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DISCIPLINA SEMIÓTICA E TEORIAS DA LINGUAGEM CURSO: PUBLICIDADE E PROPAGANDA / JORNALISMO – CAMPUS TAGUATINGA - NOTURNO PROFESSORA SANDRA ARAÚJO 1ª AVALIAÇÃO QUESTÃO 01. De acordo com os estudos de Semiótica desenvolvidos até agora em nossa disciplina, faça uma análise da obra Pequena coreografia do adeus, de Aline Bei, considerando as três partes que compõem a história: “Júlia”, “Terra”, e “Escritora”. Em sua análise, cite pelo menos um dos autores estudados em sala sobre as teorias semióticas. Resposta: No livro "Pequena Coreografia do Adeus", é contada a história da menina Júlia Terra. Presa em um lar agressivo e abusivo, a jovem cresceu sendo testemunha das várias brigas entre pais que acabaram por fim se divorciando. Após a separação do casal, Júlia se depara com uma sensação de solidão e de não pertencimento. Sua mãe era agressiva e vivia em acrimônia, o pai encontrou alívio fora do relacionamento e se afastava cada vez mais de sua filha. Durante a história, a menina está sempre indo e voltando para perto dos pais, sempre tentando entender como eles pensavam. Conforme a história avança, Júlia cresce, se liberta de sua antiga casa e logo descobre seus gostos e desejos, porém, não consegue esquecer da Pequena Coreografia do Adeus que realizou à medida que crescia. Mesmo com o sentimento de medo e dor, ela carregava um grande sentimento de culpa por querer estar longe da sua família. Percebe-se que aquele círculo familiar descuidadoso e violento teria causado cicatrizes em seu desenvolvimento. Na infância mostrou por vezes um comportamento agressivo além de ter momentos de baixa autoestima. As frustrações que os adultos descontavam nela fizeram com que ela carregasse traumas, de maneira inconsciente, que ainda eram evidentes em suas anotações mais recentes. Ao longo dos anos ela tenta encontrar seu lugar no mundo passando por um longo e lento processo de autoconhecimento e auto aceitação, tornando-se escritora e aceitando a essência do relacionamento entre ela e sua mãe. De acordo com os estudos de Charles Peirce. A conexão mental entre o representamen e o objeto é o que gera a compreensão do signo. No caso da obra Pequena Coreografia do Adeus, o signo pode ser encontrado na capa do livro. Podemos identificar 2 pessoas. Uma delas seria Dona Vera (mãe de Júlia), identificada pelos seus seios vastos descritos pela protagonista no livro e a segunda pessoa, seria Júlia, tentando escapar, fugir da prisão que seria viver com sua mãe. Neste caso o representamen, parte perceptível do signo, é a pintura aqui descrita enquanto o objeto, aquilo que deseja representar, seria a tristeza, a dor e todos sentimentos que a menina sentia enquanto estava na presença da sua mãe. QUESTÃO 02. Escolha um dos autores estudados em Semiótica e Teorias da Linguagem e apresente uma interpretação do título da obra “Pequena coreografia do adeus”. Resposta: Quando entramos em contato pela primeira vez com o título “Pequena coreografia do adeus” podemos dizer, de acordo com os estudos feitos por Charles Peirce na sua terceira tricotomia, que na primeiridade temos uma compreensão superficial do texto podendo dizer que a palavra “pequeno” seria o quali-signo por da a qualidade do que é a coreografia na frase. Na análise da secundidade, temos uma compreensão mais profunda do que a palavra “coreografia” significa neste contexto. Uma coreografia são movimentos pré-estabelecidos, definidos e ensaiados, o que nos leva a concluir que a protagonista Júlia coreógrafa seus dias como se pudesse desaparecer, se movimentando a passos pesados e temorosos pelo amor que já não existe entre seus pais. Chegando na terceiridade, temos uma conexão entre a primeiridade e a secundidade onde encontramos o significado por trás do signo. Pequena coreografia do adeus manifesta a ideia de que a personagem principal após ser sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem decide dar um significado ao enredo da sua história enfrentando a solidão que a assola ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia.