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Análise do Comportamento Aplicado e Seus Princípios P Ó S - G R A D U A Ç Ã O Autoria IANA ANDRADE SAMPAIO FELIPE Olá. Tenho formação em Bacharelado e Licenciatura em Psicologia - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Conselho Regional de Psicologia - CRP 13/9598. Especialista em Psicologia do trânsito. Mestre em Psicologia da Saúde – UEPB. Terapeuta ABA. Graduanda em Análise do Comportamento Aplicada, Terapia Cognitivo Comportamental e Psicologia Jurídica Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! Introdução Olá aluno. Nessa disciplina vamos estudar sobre Análise do Comportamento Aplicado e Seus Princípios. A Análise do Comportamento Aplicado (ABA) é uma abordagem de tratamento comportamental que se concentra na identificação e modificação de comportamentos individuais. Esta abordagem foi desenvolvida com base nos princípios da análise do comportamento, que é uma área da psicologia que se concentra na maneira como o comportamento é aprendido e modificado. Os princípios da ABA são usados para compreender e modificar o comportamento humano, com o objetivo de melhorar o ambiente, as habilidades sociais e as habilidades acadêmicas. Os princípios da ABA incluem o princípio de reforço, o princípio de antecedentes, o princípio de punição, o princípio de generalização, o princípio de discriminação e o princípio de extinção. O princípio de reforço enfatiza a importância de incentivar o comportamento desejado ao oferecer recompensas. O princípio de antecedentes se concentra na identificação de estímulos ambientais que antecedem um comportamento específico. O Introdução princípio de punição se concentra na remoção de reforços negativos para desencorajar comportamentos indesejados. O princípio de generalização se concentra na transferência de habilidades aprendidas de um contexto para outro. O princípio de discriminação se concentra na capacidade de distinguir entre estímulos diferentes. O princípio de extinção se concentra na redução do comportamento através da remoção de reforços positivos. A ABA é usada para tratar crianças com autismo, bem como adultos com transtornos de saúde mental. Além disso, é usada em aplicações empresariais e muitas outras áreas. É importante ter em mente que a ABA tem potencial para beneficiar indivíduos com necessidades especiais, mas ela também pode ser usada para promover o crescimento e a desenvoltura em todas as áreas. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! INTRODUÇÃO COMPETÊNCIAS 1.1 DEFINIÇÃO DA ABA 1.2 DIMENSÕES DA ABA 1.2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO 1.2.2 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL 1.2.3 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS 1.3 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA ABA CAPÍTULO 2: VALIDADE DA INTERVENÇÃO E PRINCÍPIOS ÉTICOS 2.1 VALIDADE DA INTERVENÇÃO 2.1.1 VALIDAÇÃO SOCIAL 2.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS CAPÍTULO 3: REFLEXO INATO E APRENDIDO, REFORÇO E ANÁLISE FUNCIONAL 3.1 REFLEXO INATO E APRENDIDO DO COMPORTAMENTO 3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO Competências Olá. Seja muito bem-vindo à disciplina ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADO E SEUS PRINCÍPIOS. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término dos estudos desta disciplina: CAPÍTULO 1: Apresentar definições, dimensões e pressupostos filosóficos da ABA; CAPÍTULO 2: Compreender a validade da Intervenção e Princípios Éticos; CAPÍTULO 3: Entender reflexo Inato e Aprendido, Reforço e Análise Funcional; CAPÍTULO 4: Explicar controle Aversivo e Esquemas de Reforçamento. INTRODUÇÃO COMPETÊNCIAS 1.1 DEFINIÇÃO DA ABA 1.2 DIMENSÕES DA ABA 1.2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO 1.2.2 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL 1.2.3 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS 1.3 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA ABA CAPÍTULO 2: VALIDADE DA INTERVENÇÃO E PRINCÍPIOS ÉTICOS 2.1 VALIDADE DA INTERVENÇÃO 2.1.1 VALIDAÇÃO SOCIAL 2.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS CAPÍTULO 3: REFLEXO INATO E APRENDIDO, REFORÇO E ANÁLISE FUNCIONAL 3.1 REFLEXO INATO E APRENDIDO DO COMPORTAMENTO 3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO Sumário Sumário 3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO CAPÍTULO 4: CONTROLE AVERSIVO E ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO 4.1 CONTROLE AVERSIVO 4.1.1 CONTINGÊNCIAS DE REFORÇO NEGATIVO 4.1.2 CONTINGÊNCIAS DE PUNIÇÃO 4.2 ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABA: Definições, Demissões e Pressupostos Filosóficos C A P Í T U L O 1 OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de apresentar definições, dimensões e pressupostos filosóficos da ABA. A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é um campo de estudo com raízes na Psicologia Comportamental, que tem como objetivo principal aumentar e/ou manter comportamentos desejáveis e reduzir comportamentos indesejáveis. Ela foi desenvolvida como uma abordagem terapêutica para tratar pessoas com necessidades especiais. A ABA também é aplicada em ambientes educacionais, empresariais e de saúde. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 1.1 Definições da ABA ABA, do inglês Applied Behavior Analysis, é uma abordagem científica para o estudo do comportamento, que visa compreender como as pessoas aprendem novas habilidades, como elas reagem ao ambiente e como elas podem ser ensinadas a comportar-se de uma maneira mais desejável. A ABA utiliza princípios da psicologia para definir, medir e modificar o comportamento. Pode ser usado para ajudar pessoas a lidar com problemas comportamentais, ansiedade, déficits de aprendizagem e outras questões. A ABA é uma ferramenta extremamente versátil e pode ser usada para ensinar habilidades a todas as idades, desde crianças pequenas a adultos. Foi criado pelo psiquiatra norte-americano Dr. O. Ivar Lovaas, que foi um dos principais pioneiros na terapia do comportamento aplicada. Ele foi o primeiro a usar técnicas de aprendizagem aplicada para tratar crianças com autismo, em 1987. Seu trabalho tem sido um marco na ABA e continua a influenciar a prática de terapeutas comportamentais em todo o mundo. É uma abordagem baseada na ciência do comportamento que usa princípios e procedimentos derivados da análise experimental do comportamento para aumentar e/ou manter comportamentos desejáveis e reduzir comportamentos indesejáveis (FERNANDES; AMATO, 2013). Importante A ABA é marcada por três referências principais, sendo elas: 1. a investigação simples ou básica dos processos que envolvem o comportamento; 2. As produções metacientíficas e 3. Intervenções com objetivo de solucionar os problemas dos seres humanos (MALAVAZZI et al., 2011). Portanto, sobre as três referências que marcam a ABA, se pode dizer que: • A investigação básica se volta para a identificação e descrição de processos comportamentais, enfocando os determinantes do comportamento e os fatores que influenciam sua formação, desenvolvimento e modificação. • As produções metacientíficas se referem ao estudo das concepções teóricas, das abordagens, das metodologias e das técnicas de pesquisa empregadas na análise do comportamento. • As intervenções voltadas à solução de problemas humanos se preocupam com a aplicação dos resultados da pesquisa para a solução de problemas relevantes nas áreas da saúde, educação, trabalho, entre outras (MALAVAZZI et al., 2011). As pesquisas do comportamento, podem ser classificadas ainda como básicas e aplicadas. De acordo com Moore e Cooper (2003), a pesquisa básica tem como objetivo primário a compreensão dos fundamentos do comportamento humano e animal, enquanto a pesquisa aplicada tem o objetivo de desenvolver técnicas, treinamento, apoio pessoal e outros serviços que podem ser usados para melhorar o comportamento de indivíduos específicos. A prestação de serviçosse concentra na aplicação de técnicas de análise do comportamento a problemas específicos, incluindo diagnósticos precisos, avaliações, desenvolvimento e implementação de programas de treinamento, apoio pessoal e outros serviços. O modelo de desenvolvimento profissional da análise experimental do comportamento sugere que os pesquisadores básicos, aplicados e prestadores de serviços trabalhem em conjunto para produzir resultados mais consistentes e relevantes para a comunidade. A análise do comportamento tem como base a ideia de que o comportamento é produto de interações entre o organismo e o ambiente. Essa abordagem se baseia no princípio de que o comportamento é resultante de um conjunto de estímulos e respostas, ou contingências, que formam o que Skinner descreveu como o "comportamento operante" (TODOROV; HANNA, 2010). A análise do comportamento também é baseada no princípio de que o comportamento é afetado pela maneira como o organismo está sendo recompensado ou punido. A abordagem behaviorista também inclui a ideia de que o comportamento pode ser controlado por meio da manipulação do ambiente, como por exemplo, através de reforçamento positivo ou punição (TODOROV; HANNA, 2010). A ABA usa princípios do ensino como o reforço positivo, o ensino em etapas, o ensino em tarefas e o ensino por imitação. Estes princípios são usados para criar ambientes que ajudam a promover o comportamento desejado. A ABA também usa procedimentos para entender o motivo por trás do comportamento. Estes incluem a análise funcional do comportamento, a análise de contingências, a análise de antecedentes e a análise de consequências (FERNANDES; AMATO, 2013). • A análise funcional do comportamento examina as causas subjacentes ao comportamento e a forma como este se relaciona com a pessoa, a situação e outros fatores. • A análise de contingências analisa os estímulos que antecedem o comportamento e quais as consequências deste comportamento. A análise de antecedentes procura identificar os eventos ou influências que ocorreram antes de um determinado comportamento. • A análise de consequências examina quais as consequências que surgem a partir de um comportamento específico. Estes procedimentos são utilizados para identificar o que está a motivar o comportamento e para desenvolver estratégias para alterar o comportamento desejado. Estes procedimentos ajudam a identificar as causas do comportamento e ajudam a desenvolver estratégias para mudar o comportamento não desejado. DEFINIÇÃO O comportamento operante é caracterizado por aqueles comportamentos que são emitidos pelo organismo, de forma que, por meio de certos estímulos, o organismo modifica o ambiente e, consequentemente, o seu próprio comportamento. A ABA também usa procedimentos para monitorar o comportamento. Estes incluem a medição de respostas, a registração de comportamentos, a análise de dados e a análise de tendências (FERNANDES; AMATO, 2013). • A análise de respostas inclui a avaliação de como o comportamento de uma pessoa está mudando, a identificação de padrões comportamentais e a compreensão das consequências do comportamento. A medição de respostas pode ser realizada através de observação, questionários, questionários de auto-relato, entrevistas e testes. • A registração de comportamentos é mais específica para a ABA e envolve a gravação de dados específicos relacionados ao comportamento, como número de vezes que uma atividade foi realizada, duração da atividade, quaisquer interações entre o indivíduo e o ambiente ou entre o indivíduo e outras pessoas. • A análise de dados envolve a comparação de informações para determinar como os comportamentos estão mudando. Esses dados podem ser usados para avaliar a eficácia de uma abordagem de ABA e para determinar quais medidas devem ser tomadas para melhorar ou ajustar a abordagem. • A análise de tendências é usada para determinar se os comportamentos estão melhorando ou piorando. Isso permite que os profissionais da área possam avaliar a eficácia de uma abordagem de ABA e identificar quais ajustes devem ser feitos. Estes procedimentos ajudam a entender o comportamento e a monitorar os efeitos das estratégias de mudança. A ABA também usa procedimentos para avaliar o progresso do comportamento. Estes incluem a avaliação de habilidades, a avaliação de habilidades em diferentes contextos, a avaliação de comportamentos em diferentes ambientes e a avaliação de comportamentos em diferentes momentos do dia. Estes procedimentos ajudam a entender o progresso do comportamento e a avaliar a eficácia das estratégias de mudança. Algumas premissas sustentadas por Skinner, auxiliam ainda para entender melhor a análise do comportamento, sendo elas: 1. O comportamento é influenciado por fatores ambientais e genéticos. 2. O comportamento é produto do ambiente e da história de vida do indivíduo - ou seja, o passado determina o presente. 3. O comportamento é influenciado por reforços e punições ambientais. 4. A aprendizagem é a mudança no comportamento que resulta da experiência. 5. O comportamento é influenciado por princípios gerais que governam a aprendizagem, como a lei da eficácia dos reforços e a lei da extinção. 6. O comportamento é modulado por mecanismos de controle internos, como as contingências de auto-regulação. 7. O comportamento é modulado por mecanismos de controle social, como a influência de outras pessoas no ambiente. 8. O comportamento humano é uma função da história de vida do sujeito, suas experiências e seus objetivos. 1.2 Dimensões da ABA As três principais dimensões da ABA são: (1) análise do comportamento, (2) intervenção comportamental e (3) avaliação de resultados. A análise do comportamento envolve o estudo do comportamento em seu contexto, incluindo a identificação de fatores que o influenciam ou o mantêm. A intervenção comportamental usa procedimentos específicos para modificar o comportamento. A avaliação de resultados mede a eficácia da intervenção (TOURINHO, 2003). 1.2.1 Análise do comportamento A Análise do Comportamento se refere ao processo de identificação e compreensão de comportamentos problemáticos. Isso envolve descobrir o que motiva o comportamento problemático, identificar como o comportamento é reforçado ou desencorajado e avaliar o contexto em que o comportamento ocorre (TODOROV; HANNA, 2010). Essa abordagem é baseada na Teoria da Aprendizagem e tem como objetivo desenvolver estratégias para modificar o comportamento problemático e melhorar o funcionamento social e acadêmico dos indivíduos. A abordagem envolve a criação de um ambiente de ensino que promova aumento da motivação, habilidades de auto-monitoramento e responsabilidade, e auto-avaliação. Logo, a Teoria da Aprendizagem foca na relação entre o comportamento e os resultados, e usa um sistema de reforço positivo para ensinar novas habilidades e mudar comportamentos indesejáveis. Além disso, a abordagem também inclui técnicas de ensino direcionadas, monitoramento contínuo e feedback, bem como estratégias de comunicação eficazes (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011). Portanto, a Análise do Comportamento inclui técnicas de intervenção, como o Modelo de Modificação de Comportamento, que envolve reforçar comportamentos desejáveis e desencorajar comportamentos indesejáveis. Além disso, esse modelo inclui técnicas que visam a mudança no ambiente para estimular ou desencorajar comportamentos. Outra técnica de intervenção é o Modelo de Aprendizagem Social, que tem como objetivo ensinar o indivíduo a se relacionar de maneira adequada com outras pessoas. É aplicado através de técnicas como role-play e feedback. Finalmente, a Análise do Comportamento também inclui técnicas de terapia cognitiva-comportamental, que é uma abordagem que visa ajudar o indivíduo a modificar seu comportamento ao mudar seus pensamentos e crenças sobre si mesmo e o mundo. 1.2.2 Intervenção comportamental A Intervenção Comportamentalse refere ao processo de desenvolver e implementar planos de tratamento para comportamentos problemáticos. Estes planos podem incluir técnicas de ensino, recompensas, punições, DEFINIÇÃO A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um tipo de terapia psicológica que se concentra na interação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos. Esta abordagem foca-se na forma como as crenças e pensamentos irracionais interferem com a capacidade do indivíduo de se sentir bem e de agir de forma apropriada. A TCC visa ajudar o cliente a identificar e mudar os padrões de pensamento e comportamentos negativos para melhorar a qualidade de vida. Técnicas como a reestruturação cognitiva, a aprendizagem de novas habilidades, a exposição ao medo e a mudança de comportamento são usadas para facilitar a mudança no modo de pensar e de agir (WRIGHT et al., 2018). mudança de ambiente, mudanças cognitivas e outras estratégias para modificar comportamentos indesejáveis (ANDALÉCIO et al., 2019). Importante A Intervenção Comportamental é uma abordagem de tratamento que tem como objetivo ajudar as pessoas a melhorar ou aprender habilidades, ou a se adaptar a situações difíceis. É uma abordagem baseada em evidências, e tem sido usada para tratar distúrbios comportamentais, transtornos mentais graves, transtornos de aprendizagem, problemas de comportamento na escola, transtornos de humor, transtornos de alimentação, e problemas comportamentais relacionados à idade. Os profissionais que usam a Intervenção Comportamental geralmente trabalham em conjunto com o cliente para ajudá-lo a determinar o que é necessário para alcançar seus objetivos, a avaliar o progresso e a mudar o plano de tratamento conforme necessário. Além disso, eles também podem ajudar as pessoas a desenvolver habilidades para lidar com seus comportamentos, como habilidades de autocontrole, habilidades de comunicação, habilidades de resolução de problemas e habilidades de gerenciamento de estresse (ANDALÉCIO et al., 2019). Portanto, os profissionais de Intervenção Comportamental podem trabalhar com crianças, adolescentes, adultos e idosos, usando técnicas especializadas para avaliar e tratar problemas de comportamento. Esses profissionais também podem fornecer apoio para ajudar a gerenciar problemas de saúde mental, distúrbios alimentares, distúrbios do sono e problemas de luto. Alguns profissionais de Intervenção Comportamental trabalham em hospitais, clínicas ou escolas, enquanto outros trabalham em consultórios privados. Esses profissionais podem atuar como consultores, terapeutas ou professores. Eles também podem trabalhar em equipes multidisciplinares para ajudar os clientes a superar problemas complexos. 1.2.3 Avaliação de resultados A Avaliação de Resultados se refere ao processo de monitorar os resultados das intervenções comportamentais. Isso envolve acompanhar o comportamento problemático e as respostas ao tratamento e avaliar se o tratamento está tendo o efeito desejado (FELIPE; GODINHO; GRAÇA, 2016). A avaliação de resultados geralmente envolve a coleta de dados, a análise destes dados e a tomada de decisão com base nos resultados. Esta avaliação ajuda os terapeutas a entender melhor o comportamento do paciente e a avaliar se as técnicas de tratamento estão sendo bem-sucedidas. Além disso, ela também pode ajudar os terapeutas a identificar e abordar possíveis fatores contribuintes ao comportamento problemático. A avaliação também pode ajudar a identificar possíveis problemas de saúde mental subjacentes, bem como problemas de comportamento que podem estar contribuindo para o transtorno ou sintomas subjacentes. Por meio de uma avaliação adequada, os terapeutas podem formular um diagnóstico preciso e desenvolver um plano de tratamento individualizado para o paciente. 1.3 Pressupostos filosóficos da ABA Os pressupostos filosóficos da ABA são: (1) o comportamento é função de seu ambiente; (2) é possível modificar o comportamento para melhorar a qualidade de vida; (3) os princípios da ABA são baseados na ciência do comportamento; (4) o comportamento é medido e avaliado; (5) o comportamento é modificado por meio de procedimentos comportamentais; e (6) todas as pessoas têm o direito de participar de programas de ABA (CAMARGO; RISPOLI, 2013). Esses pressupostos filosóficos refletem o objetivo da ABA, que é o de promover o bem-estar psicológico e social ao ajudar as pessoas a desenvolverem habilidades úteis. Estes princípios reconhecem que as pessoas podem aprender a controlar seu próprio comportamento e que a educação e a terapia comportamental podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Eles também enfatizam que a ABA deve ser baseada na ciência do comportamento e que deve ser medida e avaliada de forma precisa para garantir que os resultados sejam ótimos. Além disso, o pressuposto de que todas as pessoas têm o direito de participar de programas de ABA destaca o fato de que a educação e a terapia comportamental são importantes para todos, independentemente de sua classe social, racial ou etnia. A ABA também se baseia na Teoria dos Três Termos, que diz que o comportamento é determinado por três fatores: o ambiente, o comportamento e as consequências. Logo, como já mencionado o objetivo da ABA é modificar o ambiente, o comportamento e as consequências de forma que o comportamento desejado seja aumentado e o comportamento indesejado seja reduzido (CAMARGO; RISPOLI, 2013). Além disso, a ABA se baseia no Princípio da Escolha, o qual diz que os seres humanos tendem a se comportar de acordo com a escolha que lhes dá mais vantagem. Portanto, a ABA enfatiza a utilização de recompensas para incentivar os comportamentos desejados e punições para desencorajar os comportamentos indesejados. Assim, de acordo com o pressuposto o comportamento das pessoas é uma função de seu ambiente, ou seja, é influenciado pelo ambiente onde elas vivem. O ambiente inclui condições físicas, sociais, econômicas, culturais, políticas e outras variáveis. Se o ambiente mudar, os comportamentos das pessoas também mudam. Por exemplo, a mudança para um ambiente mais inclusivo e tolerante pode levar a uma mudança nos comportamentos das pessoas, tornando-as mais abertas e receptivas a outros pontos de vista (CAMARGO; RISPOLI, 2013). O segundo pressuposto aborda que é possível modificar o comportamento para melhorar a qualidade de vida. A melhoria da qualidade de vida das pessoas é algo muito importante e pode ser alcançada através de diversas medidas. Entre elas, destacam-se mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos e adotar hábitos alimentares saudáveis (CAMARGO; RISPOLI, 2013). Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de álcool, tabaco e outras drogas, bem como investir em atividades que aumentem o nível de bem-estar, como lazer e descanso. Outro aspecto importante é o cuidado com o meio ambiente, pois isso também contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Por fim, é importante investir em educação, pois ela é fundamental para o desenvolvimento de competências e habilidades que permitem ao indivíduo alcançar melhores condições de vida. O terceiro pressuposto diz que os princípios da ABA são baseados na ciência do comportamento, que estuda o modo como as pessoas interagem uns com os outros. O objetivo é fornecer diretrizes para criar mudanças comportamentais positivas, ajudando as pessoas a terem mais independência, autoestima, motivação e produtividade. Os princípios da ABA são aplicáveis às pessoas com condições especiais, assim como ao ensino de habilidades, a terapias e a programas de comportamento (CAMARGO; RISPOLI, 2013). Estes princípios incluem a identificação de um comportamento específico a ser modificado, o estabelecimento de metas, a monitorização contínua dos resultados, a implementação de estratégias para alcançar os objetivos e a manutenção das mudanças comportamentais. Além disso,a ABA também inclui princípios de reforço positivo para ajudar as pessoas a aprenderem habilidades e a mudarem comportamentos indesejados. O quarto pressuposto aborda sobre o comportamento é medido e avaliado de acordo com os padrões culturais vigentes na sociedade. Por exemplo, na maioria das culturas, comportamentos que violam leis, valores e normas sociais são considerados inadequados (CAMARGO; RISPOLI, 2013). Além disso, existem alguns comportamentos que são considerados aceitáveis ou socialmente desejáveis, que podem variar de cultura para cultura. Por exemplo, em alguns países, as mulheres são esperadas para se vestir de maneira conservadora, enquanto em outros países as mulheres são permitidas para vestir-se de forma mais ousada. Em ambos os casos, o comportamento é avaliado de acordo com as normas culturais vigentes. O quinto pressuposto aborda sobre o comportamento é modificado por meio de procedimentos comportamentais A modificação comportamental é o processo pelo qual se busca alterar o comportamento de uma pessoa para que ele seja mais adequado às exigências do ambiente. O processo pode ser realizado utilizando-se diferentes técnicas de intervenção, como a análise do comportamento, a terapia cognitivo-comportamental, as técnicas de reforço, entre outras (CAMARGO; RISPOLI, 2013). Estas técnicas buscam identificar os fatores que desencadeiam o comportamento inadequado, bem como propor soluções para que o comportamento seja alterado. EXEMPLO A análise do comportamento pode ser usada para identificar o motivo pelo qual uma pessoa está tendendo a se comportar de forma inadequada. A partir dessa identificação, é possível intervir no comportamento oferecendo incentivos para alterar o comportamento em direção ao desejado. O sexto pressuposto abordo sobre todas as pessoas têm o direito de participar de programas de ABA Sim, todas as pessoas têm o direito de participar de programas de ABA. A ABA (Análise Aplicada do Comportamento) é uma abordagem comportamental que visa melhorar a qualidade de vida das pessoas (CAMARGO; RISPOLI, 2013). O objetivo central da ABA é modificar o comportamento de forma a melhorar o funcionamento do indivíduo em sua vida diária e em sua comunidade. Programas de ABA são projetados para ajudar as pessoas a desenvolver habilidades como atenção, comunicação, socialização, autoajuda e compreensão acadêmica. Programas de ABA são oferecidos para todos, independentemente de idade, sexo, raça, etnia, religião, orientação sexual ou outras características. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a Análise de Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem científica baseada na teoria do comportamento que se concentra na análise, compreensão e modificação das condutas observáveis. É uma abordagem prática que visa a melhoria do comportamento em um determinado ambiente. Uma das principais dimensões da ABA é o enfoque na aplicação de princípios de aprendizado para o treinamento de comportamentos desejáveis e a modificação de comportamentos indesejáveis. Os pressupostos filosóficos da ABA se concentram na abordagem científica da análise do comportamento humano, enfatizando as relações entre o comportamento e o ambiente, bem como o uso de princípios de aprendizado para alcançar mudanças comportamentais desejadas. RESUMO DO CAPÍTULO Validade da Intervenção e Princípios Éticos C A P Í T U L O 2 OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de compreender a validade da Intervenção e Princípios Éticos. A Intervenção é uma abordagem que visa ajudar as pessoas a melhorar a qualidade de suas vidas, buscando ajudá-las a encontrar soluções para os problemas que enfrentam. Os princípios éticos são normas que regem as ações dos profissionais na sua prática diária. Esses princípios podem ser usados para orientar as práticas profissionais, bem como para assegurar a proteção das pessoas envolvidas. Os princípios éticos estabelecem padrões de comportamento para os profissionais, para que eles possam trabalhar de forma justa e responsável. A validade da Intervenção e dos Princípios Éticos é incontestável, pois eles ajudam a garantir que os serviços sejam prestados de forma segura e que as pessoas envolvidas sejam tratadas de forma justa e respeitosa. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 2.1 Validade da intervenção ABA é uma abordagem de intervenção eficaz para tratar um número cada vez maior de desordens comportamentais, incluindo a síndrome de autismo, transtornos de aprendizagem, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e transtornos de ansiedade (CAMARGO; RISPOLI, 2013). • Síndrome de Autismo: é um transtorno de desenvolvimento que afeta o comportamento social, a comunicação e o comportamento. Os sintomas variam de leve a grave e incluem dificuldade em interagir socialmente, dificuldade em comunicar-se verbalmente ou não-verbalmente, comportamento repetitivo, aversão a mudanças no ambiente e comportamento desafiador. A ABA tem como objetivo identificar, compreender e modificar o comportamento desafiador dos indivíduos, usa o princípio da aversão condicionada para ensinar novos comportamentos e reforçar o comportamento desejado. A ABA é uma abordagem de tratamento comportamental aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por outras autoridades de saúde pública, e é reconhecida como sendo eficaz para o tratamento de vários transtornos comportamentais, também é considerada um tratamento ético. Os profissionais que usam a ABA seguem princípios éticos para garantir que os direitos dos participantes sejam respeitados. Esses princípios incluem autonomia, beneficência, não-maleficência, justiça e verdade. Os profissionais que usam a ABA são responsáveis por fornecer informações adequadas aos participantes, garantir que eles sejam tratados de forma justa e respeitosa e evitar que eles sofram dano físico ou emocional. Além disso, esses profissionais também são responsáveis por garantir que os participantes tenham direito ao sigilo, escolham os tratamentos que desejam receber e sejam informados sobre os riscos e benefícios possíveis dos tratamentos. • Transtornos de Aprendizagem: são condições que afetam a capacidade de um indivíduo de adquirir habilidades acadêmicas, como ler, escrever e calcular. Estes transtornos podem incluir dificuldades na leitura, escrita, ortografia, compreensão, aritmética, problemas com a atenção e organização, problemas de processamento auditivo e visual, dislexia e discalculia. • Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH): é um transtorno neurobiológico que pode afetar o comportamento, o desempenho escolar e o funcionamento social. Os sintomas incluem dificuldade em manter a atenção, hiperatividade, impulsividade e problemas de memória. • Transtornos de Ansiedade: são uma classe de transtornos mentais que se caracterizam por sintomas físicos e emocionais que afetam o bem-estar geral. Estes sintomas incluem medo, preocupação, nervosismo, tensão muscular e insônia. Os transtornos de ansiedade mais comuns incluem fobia social, transtorno de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). As intervenções que usam a ABA, tem uma validade social, ou seja, vai em direção das necessidades dos indivíduos e da sociedade. O objetivo das intervenções é auxiliar na aquisição de habilidades, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. Ela pode ser usada para tratar diversos problemas, como déficits de atenção, transtornos comportamentais, problemas de comunicação, transtornos alimentares e problemas de aprendizagem. A ABA também pode ser usada para tratar problemas que afetam a interação social, como autismo, disfunções sociais e agressividade. Ela tambémpode ser usada para tratar problemas de comportamento, como abuso de substâncias, comportamentos auto lesivos e transtornos de saúde mental. Além disso, a ABA pode ser usada para melhorar o desempenho acadêmico e o comportamento em sala de aula. A intervenção deve ser desenvolvida com base numa avaliação minuciosa dos comportamentos do indivíduo para que sejam identificadas as etapas necessárias para a mudança. Estas etapas precisam ser acompanhadas de reforços positivos para que sejam alcançados resultados eficazes e duradouros. A ABA também fornece recursos aos indivíduos para que possam desenvolver habilidades que permitam o acesso a serviços e oportunidades para contribuir socialmente (CAMARGO; RISPOLI, 2013). A validação da intervenção no comportamento é o processo de verificar se uma certa intervenção foi eficaz para atingir um objetivo específico. Isso envolve a monitoração dos resultados da intervenção para avaliar seu sucesso. Por exemplo, se um terapeuta utiliza uma técnica particular para tratar a ansiedade, eles podem usar a validação da intervenção para verificar se a técnica foi eficaz para reduzir os níveis de ansiedade do paciente. A validação da intervenção também é um importante componente da avaliação de programas de comportamento, pois ajuda a determinar se o programa é eficaz ou não. Em suma, a Análise do Comportamento Aplicado é uma abordagem de intervenção eficaz para tratar uma variedade de desordens comportamentais. Esta abordagem é aprovada e reconhecida pela OMS como sendo eficaz e é considerada ética, pois os profissionais que a usam seguem princípios éticos para garantir que os direitos dos participantes sejam respeitados. RESUMINDO A validação envolve avaliar a eficácia do programa, comparando-o com outras abordagens, a fim de determinar se ele é mais eficaz que outras abordagens. Isso pode ser feito por meio de experimentos controlados, estudos de caso, análises de dados de longo prazo, entrevistas e questionários. Os resultados da validação são usados para determinar se o programa está alcançando seus objetivos e se ele é eficaz para os participantes. Por meio de mecanismos de retorno, como questionários, entrevistas ou observação, o profissional de ABA pode avaliar o sucesso ou fracasso de uma intervenção no comportamento. Importante Avaliar o comportamento antes e depois da intervenção permitirá ao profissional de ABA verificar se o comportamento mudou como resultado da intervenção e até que ponto a mudança ocorreu. Além disso, a validação da intervenção no comportamento ajudará a identificar quais intervenções têm maior chance de sucesso, bem como as que não foram tão eficazes. Isso permitirá ao profissional de ABA tomar medidas para (re)ajustar as intervenções, se necessário. Esta avaliação pode ajudar a determinar se uma determinada técnica é eficaz ou se é necessário modificar ou até mesmo abandonar a técnica. Além disso, a validação da intervenção também pode ajudar a identificar quais estímulos são mais eficazes para determinada tarefa. Esta verificação é feita através de testes para avaliar a eficácia da intervenção, tais como dados antes e depois da aplicação da intervenção, observações, questionários e análises de dados. O objetivo da validação da intervenção é determinar se a intervenção realmente melhorou o comportamento ou o resultado desejado (FERNANDES; AMANTO, 2013). Esta avaliação é feita comparando o desempenho antes da intervenção e depois, para ver se houve uma melhoria significativa. A validade da intervenção também pode ser medida pelo nível de satisfação dos participantes ou pelo grau de sucesso da intervenção em relação aos objetivos estabelecidos. É importante avaliar a intervenção para determinar se está tendo o efeito desejado para a população alvo. A validade da intervenção deve ser avaliada periodicamente para garantir que ela esteja ajudando a população alvo da melhor maneira possível. Isso pode ser feito medindo o impacto da intervenção em relação aos objetivos estabelecidos, bem como avaliando o nível de satisfação da população alvo em relação aos resultados obtidos. Além disso, a eficácia da intervenção deve ser avaliada por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas para verificar se ela está realmente atingindo os resultados desejados (FERNANDES; AMANTO, 2013). Portanto, a abordagem ABA é uma abordagem comportamental e deve ser aplicada de forma a tornar as pessoas mais independentes e socialmente ajustadas, ajudando-as a desenvolver habilidades importantes para a vida, como raciocínio lógico, comunicação, tomada de decisão, solução de problemas, foco, regulação emocional e social e autocontrole. 2.1.1 Validação social A validade social procura investigar se uma mudança de comportamento tem repercussões positivas para a comunidade, como melhorando as relações entre indivíduos, melhorando a qualidade de vida, reduzindo custos, etc (BARREIRA, 2006). Ela propõe um quadro de análise que integra os aspectos clínicos e aplicados da mudança do comportamento. Os pesquisadores devem avaliar os resultados obtidos na mudança de comportamento em relação às muitas variáveis que afetam a avaliação clínica e aplicada, como o contexto, o meio ambiente, as políticas de saúde, as normas sociais e culturais, etc. A validade social também procura avaliar se a mudança do comportamento é sustentável ao longo do tempo e se os benefícios da mudança são distribuídos de forma equitativa entre os membros da comunidade. Importante Essa temática tem se tornado cada vez mais relevante, ao trazer para o debate questões ligadas ao bem-estar social, à responsabilidade social e à inclusão de todos na sociedade. A validade social pode ser medida através de pesquisas com a população. Estas podem ter como objetivo investigar a percepção dos indivíduos em relação às mudanças, assim como os impactos que elas têm na comunidade (BARREIRA, 2006). Além disso, a validade social pode ser avaliada através da análise de dados, como os obtidos por meio de estatísticas, como a taxa de desemprego, nível de escolaridade, salários médios, nível de endividamento, entre outros. Esses dados permitem aferir se determinada política teve ou não impacto positivo na sociedade. Além disso, podem ser realizadas pesquisas de opinião pública para avaliar se a população apoia ou rejeita determinadas práticas. Portanto, a validade social é uma maneira importante de avaliar se uma mudança de comportamento ou política teve ou não algum impacto positivo na sociedade. Por meio de pesquisas e análise de dados, é possível verificar a existência de uma validade social e assim avaliar os resultados de determinada ação. Isso é feito através de pesquisas que avaliam a percepção e a satisfação do público. Por exemplo, quando um governo implementa novas diretrizes, os cidadãos podem ser questionados sobre como acham que essas diretrizes afetarão suas vidas. A validade social diz respeito à quantidade de pessoas que concordam ou discordam de uma determinada mudança e às razões por trás dessa opinião. Se a maioria das pessoas concorda, então a mudança tem validade social. Se a maioria discorda, então a mudança não tem validade social. A avaliação da validade social é particularmente importante quando se trata de intervir em questões de saúde pública e políticas relacionadas à saúde. Os pesquisadores que usam técnicas de validade social podem ajudar a desenvolver programas eficazes para melhorar a saúde pública, ajudar a identificar e resolver problemas de saúde, fornecer informações para políticas de saúde e ajudar a identificar e tratar a saúde mental. Importante Esta avaliação é importante para medir o impacto que as políticas podem ter na saúde e bem-estar da população, além de garantir que as ações governamentais e não governamentais sejam aceitas e compreendidas pelos membros da sociedade afetados. A avaliação da validade social é geralmente realizada por meio da avaliaçãode opiniões, atitudes e percepções dos membros da comunidade sobre as questões abordadas. É importante que a avaliação seja realizada de forma imparcial, para que os resultados sejam confiáveis e representem o pensamento e sentimentos da comunidade. Esta avaliação também pode ajudar a identificar barreiras sociais e culturais que possam levar ao fracasso de uma intervenção (BARREIRA, 2006). A validade social também pode ser avaliada através da realização de estudos de caso ou experimentos controlados para verificar o impacto de determinadas políticas ou programas, e isso é particularmente importante quando se trata de questões de saúde pública. Estudos de caso podem ajudar a identificar as principais questões de saúde e bem-estar e auxiliar na avaliação dos resultados das políticas e programas. Experimentos controlados permitem que os cientistas analisem e avaliam os efeitos das políticas com maior precisão. De acordo com Foster e Mash (1999) a validação social engloba 3 componentes, sendo eles: objetivos, procedimentos e resultados de tratamento. 1. Objetivos: refere-se às razões pelas quais a pesquisa foi conduzida, incluindo a definição dos problemas, as hipóteses e os objetivos específicos. 2. Procedimentos: refere-se à seleção de participantes, instrumentos, métodos e técnicas usadas na pesquisa. 3. Resultados de tratamento: refere-se às conclusões e recomendações que resultam dos resultados da pesquisa. Isso deve incluir todos os efeitos positivos e negativos da intervenção. Importante É importante notar que o conceito de validade social não está relacionado ao conceito de validade científica, que se refere à precisão e confiabilidade dos métodos e dados usados para obter uma conclusão (BARREIRA, 2006). A validade social, por outro lado, se refere ao grau em que uma conclusão é aceita, reconhecida e compartilhada por todos os membros de uma determinada comunidade. A validade social é um importante critério para avaliar a qualidade das conclusões de um estudo, pois mostra se elas são relevantes para a comunidade. Esta validade social é especialmente importante em estudos sociais, onde as conclusões podem ter um impacto significativo na vida das pessoas que participam desse estudo. Se as conclusões não são relevantes ou aceitas pela comunidade, elas não Em suma, a avaliação da validade social é fundamental para garantir que as políticas e programas de saúde sejam implementados de forma eficaz e aceitos pela população. Esta avaliação é importante para identificar barreiras sociais e culturais e fornecer informações precisas sobre o impacto de determinadas políticas e programas. RESUMINDO terão valor para os participantes do estudo. A validade social é um meio de garantir que as conclusões de um estudo sejam relevantes para a comunidade e que os resultados possam ser usados para melhorar a situação dos participantes. É importante que os pesquisadores considerem a validade social ao conduzir os estudos e que sejam abertos ao diálogo com a comunidade. Isso garante que o estudo seja relevante e que seus resultados e conclusões tenham significado prático para a comunidade. 2.2 Princípios éticos Os princípios éticos estão presentes em um código de conduta dos analistas do comportamento, que utilizam intervenções efetivas que se baseiam em pesquisas e experimentos controlados (BAILEY, BURCH, 2011). Os princípios éticos fundamentais para analistas do comportamento incluem: 1. Respeito: Os analistas do comportamento devem tratar os seus clientes com dignidade e respeito, reconhecendo suas opiniões e direitos. 2. Compreensão: Os analistas do comportamento devem mostrar compreensão e compaixão por suas necessidades e desafios. 3. Responsabilidade: Os analistas do comportamento devem aceitar a responsabilidade de seus próprios atos e para assegurar práticas ética e efetiva. 4. Integridade: Os analistas do comportamento devem ser honestos, profissionais e devem cumprir os seus compromissos. 5. Confidencialidade: Os analistas do comportamento devem proteger a privacidade dos seus clientes e não divulgar informações confidenciais, a menos que autorizado. 6. Respeito pela diversidade: Os analistas do comportamento devem respeitar as diferenças culturais e respeitar as crenças e práticas religiosas de seus clientes. 7. Responsabilidade Profissional: Os analistas do comportamento devem promover o bem-estar de seus clientes e evitar qualquer ação ou omissão de responsabilidade profissional. Esta abordagem tem como objetivo ajudar as pessoas a se tornarem mais independentes, autonomia e responsabilidade pessoal. O que define o comportamento é o contexto no qual ele ocorre, o que o motiva, como ele é influenciado por outros fatores e como pode ser modificado. Portanto, os analistas do comportamento usam estratégias adotadas para modificar os comportamentos mal adaptativos, como a análise do comportamento, a terapia de aversão, a terapia de contingências de reforço positivo e o treinamento de habilidades de vida (CAMARGO; RISPOLI, 2013). A análise do comportamento consiste em identificar quais comportamentos precisam ser modificados, identificando as condições que desencadeiam o comportamento indesejado. Esta abordagem utiliza reforços positivos para aumentar comportamentos desejáveis e consequências desagradáveis para diminuir comportamentos indesejáveis (BAILEY, BURCH, 2011). A terapia de aversão é usada para reduzir comportamentos indesejáveis através da associação entre determinado comportamento e consequências desagradáveis. Esta abordagem utiliza estimulações negativas, como o som, o toque ou a dor para reduzir o comportamento. A terapia de contingências de reforço positivo é usada para aumentar comportamentos desejáveis associando-os com consequências positivas. Esta abordagem utiliza reforços positivos como elogios, presentes ou experiências agradáveis para incentivar o comportamento desejado. O treinamento de habilidades de vida é usado para ensinar o indivíduo habilidades que são necessárias para a vida diária. Esta abordagem utiliza técnicas de ensino, como a modelagem, a simulação e a prática, para ensinar o indivíduo habilidades que melhoram a sua qualidade de vida. A análise do comportamento se concentra nos comportamentos observáveis e nas circunstâncias que os moldam, usam métodos científicos para analisar e entender como os comportamentos são influenciados por seus contextos. Por exemplo, quando um comportamento é motivado por um estímulo, os analistas do comportamento usam métodos para identificar e compreender esse estímulo. A terapia de aversão usa uma forma de punição para mudar comportamentos indesejáveis. Os analistas do comportamento usam uma variedade de estímulos aversivos para substituir os comportamentos indesejáveis. Por exemplo, um analista do comportamento pode usar o aperto de punho ou o toque em uma área específica para diminuir o comportamento de agressão. A terapia de contingências de reforço positivo usa a recompensa para reforçar o comportamento desejado. Os analistas do comportamento podem usar elogios, brinquedos, alimentos ou dinheiro como incentivos para promover o comportamento desejado. Por exemplo, se o comportamento desejado é o comportamento de obediência, o analista do comportamento pode recompensar o comportamento de obediência com elogios ou um brinquedo. O treinamento de habilidades de vida é uma estratégia usada para ensinar habilidades que podem ajudar as pessoas a lidar com situações difíceis. Os analistas do comportamento usam técnicas de ensino direto para ensinar habilidades como a resolução de problemas, a tomada de decisões, a comunicação eficaz, a regulação das emoções e a autogestão. Estas habilidades são desenvolvidas através de tarefas, exercícios, práticas e atividades de role-play. Portanto, os princípios éticos são de suma importância para os analistas do comportamento. Logo, os princípios éticos auxiliam para o desenvolvimentode uma sociedade saudável. Eles fornecem diretrizes para ajudar a garantir que os indivíduos e as organizações atendam aos padrões de conduta aceitáveis e apropriados. Importante Os princípios éticos fornecem a base para a responsabilidade moral, pois eles exigem que as pessoas tomem decisões éticas e responsáveis. Eles também ajudam a proteger a integridade e a credibilidade das organizações, bem como o bem-estar dos indivíduos (CAMARGO; RISPOLI, 2013). Os princípios éticos podem variar de acordo com a cultura, as normas sociais, as crenças individuais e as práticas de negócios. No entanto, Role-play é uma forma de interpretação, onde os participantes assumem o papel de personagens e interagem entre si e com o ambiente de forma improvisada. Seu objetivo é que os atores se coloquem no lugar de seus personagens e explorem as diversas possibilidades de diálogos, ações e emoções, criando assim uma verdadeira experiência de imersão. É muito comum em jogos, mas também pode ser usado em situações educacionais ou até mesmo em terapia. existem alguns princípios éticos universais, como honestidade, integridade, responsabilidade, respeito, lealdade e transparência. A honestidade é a base para a integridade, pois exige que uma pessoa seja verdadeira e justa nas suas ações. A responsabilidade significa que uma pessoa deve ser capaz de assumir as consequências de seus atos. O respeito exige que uma pessoa trate todos com dignidade e também que ela seja responsável por suas ações. A lealdade exige que uma pessoa seja fiel, confiável e leal aos seus deveres e responsabilidades. A transparência significa que uma pessoa deve ser honesta e aberta sobre suas ações e intenções. Além disso, os princípios éticos ajudam a criar um ambiente de respeito mútuo, onde todos os envolvidos têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades e contribuir para o crescimento e desenvolvimento da sociedade, outros princípios éticos, são: 1. Princípio da Compaixão: Promover o bem-estar dos indivíduos à medida que se busca melhorar seu comportamento. 2. Princípio da Autodeterminação: Respeitar a liberdade e a autonomia dos indivíduos, deixando-os livres para tomar suas próprias decisões. 3. Princípio da Responsabilidade: Ser responsável por todas as decisões que são tomadas e ações que são realizadas. 4. Princípio da Oportunidade: Oferecer aos indivíduos as ferramentas necessárias para alcançar o sucesso. 5. Princípio da Integridade: Utilizar apenas métodos éticos e aceitáveis no desenvolvimento e aplicação da ABA. 6. Princípio da Melhoria Contínua: Buscar sempre melhorar e aprimorar os resultados obtidos. 7. Princípio da Transparência: Manter a honestidade em relação às informações prestadas aos indivíduos e às partes interessadas. Importante Os princípios éticos da análise do comportamento aplicado são fundamentais para garantir que os profissionais possam fornecer serviços de alta qualidade e que sejam realizados de forma segura e responsável. Estes princípios se concentram na proteção dos direitos humanos, na responsabilidade dos profissionais pela qualidade e integridade de seu trabalho e na integridade profissional (CAMARGO; RISPOLI, 2013). Os princípios éticos da análise do comportamento aplicado garantem que os profissionais forneçam serviços de alta qualidade, que sejam realizados de forma segura e responsável. Estes princípios também permitem que os profissionais entendam e respeitem os direitos humanos, incluindo o direito à dignidade, à privacidade e à integridade. Além disso, eles também garantem que os profissionais atuem de forma ética e responsável, cumprindo com suas responsabilidades profissionais e mantendo uma postura de respeito e de empatia para com os seus pacientes ou clientes. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que validade da Intervenção e Princípios Éticos da análise do comportamento aplicado é fundamentada na lógica do método científico e na análise de dados que indicam a natureza da mudança comportamental. Os princípios éticos e as intervenções são fundamentais para o desenvolvimento de programas eficazes que promovem o bem-estar dos participantes e garantam a integridade das pesquisas. As intervenções e princípios éticos da análise do comportamento aplicado devem ser considerados ao planejar, desenvolver e implementar programas de análise do comportamento. Estes princípios são os seguintes: respeito e autonomia dos participantes; direitos humanos; responsabilidade profissional; responsabilidade social; ética de pesquisa; e confidencialidade. Estes princípios ajudam a garantir que os programas sejam desenvolvidos de forma segura e responsável, permitindo que todos os participantes se beneficiem. RESUMO DO CAPÍTULO Reflexo Inato e Aprendido, Reforço e Análise Funcional C A P Í T U L O 3 OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender reflexo Inato e Aprendido, Reforço e Análise Funcional. Onde, Reflexo Inato: é um movimento involuntário ou resposta que ocorre em resposta a um estímulo externo. Ocorre independentemente de qualquer experiência prévia. Exemplos comuns de reflexos inatos incluem respostas de toque, respostas de evasão e respostas de alimentação. Aprendido: O aprendizado é a capacidade de adquirir novos conhecimentos, habilidades e comportamentos. Existem várias formas de aprendizado, como aprendizado associativo, aprendizado operante e aprendizado social. Reforço: é um conceito psicológico que se refere ao aumento da probabilidade de um comportamento ou resposta ao longo do tempo, como resultado de algum tipo de recompensa ou reforço. O reforço é usado para aumentar a probabilidade de que um comportamento ou resposta seja repetido no futuro. Análise Funcional: é uma abordagem para o estudo do comportamento que se concentra na relação entre o comportamento e o ambiente em que o comportamento ocorre. O objetivo da Análise Funcional é identificar quais fatores estão contribuindo para o comportamento de forma a ajudar a desenvolver e implementar estratégias eficazes para modificar o comportamento. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 3.1 Reflexo Inato e aprendido do comportamento Os reflexos inatos do comportamento significam aqueles que ocorrem independente da vontade do indivíduo. Exemplo: quando a luz está acesa, você abre os olhos, e quando ela é apagada, você fecha. Logo, o reflexo é uma resposta automática e involuntária do organismo a estimulações externas. É caracterizado por uma pequena contração muscular localizada e rápida, que se dá como resposta a um estímulo externo que atinge os nervos sensoriais. Os reflexos são importantes para o o funcionamento do organismo, pois servem como protetores, auxiliando o sistema nervoso na manutenção da homeostase (MOREIRA; MEDEIROS, 2018). No caso de reflexos inatos, como o reflexo de Moro, não é necessário que o indivíduo aprenda a reagir ao estímulo, pois acontece de forma automática, sem necessidade de aprendizado. O reflexo de Moro é um exemplo de um reflexo inato, pois ele acontece automaticamente quando o bebê é estimulado. O reflexo consiste em estender os braços e abrir as mãos quando o bebê é surpreendido por um estímulo sonoro ou por um movimento brusco (MOREIRA; MEDEIROS, 2018). O reflexo de Moro é um dos quatro principais reflexos neonatais, juntamente com o reflexo de sucção, o reflexo de tonicidade do pescoço e o reflexo de marcha do bebê. É um reflexo de resposta ao estímulo de medo, que é causado por um ruído alto, movimento súbito ou contato brusco. Quando esse estímulo é detectado, o bebê abre seu corpo inteiro, estende os braços e as pernas, e ergue sua cabeça e pescoço. Seu peito também se eleva, e sua boca se abre enquanto ele respira fundo. Esse reflexo tendea desaparecer por volta dos três meses de idade, e pode ser um sinal de desenvolvimento anormal se não desaparecer nessa idade (OLHWEILER; SILVA; ROTTA, 2005). Portanto, os reflexos inatos do comportamento são aqueles herdados, ou seja, é geneticamente programado. Ele é transmitido de geração para geração, como é o caso da migração anual de aves. Portanto, o reflexo inato é uma resposta automática e involuntária que acontece de forma instantânea. Ele é ativado por estímulos externos, como por exemplo, o som de uma buzina ou o toque de uma mão, e o organismo responde com uma ação inesperada. É importante lembrar que o reflexo não é uma resposta consciente, mas sim, uma reação automática (MOREIRA; MEDEIROS, 2018). Assim, é um mecanismo de defesa do organismo que permite a reação rápida e inata para situações de perigo. Ele permite que o organismo se prepare de forma rápida e eficaz para a fuga ou a luta. VOCÊ SABIA? Importante É importante destacar que o reflexo é um mecanismo inato que permite ao organismo reagir de forma automática e inesperada quando é estimulado. O reflexo é um movimento involuntário que ocorre como resposta à um estímulo externo (sensorial) ou interno (hormonal ou químico). Ele é importante para a sobrevivência do organismo pois, quando acionado, permite que ele reaja rapidamente a uma situação de perigo. É importante lembrar que, apesar de ser um mecanismo inata, o reflexo pode ser modificado pelo aprendizado, tornando-se mais específico e adaptado às necessidades do organismo. Já o reflexo aprendido do comportamento é um tipo de resposta condicionada que acontece como resultado de um estímulo anterior repetido. Essa resposta é automática e não requer pensamento consciente. É comum em seres humanos e animais, e ocorre quando a exposição a certos estímulos resulta em um comportamento repetido e consistente. Por exemplo, quando um cão ouve o som de uma campainha, ele automaticamente começa a salivar, pois esse som foi anteriormente associado a comida. Dessa forma, o comportamento aprendido é um comportamento adquirido pelo estímulo de um agente externo, como um professor, um amigo ou uma experiência. É a mudança na forma como uma pessoa se comporta, como resultado de uma experiência ou treinamento, que dura depois que o estímulo externo é removido (NETO; TOURINHO, 2001). Dessa forma, o reflexo aprendido do comportamento é uma teoria desenvolvida na década de 1950 por B.F. Skinner, que explica como seres vivos aprendem a reforçar certos comportamentos através da associação com consequências positivas ou negativas (MOREIRA; MEDEIROS, 2018). De acordo com esta teoria, se um organismo desenvolver um EXEMPLO Um aluno que aprende a falar inglês como resultado de um curso de língua pode continuar a falar inglês mesmo depois que o curso acaba. O comportamento aprendido pode incluir habilidades como ler, escrever, fazer contas, jogar esportes e outras habilidades sociais. comportamento que resulta em uma consequência positiva, esse comportamento será reforçado e tende a se repetir; por outro lado, se o comportamento resultar em uma consequência negativa, esse comportamento tende a ser suprimido. Para que este processo de aprendizagem ocorra, é necessário que o organismo determine a relação entre o comportamento e a consequência. A teoria do Reflexo Aprendido do Comportamento tem sido usada para entender o comportamento humano e animal, e é um dos principais pilares do treinamento de animais. A principal aplicação desta teoria é o treinamento por reforço positivo, no qual animais (ou seres humanos) são recompensados por comportamentos desejáveis, e punidos por comportamentos indesejáveis. Esta forma de treinamento tem sido usada para ensinar animais a executar tarefas complexas, como a detecção de drogas ou explosivos, ou a realização de serviços de assistência a pessoas com deficiência. 3.2 Reforço do comportamento O reforço do comportamento é um método de ensino que incentiva o comportamento desejado ao premiar os comportamentos positivos. Esta abordagem de ensino é amplamente utilizada para ensinar comportamentos a crianças, animais e até mesmo adultos (SANTOS; LEITE, 2013). O reforço do comportamento oferece feedback positivo direto para o indivíduo, ajudando-o a entender o comportamento desejado. Ao usar o reforço do comportamento, é importante entender que os resultados não são imediatos. O reforço do comportamento requer um processo de treinamento contínuo para que o indivíduo se torne progressivamente mais confiante e RESUMINDO O reflexo aprendido do comportamento é uma teoria que explica como seres vivos aprendem a reforçar certos comportamentos através da associação com consequências positivas ou negativas. Esta teoria tem sido aplicada em programas de treinamento para animais, como o treinamento por reforço positivo, e tem provado ser uma ferramenta útil para a compreensão do comportamento humano e animal. competente. Durante o processo de treinamento, é importante que o reforço seja aplicado de forma consistente. Isso significa que o indivíduo deve receber reforço de forma consistente e previsível para que ele possa estabelecer um padrão de comportamento (SANTOS; LEITE, 2013). O reforço deve ser suficientemente forte para motivar o indivíduo a realizar o comportamento desejado, mas não tão forte a ponto de desencorajar a tentativa de aprendizado. Além disso, é importante que o reforço seja aplicado com rapidez. Ao oferecer o reforço rapidamente, o indivíduo pode associar o comportamento desejado ao reforço e, assim, aumentar a probabilidade de repetição do comportamento. O reforço do comportamento pode ser uma ferramenta extremamente útil para ensinar a crianças, animais e adultos comportamentos desejados. Ao usar esta ferramenta de ensino de forma consistente e previsível, é possível ajudar o indivíduo a estabelecer e manter comportamentos positivos. O reforço pode ser dividido em dois, o reforço positivo e o negativo. São duas técnicas de comportamento utilizadas para ajudar as pessoas a aprenderem novas habilidades ou mudarem o comportamento indesejado. O reforço positivo envolve o uso de recompensas para incentivar o comportamento desejado, enquanto o reforço negativo envolve a remoção de recompensas para evitar comportamentos indesejados. O objetivo dos dois é ajudar as pessoas a desenvolverem novas habilidades e manter seu comportamento desejável (LUIZ, 2014). O reforço positivo pode incluir elogios, reconhecimento, recompensas físicas, recompensas financeiras, além de outras formas de incentivo. O reforço negativo, por outro lado, pode envolver a remoção de uma recompensa, a imposição de uma punição, ou a realização de uma tarefa desagradável. Enquanto o reforço positivo tem como objetivo incentivar o comportamento desejado, o reforço negativo tem como objetivo desencorajar o comportamento indesejado. Com o uso apropriado, o reforço positivo e o reforço negativo podem ter um grande efeito no comportamento de uma pessoa. No entanto, é importante lembrar que eles devem ser usados de forma responsável e ética para evitar problemas de comportamento futuros. EXEMPLO 1. Uma pessoa que está tentando parar de fumar que recebe uma Logo, o reforço é um importante componente do aprendizado comportamental e desempenha um papel fundamental na forma como os comportamentos são aprendidos e mantidos. Reforçar os comportamentos desejados pode ajudar a melhorar o comportamento de forma mais rápida e eficaz. Quando os comportamentos são reforçados de maneira adequada, aumentam as chances de que eles sejam repetidos no futuro. Portanto, o reforço é essencial para incentivar o comportamento desejado e ajudar o indivíduo a desenvolver hábitos saudáveis. Existe ainda, a Teoria do Reforço de Skinner é uma teoria de aprendizagem criada pelo psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner, que estuda o comportamento humano e animal. Esta teoria explica comoas consequências influenciam o comportamento. O reforço pode ser positivo, quando algo agradável é acrescentado para incentivar um comportamento, ou negativo, quando algo desagradável é removido para desencorajar um comportamento (ZILIO; CARRARA, 2009). Portanto, de acordo com Zilio e Carrara (2009) os principais conceitos dessa teoria são: 1. Estímulo: Um estímulo é qualquer coisa no ambiente que afeta o comportamento do indivíduo. Pode incluir sons, luzes, palavras, sinais, etc. O estímulo pode causar mudanças positivas ou negativas no comportamento, dependendo da situação. 2. Resposta: Uma resposta é qualquer comportamento que é exibido pelo RESUMINDO A reforço positivo pode ser usado para aumentar comportamentos desejáveis, enquanto o reforço negativo pode ser usado para diminuir comportamentos indesejados. O reforço pode ser aplicado de forma verbal ou não verbal, e pode ser dado em intervalos regulares ou em resposta às ações do indivíduo. multa por fumar em um local proibido. 2. Um animal de estimação que recebe um “não” quando tenta pular no sofá. 3. Uma criança que recebe uma punição por desobedecer às regras. 4. Um trabalhador que recebe uma advertência verbal por não cumprir com seus deveres. 5. Um aluno que é repreendido por não prestar atenção em sala de aula. indivíduo como resultado de um estímulo. Exemplos de respostas podem incluir comportamentos verbais, tais como falar ou gritar, ou comportamentos físicos, tais como levantar os braços ou apertar os punhos. 3. Reforço: O reforço é qualquer coisa que aumenta a probabilidade de que uma resposta ocorra novamente. O reforço positivo é quando algo agradável é adicionado para incentivar um comportamento específico. O reforço negativo é quando algo desagradável é removido para desencorajar um comportamento específico. 3.3 Análise funcional do comportamento A análise funcional do comportamento é um ramo da psicologia cognitiva que se ocupa de estudar o comportamento humano. Esta teoria é baseada na premissa de que o comportamento humano é resultado das interações entre a pessoa e o ambiente (MATOS, 1999). Ela procura entender como os fatores ambientais e as experiências anteriores influenciam o comportamento atual. A análise funcional do comportamento também investiga como as habilidades interpessoais e a consciência das emoções podem afetar o comportamento. Por meio da análise funcional do comportamento, é possível estabelecer estratégias para modificar o comportamento indesejado. Esta abordagem também é útil para entender o contexto em que o comportamento ocorre. Por exemplo, o comportamento pode ser influenciado pelo ambiente familiar, pelas expectativas da escola ou pela pressão dos colegas. A análise funcional do comportamento também tem aplicações práticas, como na área da educação. Esta abordagem pode ajudar os professores a compreender melhor os comportamentos dos alunos, melhorar as relações interpessoais e motivar os alunos. Além disso, a análise funcional EXEMPLOS 1. Um exemplo de reforço positivo seria dar ao seu filho um doce quando ele faz as tarefas de casa. Isso aumenta a probabilidade de que ele vai continuar a fazer as tarefas de casa. 2. Um exemplo de reforço negativo seria tirar o acesso à televisão ou jogos de seu filho quando ele não faz as tarefas de casa. Isso diminui a probabilidade de que ele vai continuar a não fazer as tarefas de casa. do comportamento também é útil para modificar o comportamento em outras áreas, como saúde mental, saúde comportamental e comportamento animal. Ela tenta entender como e por que as pessoas reagem aos fatores do ambiente, como recompensas e punições, e como isso afeta suas ações. Esta teoria também se concentra em identificar fatores de influência em um comportamento específico, a fim de criar estratégias para mudar o comportamento desejado. É usada para tratar problemas de comportamento, tais como ansiedade, autismo e problemas de aprendizagem. Importante A Análise Funcional do Comportamento é uma abordagem científica para entender e prever o comportamento humano e animal. Esta abordagem se baseia na ideia de que o comportamento é motivado por funções, como evitar dor, obter satisfação e alcançar objetivos. O objetivo desta abordagem é encontrar soluções que melhorem o comportamento e a qualidade de vida (MATOS, 1999). Essa análise se concentra em entender o que está motivando o comportamento. Essa abordagem estuda como o ambiente afeta o comportamento e investiga as consequências que ocorrem a seguir a um determinado comportamento. Isso permite que os profissionais identifiquem e estruturem o ambiente de forma a reforçar o comportamento desejado e reduzir o comportamento indesejado (NENO, 2003). Também se concentra em ensinar novos comportamentos para substituir os comportamentos indesejados. Os profissionais usam técnicas como ensino por meio de tarefas, verbalização, modelagem, prática e outras formas de ensino para ensinar novos comportamentos. A Análise Funcional do Comportamento é amplamente utilizada para tratar comportamentos problemáticos, especialmente em crianças, jovens e adultos com dificuldades, transtornos ou riscos de saúde mental. Os profissionais usam esta abordagem para diagnosticar e tratar comportamentos problemáticos, além de desenvolver programas de prevenção. Os profissionais que fazem análise funcional do comportamento são especialistas em comportamento humano que usam técnicas de análise comportamental para tratar problemas comportamentais. Eles ajudam a entender por que alguém está comportando de determinada maneira e quais mudanças no ambiente podem ajudar a promover mudanças de comportamento desejadas (MATOS, 1999). Esses profissionais usam uma variedade de técnicas para avaliar e tratar problemas comportamentais. Eles usam observação direta, análise de dados, mapeamento de comportamento, ensaio de ação, ensaio de contingências e análise de contingências para avaliar os comportamentos de uma pessoa e para compreender o contexto em que o comportamento ocorre. Usam ainda técnicas de treinamento de comportamento para ensinar comportamentos desejados, tais como habilidades sociais, regulação emocional, habilidades de auto-ajuda e assim por diante. RESUMINDO A Análise Funcional do Comportamento é uma abordagem científica para entender e prever o comportamento humano e animal. Esta abordagem se concentra em entender o que está motivando o comportamento e usar técnicas para ensinar novos comportamentos. Esta abordagem é amplamente utilizada para tratar comportamentos problemáticos e ajudar as pessoas a viverem de forma saudável (NENO, 2003). Figura 28 – Profissionais de análise do comportamento Fonte: Freepik Importante Os profissionais de análise do comportamento trabalham com uma variedade de populações, incluindo crianças com necessidades especiais, idosos, indivíduos com transtornos mentais, indivíduos com deficiência intelectual e indivíduos com transtornos de comportamento. Eles também podem trabalhar em equipes multidisciplinares para avaliar, diagnosticar e tratar problemas comportamentais (SOUZA et al., 2020). Esses profissionais usam técnicas baseadas na ciência do comportamento para ensinar e modificar comportamentos, reduzir problemas comportamentais e criar ambientes de aprendizagem mais eficazes. O foco principal é compreender e avaliar como as interações entre o ambiente e o comportamento afetam o comportamento dos indivíduos. Os analistas do comportamento também usam técnicas de monitoramento para avaliar o progresso dos indivíduos ao longo do tempo. Esses profissionais costumam trabalhar em hospitais, escolas, clínicas, casas de repouso, centros de tratamento e outras instituições, onde eles podem atuar como parte de uma equipe multidisciplinar. Portanto, são treinados para avaliar, diagnosticar e tratar problemas comportamentais, fornecendo orientação para ajudar as pessoas aalcançar seus objetivos de vida. Eles são treinados para usar técnicas comportamentais para ajudar as pessoas a mudar seus comportamentos indesejáveis e a aprender novos comportamentos desejáveis. Estas técnicas são geralmente usadas em conjunto com outros tipos de tratamento, incluindo psicoeducação, terapia cognitivo-comportamental e terapia comportamental dialética. São treinados ainda para ajudar as pessoas a entender as consequências de seus comportamentos, para que eles possam identificar comportamentos desejáveis e aprender a escolhê-los. Eles também são treinados para ajudar as pessoas a gerar soluções para problemas comportamentais, para que elas possam alcançar o bem-estar emocional e o sucesso. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que os reflexos inatos são aqueles comportamentos que já estão prontos em nossos sistemas nervosos desde o nascimento. Eles não precisam de nenhum tipo de treinamento para serem aprendidos e são geralmente instintivos. Exemplos comuns de reflexos inatos incluem o reflexo de sucção, o reflexo de moro, o reflexo de piscar de olhos e o reflexo de retirada quando tocamos em algo quente. Os reflexos aprendidos é o processo pelo qual um organismo adquire novo conhecimento ou comportamento. Pode ser causado por experiências, estímulos internos ou externos ou mesmo pela imitação. A aprendizagem é um dos principais mecanismos usados para o comportamento adaptativo e é essencial para o desenvolvimento cognitivo e social. O reforço é uma das principais estratégias usadas para modificar e moldar o comportamento. Ele estimula ou recompensa um comportamento específico para aumentar a probabilidade de que ele seja repetido no futuro. O reforço positivo oferece recompensas para comportamentos desejáveis, enquanto o reforço negativo remove algo desagradável para reduzir a probabilidade de um comportamento indesejável. A análise funcional é um método usado para investigar o comportamento e determinar as razões por trás dele. Ele é usado para ajudar a entender o contexto, a motivação e o propósito de um comportamento. A análise funcional busca identificar os fatores que desencadeiam um comportamento, bem como as consequências que mantêm esse comportamento. RESUMO DO CAPÍTULO Controle Aversivo e Esquemas de Reforçamento C A P Í T U L O 4 OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de explicar controle Aversivo e Esquemas de Reforçamento. Controle Aversivo é a forma de controle de comportamento que implica a aplicação de alguma forma de punição para reduzir a probabilidade de uma determinada ação ou comportamento. O objetivo é que o indivíduo associe o comportamento indesejado com alguma forma de punição desagradável, para que haja uma redução na probabilidade de ocorrência deste comportamento. Esquemas de Reforçamento são estratégias usadas para modificar o comportamento de alguém. Estes esquemas usam estímulos positivos para aumentar a probabilidade de ocorrência de um comportamento desejado. Os estímulos podem ser materiais, como recompensas, ou intangíveis, como elogios. Estes esquemas também podem usar estímulos negativos, como a remoção de algo desagradável, para diminuir a probabilidade de ocorrência de um comportamento indesejado. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 4.1 Controle aversivo Controle aversivo do comportamento é um tipo de treinamento usado para modificar o comportamento de uma pessoa ou animal por meio de estimulação negativa. Isso significa que a pessoa ou animal recebe uma punição ou estímulo desagradável, como um choque elétrico, uma reprimenda verbal ou outro tipo de castigo, a fim de desencorajar o comportamento indesejado. O objetivo é que, ao experimentar a punição, o indivíduo aprenda a evitar o comportamento que resultou na punição (MAZZO, 2007). A punição tem como objetivo ensinar à pessoa a evitar comportamentos indesejados. Por meio da punição, a pessoa é forçada a mudar seu comportamento. A punição pode ser física, como uma palmada ou castigo, ou psicológica, como o uso de palavras ou ações que intimidem ou humilhem. O objetivo é que, ao experimentar a punição, o indivíduo aprenda a evitar o comportamento que resultou na punição, e a mudar sua forma de agir para que ocorram consequências positivas. Para isso, é importante que a punição seja aplicada de forma consistente e que seja seguida por elogios e recompensas quando o comportamento desejado for alcançado. Esse controle pode ser eficaz para corrigir alguns comportamentos, mas também pode ser problemático, pois pode provocar medo e ansiedade, que podem levar a respostas negativas e ao aumento do comportamento indesejado. Além disso, os efeitos dessa forma de treinamento podem ser temporários e o comportamento pode regressar quando o estímulo negativo não é mais presente. Importante O controle adverso apresenta de acordo com Mazzo (2007) duas formas de contingências, sendo elas as de punição e as de reforço negativo. Contudo, alguns autores abordam sobre essas contingências com denominações distintas, tais como: Sidma (1995) que utiliza o termo “Coerção”, Milenson (1975) que utiliza o termo “contingências aversivas” e Skinner (1975) que utiliza o ter “controle aversivo”. Portanto, o controle aversivo, como definido na Análise do Comportamento, refere-se ao controle do comportamento estabelecido por contingências de punição e de reforço negativo. É considerado como sendo uma das formas mais antigas e mais comumente usadas de controle comportamental. Contudo, o controle aversivo pode causar efeitos não desejados, como uma dificuldade de aprendizagem, por essa razão, o controle aversivo é reprimido em algumas situações, sendo indicado sua substituição, por contingências de reforço positivo e de extinção (MAZZO, 2007). O reforço positivo se baseia na premiação ou recompensa de comportamentos desejáveis, com o intuito de estimular sua repetição. Enquanto isso, a extinção consiste na abolição da resposta, ao não produzir a premiação ou recompensa quando o comportamento não é desejável. Essas estratégias têm sido muito úteis para ensinar e modificar comportamentos, já que a pessoa é estimulada a exercer comportamentos positivos e é reconhecida pelos seus esforços. Além disso, o uso do reforço positivo e da extinção evita que o indivíduo se sinta punido ou desencorajado, o que pode levar a sentimentos de raiva e rebeldia. Porém, mesmo o controle aversivo apresentar efeitos indesejáveis, ele pode contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem se aplicado de forma Baseando-se nesses críticos, supõe-se que nem todo efeito indesejável à aprendizagem de comportamentos apropriados ou eficazes seja produzido, exclusivamente, pelas contingências que definem o controle aversivo do comportamento. Considera-se, ainda, que os efeitos produzidos pelo controle aversivo nem sempre sejam indesejáveis à promoção de comportamentos eficazes e favorecedores de déficits comportamentais (MAZZO, 2007, p. 11). EXEMPLO - Redução na motivação da tarefa. - Diminuição da confiança e do senso de segurança. - Aumento da ansiedade e do estresse. - Dificuldades para concentrar-se. - Maior nível de desânimo. - Sentimentos de incapacidade ou inferioridade. - Redução da produtividade. - Reação de resistência à autoridade. - Redução na qualidade dos resultados. adequada, o que é possível quando se mantém o foco nas contingências de punição e reforço negativo, de modo que ambas as técnicas sejam fornecidas com precisão. Da mesma forma, que é necessário avaliar os efeitos dessas técnicas de forma individualizada, de modo que os efeitos indesejáveis sejam reduzidos ao mínimo. Em conclusão, apesar de estudos terem demonstrado efeitos indesejáveis associados ao uso do controle aversivo,
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