Buscar

Processo Civil III completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 258 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 258 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 258 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

05/08/2021
1
O PROCESSO DE 
EXECUÇÃO
Livro II, título I
DA EXECUÇÃO EM GERAL NO CPC
O PROCESSO DE EXECUÇÃO
• Objetivo: O processo de execução visa a satisfação de 
um direito do credor. 
• Tipos: execução de titulo extrajudicial, execução de titulo 
judicial.
• Titulo extrajudicial: é aquele que decorre de ato entre as partes, 
que se forma FORA do poder judiciário
• Titulo judicial: é aquele que decorre de pronunciamento judicial, 
definitivo ou provisório . Pelo novo CPC, essa execução ocorrerá 
sempre em CUMPRIMENTO DE SENTENÇA COM FORÇA 
EXECUTIVA.
• Execução provisória
• Execução definitiva;
• Há diferentes espécies de execução, que se distinguem 
em função do objetivo que pretende o credor:
• Execução contra devedor solvente;
• Execução de obrigação de fazer /não fazer
• Execução de alimentos
• Execução contra a Fazenda Pública, etc.
05/08/2021
2
NÃO MISTURAR!!!!!!!
PROC CONHECIMENTO
• É de ampla cognição;
• Audiência de instrução
• Rito ordinário 
• Procedimento comum.
Proc de execução
• Não é de ampla cognição
• Visa a pratica de atos 
executórios para 
satisfação do credor
• Não tem audiência de 
instrução
• Procedimento Próprio
• O processo de execução será um NOVO PROCESSO, ou 
processo autônomo quando o titulo for extrajudicial
• O processo de execução será um INCIDENTE 
PROCESSUAL apenso ao processo principal, quando for 
titulo executivo judicial. 
• OBS: o CPC criou o cumprimento de sentença visando 
tornar mais efetiva as decisões judiciais definitivas.
Classificação
Exec. Direta ou por sub rogação
• O estado substituiu a 
vontade do devedor em 
pagar ou não e promove 
atos executivos que 
garantem o pagamento 
(ex:penhora)
Exec. Indireta ou por coerção
• O estado usa elementos 
de estímulo psicológico 
para forçar o devedor a 
cumprir com a obrigação 
(ex: multa diária, prisão 
civil)
• Art 517, 782 § 3º CPC
• Art 827, § 1º CPC
05/08/2021
3
PRINCÍPIOS DA 
EXECUÇÃO
NULLA EXECUTIO SINE TITULO
• Não há execução sem título que a embase.
• Ex :cheque, nota promissória, contrato, sentença, liminar.
• Dessa forma é preciso APRESENTAR o titulo que deverá instruir a 
inicial ou o incidente de cumprimento de sentença.
NULLA TITULUS SINE LEGE
• princípio da tipicidade dos títulos executivos
• O CPC enumera quais são os titulos considerados executivos. 
Assim o rol é TAXATIVO.
• Candido Rangel Dinamarco preleciona: “Título executivo é um ato 
ou fato jurídico indicado em lei como portador do efeito de tornar 
adequada a tutela executiva em relação ao preciso direito a que se 
refere.”
• sem título executivo não há execução!!! Mas o credor 
pode possuir o título executivo e preferir a demanda via 
processo de conhecimento ( art 785 CPC)
05/08/2021
4
Os títulos executivos extrajudiciais
• Art. 784 CPC
• São títulos executivos extrajudiciais:
• I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque;
• II - a escritura pública ou outro documento público 
assinado pelo devedor;
• III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 
(duas) testemunhas;
• IV - o instrumento de transação referendado pelo 
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela 
Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou 
por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
• V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese 
ou outro direito real de garantia e aquele garantido por 
caução;
• VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
• VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
• VIII - o crédito, documentalmente comprovado, 
decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos 
acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
• IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
• .
Títulos executivos judiciais
• Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo 
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos 
neste Título:
• I - as decisões proferidas no processo civil que 
reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar 
quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
• II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
• III - a decisão homologatória de autocomposição
extrajudicial de qualquer natureza;
• IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em 
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores 
a título singular ou universal;
05/08/2021
5
• X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou 
extraordinárias de condomínio edilício, previstas na 
respectiva convenção ou aprovadas em assembleia 
geral, desde que documentalmente comprovadas;
• XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de 
registro relativa a valores de emolumentos e demais 
despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados 
nas tabelas estabelecidas em lei;
• XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição 
expressa, a lei atribuir força executiva
• V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, 
emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por 
decisão judicial;
• VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
• VII - a sentença arbitral;
• VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior 
Tribunal de Justiça;
• IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a 
concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior 
Tribunal de Justiça;
Requisitos do titulo executivo
• Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-
á sempre em título de obrigação certa, líquida e 
exigível .
• A liquidez diz respeito ao objeto definido = claro. O que 
é devido?
• A certeza diz respeito à existência da obrigação. 
• A exigibilidade: diz respeito ao momento da cobrança. 
O titulo ainda é válido ou não? Prescrição /decadência, 
por exemplo
05/08/2021
6
• NÃO preenchidos os requisitos do título haverá a 
CARÊNCIA DA AÇÃO que pode ser declarada em sede 
de exceção de pré-executividade. O Objeto de tal defesa 
as matérias de mérito da execução, que envolvem 
invariavelmente a inexistência do direito exequendo (por 
exemplo, pagamento).
• Decorrerá uma sentença que rejeita a pretensão 
executiva do credor, com a resolução do mérito (art. 487, 
I, do Novo CPC), inclusive apta a produzir coisa julgada 
material. 
Natureza jurídica
• O processo de execução é um processo REAL, porque 
tem sempre objetivos PATRIMONIAIS.
• Aboliu-se a responsabilidade pessoal do devedor que 
agora responde patrimonialmente, sempre.
• Exemplo : na antiga Lei das XII Tábuas, era possível 
escravizar o devedor ou mesmo “dividir o corpo do 
devedor em tantos pedaços quantos sejam os credores”.
DESFECHO ÚNICO
• O OBJETIVO final da execução é satisfazer o credito do credor ou 
satisfazer o direito do exequente.
• Ao final o juiz declara EXTINTA a execução.
• Art. 924. Extingue-se a execução quando:
• I - a petição inicial for indeferida;
• II - a obrigação for satisfeita;
• III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da 
dívida;
• IV - o exequente renunciar ao crédito;
• V - ocorrer a prescrição intercorrente.
• Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.
•
05/08/2021
7
DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO
• é permitido ao exequente, a qualquer momento, ainda 
que pendentes de julgamento os embargos à execução, 
desistir do processo, sendo dispensada a concordância 
do executado para que tal desistência gere efeitos 
jurídicos (art. 775, caput, do Novo CPC).
• Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a 
execução ou de apenas alguma medida executiva.
• Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-
se-á o seguinte:
• I - serão extintos a impugnação e os embargos que 
versarem apenas sobre questões processuais, pagando o 
exequente as custas processuais e os honorários 
advocatícios;
• II - nos demais casos, a extinção dependerá da 
concordância do impugnante ou do embargante.
•
• Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos 
queeste sofreu, quando a sentença, transitada em 
julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a 
obrigação que ensejou a execução.
• Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações 
decorrentes de litigância de má-fé ou de prática de ato 
atentatório à dignidade da justiça será promovida nos 
próprios autos do processo
05/08/2021
8
• A desistência não se confunde com a renúncia, instituto 
de direito material.
• Significa dizer que o exequente simplesmente desiste de 
cobrar executivamente seu direito naquele momento, 
naquele processo específico, podendo, entretanto, 
ingressar posteriormente com ação idêntica, desde que 
comprove o pagamento das custas processuais da 
primeira ação (art. 486, § 2º, do Novo CPC).
• Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o 
mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
MENOR ONEROSIDADE
• A Execução se faz no interesse do credor e no benefício 
do devedor, o que significa que não é instrumento de 
vingança privada. Os atos de constrição devem ser úteis 
e necessários a satisfação do credito, nada justificando 
que o executado sofra mais do que o estritamente 
necessário na busca da satisfação do direito do 
exequente.
• .
• Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder 
promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo 
modo menos gravoso para o executado.
• Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida 
executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios 
mais eficazes e menos onerosos, sob pena de 
manutenção dos atos executivos já determinados
05/08/2021
9
• Ex: 
• Art. 891. Não será aceito lance que ofereça preço vil.
• Parágrafo único. Considera-se vil o preço inferior ao 
mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não 
tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço 
inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação.
LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL
• Art 772, II CP e art 774 CPC
• o art. 774 do Novo CPC, com a previsão dos chamados 
atos atentatórios à dignidade da justiça. Segundo o art.
• 774, caput, do Novo CPC, essa espécie de ato ou de 
omissão só pode ser praticado pelo executado, cabendo 
ao exequente a aplicação das sanções com fundamento 
nos arts. 77, 80 e 81 do Novo CPC.
CONTRADITÓRIO
• O mérito no processo de execução condiciona-se ao 
ingresso dos embargos à execução, ação de 
conhecimento autônoma e incidental ao processo de 
execução. É o meio de defesa do devedor.
05/08/2021
10
ATIPICIDADE DOS MEIOS 
EXECUTIVOS
• São variados esses meios previstos em lei: penhora,
• expropriação, busca e apreensão, arresto executivo, 
remoção de pessoas ou coisas, fechamento de 
estabelecimentos comerciais, pesquisa bacen, revajan
jud, infojud, etc, etc. 
• Apesar de bastante amplo o rol legal, a doutrina é 
pacífica no entendimento de se tratar de rol meramente
• exemplificativo, podendo o juiz adotar outros meios 
executivos que não estejam expressamente consagrados 
em lei, daí a ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS.
• art. 536, § 1º, do Novo CPC
• O art. 139 do Novo CPC trata dos poderes do juiz, 
prevendo em seu inciso IV ser um deles a determinação 
de todas as medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para 
assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas 
ações que tenham por objeto prestação pecuniária.
• deve o juiz atuar com imparcialidade e razoabilidade
• medidas atípicas devem ser aplicadas somente quando as 
medidas típicas tiverem se mostrado incapazes de satisfazer o 
direito do exequente48
SUJEITOS PROCESSUAIS 
NA EXECUÇÃO
sujeitos processuais:
juiz, demandante/exequente e demandado/executado
05/08/2021
11
Polo ativo
• legitimação ordinária primária ou originária, sempre que o 
sujeito legitimado a propor o processo executivo ou a dar início 
à fase de cumprimento de sentença estiver indicado como 
credor no próprio título executivo.
• legitimação ordinária superveniente ou secundária, o sujeito 
que demanda, apesar de fazê-lo em nome próprio e em defesa 
de interesse próprio, só ganha a legitimação para propor a 
demanda executiva ou nela prosseguir por um ato ou fato 
superveniente ao surgimento do título executivo.
• legitimação extraordinária, pela qual o sujeito litigará em nome 
próprio na defesa de interesse alheio. Tradicionalmente a 
doutrina aponta o art. 778, § 1º, I, do Novo CPC, que atribui 
legitimidade ao Ministério Público
• Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a 
quem a lei confere título executivo.
• § 1º Podem promover a execução forçada ou nela 
prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
• I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
• II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, 
sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito 
resultante do título executivo;
• III - o cessionário, quando o direito resultante do título 
executivo lhe for transferido por ato entre vivos;
• IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou 
convencional.
Legitimação do MP
• São exemplos: 
• (ex: TAC, penas pecuniárias ao estado, a legitimidade 
para executar a sentença condenatória
• proferida em ação civil pública que tenha como objeto 
direito difuso ou coletivo (art. 3.º da Lei 7.347/1985), para 
executar a sentença de ação de improbidade 
administrativa, em situações de enriquecimento ilícito no 
exercício do mandato, cargo, emprego ou função na 
administração pública (art. 17 da Lei 8.429/1992), e a
• execução de sentença penal condenatória quando o 
credor for pessoa pobre (art. 68 do CPP),
05/08/2021
12
LEGITIMIDADE DO ESPÓLIO, 
HERDEIROS E SUCESSORES
• art. 779, II, do Novo CPC trata da legitimação ordinária 
superveniente em virtude da sucessão causa mortis, 
atribuindo legitimidade ao espólio, herdeiros e sucessores 
para dar início à demanda executiva ou assumir o polo 
ativo no lugar do de cujus, quando esta já tiver sido 
iniciada, em fenômeno de sucessão processual
LEGITIMIDADE DO CESSIONÁRIO E 
DO SUB-ROGADO
• Para provar sua legitimação o demandante deva juntar à 
petição inicial (processo executivo) ou ao requerimento 
inicial (cumprimento de sentença) o instrumento de 
cessão de crédito
• Haverá legitimidade superveniente na hipótese de 
subrogação, seja ela legal (art. 346 do CC) ou 
convencional (art. 347 do CC)
Polo passivo
• Também pode ser legitimação ordinária primária ou 
originária (inciso I), ordinária superveniente ou secundária 
(incisos II e III), e legitimação extraordinária (incisos
• IV, V e VI), todos do art 779 do Novo CPC.
05/08/2021
13
• Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
• I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
• II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
• III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento 
do credor, a obrigação resultante do título executivo;
• IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
• V - o responsável titular do bem vinculado por garantia 
real ao pagamento do débito;
• VI - o responsável tributário, assim definido em lei
devedor
• devedor deve-se entender todo sujeito que esteja, à luz da lei civil ou 
comercial, obrigado a solver a obrigação;
• legitimação ordinária superveniente por causa mortis vem 
expressamente prevista no art. 779, II, do Novo CPC;
• legitimidade ordinária superveniente por ato inter vivos encontra-se 
prevista no art. 779, III, do Novo CPC, que trata do fenômeno da 
assunção de dívida ou cessão de débito (art. 299 do CC).
• inciso IV do art. 779 do Novo CPC prevê a legitimidade ativa 
executiva do fiador do débito constante em título executivo 
extrajudicial;
• o contratante inadimplente em hipoteca, penhor, anticrese e 
alienação fiduciária em garantia.
• A responsabilidade secundária do responsável tributário vem prevista 
tanto no art. 779, VI, do Novo CPC como no art. 4.º, V, da Lei 
6.830/1980 (Lei de Execuções Fiscais), devendo-se ainda levar em 
conta as normas atinentes ao tema previstas pelo Código Tributário 
Nacional (arts. 121 a 138).COMPETÊNCIA DA 
EXECUÇÃO
05/08/2021
14
Competência no cumprimento de 
sentença
• Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
• I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
• II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
• III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença 
penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença 
estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
• Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente 
poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo 
juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução 
ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de 
fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do 
processo será solicitada ao juízo de origem.
COMPETÊNCIA P/ TÍTULO 
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
• Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada 
perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
• I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do 
executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos 
bens a ela sujeitos;
• II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado 
no foro de qualquer deles;
• III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a 
execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no 
foro de domicílio do exequente;
• IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a 
execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do 
exequente;
• V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se 
praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, 
mesmo que nele não mais resida o executado.
• O art. 782, § 1.º, do Novo CPC passou a admitir ao oficial 
de justiça a prática de atos executivos eterminados pelo 
juiz também nas comarcas contíguas, de fácil 
comunicação, e nas que se situem na mesma região 
metropolitana ART 782,§ 1º CPC.
13/08/2020
1
TÍTULO EXECUTIVO
Página 1422. - daniel
� Existem duas espécies de título executivo: 
judicial e extrajudicial.
� O título executivo judicial é formado pelo juiz, por 
meio de atuação
� jurisdicional, enquanto o título executivo 
extrajudicial é formado por ato de vontade
� das partes envolvidas na relação jurídica de 
direito material 
13/08/2020
2
ATENÇÃO
� inadmissível que as partes, por vontade própria, 
criem título executivo à margem da previsão legal 
(nullus titulus sine lege),
� Segundo Carnelutti, o título executivo seria um 
documento representativo da existência do 
crédito exequendo, ou seja, seria uma prova legal 
da existência do crédito, já que previsto em lei. O 
título seria uma prova documental, prova legal; 
documento com a forma e conteúdo 
predeterminados pela lei. 
13/08/2020
3
REQUISITOS FORMAIS DAOBRIGAÇÃO
EXEQUENDA
� Liquidez , certeza, exigibilidade
� Certeza: indiscutibilidade da existência da 
obrigação; não há controvérsia quanto à sua 
existência
� Liquidez: fixação do quantum debeatur; A 
necessidade de elaboração de meros cálculos 
aritméticos não tira a liquidez do título.
� Exigibilidade: inexistência de impedimento à 
eficácia atual da obrigação, que resulta do seu 
inadimplemento e da ausência de termo,
TÍTULOS EXECUTIVOS 
JUDICIAIS
13/08/2020
4
TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS
� Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo 
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos 
previstos neste Título: 
� I - as decisões proferidas no processo civil que 
reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar 
quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar 
coisa; 
� II - a decisão homologatória de autocomposição
judicial; 
� III - a decisão homologatória de autocomposição
extrajudicial de qualquer natureza; 
� IV - o formal e a certidão de partilha, 
exclusivamente em relação ao inventariante, aos 
herdeiros e aos sucessores a título singular ou 
universal; 
� V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as 
custas, emolumentos ou honorários tiverem sido 
aprovados por decisão judicial; 
13/08/2020
5
� VI - a sentença penal condenatória transitada em 
julgado; 
� VII - a sentença arbitral; 
� VIII - a sentença estrangeira homologada pelo 
Superior Tribunal de Justiça; 
� IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a 
concessão do exequatur à carta rogatória pelo 
Superior Tribunal de Justiça; 
A SENTENÇA
� Sentença meramente declaratória é título 
executivo judicial desde que reconheça a 
exigibilidade de uma obrigação
13/08/2020
6
� A natureza condenatória de uma sentença não se 
restringe àquelas proferidas em ações de 
conhecimento condenatórias, importando para a 
fixação do título a partedispositiva da sentença 
que obrigue qualquer das partes ao cumprimento 
de uma obrigação. Numa ação meramente 
declaratória a parte derrotada será condenada a 
pagar honorários advocatícios, servindo esse 
capítulo da decisão como título executivo para a 
parte vencedora, embora não seja título executivo 
o capítulo principal dessa sentença.
� No Superior Tribunal de Justiça, a primeira 
sinalização de que a sentença meramente 
declaratória poderia ser considerada um título 
executivo veio com a Súmula 461, que 
expressamente permite a execução de sentença 
meramente declaratória de repetição de indébito 
tributário. Há, inclusive, posicionamento no 
sentido de se entender como título executivo 
judicial a decisão meramente declaratória de 
obrigação ilíquida, hipótese em que o valor devido 
será fixado em
� liquidação de sentença.
13/08/2020
7
SUMULA 461 STJ
� O contribuinte pode optar por receber, por meio 
de precatório ou por compensação, o indébito 
tributário certificado por sentença declaratória 
transitada em julgado.
AUTOCOMPOSIÇÃO
� Autocomposição é forma consensual de solução de 
conflitos, de forma que nesse caso as partes 
resolvem o conflito pelo exercício de suas 
vontades, cabendo ao juiz a tarefa de homologá-
la, formando-se assim um título executivo judicial
13/08/2020
8
FORMAL DE PARTILHA
� O pronunciamento judicial que encerra o processo 
de arrolamento ou inventário, contendo a 
adjudicação do quinhão sucessório aos herdeiros, 
é considerado título executivo pelo diploma 
processual, apesar de não ser, naturalmente, 
sentença condenatória.
SENTENÇA PENAL
� A sentença penal:
� Segundo previsão do art. 387, IV, do CPP, o juiz penal 
ao proferir a sentença condenatória fixará um valor 
mínimo para a reparação dos danos causados pela 
infração, considerando os prejuízos sofridos pelo 
ofendido
� Não havendo fixação, a sentença deve ser usada em 
ação autônoma, indenizatória ex delito.
13/08/2020
9
� A eficácia civil da sentença penal só atinge a 
pessoa do condenado na esfera criminal, não 
podendo a liquidação de sentença e 
posteriormente a execução serem propostas em 
face de corresponsáveis à reparação do dano na 
esfera civil. 
� Assim, não serão partes legítimas passivas os 
preponentes, patrões, pais etc. Caso a vítima 
deseje lhes acionar na esfera cível, será obrigada 
a ingressar com processo de conhecimento contra 
eles buscando a formação do título (sentença civil 
condenatória). O título é formado exclusivamente 
contra o condenado, e ninguém mais.
QUIZZE??????????
� José foi condenado pela prática de furto em ação 
penal transitada em julgado. A vítima, munida 
desse título executivo judicial, ingressa com ação 
indenizatória ex delito, buscando o ressarcimento 
das perdas e danos. No curso do processo, 
sobrevêm a propositura de ação de revisão 
criminal, que ao final é procedente a José, 
afastando-lhe a condenação penal anterior. O que 
acontece com a ação indenizatória por danos 
materiais que foi proposta com base na sentença 
condenatória?
13/08/2020
10
KRI....KRI....KRI.....
RESPOSTA
� tomando-se por base o momento em que se dá a 
desconstituição da sentença penal condenatória 
transitada em julgado: se a execução ainda não se 
iniciou ou está em curso, com a perda do título 
executivo, no primeiro caso o processonão poderá 
mais ser proposto (não há mais título executivo) e 
no segundo deverá ser extinto (perda 
superveniente do título executivo).
13/08/2020
11
ARBITRAGEM
� A Lei de Arbitragem (Lei 9.307/1996) conferiu 
eficácia executiva, sem a necessidade de 
homologação pelo Poder Judiciário, à sentença 
arbitral, entendida como o provimento final do 
árbitro que resolve um conflito de interesses 
(sobre direitos patrimoniais disponíveis)
� deve o credor recorrer ao Poder Judiciário, 
requerendo o cumprimento da sentença arbitral.
SENTENÇA ESTRANGEIRA
� Para que produza efeitos em território nacional, a 
sentença estrangeira – judicial ou arbitral – deve 
obrigatoriamente passar por um processo de 
homologação perante o Superior Tribunal de 
Justiça (art. 961 do Novo CPC c/c o art. 105, I, “i”, 
da CF). O procedimento da ação de homologação 
de sentença estrangeira é regulado pelos arts. 
960 a 965 do Novo CPC
� A decisão homologatória, com nítido caráter 
constitutivo, torna a decisão proferida em estado 
estrangeiro executável em território nacional, 
ocorrendo na linguagem de autorizada doutrina uma 
“nacionalização da sentença”
13/08/2020
12
CONCESSÃO DO EXEQUATUR
� Nos termos do § 1º do art. 960 do Novo CPC, a 
decisão interlocutória estrangeira pode ser 
executada no Brasil por meio de carta rogatória. 
O dispositivo tem essencial relevância nas 
decisões interlocutórias concessivas de tutela de 
urgência.
� CONCESSÃO DO EXEQUATUR : "execute-se", 
"cumpra-se". É de se lembrar que nesse caso a 
competência para a concessão do exequatur é do 
Superior Tribunal de Justiça.
TÍTULOS EXECUTIVOS 
EXTRAJUDICIAIS
13/08/2020
13
TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS
� Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
� I - a letra de câmbio, a nota promissória, a 
duplicata, a debênture e o cheque; 
� II - a escritura pública ou outro documento 
público assinado pelo devedor; 
� III - o documento particular assinado pelo 
devedor e por 2 (duas) testemunhas; 
� IV - o instrumento de transação referendado pelo 
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela. 
� Advocacia Pública, pelos advogados dos 
transatores ou por conciliador ou mediador 
credenciado por tribunal; 
� V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, 
anticrese ou outro direito real de garantia e 
aquele garantido por caução; 
� VI - o contrato de seguro de vida em caso de 
morte; 
� VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
� VIII - o crédito, documentalmente comprovado, 
decorrente de aluguel de imóvel, bem como de 
encargos acessórios, tais como taxas e despesas 
de condomínio; 
13/08/2020
14
� IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda 
Pública da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, correspondente aos 
créditos inscritos na forma da lei; 
� X - o crédito referente às contribuições ordinárias 
ou extraordinárias de condomínio edilício, 
previstas na respectiva convenção ou aprovadas 
em assembleia geral, desde que 
documentalmente comprovadas; 
� XI - a certidão expedida por serventia notarial ou 
de registro relativa a valores de emolumentos e 
demais despesas devidas pelos atos por ela 
praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em 
lei; 
� XII - todos os demais títulos aos quais, por 
disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
� § 1º A propositura de qualquer ação relativa a 
débito constante de título executivo não inibe o 
credor de promover-lhe a execução. 
13/08/2020
15
� § 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos 
de país estrangeiro não dependem de 
homologação para serem executados. 
� § 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva 
quando satisfeitos os requisitos de formação 
exigidos pela lei do lugar de sua celebração e 
quando o Brasil for indicado como o lugar de 
cumprimento da obrigação
TITULO EXEC EXTRA JUDICIAL
� São essencialmente documentos particulares ou 
públicos aos quais a lei empresta força executiva.
� Rol taxativo.
� processo autônomo de execução (título 
extrajudicial)
13/08/2020
16
LETRA DE CÂMBIO, NOTA 
PROMISSÓRIA, DUPLICATA,
DEBÊNTURE E CHEQUE
� os títulos de crédito regulados inteiramente pelo 
direito material, mais precisamente pelo direito 
empresarial. A letra de câmbio e a nota 
romissória são reguladas pelo Decreto 2.044/1908 
e pela Convenção de Genebra aprovada pelo 
Decreto 57.663/1966. A duplicata, criação 
nacional, é regulada pela Lei 5.474/1968. A 
debênture encontra-se regulada na Lei 
6.404/1976 (em especial nos arts. 52 a 74). O 
cheque rege-se pela Convenção de Genebra e pela 
Lei 7.357/1985.
� não necessitam de protesto
� o cheque: após seis meses contados do 
esgotamento do prazo de apresentação (30 a 60 
dias), perde sua eficácia executiva.
� Debênture: é um título de crédito representativo 
de um empréstimo que uma companhia realiza 
junto a terceiros e que assegura a seus detentores 
direito contra a emissora, estabelecidos na 
escritura de emissão.
� Nota promissória: Prazo 5 anos do vencimento.
13/08/2020
17
ESCRITURA PÚBLICA OU OUTRO 
DOCUMENTO PÚBLICO
ASSINADO PELO DEVEDOR
� É a confissão de dívida, que pode ser realizada 
por meio de escrita pública, documento público 
assinado pelo devedor ou particular assinado pelo 
devedor e por duas testemunhas.
� o documento deve indicar: obrigação certa, líquida e 
exigível, sem o que o contrato não será considerado 
título executivo.
ESCRITURA PÚBLICA X DOCUMENTO
PÚBLICO
� a escritura pública é ato privativo do tabelião de 
notas, o documento público pode ser produzido 
por qualquer agente público no exercício de suas 
funções.
13/08/2020
18
DOCUMENTO PARTICULAR ASSINADO 
PELO DEVEDOR E POR
DUAS TESTEMUNHAS
� É o contrato.
� Não tem nenhuma validade para fins executivos 
a chamada assinatura a rogo, exigindo-se do 
devedor analfabeto ou que esteja impossibilitado 
de assinar o instrumento a constituição de 
mandatário por escritura pública.
� Art. 595. No contrato de prestação de serviço, quando 
qualquer das partes não souber ler, nem escrever, o 
instrumento poderá ser assinado a rogo e subscrito por 
duas testemunhas
RECONHECIMENTO DE FIRMA É OBRIGATÓRIO = 
NÃO MAS É ACONSELHÁVEL
� O reconhecimento de firma garante a autoria do 
documento e prova a existência dele na data da 
autenticação, fazendo prova plena em juízo. Se 
houver alguma contestação, a outra parte terá 
que fazer prova contra você e em face da ação do 
tabelião. Segurança plena para os seus 
documentos e negócios. 
13/08/2020
19
QUIZZE?
� Vc pode obter procuração válida de cliente 
analfabeto, ou seja, aquele que só assina a rogo?
KRI....KRI....KRI.....
13/08/2020
20
RESPOSTA.
� Procuração para advogado atuar em benefício de 
uma pessoa analfabeta não precisa ser feita no 
cartório por instrumento público. Esse é o 
entendimento do Conselho de Nacional de Justiça 
em processo administrativo que mandou o 
Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região 
(SE) deixar de exigir essa forma de registro.
� 0001464-74.2009.2.00.0000 - TRT-20
� Leia a decisão:
� PROCEDIMENTO DE CONTROLE 
ADMINSITRATIVO. PROCURAÇÃO 
OUTORGADA POR ANALFABETO. 
DESNECESSIDADE DE INSTRUMENTO 
PÚBLICO. PEDIDO PROCEDENTE.
� 1. Não se mostra razoável exigir que a procuração 
outorgada por pessoa analfabeta para atuação de 
advogado junto à Justiça do Trabalho seja somente 
por instrumento público, se a legislação (art. 595 do 
Código Civil) prevê forma menos onerosa e que deve 
ser aplicada analogicamente ao caso em discussão.
13/08/2020
21
MAS....TRADICIONALMENTE USA-SE
� Procuração a rogo
� É a denominação dada à procuração passada por 
aqueles que não sabem ou não podem escrever, os 
analfabetos ou aqueles que não possam manifestar a 
sua vontade, por intermédio da escrita. Nesses casos, 
a procuração deverá obrigatoriamente ser outorgada 
por instrumento público, o qual deverá ser 
devidamente assinado a rogo do outorgante, vale 
dizer, a seu pedido, por outra pessoa.
� Em se tratando de assinatura a rogo (a pedido), 
deverá o ato ser testemunhadopor três outras 
pessoas, às quais incumbe apor a sua assinatura, 
juntamente com o tabelião, que indicará o nome da 
das duas testemunhas e da pessoa que assinou a 
rogo.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
� o contrato de abertura de crédito, ainda que 
acompanhado de extrato de conta corrente, não é 
um título executivo, cabendo apenas a 
propositura de ação monitória ou de cobrança.
13/08/2020
22
INSTRUMENTO DE TRANSAÇÃO REFERENDADO PELO
MINISTÉRIO PÚBLICO, PELA DEFENSORIA PÚBLICA, PELA 
ADVOCACIA PÚBLICA, PELOS ADVOGADOS DOS TRANSATORES 
OU POR CONCILIADOR OU MEDIADOR CREDENCIADO PELO 
TRIBUNAL
� Tradicional atuação do Ministério Público na 
formação de títulos executivos extrajudiciais se 
dá na elaboração do termo de ajustamento de 
conduta (TAC)
� conciliador e mediador credenciados, que estarão 
habilitados a atuar fora do juízo na atividade 
consensual dos conflitos, sendo capaz de 
referendar a solução criando um título executivo 
extrajudicial.
CONTRATO GARANTIDO POR HIPOTECA, PENHOR, 
ANTICRESE OU OUTRO DIREITO REAL DE 
GARANTIA E AQUELE GARANTIDO POR CAUÇÃO
� exemplo, a alienação fiduciária em garantia
� caução em razão de contrato, seja ela real 
(hipoteca, penhor ou anticrese) ou fidejussória 
(fiança).
� Anticrese: contrato em que o devedor entrega um 
imóvel ao credor, transferindo-lhe o direito de auferir 
os frutos e rendimentos desse mesmo imóvel para 
compensar a dívida; consignação de rendimento.
13/08/2020
23
CONTRATO DE SEGURO DE VIDA 
EM CASO DE MORTE
� não sendo título executivo extrajudicial o contrato 
de seguro de acidentes pessoais, e tampouco o 
contrato de seguro de automóvel, que 
demandarão para a cobrança do prêmio não pago 
pela seguradora a propositura de processo de 
conhecimento pelo rito comum.
CRÉDITO DECORRENTE DE FORO 
E LAUDÊMIO
� O foro e o laudêmio são espécies de rendas 
imobiliárias, decorrentes da enfiteuse, regulados 
por leis de direito material. 
� O foro é a pensão anual certa e invariável que o 
enfiteuta paga ao senhorio direto pelo direito de usar, 
gozar e dispor do imóvel objeto do direito real de 
enfiteuse. 
� O laudêmio é a compensação que é devida ao senhorio 
direto pelo não uso do direito de preferência, quando 
o enfiteuta aliena onerosamente o imóvel foreiro
13/08/2020
24
EFITEUSE?????????????
� direito real em contrato perpétuo, alienável e 
transmissível para os herdeiros, pelo qual o 
proprietário atribui a outrem o domínio útil de 
imóvel, contra o pagamento de uma pensão anual 
certa e invariável; aforamento.
� enfiteuse é instituto de rara aplicação prática, nunca 
tendo obtido grande relevância no mundo jurídico
CRÉDITO, DOCUMENTALMENTE COMPROVADO, 
DECORRENTE DE ALUGUEL DE IMÓVEL, BEM COMO DE 
ENCARGOS ACESSÓRIOS, TAIS COMO TAXAS E DESPESAS 
DE CONDOMÍNIO
� Locação: suficiente a existência de uma prova 
documental que ateste a existência da locação e 
dos encargos.
� Admite-se a execução de outras espécies de 
encargos da locação, como as despesas de 
telefone, de consumo de força, luz, água e esgoto.
13/08/2020
25
CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA DA 
UNIÃO, ESTADO, DISTRITO FEDERAL, TERRITÓRIO E 
MUNICÍPIO, CORRESPONDENTE AOS CRÉDITOS 
INSCRITOS NA FORMA DA LEI
� É a CDA. 
� Execução fiscal por lei própria
� LEI No 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980.
� dívida ativa é qualquer valor cuja cobrança seja 
atribuída por lei à Fazenda Pública, sejam 
representativos de créditos tributários ou não. A 
inscrição de contrato ou de dívida é feita por meio 
de procedimento administrativo regular, com os 
requisitos formais previstos pelo art. 202 do CTN 
e art. 2.º, § 5.º, da Lei 6.830/1980, conferindo 
liquidez e certeza à dívida.
CRÉDITO REFERENTE ÀS CONTRIBUIÇÕES ORDINÁRIAS 
OU EXTRAORDINÁRIAS DE CONDOMÍNIO EDILÍCIO, 
PREVISTAS EM CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO OU 
APROVADAS EM ASSEMBLEIAGERAL, DESDE QUE 
DOCUMENTALMENTE COMPROVADAS
� inciso X do art. 784 do Novo CPC cria título 
executivo que não dependerá da participação do 
devedor em sua elaboração e muito menos de sua 
assinatura. 
� No caso ora analisado bastará ao condomínio 
edilício ingressar com processo de execução 
contra o condomínio devedor instruindo sua 
petição inicial com cópia da convenção 
condominial e da ata da assembleia que 
estabeleceu o valor das cotas condominiais, 
ordinárias ou extraordinárias.
13/08/2020
26
TODOS OS DEMAIS TÍTULOS, AOS QUAIS, POR 
DISPOSIÇÃO EXPRESSA, A LEI ATRIBUIR FORÇA 
EXECUTIVA
� O dispositivo legal permite expressamente que 
leis federais extravagantes criem títulos 
executivos extrajudiciais, mas impossibilita 
que as partes realizem o chamado “pacto 
executivo”.
� Exemplo de títulos executivos criados por leis 
extravagantes:
� como créditos da OAB contra os inscritos (Lei 
8.906/1994, art. 46); cédulas de crédito rural 
(Decreto-lei 167/1967, art. 41), cédulas de crédito 
industrial (Decreto lei 413/1969); cédulas de 
exportação (Lei 6.313/1975); cédulas de crédito 
comercial.....
TUDO CERTO AI?????
21/08/2020
1
� É a possibilidade de sujeição de um determinado 
patrimônio à satisfação do direito substancial do 
credor
� INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE
� PESSOAL
� não há nenhuma possibilidade de o corpo do 
responsável responder pela satisfação do direito do 
credor.
21/08/2020
2
� Todos os bens respondem pela obrigação: 
� Bens passados = fraude a credores
� Bens futuros = adquiridos após propositura da ação
� Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens 
quantos bastem para o pagamento do principal 
atualizado, dos juros, das custas e dos honorários 
advocatícios.
� Decorre , historicamente: Lex Poetelia
� Papiria, do ano 326 a.C., representou o início da 
transformação da responsabilidade pessoal para a 
patrimonial. Passou-se a proibir a morte e o 
acorrentamento do devedor, a prever de forma 
institucionalizada a satisfação do crédito mediante a 
prestação de trabalhos forçados;
� “humanização da execução”: princípio da dignidade 
humana
21/08/2020
3
� Não estão sujeitos à execução os bens que a lei 
considera impenhoráveis ou inalienáveis. 
� São impenhoráveis: 
� I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não 
sujeitos à execução; 
� II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que 
guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor 
ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes 
a um médio padrão de vida; 
� III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do 
executado, salvo se de elevado valor; 
� IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as 
remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os 
pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por 
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de 
sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários 
de profissional liberal, ressalvado o § 2º ; 
21/08/2020
4
� V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os 
utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis 
necessários ou úteis ao exercício da profissão do 
executado; 
� VI - o seguro de vida; 
� VII - os materiais necessários para obras em 
andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
� VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em 
lei, desde que trabalhada pela família; 
� IX - os recursos públicos recebidos por instituições 
privadas para aplicação compulsória em educação, 
saúde ou assistência social; 
� X - a quantia depositada em caderneta de poupança, 
até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; 
� XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos 
por partido político, nos termos da lei; 
� XII - os créditos oriundos de alienação de unidades 
imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, 
vinculados à execução da obra. 
21/08/2020
5
� Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, 
os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis
� Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da 
entidade familiar, é impenhorável e não responderá por 
qualquertipo de dívida civil, comercial, fiscal, 
previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos 
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus 
proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas 
nesta lei.
� Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o 
imóvel sobre o qual se assentam a construção, as 
plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os 
equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis 
que guarnecem a casa, desde que quitados.
21/08/2020
6
� Artigo 3º. Lei do bem de família
� o salário e demais vencimentos previstos no art. 833, 
IV, para cobrança de divida alimentar; verbas 
trabalhistas lato sensu .
� Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos 
de transporte, obras de arte e adornos suntuosos.
� Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a 
impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados 
que guarneçam a residência e que sejam de 
propriedade do locatário, observado o disposto neste 
artigo.
21/08/2020
7
� Nos termos da Súmula 449, a vaga de garagem que 
possui matrícula própria no registro de imóveis não
� constitui bem de família para efeito de penhora. Nos 
termos da Súmula 364, o conceito de 
impenhorabilidade de bem de família abrange também 
o imóvel
� pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
� Nº 449 STJ 
� Súmula 449 -
A vaga de garagem que possui matrícula própria no 
registro de imóveis não constitui bem de família para 
efeito de penhora.
Data da Publicação - DJ-e 21-6-2010... 
21/08/2020
8
� Súmula 364 -
O conceito de impenhorabilidade de bem de família 
abrange também o imóvel pertencente a pessoas 
solteiras, separadas e viúvas.
� Data da Publicação - DJe 31.10.2008
� imóvel desocupado pode ser penhorado, ainda que seja 
o único do devedor
21/08/2020
9
� bens doados ou alienados com cláusula de 
inalienabilidade, comuns em testamentos
� Seriam quatro os critérios: uso total, quantidade razoável, 
utilidade ou necessidade e trabalho pessoal
� Os instrumentos primeiramente devem ser utilizados 
no dia a dia profissional do executado, e não apenas de 
forma esporádica e rara;
� Inviável que a impenhorabilidade abranja uma série de 
bens do devedor quando este possuiuvários bens do mesmo 
gênero.
� imprescindível ligação entre os bens e a profissão exercida 
pelo devedor. Deve restar devidamente comprovado que
� a utilização de tais bens se presta à realização das tarefas 
compreendidas em seu trabalho, de forma direta.
21/08/2020
10
� Jorge é advogado é possui em seus escritório 10 
computadores, uma biblioteca com livros raros e 
valiosos além de televisores e acomodações luxuosas. É 
executado por Maria. Pergunta-se, há como penhorar 
bens presentes no escritório do Dr Jorge?
� Sim. De acordo com tudo que estudamos o uso total, 
quantidade razoável, utilidade ou necessidade e 
trabalho pessoal. 
21/08/2020
11
� o valor de até 40 salários-mínimos mantido em 
caderneta de poupança é impenhorável.
� mantendo o devedor mais de uma poupança, a 
proteção limitar-se- á ao valor de 40 salários mínimos 
na soma de todas elas, e nunca individualmente,
21/08/2020
12
� É a “responsabilidade executória secundária”, prevista no art. 790 do 
Novo CPC.
� Art. 790. São sujeitos à execução os bens: 
� I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em 
direito real ou obrigação reipersecutória; 
� II - do sócio, nos termos da lei; 
� III - do devedor, ainda que em poder de terceiros; 
� IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios 
ou de sua meação respondem pela dívida; 
� V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; 
� VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em 
razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra 
credores; 
� VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade 
jurídica. 
� O Superior Tribunal de Justiça reconhece a 
possibilidade de desconsideração da personalidade 
jurídica entre empresas do mesmo grupo econômico, 
bem como a desconsideração da personalidade 
jurídica inversa, inclusive atribuindo legitimidade 
ativa para tal pedido à companhia prejudicada em sua 
meação pela fraude, ainda que na condição de sócia 
minoritária na sociedade empresarial
� Dá-se por incidente processual apensado ao 
cumprimento de sentença ou execução
21/08/2020
13
� É pacífica a doutrina e jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça quanto ao entendimento de que o 
cônjuge ou companheiro não devedor tem 
legitimidade para os embargos à execução e embargos 
de terceiro
FRAUDES
CONTRA CREDORES E FRAUDE A EXECUÇÃO
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA 
DIAS , P 1487
FRAUDE CONTRA 
CREDORES
Fraude contra credores
 Código Civil arts. 158 a 165 do CC;
Requisitos:
Objetivo: que a alienação tenha 
conduzido a uma diminuição patrimonial 
do devedor que tenha piorado ou criado 
um estado de insolvência (eventus 
damni);
Subjetivo: intenção do devedor de 
provocar sua redução patrimonial até o 
estado de insolvência (consilium fraudis).
Código Civil
 Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita 
de bens ou remissão de dívida, se os praticar 
o devedor já insolvente, ou por eles reduzido 
à insolvência, ainda quando o ignore, poderão 
ser anulados pelos credores quirografários, 
como lesivos dos seus direitos. 
 § 1 o Igual direito assiste aos credores cuja 
garantia se tornar insuficiente. 
 § 2 o Só os credores que já o eram ao tempo 
daqueles atos podem pleitear a anulação 
deles. 
Código Civil
 Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos 
onerosos do devedor insolvente, quando a 
insolvência for notória, ou houver motivo para ser 
conhecida do outro contratante. 
 Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor 
insolvente ainda não tiver pago o preço e este 
for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-
á depositando-o em juízo, com a citação de todos 
os interessados. 
 Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para 
conservar os bens, poderá depositar o preço que 
lhes corresponda ao valor real. 
Código Civil
 Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, 
poderá ser intentada contra o devedor insolvente, 
a pessoa que com ele celebrou a estipulação 
considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes 
que hajam procedido de má-fé. 
 Art. 162. O credor quirografário, que receber do 
devedor insolvente o pagamento da dívida ainda 
não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito 
do acervo sobre que se tenha de efetuar o 
concurso de credores, aquilo que recebeu. 
 . 
Código Civil
 Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos 
direitos dos outros credores as garantias 
de dívidas que o devedor insolvente 
tiver dado a algum credor. 
 Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-
fé e valem os negócios ordinários 
indispensáveis à manutenção de 
estabelecimento mercantil, rural, ou 
industrial, ou à subsistência do devedor 
e de sua família. 
Código Civil
 Art. 165. Anulados os negócios 
fraudulentos, a vantagem resultante 
reverterá em proveito do acervo 
sobre que se tenha de efetuar o 
concurso de credores. 
 Parágrafo único. Se esses negócios 
tinham por único objeto atribuir 
direitos preferenciais, mediante 
hipoteca, penhor ou anticrese, sua 
invalidade importará somente na 
anulação da preferência ajustada
atenção
 quando o ato for praticado a título gratuito, 
o intuito fraudulento presume-se de forma 
absoluta. 
 Já nos casos de atos onerosos é preciso 
demonstrar que o devedor tinha ao menos o 
potencial conhecimento de que seu ato o 
levaria à insolvência (não é necessária a 
intenção deliberada de fraudar) e que o 
terceiro adquirente tinha conhecimento 
– efetivo ou presumido – de que a alienação 
levaria o alienante a esse estado
 Momento da alienação: 
 só se constitui fraude se realizada após 
o inadimplemento da obrigação.
 Mas o STJ já admitiu a Frau demesmo 
antes do inadimplemento, ou seja, 
predeterminada em detrimento de 
futuros credores.
Na prática ação pauliana para desconstituir o 
negócio jurídico. Ato, venda ou 
doação, é anulável por sentença 
declaratória desconstitutiva de 
direito, ou declaratória negativa
 STJ: ato é anulável, mas a invalidade 
só aproveita ao credor que for autor 
da ação pauliana
Na prática
 litisconsórcio necessário entre os 
contratantes (devedor e terceiro) na 
ação pauliana (ou revocatória)
 propositura de uma ação específica 
de cunho declaratório.
FRAUDE A EXECUÇÃO
FRAUDE A EXECUÇÃO
 ato fraudulento que, além de gerar 
prejuízo ao credor, atenta contra o 
próprio Poder Judiciário, dado que 
tenta levar um processo já 
instaurado à inutilidade.
 Pode levar a aplicação das penalidades 
por ato atentatório à justiça.
CPC
 Art. 792. A alienação ou a oneração 
de bem é considerada fraude à 
execução: 
 I - quando sobre o bem pender ação 
fundada em direito real ou com 
pretensão reipersecutória, desde que 
a pendência do processo tenha sido 
averbada no respectivo registro 
público, se houver; 
 II - quando tiver sido averbada, no 
registro do bem, a pendência do 
processo de execução, na forma do 
art. 828 ; 
 III - quando tiver sido averbado, no 
registro do bem, hipoteca judiciária ou 
outro ato de constrição judicial originário 
do processo onde foi arguida a fraude; 
. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art828
 IV - quando, ao tempo da alienação 
ou da oneração, tramitava contra o 
devedor ação capaz de reduzi-lo à 
insolvência; 
 V - nos demais casos expressos em 
lei
Na prática
 Não é necessário o ingresso de 
qualquer ação judicial; basta 
peticionar nos autos, exceto se já 
tiver sido realizada a alienação 
judicial do bem, quando será preciso 
entrar com ação anulatória em 
litisconsórcio necessário (alienante e 
remitente)
Na prática
 contraditório pode se estabelecer 
incidentalmente, exigindo-se a oitiva 
do terceiro adquirente antes de 
acolhida a alegação de fraude à 
execução (§40)
 se o juiz não intimar = embargos de 
terceiro
 4º Antes de declarar a fraude à 
execução, o juiz deverá intimar o 
terceiro adquirente, que, se quiser, 
poderá opor embargos de terceiro, 
no prazo de 15 (quinze) dias. 
 O prazo para opor embargos de terceiro 
pode ser maior...posição do STJ
atenção
 fraude à execução dispensava prova 
do elemento subjetivo do consilium 
fraudis, pouco importando se havia 
ciência ou não de que o ato levaria o 
devedor à insolvência. 
 A intenção fraudulenta nesse caso era 
presumida, sendo irrelevante para os 
fins de configuração da fraude se o ato 
é real ou simulado, de boa ou má-fé.
 § 2º No caso de aquisição de bem 
não sujeito a registro, o terceiro 
adquirente tem o ônus de provar 
que adotou as cautelas necessárias 
para a aquisição, mediante a 
exibição das certidões pertinentes, 
obtidas no domicílio do vendedor e 
no local onde se encontra o bem. 
O STJ
 Súmula 375/STJ
 O reconhecimento da fraude à 
execução depende do registro da 
penhora do bem alienado ou da 
prova de má-fé do terceiro 
adquirente.
 Data de Publicação - DJe 30-3-2009
DESCONSIDERAÇÃO DA 
PERSONALIDADE 
JURÍDICA
 Ocorre nos processos de exc que são 
propostos contra P. Jurídicas, quando não 
se localizam bens para a satisfação do 
crédito.
 É uma forma de fraude.
 790, VII, do Novo CPC, é responsável 
secundário o responsável pela dívida da 
sociedade empresarial na hipótese da 
desconsideração de sua personalidade 
jurídica.
No CC
 Art. 50.  Em caso de abuso da personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode 
o juiz, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir 
no processo, desconsiderá-la para que os 
efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares de administradores ou de sócios 
da pessoa jurídica beneficiados direta ou 
indiretamente pelo abuso. 
 § 1º  Para os fins do disposto neste 
artigo, desvio de finalidade é a 
utilização da pessoa jurídica com o 
propósito de lesar credores e para a 
prática de atos ilícitos de qualquer 
natureza
 § 2º Entende-se por confusão patrimonial a 
ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por: 
 I - cumprimento repetitivo pela sociedade de 
obrigações do sócio ou do administrador ou 
vice-versa; 
 II - transferência de ativos ou de passivos 
sem efetivas contraprestações, exceto os de 
valor proporcionalmente insignificante; 
 III - outros atos de descumprimento da 
autonomia patrimonial. 
 O juiz poderá desconsiderar a 
personalidade jurídica da 
sociedade quando, em detrimento 
do consumidor, houver abuso de 
direito, excesso de poder, infração 
da lei, fato ou ato ilícito ou violação 
dos estatutos ou contrato social.
 o juiz não pode agir de ofício, sendo 
necessário o requerimento da parte ou 
do Ministério Público.
Na prática
 Há instauração do incidente de 
Desconsideração da personalidade 
jurídica ao distribuidor para as 
anotações devidas.
 O Juiz , ao final, profere sentença. 
desconsideração inversa
 desconsideração inversa : se 
demanda o devedor e pede a 
responsabilização da Pessoa jurídica.
Vamos ver uma petição e 
uma sentença?????
Cumprimento de 
sentença
Provisório e definitivo
 A execução de título judicial se faz por 
cumprimento de sentença.
◦ Cumprimento de sentença provisório: liminares 
e decisões não transitadas em julgado
◦ Cumprimento de sentença definitivo: decisões 
judiciais definitivas ( transito em julgado)
 Art. 513. O cumprimento da sentença 
será feito segundo as regras deste Título, 
observando-se, no que couber e conforme 
a natureza da obrigação, o disposto no 
Livro II da Parte Especial deste Código. 
 § 1º O cumprimento da sentença que 
reconhece o dever de pagar quantia, 
provisório ou definitivo, far-se-á a 
requerimento do exequente. 

Da intimação do devedor
 § 2º O devedor será intimado para cumprir a 
sentença: 
 I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu 
advogado constituído nos autos; 
 II - por carta com aviso de recebimento, quando 
representado pela Defensoria Pública ou quando 
não tiver procurador constituído nos autos, 
ressalvada a hipótese do inciso IV; 
 III - por meio eletrônico, quando, no caso do §
1º do art. 246 , não tiver procurador constituído 
nos autos 
 IV - por edital, quando, citado na forma do art. 
256 , tiver sido revel na fase de conhecimento. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art246§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art256
 § 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, considera-se 
realizada a intimação quando o devedor houver mudado de 
endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 274. 
 § 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado 
após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a 
intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de 
carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço 
constante dos autos, observado o disposto no parágrafo 
único do art. 274 e no § 3º deste artigo. 
 § 5º O cumprimento da sentença não poderá ser 
promovido em face do fiador, do coobrigado ou do 
corresponsável que não tiver participado da fase de 
conhecimento.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art274p
 Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as 
intimações serão feitas às partes, aos seus 
representantes legais, aos advogados e aos demais 
sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em 
cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de 
secretaria. 
 Parágrafo único. Presumem-se válidas as 
intimações dirigidas ao endereço constante dos 
autos, ainda que não recebidas pessoalmente 
pelo interessado, se a modificação temporária ou 
definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao 
juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos 
do comprovantede entrega da correspondência no 
primitivo endereço. 
A regra da citação pessoal
 a citação pelo correio deve obedecer ao 
disposto na lei, sendo necessária a 
entrega direta ao destinatário, de quem o 
carteiro deve colher o ciente.
 Art. 223, § 3º, do CPC. I - Para a 
validade da citação, não basta a 
entrega da correspondência no endereço 
do citando; o carteiro fará a entrega da 
carta ao destinatário, colhendo a sua 
assinatura no recibo.
 Sumula 429 STJ : A citação postal, 
quando autorizada por lei, exige o aviso 
de recebimento
Não confundir!!!!!!!
 Citação X intimação.
 Citação: ato de chamamento inicial ao 
processo. 
 Intimação: ato de chamamento ao 
processo JÁ iniciado.
Execução provisória via 
cumprimento de sentença
Cumprimento de sentença 
provisório
 Execução provisória é a execução 
fundada em título executivo judicial 
Provisório
 Não cabe em recurso recebido no efeito 
suspensivo, pois tal circunstância retira a 
executibilidade da decisão e, 
consequentemente, cria um impedimento 
à execução ( executividade)
 Execução provisória – ocorre de decisões 
não transitadas em julgado onde há 
interposição do recurso cabível, não 
recebido no efeito suspensivo.
◦ Ex: recurso especial e recurso 
extraordinário
CAUÇÃO NA EXECUÇÃO 
PROVISÓRIA
 decisão exequenda pode ser anulada ou 
reformada em razão do provimento do 
recurso interposto contra ela pendente de 
julgamento por isso é exigida a CAUÇÃO.
 Visa que o exequente suporte os danos, 
ao executado se houver reforma a decisão 
provisória. A responsabilidade é objetiva
art. 520, I, do Novo CPC
 Art. 520. O cumprimento provisório da sentença 
impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo 
será realizado da mesma forma que o cumprimento 
definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: 
 I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, 
que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os 
danos que o executado haja sofrido; 
 II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou 
anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as 
partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais 
prejuízos nos mesmos autos; 
 III - se a sentença objeto de cumprimento 
provisório for modificada ou anulada apenas 
em parte, somente nesta ficará sem efeito a 
execução; 
 IV - o levantamento de depósito em dinheiro 
e a prática de atos que importem 
transferência de posse ou alienação de 
propriedade ou de outro direito real, ou dos 
quais possa resultar grave dano ao 
executado, dependem de caução 
suficiente e idônea, arbitrada de plano 
pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
NATUREZA JURÍDICA DA CAUÇÃO
 caução prevista pelo art. 520, IV, do Novo 
CPC tem natureza cautelar.
◦ Não é preciso demonstrar o fumus boni iuris e 
o periculum in mora
◦ É obrigatória
Requisitos da caução
 “suficiente e idônea, arbitrada de plano 
pelo juiz e prestada nos próprios autos”.
◦ Pode ser real ou fidejussória, sendo prestada 
pelo executado ou terceiro (fiador judicial).
◦ Garantia prestada deve ser o suficiente para 
fazer frente a um eventual prejuízo do 
executado.
MOMENTO DE PRESTAÇÃO DA 
CAUÇÃO
 necessidade de prestação de caução no 
momento de levantamento de depósito 
em dinheiro, prática de atos que 
importem alienação de propriedade ou de 
outro direito real, transferência da posse, 
ou dos quais possa resultar grave dano ao 
executado.
◦ art. 520, IV
 não há qualquer necessidade da prestação 
de caução no momento da propositura
da execução provisória.
 juiz pode determinar de ofício a 
prestação de caução, mas garante-se o 
contraditório.
DISPENSA DA CAUÇÃO - art. 521 do 
Novo CPC
 Art. 521. A caução prevista no inciso IV 
do art. 520 poderá ser dispensada nos 
casos em que: 
 I - o crédito for de natureza alimentar, 
independentemente de sua origem; 
 II - o credor demonstrar situação de 
necessidade; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art520iv
 III - pender o agravo fundado nos incisos II e III do art. 1.042 
◦ (agravo contra decisão denegatória de seguimento de recurso especial e 
extraordinário)
 III – pender o agravo do art. 1.042;
 IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em 
consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade 
com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos. 
 Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da 
dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil 
ou incerta reparação
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1042ii
Outra hipótese
 art. 356, § 2º, do CPC prevê mais uma 
hipótese de dispensa da caução no 
cumprimento provisório de sentença: 
 execução de decisão interlocutória que 
julga de forma antecipada parcela do 
mérito.
 Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito 
quando um ou mais dos pedidos formulados ou 
parcela deles: 
 I - mostrar-se incontroverso; 
 II - estiver em condições de imediato julgamento, nos 
termos do art. 355 . 
 § 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito 
poderá reconhecer a existência de obrigação líquida 
ou ilíquida. 
 § 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, 
a obrigação reconhecida na decisão que julgar 
parcialmente o mérito, independentemente de 
caução, ainda que haja recurso contra essa 
interposto. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art355
 § 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito 
em julgado da decisão, a execução será 
definitiva. 
 § 4º A liquidação e o cumprimento da 
decisão que julgar parcialmente o mérito 
poderão ser processados em autos 
suplementares, a requerimento da parte ou a 
critério do juiz. 
 § 5º A decisão proferida com base neste 
artigo é impugnável por agravo de 
instrumento. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
DO EXEQUENTE
 Funda-se na teoria do risco-proveito.
◦ A execução provisória é uma opção benéfica ao 
exequente, já que permite, senão a sua 
satisfação, ao menos o adiantamento da 
prática de atos executivos.
 caberá ao executado demonstrar 
concretamente a ocorrência do prejuízo, o 
que exigirá a propositura de uma 
liquidação de sentença incidental.
◦ a liquidação dos danos será um incidente 
processual e a execução seguirá o 
procedimento do cumprimento de sentença
FORMALIZAÇÃO DOS AUTOS DA 
EXECUÇÃOPROVISÓRIA
 Apresenta-se a carta de sentença, 
formada pelo cartório.
 requerimento inicial –, instruirá a petição 
com cópias de peças do processo 
previstas em lei, podendo o advogado 
declará-las autênticas.
Documentos exigidos
 (a) decisão exequenda;
 (b) certidão de interposição do recurso 
não dotado de efeito suspensivo;
 (c) procurações outorgadas pelas partes;
 (d) decisão de habilitação, se for o caso;
 (e) facultativamente, outras peças 
processuais consideradas necessárias 
para demonstrar a existência do crédito.
 A multa e os honorários pela ausência de 
pagamento de quinze dias são aplicáveis 
na execução provisória.
 O protesto da sentença, previsto no art. 
517 do Novo CPC, exige que o 
cumprimento de sentença seja definitivo, 
enquanto a multa de 10% sobre o valor 
exequendo é cabível no cumprimento 
provisório de sentença
Tipos:
 completa ou incompleta
◦ Completa: exige-se todo o objeto
◦ Incompleta: exige-se apenas parte do objeto.
DA DEFESA DO 
EXECUTADO NO 
CUMPRIMENTO DE 
SENTENÇA
Para evitar a execução
 Art. 526. É lícito ao réu, antes de ser intimado para o 
cumprimento da sentença, comparecer em juízo e oferecer em 
pagamento o valor que entender devido, apresentando memória 
discriminada do cálculo. 
 § 1º O autor será ouvido no prazo de 5 (cinco) dias, podendo 
impugnar o valor depositado, sem prejuízo do levantamento do 
depósito a título de parcela incontroversa. 
 § 2º Concluindo o juiz pela insuficiência do depósito, sobre a 
diferença incidirão multa de dez por cento e honoráriosadvocatícios, também fixados em dez por cento, seguindo-se a 
execução com penhora e atos subsequentes. 
 § 3º Se o autor não se opuser, o juiz declarará satisfeita a 
obrigação e extinguirá o processo. 
DA IMPUGNAÇÃO.
 O executado será intimado a cumprir com a 
decisão – dispensa de citação pessoal.
 A intimação é feita na pessoa do seu 
advogado, patrono. 
 É dado um prazo e 15 dias para pagar ou 
impugnar.
◦ 530, § 1º No cumprimento provisório da sentença, 
o executado poderá apresentar impugnação, se 
quiser, nos termos do art. 525 . 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art525
 Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no 
art. 523 sem o pagamento voluntário, 
inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para 
que o executado, independentemente de 
penhora ou nova intimação, apresente, 
nos próprios autos, sua impugnação. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523
 § 1º Na impugnação, o executado poderá 
alegar: 
 I - falta ou nulidade da citação se, na fase 
de conhecimento, o processo correu à 
revelia; 
 II - ilegitimidade de parte; 
 III - inexequibilidade do título ou 
inexigibilidade da obrigação; 
 IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
 V - excesso de execução ou cumulação 
indevida de execuções; 
 VI - incompetência absoluta ou relativa do 
juízo da execução; 
 VII - qualquer causa modificativa ou extintiva 
da obrigação, como pagamento, novação, 
compensação, transação ou prescrição, 
desde que supervenientes à sentença. 
 § 2º A alegação de impedimento ou 
suspeição observará o disposto nos arts. 
146 e 148 . 
 § 3º Aplica-se à impugnação o disposto 
no art. 229. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art146
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art229
 § 4º Quando o executado alegar que o 
exequente, em excesso de execução, pleiteia 
quantia superior à resultante da sentença, 
cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que 
entende correto, apresentando demonstrativo 
discriminado e atualizado de seu cálculo. 
 § 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o valor 
correto ou não apresentado o demonstrativo, a 
impugnação será liminarmente rejeitada, se o 
excesso de execução for o seu único 
fundamento, ou, se houver outro, a impugnação 
será processada, mas o juiz não examinará a 
alegação de excesso de execução. 
 § 6º A apresentação de impugnação não impede a 
prática dos atos executivos, inclusive os de 
expropriação, podendo o juiz, a requerimento do 
executado e desde que garantido o juízo com 
penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe 
efeito suspensivo, se seus fundamentos forem 
relevantes e se o prosseguimento da execução for 
manifestamente suscetível de causar ao executado 
grave dano de difícil ou incerta reparação. 
 § 7º A concessão de efeito suspensivo a que se refere 
o § 6º não impedirá a efetivação dos atos de 
substituição, de reforço ou de redução da penhora e 
de avaliação dos bens 
 § 8º Quando o efeito suspensivo atribuído 
à impugnação disser respeito apenas a 
parte do objeto da execução, esta 
prosseguirá quanto à parte restante. 
 § 9º A concessão de efeito suspensivo à 
impugnação deduzida por um dos 
executados não suspenderá a execução 
contra os que não impugnaram, quando o 
respectivo fundamento disser respeito 
exclusivamente ao impugnante. 
 § 10. Ainda que atribuído efeito 
suspensivo à impugnação, é lícito ao 
exequente requerer o prosseguimento da 
execução, oferecendo e prestando, nos 
próprios autos, caução suficiente e idônea 
a ser arbitrada pelo juiz. 
 § 11. As questões relativas a fato 
superveniente ao término do prazo para 
apresentação da impugnação, assim como 
aquelas relativas à validade e à adequação 
da penhora, da avaliação e dos atos 
executivos subsequentes, podem ser 
arguidas por simples petição, tendo o 
executado, em qualquer dos casos, o prazo 
de 15 (quinze) dias para formular esta 
arguição, contado da comprovada ciência do 
fato ou da intimação do ato
QUIZZE
 "A" recebeu um cheque de "B". No 
entanto, ao ser descontado, o cheque não 
foi pago pelo banco por falta de fundos. 
Ainda não tendo prescrito a 
executoriedade do cheque, o credor "A" 
poderá?
TÁ FÁCIL NÉ......KKKKKK...ENTÃO.
 Propor processo de execução, ação 
autônoma.
DESAFIO MASTER!!!!!
 O BANCO MUITO BOM S/A, empresa pública federal, 
promove execução baseada em cédula de crédito 
bancário incluindo no polo passivo a empresa 
FAJUTAS LTDA. E os sócios Senhor X e Senhor Y, 
irmãos e avalistas. 
 Regularmente citados, os réu s apresentam, de início, 
petição avulsa aduzindo nulidade absoluta na 
formação do título, em desconformidade com a lei 
 específica. Tal peça vem a ser rejeitada por decisão 
do Ju z da causa, o que gera apresentação de 
recurso a instância superior. 
DESAFIO MASTER!!!!!
 O processo prossegue normalmente com a 
constrição judicial a vários bens móveis e 
imóveis dos executados que estão localizados 
em vários municípios, que não são 
abrangidos pela competência territorial do 
Juízo da Execução. 
 Após o s trâmites de estilo, designa-se hasta 
pública, e diversos bens vêm a ser adquiridos 
por pessoas interessadas, acarretando a 
necessidade de atos executivos de 
regularização. 
DESAFIO MASTER!!!!!
 No curso do processo, a empresa WW BOM 
MOÇO LTDA. apresenta requerimento no qual 
busca a participação no resultado da hasta, 
aduzindo ser credora da empresa FAJUTAS L 
TDA., apresentando sentença condenatória 
transitada em julgado com valor definido. O 
requerimento é admitido por decisão 
monocrática do Juízo da Execução sem a 
oitiva do Exequente original.
 Analise o caso sob os aspectos materiais e 
processuais..
SÓ ISSO!!! Vamos responder!!
 Trata-se de execução de obrigação de 
pagar quantia certa fundada em título 
executivo extrajudicial. 
 2. Cédula de cré dito bancário. A Lei n. 
10.931/2004 estabelece que a Cédula de 
Crédito Bancário é título executivo 
extrajudicial, representativo de operações 
de crédito de qualquer natureza. 
3. A petição avulsa é verdadeira exceção (mais precisamente, 
objeção) de pré -executividade (também chama da de exceção de 
executividade, ou exceção de pré -penhora). Modalidade de defesa 
aceita pela jurisprudência e alternativa aos embargos, 
cuja maior virtude é a de evitar a instauração de novo processo 
(embargos). 
4. Rejeitada a exceção de pré -executividade, o recurso cabível é 
agravo por instrumento ao tribunal competente (TRF, já que o 
feito tramita na Justiça Federal, visto tratar -se de execução 
promovida por empresa pública federal – CF, art. 109-I). 
 As penhoras devem observar a ordem do 
art. 655 do CPC (art. 835 NCPC), 
realizando-se por precatória, tendo em 
vista a localização dos bens do devedor 
em foros distintos (caso tais foros 
componham a região metropolitana e o 
juízo processante situe -se na capital, 
desnecessária a expedição de precatória). 
 A arrematação dos bens em hasta pública 
observará as formalidades previstas em 
lei para se aperfeiçoar, tornando-se 
irretratável e irrevogável. 
 . O requerimento da empresa WW BOM MOÇO 
vis a à instauração de concurso singular de 
credores. Majoritariamente, os legitimados a tal 
requerimento são apenas credores com 
execução já instaurada e penhora já realizada 
sobre o mesmo bem. Por exceção, admite-se 
também tal requerimento por parte de credores 
que tenham garantia real sobre o bem, mesmo 
sem execução iniciada. No caso concreto (credito 
decorrente de sentença transitada e m julgado) 
tais requisitos estão ausentes, pelo que o 
requerimento deveria ser indeferido de plano. 
Que fácil!!!!!
Ahahahaha...até a próxima!!!
Dias, 1528
Execução contra a fazenda 
pública
 Se dá quando a Fazenda Pública é 
condenada judicialmente a pagar certa 
quantia.
 Na CF – artigo100.
 Art. 100: Os pagamentos devidos pelas 
Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital 
e Municipais, em virtude de sentença judiciária, 
far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica 
de apresentação dos precatórios e à conta dos 
créditos respectivos, proibida a designação de 
casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos 
para este fim.
 Precatórios são formalizações de 
requisições de pagamento de 
determinada quantia por beneficiário, 
devida pela Fazenda Pública, em face 
de uma condenação judicial definitiva, 
ou irrecorrível
 É preciso programar para pagar.
 Há uma fila ordenada de forma numérica e 
sem identificação.
 Os idosos (acima de 60 anos), pessoas 
com doenças graves e pessoas com 
deficiência possuem preferência na fila 
de pagamentos dos precatórios de 
natureza alimentícia. 
 O disposto no caput deste artigo 
relativamente à expedição de 
precatórios não se aplica aos 
pagamentos de obrigações definidas em 
leis como de pequeno valor que as 
Fazendas referidas devam fazer em 
virtude de sentença judicial transitada 
em julgado.
○ 60 salários para União
○ 40 salários para os estados
Atenção:
 Não cabe execução provisória contra 
a fazenda Pública.
 STF decidiu que o IPCA-E, é índice de 
correção monetária dos débitos judiciais 
da Fazenda Pública. Os juros devidos 
são 0,5 ao mês ( lei 11.960/2009) 
Vamos ver um RPV???
Honorários advocatícios
 Cabe fixação de honorários 
advocatícios em execução provisória e 
execução definitiva no cumprimento de 
sentença- art. 520, caput, do Novo CPC
 arts. 85, § 1º, e 520, § 2º, do Novo CPC, 
sendo devidos se não houver o 
pagamento pelo executado no prazo de 
15 dias de sua intimação para pagar o 
débito exequendo.
Honorários sucumbenciais 
 São exigidos em cumprimento de 
sentença. Processo incidental, onde o 
advogado, em nome próprio pede o 
pagamento.
Honorários contratuais
 São executados em processo de 
execução autônoma, desde que 
decorrentes de contrato escrito com 2 
testemunhas. 
 A verba tem natureza alimentar.
O VALOR
 O Juiz, ao final da sentença, fixa os 
honorários sucumbenciais entre 10 e 
20%.
 Art 85 CPC
 Art. 85. A sentença condenará o vencido a 
pagar honorários ao advogado do vencedor. 
 § 1º São devidos honorários advocatícios na 
reconvenção, no cumprimento de sentença, 
provisório ou definitivo, na execução, resistida 
ou não, e nos recursos interpostos, 
cumulativamente. 
 § 2º Os honorários serão fixados entre o 
mínimo de dez e o máximo de vinte por cento 
sobre o valor da condenação, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível 
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da 
causa, atendidos: 
 § 6º Os limites e critérios previstos nos 
§§ 2º e 3º aplicam-se 
independentemente de qual seja o 
conteúdo da decisão, inclusive aos 
casos de improcedência ou de sentença 
sem resolução de mérito. 
 § 8º Nas causas em que for inestimável 
ou irrisório o proveito econômico ou, 
ainda, quando o valor da causa for 
muito baixo, o juiz fixará o valor dos 
honorários por apreciação equitativa, 
observando o disposto nos incisos do §
2º. 
Posição do STJ
 “A aplicação de norma subsidiária do §
8º, verdadeiro soldado de reserva, como 
classificam alguns, somente será 
cogitada na ausência de qualquer das 
hipóteses do § 2º. A incidência de uma 
das hipóteses deste dispositivo impede 
que o julgador prossiga na análise para 
enquadrar no § 8º.”
 : REsp 1.746.072
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1746072
Cumprimento de 
sentença de fazer ou 
não fazer
Dias, p. 1531
Cumprimento de sentença de 
fazer ou não fazer
O arts. 536 e 537 do Novo CPC
O Aspectos procedimentais da multa (astreintes).
O Pode ocorrer a requerimento ou ex offício (art. 
536)
O Com o trânsito em julgado, entretanto, parece 
mais adequado o entendimento de que o juiz 
pode dar início de ofício ao cumprimento de 
sentença, determinando as medidas executivas 
que entender necessárias à satisfação do direito 
do credor, em aplicação da regra do impulso 
oficial
O juiz determinar um prazo para que a 
obrigação seja cumprida via intimação do 
devedor –
O É possível o contraditório.
O art. 536, § 1 – prevê as formas 
instrumentais para a satisfação da 
obrigação
O possível a obrigação de fazer e não fazer ser 
convertida em prestação pecuniária quando 
essa for a vontade do exequente ou pela 
impossibilidade material ou jurídica de 
obtenção da tutela específica.
O .
Por vontade do exequente
O princípio da disponibilidade da execução, 
consagrado no art. 775, caput, do Novo 
CPC, que admite a desistência do credor de 
algumas medidas executivas, mantendo-se 
a execução
impossibilidade material ou 
jurídica de obtenção da tutela 
específica.
O A impossibilidade material afeta a pessoa 
do devedor na hipótese de obrigação de 
fazer infungível, de forma que fisicamente 
torna-se impossível o cumprimento da 
obrigação
exemplo
O Obrigação personalíssima e morte do 
devedor.
O Devedor perde a capacidade pessoal para 
realizar o objeto.
O O ato passa a ser proibido pela lei.
Onerosidade excessiva ao 
devedor
O Há possibilidade de conversão em perdas e 
danos pelo princípio da menor onerosidade 
ao devedor.
O art. 805
O Se o exequente não concordar: caberá ao 
juiz a aplicação das regras da 
proporcionalidade e razoabilidade no caso 
concreto, sendo sua a última palavra sobre 
a adequação da conversão – sujeita ao 
recurso de agravo de instrumento,
PROCEDIMENTO DA CONVERSÃO 
EM PERDAS E DANOS
O A pedido do credor; mera petição via 
liquidação de sentença incidental. Garante-
se o contraditório.
ATIPICIDADE DAS 
FORMAS 
EXECUTIVAS
O art. 536, § 1.º, do Novo CPC que o juiz poderá, 
de ofício ou a requerimento do exequente, 
determinar as medidas necessárias para a 
efetivação da tutela específica ou a obtenção do 
resultado prático equivalente, enumerando 
exemplificativamente a aplicação de multa por 
tempo de atraso, busca e apreensão, remoção 
de pessoas ou coisas, desfazimento de obras e 
impedimento de atividade nociva, se necessário 
com requisição de força policial.
O Juiz observará o princípio da razoabilidade 
e da menor onerosidade ao executado (art. 
805 do Novo CPC)
O medidas de execução indireta como por 
sub-rogação podem ser adotadas pelo juiz 
no caso concreto para a efetivação da tutela 
executiva de fazer e não fazer, sendo a 
principal forma de execução indireta a multa 
coercitiva
PRISÃO CIVIL
O restrita ao devedor de alimentos
O cabe ao juízo cível a decretação 
MULTA COERCITIVA
O É bastante usada no judiciário
O art. 537.
O Pode ser: 
O “diária” ou “por tempo de atraso”
O Conhecida como astreintes
O mesmo sendo a obrigação cumprida a 
destempo, a multa continua a ser exigível 
pelo período de atraso no cumprimento da 
obrigação
Valor da multa
O Não há parâmetro legal.
O Razoabilidade & eficácia
O que endurecer sem perder a ternura
O Não está limitada ao valor principal porque 
não é clausula penal. 
O Se tivesse natureza sancionatória ou 
compensatória, como ocorre com a cláusula 
penal, seria o valor limitado ao da obrigação 
principal por expressa previsão do art. 412 
do CC
BENEFICIADO PELA MULTA
O a parte que pretende o cumprimento da 
obrigação.
O a multa não impede a indenização por 
perdas e danos
STJ
O Superior Tribunal de Justiça a aplicabilidade 
das astreintes quando o devedor da 
obrigação de fazer ou não fazer é a Fazenda 
Pública.
ALTERAÇÃO DO VALOR E 
PERIODICIDADE DA MULTA
O Art. 537. A multa independe de 
requerimento da parte e poderá ser 
aplicada na fase de conhecimento, em 
tutela provisória ou na sentença, ou na fase 
de execução, desde que seja suficiente e 
compatível com a obrigação e que se 
determine prazo razoável para cumprimento 
do preceito. 
Mudança no valor

Continue navegando