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05/08/2021 1 O PROCESSO DE EXECUÇÃO Livro II, título I DA EXECUÇÃO EM GERAL NO CPC O PROCESSO DE EXECUÇÃO • Objetivo: O processo de execução visa a satisfação de um direito do credor. • Tipos: execução de titulo extrajudicial, execução de titulo judicial. • Titulo extrajudicial: é aquele que decorre de ato entre as partes, que se forma FORA do poder judiciário • Titulo judicial: é aquele que decorre de pronunciamento judicial, definitivo ou provisório . Pelo novo CPC, essa execução ocorrerá sempre em CUMPRIMENTO DE SENTENÇA COM FORÇA EXECUTIVA. • Execução provisória • Execução definitiva; • Há diferentes espécies de execução, que se distinguem em função do objetivo que pretende o credor: • Execução contra devedor solvente; • Execução de obrigação de fazer /não fazer • Execução de alimentos • Execução contra a Fazenda Pública, etc. 05/08/2021 2 NÃO MISTURAR!!!!!!! PROC CONHECIMENTO • É de ampla cognição; • Audiência de instrução • Rito ordinário • Procedimento comum. Proc de execução • Não é de ampla cognição • Visa a pratica de atos executórios para satisfação do credor • Não tem audiência de instrução • Procedimento Próprio • O processo de execução será um NOVO PROCESSO, ou processo autônomo quando o titulo for extrajudicial • O processo de execução será um INCIDENTE PROCESSUAL apenso ao processo principal, quando for titulo executivo judicial. • OBS: o CPC criou o cumprimento de sentença visando tornar mais efetiva as decisões judiciais definitivas. Classificação Exec. Direta ou por sub rogação • O estado substituiu a vontade do devedor em pagar ou não e promove atos executivos que garantem o pagamento (ex:penhora) Exec. Indireta ou por coerção • O estado usa elementos de estímulo psicológico para forçar o devedor a cumprir com a obrigação (ex: multa diária, prisão civil) • Art 517, 782 § 3º CPC • Art 827, § 1º CPC 05/08/2021 3 PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO NULLA EXECUTIO SINE TITULO • Não há execução sem título que a embase. • Ex :cheque, nota promissória, contrato, sentença, liminar. • Dessa forma é preciso APRESENTAR o titulo que deverá instruir a inicial ou o incidente de cumprimento de sentença. NULLA TITULUS SINE LEGE • princípio da tipicidade dos títulos executivos • O CPC enumera quais são os titulos considerados executivos. Assim o rol é TAXATIVO. • Candido Rangel Dinamarco preleciona: “Título executivo é um ato ou fato jurídico indicado em lei como portador do efeito de tornar adequada a tutela executiva em relação ao preciso direito a que se refere.” • sem título executivo não há execução!!! Mas o credor pode possuir o título executivo e preferir a demanda via processo de conhecimento ( art 785 CPC) 05/08/2021 4 Os títulos executivos extrajudiciais • Art. 784 CPC • São títulos executivos extrajudiciais: • I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; • II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; • III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; • IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; • V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; • VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; • VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; • VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; • IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; • . Títulos executivos judiciais • Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: • I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; • II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; • III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; • IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; 05/08/2021 5 • X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; • XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; • XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva • V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; • VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; • VII - a sentença arbitral; • VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; • IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; Requisitos do titulo executivo • Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se- á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível . • A liquidez diz respeito ao objeto definido = claro. O que é devido? • A certeza diz respeito à existência da obrigação. • A exigibilidade: diz respeito ao momento da cobrança. O titulo ainda é válido ou não? Prescrição /decadência, por exemplo 05/08/2021 6 • NÃO preenchidos os requisitos do título haverá a CARÊNCIA DA AÇÃO que pode ser declarada em sede de exceção de pré-executividade. O Objeto de tal defesa as matérias de mérito da execução, que envolvem invariavelmente a inexistência do direito exequendo (por exemplo, pagamento). • Decorrerá uma sentença que rejeita a pretensão executiva do credor, com a resolução do mérito (art. 487, I, do Novo CPC), inclusive apta a produzir coisa julgada material. Natureza jurídica • O processo de execução é um processo REAL, porque tem sempre objetivos PATRIMONIAIS. • Aboliu-se a responsabilidade pessoal do devedor que agora responde patrimonialmente, sempre. • Exemplo : na antiga Lei das XII Tábuas, era possível escravizar o devedor ou mesmo “dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quantos sejam os credores”. DESFECHO ÚNICO • O OBJETIVO final da execução é satisfazer o credito do credor ou satisfazer o direito do exequente. • Ao final o juiz declara EXTINTA a execução. • Art. 924. Extingue-se a execução quando: • I - a petição inicial for indeferida; • II - a obrigação for satisfeita; • III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida; • IV - o exequente renunciar ao crédito; • V - ocorrer a prescrição intercorrente. • Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença. • 05/08/2021 7 DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO • é permitido ao exequente, a qualquer momento, ainda que pendentes de julgamento os embargos à execução, desistir do processo, sendo dispensada a concordância do executado para que tal desistência gere efeitos jurídicos (art. 775, caput, do Novo CPC). • Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva. • Parágrafo único. Na desistência da execução, observar- se-á o seguinte: • I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios; • II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante. • • Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos queeste sofreu, quando a sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a execução. • Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé ou de prática de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos próprios autos do processo 05/08/2021 8 • A desistência não se confunde com a renúncia, instituto de direito material. • Significa dizer que o exequente simplesmente desiste de cobrar executivamente seu direito naquele momento, naquele processo específico, podendo, entretanto, ingressar posteriormente com ação idêntica, desde que comprove o pagamento das custas processuais da primeira ação (art. 486, § 2º, do Novo CPC). • Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação. MENOR ONEROSIDADE • A Execução se faz no interesse do credor e no benefício do devedor, o que significa que não é instrumento de vingança privada. Os atos de constrição devem ser úteis e necessários a satisfação do credito, nada justificando que o executado sofra mais do que o estritamente necessário na busca da satisfação do direito do exequente. • . • Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. • Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados 05/08/2021 9 • Ex: • Art. 891. Não será aceito lance que ofereça preço vil. • Parágrafo único. Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação. LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL • Art 772, II CP e art 774 CPC • o art. 774 do Novo CPC, com a previsão dos chamados atos atentatórios à dignidade da justiça. Segundo o art. • 774, caput, do Novo CPC, essa espécie de ato ou de omissão só pode ser praticado pelo executado, cabendo ao exequente a aplicação das sanções com fundamento nos arts. 77, 80 e 81 do Novo CPC. CONTRADITÓRIO • O mérito no processo de execução condiciona-se ao ingresso dos embargos à execução, ação de conhecimento autônoma e incidental ao processo de execução. É o meio de defesa do devedor. 05/08/2021 10 ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS • São variados esses meios previstos em lei: penhora, • expropriação, busca e apreensão, arresto executivo, remoção de pessoas ou coisas, fechamento de estabelecimentos comerciais, pesquisa bacen, revajan jud, infojud, etc, etc. • Apesar de bastante amplo o rol legal, a doutrina é pacífica no entendimento de se tratar de rol meramente • exemplificativo, podendo o juiz adotar outros meios executivos que não estejam expressamente consagrados em lei, daí a ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS. • art. 536, § 1º, do Novo CPC • O art. 139 do Novo CPC trata dos poderes do juiz, prevendo em seu inciso IV ser um deles a determinação de todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária. • deve o juiz atuar com imparcialidade e razoabilidade • medidas atípicas devem ser aplicadas somente quando as medidas típicas tiverem se mostrado incapazes de satisfazer o direito do exequente48 SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO sujeitos processuais: juiz, demandante/exequente e demandado/executado 05/08/2021 11 Polo ativo • legitimação ordinária primária ou originária, sempre que o sujeito legitimado a propor o processo executivo ou a dar início à fase de cumprimento de sentença estiver indicado como credor no próprio título executivo. • legitimação ordinária superveniente ou secundária, o sujeito que demanda, apesar de fazê-lo em nome próprio e em defesa de interesse próprio, só ganha a legitimação para propor a demanda executiva ou nela prosseguir por um ato ou fato superveniente ao surgimento do título executivo. • legitimação extraordinária, pela qual o sujeito litigará em nome próprio na defesa de interesse alheio. Tradicionalmente a doutrina aponta o art. 778, § 1º, I, do Novo CPC, que atribui legitimidade ao Ministério Público • Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo. • § 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário: • I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei; • II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; • III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; • IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. Legitimação do MP • São exemplos: • (ex: TAC, penas pecuniárias ao estado, a legitimidade para executar a sentença condenatória • proferida em ação civil pública que tenha como objeto direito difuso ou coletivo (art. 3.º da Lei 7.347/1985), para executar a sentença de ação de improbidade administrativa, em situações de enriquecimento ilícito no exercício do mandato, cargo, emprego ou função na administração pública (art. 17 da Lei 8.429/1992), e a • execução de sentença penal condenatória quando o credor for pessoa pobre (art. 68 do CPP), 05/08/2021 12 LEGITIMIDADE DO ESPÓLIO, HERDEIROS E SUCESSORES • art. 779, II, do Novo CPC trata da legitimação ordinária superveniente em virtude da sucessão causa mortis, atribuindo legitimidade ao espólio, herdeiros e sucessores para dar início à demanda executiva ou assumir o polo ativo no lugar do de cujus, quando esta já tiver sido iniciada, em fenômeno de sucessão processual LEGITIMIDADE DO CESSIONÁRIO E DO SUB-ROGADO • Para provar sua legitimação o demandante deva juntar à petição inicial (processo executivo) ou ao requerimento inicial (cumprimento de sentença) o instrumento de cessão de crédito • Haverá legitimidade superveniente na hipótese de subrogação, seja ela legal (art. 346 do CC) ou convencional (art. 347 do CC) Polo passivo • Também pode ser legitimação ordinária primária ou originária (inciso I), ordinária superveniente ou secundária (incisos II e III), e legitimação extraordinária (incisos • IV, V e VI), todos do art 779 do Novo CPC. 05/08/2021 13 • Art. 779. A execução pode ser promovida contra: • I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; • II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; • III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; • IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial; • V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; • VI - o responsável tributário, assim definido em lei devedor • devedor deve-se entender todo sujeito que esteja, à luz da lei civil ou comercial, obrigado a solver a obrigação; • legitimação ordinária superveniente por causa mortis vem expressamente prevista no art. 779, II, do Novo CPC; • legitimidade ordinária superveniente por ato inter vivos encontra-se prevista no art. 779, III, do Novo CPC, que trata do fenômeno da assunção de dívida ou cessão de débito (art. 299 do CC). • inciso IV do art. 779 do Novo CPC prevê a legitimidade ativa executiva do fiador do débito constante em título executivo extrajudicial; • o contratante inadimplente em hipoteca, penhor, anticrese e alienação fiduciária em garantia. • A responsabilidade secundária do responsável tributário vem prevista tanto no art. 779, VI, do Novo CPC como no art. 4.º, V, da Lei 6.830/1980 (Lei de Execuções Fiscais), devendo-se ainda levar em conta as normas atinentes ao tema previstas pelo Código Tributário Nacional (arts. 121 a 138).COMPETÊNCIA DA EXECUÇÃO 05/08/2021 14 Competência no cumprimento de sentença • Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: • I - os tribunais, nas causas de sua competência originária; • II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; • III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo. • Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. COMPETÊNCIA P/ TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL • Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte: • I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos; • II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles; • III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente; • IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente; • V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado. • O art. 782, § 1.º, do Novo CPC passou a admitir ao oficial de justiça a prática de atos executivos eterminados pelo juiz também nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana ART 782,§ 1º CPC. 13/08/2020 1 TÍTULO EXECUTIVO Página 1422. - daniel � Existem duas espécies de título executivo: judicial e extrajudicial. � O título executivo judicial é formado pelo juiz, por meio de atuação � jurisdicional, enquanto o título executivo extrajudicial é formado por ato de vontade � das partes envolvidas na relação jurídica de direito material 13/08/2020 2 ATENÇÃO � inadmissível que as partes, por vontade própria, criem título executivo à margem da previsão legal (nullus titulus sine lege), � Segundo Carnelutti, o título executivo seria um documento representativo da existência do crédito exequendo, ou seja, seria uma prova legal da existência do crédito, já que previsto em lei. O título seria uma prova documental, prova legal; documento com a forma e conteúdo predeterminados pela lei. 13/08/2020 3 REQUISITOS FORMAIS DAOBRIGAÇÃO EXEQUENDA � Liquidez , certeza, exigibilidade � Certeza: indiscutibilidade da existência da obrigação; não há controvérsia quanto à sua existência � Liquidez: fixação do quantum debeatur; A necessidade de elaboração de meros cálculos aritméticos não tira a liquidez do título. � Exigibilidade: inexistência de impedimento à eficácia atual da obrigação, que resulta do seu inadimplemento e da ausência de termo, TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS 13/08/2020 4 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS � Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: � I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; � II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; � III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; � IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; � V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; 13/08/2020 5 � VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; � VII - a sentença arbitral; � VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; � IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; A SENTENÇA � Sentença meramente declaratória é título executivo judicial desde que reconheça a exigibilidade de uma obrigação 13/08/2020 6 � A natureza condenatória de uma sentença não se restringe àquelas proferidas em ações de conhecimento condenatórias, importando para a fixação do título a partedispositiva da sentença que obrigue qualquer das partes ao cumprimento de uma obrigação. Numa ação meramente declaratória a parte derrotada será condenada a pagar honorários advocatícios, servindo esse capítulo da decisão como título executivo para a parte vencedora, embora não seja título executivo o capítulo principal dessa sentença. � No Superior Tribunal de Justiça, a primeira sinalização de que a sentença meramente declaratória poderia ser considerada um título executivo veio com a Súmula 461, que expressamente permite a execução de sentença meramente declaratória de repetição de indébito tributário. Há, inclusive, posicionamento no sentido de se entender como título executivo judicial a decisão meramente declaratória de obrigação ilíquida, hipótese em que o valor devido será fixado em � liquidação de sentença. 13/08/2020 7 SUMULA 461 STJ � O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado. AUTOCOMPOSIÇÃO � Autocomposição é forma consensual de solução de conflitos, de forma que nesse caso as partes resolvem o conflito pelo exercício de suas vontades, cabendo ao juiz a tarefa de homologá- la, formando-se assim um título executivo judicial 13/08/2020 8 FORMAL DE PARTILHA � O pronunciamento judicial que encerra o processo de arrolamento ou inventário, contendo a adjudicação do quinhão sucessório aos herdeiros, é considerado título executivo pelo diploma processual, apesar de não ser, naturalmente, sentença condenatória. SENTENÇA PENAL � A sentença penal: � Segundo previsão do art. 387, IV, do CPP, o juiz penal ao proferir a sentença condenatória fixará um valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido � Não havendo fixação, a sentença deve ser usada em ação autônoma, indenizatória ex delito. 13/08/2020 9 � A eficácia civil da sentença penal só atinge a pessoa do condenado na esfera criminal, não podendo a liquidação de sentença e posteriormente a execução serem propostas em face de corresponsáveis à reparação do dano na esfera civil. � Assim, não serão partes legítimas passivas os preponentes, patrões, pais etc. Caso a vítima deseje lhes acionar na esfera cível, será obrigada a ingressar com processo de conhecimento contra eles buscando a formação do título (sentença civil condenatória). O título é formado exclusivamente contra o condenado, e ninguém mais. QUIZZE?????????? � José foi condenado pela prática de furto em ação penal transitada em julgado. A vítima, munida desse título executivo judicial, ingressa com ação indenizatória ex delito, buscando o ressarcimento das perdas e danos. No curso do processo, sobrevêm a propositura de ação de revisão criminal, que ao final é procedente a José, afastando-lhe a condenação penal anterior. O que acontece com a ação indenizatória por danos materiais que foi proposta com base na sentença condenatória? 13/08/2020 10 KRI....KRI....KRI..... RESPOSTA � tomando-se por base o momento em que se dá a desconstituição da sentença penal condenatória transitada em julgado: se a execução ainda não se iniciou ou está em curso, com a perda do título executivo, no primeiro caso o processonão poderá mais ser proposto (não há mais título executivo) e no segundo deverá ser extinto (perda superveniente do título executivo). 13/08/2020 11 ARBITRAGEM � A Lei de Arbitragem (Lei 9.307/1996) conferiu eficácia executiva, sem a necessidade de homologação pelo Poder Judiciário, à sentença arbitral, entendida como o provimento final do árbitro que resolve um conflito de interesses (sobre direitos patrimoniais disponíveis) � deve o credor recorrer ao Poder Judiciário, requerendo o cumprimento da sentença arbitral. SENTENÇA ESTRANGEIRA � Para que produza efeitos em território nacional, a sentença estrangeira – judicial ou arbitral – deve obrigatoriamente passar por um processo de homologação perante o Superior Tribunal de Justiça (art. 961 do Novo CPC c/c o art. 105, I, “i”, da CF). O procedimento da ação de homologação de sentença estrangeira é regulado pelos arts. 960 a 965 do Novo CPC � A decisão homologatória, com nítido caráter constitutivo, torna a decisão proferida em estado estrangeiro executável em território nacional, ocorrendo na linguagem de autorizada doutrina uma “nacionalização da sentença” 13/08/2020 12 CONCESSÃO DO EXEQUATUR � Nos termos do § 1º do art. 960 do Novo CPC, a decisão interlocutória estrangeira pode ser executada no Brasil por meio de carta rogatória. O dispositivo tem essencial relevância nas decisões interlocutórias concessivas de tutela de urgência. � CONCESSÃO DO EXEQUATUR : "execute-se", "cumpra-se". É de se lembrar que nesse caso a competência para a concessão do exequatur é do Superior Tribunal de Justiça. TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS 13/08/2020 13 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS � Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: � I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; � II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; � III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; � IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela. � Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; � V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; � VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; � VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; � VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; 13/08/2020 14 � IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; � X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; � XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; � XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. � § 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. 13/08/2020 15 � § 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados. � § 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação TITULO EXEC EXTRA JUDICIAL � São essencialmente documentos particulares ou públicos aos quais a lei empresta força executiva. � Rol taxativo. � processo autônomo de execução (título extrajudicial) 13/08/2020 16 LETRA DE CÂMBIO, NOTA PROMISSÓRIA, DUPLICATA, DEBÊNTURE E CHEQUE � os títulos de crédito regulados inteiramente pelo direito material, mais precisamente pelo direito empresarial. A letra de câmbio e a nota romissória são reguladas pelo Decreto 2.044/1908 e pela Convenção de Genebra aprovada pelo Decreto 57.663/1966. A duplicata, criação nacional, é regulada pela Lei 5.474/1968. A debênture encontra-se regulada na Lei 6.404/1976 (em especial nos arts. 52 a 74). O cheque rege-se pela Convenção de Genebra e pela Lei 7.357/1985. � não necessitam de protesto � o cheque: após seis meses contados do esgotamento do prazo de apresentação (30 a 60 dias), perde sua eficácia executiva. � Debênture: é um título de crédito representativo de um empréstimo que uma companhia realiza junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, estabelecidos na escritura de emissão. � Nota promissória: Prazo 5 anos do vencimento. 13/08/2020 17 ESCRITURA PÚBLICA OU OUTRO DOCUMENTO PÚBLICO ASSINADO PELO DEVEDOR � É a confissão de dívida, que pode ser realizada por meio de escrita pública, documento público assinado pelo devedor ou particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas. � o documento deve indicar: obrigação certa, líquida e exigível, sem o que o contrato não será considerado título executivo. ESCRITURA PÚBLICA X DOCUMENTO PÚBLICO � a escritura pública é ato privativo do tabelião de notas, o documento público pode ser produzido por qualquer agente público no exercício de suas funções. 13/08/2020 18 DOCUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELO DEVEDOR E POR DUAS TESTEMUNHAS � É o contrato. � Não tem nenhuma validade para fins executivos a chamada assinatura a rogo, exigindo-se do devedor analfabeto ou que esteja impossibilitado de assinar o instrumento a constituição de mandatário por escritura pública. � Art. 595. No contrato de prestação de serviço, quando qualquer das partes não souber ler, nem escrever, o instrumento poderá ser assinado a rogo e subscrito por duas testemunhas RECONHECIMENTO DE FIRMA É OBRIGATÓRIO = NÃO MAS É ACONSELHÁVEL � O reconhecimento de firma garante a autoria do documento e prova a existência dele na data da autenticação, fazendo prova plena em juízo. Se houver alguma contestação, a outra parte terá que fazer prova contra você e em face da ação do tabelião. Segurança plena para os seus documentos e negócios. 13/08/2020 19 QUIZZE? � Vc pode obter procuração válida de cliente analfabeto, ou seja, aquele que só assina a rogo? KRI....KRI....KRI..... 13/08/2020 20 RESPOSTA. � Procuração para advogado atuar em benefício de uma pessoa analfabeta não precisa ser feita no cartório por instrumento público. Esse é o entendimento do Conselho de Nacional de Justiça em processo administrativo que mandou o Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE) deixar de exigir essa forma de registro. � 0001464-74.2009.2.00.0000 - TRT-20 � Leia a decisão: � PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINSITRATIVO. PROCURAÇÃO OUTORGADA POR ANALFABETO. DESNECESSIDADE DE INSTRUMENTO PÚBLICO. PEDIDO PROCEDENTE. � 1. Não se mostra razoável exigir que a procuração outorgada por pessoa analfabeta para atuação de advogado junto à Justiça do Trabalho seja somente por instrumento público, se a legislação (art. 595 do Código Civil) prevê forma menos onerosa e que deve ser aplicada analogicamente ao caso em discussão. 13/08/2020 21 MAS....TRADICIONALMENTE USA-SE � Procuração a rogo � É a denominação dada à procuração passada por aqueles que não sabem ou não podem escrever, os analfabetos ou aqueles que não possam manifestar a sua vontade, por intermédio da escrita. Nesses casos, a procuração deverá obrigatoriamente ser outorgada por instrumento público, o qual deverá ser devidamente assinado a rogo do outorgante, vale dizer, a seu pedido, por outra pessoa. � Em se tratando de assinatura a rogo (a pedido), deverá o ato ser testemunhadopor três outras pessoas, às quais incumbe apor a sua assinatura, juntamente com o tabelião, que indicará o nome da das duas testemunhas e da pessoa que assinou a rogo. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO � o contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta corrente, não é um título executivo, cabendo apenas a propositura de ação monitória ou de cobrança. 13/08/2020 22 INSTRUMENTO DE TRANSAÇÃO REFERENDADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, PELA DEFENSORIA PÚBLICA, PELA ADVOCACIA PÚBLICA, PELOS ADVOGADOS DOS TRANSATORES OU POR CONCILIADOR OU MEDIADOR CREDENCIADO PELO TRIBUNAL � Tradicional atuação do Ministério Público na formação de títulos executivos extrajudiciais se dá na elaboração do termo de ajustamento de conduta (TAC) � conciliador e mediador credenciados, que estarão habilitados a atuar fora do juízo na atividade consensual dos conflitos, sendo capaz de referendar a solução criando um título executivo extrajudicial. CONTRATO GARANTIDO POR HIPOTECA, PENHOR, ANTICRESE OU OUTRO DIREITO REAL DE GARANTIA E AQUELE GARANTIDO POR CAUÇÃO � exemplo, a alienação fiduciária em garantia � caução em razão de contrato, seja ela real (hipoteca, penhor ou anticrese) ou fidejussória (fiança). � Anticrese: contrato em que o devedor entrega um imóvel ao credor, transferindo-lhe o direito de auferir os frutos e rendimentos desse mesmo imóvel para compensar a dívida; consignação de rendimento. 13/08/2020 23 CONTRATO DE SEGURO DE VIDA EM CASO DE MORTE � não sendo título executivo extrajudicial o contrato de seguro de acidentes pessoais, e tampouco o contrato de seguro de automóvel, que demandarão para a cobrança do prêmio não pago pela seguradora a propositura de processo de conhecimento pelo rito comum. CRÉDITO DECORRENTE DE FORO E LAUDÊMIO � O foro e o laudêmio são espécies de rendas imobiliárias, decorrentes da enfiteuse, regulados por leis de direito material. � O foro é a pensão anual certa e invariável que o enfiteuta paga ao senhorio direto pelo direito de usar, gozar e dispor do imóvel objeto do direito real de enfiteuse. � O laudêmio é a compensação que é devida ao senhorio direto pelo não uso do direito de preferência, quando o enfiteuta aliena onerosamente o imóvel foreiro 13/08/2020 24 EFITEUSE????????????? � direito real em contrato perpétuo, alienável e transmissível para os herdeiros, pelo qual o proprietário atribui a outrem o domínio útil de imóvel, contra o pagamento de uma pensão anual certa e invariável; aforamento. � enfiteuse é instituto de rara aplicação prática, nunca tendo obtido grande relevância no mundo jurídico CRÉDITO, DOCUMENTALMENTE COMPROVADO, DECORRENTE DE ALUGUEL DE IMÓVEL, BEM COMO DE ENCARGOS ACESSÓRIOS, TAIS COMO TAXAS E DESPESAS DE CONDOMÍNIO � Locação: suficiente a existência de uma prova documental que ateste a existência da locação e dos encargos. � Admite-se a execução de outras espécies de encargos da locação, como as despesas de telefone, de consumo de força, luz, água e esgoto. 13/08/2020 25 CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA DA UNIÃO, ESTADO, DISTRITO FEDERAL, TERRITÓRIO E MUNICÍPIO, CORRESPONDENTE AOS CRÉDITOS INSCRITOS NA FORMA DA LEI � É a CDA. � Execução fiscal por lei própria � LEI No 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980. � dívida ativa é qualquer valor cuja cobrança seja atribuída por lei à Fazenda Pública, sejam representativos de créditos tributários ou não. A inscrição de contrato ou de dívida é feita por meio de procedimento administrativo regular, com os requisitos formais previstos pelo art. 202 do CTN e art. 2.º, § 5.º, da Lei 6.830/1980, conferindo liquidez e certeza à dívida. CRÉDITO REFERENTE ÀS CONTRIBUIÇÕES ORDINÁRIAS OU EXTRAORDINÁRIAS DE CONDOMÍNIO EDILÍCIO, PREVISTAS EM CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO OU APROVADAS EM ASSEMBLEIAGERAL, DESDE QUE DOCUMENTALMENTE COMPROVADAS � inciso X do art. 784 do Novo CPC cria título executivo que não dependerá da participação do devedor em sua elaboração e muito menos de sua assinatura. � No caso ora analisado bastará ao condomínio edilício ingressar com processo de execução contra o condomínio devedor instruindo sua petição inicial com cópia da convenção condominial e da ata da assembleia que estabeleceu o valor das cotas condominiais, ordinárias ou extraordinárias. 13/08/2020 26 TODOS OS DEMAIS TÍTULOS, AOS QUAIS, POR DISPOSIÇÃO EXPRESSA, A LEI ATRIBUIR FORÇA EXECUTIVA � O dispositivo legal permite expressamente que leis federais extravagantes criem títulos executivos extrajudiciais, mas impossibilita que as partes realizem o chamado “pacto executivo”. � Exemplo de títulos executivos criados por leis extravagantes: � como créditos da OAB contra os inscritos (Lei 8.906/1994, art. 46); cédulas de crédito rural (Decreto-lei 167/1967, art. 41), cédulas de crédito industrial (Decreto lei 413/1969); cédulas de exportação (Lei 6.313/1975); cédulas de crédito comercial..... TUDO CERTO AI????? 21/08/2020 1 � É a possibilidade de sujeição de um determinado patrimônio à satisfação do direito substancial do credor � INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE � PESSOAL � não há nenhuma possibilidade de o corpo do responsável responder pela satisfação do direito do credor. 21/08/2020 2 � Todos os bens respondem pela obrigação: � Bens passados = fraude a credores � Bens futuros = adquiridos após propositura da ação � Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios. � Decorre , historicamente: Lex Poetelia � Papiria, do ano 326 a.C., representou o início da transformação da responsabilidade pessoal para a patrimonial. Passou-se a proibir a morte e o acorrentamento do devedor, a prever de forma institucionalizada a satisfação do crédito mediante a prestação de trabalhos forçados; � “humanização da execução”: princípio da dignidade humana 21/08/2020 3 � Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis. � São impenhoráveis: � I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; � II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; � III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; � IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ; 21/08/2020 4 � V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; � VI - o seguro de vida; � VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; � VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; � IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; � X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; � XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; � XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 21/08/2020 5 � Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis � Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquertipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. � Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. 21/08/2020 6 � Artigo 3º. Lei do bem de família � o salário e demais vencimentos previstos no art. 833, IV, para cobrança de divida alimentar; verbas trabalhistas lato sensu . � Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. � Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário, observado o disposto neste artigo. 21/08/2020 7 � Nos termos da Súmula 449, a vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não � constitui bem de família para efeito de penhora. Nos termos da Súmula 364, o conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel � pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. � Nº 449 STJ � Súmula 449 - A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para efeito de penhora. Data da Publicação - DJ-e 21-6-2010... 21/08/2020 8 � Súmula 364 - O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. � Data da Publicação - DJe 31.10.2008 � imóvel desocupado pode ser penhorado, ainda que seja o único do devedor 21/08/2020 9 � bens doados ou alienados com cláusula de inalienabilidade, comuns em testamentos � Seriam quatro os critérios: uso total, quantidade razoável, utilidade ou necessidade e trabalho pessoal � Os instrumentos primeiramente devem ser utilizados no dia a dia profissional do executado, e não apenas de forma esporádica e rara; � Inviável que a impenhorabilidade abranja uma série de bens do devedor quando este possuiuvários bens do mesmo gênero. � imprescindível ligação entre os bens e a profissão exercida pelo devedor. Deve restar devidamente comprovado que � a utilização de tais bens se presta à realização das tarefas compreendidas em seu trabalho, de forma direta. 21/08/2020 10 � Jorge é advogado é possui em seus escritório 10 computadores, uma biblioteca com livros raros e valiosos além de televisores e acomodações luxuosas. É executado por Maria. Pergunta-se, há como penhorar bens presentes no escritório do Dr Jorge? � Sim. De acordo com tudo que estudamos o uso total, quantidade razoável, utilidade ou necessidade e trabalho pessoal. 21/08/2020 11 � o valor de até 40 salários-mínimos mantido em caderneta de poupança é impenhorável. � mantendo o devedor mais de uma poupança, a proteção limitar-se- á ao valor de 40 salários mínimos na soma de todas elas, e nunca individualmente, 21/08/2020 12 � É a “responsabilidade executória secundária”, prevista no art. 790 do Novo CPC. � Art. 790. São sujeitos à execução os bens: � I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória; � II - do sócio, nos termos da lei; � III - do devedor, ainda que em poder de terceiros; � IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida; � V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; � VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores; � VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. � O Superior Tribunal de Justiça reconhece a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica entre empresas do mesmo grupo econômico, bem como a desconsideração da personalidade jurídica inversa, inclusive atribuindo legitimidade ativa para tal pedido à companhia prejudicada em sua meação pela fraude, ainda que na condição de sócia minoritária na sociedade empresarial � Dá-se por incidente processual apensado ao cumprimento de sentença ou execução 21/08/2020 13 � É pacífica a doutrina e jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça quanto ao entendimento de que o cônjuge ou companheiro não devedor tem legitimidade para os embargos à execução e embargos de terceiro FRAUDES CONTRA CREDORES E FRAUDE A EXECUÇÃO DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA DIAS , P 1487 FRAUDE CONTRA CREDORES Fraude contra credores Código Civil arts. 158 a 165 do CC; Requisitos: Objetivo: que a alienação tenha conduzido a uma diminuição patrimonial do devedor que tenha piorado ou criado um estado de insolvência (eventus damni); Subjetivo: intenção do devedor de provocar sua redução patrimonial até o estado de insolvência (consilium fraudis). Código Civil Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. § 1 o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. § 2 o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. Código Civil Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se- á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados. Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real. Código Civil Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé. Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. . Código Civil Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. Art. 164. Presumem-se, porém, de boa- fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família. Código Civil Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada atenção quando o ato for praticado a título gratuito, o intuito fraudulento presume-se de forma absoluta. Já nos casos de atos onerosos é preciso demonstrar que o devedor tinha ao menos o potencial conhecimento de que seu ato o levaria à insolvência (não é necessária a intenção deliberada de fraudar) e que o terceiro adquirente tinha conhecimento – efetivo ou presumido – de que a alienação levaria o alienante a esse estado Momento da alienação: só se constitui fraude se realizada após o inadimplemento da obrigação. Mas o STJ já admitiu a Frau demesmo antes do inadimplemento, ou seja, predeterminada em detrimento de futuros credores. Na prática ação pauliana para desconstituir o negócio jurídico. Ato, venda ou doação, é anulável por sentença declaratória desconstitutiva de direito, ou declaratória negativa STJ: ato é anulável, mas a invalidade só aproveita ao credor que for autor da ação pauliana Na prática litisconsórcio necessário entre os contratantes (devedor e terceiro) na ação pauliana (ou revocatória) propositura de uma ação específica de cunho declaratório. FRAUDE A EXECUÇÃO FRAUDE A EXECUÇÃO ato fraudulento que, além de gerar prejuízo ao credor, atenta contra o próprio Poder Judiciário, dado que tenta levar um processo já instaurado à inutilidade. Pode levar a aplicação das penalidades por ato atentatório à justiça. CPC Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 ; III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; . http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art828 IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; V - nos demais casos expressos em lei Na prática Não é necessário o ingresso de qualquer ação judicial; basta peticionar nos autos, exceto se já tiver sido realizada a alienação judicial do bem, quando será preciso entrar com ação anulatória em litisconsórcio necessário (alienante e remitente) Na prática contraditório pode se estabelecer incidentalmente, exigindo-se a oitiva do terceiro adquirente antes de acolhida a alegação de fraude à execução (§40) se o juiz não intimar = embargos de terceiro 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias. O prazo para opor embargos de terceiro pode ser maior...posição do STJ atenção fraude à execução dispensava prova do elemento subjetivo do consilium fraudis, pouco importando se havia ciência ou não de que o ato levaria o devedor à insolvência. A intenção fraudulenta nesse caso era presumida, sendo irrelevante para os fins de configuração da fraude se o ato é real ou simulado, de boa ou má-fé. § 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem. O STJ Súmula 375/STJ O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. Data de Publicação - DJe 30-3-2009 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Ocorre nos processos de exc que são propostos contra P. Jurídicas, quando não se localizam bens para a satisfação do crédito. É uma forma de fraude. 790, VII, do Novo CPC, é responsável secundário o responsável pela dívida da sociedade empresarial na hipótese da desconsideração de sua personalidade jurídica. No CC Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. § 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza § 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. o juiz não pode agir de ofício, sendo necessário o requerimento da parte ou do Ministério Público. Na prática Há instauração do incidente de Desconsideração da personalidade jurídica ao distribuidor para as anotações devidas. O Juiz , ao final, profere sentença. desconsideração inversa desconsideração inversa : se demanda o devedor e pede a responsabilização da Pessoa jurídica. Vamos ver uma petição e uma sentença????? Cumprimento de sentença Provisório e definitivo A execução de título judicial se faz por cumprimento de sentença. ◦ Cumprimento de sentença provisório: liminares e decisões não transitadas em julgado ◦ Cumprimento de sentença definitivo: decisões judiciais definitivas ( transito em julgado) Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código. § 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente. Da intimação do devedor § 2º O devedor será intimado para cumprir a sentença: I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos; II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV; III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246 , não tiver procurador constituído nos autos IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256 , tiver sido revel na fase de conhecimento. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art246§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art256 § 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274. § 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3º deste artigo. § 5º O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art274p Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria. Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovantede entrega da correspondência no primitivo endereço. A regra da citação pessoal a citação pelo correio deve obedecer ao disposto na lei, sendo necessária a entrega direta ao destinatário, de quem o carteiro deve colher o ciente. Art. 223, § 3º, do CPC. I - Para a validade da citação, não basta a entrega da correspondência no endereço do citando; o carteiro fará a entrega da carta ao destinatário, colhendo a sua assinatura no recibo. Sumula 429 STJ : A citação postal, quando autorizada por lei, exige o aviso de recebimento Não confundir!!!!!!! Citação X intimação. Citação: ato de chamamento inicial ao processo. Intimação: ato de chamamento ao processo JÁ iniciado. Execução provisória via cumprimento de sentença Cumprimento de sentença provisório Execução provisória é a execução fundada em título executivo judicial Provisório Não cabe em recurso recebido no efeito suspensivo, pois tal circunstância retira a executibilidade da decisão e, consequentemente, cria um impedimento à execução ( executividade) Execução provisória – ocorre de decisões não transitadas em julgado onde há interposição do recurso cabível, não recebido no efeito suspensivo. ◦ Ex: recurso especial e recurso extraordinário CAUÇÃO NA EXECUÇÃO PROVISÓRIA decisão exequenda pode ser anulada ou reformada em razão do provimento do recurso interposto contra ela pendente de julgamento por isso é exigida a CAUÇÃO. Visa que o exequente suporte os danos, ao executado se houver reforma a decisão provisória. A responsabilidade é objetiva art. 520, I, do Novo CPC Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos; III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução; IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. NATUREZA JURÍDICA DA CAUÇÃO caução prevista pelo art. 520, IV, do Novo CPC tem natureza cautelar. ◦ Não é preciso demonstrar o fumus boni iuris e o periculum in mora ◦ É obrigatória Requisitos da caução “suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos”. ◦ Pode ser real ou fidejussória, sendo prestada pelo executado ou terceiro (fiador judicial). ◦ Garantia prestada deve ser o suficiente para fazer frente a um eventual prejuízo do executado. MOMENTO DE PRESTAÇÃO DA CAUÇÃO necessidade de prestação de caução no momento de levantamento de depósito em dinheiro, prática de atos que importem alienação de propriedade ou de outro direito real, transferência da posse, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado. ◦ art. 520, IV não há qualquer necessidade da prestação de caução no momento da propositura da execução provisória. juiz pode determinar de ofício a prestação de caução, mas garante-se o contraditório. DISPENSA DA CAUÇÃO - art. 521 do Novo CPC Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que: I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem; II - o credor demonstrar situação de necessidade; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art520iv III - pender o agravo fundado nos incisos II e III do art. 1.042 ◦ (agravo contra decisão denegatória de seguimento de recurso especial e extraordinário) III – pender o agravo do art. 1.042; IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos. Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1042ii Outra hipótese art. 356, § 2º, do CPC prevê mais uma hipótese de dispensa da caução no cumprimento provisório de sentença: execução de decisão interlocutória que julga de forma antecipada parcela do mérito. Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 . § 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida. § 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art355 § 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva. § 4º A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. § 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO EXEQUENTE Funda-se na teoria do risco-proveito. ◦ A execução provisória é uma opção benéfica ao exequente, já que permite, senão a sua satisfação, ao menos o adiantamento da prática de atos executivos. caberá ao executado demonstrar concretamente a ocorrência do prejuízo, o que exigirá a propositura de uma liquidação de sentença incidental. ◦ a liquidação dos danos será um incidente processual e a execução seguirá o procedimento do cumprimento de sentença FORMALIZAÇÃO DOS AUTOS DA EXECUÇÃOPROVISÓRIA Apresenta-se a carta de sentença, formada pelo cartório. requerimento inicial –, instruirá a petição com cópias de peças do processo previstas em lei, podendo o advogado declará-las autênticas. Documentos exigidos (a) decisão exequenda; (b) certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; (c) procurações outorgadas pelas partes; (d) decisão de habilitação, se for o caso; (e) facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para demonstrar a existência do crédito. A multa e os honorários pela ausência de pagamento de quinze dias são aplicáveis na execução provisória. O protesto da sentença, previsto no art. 517 do Novo CPC, exige que o cumprimento de sentença seja definitivo, enquanto a multa de 10% sobre o valor exequendo é cabível no cumprimento provisório de sentença Tipos: completa ou incompleta ◦ Completa: exige-se todo o objeto ◦ Incompleta: exige-se apenas parte do objeto. DA DEFESA DO EXECUTADO NO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA Para evitar a execução Art. 526. É lícito ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, comparecer em juízo e oferecer em pagamento o valor que entender devido, apresentando memória discriminada do cálculo. § 1º O autor será ouvido no prazo de 5 (cinco) dias, podendo impugnar o valor depositado, sem prejuízo do levantamento do depósito a título de parcela incontroversa. § 2º Concluindo o juiz pela insuficiência do depósito, sobre a diferença incidirão multa de dez por cento e honoráriosadvocatícios, também fixados em dez por cento, seguindo-se a execução com penhora e atos subsequentes. § 3º Se o autor não se opuser, o juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o processo. DA IMPUGNAÇÃO. O executado será intimado a cumprir com a decisão – dispensa de citação pessoal. A intimação é feita na pessoa do seu advogado, patrono. É dado um prazo e 15 dias para pagar ou impugnar. ◦ 530, § 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525 . http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art525 Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523 § 1º Na impugnação, o executado poderá alegar: I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; II - ilegitimidade de parte; III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença. § 2º A alegação de impedimento ou suspeição observará o disposto nos arts. 146 e 148 . § 3º Aplica-se à impugnação o disposto no art. 229. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art146 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art148 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art229 § 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. § 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução. § 6º A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação. § 7º A concessão de efeito suspensivo a que se refere o § 6º não impedirá a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens § 8º Quando o efeito suspensivo atribuído à impugnação disser respeito apenas a parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante. § 9º A concessão de efeito suspensivo à impugnação deduzida por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não impugnaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao impugnante. § 10. Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exequente requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos próprios autos, caução suficiente e idônea a ser arbitrada pelo juiz. § 11. As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo para apresentação da impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à adequação da penhora, da avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem ser arguidas por simples petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias para formular esta arguição, contado da comprovada ciência do fato ou da intimação do ato QUIZZE "A" recebeu um cheque de "B". No entanto, ao ser descontado, o cheque não foi pago pelo banco por falta de fundos. Ainda não tendo prescrito a executoriedade do cheque, o credor "A" poderá? TÁ FÁCIL NÉ......KKKKKK...ENTÃO. Propor processo de execução, ação autônoma. DESAFIO MASTER!!!!! O BANCO MUITO BOM S/A, empresa pública federal, promove execução baseada em cédula de crédito bancário incluindo no polo passivo a empresa FAJUTAS LTDA. E os sócios Senhor X e Senhor Y, irmãos e avalistas. Regularmente citados, os réu s apresentam, de início, petição avulsa aduzindo nulidade absoluta na formação do título, em desconformidade com a lei específica. Tal peça vem a ser rejeitada por decisão do Ju z da causa, o que gera apresentação de recurso a instância superior. DESAFIO MASTER!!!!! O processo prossegue normalmente com a constrição judicial a vários bens móveis e imóveis dos executados que estão localizados em vários municípios, que não são abrangidos pela competência territorial do Juízo da Execução. Após o s trâmites de estilo, designa-se hasta pública, e diversos bens vêm a ser adquiridos por pessoas interessadas, acarretando a necessidade de atos executivos de regularização. DESAFIO MASTER!!!!! No curso do processo, a empresa WW BOM MOÇO LTDA. apresenta requerimento no qual busca a participação no resultado da hasta, aduzindo ser credora da empresa FAJUTAS L TDA., apresentando sentença condenatória transitada em julgado com valor definido. O requerimento é admitido por decisão monocrática do Juízo da Execução sem a oitiva do Exequente original. Analise o caso sob os aspectos materiais e processuais.. SÓ ISSO!!! Vamos responder!! Trata-se de execução de obrigação de pagar quantia certa fundada em título executivo extrajudicial. 2. Cédula de cré dito bancário. A Lei n. 10.931/2004 estabelece que a Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, representativo de operações de crédito de qualquer natureza. 3. A petição avulsa é verdadeira exceção (mais precisamente, objeção) de pré -executividade (também chama da de exceção de executividade, ou exceção de pré -penhora). Modalidade de defesa aceita pela jurisprudência e alternativa aos embargos, cuja maior virtude é a de evitar a instauração de novo processo (embargos). 4. Rejeitada a exceção de pré -executividade, o recurso cabível é agravo por instrumento ao tribunal competente (TRF, já que o feito tramita na Justiça Federal, visto tratar -se de execução promovida por empresa pública federal – CF, art. 109-I). As penhoras devem observar a ordem do art. 655 do CPC (art. 835 NCPC), realizando-se por precatória, tendo em vista a localização dos bens do devedor em foros distintos (caso tais foros componham a região metropolitana e o juízo processante situe -se na capital, desnecessária a expedição de precatória). A arrematação dos bens em hasta pública observará as formalidades previstas em lei para se aperfeiçoar, tornando-se irretratável e irrevogável. . O requerimento da empresa WW BOM MOÇO vis a à instauração de concurso singular de credores. Majoritariamente, os legitimados a tal requerimento são apenas credores com execução já instaurada e penhora já realizada sobre o mesmo bem. Por exceção, admite-se também tal requerimento por parte de credores que tenham garantia real sobre o bem, mesmo sem execução iniciada. No caso concreto (credito decorrente de sentença transitada e m julgado) tais requisitos estão ausentes, pelo que o requerimento deveria ser indeferido de plano. Que fácil!!!!! Ahahahaha...até a próxima!!! Dias, 1528 Execução contra a fazenda pública Se dá quando a Fazenda Pública é condenada judicialmente a pagar certa quantia. Na CF – artigo100. Art. 100: Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. Precatórios são formalizações de requisições de pagamento de determinada quantia por beneficiário, devida pela Fazenda Pública, em face de uma condenação judicial definitiva, ou irrecorrível É preciso programar para pagar. Há uma fila ordenada de forma numérica e sem identificação. Os idosos (acima de 60 anos), pessoas com doenças graves e pessoas com deficiência possuem preferência na fila de pagamentos dos precatórios de natureza alimentícia. O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. ○ 60 salários para União ○ 40 salários para os estados Atenção: Não cabe execução provisória contra a fazenda Pública. STF decidiu que o IPCA-E, é índice de correção monetária dos débitos judiciais da Fazenda Pública. Os juros devidos são 0,5 ao mês ( lei 11.960/2009) Vamos ver um RPV??? Honorários advocatícios Cabe fixação de honorários advocatícios em execução provisória e execução definitiva no cumprimento de sentença- art. 520, caput, do Novo CPC arts. 85, § 1º, e 520, § 2º, do Novo CPC, sendo devidos se não houver o pagamento pelo executado no prazo de 15 dias de sua intimação para pagar o débito exequendo. Honorários sucumbenciais São exigidos em cumprimento de sentença. Processo incidental, onde o advogado, em nome próprio pede o pagamento. Honorários contratuais São executados em processo de execução autônoma, desde que decorrentes de contrato escrito com 2 testemunhas. A verba tem natureza alimentar. O VALOR O Juiz, ao final da sentença, fixa os honorários sucumbenciais entre 10 e 20%. Art 85 CPC Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente. § 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: § 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º aplicam-se independentemente de qual seja o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito. § 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2º. Posição do STJ “A aplicação de norma subsidiária do § 8º, verdadeiro soldado de reserva, como classificam alguns, somente será cogitada na ausência de qualquer das hipóteses do § 2º. A incidência de uma das hipóteses deste dispositivo impede que o julgador prossiga na análise para enquadrar no § 8º.” : REsp 1.746.072 http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1746072 Cumprimento de sentença de fazer ou não fazer Dias, p. 1531 Cumprimento de sentença de fazer ou não fazer O arts. 536 e 537 do Novo CPC O Aspectos procedimentais da multa (astreintes). O Pode ocorrer a requerimento ou ex offício (art. 536) O Com o trânsito em julgado, entretanto, parece mais adequado o entendimento de que o juiz pode dar início de ofício ao cumprimento de sentença, determinando as medidas executivas que entender necessárias à satisfação do direito do credor, em aplicação da regra do impulso oficial O juiz determinar um prazo para que a obrigação seja cumprida via intimação do devedor – O É possível o contraditório. O art. 536, § 1 – prevê as formas instrumentais para a satisfação da obrigação O possível a obrigação de fazer e não fazer ser convertida em prestação pecuniária quando essa for a vontade do exequente ou pela impossibilidade material ou jurídica de obtenção da tutela específica. O . Por vontade do exequente O princípio da disponibilidade da execução, consagrado no art. 775, caput, do Novo CPC, que admite a desistência do credor de algumas medidas executivas, mantendo-se a execução impossibilidade material ou jurídica de obtenção da tutela específica. O A impossibilidade material afeta a pessoa do devedor na hipótese de obrigação de fazer infungível, de forma que fisicamente torna-se impossível o cumprimento da obrigação exemplo O Obrigação personalíssima e morte do devedor. O Devedor perde a capacidade pessoal para realizar o objeto. O O ato passa a ser proibido pela lei. Onerosidade excessiva ao devedor O Há possibilidade de conversão em perdas e danos pelo princípio da menor onerosidade ao devedor. O art. 805 O Se o exequente não concordar: caberá ao juiz a aplicação das regras da proporcionalidade e razoabilidade no caso concreto, sendo sua a última palavra sobre a adequação da conversão – sujeita ao recurso de agravo de instrumento, PROCEDIMENTO DA CONVERSÃO EM PERDAS E DANOS O A pedido do credor; mera petição via liquidação de sentença incidental. Garante- se o contraditório. ATIPICIDADE DAS FORMAS EXECUTIVAS O art. 536, § 1.º, do Novo CPC que o juiz poderá, de ofício ou a requerimento do exequente, determinar as medidas necessárias para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, enumerando exemplificativamente a aplicação de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas ou coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. O Juiz observará o princípio da razoabilidade e da menor onerosidade ao executado (art. 805 do Novo CPC) O medidas de execução indireta como por sub-rogação podem ser adotadas pelo juiz no caso concreto para a efetivação da tutela executiva de fazer e não fazer, sendo a principal forma de execução indireta a multa coercitiva PRISÃO CIVIL O restrita ao devedor de alimentos O cabe ao juízo cível a decretação MULTA COERCITIVA O É bastante usada no judiciário O art. 537. O Pode ser: O “diária” ou “por tempo de atraso” O Conhecida como astreintes O mesmo sendo a obrigação cumprida a destempo, a multa continua a ser exigível pelo período de atraso no cumprimento da obrigação Valor da multa O Não há parâmetro legal. O Razoabilidade & eficácia O que endurecer sem perder a ternura O Não está limitada ao valor principal porque não é clausula penal. O Se tivesse natureza sancionatória ou compensatória, como ocorre com a cláusula penal, seria o valor limitado ao da obrigação principal por expressa previsão do art. 412 do CC BENEFICIADO PELA MULTA O a parte que pretende o cumprimento da obrigação. O a multa não impede a indenização por perdas e danos STJ O Superior Tribunal de Justiça a aplicabilidade das astreintes quando o devedor da obrigação de fazer ou não fazer é a Fazenda Pública. ALTERAÇÃO DO VALOR E PERIODICIDADE DA MULTA O Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito. Mudança no valor
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