como transmissores, promovendo a dispersão do vírus. Assim, a resposta certa é a letra “A”. 14. (ADAGRO-FUNCAB/2010) Sobre a Anemia Infecciosa Equina é correto afirmar que: A. o desenvolvimento dos sinais clínicos da doença ocorrem em torno de 12 horas após a exposição. B. os insetos hematófagos de maior tamanho, particularmente os tabanídeos (mutucas), são considerados os vetores de menor importância. C. a sua transmissão pode ser vertical ou horizontal. D. é uma afecção cosmopolita dos equinos, causada por um RNA vírus do gênero . E. na forma aguda observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Cavalos severamente infectados podem desenvolver epistaxe e edema ventral e morrer durante a resposta primária. O fator mais importante que contribui para a persistência viral, provavelmente seja a habilidade do vírus em inserir uma cópia de DNA do material genético viral dentro do DNA cromossomal do hospedeiro. A grande maioria dos equinos recupera-se espontaneamente da viremia inicial, num período de diversos dias, e parecem clinicamente normais por um variável período de tempo (dias até semanas) e, então, experimentam episódios recorrentes de febre, trombocitopenia e depressão. O vírus da EIA é transmitido entre cavalos infectados e não infectados pela transferência de sangue ou derivados sangüíneos. Rotas potenciais de infecção entre éguas e potros incluem a transferência transplacentária, a transmissão pelo colostro e/ou leite (vertical). A freqüência e severidade dos episódios febris decrescem com o passar do tempo, com muitos episódios clínicos ocorrendo durante os 12 primeiros meses após a infecção. Muitos equinos, eventualmente, param de ter episódios clínicos de febre e viremia, tornando-se portadores inaparentes do vírus. Em poucos cavalos a enfermidade progride à forma debilitante crônica, com sinais clínicos clássicos de perda de peso, anemia, edema e, eventualmente, morte. Então, escolheremos a letra “C”. 15. A lista de Doenças de Notificação Obrigatória na Pecuária se encontra na Instrução Normativa (IN): A. IN nº 46/2007 B. IN nº 50/2013 C. IN nº 44/2007 D. IN nº 48/2008 O banco de dados do Sistema Nacional de Informação Zoossanitária-SIZ baseia-se em uma lista de doenças de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial. A notificação das doenças da lista estabelecida pela Instrução Normativa MAPA nº 50, de 23 de setembro de 2013, é obrigatória por todos aqueles que têm conhecimento da suspeita ou de casos confirmados, conforme os critérios e fluxos estabelecidos nesta normativa. A resposta correta é a letra “B”. 25 16. A Instrução Normativa que se refere as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa é: A. IN 10/2017 B. IN 50/2013 C. IN44/2007 D. IN 48/2008 Recordando, vimos que a Instrução Normativa No 44, de 2 de outubro de 2007, refere-se as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa,anexos, a serem observados em todo o Território Nacional, com vistas à implementação do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), conforme o estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. Já, a Instrução Normativa sda no 10, de 3 de março de 2017 trata do Regulamento Técnico do associados a Brucelose e a Tuberculose Animal. E a Instrução Normativa nº 49, de 15 de setembro de 2008 estabelece as categorias de risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). Assim, a resposta correta é a letra “C”. 17. Enfermidade vesicular, infectocontagiosa, com grande poder de difusão, causada por um vírus da família Picornaviridae, gênero Aphtovirus, que afeta de forma natural animais biungulados, refere-se a qual doença: A. Febre Aftosa B. Estomatite vesicular C. Brucelose D. Tuberculose Vimos essa descrição quando estudamos a febre aftosa. É uma enfermidade causada pelo vírus da família Picornaviridae, gênero Aphtovirus, que afeta de forma natural animais biungulados. Existem 7 sorotipos do vírus: O, A e C, que ocorrem na América do Sul; SAT1, SAT2 e SAT3, que ocorrem no Continente Africano; e ASIA1, que ocorre no Oriente Médio e Extremo Oriente.Todos os sorotipos possuem uma variedade grande de subtipos e amostras, o que cria dificuldades para o controle e erradicação da enfermidade. Opção correta, letra “A”. 18. (ADAGRO-FUNCAB/2010) Com relação à vacinação contra brucelose, a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária – ADAGRO determina que: A. é obrigatória a marcação das fêmeas vacinadas utilizando ferro candente, no lado esquerdo da paleta, com um “V”, acompanhado do algarismo final do ano da vacinação. B. é obrigatóriaa marcação das fêmeas vacinadas utilizando ferro candente, no lado direito da paleta, com um “V”, acompanhado do algarismo final do ano da vacinação. C. é obrigatória a marcação das fêmeas vacinadas utilizando ferro candente, no lado esquerdo da cara, com um “V”, acompanhado do algarismo final do ano da vacinação. D. é obrigatória a marcação das fêmeas vacinadas utilizando ferro candente, no lado direito da cara, com um “V”, acompanhado do algarismo final do ano da vacinação. E. a marcação das fêmeas vacinadas através da utilização de ferro candente é facultativa. 26 Pela legislação Federal, a vacinação dos bovinos é recomendada, em dose única, somente nas fêmeas com idade entre 3-8 meses. É obrigatória a vacinação de todas as fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa etária de três a oito meses, utilizando-se dose única de vacina viva liofilizada, elaborada com amostra 19 de Brucella abortus (B19). Sendo que, a utilização da vacina B19 poderá ser substituída pela vacina contra brucelose não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, amostra RB51, na espécie bovina. A marcação das fêmeas vacinadas entre três e oito meses de idade é obrigatória, utilizando-se ferro candente ou nitrogênio líquido, no lado esquerdo da cara. Portanto, as fêmeas vacinadas com a vacina B19 deverão ser marcadas com o algarismo final do ano de vacinação; fêmeas vacinadas com a amostra RB51 deverão ser marcadas com a letra V. Outras formas de marcação poderão vir a ser utilizadas, após aprovação e nas condições estabelecidas pelo MAPA e excluem-se da obrigatoriedade de marcação as fêmeas destinadas ao Registro Genealógico, quando devidamente identificadas, e as fêmeas identificadas individualmente por meio de sistema padronizado pelo serviço veterinário estadual e aprovado pelo Departamento de Saúde Animal (DAS). Assim, podemos ter certeza que a opção correta é a letra “C”. 19. As medidas compulsórias do PNCEBT consistem: a) certificação de propriedades livres de brucelose ou de febre amarela b) vacinação de bezerras entre os 3 e 8 meses de idade contra a brucelose c) certificação de propriedades livres de brucelose ou de febre amarela d) estudos de caracterização epidemiológica padronizados Vimos, que as medidas compulsórias do PNCEBT consistem na vacinação de bezerras entre os 3 e 8 meses de idade contra a brucelose e o controle do trânsito de animais, já as voluntárias consistem na certificação de propriedades livres de brucelose ou de tuberculose. Opção B. 20. São métodos para eliminar a bactéria da Brucelose no leite. A. pasteurização, os métodos de esterilização a altas temperaturas e filtração B. pasteurização, decantação e a fervura C. pasteurização, os métodos congelamento e a fervura D. pasteurização, os métodos de esterilização a altas temperaturas e a fervura No leite e produtos lácteos sua sobrevivência depende da quantidade de água, temperatura, pH e presença de outros microorganismos. Quando em baixa concentração, as bactérias são facilmente destruídas pelo calor. A pasteurização, os métodos de esterilização a altas temperaturas e a fervura eliminam-as. Em produtos não pasteurizados elas podem persistir durante vários meses. Opção correta letra “D“. 21. Zoonose fatal que mais mata em todo mundo. Só nas atividades pecuárias as perdas diretas e indiretas somariam algo em torno de 44 milhões de dólares por ano. a) Brucelose b) Raiva c) Febre Aftosa d) Tuberculose 27 A raiva é uma enfermidade endêmica em muitas partes do mundo. Sem dúvida, o caráter de zoonose é o que mais preocupa nessa doença, já que é a zoonose fatal que mais mata em todo mundo. A mortalidade mundial estimada é de 40.000- 100.000 humanos/ano e de cerca de 50.000 cabeças de bovinos. Só nas atividades pecuárias as perdas diretas e indiretas somariam algo em torno de 44 milhões de dólares por ano. Já, a brucelose, causada pela Brucella abortus, e a tuberculose, causada pelo Mycobacterium bovis, vem sendo registradas em todo território nacional, conforme verificado em estudos de caracterização epidemiológica padronizados realizados em diversos estados do país. Essas enfermidades possuem Programa Nacional de Controle e Erradicação (PNCEBT) que consistem na vacinação de bezerras entre os 3 e 8 meses de idade contra a brucelose e o controle do trânsito de animais, já as medidas voluntárias consistem na certificação de propriedades livres de brucelose ou de tuberculose. A febre aftosa é uma enfermidade vesicular, infectocontagiosa, com grande poder de difusão; também possui uma legislação de combate no Brasil, numa visão ampliada, envolve questões relacionadas a enfermidades dos animais, saúde pública e controle dos riscos em toda a cadeia alimentar; procurando assegurar a oferta de alimentos sem riscos e bem estar animal. Concluímos assim, que a opção correta é a letra “B”. 22. A família Rhabdoviridae está subdividida em dois subgrupos de vírus de plantas, um grupo de vírus de peixes e três grupos de vírus de mamíferos. Sobre esse último subgrupo marque verdadeiro (V) ou Falso(F). I. Vesiculovirus, relacionado com doença vesicular em animais da ordem Chiroptera II. Ephemerovirus, relacionado com a febre efêmera dos bovinos. III. Lyssavirus, relacionado com encefalomielite fatal em suínos. IV. Rhabdoviridae relacionado com encefalomielite fatal em mamíferos. A. F-V-V-F B. F-V-F-F C. F-V-F-F D. V-V-V-F A família Rhabdoviridae está subdividida em dois subgrupos de vírus de plantas, um grupo de vírus de peixes e três grupos de vírus de mamíferos. Este último correspondendo aos gêneros: Vesiculovirus, relacionado com doença vesicular em animais; Ephemerovirus, relacionado com a febre efêmera dos bovinos; e Lyssavirus, relacionado com encefalomielite fatal em mamíferos (na atualidade, os vírus do gênero Lyssavirus estão compreendidos em sete genótipos, conforme a resolução do Comitê Internacional sobre Taxonomia de Vírus (ICTV), havendo sido proposto um oitavo genótipo). Opção “C”. 28 23. A Instrução Normativa que aprovar os Procedimentos para a Atuação em Caso de Suspeita ou Ocorrência de Paraplexia Enzoótica dos Ovinos (scrapie) é: A. IN nº 15/2008 B. IN nº 25/2016 C. IN 3 nº 9/1999 D. IN nº 6/2018 A Instrução Normativa nº 15, de 2 de abril de 2008, aprovar os Procedimentos para a Atuação em Caso de Suspeita ou Ocorrência de Paraplexia Enzoótica dos Ovinos (scrapie). Opção A. 24. O habitat natural das salmonelas pode ser dividido em três categorias, com base na especificidade do hospedeiro e padrão clínico. Marque a opção incorreta sobre as salmonelas. A. O hospedeiro da S. Dublin são os bovinos. B. Os suínos são os hospedeiros das salmonelas: S. Choleraesuis e S. Typhisuis C. O hospedeiro da salmonelas zoonóticas são tanto homens, quanto animais. D. O hospedeiro das S. Pullorum e S. angonaaS. Abortusequi são os equinos. O habitat natural das salmonelas pode ser dividido em três categorias, com base na especificidade do hospedeiro e padrão clínico por ele determinado: altamente adaptadas ao homem, incluindo S. Typhi e S. Paratyphi A, B e C, agentes da febre entérica (febres tifoide e paratifoide). Altamente adaptadas aos animais, representadas por S. Dublin (bovinos), S. Choleraesuis e S. Typhisuis (suínos), S. Abortusequi (equinos), S. Pullorum e S. Gallinarum (aves), responsáveis pelo paratifo dos animais. Entretanto, em determinadas situações (idade jovem, pacientes com doenças crônicas, idosos, imunocomprometidos), os sorovares S. Dublin e S. Choleraesuis podem determinar no homem um quadro septicêmico, isto é, mais grave do que o causado por S. Typhi. A terceira categoria inclui a maioria dos sorovares que atingem indiferentemente o homem e os animais, designadas salmonelas zoonóticas. Outros relatos mostramue os sorotipos isolados com maior freqüência das espécies dos animais doméstica são: S. typhimurium (em bovinos, equinose ovinos), S. Dublin (em bovinos e ovinos), S. anatum (em equinos e ovinos), S. newport, S. enteritidis, S. heildeberg, S. arizona, S. angona (em equinos). Nossa escolha é a letra “D”. 25. .Marque a opção incorreta. A. Entre as espécies de micoplasmas isoladas em amostras de bovinos, o Mycoplasma bovis, Mycoplasma bovigenitalium e Ureaplasma diversum são considerados de maior importância para as infecções do trato urogenital. B. Salmonelas dublin é adaptada em bovinos, que podem agir como reservatório para surtos. A excreção continuada do organismo pode ocorrer por anos após a exposição. C. Os crustáceos são animais aquáticos que incluem, entre outras espécies, camarões, caranguejos, caranguejos de rio, lagostim, siri, isópodes, ostracódios e anfípodes. Sendo a Síndrome do Vírus da Mancha Branca (WSSV) presente apenas em camarões. D. O vírus da artrite-encefalite caprina (CAEV) e o Maedi-Visna Vírus (MVV) são referidos, também, como SRLV (lentivírus dos pequenos ruminantes). 29 Aprendemos que, o Vírus da Mancha Branca (WSSV) pode infectar diferentes espécies de crustáceos não estando presente apenas em camarão, mas também ocorre em outros crustáceos de água doce e marinho incluindo caranguejos e lagostas, copépodos e siris. O vírus também foi detectado em amostras de solo dos viveiros de cultivo, mesmo após 10 meses de estocagem. Outros artrópodes não crustáceos, como insetos e outros animais podem acumular altas concentrações de partículas virais viáveis, apesar de não existirem ainda evidências da replicação do WSSV nestes organismos. E assim, chegamos na letra “C”. 26. Marque Verdadeiro ou Falso. I. O fator mais importante que contribui para a persistência do vírus da Anemia Infecciosa Eqüina, provavelmente, seja a habilidade do vírus em inserir uma cópia de DNA do material genético viral dentro do DNA cromossomal do hospedeiro. II. Os testes de aglutinação e precipitação são recomendados em programas de controle, pois cavalos com mormo crônico e os que estejam em condições debilitadas poderiam dar resultados negativos ou inconclusivos. III. Suínos e javalis são os únicos reservatórios naturais do vírus da Peste Suína Clássica (PSC). A transmissão ocorre pelo contato direto entre animais (secreções, excretas, sêmen, sangue); propagação por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e agulhas; utilização de restos de alimentos sem tratamento térmico adequado na alimentação dos animais e infecção transplacentária. IV. A via de infecção da Doença de Aujeszky é a respiratória e oral. Na Forma nervosa – o vírus chega ao pulmão, multiplica-se nas células alveolares e nos macrófagos, que são então destruídos pelo sistema imune so suíno (imunodepressão). A infecção uterina pode interferir em todos os estágios de desenvolvimento embrionário e fetal, podendo provocar abortos, nascimento de fetos mumificados, infertilidade, etc. A. F-V-V-F B. V-F-F-F C. V-F-F-F D. V-F-V-F A opção II está incorreta, uma vez que, os testes de aglutinação e precipitação não são recomendados em programas de controle, pois cavalos com mormo crônico e os que estejam em condições debilitadas poderiam dar resultados negativos ou inconclusivos. Mais recentemente foi desenvolvido um teste dot-ELISA, capaz de detectar anticorpos, nos estágios iniciais da doença, que é de execução rápida, de fácil interpretação, não influenciável pela ocasional atividade do complemento, que apresenta resultados bastante sensíveis e superiores aos da fixação do complemento, da hemaglutinação indireta e da contra imunoeletroforese. Um teste de reação de polimerase em cadeia (PCR) foi desenvolvido na Alemanha. A opção IV está falsa, pois os sintomas da doença de Aujeszky citados são apresentados, na forma nervosa. Opção correta é a letra “D”. 30 27.Os helmintos são parasitas intestinais entre os quais se incluem os nematódeos, cestódeos e trematódeos. Eles habitam o trato gastrointestinal do hospedeiro quando na fase adulta, mas podem alojar-se em outros locais, como fígado, pulmão e sangue, e produzem ovos, que são eliminados por meio do trato intestinal. O diagnóstico de doenças por helmintos em humanos geralmente requer história clínica e exame físico, análise laboratorial de fezes, e, às vezes, exames complementares. Nesse contexto, avalie as afirmações a seguir. I. Parasitoses por helmintos induzem resposta imune humoral com produção de lgE pelas células B e resposta imune celular com ativação de eosinófilos, mastócitos e basófilos. II. O diagnóstico laboratorial da parasitose por helminto depende da presença e da identificação de um estágio evolutivo específico do parasita em amostras de fezes, a partir de técnicas laboratoriais como o método de Hoffmann, Pons & Janer, baseado na sedimentação espontânea das fezes. III. O diagnóstico dessas parasitoses deve ser pautado em exame de amostras seriadas, sendo o uso de laxativos considerado uma estratégia adequada para a coleta de amostras de fezes. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. 28.Os helmintos (vermes) são animais metazoários (organismos pluricelulares) de vida livre ou parasitas de plantas e animais, incluindo o homem. Os Nemathelminthes são, em geral, geo-helmintos, e os Platyhelminthes, bio-helmintos. Não há hospedeiros intermediários envolvidos na transmissão das geo-helmintíases, sendo o homem o hospedeiro definitivo. Embora sem extensa comprovação da importância de vetores, alguns insetos como formigas e principalmente moscas podem carrear mecanicamente os ovos dos geo- helmintos presentes nas fezes humanas e contaminar alimentos expostos. Na maioria das vezes, as pessoas com geo-helmintíases são assintomáticas. Entretanto, altas cargas parasitárias e ocorrência de poliparasitismo podem desencadear manifestações clínicas severas. O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de exames parasitológicos de fezes, pelos métodos de sedimentação espontânea disponíveis na rotina, para a visualização dos ovos dos helmintos. Quando o objetivo for a contagem de ovos por grama de fezes, que permite avaliar a intensidade da infecção, o método de diagnóstico recomendado é a técnica de Kato-Katz. Os métodos imunológicos, em geral, não são satisfatórios e não dispensam a coproscopia. Só têm indicação quando o exame de fezes for inconclusivo. A resposta é a letra “C”. Considerando as diretrizes gerais para a erradicação e a prevenção da febre aftosa referente à Instrução Normativa nº 44 de 02/10/2007, proíbe-se a aplicação, a manutenção e a comercialização de vacinas contra febre aftosa em: A. zona livre com vacinação. B. zona livre sem vacinação. C. zona de contenção. D. zona infectada. E. zona tampão. 31 Zona: conceito implantado pela OIE, e adotado nas estratégias do PNEFA, para representar uma parte de um país claramente delimitada, com uma subpopulação animal com condição sanitária particular para determinada doença dos animais. No caso da febre aftosa, são considerados os seguintes tipos de zona, de acordo com o Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE: ZONA LIVRE: com ou sem vacinação, representa o espaço geográfico com certificação, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do cumprimento das seguintes condições: ausência de ocorrência de focos e de circulação viral pelos prazos estabelecidos; existência de adequado sistema de vigilância sanitária animal; existência de marco legal compatível; e presença de uma adequada estrutura do serviço veterinário oficial; ZONA TAMPÃO: espaço geográfico estabelecido para proteger a condição sanitária dos rebanhos de uma zona livre frente aos animais e seus produtos e subprodutos de risco oriundos de um país ou de uma zona com condição sanitária distinta, mediante a aplicação de medidas baseadas na epidemiologia da doença e destinadas a
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