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Prática Jurídica Civil e Empresarial II Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Wellington Ferreira de Amorim Revisão Textual: Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital Revisão Técnica: Prof. Dr. Reinaldo Zychan Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário • Preparar o aluno para atuar nos Tribunais Superiores, exercendo atuação técnico-jurídica não só perante as Instâncias Ordinárias, mas para o enfretamento de decisões proferidas nos Tribunais. OBJETIVO DE APRENDIZADO • Recurso Especial; • Recurso Extraordinário e Recurso Especial Repetitivos. UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário Recurso Especial “Vou recorrer até Brasília!”. Você já ouviu alguém fazendo esse tipo de afirmação? Pois é, sabemos que em Brasília, Capital do nosso país, temos os Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM e STF). Para fazer o seu recurso chegar até Brasília existem técnicas jurídicas que preci- sam ser observadas, as quais procuraremos explorá-las aqui nesta unidade. Então, vamos lá! Nesta terceira unidade iniciaremos o nosso estudo prático com mais uma análise de estratégias destinadas à sustentação da sua escrita. Este material é destinado ao estudo da prática jurídica, baseado na experiência forense, na doutrina e na jurisprudência. Figura 1 – Superior Tribunal da Justiça Fonte: site.serjusming.org.br Você Sabia? O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem competência para julgamento do Recurso Especial, enquanto que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem competência para processamento e julgamento do Recurso Extraordinário. O Recurso Especial, assim como o Recurso Extraordinário, é um recurso estrita- mente técnico, que visa o reexame em razão de violação de direito ou divergência jurisprudencial, não se admitindo a rediscussão de matéria de fato ou de provas. Os recursos especial e extraordinário podem ser interpostos no prazo de 15 dias, simultaneamente, em peças separadas. A doutrina costuma frisar que os recursos interpostos até o segundo grau são recursos com natureza ordinária, pois são dirigidos às instâncias ordinárias, primeira e segunda instâncias. Já os recursos interpostos aos Tribunais Superiores são os recursos de natureza extraordinária, pois só podem ser admitidos e julgados em situ- 8 9 ações extraordinárias, ou seja, que fogem do tradicional, que versem sobre questões exclusivamente de direito. O Recurso Especial tem previsão constitucional, conforme se verifica no artigo 105, III e suas alíneas, da Constituição Federal pátria. De acordo com o preceito constitucional acima destacado, é da competência do STJ: [...] julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou últi- ma instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a ) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b ) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c ) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. O Código de Processo Civil também se dedicou a legislar sobre os Recursos Es- pecial e Extraordinário, conforme artigos 1.029 a 1.041. Conceito O Recurso Especial (REsp) é uma modalidade recursal com previsão constitucio- nal de competência do Superior Tribunal de Justiça, que tem no escopo, como se verá adiante, manter a hegemonia e a autoridade das leis Federais (art. 105, III, “a”, “b” e “c” da CF) ou, nos dizeres de Elpídio Donizete, “os recursos extraordinários, portanto, não se prestam à correção da injustiça da decisão, mas à unificação da aplicação do direito positivo”, quando tratou dos recursos especial e extraordinário. Da Admissibilidade No Inciso III do Artigo 105 da Constituição Federal, vemos os pressupostos de admissão do Recurso: • a existência de uma causa decidida em única ou última instância, ou seja, em que estejam esgotadas as instâncias inferiores; • que o órgão prolator do mencionado decisório seja Tribunal Regional Federal, Tribunal de Estado, do Distrito Federal ou de Território; • prequestionamento, ainda que ficto, (art. 1025, CPC; Súmula 356 do STF). A doutrina se posiciona no sentido de que a Súmula 211 do STJ é incompatível com o Novo CPC; • que o acórdão verse sobre questão federal (infraconstitucional). A fundamentação também pode ser encontrada no Código de Processo Civil: do artigo 1029 ao 1035. Analisando os requisitos acima, é possível afirmarmos que não cabe recurso es- pecial contra decisão monocrática proferida em 2ª Instância, tampouco contra deci- sões proferidas pelos Colégios Recursais dos Juizados Especiais, pois a Constituição Federal (art. 105, III, caput), é textual ao afirmar o cabimento deste recurso contra 9 UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário decisões proferidas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Esta- dos, do Distrito Federal e Territórios. Se você não se recorda o que vem a ser uma decisão monocrática, vamos lá: decisão mono- crática é aquela proferida pelo Desembargador Relator de um processo ou de um recurso, de forma isolada, ou seja, escrita apenas por ele, sem submetê-la ao colegiado. Assim, a decisão monocrática é diferente de um acórdão, que é aquela decisão proferida por um colegiado (turma de magistrados), enquanto que a decisão monocrática é proferida por apenas um deles. Por meio de uma decisão monocrática, um recurso pode ser julgado, como ocorre com a apelação, nos termos do artigo 1.011, I, do Código de Processo Civil; po- derá o Relator atribuir efeito suspensivo ou deferir a antecipação da tutela recursal em um agravo de instrumento, nos termos do artigo 1.019, I, do Código de Processo Civil; dentre outras possibilidades. Súmulas que Norteiam o Recurso Especial Além dos dispositivos legais previstos no Código de Processo Civil e na Constitui- ção Federal, é importante que você tenha em mente as inúmeras súmulas que tratam do recurso especial e que são importantes na hora de elaborar a sua peça. Vou detalhá-las a seguir: • Súmula 5, STJ: “A simples interpretação de cláusula contratual não enseja Recurso Especial”; • Súmula 7, STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso Especial”. Este é um dos pontos mais citados, pois sabemos que esta súmula é utilizada com um entrave para evitar o recebimento do recurso especial; • Súmula 126, STJ: “É inadmissível Recurso Especial, quando o acórdão recorri- do assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta Recurso Extraordinário”; • Súmula 207, STJ: “É inadmissível Recurso Especial quando cabíveis embargos infringentes contra o acórdão proferido no tribunal de origem”. Os embargos infringentes foram suprimidos do nosso ordenamento jurídico pelo atual Código de Processo Civil. Na verdade, temos o artigo 942 do Código de Processo Civil, que determina a convocação de outros Desembargadores da Turma/Câmara quando o julgamento da apelação não for unânime; • Súmula 211, STJ: “Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a des- peito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo”. Como dito anteriormente, existe hoje um entendimento no sentido de que esta súmula perdeu a sua força com o novo CPC, pois o artigo 1.025, do Código de Processo Civil, estabelece que “consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ain- 10 11 da que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tri- bunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade”; • Súmula 320, STJ: “A questão federal somente ventilada novoto vencido não atende ao requisito do prequestionamento ”. Voto vencido ocorre quando a de- cisão colegiada é proferida por maioria de votos, por exemplo, 02 Desembar- gadores deram provimento e 01 negou. Este que negou ficou vencido e poderá declarar o seu voto, que fará parte do acórdão. Assim, o acórdão será composto pelo voto vencedor (condutor) e pelo voto vencido, com a proclamação do resul- tado na certidão do julgamento e na ementa. Recurso Extraordinário Você Sabia? O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é composto por 33 (trinta e três) Ministros, enquanto que o Supremo Tribunal Federal (STF) é composto por 11 (onze) Ministros, julgam recur- sos de todo o nosso território nacional, além de processarem e julgarem as causas de competência originária. Figura 2 Fonte: Wikimedia Commons O Recurso Extraordinário é definido por Humberto Theodoro Júnior nos seguin- tes termos: Trata-se de um recurso excepcional, admissível apenas em hipóteses res- tritas, previstas na Constituição com o fito específico de tutelar a autori- dade e aplicação da Carta Magna. Dessas características é que adveio a denominação de ‘recurso extraordinário’, adotada inicialmente no Regi- mento Interno do Supremo Tribunal Federal, e, posteriormente, consa- grada pelas diversas Constituições da República, a partir de 1934. 11 UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário O Recurso Extraordinário também tem previsão constitucional, conforme se veri- fica no artigo 102, III e suas alíneas, da Constituição Federal pátria, valendo lembrar que a Emenda Constitucional 45/2004 inseriu a repercussão geral como mais um dos requisitos para a sua admissibilidade. As hipóteses de cabimento previstas nas alíneas “a” a “c”, do artigo 102, III, da Constituição Federal são as seguintes: • decisão recorrida que contrariar dispositivo constitucional; • decisão recorrida que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal; • decisão recorrida que julgar válida lei ou ato do governo local contestado em face da Constituição Federal; • decisão recorrida que julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Quando o recurso extraordinário tiver por fundamento a disposto na alínea “a”, cabe a você apontar expressamente a norma constitucional que está sendo violada pela decisão, apresentando o ponto ou trecho da decisão que você entende estar afrontando a carta magna, pois a mera menção ao dispositivo constitucional sem desenvolver um raciocínio que confronta o fundamento da decisão e o texto consti- tucional poderá ocasionar o não conhecimento do recurso. No caso da alínea “b”, da mesma forma, no recurso deverá conter a argumentação que demonstre a incorre- ção na interpretação da inconstitucionalidade da lei ou do tratado federal. Na alínea “c”, você deverá demonstrar que a decisão está incorreta ao afastar a incidência da Constituição Federal e aplicar a lei ou o ato do governo contestados (deverá argu- mentar à luz da Constituição Federal). Por fim, em relação à alínea “d”, estamos diante de uma questão eminentemente de natureza constitucional, na medida em que a competência legislativa é determinada pela Constituição Federal, logo, não ca- beria ao Estado ou ao Município legislar de forma a afrontar a Constituição Federal. O argumento não é o de que a decisão está violando lei federal, mas sim a própria constituição, por violação aos critérios constitucionais de competência legislativa. Repercussão Geral A Emenda Constitucional 45/2004 trouxe algumas mudanças significativas em nossa Constituição, especialmente no que diz respeito ao Recurso Extraordinário, tendo a exigibilidade da demonstração da repercussão geral das questões constitucio- nais como requisito de admissibilidade mais uma barreira para impedir ou dificultar a análise de um recurso extraordinário. No § 3º, do artigo 102, da Constituição Federal, temos a seguinte redação: no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercus- são geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (grifo nosso) 12 13 A demonstração da repercussão geral visa o conhecimento de recursos extraordiná- rios cujo objeto transcenda os interesses das partes que litigam naquele processo, mas que repercuta em relações jurídicas de igual natureza em todo o território nacional. Cabe exclusivamente ao STF o reconhecimento ou não da repercussão geral, nos termos do artigo 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil. Recurso Extraordinário e Recurso Especial Repetitivos Quando existirem demandas repetitivas, com recursos que versem sobre a mesma questão jurídica, pendentes de julgamento, poderá o Presidente de Tribunal de Justi- ça ou de Tribunal Regional Federal, ou seja, de Tribunais de segunda instância, sele- cionarem no mínimo dois recursos que representam a discussão e os encaminharem para julgamento pelo STF ou STJ, de acordo com a competência recursal definida pela matéria objeto dos recursos. Os recursos julgados servirão de modelo para os demais que versarem sobre o mesmo assunto. É importante frisar que, embora os Presidentes dos Tribunais de segunda instância façam a seleção dos recursos representativos da controvérsia, poderá o Tribunal Supe- rior (STJ/STF) selecionar outros recursos, conforme estabelece o artigo 1.036, § 4º, do Código de Processo Civil. Os recursos que não forem selecionados e versarem sobre o mesmo tema fica- rão com o julgamento/andamento sobrestado (suspenso) até que ocorra o julgamento final dos recursos representativos da controvérsia. Súmulas que Norteiam o Recurso Extraordinário Além dos dispositivos legais previstos no Código de Processo Civil e na Constitui- ção Federal, citaremos aqui as principais súmulas que tratam do recurso extraordinário e que são importantes conhecer na hora de elaborar a sua peça, a saber: Existem as seguintes súmulas sobre o assunto: • Súmula 282 do STF: “É inadmissível o Recurso Extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada ”; • Súmula 356 do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento ”. Encontrei um interessante esquema proposto por Elpídio Donizete, sintetizando os pontos principais acerca dos recursos especial e extraordinário, que transcrevo a você: 13 UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário Figura 3 – Recurso extraordinário e recurso especial Fonte: DONIZETTI, 2020 Desenvolvimento de Peça do Recurso Especial Como destacamos anteriormente, trata-se de um recurso técnico, que visa re- parar questões de direito, contudo, você vai perceber que não é nenhum bicho de sete cabeças. • Você redigirá uma peça com o formato de peça de interposição, mais peça das razões do recurso, como fez no recurso de apelação. • Os requisitos estão previstos no artigo 1.029 do Código de Processo Civil e são os seguintes: » endereçamento ao Presidente ou Vice-Presidente do tribunal recorrido (caput); » a exposição do fato e do direito (I); » a demonstração do cabimento do recurso interposto (II); » as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida (III); » se o recurso tiver por fundamento o dissídio jurisprudencial, caberá ao recorrente comprovar a divergência com a apresentação da cópia do acórdão divergente. Bom, vamos analisar a proposta de esqueleto da peça de recurso especial para que você tenha uma noção melhor de como deverá redigir o seu recurso. ESTRUTURA DO RECURSO ESPECIAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXX (OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA Xª REGIÃO). 14 15 TIPO DO RECURSO (APELAÇÃO/EMBARGOS/AGRAVO)N.º 00000000-00.2013.8.26.0000 NOME DO RECORRENTE, já qualificado, nos autos dos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (exemplo – ver o tipo do recurso) opostos contra o V. Acórdão proferi- do em apelação tirada de sentença proferida nos autos da AÇÃO DE XXXXXXXX que lhe move NOME DO RECORRIDO, também já qualificado, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 105, III, “a” da Constituição Federal, combinado com o artigo 1.029 do Có- digo de Processo Civil, tempestivamente, interpor o presente RECURSO ESPECIAL ao v. acórdão proferido pela XXª Câmara de Direito Privado do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de XXXXXX, que deu/negou provimento aos Embargos de De- claração, violando dispositivo de lei federal, motivo pelo qual requer o recebimento, processamento e a posterior remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça, pe- los fatos e fundamentos expostos nas razões anexa. Requer a juntada do preparo, taxas e porte de remessa e retor- no, devidamente recolhidos, bem como a intimação da parte recorrida para oferecer as contrarrazões. Nestes Termos, Pede Deferimento. Local e data. NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO OAB/UF N.º RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL Recorrente: NOME DO RECORRENTE Recorrido: NOME DO RECORRIDO Tribunal “ad quem”: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXX Tribunal “a quo”: COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RECURSO N.º 00000000-00.2013.8.26.0000 Colendo Superior Tribunal de Justiça, Emérita Turma, Ínclitos Ministros. I – DOS FUNDAMENTOS DE FATO E DE DIREITO Copiar o problema proposto, sem inventar nada sobre os fatos. Procure separar os assuntos e organizar os parágrafos. Parágrafos mais curtos diminuem as chances de erros e demonstram objetividade. Sugestão de texto: Trata-se de Recurso Especial interposto contra V. Acórdão que re- formou decisão de primeira instância que havia deferido/indeferido pedido de xxxxxxxxx. O Tribunal “a quo” deu/negou provimento ao recurso e determinou xxxxxxxxxxx. 15 UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário Claro está que o V. Acórdão recorrido viola de forma direta e literal di- reitos da parte recorrente, conforme será demonstrado ao longo desta peça recursal. . II – DA DEMONSTRAÇÃO DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO II.1 – DO PREQUESTIONAMENTO A matéria foi prequestionada amplamente no processo, conforme se verifica das peças direcionadas às instâncias anteriores, em cumprimento ao disposto no artigo 1025 do Código de Processo Civil. II.2 – DA NÃO VIOLAÇÃO À SÚMULA 7ª DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA O presente recurso está em plena conformidade com as Súmulas 05 e 07 desta Colenda Corte, já que não tem a finalidade de discutir questões de fato ou de prova, mas tão somente as questões de violação a direito. II.3 – DA LEI FEDERAL CONTRARIADA OU DE VIGÊNCIA NEGADA Os recorrentes entendem que foi contrariado o dispositivo legal abaixo (artigo 105, III, “a”, da Constituição Federal): – especificar artigos violados – de acordo com o seu caso II.4 – DA TEMPESTIVIDADE O presente recurso é tempestivo, na medida em que o V. Acórdão recorrido foi publicado no dia 00/00/0000. III – DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA Tratar especificamente de cada dispositivo de lei federal violado, conforme exemplo abaixo: III.1 – DA VIOLAÇÃO AO ARTIGO XXXXX DO CÓDIGO XXXX No V. Acórdão recorrido, o Tribunal “ad quem” violou o disposto no artigo XXXX do Código XXXX, ao entender que ... (copiar trecho da decisão – proble- ma que violou o dispositivo legal). Esclarecer a interpretação correta da norma que justifica o pedido de re- forma da decisão. Em outras palavras, demonstrar o erro cometido na decisão recorrida. Desta maneira, requer o conhecimento e o provimento do presente recurso, a fim de que seja reformado o V. Acórdão recorrido para .... (Especificar a finalidade da reforma; a consequência pretendida). Se houver mais de um dispositivo violado, repetir essa estrutura de tópico. IV – DO PEDIDO DE REFORMA DIANTE DO EXPOSTO, requer a Vossas Excelências o conhecimento e o provimento do presente Recurso Especial, a fim de que seja reformado o V. Acór- dão para .... (Especificar a finalidade da reforma; a consequência pretendida), como medida de Justiça. Por fim, requer a inversão do ônus da sucumbência e a sua majoração recursal, pre- vista no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil. Nestes termos, Pede Deferimento. 16 17 Local e data. NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO OAB/UF N.º Desenvolvimento de Peça do Recurso Extraordinário A redação do recurso extraordinário não difere muito da redação do recurso espe- cial, tendo como fator diferencial a questão da demonstração da repercussão geral. No recurso extraordinário você também redigirá uma peça com o formato de peça de interposição, mais peça das razões do recurso, como fez no recurso especial. Os requisitos estão previstos no artigo 1.029 do Código de Processo Civil, con- forme já examinamos anteriormente. Assim, sem mais delongas vamos analisar a proposta de esqueleto da peça de recurso extraordinário. ESTRUTURA DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉ- GIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL) DO ESTADO DE XXXXXXXXXX. TIPO DO RECURSO (APELAÇÃO/EMBARGOS/AGRAVO) N.º 00000000-00.2013.8.26.0000 NOME DO RECORRENTE, já qualificado, nos autos dos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (exemplo – ver o tipo do recurso) opostos contra o V. Acórdão pro- ferido em apelação tirada de sentença proferida nos autos da AÇÃO DE XXXXXXXX que lhe move NOME DO RECORRIDO, também já qualificado, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 102, III, “a” da Constituição Federal, combinado com o artigo 1.029 do Código de Processo Civil, tempestivamente, interpor o presente RECURSO EXTRAORDINÁRIO ao v. acórdão proferido pela Xª Câmara de Direito Privado do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de XXXXXX, que deu/negou provimento aos Embargos de Declaração, violando dispositivo de lei federal, motivo pelo qual, requer o recebimento, processamento e a posterior remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça, pelos fatos e fundamentos expostos nas razões anexa. Requer a juntada do preparo, taxas e porte de remessa e retor- no, devidamente recolhidos, bem como a intimação da parte recorrida para oferecer as contrarrazões. Nestes Termos, Pede Deferimento. Local e data. NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO OAB/UF N.º 17 UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Recorrente: NOME DO RECORRENTE Recorrido: NOME DO RECORRIDO Tribunal “ad quem”: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXX Tribunal “a quo”: COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RECURSO N.º 00000000-00.2013.8.26.0000 Colendo Supremo Tribunal Federal, Emérita Turma, Ínclitos Ministros. I – DA EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO Copiar o problema proposto, sem inventar nada sobre os fatos. Procure separar os assuntos e organizar os parágrafos. Parágrafos mais curtos diminuem as chances de erros e demons- tram objetividade. Sugestão de texto: Trata-se de Recurso Especial interposto contra V. Acórdão que re- formou decisão de primeira instância que havia deferido/indeferido pedido de xxxxxxxxx. O Tribunal “a quo” deu/negou provimento ao recurso e determinou xxxxxxxxxxx. Claro está que o V. Acórdão recorrido viola de forma direta e literal di- reitos da parte recorrente, conforme será demonstrado ao longo desta peça recursal. II – DA DEMONSTRAÇÃO DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO II.1 – DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL Inicialmente, em cumprimento ao disposto no § 2º, do artigo 1.035, do Código de Processo Civil, demonstra a parte recorrente a repercussão geral da questão constitucional. No caso dos autos, a decisão recorrida afrontou diretamente o dis- posto no artigo 00, da ConstituiçãoFederal. Assim, verifica-se que há repercussão do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico (especificar qual ponto de vista e atrelar com a situação), nos termos do artigo 1.035, § 1º, do Código de Processo Civil, transcendendo os in- teresses subjetivos do processo, justificando o conhecimento do presente recurso. II.2 – DO PREQUESTIONAMENTO A matéria foi prequestionada amplamente no processo, conforme se verifica das peças direcionadas às instâncias anteriores, em cumprimento ao disposto no artigo 1025 do Código de Processo Civil e de acordo com as súmulas 279 e 282 deste Colendo Supremo Tribunal Federal. II.3 – DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL CONTRARIADO Com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, os recorrentes esclarecem que foi contrariado o dispositivo Constituição Federal abaixo: – especificar os artigos da Constituição violados – de acordo com o seu caso 18 19 II.4 – DA TEMPESTIVIDADE O presente recurso é tempestivo, na medida em que o V. Acórdão recorrido foi publicado no dia 00/00/0000. III – DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA Tratar especificamente de cada dispositivo de lei federal violado, conforme exem- plo abaixo: III.1 – DA VIOLAÇÃO AO ARTIGO XXXXX DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL No V. Acórdão recorrido, o Tribunal “ad quem” violou o disposto no artigo XXXX do Código XXXX, ao entender que ... (copiar trecho da decisão – proble- ma que violou o dispositivo legal). Esclarecer a interpretação correta da norma que justifica o pedido de re- forma da decisão. Em outras palavras, demonstrar o erro cometido na decisão recorrida. Desta maneira, requer o conhecimento e o provimento do presente recurso, a fim de que seja reformado o V. Acórdão recorrido para .... (Especificar a finalidade da reforma; a consequência pretendida). Se houver mais de um dispositivo violado, repetir essa estrutura de tópico. IV – DO PEDIDO DE REFORMA DIANTE DO EXPOSTO, requer a Vossas Excelências o conhecimento e o provimento do presente Recurso Extraordinário, a fim de que seja reformado o V. Acórdão para .... (Especificar a finalidade da reforma; a consequência pretendida), como medida de Justiça. Por fim, requer a inversão do ônus da sucumbência e a sua majoração recursal, pre- vista no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil. Nestes termos, Pede Deferimento. Local e data. NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO OAB/UF N.º 19 UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento dos Recursos Especial e Extraordinário Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Prática Forense: Prática empresarial ARAÚJO, B. D. J. M. A. Col. Prática Forense: Prática empresarial – Vol 4. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. Disponível em sua biblioteca na área do aluno. Curso de Direito Processual Civil HUMBERTO, T. J. Curso de Direito Processual Civil. Vol. III. 52. ed. São Paulo: Grupo GEN. Disponível em sua biblioteca na área do aluno. Código de Processo Civil Comentado NERY JUNIOR, N.; NERY, R. M. de A. Código de Processo Civil Comentado. 17. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018. Vídeos Redação jurídica – Destravando a escrita https://youtu.be/eXFk15-_t0E 20 21 Referências ARAUJO, B. D. J. M. A. Col. Prática Forense: prática empresarial. Vol. 4. São Paulo: Editora Saraiva, 2019. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca. com.br/#/books/9788553612680/>. Acesso em: 19/06/2020. BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 19/06/2020. ________. Lei n. 13.105, 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 19/06/2020. BUENO, C. S., Novo Código de Processo Civil Anotado. São Paulo: Ed. Saraiva, 2016. DONIZETTI, E. Novo Código de Processo Civil Comparado. São Paulo: Ed. Atlas, 2015. ________ . Curso Direito Processual Civil. São Paulo: Grupo GEN, 2020. FREIRE, R. da C. L. Novo Código de Processo Civil – CPC para Concursos: doutrina, jurisprudência e questões de concurso. Coordenação Ricardo Didier. 6. ed. Salvador: Juspodivm, 2016. HUMBERTO, T. J. Curso de Direito Processual Civil – Vol. III. 52. ed. São Paulo: Grupo GEN, 12/2018. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788530983680/>. Acesso em: 19/06/2020. NERY JUNIOR, N.; NERY, R. M. de A. Código de Processo Civil Comentado. 17. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018. 21
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