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A tireóide é uma glândula no formato de uma borboleta encontrada no pescoço. Ela produz 4 hormônios: T1 (1 iodo), T2 (2 iodos), T3 (3 iodos) e T4 (4 iodos). Dois hormônios T2 se unem para formar o T4 (T2+T2=T4). Já quando um hormônio T1 se une a um T2 forma o T3 (T1+T2= T3). • ALTERAÇÕES NA FUNÇÃO TIREOIDIANA • FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS Funcionamento da glândula O nosso hipotálamo produz o hormônio liberador de tireotrofina (TRH) que estimula a hipófise a secretar o TSH (hormônio tireoestimulante) que induz a produção dos hormônios T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) pela tireóide. No hipotireoidismo, o TSH se eleva, ou seja, a hipófise manda muita ordem para a tireóide, porém ela não escuta e deixa de produzir o T4 e T3 em níveis ótimos. Já no hipertireoidismo, mesmo com pouca ordem, isto é, com o TSH baixo, a tireóide produz altas quantidades de T4 e T3. Os hormônios tireoidianos são essenciais à síntese dos hormônios relacionados à reprodução, à síntese proteica, formação adequada do feto, crescimento e desenvolvimento físico e mental de crianças, regulação do batimento cardíaco, controle do humor, sono e concentração, capacidade digestiva, motilidade intestinal, produção de energia para manutenção das funções do organismo e reparo de tecidos. Os hormônios tireoidianos são fundamentais para a formação fetal. A deficiência de iodo e falta da produção do T3 (triiodotironina), pode causar o cretinismo (perturbação no desenvolvimento físico e intelectual) nas crianças. Comumente, o hipotireoidismo durante a gestação associado à falta de iodo, faz com que os bebês nasçam com menor desenvolvimento cognitivo (menor QI). Os hormônios produzidos pela tireóide são importantes para a nossa produção de calor (termogênese) e produção de energia pelas nossas “usinas de energia” encontradas no interior das nossas células chamadas mitocôndrias. No hipotireoidismo temos menos mitocôndrias e menor função dessa organela tão importante que faz com que utilizemos carboidratos, proteínas e gorduras e transforme em energia, evitando o acúmulo de gordura. Já no hipertireoidismo temos maior eficiência e número mitocondrial, o que faz com essas pessoas tenham mais calor e maior dificuldade em ganhar peso. • Produção: saúde da glândula, autoimunidade, nutrientes. • Conversão: in�amação, metais tóxicos, hipóxia e nutrientes. • Ação no receptor: metais tóxicos, citocinas in�amatórias, falta de ferro e vitamina A. ASPECTOS A SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO HIPOTIREOIDISMO TIREÓIDE HIPERTIREOIDISMO Ganho de peso, retenção de líquido, obesidade, ansiedade, depressão, fadiga, mãos e pés frios, constipação, não suam o corpo, suor apenas nas mãos após caminhar ou fazer exercícios, fraqueza muscular, queda de cabelo, memória ruim, pele seca e amarelada (se consumir muitos alimentos de cor amarela ou laranja), temperatura basal ao acordar menor que 36,2º C, baixa libido, apnéia do sono, síndrome do Túnel do carpo, �bromialgia e dor crônica. Perda de peso, diarreia, ansiedade, hipertensão, depressão, irritabilidade, taquicardia, tremores, palpitação, calor excessivo, excesso de suor, olhos saltados, inquietação, coceira, queda de cabelo, vômitos e náuseas, osteoporose. SINAIS/SINTOMAS DIFERENCIANDO DIAGNÓSTICO Hipotireoidismo x Hipertireoidismo Embora o diagnóstico de hipotireoidismo seja dado pelo TSH, é o T3 livre que vai ditar os sintomas. Quando temos frio ou calor excessivo, emagrecimento ou ganho de peso, constipação ou diarréia, dentre outros sintomas, é o T3 livre que determina os sinais e sintomas. Portanto, sempre que for fazer exames, o ideal é que avalie: • TSH • T4 livre • T3 livre • Anticorpos (anti-TPO e anti-tireoglobulina): para avaliar Hashimoto que é uma forma de hipotireoidismo autoimune, em que o próprio sistema imunológico produz anticorpos contra a tireóide. • Trab: são anticorpos contra o receptor de TSH e a sua presença em concentrações no soro indica doença autoimune em atividade (doença de Graves) VALORES ÓTIMOS DOS EXAMES Existem os valores de referência para os exames laboratoriais, estes valores trazem uma margem de normalidade com valores mínimo e máximos. No entanto, para garantir estado de saúde devemos buscar valores ideais dentro desta margem, os quais estão expostos na tabela abaixo. VALOR IDEAL OBSERVAÇÕES TSH 1 A 2 Alto: hipotireoidismo Baixo: hipertireoidismo 3,1 A 4 Baixo: hipotireoidismo Alto: hipertireoidismo T3 REVERSO <0,25 OU 25 CONFORME UNIDADE DO LABORATÓRIO Alto pode ser falta de zinco e selênio, presença de metais tóxicos, in�amação, jejuns prolongados e hipóxia (comum na anemia). RELAÇÃO T3L/T4L 0,31 / 3,1 CONFORME UNIDADE DO LABORATÓRIO Baixo: conversão ruim do T4 em T3. Pode ser falta de zinco e selênio, presença de metais tóxicos, in�amação, jejuns prolongados e hipóxia (comum na anemia). T3 LIVRE 0,9 A 1,2 Baixo: hipotireoidismo Alto: hipertireoidismo T4 LIVRE OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Ao fazer os exames, não suplemente biotina uma semana antes dos exames. RESUMINDO A INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES HIPOTIREOIDISMO HIPERTIREOIDISMO HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO HIPERTIREOIDISMO SUBCLÍNICO • TSH ALTO • T4 BAIXO • T3 BAIXO • TSH BAIXO • T4 ALTO • T3 ALTO • TSH ALTO • T4 NORMAL • T3 NORMAL OU BAIXO • TSH BAIXO • T4 NORMAL • T3 NORMAL ALERTA: NÃO USE LUGOL! • Em um produto de lugol a 2% - 1 gota equivale à 2,5 mg, que por sua vez é 6x mais do que o Limite Máximo de ingestão de iodo diário! • Assim como a falta de iodo o seu excesso é prejudicial, aumentando a produção de radicais livres que causam danos à tireóide e potencializando o risco de autoimunidade contra a glândula. • Ao utilizar altas doses de iodo sem ter selênio, não conseguirá combater os radicais livres e aprobabilidade de causar danos à tireóide é maximizada. ATENÇÃO As algas são a melhor forma de “suplementar” iodo, possuindo melhor absorção, biodisponibilidade e ao mesmo tempo menor toxicidade à tireóide! Esse é um dos motivos os quais povos orientais possuem baixa incidência de hipotireoidismo. Spirulina e chlorella não são fontes de iodo. A chlorella é uma alga de água doce e a spirulina não é uma alga, mas sim uma cianobactéria. A falta de suor pode ser um indicador de deficiência de iodo. Pessoas que fazem exercícios físicos extenuantes ou se expõem à alta temperatura e mesmo assim não suam, pode ser falta de iodo. E AS PESSOAS QUE REMOVERAM A TIREÓIDE? Quando não possui a glândula tireóide, deve-se tomar o T4, mas como quem funciona no organismo é o T3, devemos ter um consumo ótimo de zinco e selênio para converter o T4 em T3. Devemos evitar a exposição à metais tóxicos que inibem a conversão do T4 em T3. Também precisamos de ferro e vitamina A para o T3 ter ação nuclear (no DNA). Por isso, médico e nutricionista devem trabalhar juntos. O médico fornece o T4 e o nutricionista garante boas fontes de zinco, como: sementes de girassol e abóbora, carnes, peixes e leguminosas, além do selênio encontrado na castanha do Pará para que o T4 seja convertido em T3. Outra opção é o endocrinologista utilizar o hormônio T3, ou seja, que não precisa ser convertido. Este material é exclusivo para os alunos da Imersão em Exames Laboratorias. Se você ainda não é aluno, CLIQUE AQUI E INSCREVA-SE GRÁTIS ou acesse Gostou do conteúdo? Prepare-se para o próximo passo... CLIQUE AQUI www.saudeavancada.com.br/exames ou acesse É importante que você entenda que, após o evento “Imersão em Exames Laboratoriais”, serão abertas as inscrições para a Formação em Exames Laboratoriais, ministrada pelo professor Gabriel de Carvalho. Para garantir a sua inscrição nessa formação, recomendamos que você fique atento às notificações do Whatsapp. O Conteúdo Programático Formação em Exames Laboratoriais está sujeito a mudanças sem aviso prévio. Consulte nossa equipe. CURSO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL RDA - CHAVE 04149BN. Este curso foi eleborado por Gabriel de Carvalho e Faculdade de Saúde Avançada, eé licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). ©2021 GABRIEL DE CARVALHO - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS O Conteúdo Programático Formação em Exames Laboratoriais está sujeito a mudanças sem aviso prévio. Consulte nossa equipe. CURSO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL RDA - CHAVE 04149BN. Este curso foi eleborado por Gabriel de Carvalho e Faculdade de Saúde Avançada, e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. 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