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Ebook da Unidade - Análise do Comportamento Aplicado e Seus Princípios

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Análise do Comportamento
Aplicado e Seus Princípios
P Ó S - G R A D U A Ç Ã O
Autoria
IANA ANDRADE SAMPAIO FELIPE
Olá. Tenho formação em Bacharelado e Licenciatura 
em Psicologia - Universidade Estadual da Paraíba 
(UEPB). Conselho Regional de Psicologia - CRP 13/9598. 
Especialista em Psicologia do trânsito. Mestre em 
Psicologia da Saúde – UEPB. Terapeuta ABA. 
Graduanda em Análise do Comportamento Aplicada, 
Terapia Cognitivo Comportamental e Psicologia 
Jurídica Sou apaixonado pelo que faço e adoro 
transmitir minha experiência de vida àqueles que 
estão iniciando em suas profissões. Por isso fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estou muito feliz em 
poder ajudar você nesta fase de muito estudo e 
trabalho. Conte comigo!
Introdução
Olá aluno. Nessa disciplina vamos estudar sobre 
Análise do Comportamento Aplicado e Seus Princípios. 
A Análise do Comportamento Aplicado (ABA) é uma 
abordagem de tratamento comportamental que se 
concentra na identificação e modificação de 
comportamentos individuais. Esta abordagem foi 
desenvolvida com base nos princípios da análise do 
comportamento, que é uma área da psicologia que se 
concentra na maneira como o comportamento é 
aprendido e modificado. Os princípios da ABA são 
usados para compreender e modificar o 
comportamento humano, com o objetivo de melhorar 
o ambiente, as habilidades sociais e as habilidades 
acadêmicas. Os princípios da ABA incluem o princípio 
de reforço, o princípio de antecedentes, o princípio de 
punição, o princípio de generalização, o princípio de 
discriminação e o princípio de extinção. O princípio de 
reforço enfatiza a importância de incentivar o 
comportamento desejado ao oferecer recompensas. 
O princípio de antecedentes se concentra na 
identificação de estímulos ambientais que 
antecedem um comportamento específico. O 
Introdução
princípio de punição se concentra na remoção de 
reforços negativos para desencorajar 
comportamentos indesejados. O princípio de 
generalização se concentra na transferência de 
habilidades aprendidas de um contexto para outro. O 
princípio de discriminação se concentra na 
capacidade de distinguir entre estímulos diferentes. O 
princípio de extinção se concentra na redução do 
comportamento através da remoção de reforços 
positivos. A ABA é usada para tratar crianças com 
autismo, bem como adultos com transtornos de 
saúde mental. Além disso, é usada em aplicações 
empresariais e muitas outras áreas. É importante ter 
em mente que a ABA tem potencial para beneficiar 
indivíduos com necessidades especiais, mas ela 
também pode ser usada para promover o 
crescimento e a desenvoltura em todas as áreas. 
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
COMPETÊNCIAS
 1.1 DEFINIÇÃO DA ABA
 1.2 DIMENSÕES DA ABA
 1.2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
 1.2.2 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL
 1.2.3 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS
 1.3 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA ABA
CAPÍTULO 2: VALIDADE DA INTERVENÇÃO E 
PRINCÍPIOS ÉTICOS
 2.1 VALIDADE DA INTERVENÇÃO 
 2.1.1 VALIDAÇÃO SOCIAL
 2.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS
CAPÍTULO 3: REFLEXO INATO E APRENDIDO, REFORÇO 
E ANÁLISE FUNCIONAL
 3.1 REFLEXO INATO E APRENDIDO DO 
 COMPORTAMENTO
 3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO
Competências
Olá. Seja muito bem-vindo à disciplina ANÁLISE DO 
COMPORTAMENTO APLICADO E SEUS PRINCÍPIOS. Nosso 
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das 
seguintes competências profissionais até o término dos 
estudos desta disciplina:
CAPÍTULO 1: Apresentar definições, dimensões e 
pressupostos filosóficos da ABA;
CAPÍTULO 2: Compreender a validade da Intervenção e 
Princípios Éticos; 
CAPÍTULO 3: Entender reflexo Inato e Aprendido, Reforço e 
Análise Funcional;
CAPÍTULO 4: Explicar controle Aversivo e Esquemas de 
Reforçamento.
INTRODUÇÃO
COMPETÊNCIAS
 1.1 DEFINIÇÃO DA ABA
 1.2 DIMENSÕES DA ABA
 1.2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
 1.2.2 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL
 1.2.3 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS
 1.3 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA ABA
CAPÍTULO 2: VALIDADE DA INTERVENÇÃO E 
PRINCÍPIOS ÉTICOS
 2.1 VALIDADE DA INTERVENÇÃO 
 2.1.1 VALIDAÇÃO SOCIAL
 2.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS
CAPÍTULO 3: REFLEXO INATO E APRENDIDO, REFORÇO 
E ANÁLISE FUNCIONAL
 3.1 REFLEXO INATO E APRENDIDO DO 
 COMPORTAMENTO
 3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO
Sumário
Sumário
 3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO
CAPÍTULO 4: CONTROLE AVERSIVO E ESQUEMAS DE 
REFORÇAMENTO
 4.1 CONTROLE AVERSIVO
 4.1.1 CONTINGÊNCIAS DE REFORÇO NEGATIVO
 4.1.2 CONTINGÊNCIAS DE PUNIÇÃO
 4.2 ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABA: Definições, Demissões
e Pressupostos Filosóficos 
C A P Í T U L O 1
 OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de apresentar 
definições, dimensões e pressupostos filosóficos da ABA. A Análise do 
Comportamento Aplicada (ABA) é um campo de estudo com raízes na 
Psicologia Comportamental, que tem como objetivo principal aumentar 
e/ou manter comportamentos desejáveis e reduzir comportamentos 
indesejáveis. Ela foi desenvolvida como uma abordagem terapêutica para 
tratar pessoas com necessidades especiais. A ABA também é aplicada em 
ambientes educacionais, empresariais e de saúde. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
1.1 Definições da ABA
ABA, do inglês Applied Behavior Analysis, é uma abordagem científica para o 
estudo do comportamento, que visa compreender como as pessoas 
aprendem novas habilidades, como elas reagem ao ambiente e como elas 
podem ser ensinadas a comportar-se de uma maneira mais desejável. 
A ABA utiliza princípios da psicologia para definir, medir e modificar o 
comportamento. Pode ser usado para ajudar pessoas a lidar com 
problemas comportamentais, ansiedade, déficits de aprendizagem e outras 
questões. A ABA é uma ferramenta extremamente versátil e pode ser usada 
para ensinar habilidades a todas as idades, desde crianças pequenas a 
adultos.
Foi criado pelo psiquiatra norte-americano Dr. O. Ivar Lovaas, que foi um dos 
principais pioneiros na terapia do comportamento aplicada. Ele foi o 
primeiro a usar técnicas de aprendizagem aplicada para tratar crianças 
com autismo, em 1987. Seu trabalho tem sido um marco na ABA e continua a 
influenciar a prática de terapeutas comportamentais em todo o mundo.
É uma abordagem baseada na ciência do comportamento que usa 
princípios e procedimentos derivados da análise experimental do 
comportamento para aumentar e/ou manter comportamentos desejáveis e 
reduzir comportamentos indesejáveis (FERNANDES; AMATO, 2013).
Importante
A ABA é marcada por três referências principais, sendo elas: 1. a 
investigação simples ou básica dos processos que envolvem o 
comportamento; 2. As produções metacientíficas e 3. Intervenções com 
objetivo de solucionar os problemas dos seres humanos (MALAVAZZI et al., 
2011). 
Portanto, sobre as três referências que marcam a ABA, se pode dizer que:
• A investigação básica se volta para a identificação e descrição de 
processos comportamentais, enfocando os determinantes do 
comportamento e os fatores que influenciam sua formação, 
desenvolvimento e modificação. 
• As produções metacientíficas se referem ao estudo das concepções 
teóricas, das abordagens, das metodologias e das técnicas de pesquisa 
empregadas na análise do comportamento. 
• As intervenções voltadas à solução de problemas humanos se 
preocupam com a aplicação dos resultados da pesquisa para a solução 
de problemas relevantes nas áreas da saúde, educação, trabalho, entre 
outras (MALAVAZZI et al., 2011).
As pesquisas do comportamento, podem ser classificadas ainda como 
básicas e aplicadas. De acordo com Moore e Cooper (2003), a pesquisa 
básica tem como objetivo primário a compreensão dos fundamentos do 
comportamento humano e animal, enquanto a pesquisa aplicada tem o 
objetivo de desenvolver técnicas, treinamento, apoio pessoal e outros 
serviços que podem ser usados para melhorar o comportamento de 
indivíduos específicos.
A prestação de serviçosse concentra na aplicação de técnicas de análise 
do comportamento a problemas específicos, incluindo diagnósticos 
precisos, avaliações, desenvolvimento e implementação de programas de 
treinamento, apoio pessoal e outros serviços. O modelo de 
desenvolvimento profissional da análise experimental do comportamento 
sugere que os pesquisadores básicos, aplicados e prestadores de serviços 
trabalhem em conjunto para produzir resultados mais consistentes e 
relevantes para a comunidade.
A análise do comportamento tem como base a ideia de que o 
comportamento é produto de interações entre o organismo e o ambiente. 
Essa abordagem se baseia no princípio de que o comportamento é 
resultante de um conjunto de estímulos e respostas, ou contingências, que 
formam o que Skinner descreveu como o "comportamento operante" 
(TODOROV; HANNA, 2010). 
A análise do comportamento também é baseada no princípio de que o 
comportamento é afetado pela maneira como o organismo está sendo 
recompensado ou punido. A abordagem behaviorista também inclui a 
ideia de que o comportamento pode ser controlado por meio da 
manipulação do ambiente, como por exemplo, através de reforçamento 
positivo ou punição (TODOROV; HANNA, 2010).
A ABA usa princípios do ensino como o reforço positivo, o ensino em 
etapas, o ensino em tarefas e o ensino por imitação. Estes princípios são 
usados para criar ambientes que ajudam a promover o comportamento 
desejado. A ABA também usa procedimentos para entender o motivo por 
trás do comportamento. Estes incluem a análise funcional do 
comportamento, a análise de contingências, a análise de antecedentes e 
a análise de consequências (FERNANDES; AMATO, 2013).
• A análise funcional do comportamento examina as causas 
subjacentes ao comportamento e a forma como este se relaciona com a 
pessoa, a situação e outros fatores. 
• A análise de contingências analisa os estímulos que antecedem o 
comportamento e quais as consequências deste comportamento. A 
análise de antecedentes procura identificar os eventos ou influências que 
ocorreram antes de um determinado comportamento. 
• A análise de consequências examina quais as consequências que 
surgem a partir de um comportamento específico. Estes procedimentos 
são utilizados para identificar o que está a motivar o comportamento e 
para desenvolver estratégias para alterar o comportamento desejado.
Estes procedimentos ajudam a identificar as causas do comportamento e 
ajudam a desenvolver estratégias para mudar o comportamento não 
desejado. 
DEFINIÇÃO
O comportamento operante é caracterizado por aqueles 
comportamentos que são emitidos pelo organismo, de forma que, 
por meio de certos estímulos, o organismo modifica o ambiente e, 
consequentemente, o seu próprio comportamento.
A ABA também usa procedimentos para monitorar o comportamento. 
Estes incluem a medição de respostas, a registração de comportamentos, 
a análise de dados e a análise de tendências (FERNANDES; AMATO, 2013).
• A análise de respostas inclui a avaliação de como o comportamento 
de uma pessoa está mudando, a identificação de padrões 
comportamentais e a compreensão das consequências do 
comportamento. A medição de respostas pode ser realizada através de 
observação, questionários, questionários de auto-relato, entrevistas e 
testes. 
• A registração de comportamentos é mais específica para a ABA e 
envolve a gravação de dados específicos relacionados ao 
comportamento, como número de vezes que uma atividade foi realizada, 
duração da atividade, quaisquer interações entre o indivíduo e o ambiente 
ou entre o indivíduo e outras pessoas. 
• A análise de dados envolve a comparação de informações para 
determinar como os comportamentos estão mudando. Esses dados 
podem ser usados para avaliar a eficácia de uma abordagem de ABA e 
para determinar quais medidas devem ser tomadas para melhorar ou 
ajustar a abordagem. 
• A análise de tendências é usada para determinar se os 
comportamentos estão melhorando ou piorando. Isso permite que os 
profissionais da área possam avaliar a eficácia de uma abordagem de 
ABA e identificar quais ajustes devem ser feitos.
Estes procedimentos ajudam a entender o comportamento e a monitorar 
os efeitos das estratégias de mudança. 
A ABA também usa procedimentos para avaliar o progresso do 
comportamento. Estes incluem a avaliação de habilidades, a avaliação de 
habilidades em diferentes contextos, a avaliação de comportamentos em 
diferentes ambientes e a avaliação de comportamentos em diferentes 
momentos do dia.
Estes procedimentos ajudam a entender o progresso do comportamento 
e a avaliar a eficácia das estratégias de mudança.
Algumas premissas sustentadas por Skinner, auxiliam ainda para entender 
melhor a análise do comportamento, sendo elas:
1. O comportamento é influenciado por fatores ambientais e genéticos. 
2. O comportamento é produto do ambiente e da história de vida do 
indivíduo - ou seja, o passado determina o presente. 
3. O comportamento é influenciado por reforços e punições ambientais.
4. A aprendizagem é a mudança no comportamento que resulta da 
experiência. 
5. O comportamento é influenciado por princípios gerais que governam a 
aprendizagem, como a lei da eficácia dos reforços e a lei da extinção. 
6. O comportamento é modulado por mecanismos de controle internos, 
como as contingências de auto-regulação. 
7. O comportamento é modulado por mecanismos de controle social, 
como a influência de outras pessoas no ambiente. 
8. O comportamento humano é uma função da história de vida do sujeito, 
suas experiências e seus objetivos.
1.2 Dimensões da ABA
As três principais dimensões da ABA são: (1) análise do comportamento, (2) 
intervenção comportamental e (3) avaliação de resultados. A análise do 
comportamento envolve o estudo do comportamento em seu contexto, 
incluindo a identificação de fatores que o influenciam ou o mantêm. A 
intervenção comportamental usa procedimentos específicos para 
modificar o comportamento. A avaliação de resultados mede a eficácia 
da intervenção (TOURINHO, 2003).
 1.2.1 Análise do comportamento
A Análise do Comportamento se refere ao processo de identificação e 
compreensão de comportamentos problemáticos. Isso envolve descobrir 
o que motiva o comportamento problemático, identificar como o 
comportamento é reforçado ou desencorajado e avaliar o contexto em 
que o comportamento ocorre (TODOROV; HANNA, 2010).
Essa abordagem é baseada na Teoria da Aprendizagem e tem como 
objetivo desenvolver estratégias para modificar o comportamento 
problemático e melhorar o funcionamento social e acadêmico dos 
indivíduos. 
A abordagem envolve a criação de um ambiente de ensino que promova 
aumento da motivação, habilidades de auto-monitoramento e 
responsabilidade, e auto-avaliação.
Logo, a Teoria da Aprendizagem foca na relação entre o comportamento 
e os resultados, e usa um sistema de reforço positivo para ensinar novas 
habilidades e mudar comportamentos indesejáveis. Além disso, a 
abordagem também inclui técnicas de ensino direcionadas, 
monitoramento contínuo e feedback, bem como estratégias de 
comunicação eficazes (OSTERMANN; CAVALCANTI, 2011).
Portanto, a Análise do Comportamento inclui técnicas de intervenção, 
como o Modelo de Modificação de Comportamento, que envolve reforçar 
comportamentos desejáveis e desencorajar comportamentos 
indesejáveis. Além disso, esse modelo inclui técnicas que visam a 
mudança no ambiente para estimular ou desencorajar comportamentos.
Outra técnica de intervenção é o Modelo de Aprendizagem Social, que tem 
como objetivo ensinar o indivíduo a se relacionar de maneira adequada 
com outras pessoas. É aplicado através de técnicas como role-play e 
feedback. Finalmente, a Análise do Comportamento também inclui 
técnicas de terapia cognitiva-comportamental, que é uma abordagem 
que visa ajudar o indivíduo a modificar seu comportamento ao mudar 
seus pensamentos e crenças sobre si mesmo e o mundo.
 1.2.2 Intervenção comportamental
A Intervenção Comportamentalse refere ao processo de desenvolver e 
implementar planos de tratamento para comportamentos problemáticos. 
Estes planos podem incluir técnicas de ensino, recompensas, punições, 
DEFINIÇÃO
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um tipo de terapia 
psicológica que se concentra na interação entre pensamentos, 
sentimentos e comportamentos. Esta abordagem foca-se na 
forma como as crenças e pensamentos irracionais interferem com 
a capacidade do indivíduo de se sentir bem e de agir de forma 
apropriada. A TCC visa ajudar o cliente a identificar e mudar os 
padrões de pensamento e comportamentos negativos para 
melhorar a qualidade de vida. Técnicas como a reestruturação 
cognitiva, a aprendizagem de novas habilidades, a exposição ao 
medo e a mudança de comportamento são usadas para facilitar 
a mudança no modo de pensar e de agir (WRIGHT et al., 2018). 
mudança de ambiente, mudanças cognitivas e outras estratégias para 
modificar comportamentos indesejáveis (ANDALÉCIO et al., 2019).
Importante
A Intervenção Comportamental é uma abordagem de tratamento que tem 
como objetivo ajudar as pessoas a melhorar ou aprender habilidades, ou a 
se adaptar a situações difíceis. É uma abordagem baseada em evidências, 
e tem sido usada para tratar distúrbios comportamentais, transtornos 
mentais graves, transtornos de aprendizagem, problemas de 
comportamento na escola, transtornos de humor, transtornos de 
alimentação, e problemas comportamentais relacionados à idade. 
Os profissionais que usam a Intervenção Comportamental geralmente 
trabalham em conjunto com o cliente para ajudá-lo a determinar o que é 
necessário para alcançar seus objetivos, a avaliar o progresso e a mudar o 
plano de tratamento conforme necessário. Além disso, eles também podem 
ajudar as pessoas a desenvolver habilidades para lidar com seus 
comportamentos, como habilidades de autocontrole, habilidades de 
comunicação, habilidades de resolução de problemas e habilidades de 
gerenciamento de estresse (ANDALÉCIO et al., 2019).
Portanto, os profissionais de Intervenção Comportamental podem trabalhar 
com crianças, adolescentes, adultos e idosos, usando técnicas 
especializadas para avaliar e tratar problemas de comportamento. Esses 
profissionais também podem fornecer apoio para ajudar a gerenciar 
problemas de saúde mental, distúrbios alimentares, distúrbios do sono e 
problemas de luto. 
Alguns profissionais de Intervenção Comportamental trabalham em 
hospitais, clínicas ou escolas, enquanto outros trabalham em consultórios 
privados. Esses profissionais podem atuar como consultores, terapeutas ou 
professores. Eles também podem trabalhar em equipes multidisciplinares 
para ajudar os clientes a superar problemas complexos.
 1.2.3 Avaliação de resultados
A Avaliação de Resultados se refere ao processo de monitorar os resultados 
das intervenções comportamentais. Isso envolve acompanhar o 
comportamento problemático e as respostas ao tratamento e avaliar se o 
tratamento está tendo o efeito desejado (FELIPE; GODINHO; GRAÇA, 2016).
A avaliação de resultados geralmente envolve a coleta de dados, a análise 
destes dados e a tomada de decisão com base nos resultados. Esta 
avaliação ajuda os terapeutas a entender melhor o comportamento do 
paciente e a avaliar se as técnicas de tratamento estão sendo 
bem-sucedidas. Além disso, ela também pode ajudar os terapeutas a 
identificar e abordar possíveis fatores contribuintes ao comportamento 
problemático. 
A avaliação também pode ajudar a identificar possíveis problemas de 
saúde mental subjacentes, bem como problemas de comportamento que 
podem estar contribuindo para o transtorno ou sintomas subjacentes. Por 
meio de uma avaliação adequada, os terapeutas podem formular um 
diagnóstico preciso e desenvolver um plano de tratamento individualizado 
para o paciente.
1.3 Pressupostos filosóficos da ABA
Os pressupostos filosóficos da ABA são: (1) o comportamento é função de 
seu ambiente; (2) é possível modificar o comportamento para melhorar a 
qualidade de vida; (3) os princípios da ABA são baseados na ciência do 
comportamento; (4) o comportamento é medido e avaliado; (5) o 
comportamento é modificado por meio de procedimentos 
comportamentais; e (6) todas as pessoas têm o direito de participar de 
programas de ABA (CAMARGO; RISPOLI, 2013).
Esses pressupostos filosóficos refletem o objetivo da ABA, que é o de 
promover o bem-estar psicológico e social ao ajudar as pessoas a 
desenvolverem habilidades úteis. Estes princípios reconhecem que as 
pessoas podem aprender a controlar seu próprio comportamento e que a 
educação e a terapia comportamental podem ajudar a melhorar a 
qualidade de vida das pessoas. 
Eles também enfatizam que a ABA deve ser baseada na ciência do 
comportamento e que deve ser medida e avaliada de forma precisa para 
garantir que os resultados sejam ótimos. Além disso, o pressuposto de que 
todas as pessoas têm o direito de participar de programas de ABA destaca 
o fato de que a educação e a terapia comportamental são importantes 
para todos, independentemente de sua classe social, racial ou etnia.
A ABA também se baseia na Teoria dos Três Termos, que diz que o 
comportamento é determinado por três fatores: o ambiente, o 
comportamento e as consequências. Logo, como já mencionado o 
objetivo da ABA é modificar o ambiente, o comportamento e as 
consequências de forma que o comportamento desejado seja aumentado 
e o comportamento indesejado seja reduzido (CAMARGO; RISPOLI, 2013).
Além disso, a ABA se baseia no Princípio da Escolha, o qual diz que os seres 
humanos tendem a se comportar de acordo com a escolha que lhes dá 
mais vantagem. Portanto, a ABA enfatiza a utilização de recompensas para 
incentivar os comportamentos desejados e punições para desencorajar os 
comportamentos indesejados.
Assim, de acordo com o pressuposto o comportamento das pessoas é 
uma função de seu ambiente, ou seja, é influenciado pelo ambiente onde 
elas vivem. O ambiente inclui condições físicas, sociais, econômicas, 
culturais, políticas e outras variáveis. Se o ambiente mudar, os 
comportamentos das pessoas também mudam. Por exemplo, a mudança 
para um ambiente mais inclusivo e tolerante pode levar a uma mudança 
nos comportamentos das pessoas, tornando-as mais abertas e receptivas 
a outros pontos de vista (CAMARGO; RISPOLI, 2013).
O segundo pressuposto aborda que é possível modificar o comportamento 
para melhorar a qualidade de vida. A melhoria da qualidade de vida das 
pessoas é algo muito importante e pode ser alcançada através de 
diversas medidas. Entre elas, destacam-se mudanças no estilo de vida, 
como praticar exercícios físicos e adotar hábitos alimentares saudáveis 
(CAMARGO; RISPOLI, 2013).
Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de álcool, tabaco e 
outras drogas, bem como investir em atividades que aumentem o nível de 
bem-estar, como lazer e descanso. Outro aspecto importante é o cuidado 
com o meio ambiente, pois isso também contribui para a melhoria da 
qualidade de vida das pessoas. Por fim, é importante investir em educação, 
pois ela é fundamental para o desenvolvimento de competências e 
habilidades que permitem ao indivíduo alcançar melhores condições de 
vida.
O terceiro pressuposto diz que os princípios da ABA são baseados na 
ciência do comportamento, que estuda o modo como as pessoas 
interagem uns com os outros. O objetivo é fornecer diretrizes para criar 
mudanças comportamentais positivas, ajudando as pessoas a terem mais 
independência, autoestima, motivação e produtividade. Os princípios da 
ABA são aplicáveis às pessoas com condições especiais, assim como ao 
ensino de habilidades, a terapias e a programas de comportamento 
(CAMARGO; RISPOLI, 2013).
Estes princípios incluem a identificação de um comportamento específico 
a ser modificado, o estabelecimento de metas, a monitorização contínua 
dos resultados, a implementação de estratégias para alcançar os objetivos 
e a manutenção das mudanças comportamentais. Além disso,a ABA 
também inclui princípios de reforço positivo para ajudar as pessoas a 
aprenderem habilidades e a mudarem comportamentos indesejados.
O quarto pressuposto aborda sobre o comportamento é medido e 
avaliado de acordo com os padrões culturais vigentes na sociedade. Por 
exemplo, na maioria das culturas, comportamentos que violam leis, valores 
e normas sociais são considerados inadequados (CAMARGO; RISPOLI, 2013).
Além disso, existem alguns comportamentos que são considerados 
aceitáveis ou socialmente desejáveis, que podem variar de cultura para 
cultura. Por exemplo, em alguns países, as mulheres são esperadas para se 
vestir de maneira conservadora, enquanto em outros países as mulheres 
são permitidas para vestir-se de forma mais ousada. Em ambos os casos, 
o comportamento é avaliado de acordo com as normas culturais vigentes.
O quinto pressuposto aborda sobre o comportamento é modificado por 
meio de procedimentos comportamentais A modificação 
comportamental é o processo pelo qual se busca alterar o 
comportamento de uma pessoa para que ele seja mais adequado às 
exigências do ambiente. O processo pode ser realizado utilizando-se 
diferentes técnicas de intervenção, como a análise do comportamento, a 
terapia cognitivo-comportamental, as técnicas de reforço, entre outras 
(CAMARGO; RISPOLI, 2013).
Estas técnicas buscam identificar os fatores que desencadeiam o 
comportamento inadequado, bem como propor soluções para que o 
comportamento seja alterado. 
EXEMPLO
A análise do comportamento pode ser usada para identificar o 
motivo pelo qual uma pessoa está tendendo a se comportar de 
forma inadequada. A partir dessa identificação, é possível intervir 
no comportamento oferecendo incentivos para alterar o 
comportamento em direção ao desejado.
O sexto pressuposto abordo sobre todas as pessoas têm o direito de 
participar de programas de ABA Sim, todas as pessoas têm o direito de 
participar de programas de ABA. A ABA (Análise Aplicada do 
Comportamento) é uma abordagem comportamental que visa melhorar 
a qualidade de vida das pessoas (CAMARGO; RISPOLI, 2013).
O objetivo central da ABA é modificar o comportamento de forma a 
melhorar o funcionamento do indivíduo em sua vida diária e em sua 
comunidade. Programas de ABA são projetados para ajudar as pessoas a 
desenvolver habilidades como atenção, comunicação, socialização, 
autoajuda e compreensão acadêmica. Programas de ABA são oferecidos 
para todos, independentemente de idade, sexo, raça, etnia, religião, 
orientação sexual ou outras características.
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, 
só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de 
estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que a Análise de Comportamento Aplicada (ABA) é uma 
abordagem científica baseada na teoria do comportamento que se 
concentra na análise, compreensão e modificação das condutas 
observáveis. É uma abordagem prática que visa a melhoria do 
comportamento em um determinado ambiente. Uma das principais 
dimensões da ABA é o enfoque na aplicação de princípios de aprendizado 
para o treinamento de comportamentos desejáveis e a modificação de 
comportamentos indesejáveis. Os pressupostos filosóficos da ABA se 
concentram na abordagem científica da análise do comportamento 
humano, enfatizando as relações entre o comportamento e o ambiente, 
bem como o uso de princípios de aprendizado para alcançar mudanças 
comportamentais desejadas.
RESUMO DO CAPÍTULO
Validade da Intervenção
e Princípios Éticos 
C A P Í T U L O 2
 OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de compreender a 
validade da Intervenção e Princípios Éticos. A Intervenção é uma abordagem 
que visa ajudar as pessoas a melhorar a qualidade de suas vidas, buscando 
ajudá-las a encontrar soluções para os problemas que enfrentam. Os 
princípios éticos são normas que regem as ações dos profissionais na sua 
prática diária. Esses princípios podem ser usados para orientar as práticas 
profissionais, bem como para assegurar a proteção das pessoas envolvidas. 
Os princípios éticos estabelecem padrões de comportamento para os 
profissionais, para que eles possam trabalhar de forma justa e responsável. 
A validade da Intervenção e dos Princípios Éticos é incontestável, pois eles 
ajudam a garantir que os serviços sejam prestados de forma segura e que 
as pessoas envolvidas sejam tratadas de forma justa e respeitosa. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
2.1 Validade da intervenção
ABA é uma abordagem de intervenção eficaz para tratar um número cada 
vez maior de desordens comportamentais, incluindo a síndrome de autismo, 
transtornos de aprendizagem, transtorno de déficit de 
atenção/hiperatividade (TDAH) e transtornos de ansiedade (CAMARGO; 
RISPOLI, 2013). 
• Síndrome de Autismo: é um transtorno de desenvolvimento 
que afeta o comportamento social, a comunicação e o 
comportamento. Os sintomas variam de leve a grave e incluem 
dificuldade em interagir socialmente, dificuldade em 
comunicar-se verbalmente ou não-verbalmente, 
comportamento repetitivo, aversão a mudanças no ambiente e 
comportamento desafiador.
A ABA tem como objetivo identificar, compreender e modificar o 
comportamento desafiador dos indivíduos, usa o princípio da aversão 
condicionada para ensinar novos comportamentos e reforçar o 
comportamento desejado. 
A ABA é uma abordagem de tratamento comportamental aprovada pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS) e por outras autoridades de saúde 
pública, e é reconhecida como sendo eficaz para o tratamento de vários 
transtornos comportamentais, também é considerada um tratamento ético. 
Os profissionais que usam a ABA seguem princípios éticos para garantir que 
os direitos dos participantes sejam respeitados. Esses princípios incluem 
autonomia, beneficência, não-maleficência, justiça e verdade. 
Os profissionais que usam a ABA são responsáveis por fornecer informações 
adequadas aos participantes, garantir que eles sejam tratados de forma 
justa e respeitosa e evitar que eles sofram dano físico ou emocional.
Além disso, esses profissionais também são responsáveis por garantir que os 
participantes tenham direito ao sigilo, escolham os tratamentos que 
desejam receber e sejam informados sobre os riscos e benefícios possíveis 
dos tratamentos. 
• Transtornos de Aprendizagem: são condições que afetam 
a capacidade de um indivíduo de adquirir habilidades 
acadêmicas, como ler, escrever e calcular. Estes transtornos 
podem incluir dificuldades na leitura, escrita, ortografia, 
compreensão, aritmética, problemas com a atenção e 
organização, problemas de processamento auditivo e visual, 
dislexia e discalculia. 
• Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH): é 
um transtorno neurobiológico que pode afetar o 
comportamento, o desempenho escolar e o funcionamento 
social. Os sintomas incluem dificuldade em manter a atenção, 
hiperatividade, impulsividade e problemas de memória.
• Transtornos de Ansiedade: são uma classe de transtornos 
mentais que se caracterizam por sintomas físicos e emocionais 
que afetam o bem-estar geral. Estes sintomas incluem medo, 
preocupação, nervosismo, tensão muscular e insônia. Os 
transtornos de ansiedade mais comuns incluem fobia social, 
transtorno de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e 
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
As intervenções que usam a ABA, tem uma validade social, ou seja, vai em 
direção das necessidades dos indivíduos e da sociedade. 
O objetivo das intervenções é auxiliar na aquisição de habilidades, 
melhorando a qualidade de vida do indivíduo. Ela pode ser usada para 
tratar diversos problemas, como déficits de atenção, transtornos 
comportamentais, problemas de comunicação, transtornos alimentares e 
problemas de aprendizagem. 
A ABA também pode ser usada para tratar problemas que afetam a 
interação social, como autismo, disfunções sociais e agressividade. Ela 
tambémpode ser usada para tratar problemas de comportamento, como 
abuso de substâncias, comportamentos auto lesivos e transtornos de 
saúde mental. Além disso, a ABA pode ser usada para melhorar o 
desempenho acadêmico e o comportamento em sala de aula.
A intervenção deve ser desenvolvida com base numa avaliação 
minuciosa dos comportamentos do indivíduo para que sejam 
identificadas as etapas necessárias para a mudança. Estas etapas 
precisam ser acompanhadas de reforços positivos para que sejam 
alcançados resultados eficazes e duradouros. A ABA também fornece 
recursos aos indivíduos para que possam desenvolver habilidades que 
permitam o acesso a serviços e oportunidades para contribuir 
socialmente (CAMARGO; RISPOLI, 2013). 
A validação da intervenção no comportamento é o processo de verificar 
se uma certa intervenção foi eficaz para atingir um objetivo específico. 
Isso envolve a monitoração dos resultados da intervenção para avaliar 
seu sucesso. Por exemplo, se um terapeuta utiliza uma técnica particular 
para tratar a ansiedade, eles podem usar a validação da intervenção para 
verificar se a técnica foi eficaz para reduzir os níveis de ansiedade do 
paciente. A validação da intervenção também é um importante 
componente da avaliação de programas de comportamento, pois ajuda 
a determinar se o programa é eficaz ou não.
Em suma, a Análise do Comportamento Aplicado é uma abordagem 
de intervenção eficaz para tratar uma variedade de desordens 
comportamentais. Esta abordagem é aprovada e reconhecida pela 
OMS como sendo eficaz e é considerada ética, pois os profissionais 
que a usam seguem princípios éticos para garantir que os direitos dos 
participantes sejam respeitados.
RESUMINDO
A validação envolve avaliar a eficácia do programa, comparando-o com 
outras abordagens, a fim de determinar se ele é mais eficaz que outras 
abordagens. Isso pode ser feito por meio de experimentos controlados, 
estudos de caso, análises de dados de longo prazo, entrevistas e 
questionários. Os resultados da validação são usados para determinar se 
o programa está alcançando seus objetivos e se ele é eficaz para os 
participantes.
Por meio de mecanismos de retorno, como questionários, entrevistas ou 
observação, o profissional de ABA pode avaliar o sucesso ou fracasso de 
uma intervenção no comportamento. 
Importante
Avaliar o comportamento antes e depois da intervenção permitirá ao 
profissional de ABA verificar se o comportamento mudou como resultado 
da intervenção e até que ponto a mudança ocorreu. Além disso, a 
validação da intervenção no comportamento ajudará a identificar quais 
intervenções têm maior chance de sucesso, bem como as que não foram 
tão eficazes. Isso permitirá ao profissional de ABA tomar medidas para 
(re)ajustar as intervenções, se necessário.
Esta avaliação pode ajudar a determinar se uma determinada técnica é 
eficaz ou se é necessário modificar ou até mesmo abandonar a técnica. 
Além disso, a validação da intervenção também pode ajudar a identificar 
quais estímulos são mais eficazes para determinada tarefa.
Esta verificação é feita através de testes para avaliar a eficácia da 
intervenção, tais como dados antes e depois da aplicação da intervenção, 
observações, questionários e análises de dados. O objetivo da validação 
da intervenção é determinar se a intervenção realmente melhorou o 
comportamento ou o resultado desejado (FERNANDES; AMANTO, 2013).
Esta avaliação é feita comparando o desempenho antes da intervenção e 
depois, para ver se houve uma melhoria significativa. A validade da 
intervenção também pode ser medida pelo nível de satisfação dos 
participantes ou pelo grau de sucesso da intervenção em relação aos 
objetivos estabelecidos.
É importante avaliar a intervenção para determinar se está tendo o efeito 
desejado para a população alvo. A validade da intervenção deve ser 
avaliada periodicamente para garantir que ela esteja ajudando a 
população alvo da melhor maneira possível.
Isso pode ser feito medindo o impacto da intervenção em relação aos 
objetivos estabelecidos, bem como avaliando o nível de satisfação da 
população alvo em relação aos resultados obtidos. Além disso, a eficácia 
da intervenção deve ser avaliada por meio de pesquisas qualitativas e 
quantitativas para verificar se ela está realmente atingindo os resultados 
desejados (FERNANDES; AMANTO, 2013).
Portanto, a abordagem ABA é uma abordagem comportamental e deve 
ser aplicada de forma a tornar as pessoas mais independentes e 
socialmente ajustadas, ajudando-as a desenvolver habilidades 
importantes para a vida, como raciocínio lógico, comunicação, tomada de 
decisão, solução de problemas, foco, regulação emocional e social e 
autocontrole.
 2.1.1 Validação social
A validade social procura investigar se uma mudança de comportamento 
tem repercussões positivas para a comunidade, como melhorando as 
relações entre indivíduos, melhorando a qualidade de vida, reduzindo 
custos, etc (BARREIRA, 2006).
Ela propõe um quadro de análise que integra os aspectos clínicos e 
aplicados da mudança do comportamento. Os pesquisadores devem 
avaliar os resultados obtidos na mudança de comportamento em relação 
às muitas variáveis que afetam a avaliação clínica e aplicada, como o 
contexto, o meio ambiente, as políticas de saúde, as normas sociais e 
culturais, etc. 
A validade social também procura avaliar se a mudança do 
comportamento é sustentável ao longo do tempo e se os benefícios da 
mudança são distribuídos de forma equitativa entre os membros da 
comunidade.
Importante
Essa temática tem se tornado cada vez mais relevante, ao trazer para o 
debate questões ligadas ao bem-estar social, à responsabilidade social e 
à inclusão de todos na sociedade. A validade social pode ser medida 
através de pesquisas com a população. Estas podem ter como objetivo 
investigar a percepção dos indivíduos em relação às mudanças, assim 
como os impactos que elas têm na comunidade (BARREIRA, 2006).
Além disso, a validade social pode ser avaliada através da análise de 
dados, como os obtidos por meio de estatísticas, como a taxa de 
desemprego, nível de escolaridade, salários médios, nível de 
endividamento, entre outros. Esses dados permitem aferir se determinada 
política teve ou não impacto positivo na sociedade. Além disso, podem ser 
realizadas pesquisas de opinião pública para avaliar se a população 
apoia ou rejeita determinadas práticas.
Portanto, a validade social é uma maneira importante de avaliar se uma 
mudança de comportamento ou política teve ou não algum impacto 
positivo na sociedade. Por meio de pesquisas e análise de dados, é 
possível verificar a existência de uma validade social e assim avaliar os 
resultados de determinada ação.
Isso é feito através de pesquisas que avaliam a percepção e a satisfação 
do público. Por exemplo, quando um governo implementa novas diretrizes, 
os cidadãos podem ser questionados sobre como acham que essas 
diretrizes afetarão suas vidas. A validade social diz respeito à quantidade 
de pessoas que concordam ou discordam de uma determinada 
mudança e às razões por trás dessa opinião. Se a maioria das pessoas 
concorda, então a mudança tem validade social. Se a maioria discorda, 
então a mudança não tem validade social.
A avaliação da validade social é particularmente importante quando se 
trata de intervir em questões de saúde pública e políticas relacionadas à 
saúde. Os pesquisadores que usam técnicas de validade social podem 
ajudar a desenvolver programas eficazes para melhorar a saúde pública, 
ajudar a identificar e resolver problemas de saúde, fornecer informações 
para políticas de saúde e ajudar a identificar e tratar a saúde mental.
Importante
Esta avaliação é importante para medir o impacto que as políticas podem 
ter na saúde e bem-estar da população, além de garantir que as ações 
governamentais e não governamentais sejam aceitas e compreendidas 
pelos membros da sociedade afetados.
A avaliação da validade social é geralmente realizada por meio da 
avaliaçãode opiniões, atitudes e percepções dos membros da 
comunidade sobre as questões abordadas. É importante que a avaliação 
seja realizada de forma imparcial, para que os resultados sejam confiáveis 
e representem o pensamento e sentimentos da comunidade. Esta 
avaliação também pode ajudar a identificar barreiras sociais e culturais 
que possam levar ao fracasso de uma intervenção (BARREIRA, 2006).
A validade social também pode ser avaliada através da realização de 
estudos de caso ou experimentos controlados para verificar o impacto de 
determinadas políticas ou programas, e isso é particularmente importante 
quando se trata de questões de saúde pública. Estudos de caso podem 
ajudar a identificar as principais questões de saúde e bem-estar e auxiliar 
na avaliação dos resultados das políticas e programas. Experimentos 
controlados permitem que os cientistas analisem e avaliam os efeitos das 
políticas com maior precisão.
De acordo com Foster e Mash (1999) a validação social engloba 3 
componentes, sendo eles: objetivos, procedimentos e resultados de 
tratamento.
1. Objetivos: refere-se às razões pelas quais a pesquisa foi conduzida, 
incluindo a definição dos problemas, as hipóteses e os objetivos 
específicos.
2. Procedimentos: refere-se à seleção de participantes, instrumentos, 
métodos e técnicas usadas na pesquisa. 
3. Resultados de tratamento: refere-se às conclusões e recomendações 
que resultam dos resultados da pesquisa. Isso deve incluir todos os efeitos 
positivos e negativos da intervenção.
Importante
É importante notar que o conceito de validade social não está relacionado 
ao conceito de validade científica, que se refere à precisão e 
confiabilidade dos métodos e dados usados para obter uma conclusão 
(BARREIRA, 2006).
A validade social, por outro lado, se refere ao grau em que uma conclusão 
é aceita, reconhecida e compartilhada por todos os membros de uma 
determinada comunidade. A validade social é um importante critério para 
avaliar a qualidade das conclusões de um estudo, pois mostra se elas são 
relevantes para a comunidade. Esta validade social é especialmente 
importante em estudos sociais, onde as conclusões podem ter um 
impacto significativo na vida das pessoas que participam desse estudo. Se 
as conclusões não são relevantes ou aceitas pela comunidade, elas não 
Em suma, a avaliação da validade social é fundamental para garantir 
que as políticas e programas de saúde sejam implementados de 
forma eficaz e aceitos pela população. Esta avaliação é importante 
para identificar barreiras sociais e culturais e fornecer informações 
precisas sobre o impacto de determinadas políticas e programas.
RESUMINDO
terão valor para os participantes do estudo.
A validade social é um meio de garantir que as conclusões de um estudo 
sejam relevantes para a comunidade e que os resultados possam ser 
usados para melhorar a situação dos participantes. É importante que os 
pesquisadores considerem a validade social ao conduzir os estudos e que 
sejam abertos ao diálogo com a comunidade. Isso garante que o estudo 
seja relevante e que seus resultados e conclusões tenham significado 
prático para a comunidade.
2.2 Princípios éticos 
Os princípios éticos estão presentes em um código de conduta dos 
analistas do comportamento, que utilizam intervenções efetivas que se 
baseiam em pesquisas e experimentos controlados (BAILEY, BURCH, 2011). 
Os princípios éticos fundamentais para analistas do comportamento 
incluem:
1. Respeito: Os analistas do comportamento devem tratar os seus clientes 
com dignidade e respeito, reconhecendo suas opiniões e direitos.
2. Compreensão: Os analistas do comportamento devem mostrar 
compreensão e compaixão por suas necessidades e desafios.
3. Responsabilidade: Os analistas do comportamento devem aceitar a 
responsabilidade de seus próprios atos e para assegurar práticas ética e 
efetiva.
4. Integridade: Os analistas do comportamento devem ser honestos, 
profissionais e devem cumprir os seus compromissos.
5. Confidencialidade: Os analistas do comportamento devem proteger a 
privacidade dos seus clientes e não divulgar informações confidenciais, a 
menos que autorizado.
6. Respeito pela diversidade: Os analistas do comportamento devem 
respeitar as diferenças culturais e respeitar as crenças e práticas 
religiosas de seus clientes.
7. Responsabilidade Profissional: Os analistas do comportamento devem 
promover o bem-estar de seus clientes e evitar qualquer ação ou omissão 
de responsabilidade profissional.
Esta abordagem tem como objetivo ajudar as pessoas a se tornarem mais 
independentes, autonomia e responsabilidade pessoal. O que define o 
comportamento é o contexto no qual ele ocorre, o que o motiva, como ele 
é influenciado por outros fatores e como pode ser modificado.
Portanto, os analistas do comportamento usam estratégias adotadas 
para modificar os comportamentos mal adaptativos, como a análise do 
comportamento, a terapia de aversão, a terapia de contingências de 
reforço positivo e o treinamento de habilidades de vida (CAMARGO; RISPOLI, 
2013).
A análise do comportamento consiste em identificar quais 
comportamentos precisam ser modificados, identificando as condições 
que desencadeiam o comportamento indesejado. Esta abordagem utiliza 
reforços positivos para aumentar comportamentos desejáveis e 
consequências desagradáveis para diminuir comportamentos 
indesejáveis (BAILEY, BURCH, 2011).
A terapia de aversão é usada para reduzir comportamentos indesejáveis 
através da associação entre determinado comportamento e 
consequências desagradáveis. Esta abordagem utiliza estimulações 
negativas, como o som, o toque ou a dor para reduzir o comportamento.
A terapia de contingências de reforço positivo é usada para aumentar 
comportamentos desejáveis associando-os com consequências 
positivas. Esta abordagem utiliza reforços positivos como elogios, 
presentes ou experiências agradáveis para incentivar o comportamento 
desejado.
O treinamento de habilidades de vida é usado para ensinar o indivíduo 
habilidades que são necessárias para a vida diária. Esta abordagem utiliza 
técnicas de ensino, como a modelagem, a simulação e a prática, para 
ensinar o indivíduo habilidades que melhoram a sua qualidade de vida.
A análise do comportamento se concentra nos comportamentos 
observáveis e nas circunstâncias que os moldam, usam métodos 
científicos para analisar e entender como os comportamentos são 
influenciados por seus contextos. Por exemplo, quando um 
comportamento é motivado por um estímulo, os analistas do 
comportamento usam métodos para identificar e compreender esse 
estímulo. A terapia de aversão usa uma forma de punição para mudar 
comportamentos indesejáveis. 
Os analistas do comportamento usam uma variedade de estímulos 
aversivos para substituir os comportamentos indesejáveis. Por exemplo, 
um analista do comportamento pode usar o aperto de punho ou o toque 
em uma área específica para diminuir o comportamento de agressão. A 
terapia de contingências de reforço positivo usa a recompensa para 
reforçar o comportamento desejado.
Os analistas do comportamento podem usar elogios, brinquedos, 
alimentos ou dinheiro como incentivos para promover o comportamento 
desejado. Por exemplo, se o comportamento desejado é o 
comportamento de obediência, o analista do comportamento pode 
recompensar o comportamento de obediência com elogios ou um 
brinquedo. 
O treinamento de habilidades de vida é uma estratégia usada para 
ensinar habilidades que podem ajudar as pessoas a lidar com situações 
difíceis. Os analistas do comportamento usam técnicas de ensino direto 
para ensinar habilidades como a resolução de problemas, a tomada de 
decisões, a comunicação eficaz, a regulação das emoções e a 
autogestão. Estas habilidades são desenvolvidas através de tarefas, 
exercícios, práticas e atividades de role-play.
Portanto, os princípios éticos são de suma importância para os analistas 
do comportamento. Logo, os princípios éticos auxiliam para o 
desenvolvimentode uma sociedade saudável. Eles fornecem diretrizes 
para ajudar a garantir que os indivíduos e as organizações atendam aos 
padrões de conduta aceitáveis e apropriados. 
Importante
Os princípios éticos fornecem a base para a responsabilidade moral, pois 
eles exigem que as pessoas tomem decisões éticas e responsáveis. Eles 
também ajudam a proteger a integridade e a credibilidade das 
organizações, bem como o bem-estar dos indivíduos (CAMARGO; RISPOLI, 
2013).
Os princípios éticos podem variar de acordo com a cultura, as normas 
sociais, as crenças individuais e as práticas de negócios. No entanto, 
Role-play é uma forma de interpretação, onde os participantes 
assumem o papel de personagens e interagem entre si e com 
o ambiente de forma improvisada. Seu objetivo é que os atores 
se coloquem no lugar de seus personagens e explorem as 
diversas possibilidades de diálogos, ações e emoções, criando 
assim uma verdadeira experiência de imersão. É muito comum 
em jogos, mas também pode ser usado em situações 
educacionais ou até mesmo em terapia.
existem alguns princípios éticos universais, como honestidade, integridade, 
responsabilidade, respeito, lealdade e transparência.
A honestidade é a base para a integridade, pois exige que uma pessoa 
seja verdadeira e justa nas suas ações. A responsabilidade significa que 
uma pessoa deve ser capaz de assumir as consequências de seus atos. O 
respeito exige que uma pessoa trate todos com dignidade e também que 
ela seja responsável por suas ações. A lealdade exige que uma pessoa 
seja fiel, confiável e leal aos seus deveres e responsabilidades. A 
transparência significa que uma pessoa deve ser honesta e aberta sobre 
suas ações e intenções.
Além disso, os princípios éticos ajudam a criar um ambiente de respeito 
mútuo, onde todos os envolvidos têm a oportunidade de desenvolver suas 
habilidades e contribuir para o crescimento e desenvolvimento da 
sociedade, outros princípios éticos, são: 
1. Princípio da Compaixão: Promover o bem-estar dos indivíduos à medida 
que se busca melhorar seu comportamento. 
2. Princípio da Autodeterminação: Respeitar a liberdade e a autonomia dos 
indivíduos, deixando-os livres para tomar suas próprias decisões. 
3. Princípio da Responsabilidade: Ser responsável por todas as decisões 
que são tomadas e ações que são realizadas. 
4. Princípio da Oportunidade: Oferecer aos indivíduos as ferramentas 
necessárias para alcançar o sucesso. 
5. Princípio da Integridade: Utilizar apenas métodos éticos e aceitáveis no 
desenvolvimento e aplicação da ABA. 
6. Princípio da Melhoria Contínua: Buscar sempre melhorar e aprimorar os 
resultados obtidos. 
7. Princípio da Transparência: Manter a honestidade em relação às 
informações prestadas aos indivíduos e às partes interessadas.
Importante
Os princípios éticos da análise do comportamento aplicado são 
fundamentais para garantir que os profissionais possam fornecer serviços 
de alta qualidade e que sejam realizados de forma segura e responsável. 
Estes princípios se concentram na proteção dos direitos humanos, na 
responsabilidade dos profissionais pela qualidade e integridade de seu 
trabalho e na integridade profissional (CAMARGO; RISPOLI, 2013).
Os princípios éticos da análise do comportamento aplicado garantem que 
os profissionais forneçam serviços de alta qualidade, que sejam realizados 
de forma segura e responsável. Estes princípios também permitem que os 
profissionais entendam e respeitem os direitos humanos, incluindo o 
direito à dignidade, à privacidade e à integridade. 
Além disso, eles também garantem que os profissionais atuem de forma 
ética e responsável, cumprindo com suas responsabilidades profissionais 
e mantendo uma postura de respeito e de empatia para com os seus 
pacientes ou clientes.
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, 
só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de 
estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que validade da Intervenção e Princípios Éticos da análise do 
comportamento aplicado é fundamentada na lógica do método científico 
e na análise de dados que indicam a natureza da mudança 
comportamental. Os princípios éticos e as intervenções são fundamentais 
para o desenvolvimento de programas eficazes que promovem o 
bem-estar dos participantes e garantam a integridade das pesquisas. As 
intervenções e princípios éticos da análise do comportamento aplicado 
devem ser considerados ao planejar, desenvolver e implementar 
programas de análise do comportamento. Estes princípios são os 
seguintes: respeito e autonomia dos participantes; direitos humanos; 
responsabilidade profissional; responsabilidade social; ética de pesquisa; 
e confidencialidade. Estes princípios ajudam a garantir que os programas 
sejam desenvolvidos de forma segura e responsável, permitindo que 
todos os participantes se beneficiem.
RESUMO DO CAPÍTULO
Reflexo Inato e Aprendido,
Reforço e Análise Funcional
C A P Í T U L O 3
 OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender reflexo 
Inato e Aprendido, Reforço e Análise Funcional. Onde, Reflexo Inato: é um 
movimento involuntário ou resposta que ocorre em resposta a um estímulo 
externo. Ocorre independentemente de qualquer experiência prévia. 
Exemplos comuns de reflexos inatos incluem respostas de toque, respostas 
de evasão e respostas de alimentação. Aprendido: O aprendizado é a 
capacidade de adquirir novos conhecimentos, habilidades e 
comportamentos. Existem várias formas de aprendizado, como aprendizado 
associativo, aprendizado operante e aprendizado social. Reforço: é um 
conceito psicológico que se refere ao aumento da probabilidade de um 
comportamento ou resposta ao longo do tempo, como resultado de algum 
tipo de recompensa ou reforço. O reforço é usado para aumentar a 
probabilidade de que um comportamento ou resposta seja repetido no 
futuro. Análise Funcional: é uma abordagem para o estudo do 
comportamento que se concentra na relação entre o comportamento e o 
ambiente em que o comportamento ocorre. O objetivo da Análise Funcional 
é identificar quais fatores estão contribuindo para o comportamento de 
forma a ajudar a desenvolver e implementar estratégias eficazes para 
modificar o comportamento. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
3.1 Reflexo Inato e aprendido do comportamento 
Os reflexos inatos do comportamento significam aqueles que ocorrem 
independente da vontade do indivíduo. Exemplo: quando a luz está acesa, 
você abre os olhos, e quando ela é apagada, você fecha. 
Logo, o reflexo é uma resposta automática e involuntária do organismo a 
estimulações externas. É caracterizado por uma pequena contração 
muscular localizada e rápida, que se dá como resposta a um estímulo 
externo que atinge os nervos sensoriais. Os reflexos são importantes para o 
o funcionamento do organismo, pois servem como protetores, auxiliando o 
sistema nervoso na manutenção da homeostase (MOREIRA; MEDEIROS, 
2018). 
No caso de reflexos inatos, como o reflexo de Moro, não é necessário que o 
indivíduo aprenda a reagir ao estímulo, pois acontece de forma 
automática, sem necessidade de aprendizado. O reflexo de Moro é um 
exemplo de um reflexo inato, pois ele acontece automaticamente quando 
o bebê é estimulado. O reflexo consiste em estender os braços e abrir as 
mãos quando o bebê é surpreendido por um estímulo sonoro ou por um 
movimento brusco (MOREIRA; MEDEIROS, 2018).
O reflexo de Moro é um dos quatro principais reflexos neonatais, 
juntamente com o reflexo de sucção, o reflexo de tonicidade do pescoço e 
o reflexo de marcha do bebê. É um reflexo de resposta ao estímulo de 
medo, que é causado por um ruído alto, movimento súbito ou contato 
brusco. Quando esse estímulo é detectado, o bebê abre seu corpo inteiro, 
estende os braços e as pernas, e ergue sua cabeça e pescoço. Seu peito 
também se eleva, e sua boca se abre enquanto ele respira fundo. Esse 
reflexo tendea desaparecer por volta dos três meses de idade, e pode ser 
um sinal de desenvolvimento anormal se não desaparecer nessa idade 
(OLHWEILER; SILVA; ROTTA, 2005).
Portanto, os reflexos inatos do comportamento são aqueles herdados, ou 
seja, é geneticamente programado. Ele é transmitido de geração para 
geração, como é o caso da migração anual de aves.
Portanto, o reflexo inato é uma resposta automática e involuntária que 
acontece de forma instantânea. Ele é ativado por estímulos externos, 
como por exemplo, o som de uma buzina ou o toque de uma mão, e o 
organismo responde com uma ação inesperada. É importante lembrar 
que o reflexo não é uma resposta consciente, mas sim, uma reação 
automática (MOREIRA; MEDEIROS, 2018).
Assim, é um mecanismo de defesa do organismo que permite a reação 
rápida e inata para situações de perigo. Ele permite que o organismo se 
prepare de forma rápida e eficaz para a fuga ou a luta.
VOCÊ SABIA?
Importante
É importante destacar que o reflexo é um mecanismo inato que permite 
ao organismo reagir de forma automática e inesperada quando é 
estimulado. O reflexo é um movimento involuntário que ocorre como 
resposta à um estímulo externo (sensorial) ou interno (hormonal ou 
químico). Ele é importante para a sobrevivência do organismo pois, 
quando acionado, permite que ele reaja rapidamente a uma situação de 
perigo. É importante lembrar que, apesar de ser um mecanismo inata, o 
reflexo pode ser modificado pelo aprendizado, tornando-se mais 
específico e adaptado às necessidades do organismo.
Já o reflexo aprendido do comportamento é um tipo de resposta 
condicionada que acontece como resultado de um estímulo anterior 
repetido. Essa resposta é automática e não requer pensamento 
consciente. É comum em seres humanos e animais, e ocorre quando a 
exposição a certos estímulos resulta em um comportamento repetido e 
consistente. Por exemplo, quando um cão ouve o som de uma campainha, 
ele automaticamente começa a salivar, pois esse som foi anteriormente 
associado a comida.
Dessa forma, o comportamento aprendido é um comportamento 
adquirido pelo estímulo de um agente externo, como um professor, um 
amigo ou uma experiência. É a mudança na forma como uma pessoa se 
comporta, como resultado de uma experiência ou treinamento, que dura 
depois que o estímulo externo é removido (NETO; TOURINHO, 2001). 
Dessa forma, o reflexo aprendido do comportamento é uma teoria 
desenvolvida na década de 1950 por B.F. Skinner, que explica como seres 
vivos aprendem a reforçar certos comportamentos através da associação 
com consequências positivas ou negativas (MOREIRA; MEDEIROS, 2018). 
De acordo com esta teoria, se um organismo desenvolver um 
EXEMPLO
Um aluno que aprende a falar inglês como resultado de um curso 
de língua pode continuar a falar inglês mesmo depois que o curso 
acaba. O comportamento aprendido pode incluir habilidades 
como ler, escrever, fazer contas, jogar esportes e outras 
habilidades sociais.
comportamento que resulta em uma consequência positiva, esse 
comportamento será reforçado e tende a se repetir; por outro lado, se o 
comportamento resultar em uma consequência negativa, esse 
comportamento tende a ser suprimido. 
Para que este processo de aprendizagem ocorra, é necessário que o 
organismo determine a relação entre o comportamento e a 
consequência. A teoria do Reflexo Aprendido do Comportamento tem sido 
usada para entender o comportamento humano e animal, e é um dos 
principais pilares do treinamento de animais. 
A principal aplicação desta teoria é o treinamento por reforço positivo, no 
qual animais (ou seres humanos) são recompensados por 
comportamentos desejáveis, e punidos por comportamentos indesejáveis. 
Esta forma de treinamento tem sido usada para ensinar animais a 
executar tarefas complexas, como a detecção de drogas ou explosivos, ou 
a realização de serviços de assistência a pessoas com deficiência.
3.2 Reforço do comportamento
O reforço do comportamento é um método de ensino que incentiva o 
comportamento desejado ao premiar os comportamentos positivos. Esta 
abordagem de ensino é amplamente utilizada para ensinar 
comportamentos a crianças, animais e até mesmo adultos (SANTOS; LEITE, 
2013). 
O reforço do comportamento oferece feedback positivo direto para o 
indivíduo, ajudando-o a entender o comportamento desejado. Ao usar o 
reforço do comportamento, é importante entender que os resultados não 
são imediatos. 
O reforço do comportamento requer um processo de treinamento 
contínuo para que o indivíduo se torne progressivamente mais confiante e 
RESUMINDO
O reflexo aprendido do comportamento é uma teoria que explica 
como seres vivos aprendem a reforçar certos comportamentos 
através da associação com consequências positivas ou 
negativas. Esta teoria tem sido aplicada em programas de 
treinamento para animais, como o treinamento por reforço 
positivo, e tem provado ser uma ferramenta útil para a 
compreensão do comportamento humano e animal.
competente. Durante o processo de treinamento, é importante que o 
reforço seja aplicado de forma consistente. Isso significa que o indivíduo 
deve receber reforço de forma consistente e previsível para que ele possa 
estabelecer um padrão de comportamento (SANTOS; LEITE, 2013).
O reforço deve ser suficientemente forte para motivar o indivíduo a realizar 
o comportamento desejado, mas não tão forte a ponto de desencorajar a 
tentativa de aprendizado. Além disso, é importante que o reforço seja 
aplicado com rapidez. Ao oferecer o reforço rapidamente, o indivíduo pode 
associar o comportamento desejado ao reforço e, assim, aumentar a 
probabilidade de repetição do comportamento. 
O reforço do comportamento pode ser uma ferramenta extremamente útil 
para ensinar a crianças, animais e adultos comportamentos desejados. Ao 
usar esta ferramenta de ensino de forma consistente e previsível, é 
possível ajudar o indivíduo a estabelecer e manter comportamentos 
positivos.
O reforço pode ser dividido em dois, o reforço positivo e o negativo. São 
duas técnicas de comportamento utilizadas para ajudar as pessoas a 
aprenderem novas habilidades ou mudarem o comportamento 
indesejado. O reforço positivo envolve o uso de recompensas para 
incentivar o comportamento desejado, enquanto o reforço negativo 
envolve a remoção de recompensas para evitar comportamentos 
indesejados. O objetivo dos dois é ajudar as pessoas a desenvolverem 
novas habilidades e manter seu comportamento desejável (LUIZ, 2014).
O reforço positivo pode incluir elogios, reconhecimento, recompensas 
físicas, recompensas financeiras, além de outras formas de incentivo. O 
reforço negativo, por outro lado, pode envolver a remoção de uma 
recompensa, a imposição de uma punição, ou a realização de uma tarefa 
desagradável. 
Enquanto o reforço positivo tem como objetivo incentivar o 
comportamento desejado, o reforço negativo tem como objetivo 
desencorajar o comportamento indesejado. Com o uso apropriado, o 
reforço positivo e o reforço negativo podem ter um grande efeito no 
comportamento de uma pessoa. No entanto, é importante lembrar que 
eles devem ser usados de forma responsável e ética para evitar 
problemas de comportamento futuros.
EXEMPLO
1. Uma pessoa que está tentando parar de fumar que recebe uma 
Logo, o reforço é um importante componente do aprendizado 
comportamental e desempenha um papel fundamental na forma como 
os comportamentos são aprendidos e mantidos. Reforçar os 
comportamentos desejados pode ajudar a melhorar o comportamento 
de forma mais rápida e eficaz. Quando os comportamentos são 
reforçados de maneira adequada, aumentam as chances de que eles 
sejam repetidos no futuro. Portanto, o reforço é essencial para incentivar o 
comportamento desejado e ajudar o indivíduo a desenvolver hábitos 
saudáveis.
Existe ainda, a Teoria do Reforço de Skinner é uma teoria de aprendizagem 
criada pelo psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner, que estuda o 
comportamento humano e animal. Esta teoria explica comoas 
consequências influenciam o comportamento. O reforço pode ser positivo, 
quando algo agradável é acrescentado para incentivar um 
comportamento, ou negativo, quando algo desagradável é removido para 
desencorajar um comportamento (ZILIO; CARRARA, 2009). 
Portanto, de acordo com Zilio e Carrara (2009) os principais conceitos 
dessa teoria são:
1. Estímulo: Um estímulo é qualquer coisa no ambiente que afeta o 
comportamento do indivíduo. Pode incluir sons, luzes, palavras, sinais, etc. 
O estímulo pode causar mudanças positivas ou negativas no 
comportamento, dependendo da situação.
2. Resposta: Uma resposta é qualquer comportamento que é exibido pelo 
RESUMINDO
A reforço positivo pode ser usado para aumentar 
comportamentos desejáveis, enquanto o reforço negativo pode 
ser usado para diminuir comportamentos indesejados. O reforço 
pode ser aplicado de forma verbal ou não verbal, e pode ser dado 
em intervalos regulares ou em resposta às ações do indivíduo.
multa por fumar em um local proibido. 2. Um animal de estimação 
que recebe um “não” quando tenta pular no sofá. 3. Uma criança 
que recebe uma punição por desobedecer às regras. 4. Um 
trabalhador que recebe uma advertência verbal por não cumprir 
com seus deveres. 5. Um aluno que é repreendido por não prestar 
atenção em sala de aula.
indivíduo como resultado de um estímulo. Exemplos de respostas podem 
incluir comportamentos verbais, tais como falar ou gritar, ou 
comportamentos físicos, tais como levantar os braços ou apertar os 
punhos.
3. Reforço: O reforço é qualquer coisa que aumenta a probabilidade de 
que uma resposta ocorra novamente. O reforço positivo é quando algo 
agradável é adicionado para incentivar um comportamento específico. O 
reforço negativo é quando algo desagradável é removido para 
desencorajar um comportamento específico.
3.3 Análise funcional do comportamento
A análise funcional do comportamento é um ramo da psicologia cognitiva 
que se ocupa de estudar o comportamento humano. Esta teoria é 
baseada na premissa de que o comportamento humano é resultado das 
interações entre a pessoa e o ambiente (MATOS, 1999).
Ela procura entender como os fatores ambientais e as experiências 
anteriores influenciam o comportamento atual. A análise funcional do 
comportamento também investiga como as habilidades interpessoais e a 
consciência das emoções podem afetar o comportamento.
Por meio da análise funcional do comportamento, é possível estabelecer 
estratégias para modificar o comportamento indesejado. Esta 
abordagem também é útil para entender o contexto em que o 
comportamento ocorre. Por exemplo, o comportamento pode ser 
influenciado pelo ambiente familiar, pelas expectativas da escola ou pela 
pressão dos colegas. 
A análise funcional do comportamento também tem aplicações práticas, 
como na área da educação. Esta abordagem pode ajudar os professores 
a compreender melhor os comportamentos dos alunos, melhorar as 
relações interpessoais e motivar os alunos. Além disso, a análise funcional 
EXEMPLOS
1. Um exemplo de reforço positivo seria dar ao seu filho um doce 
quando ele faz as tarefas de casa. Isso aumenta a probabilidade 
de que ele vai continuar a fazer as tarefas de casa. 2. Um exemplo 
de reforço negativo seria tirar o acesso à televisão ou jogos de seu 
filho quando ele não faz as tarefas de casa. Isso diminui a 
probabilidade de que ele vai continuar a não fazer as tarefas de 
casa.
do comportamento também é útil para modificar o comportamento em 
outras áreas, como saúde mental, saúde comportamental e 
comportamento animal.
Ela tenta entender como e por que as pessoas reagem aos fatores do 
ambiente, como recompensas e punições, e como isso afeta suas ações. 
Esta teoria também se concentra em identificar fatores de influência em 
um comportamento específico, a fim de criar estratégias para mudar o 
comportamento desejado. É usada para tratar problemas de 
comportamento, tais como ansiedade, autismo e problemas de 
aprendizagem.
Importante
A Análise Funcional do Comportamento é uma abordagem científica para 
entender e prever o comportamento humano e animal. Esta abordagem 
se baseia na ideia de que o comportamento é motivado por funções, 
como evitar dor, obter satisfação e alcançar objetivos. O objetivo desta 
abordagem é encontrar soluções que melhorem o comportamento e a 
qualidade de vida (MATOS, 1999).
Essa análise se concentra em entender o que está motivando o 
comportamento. Essa abordagem estuda como o ambiente afeta o 
comportamento e investiga as consequências que ocorrem a seguir a um 
determinado comportamento. Isso permite que os profissionais 
identifiquem e estruturem o ambiente de forma a reforçar o 
comportamento desejado e reduzir o comportamento indesejado (NENO, 
2003).
Também se concentra em ensinar novos comportamentos para substituir 
os comportamentos indesejados. Os profissionais usam técnicas como 
ensino por meio de tarefas, verbalização, modelagem, prática e outras 
formas de ensino para ensinar novos comportamentos. 
A Análise Funcional do Comportamento é amplamente utilizada para 
tratar comportamentos problemáticos, especialmente em crianças, 
jovens e adultos com dificuldades, transtornos ou riscos de saúde mental. 
Os profissionais usam esta abordagem para diagnosticar e tratar 
comportamentos problemáticos, além de desenvolver programas de 
prevenção. 
Os profissionais que fazem análise funcional do comportamento são 
especialistas em comportamento humano que usam técnicas de análise 
comportamental para tratar problemas comportamentais. Eles ajudam a 
entender por que alguém está comportando de determinada maneira e 
quais mudanças no ambiente podem ajudar a promover mudanças de 
comportamento desejadas (MATOS, 1999).
Esses profissionais usam uma variedade de técnicas para avaliar e tratar 
problemas comportamentais. Eles usam observação direta, análise de 
dados, mapeamento de comportamento, ensaio de ação, ensaio de 
contingências e análise de contingências para avaliar os 
comportamentos de uma pessoa e para compreender o contexto em que 
o comportamento ocorre. Usam ainda técnicas de treinamento de 
comportamento para ensinar comportamentos desejados, tais como 
habilidades sociais, regulação emocional, habilidades de auto-ajuda e 
assim por diante.
RESUMINDO
A Análise Funcional do Comportamento é uma abordagem 
científica para entender e prever o comportamento humano e 
animal. Esta abordagem se concentra em entender o que está 
motivando o comportamento e usar técnicas para ensinar novos 
comportamentos. Esta abordagem é amplamente utilizada para 
tratar comportamentos problemáticos e ajudar as pessoas a 
viverem de forma saudável (NENO, 2003). 
Figura 28 – Profissionais de análise do comportamento Fonte: Freepik 
Importante
 
Os profissionais de análise do comportamento trabalham com uma 
variedade de populações, incluindo crianças com necessidades especiais, 
idosos, indivíduos com transtornos mentais, indivíduos com deficiência 
intelectual e indivíduos com transtornos de comportamento. Eles também 
podem trabalhar em equipes multidisciplinares para avaliar, diagnosticar 
e tratar problemas comportamentais (SOUZA et al., 2020). 
Esses profissionais usam técnicas baseadas na ciência do 
comportamento para ensinar e modificar comportamentos, reduzir 
problemas comportamentais e criar ambientes de aprendizagem mais 
eficazes. O foco principal é compreender e avaliar como as interações 
entre o ambiente e o comportamento afetam o comportamento dos 
indivíduos. 
Os analistas do comportamento também usam técnicas de 
monitoramento para avaliar o progresso dos indivíduos ao longo do 
tempo. Esses profissionais costumam trabalhar em hospitais, escolas, 
clínicas, casas de repouso, centros de tratamento e outras instituições, 
onde eles podem atuar como parte de uma equipe multidisciplinar.
Portanto, são treinados para avaliar, diagnosticar e tratar problemas 
comportamentais, fornecendo orientação para ajudar as pessoas aalcançar seus objetivos de vida. Eles são treinados para usar técnicas 
comportamentais para ajudar as pessoas a mudar seus comportamentos 
indesejáveis e a aprender novos comportamentos desejáveis. Estas 
técnicas são geralmente usadas em conjunto com outros tipos de 
tratamento, incluindo psicoeducação, terapia cognitivo-comportamental 
e terapia comportamental dialética. 
São treinados ainda para ajudar as pessoas a entender as consequências 
de seus comportamentos, para que eles possam identificar 
comportamentos desejáveis e aprender a escolhê-los. Eles também são 
treinados para ajudar as pessoas a gerar soluções para problemas 
comportamentais, para que elas possam alcançar o bem-estar 
emocional e o sucesso.
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, 
só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de 
estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que os reflexos inatos são aqueles comportamentos que já 
estão prontos em nossos sistemas nervosos desde o nascimento. Eles não 
precisam de nenhum tipo de treinamento para serem aprendidos e são 
geralmente instintivos. Exemplos comuns de reflexos inatos incluem o 
reflexo de sucção, o reflexo de moro, o reflexo de piscar de olhos e o reflexo 
de retirada quando tocamos em algo quente. Os reflexos aprendidos é o 
processo pelo qual um organismo adquire novo conhecimento ou 
comportamento. Pode ser causado por experiências, estímulos internos ou 
externos ou mesmo pela imitação. A aprendizagem é um dos principais 
mecanismos usados para o comportamento adaptativo e é essencial 
para o desenvolvimento cognitivo e social. O reforço é uma das principais 
estratégias usadas para modificar e moldar o comportamento. Ele 
estimula ou recompensa um comportamento específico para aumentar a 
probabilidade de que ele seja repetido no futuro. O reforço positivo oferece 
recompensas para comportamentos desejáveis, enquanto o reforço 
negativo remove algo desagradável para reduzir a probabilidade de um 
comportamento indesejável. A análise funcional é um método usado para 
investigar o comportamento e determinar as razões por trás dele. Ele é 
usado para ajudar a entender o contexto, a motivação e o propósito de 
um comportamento. A análise funcional busca identificar os fatores que 
desencadeiam um comportamento, bem como as consequências que 
mantêm esse comportamento.
RESUMO DO CAPÍTULO
Controle Aversivo e
Esquemas de Reforçamento
C A P Í T U L O 4
 OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de explicar controle 
Aversivo e Esquemas de Reforçamento. Controle Aversivo é a forma de 
controle de comportamento que implica a aplicação de alguma forma de 
punição para reduzir a probabilidade de uma determinada ação ou 
comportamento. O objetivo é que o indivíduo associe o comportamento 
indesejado com alguma forma de punição desagradável, para que haja 
uma redução na probabilidade de ocorrência deste comportamento. 
Esquemas de Reforçamento são estratégias usadas para modificar o 
comportamento de alguém. Estes esquemas usam estímulos positivos para 
aumentar a probabilidade de ocorrência de um comportamento desejado. 
Os estímulos podem ser materiais, como recompensas, ou intangíveis, como 
elogios. Estes esquemas também podem usar estímulos negativos, como a 
remoção de algo desagradável, para diminuir a probabilidade de 
ocorrência de um comportamento indesejado. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
4.1 Controle aversivo
Controle aversivo do comportamento é um tipo de treinamento usado para 
modificar o comportamento de uma pessoa ou animal por meio de 
estimulação negativa. Isso significa que a pessoa ou animal recebe uma 
punição ou estímulo desagradável, como um choque elétrico, uma 
reprimenda verbal ou outro tipo de castigo, a fim de desencorajar o 
comportamento indesejado. O objetivo é que, ao experimentar a punição, o 
indivíduo aprenda a evitar o comportamento que resultou na punição 
(MAZZO, 2007). 
A punição tem como objetivo ensinar à pessoa a evitar comportamentos 
indesejados. Por meio da punição, a pessoa é forçada a mudar seu 
comportamento. A punição pode ser física, como uma palmada ou castigo, 
ou psicológica, como o uso de palavras ou ações que intimidem ou 
humilhem. O objetivo é que, ao experimentar a punição, o indivíduo aprenda 
a evitar o comportamento que resultou na punição, e a mudar sua forma de 
agir para que ocorram consequências positivas. Para isso, é importante que 
a punição seja aplicada de forma consistente e que seja seguida por elogios 
e recompensas quando o comportamento desejado for alcançado.
Esse controle pode ser eficaz para corrigir alguns comportamentos, mas 
também pode ser problemático, pois pode provocar medo e ansiedade, que 
podem levar a respostas negativas e ao aumento do comportamento 
indesejado. Além disso, os efeitos dessa forma de treinamento podem ser 
temporários e o comportamento pode regressar quando o estímulo 
negativo não é mais presente.
Importante
O controle adverso apresenta de acordo com Mazzo (2007) duas formas de 
contingências, sendo elas as de punição e as de reforço negativo. Contudo, 
alguns autores abordam sobre essas contingências com denominações 
distintas, tais como: Sidma (1995) que utiliza o termo “Coerção”, Milenson 
(1975) que utiliza o termo “contingências aversivas” e Skinner (1975) que utiliza 
o ter “controle aversivo”. 
Portanto, o controle aversivo, como definido na Análise do Comportamento, 
refere-se ao controle do comportamento estabelecido por contingências de 
punição e de reforço negativo. É considerado como sendo uma das formas 
mais antigas e mais comumente usadas de controle comportamental.
Contudo, o controle aversivo pode causar efeitos não desejados, como uma 
dificuldade de aprendizagem, por essa razão, o controle aversivo é reprimido 
em algumas situações, sendo indicado sua substituição, por contingências 
de reforço positivo e de extinção (MAZZO, 2007). 
O reforço positivo se baseia na premiação ou recompensa de 
comportamentos desejáveis, com o intuito de estimular sua repetição. 
Enquanto isso, a extinção consiste na abolição da resposta, ao não produzir 
a premiação ou recompensa quando o comportamento não é desejável. 
Essas estratégias têm sido muito úteis para ensinar e modificar 
comportamentos, já que a pessoa é estimulada a exercer comportamentos 
positivos e é reconhecida pelos seus esforços. Além disso, o uso do reforço 
positivo e da extinção evita que o indivíduo se sinta punido ou 
desencorajado, o que pode levar a sentimentos de raiva e rebeldia.
Porém, mesmo o controle aversivo apresentar efeitos indesejáveis, ele pode 
contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem se aplicado de forma 
Baseando-se nesses críticos, supõe-se que nem todo efeito 
indesejável à aprendizagem de comportamentos apropriados ou 
eficazes seja produzido, exclusivamente, pelas contingências que 
definem o controle aversivo do comportamento. Considera-se, 
ainda, que os efeitos produzidos pelo controle aversivo nem sempre 
sejam indesejáveis à promoção de comportamentos eficazes e 
favorecedores de déficits comportamentais (MAZZO, 2007, p. 11). 
EXEMPLO
- Redução na motivação da tarefa. - Diminuição da confiança e 
do senso de segurança. - Aumento da ansiedade e do estresse. - 
Dificuldades para concentrar-se. - Maior nível de desânimo. - 
Sentimentos de incapacidade ou inferioridade. - Redução da 
produtividade. - Reação de resistência à autoridade. - Redução na 
qualidade dos resultados.
adequada, o que é possível quando se mantém o foco nas contingências de 
punição e reforço negativo, de modo que ambas as técnicas sejam 
fornecidas com precisão. Da mesma forma, que é necessário avaliar os 
efeitos dessas técnicas de forma individualizada, de modo que os efeitos 
indesejáveis sejam reduzidos ao mínimo. 
Em conclusão, apesar de estudos terem demonstrado efeitos indesejáveis 
associados ao uso do controle aversivo,

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