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RESUMO DIREITO CIVIL V 2021 pdf

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DIREITO CIVIL V – 2021 – DIREITO DAS COISAS 
PROFESSORA LETÍCIA LOVO 
Aula 01 13-08-2021 – 
ASSUNTO: POSSE 
Direito das coisas- Posse 
Para Aristóteles a propriedade é tudo que satisfaz uma necessidade humana, na propriedade o 
homem podia exercer sua profissão, tirar seu sustento e teria sua moradia. 
CONCEITO DE DIREITO DAS COISAS “É o complexo de normas reguladoras das relações jurídicas 
referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem.” 
“É em um conjunto de normas, em regra OBRIGATÓRIAS¸ que se destinam a regular o direito 
atribuído à pessoa sobre bens corpóreos, móveis ou imóveis, de conteúdo econômico. Ou seja, 
alcança a aquisição, o exercício, a conservação e a perda dos direitos sobre os bens.” 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos 
poderes inerentes à propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO REAL x DIREITO OBRIGACIONAL 
• DIREITO REAL 
➔ Sujeito: único sujeito 
➔ Ação: ação real contra quem indistintamente detiver a coisa 
➔ Objeto: a coisa 
➔ Abandono: o direito real pode ser abandonado 
➔ Sequela: o direito real segue seu objeto onde quer que se encontre (jus 
persequendi) 
➔ Usucapião: modo de aquisição do direito 
• DIREITO OBRIGACIONAL 
 Direitos reais x Direitos pessoais 
Relação jurídica= sujeito + coisa (SUJEITO 
PASSIVO não determinado) 
- Princípio da publicidade: vai depender 
de um registro público e tradição 
- Efeito Erga omnes (direito contra todos 
os que devem abster-se de molestar o 
titular) 
- Rol taxativo art.1225 CC 
- A coisa responde 
- Caráter permanente. Instituto Típico: 
propriedade 
Relação jurídica = Sujeito ativo (CREDOR) + 
Sujeito passivo (DEVEDOR) 
- Princípio da autonomia privada 
(liberdade para contratar) 
- Efeito Inter partes (Gera obrigação 
apenas entre as partes contratantes) 
 
- Rol exemplificativo art. 425 CC 
- Os bens do devedor respondem 
- Caráter transitório. Instituto típico: 
contrato 
➔ Sujeito: (dualidade) sujeito ativo e passivo (credor e devedor) 
➔ Ação: ação pessoal que se dirige apenas contra o indivíduo que figura na relação 
jurídica 
➔ Objeto: a prestação 
➔ Abandono: a obrigação não pode ser abandonada 
➔ Sequela: não incide 
➔ Usucapião: não incide 
 
PRINCIPIOS DOS DIREITOS REAIS 
• Princípio da aderência, especialização ou inerência: O titular sempre exerce 
diretamente o direito real, sem a necessidade de socorrer-se a outra parte 
• Princípio do absolutismo: o direito real é exercido erga omnes, ou seja, contra todos. 
Com isso, o titular do direito possui a faculdade de se opor a quem quer que intervenha 
ou lhe cause dano 
• Princípio da publicidade ou visibilidade: um direito real sobre bem imóvel só se adquire 
através do registro no cartório competente (art. 1.227) e de bem móveis pela tradição 
(art. 1.226 e 1.267) todos do CC. 
• Princípio da taxatividade: segundo esse princípio, os direitos reais são somente os 
previstos em lei, não sendo possível a criação de novos 
• Princípio da tipicidade ou tipificação: o regime jurídico de cada direito real deve seguir 
expressamente o que está previsto em lei 
• Princípio da perpetuidade: um direito real é perpetuo, ou seja, não se extingue por não 
fazer uso. Em relação à usucapião, ao contrário do que você pode pensar, não se perde 
o direito da coisa pelo não uso, mas sim porque outra pessoa usou pelo tempo 
necessário para adquiri-la 
• Princípio do desmembramento: significa que os direitos reais podem ser descolados, 
ou seja, podem ser transferidos a terceiros 
• Princípio da exclusividade: segundo esse princípio, não pode haver dois direitos reais, 
com o mesmo conteúdo, sobre a mesma coisa 
 
A posse é um fato ou um direito? O fenômeno jurídico de um fato social, que recebe uma 
valoração humana antes de se tornar direito. A posse, é explicada por Miguel Reale, como uma 
teoria tridimensional, de onde um fato social, surge um valor humano filosófico, que se 
transforma em norma, sistema de leis que regem a convivência social. A posse é um fato e 
também um direito. 
Teoria Subjetiva de Savignt: para que exista a posse é necessários dois elementos, corpus + 
animus domini (a vontade do sujeito de ser dono) = posse. Seria necessário a vontade de ser 
dono, além de ter a coisa para ter a posse. Está teoria pode ser utilizada como exceção nos casos 
de usucapião. 
Teoria objetiva de Ihering: para que exista a posse basta que se tenha a corpus (a coisa) o nosso 
código civil adotou esta teoria. Conduta de dono. 
CF de 1988- concepção social da posse, Art. 5º, XXIII - a propriedade atenderá a sua função 
social; 
Classificação da posse. 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade. (basta que tenha um dos direitos do 
proprietário). TEORIA OBJETIVA. [VER ART. 1.228] 
 
(Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-
la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.) 
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em 
virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o 
possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. (POSSE DIREITA E INDIRETA) 
 Leticia proprietária (possuidora indireta/ou mediata), aluga sua casa para Ferreirinha 
(possuidor direto/ ou imediato; pois ele que está morando na casa). Ferreirinha contratou com 
Letícia o aluguel por um ano, efetuando o pagamento integral, no ato do contrato. No entanto 
Ferreirinha precisou fazer uma viagem. Neste meio tempo, Letícia entra na casa, Ferreirinha 
retorna e acha Leticia dentro da casa. Ferreirinha pode tirar Letícia da casa? Sim, dispõe o art. 
1.197. 
 
 
 
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em 
relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário. 
 Leticia proprietária (possuidora indireta/ou mediata), aluga sua casa para Ferreirinha 
(possuidor direto/ ou imediato; pois ele que está morando na casa). Ferreirinha contratou com 
Letícia o aluguel por um ano, efetuando o pagamento integral, no ato do contrato. No entanto 
Ferreirinha precisou fazer uma viagem. Tião (detentor/famulo da posse/o gestor/ o servidor) é 
o caseiro de Ferreirinha, pode tirar Letícia da casa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para 
com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções 
suas. (Ex. caseiro, motorista, secretária) (DETENÇÃO) 
 
DIREITO CIVIL V – 2021 – DIREITO DAS COISAS 
PROFESSORA LETÍCIA LOVO 
AULA 02 DIA 18-08-2021 
REVISÃO 
O que diferencia o Direito das coisas dos Direitos pessoais? Nos direitos pessoais temos uma 
relação jurídica entre credor e devedor, e nos direitos reais um sujeito passivo não determinado. 
O princípio da publicidade, que vai gerar um efeito erga omnes, e no direito pessoal a liberdade 
de contratar, no direito real temos a relação com a coisa, e no pessoal um contrato. 
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
 
 
 
 
 
 
 
Violenta= conseguida mediante violência ou grave ameaça – lembrar do crime de 
“roubo” CP- Ex. O sujeito rende o caseiro 
Clandestina= “na surdina” “de forma oculta” – equipara-se ao crime de “furto” CP – Ex.: 
movimento popular que adentra a propriedade alheia. 
Precária= mediante fraude, com abuso de confiança -equipar-se ao “estelionato” CP – 
Ex. um inquilino que se recusa a sair do imóvel, após vencimento do contrato de aluguel. 
Art. 1.201. É de boa-fé a posse,se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que 
impede a aquisição da coisa. 
Parágrafo único. O possuidor com justo título (tem relação com a função social 
da posse) tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei 
expressamente não admite esta presunção. A posse clandestina ou violenta pode se 
tornar de boa fé. – Ex. A posse foi adquirida com violência, no entanto o esbulhado não 
tomou providencias e o esbulhador continuou morando ali com sua família; esta posse 
pode se tornar de boa fé) 
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em 
que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui 
indevidamente. 
Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter 
com que foi adquirida. 
Da Aquisição da Posse 
ARTIGOS IMPORTANTES: 
1.196 [TEORIA OBJETIVA] 
1.197 [POSSE DIRETA E INDIRETA] 
1.198 [DETENÇÃO] 
1.200 [VÍCIOS] 
 
Art. 1.200 É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE 
 
- DIRETA E INDIRETA 
- JUSTA E INJUSTA 
- DE BOA- FÉ E DE MÁ-
FÉ 
 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, 
em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não 
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a 
violência ou a clandestinidade. 
 
 REGRA = SÃO INJUSTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dos Efeitos da Posse 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido (INSTRUMENTO PROCESSUAL 
MANUTENÇÃO DE POSSE) na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho 
(INSTRUMENTO PROCESSUAL REINTEGRAÇÃO DE POSSE), e segurado de violência 
iminente (INSTRUMENTO PROCESSUAL INTERDITO PROIBITÓRIO), se tiver justo receio 
de ser molestado. 
§ 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua 
própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não 
podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. 
§ 2º Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, 
ou de outro direito sobre a coisa. 
 
 
 
FERREIRINHA 
 
 
 
 
POSSE 
VIOLENTA E 
CLANDESTINA 
Contudo, a lei autoriza que 
haja aquisição da posse, 
depois de cessada a violência 
ou a clandestinidade 
 
Quando??? 
- ideia de melhor posse 
- via de regra, após ano e dia, sem oposição 
POSSE NOVA = MENOS DE 1 ANO E 1 DIA 
POSSE VELHA = MAIS DE UM ANO E UM DIA 
TURBAÇÃO= incômodo/perturbação terá direito de ser mantido na posse 
através do instrumento processual MANUTENÇÃO DA POSSE.(ação preventiva) 
ESBULHO= Vícios violência/clandestinidade/precrariedade, terá direito a ser 
restituído da posse através do instrumento processual AÇÃO DE 
REINTEGRAÇÃO DA POSSE 
AMEAÇA/ RECEIO- segurado de violência iminente, através do instrumento 
processual INTERDITO PROIBITÓRIO. (ação preventiva) 
DIREITO CIVIL V – 2021 – DIREITO DAS COISAS 
PROFESSORA LETÍCIA LOVO 
AULA 03 DIA 20-08-2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
No art, 1.210 deve ser aplicado o princípio da fungibilidade, caso venha a haver uma 
alteração no decorrer do processo, tendo ingressado com uma ação e havendo uma 
alteração dos fatos, seja preciso alterar o nome da ação. Podendo o advogado aditar o 
título da petição. Ex.: Entra-se com interdito proibitório e depois de ingressado com a 
ação, ocorra um esbulho, neste caso seria uma ação de reintegração de posse. 
DEFESA DIRETA/ATOS DE DESFORÇOS 
§ 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua 
própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não 
podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. 
 
 
 
 
 
 
§ 2º Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, 
ou de outro direito sobre a coisa. (sobre o mesmo imóvel mais de uma ação{ação 
possessória/ação de direito de propriedade/ ações de direito sobre a coisa, usufruto, 
hipoteca etc.) 
Posse não é a mesma coisa que propriedade, a propriedade é um direito real 
completo previsto no art. 1.2...... 
Posse justa e de boa fé 
Tião aluga a casa de Ferreirinha, ele tem direito de colher os frutos do pé de laranja da 
casa de Ferreirinha. Os acessórios acompanham o principal. 
TEORIA DA POSSE 
– Teoria objetiva de Ihering 
– Teoria subjetiva de Savignt 
AQUISIÇÃO DA POSSE 
– Pela própria pessoa ou por seu representante 
– Por terceiro, gestor de negócios dependendo de 
ratificação art. 1.205 
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
– Direta ou indireta 
– Justa ou injusta 
– De boa e de má fé 
EFEITOS DA POSSE 
– Processuais= ações possessórias/ interditos possessórios [ 
manutenção De posse; reintegração de posse; interdito 
proibitório. 
– Materiais= frutos e benfeitorias 
Art. 1.210 §1º - defesa direta/atos de desforço ou defesa. 
Quando? Somente em caso de turbação ou esbulho. 
Como? 
- Desde que o faça logo 
– A defesa seja proporcional 
ATENÇÃO!!! Os atos de defesa direta/desforço imediato podem, também, ser 
praticados pelo detentor/fâmulo da posse (Ex. O caseiro/ A seretária/ O motorista) 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos 
percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser 
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser 
também restituídos os frutos colhidos com antecipação. 
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que 
são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. 
 
 
 
 
 
Ex: José aluga seu sítio para João, neste sítio possui um engenho de cana, que nada 
consta no contrato sobre seu uso. Neste caso, João é possuidor do fruto natural (que é 
a cana plantada no sítio), do fruto industrial (que é o engenho) e José tem direito aos 
frutos civis (o valor do aluguel do sítio) 
Questões 
1- As teorias sociológicas da posse conferem primazia aos valores sociais nela 
impregnados, como um poder fático de ingerência socioeconômica concreta sobre a 
coisa, com autonomia em relação a propriedade e aosdireitos reais. 
( x) Verdadeiro ( ) falso 
2- Tanto na teoria subjetiva quanto na objetiva a posse é caracterizada como a 
conjugação do elemento corpus com o elemento animus, caracterizando-se o animus, 
na primeira, como a vontade de ser dono, o animus domini, e, na segunda, referindo-
se à própria coisa, o animus rem sibi habendi. 
(x ) verdadeiro ( ) Falso 
3- A posse 
( ) quando turbada, autoriza o ajuizamento de ação de reintegração de posse 
( ) pode ser oposta ao proprietário 
( ) é adquirida quando se detém a coisa a mando de outrem 
( ) não pode ser defendida, em juízo, pelo possuidor indireto 
4- O comodatário, devidamente notificado para sair do bem dado em comodato, e que 
não faz no prazo assinado, passa a exercer posse precária. 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
5- A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em 
virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, 
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. 
6- Entende-se por famulo da posse a situação jurídica do sujeito que, achando-se em 
relação de dependência ou na condição de subordinado, detém a coisa em nome do 
proprietário ou possuidor 
(x ) Verdadeiro ( ) Falso 
DOS EFEITOS MATERIAIS DA POSSE. 
FRUTOS: ESPÉCIES 
NATURAIS: Que vem da própria natureza 
INDUSTRIAIS: Ex.: engenho de cana, que vai produzir a garapa 
CIVIS: Contrato de aluguel, onde o fruto será o pagamento do fruto, 
 
7- A teoria da posse, predominantemente adotada pelo código Civil brasileiro, 
denomina-se 
( ) Teoria subjetiva de Savgny 
(x) teoria objetiva de Ihering 
( ) Teoria fazendária de Caio Mário da Silva Pereira 
( ) Teoria fazendária de Caio Mário da Silva Pereira 
8- Segundo o direito das coisas e considerando as assertivas seguintes, assinale a 
alternativa correta. 
( ) O fâmulo pode tomar posse do que detem 
(x ) O desforço necessário consiste na defesa da posse, pela força do possuidor, logo 
apôs a turbação ou esbulho 
( ) Posse velha á a mais de um ano 
( ) Os bens públicos dominicais são disponíveis e alienáveis 
9- São caracteristicas dos direitos reais 
( ) Princípio da autonomia privada da vontade, taxatividade, publicidade, eficácia erga 
omnes 
( ) Legalidade e tipicidade, taxatividade, publicidade, eficácia erga omnes, inércia ou 
aderência e sequela 
( ) Legalidade e tipicidade, taxatividade, publicidade, eficácia erga interpartes, inercia 
ou aderência e sequela 
( ) pricípio da autonomia, privada da vontade, taxatividade, publicidade, eficácia 
interpartes, inercia ou aderência e sequela. 
10- O locatário, em que pese possuidor direto, não pode invocar proteção possessória 
contra terceiro esbulhador do imóvel por ele locado, pois lhe falta o animus domini 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL V – 2021 – DIREITO DAS COISAS 
PROFESSORA LETÍCIA LOVO 
Aula 04 dia 27-08-21 
Algumas das características das ações possessórias; interditos proibitórios e 
manutenção de posse que são ações preventivas, e o princípio da fungibilidade. 
Art 1.214 a 1,216 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos 
percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser 
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser 
também restituídos os frutos colhidos com antecipação. 
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que 
são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, 
bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se 
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. 
DOS EFEITOS NATURAIS DA POSSE 
POSSE DE BOA FÉ 
 
 
 
 
 
 
 
 
POSSE DE MÁ FÉ 
 
 
 
 
 
 
 
Art.1.196 
katilanga 
locatária, - 
possuidora direta 
- justa e boa fé, 
 
 
ART. 1.228 
Ferreirinha proprietário 
locador 
Possuidor indireto 
Enquanto possuidora 
de boa fé tem direito 
de perceber os frutos. 
Colher, vender, fazer 
o que ela quiser.
 
Art. 1.214 
Art.1.196 
katilanga locatária 
Vence o contrato de aluguel,é 
notificada e não deixa o 
imóvel 
possuidora direta 
- posse precária 
- injusta 
– má fé 
 
 
ART. 1.228 
Ferreirinha proprietário 
locador Possuidor 
indireto 
Tornando-se possuidora de má fé , 
perde o direito de perceber os 
frutos, tendoo dever de colher os 
frutos e devolver para Ferreirinha, 
se deixar perder, ela vai responder 
por isto. Único direito é receber o 
que gastou para custeio dos frutos 
 
Art. 1.216 
 
 
 
 
 
 
DA PERDA OU DTERIORAÇÃO DA COISA 
- Responsabilidades do possuidor (ats. 1217 e 1218) 
1º Passo= classificar a posse 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que 
não der causa. 
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que 
acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do 
reivindicante. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 
GUILHERME é proprietário de uma pequena casa situada na cidade de Recife, residindo no imóvel há 
cerca de 5 anos, em terreno constituído pela acessão e por um pequeno pomar. Pouco antes de iniciar 
obras no imóvel, GUILHERME precisou fazer uma viagem de emergência para o interior do Paraná, a 
fim de auxiliar sua tia que se encontrava gravemente doente, com previsão de retornar dois meses 
depois a Recife. 
GUILHERME comentou da viagem com várias vizinhas, dentre as quais, MARINA, MARINETE, MARIANA 
e MARIA, pedindo que "olhassem" o imóvel no período, além de previamente ter deixado as chaves 
com seu funcionário WALTER, para que cuidasse do imóvel durante sua ausência, fizesse a limpeza da 
casa e regasse as plantas três vezes por semana. 
Ao retornar da viagem, GUILHERME encontrou o imóvel ocupado por MARINA e MARINETE, que na 
ocasião, se aproveitaram do momento em que WALTER foi regar as plantas e o ameaçaram com um 
porrete para conseguirem adentrar na casa. Desta forma, ali ingressaram para fixar moradia, 
acreditando que GUILHERME não retornaria a Recife. 
No período, MARINA e MARINETE danificaram o telhado da casa ao instalar uma antena "pirata" de 
televisão a cabo, o que, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, provocou graves 
infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais). Além disso, as 
POSSE DE BOA FÉ 
DIREITOS 
- perceber os frutos 
DEVERES 
- manter a posse justa e 
de boa fé 
 
POSSE DE MÁ FÉ 
DIREITOS 
- restituir dos valores que gastou com produção 
e custeio 
DEVERES – Não poderá perceber os frutos 
colhidos – Mas deverá colher para que não se 
percam, pois será responsabilizado por isto. 
POSSE DE BOA FÉ CASO 
FORTUITO/FORÇA MAIOR 
– não responde QUE DER 
CAUSA 
- responde 
POSSE DE MÁ FÉ 
CASO FORTUITO/ FORÇA MAIOR 
- REGRA= RESPONDE 
EXCEÇÃO: salvo se PROVAR se provar que 
teria acontecido de qualquer forma, não 
responde 
QUE DER CAUSA 
- responde 
ocupantes vêm colhendo e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, causando um 
prejuízo estimado em R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) até a data em que GUILHERME, 
imediatamente após tomar ciência do ocorrido, procura você, como advogado (a). 
Diante do exposto, classifique a posse de MARINA e MARINETE e, também, explique a (s) medida (s) 
que GUILHERME poderia tomar em razão do ocorrido. (MÁXIMO DE 8 LINHAS) 
RESPOSTA: Houve o esbulho possessório na forma da art. 1.210 do CC, deve ser proposta ação de 
reintegração de posse. Como o esbulho ocorreu a menos de ano e dia da propositura da demanda pois 
Guilherme tomou conhecimento dentro deste prazo deve ser requerida a adoção do procedimento 
previsto no art. 560 e seguintes do CPC. Deve ser afirmada a existência de esbulho possessório, bem 
como a caracterização da posse de Mariana e Marinete como posse de má fé, nos termos do art. 1.201 
do CC. Considerando sua clandestinidade. Também deve ser demonstrada a extensão dos danos 
causados no imóvel. Além da reintegração de posse, condenação dos réus aos pagamentos de 
indenização por perdas e danos pelos frutos colhidos, na forma do Art. 1.216 e 1.218 do CC, 
caracterização da posse, como posse de má fé. Tal cumulação objetiva é possível com fulcro no Art. 
555, caput, incisos I e II do CPC. 
DIREITO CIVIL V – 2021 – DIREITO DAS COISAS 
PROFESSORA LETÍCIA LOVO 
AULA 05 DIA 03-09-21 
POSSUIDOR DE BOA FÉ 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem 
como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da 
coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOS EFEITOS MATERIAIS DA POSSE (DAS BENFEITORIAS) 
ESPÉCIES: 
NECESSÁRIAS, essenciais, imprescindíveis ao uso da coisa/ao bem principal (ex. repor um vidro 
quebrado ou telhado) 
 
katilanga locatária, de boa fé 
Direito de indenização= 
receber de Ferreirinha 
Direito de retenção= 
descontar do aluguel 
Direito de retirar se, sem 
detrimento/danificar o 
imóvel. 
 Ferreirinha 
proprietário Portão eletrônico, 
benfeitoria útil 
Piscina, benfeitoria voluptuária
 Troca dos vidros da janela que 
quebraram com chuva e forte. 
Necessária 
Art. 1.219 
ÚTEIS, facilitam, melhoram o uso da coisa (e.x. portão eletrônico, construção de nova janela, 
grades. 
VOLUPTUÁRIAS, luxo, deleite, para lazer (ex.: construção de piscina, sauna, banheira) 
 POSSUIDOR DE MÁ FÉ 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não 
lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 
Jorge, professor de ensino fundamental, depois de longos 20 anos de magistério, poupou 
quantia suficiente para comprar um pequeno imóvel à vista. Para tanto, procurou Max com 
objetivo de adquirir o apartamento que ele colocara à venda na cidade de Teresópolis/RJ. 
Depois de visitar o imóvel, tendo ficado satisfeito com o que lhe foi apresentado, soube que 
este se encontrava ocupado por Miranda, que reside no imóvel na qualidade de locatária há 
dois anos. O contrato de locação celebrado com Miranda não possuía claúsula de manutenção 
da locação em caso de venda e foi oportunizado à locatária o exercício do direito de 
preferência, mediante notificação extrajudicial, certificada a entrega a Miranda. Jorge firmou 
contrato de compra e venda por meio de documento devidamente registrado no Registro de 
Imóveis, tendo adquirido sua propriedade e notificou a locadora a respeito da sua saída. 
Contudo, ao tentar ingressar no imóvel, para sua surpresa, Miranda ali permanecia instalada. 
Questionada, respondeu que não havia recebido qualquer notificação de Max, que seu contrato 
foi concretizado com Max e que, em virtude disso, somente devia satisfação a ele, dizendo, por 
fim, que dali só sairia a seu pedido. Indignado, Jorge conta o ocorrido a Max, que diz lamentar a 
situação, acrescentandoque Miranda sempre foi uma locatária de trato difícil. Disse, por fim, 
que como Jorge é o atual proprietário cabe a ele lidar com o problema, não tendo mais 
qualquer responsabilidade sobre essa relação. Com isso, Jorge procura o advogado, que o 
orienta a denunciar o contrato de locação, o que é feito ainda na mesma semana. Diante da 
situação apresentada, na qualidade de advogado constituído por Jorge, responda: 
a) Qual a medida processual cabível para defender os interesses de Jorge? Fundamente. 
b) A posse de Miranda, em algum momento tornou-se injusta? Se sim, explique. 
 
katilanga locatária, de má fé 
NÂO tem Direito de 
indenização 
NÂO tem Direito de 
retenção= descontar do 
aluguel 
NÂO Direito de retirar se, não 
danificar o imóvel. 
TEM Direito de indenização= 
receber de Ferreirinha 
 Ferreirinha 
proprietário Portão eletrônico, 
benfeitoria útil 
Piscina, benfeitoria voluptuária
 Troca dos vidros da janela que 
quebraram com chuva e forte. 
Necessária 
Art. 1.219 
RESPOSTA: 
A) O instrumento processual cabível é a ação de reintegração de posse. Uma vez que havia uma relação 
prévia entre Miranda e Max e foi notificado ele sua saída e ela não saiu o que fez que caracterizasse 
posse injusta pelo vício da precariedade conforme artigo 1200 do CC. 
B) Sim, a posse de Miranda tornou-se injusta a partir do momento em a mesma foi notificada e mesmo 
assim se manteve inerte, não desocupando o imóvel, que Jorge é proprietário, configurando vício da 
precariedade. Conforme previsto no artigo 1200 CC. 
DIREITO CIVIL V – 2021 – DIREITO DAS COISAS 
PROFESSORA LETÍCIA LOVO 
AULA 06 DIA 08-09-2021 
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos (Ex. O inquilino causou danos no imóvel, mas 
por outro lado fez benfeitorias; uma coisa compensará a outra), e só obrigam ao ressarcimento se ao 
tempo da evicção ainda existirem. (explicação: Ao tempo que o inquilino for perder a posse as 
benfeitorias ainda tem que existir, só será ressarcido se as benfeitorias ainda existirem.) 
Ex.: Um exemplo da evicção seria por exemplo o locatário instalar um ventilador e retira-lo, neste caso, 
não precisa indenizar. Art. 1.221 
Art. 1.222. O reivindicante/proprietário, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, 
tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo 
valor atual. 
PERDA DA POSSE ART. 1.222 E 1.223 
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o 
bem, ao qual se refere o art. 1.196. 
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia 
dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido. 
Revisão para a prova 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- O QUE É POSSE 
- Um fato e um direito [teoria 
tridimensional de Miguel Reale 
- Direito especial 
2- QUEM PODE SER CONSIDERADO 
POSSUIDOR? 
- Teoria subjetiva de Savigniy (exeção) 
- Teoria objetija de Ihering ( regra – art. 
1.196) 
- Teoria social da posse 
3- POSSE X DETENÇÃO 
Detentor= relação de 
dependência para com o 
possuidor/conserva a posse 
em nome deste [fâmulo da 
posse] 
4- CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
- Posse direita e indireta 
- Posse justa 
- Posse injusta [vícios: violência / 
clandestinidade / precariedade 
- Posse de boa e de má fé 
5- AQUISIÇÃO DA POSSE ART 1.205 
6- EFEITOS DA POSSE 
6.1 Efeitos processuais 
- ações possessórias: 
manutenção da posse/ 
reintegração de posse / 
interdito proibitório [art. 1,210] 
– defesa direta e atos de 
desforço 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; / II - a superfície; / III - as servidões; / IV - o usufruto; 
/ V - o uso; / VI - a habitação; / VII - o direito do promitente comprador do imóvel; / VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; / X - a anticrese. / XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído 
pela Lei nº 11.481, de 2007) / XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº 
13.465, de 2017) / XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
I- PROPRIEDADE= ÚNICO DIREITO REAL COMPLETO [ART. 1.228] 
II A SUPERFICIE 
III AS SERVIDÕES Direitos reais de gozo ou fruição 
IV O USUFRUTO 
V O USO A HABITAÇÃO 
VII 
QUESTÃO 
PERSÉFONE sempre foi uma locatária de trato difícil, mas, mesmo assim, a locadora HERA resolveu 
manter o contrato de aluguel até 30/05/2020. Decidida a deixar o imóvel mais aconchegante, 
PERSÉFONE, sem informar HERA, iniciou a construção de uma área de lazer com instalação de jacuzzi 
e piscina aquecida e, mesmo sabendo que a reforma demoraria tempo superior ao período notificação 
para desocupar o imóvel, mas ali continuou instalada, e chegou a dizer aos vizinhos que "precisava 
usufruir da área de lazer quando a reforma acabasse". A reforma terminou em 15/08/2020 e 
6.2 EFEITOS MATERIAL DA 
POSSE 
A) Frutos 
- naturais 
-industrias 
-civis 
6.2 EFEITOS MATERIAIS DA POSSE 
B) Responsabilidade quanto a 
perda ou deterioração da coisa 
– quando possuidor der causa 
– quando não der causa 
– [posse de boa e má fé] 
7. PERDA DA POSSE ART. 1.223 E 
1.224 
PERSÉFONE seguia ocupando o imóvel, até que HERA resolveu ingressar com a medida judicial para 
sanar o problema. Indignada com a situação, PERSÉFONE avisa que deixará o imóvel levando a jacuzzi 
e, que irá pleitear a indenização pelos valores gastos na construção da piscina. Com base no enunciado 
explique, em até 8 linhas, se o comportamento de PERSÉFONE está correto. 
RESPOSTA 
Pérsefone, era possuidora de boa-fé do imóvel de Hera. Visando melhorar o imóvel, deixando-o mais 
luxuoso, resolveu construir uma jacuzzi no mesmo, porém sem comunicar a proprietária Hera. A 
construção da benfeitoria só foi ser concluída em 15/08/2020. Porém, Perséfone sendo uma pessoa 
de difícil trato, se tornou possuidora de má-fé nesta data em questão, pois a mesma foi notificada para 
deixar o imóvel em 01/06/2020 e não o realizou. Neste caso em questão, ela NÃO tem o direito de ser 
ressarcida pelas benfeitorias (uma vez que, possuidor de má-fé só é ressarcido das benfeitorias 
necessárias), e nem de levantar(retirar) a jacuzzi, pois a mesma é considerada como benfeitoria 
voluptuária, conforme dispostivo legal art. 1.220 do cc 
DIREITO CIVIL V – 2021 – DIREITO DAS COISAS 
PROFESSORA LETÍCIA LOVO 
AULA 07 DIA 01-10-2021 
DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL PELA USUCAPIÃO 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-
lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por 
sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido 
no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. 
DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL PELA USUCAPIÃO 
CONCEITO: A usucapião é uma forma originária de ser adquirir a propriedade [imóvel e móvel], observandoo 
lapso temporal do sujeito na posse + requisitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Art. 1238 CC Usucapião extraordinária 
Tempo: 15 anos ininterruptos 
 Requisitos 
 - posse mansa e pacífica 
 - independente de título de boa fé 
 -EXEÇÃO § U 
 - Tempo 10 anos 
 - REQUISITOS 
 - houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual (FUNÇÃO SOCIAL) 
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco 
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, 
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a 
propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, 
por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, 
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com 
exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade 
divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, 
adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
 
 
 
 
 
 
 
ART. 1.239 USUCAPIÃO ESPECIAL 
RURAL 
TEMPO: 5 ANOS 
REQUISITOS 
- O sujeito não pode ser proprietário 
de outro imóvel, seja rural ou urbano; 
- posse mansa e pacífica 
- área de terra em zona rural de até 
50 hectares 
Art. 1.240 USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA 
TEMPO 5 ANOS 
– Posse mansa e pacífica 
- metragem do imóvel não pode ultrapassar 250m² 
- o sujeito não pode ser proprietário de outro imóvel seja urbano ou rural; 
-[função social] nela mora ou trabalhar 
ATENÇÃO LEMRAR DO ART 183 CF NÃO SE APLICA A TERRENO SEM CONSTRUÇÃO 
§ 3º IMÓVEL PUBLICO NÃO PODE SER OBJETO DE USUCAPIÃO 
Art. 1.240-A USUCAPIÃO FAMILIAR 
TEMPO 2 ANOS 
Requisitos 
– posse mansa e pacífica 
– imóvel urbano de até 250m² 
- o sujeito não pode ser proprietário de outro imóvel, seja urbano ou rural 
– abandono do lar pelo ex-conjuge/ ex companheiro – função social 
LEMBRETE PROCESSUAL ART 1.241 CC caput e § U 
– sentença de natureza declaratória – a ação será proposta no foro da 
situação do imóvel 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo 
título e boa-fé, o possuir por dez anos. 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, 
onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os 
possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e 
econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL V – 2021 – DIREITO DAS COISAS 
PROFESSORA LETÍCIA LOVO 
AULA 08 DIA 08-10-2021 
DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL PELA USUCAPIÃO 
Art. 1.260 Usucapião ordinária de bens móveis 
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente 
durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, 
independentemente de título ou boa-fé. 
 
 
Art. 1.242 USUCAPIÃO ORDINÁRIA 
TEMPO 10 ANOS 
REQUISITOS: 
- posse mansa e pacífica 
– justo título e boa fé 
EXEÇÃO § ÚNICO 
TEMPO 5 ANOS REQUISITOS + função social 
– Anteriormente o imóvel ter sido adquirido de forma onerosa com registro em cartório e posterior 
cancelamento 
ART. 1.260 USUCAPÃO ORDINÁRIA 
TEMPO 3 ANOS 
Requisitos= posse continua e incontestada/ posse mansa e pacífica 
Justo titulo e boa fé 
Prazo 3 anos 
 
ART. 1.261 USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA 
TEMPO 5 ANOS 
- Requisitos: posse continua 
- independente de titulo ou boa fé 
 
 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito 
de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. (DEFENDE 
A PROPRIEDADE Ação reinvidicatória) 
( os instrumentos processuais para reaver a posse são: Ação de manutenção da posse, 
Ação de reintegração de posse, Ação de interdito possessório) 
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas 
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade 
com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio 
ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das 
águas. 
§ 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou 
utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. 
§ 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por 
necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em 
caso de perigo público iminente. 
§ 4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado 
consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, 
de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou 
separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e 
econômico relevante. 
§ 5º No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao 
proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em 
nome dos possuidores. 
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário. 
Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu 
proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA DA TURMA B 21/10 
O rompimento da barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues,Mariana, Minas Gerais, e deixou mais de 900 pessoas desabrigadas, causando grande 
impacto social na vida daquelas pessoas. Além dos impactos ambientais e sociais, 
diversos outros danos foram causados, inclusive aos proprietários de áreas 
ribeirinhas. 
Suponha que os fatos tenham ocorrido por força natural violenta, como abalo 
sísmico, e que tenha deslocado uma porção de terras de DANILO para as terras 
CLAUDIA, aderindo-se de maneira definitiva às margens da outra. 
Nos termos do Código Civil: 
a) Diante do caso narrado, CLAUDIA poderá adquirir esta parte que foi aderida em 
razão dos fatos naturais? Explique. 
b) Nesse contexto, o proprietário das terras perdidas, DANILO, teria direito a 
indenização em qualquer circunstância? Fundamente. 
PROVA 13 DA TURMA E -10-21 
O rompimento da barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues, 
Mariana, Minas Gerais, e deixou mais de 900 pessoas desabrigadas, causando grande 
impacto social na vida daquelas pessoas. Além dos impactos ambientais e sociais, 
diversos outros danos foram causados, inclusive aos proprietários de áreas 
ribeirinhas. 
Suponha que os fatos tenham ocorrido por força natural violenta, como abalo 
sísmico, e que tenha deslocado uma porção de terras do imóvel de DANILO para o 
imóvel de CLAUDIA, aderindo-se de maneira definitiva às margens do outro. 
Nos termos do Código Civil: 
a) Diante do caso narrado, CLAUDIA poderá adquirir esta porção de terras que foi 
aderida em razão dos fatos naturais? Explique e fundamente. 
b) Neste contexto, o proprietário das terras perdidas, DANILO, teria direito a 
indenização em qualquer circunstância? Explique e Fundamente. 
PROVA DA TURMA D DIA 15/10/21 
A primeira dúvida que pode surgir quanto ao instituto refere-se à seguinte 
indagação: a posse é um fato ou um direito? Na visão clássica, muitos juristas 
enfrentaram muito bem a questão, como fez José Carlos Moreira Alves (Posse..., 
1999, v. II, t. I, p. 69-137). Esse doutrinador aponta duas grandes correntes, a que 
afirma se tratar de um mero fato e outra pela qual a posse, realmente, constitui um 
direito. A segunda corrente, que prega o entendimento de que a posse é um direito é 
a que acaba prevalecendo na doutrina. Nessa linha igualmente se posiciona este 
autor. Isso porque a posse pode ser conceituada como sendo o domínio fático que a 
pessoa exerce sobre a coisa. A partir dessa ideia, levando-se em conta a teoria 
tridimensional de Miguel Reale, pode-se afirmar que a posse constitui um direito, 
com natureza jurídica especial. Como afirmado no capítulo anterior, a posse é um 
conceito intermediário, entre os direitos pessoais e os direitos reais. Mas esse 
caráter híbrido não tem o condão de gerar a conclusão de que não constitui um 
direito propriamente dito.Pois bem, para Miguel Reale, o Direito é fundado em três 
subsistemas: dos fatos, dos valores e das normas. Sendo a posse um fato, e sendo o 
Direito também constituído por elementos fáticos, pode-se afirmar que a posse é um 
direito. 
Reforce-se que muitos juristas entendem da mesma forma, caso de Maria Helena 
Diniz e Orlando Gomes. Em reforço, o substrato social que deve ter a posse pode 
amparar a mesma conclusão. Para a Professora Titular da PUCSP, aliás, a posse é um 
direito real, como desdobramento do direito da propriedade (DINIZ, Maria Helena. 
Curso..., 2007, v. 4, p. 52). 
Segundo Orlando Gomes, “ensina Ihering que a posse é um direito. A essa conclusão 
chega, coerentemente, em face do famoso conceito de direito, formulado no Espírito 
do Direito Romano. Para ele, direito é o interesse juridicamente protegido. Admitida 
essa definição, não pode haver dúvida de que a posse seja um direito. Nela se 
reúnem dois elementos – substancial e formal – que se exigem para a existência de 
um direito. O interesse substancial consiste no interesse. (...) A esse elemento 
substancial, o Direito acrescenta, na posse, um elemento formal: a proteção jurídica” 
(GOMES, Orlando. Direitos reais..., 2004, p. 41-42).

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