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PRATCIA CIVIL E EMP 3

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Prática Jurídica Civil 
e Empresarial II
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Wellington Ferreira de Amorim
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan
Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento 
dos Recursos Especial e Extraordinário
Requisitos Básicos Estruturais: 
Desenvolvimento dos Recursos 
Especial e Extraordinário
 
 
• Preparar o aluno para atuar nos Tribunais Superiores, exercendo atuação técnico-jurídica 
não só perante as Instâncias Ordinárias, mas para o enfretamento de decisões proferidas 
nos Tribunais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Recurso Especial;
• Recurso Extraordinário e Recurso Especial Repetitivos.
UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento 
dos Recursos Especial e Extraordinário
Recurso Especial
“Vou recorrer até Brasília!”. Você já ouviu alguém fazendo esse tipo de afirmação? Pois é, 
sabemos que em Brasília, Capital do nosso país, temos os Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, 
STM e STF). Para fazer o seu recurso chegar até Brasília existem técnicas jurídicas que preci-
sam ser observadas, as quais procuraremos explorá-las aqui nesta unidade. Então, vamos lá! 
Nesta terceira unidade iniciaremos o nosso estudo prático com mais uma análise 
de estratégias destinadas à sustentação da sua escrita.
Este material é destinado ao estudo da prática jurídica, baseado na experiência 
forense, na doutrina e na jurisprudência. 
Figura 1 – Superior Tribunal da Justiça
Fonte: site.serjusming.org.br
Você Sabia?
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem competência para julgamento do Recurso Especial, 
enquanto que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem competência para processamento e 
julgamento do Recurso Extraordinário.
O Recurso Especial, assim como o Recurso Extraordinário, é um recurso estrita-
mente técnico, que visa o reexame em razão de violação de direito ou divergência 
jurisprudencial, não se admitindo a rediscussão de matéria de fato ou de provas.
Os recursos especial e extraordinário podem ser interpostos no prazo de 15 dias, 
simultaneamente, em peças separadas.
A doutrina costuma frisar que os recursos interpostos até o segundo grau são 
recursos com natureza ordinária, pois são dirigidos às instâncias ordinárias, primeira 
e segunda instâncias. Já os recursos interpostos aos Tribunais Superiores são os 
recursos de natureza extraordinária, pois só podem ser admitidos e julgados em situ-
8
9
ações extraordinárias, ou seja, que fogem do tradicional, que versem sobre questões 
exclusivamente de direito.
O Recurso Especial tem previsão constitucional, conforme se verifica no artigo 105, 
III e suas alíneas, da Constituição Federal pátria.
De acordo com o preceito constitucional acima destacado, é da competência do STJ:
[...] julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou últi-
ma instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a ) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b ) julgar válido 
ato de governo local contestado em face de lei federal; c ) der a lei federal 
interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
O Código de Processo Civil também se dedicou a legislar sobre os Recursos Es-
pecial e Extraordinário, conforme artigos 1.029 a 1.041.
Conceito
O Recurso Especial (REsp) é uma modalidade recursal com previsão constitucio-
nal de competência do Superior Tribunal de Justiça, que tem no escopo, como se 
verá adiante, manter a hegemonia e a autoridade das leis Federais (art. 105, III, “a”, 
“b” e “c” da CF) ou, nos dizeres de Elpídio Donizete, “os recursos extraordinários, 
portanto, não se prestam à correção da injustiça da decisão, mas à unificação da 
aplicação do direito positivo”, quando tratou dos recursos especial e extraordinário.
Da Admissibilidade
No Inciso III do Artigo 105 da Constituição Federal, vemos os pressupostos de 
admissão do Recurso: 
• a existência de uma causa decidida em única ou última instância, ou 
seja, em que estejam esgotadas as instâncias inferiores;
• que o órgão prolator do mencionado decisório seja Tribunal Regional 
Federal, Tribunal de Estado, do Distrito Federal ou de Território;
• prequestionamento, ainda que ficto, (art. 1025, CPC; Súmula 356 
do STF). A doutrina se posiciona no sentido de que a Súmula 211 do 
STJ é incompatível com o Novo CPC;
• que o acórdão verse sobre questão federal (infraconstitucional).
A fundamentação também pode ser encontrada no Código de Processo Civil: do 
artigo 1029 ao 1035.
Analisando os requisitos acima, é possível afirmarmos que não cabe recurso es-
pecial contra decisão monocrática proferida em 2ª Instância, tampouco contra deci-
sões proferidas pelos Colégios Recursais dos Juizados Especiais, pois a Constituição 
Federal (art. 105, III, caput), é textual ao afirmar o cabimento deste recurso contra 
9
UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento 
dos Recursos Especial e Extraordinário
decisões proferidas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Esta-
dos, do Distrito Federal e Territórios. 
Se você não se recorda o que vem a ser uma decisão monocrática, vamos lá: decisão mono-
crática é aquela proferida pelo Desembargador Relator de um processo ou de um recurso, 
de forma isolada, ou seja, escrita apenas por ele, sem submetê-la ao colegiado. Assim, a 
decisão monocrática é diferente de um acórdão, que é aquela decisão proferida por um 
colegiado (turma de magistrados), enquanto que a decisão monocrática é proferida por 
apenas um deles. Por meio de uma decisão monocrática, um recurso pode ser julgado, 
como ocorre com a apelação, nos termos do artigo 1.011, I, do Código de Processo Civil; po-
derá o Relator atribuir efeito suspensivo ou deferir a antecipação da tutela recursal em um 
agravo de instrumento, nos termos do artigo 1.019, I, do Código de Processo Civil; dentre 
outras possibilidades.
Súmulas que Norteiam o Recurso Especial
Além dos dispositivos legais previstos no Código de Processo Civil e na Constitui-
ção Federal, é importante que você tenha em mente as inúmeras súmulas que tratam 
do recurso especial e que são importantes na hora de elaborar a sua peça.
Vou detalhá-las a seguir:
• Súmula 5, STJ: “A simples interpretação de cláusula contratual não enseja 
Recurso Especial”;
• Súmula 7, STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso 
Especial”. Este é um dos pontos mais citados, pois sabemos que esta súmula é 
utilizada com um entrave para evitar o recebimento do recurso especial;
• Súmula 126, STJ: “É inadmissível Recurso Especial, quando o acórdão recorri-
do assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles 
suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta Recurso 
Extraordinário”;
• Súmula 207, STJ: “É inadmissível Recurso Especial quando cabíveis embargos 
infringentes contra o acórdão proferido no tribunal de origem”. Os embargos 
infringentes foram suprimidos do nosso ordenamento jurídico pelo atual Código 
de Processo Civil. Na verdade, temos o artigo 942 do Código de Processo Civil, 
que determina a convocação de outros Desembargadores da Turma/Câmara 
quando o julgamento da apelação não for unânime;
• Súmula 211, STJ: “Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a des-
peito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal 
a quo”. Como dito anteriormente, existe hoje um entendimento no sentido de 
que esta súmula perdeu a sua força com o novo CPC, pois o artigo 1.025, do 
Código de Processo Civil, estabelece que “consideram-se incluídos no acórdão 
os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ain-
10
11
da que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tri-
bunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade”;
• Súmula 320, STJ: “A questão federal somente ventilada novoto vencido não 
atende ao requisito do prequestionamento ”. Voto vencido ocorre quando a de-
cisão colegiada é proferida por maioria de votos, por exemplo, 02 Desembar-
gadores deram provimento e 01 negou. Este que negou ficou vencido e poderá 
declarar o seu voto, que fará parte do acórdão. Assim, o acórdão será composto 
pelo voto vencedor (condutor) e pelo voto vencido, com a proclamação do resul-
tado na certidão do julgamento e na ementa.
Recurso Extraordinário
Você Sabia?
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é composto por 33 (trinta e três) Ministros, enquanto 
que o Supremo Tribunal Federal (STF) é composto por 11 (onze) Ministros, julgam recur-
sos de todo o nosso território nacional, além de processarem e julgarem as causas de 
competência originária.
Figura 2
Fonte: Wikimedia Commons
O Recurso Extraordinário é definido por Humberto Theodoro Júnior nos seguin-
tes termos:
Trata-se de um recurso excepcional, admissível apenas em hipóteses res-
tritas, previstas na Constituição com o fito específico de tutelar a autori-
dade e aplicação da Carta Magna. Dessas características é que adveio a 
denominação de ‘recurso extraordinário’, adotada inicialmente no Regi-
mento Interno do Supremo Tribunal Federal, e, posteriormente, consa-
grada pelas diversas Constituições da República, a partir de 1934.
11
UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento 
dos Recursos Especial e Extraordinário
O Recurso Extraordinário também tem previsão constitucional, conforme se veri-
fica no artigo 102, III e suas alíneas, da Constituição Federal pátria, valendo lembrar 
que a Emenda Constitucional 45/2004 inseriu a repercussão geral como mais um 
dos requisitos para a sua admissibilidade.
As hipóteses de cabimento previstas nas alíneas “a” a “c”, do artigo 102, III, da 
Constituição Federal são as seguintes:
• decisão recorrida que contrariar dispositivo constitucional;
• decisão recorrida que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal;
• decisão recorrida que julgar válida lei ou ato do governo local contestado em 
face da Constituição Federal;
• decisão recorrida que julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Quando o recurso extraordinário tiver por fundamento a disposto na alínea “a”, 
cabe a você apontar expressamente a norma constitucional que está sendo violada 
pela decisão, apresentando o ponto ou trecho da decisão que você entende estar 
afrontando a carta magna, pois a mera menção ao dispositivo constitucional sem 
desenvolver um raciocínio que confronta o fundamento da decisão e o texto consti-
tucional poderá ocasionar o não conhecimento do recurso. No caso da alínea “b”, da 
mesma forma, no recurso deverá conter a argumentação que demonstre a incorre-
ção na interpretação da inconstitucionalidade da lei ou do tratado federal. Na alínea 
“c”, você deverá demonstrar que a decisão está incorreta ao afastar a incidência da 
Constituição Federal e aplicar a lei ou o ato do governo contestados (deverá argu-
mentar à luz da Constituição Federal). Por fim, em relação à alínea “d”, estamos 
diante de uma questão eminentemente de natureza constitucional, na medida em 
que a competência legislativa é determinada pela Constituição Federal, logo, não ca-
beria ao Estado ou ao Município legislar de forma a afrontar a Constituição Federal. 
O argumento não é o de que a decisão está violando lei federal, mas sim a própria 
constituição, por violação aos critérios constitucionais de competência legislativa.
Repercussão Geral
A Emenda Constitucional 45/2004 trouxe algumas mudanças significativas em 
nossa Constituição, especialmente no que diz respeito ao Recurso Extraordinário, 
tendo a exigibilidade da demonstração da repercussão geral das questões constitucio-
nais como requisito de admissibilidade mais uma barreira para impedir ou dificultar 
a análise de um recurso extraordinário.
No § 3º, do artigo 102, da Constituição Federal, temos a seguinte redação: 
no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercus-
são geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos 
da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente 
podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. 
(grifo nosso)
12
13
A demonstração da repercussão geral visa o conhecimento de recursos extraordiná-
rios cujo objeto transcenda os interesses das partes que litigam naquele processo, mas 
que repercuta em relações jurídicas de igual natureza em todo o território nacional.
Cabe exclusivamente ao STF o reconhecimento ou não da repercussão geral, nos 
termos do artigo 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil.
Recurso Extraordinário e 
Recurso Especial Repetitivos
Quando existirem demandas repetitivas, com recursos que versem sobre a mesma 
questão jurídica, pendentes de julgamento, poderá o Presidente de Tribunal de Justi-
ça ou de Tribunal Regional Federal, ou seja, de Tribunais de segunda instância, sele-
cionarem no mínimo dois recursos que representam a discussão e os encaminharem 
para julgamento pelo STF ou STJ, de acordo com a competência recursal definida 
pela matéria objeto dos recursos.
Os recursos julgados servirão de modelo para os demais que versarem sobre o 
mesmo assunto.
É importante frisar que, embora os Presidentes dos Tribunais de segunda instância 
façam a seleção dos recursos representativos da controvérsia, poderá o Tribunal Supe-
rior (STJ/STF) selecionar outros recursos, conforme estabelece o artigo 1.036, § 4º, 
do Código de Processo Civil.
Os recursos que não forem selecionados e versarem sobre o mesmo tema fica-
rão com o julgamento/andamento sobrestado (suspenso) até que ocorra o julgamento 
final dos recursos representativos da controvérsia.
Súmulas que Norteiam o Recurso Extraordinário
Além dos dispositivos legais previstos no Código de Processo Civil e na Constitui-
ção Federal, citaremos aqui as principais súmulas que tratam do recurso extraordinário 
e que são importantes conhecer na hora de elaborar a sua peça, a saber:
Existem as seguintes súmulas sobre o assunto: 
• Súmula 282 do STF: “É inadmissível o Recurso Extraordinário, quando não 
ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada ”;
• Súmula 356 do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram 
opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, 
por faltar o requisito do prequestionamento ”.
Encontrei um interessante esquema proposto por Elpídio Donizete, sintetizando os 
pontos principais acerca dos recursos especial e extraordinário, que transcrevo a você:
13
UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento 
dos Recursos Especial e Extraordinário
Figura 3 – Recurso extraordinário e recurso especial
Fonte: DONIZETTI, 2020
Desenvolvimento de Peça do Recurso Especial
Como destacamos anteriormente, trata-se de um recurso técnico, que visa re-
parar questões de direito, contudo, você vai perceber que não é nenhum bicho de 
sete cabeças.
• Você redigirá uma peça com o formato de peça de interposição, mais peça das 
razões do recurso, como fez no recurso de apelação.
• Os requisitos estão previstos no artigo 1.029 do Código de Processo Civil e são 
os seguintes:
 » endereçamento ao Presidente ou Vice-Presidente do tribunal recorrido (caput);
 » a exposição do fato e do direito (I);
 » a demonstração do cabimento do recurso interposto (II);
 » as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida (III);
 » se o recurso tiver por fundamento o dissídio jurisprudencial, caberá ao recorrente 
comprovar a divergência com a apresentação da cópia do acórdão divergente.
Bom, vamos analisar a proposta de esqueleto da peça de recurso especial para 
que você tenha uma noção melhor de como deverá redigir o seu recurso.
ESTRUTURA DO RECURSO ESPECIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXX 
(OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA Xª REGIÃO).
14
15
TIPO DO RECURSO (APELAÇÃO/EMBARGOS/AGRAVO)N.º 00000000-00.2013.8.26.0000
NOME DO RECORRENTE, já qualificado, nos autos dos EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO (exemplo – ver o tipo do recurso) opostos contra o V. Acórdão proferi-
do em apelação tirada de sentença proferida nos autos da AÇÃO DE XXXXXXXX que 
lhe move NOME DO RECORRIDO, também já qualificado, por seu advogado que esta 
subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento 
no artigo 105, III, “a” da Constituição Federal, combinado com o artigo 1.029 do Có-
digo de Processo Civil, tempestivamente, interpor o presente RECURSO ESPECIAL
ao v. acórdão proferido pela XXª Câmara de Direito Privado do Egrégio Tribunal 
de Justiça do Estado de XXXXXX, que deu/negou provimento aos Embargos de De-
claração, violando dispositivo de lei federal, motivo pelo qual requer o recebimento, 
processamento e a posterior remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça, pe-
los fatos e fundamentos expostos nas razões anexa.
Requer a juntada do preparo, taxas e porte de remessa e retor-
no, devidamente recolhidos, bem como a intimação da parte recorrida para 
oferecer as contrarrazões.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO
OAB/UF N.º 
RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL
Recorrente: NOME DO RECORRENTE
Recorrido: NOME DO RECORRIDO
Tribunal “ad quem”: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXX
Tribunal “a quo”: COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO N.º 00000000-00.2013.8.26.0000
Colendo Superior Tribunal de Justiça,
Emérita Turma,
Ínclitos Ministros.
I – DOS FUNDAMENTOS DE FATO E DE DIREITO
Copiar o problema proposto, sem inventar nada sobre os fatos.
Procure separar os assuntos e organizar os parágrafos.
Parágrafos mais curtos diminuem as chances de erros e demonstram objetividade. 
Sugestão de texto:
Trata-se de Recurso Especial interposto contra V. Acórdão que re-
formou decisão de primeira instância que havia deferido/indeferido pedido de 
xxxxxxxxx.
O Tribunal “a quo” deu/negou provimento ao recurso e determinou 
xxxxxxxxxxx. 
15
UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento 
dos Recursos Especial e Extraordinário
Claro está que o V. Acórdão recorrido viola de forma direta e literal di-
reitos da parte recorrente, conforme será demonstrado ao longo desta peça recursal.
.
II – DA DEMONSTRAÇÃO DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO
II.1 – DO PREQUESTIONAMENTO 
A matéria foi prequestionada amplamente no processo, conforme se 
verifica das peças direcionadas às instâncias anteriores, em cumprimento ao disposto 
no artigo 1025 do Código de Processo Civil. 
II.2 – DA NÃO VIOLAÇÃO À SÚMULA 7ª DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O presente recurso está em plena conformidade com as Súmulas 05 
e 07 desta Colenda Corte, já que não tem a finalidade de discutir questões de fato ou 
de prova, mas tão somente as questões de violação a direito.
II.3 – DA LEI FEDERAL CONTRARIADA OU DE VIGÊNCIA NEGADA
Os recorrentes entendem que foi contrariado o dispositivo legal abaixo 
(artigo 105, III, “a”, da Constituição Federal):
– especificar artigos violados – de acordo com o seu caso
II.4 – DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso é tempestivo, na medida em que o V. Acórdão 
recorrido foi publicado no dia 00/00/0000.
III – DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
Tratar especificamente de cada dispositivo de lei federal violado, conforme exemplo 
abaixo:
III.1 – DA VIOLAÇÃO AO ARTIGO XXXXX DO CÓDIGO XXXX
No V. Acórdão recorrido, o Tribunal “ad quem” violou o disposto no 
artigo XXXX do Código XXXX, ao entender que ... (copiar trecho da decisão – proble-
ma que violou o dispositivo legal).
Esclarecer a interpretação correta da norma que justifica o pedido de re-
forma da decisão. Em outras palavras, demonstrar o erro cometido na decisão recorrida.
Desta maneira, requer o conhecimento e o provimento do presente 
recurso, a fim de que seja reformado o V. Acórdão recorrido para .... (Especificar a 
finalidade da reforma; a consequência pretendida).
Se houver mais de um dispositivo violado, repetir essa estrutura 
de tópico.
IV – DO PEDIDO DE REFORMA 
DIANTE DO EXPOSTO, requer a Vossas Excelências o conhecimento e 
o provimento do presente Recurso Especial, a fim de que seja reformado o V. Acór-
dão para .... (Especificar a finalidade da reforma; a consequência pretendida), como 
medida de Justiça.
Por fim, requer a inversão do ônus da sucumbência e a sua majoração recursal, pre-
vista no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
16
17
Local e data.
NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO
OAB/UF N.º 
Desenvolvimento de Peça do Recurso Extraordinário
A redação do recurso extraordinário não difere muito da redação do recurso espe-
cial, tendo como fator diferencial a questão da demonstração da repercussão geral.
No recurso extraordinário você também redigirá uma peça com o formato de 
peça de interposição, mais peça das razões do recurso, como fez no recurso especial.
Os requisitos estão previstos no artigo 1.029 do Código de Processo Civil, con-
forme já examinamos anteriormente.
Assim, sem mais delongas vamos analisar a proposta de esqueleto da peça de 
recurso extraordinário.
ESTRUTURA DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉ-
GIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL) DO ESTADO DE 
XXXXXXXXXX.
TIPO DO RECURSO (APELAÇÃO/EMBARGOS/AGRAVO)
N.º 00000000-00.2013.8.26.0000
NOME DO RECORRENTE, já qualificado, nos autos dos EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO (exemplo – ver o tipo do recurso) opostos contra o V. Acórdão pro-
ferido em apelação tirada de sentença proferida nos autos da AÇÃO DE XXXXXXXX
que lhe move NOME DO RECORRIDO, também já qualificado, por seu advogado 
que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com 
fundamento no artigo 102, III, “a” da Constituição Federal, combinado com o artigo 
1.029 do Código de Processo Civil, tempestivamente, interpor o presente RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO ao v. acórdão proferido pela Xª Câmara de Direito Privado do 
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de XXXXXX, que deu/negou provimento 
aos Embargos de Declaração, violando dispositivo de lei federal, motivo pelo qual, 
requer o recebimento, processamento e a posterior remessa dos autos ao Superior 
Tribunal de Justiça, pelos fatos e fundamentos expostos nas razões anexa.
Requer a juntada do preparo, taxas e porte de remessa e retor-
no, devidamente recolhidos, bem como a intimação da parte recorrida para 
oferecer as contrarrazões.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO
OAB/UF N.º
17
UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento 
dos Recursos Especial e Extraordinário
RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Recorrente: NOME DO RECORRENTE
Recorrido: NOME DO RECORRIDO
Tribunal “ad quem”: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXX
Tribunal “a quo”: COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
RECURSO N.º 00000000-00.2013.8.26.0000
Colendo Supremo Tribunal Federal,
Emérita Turma,
Ínclitos Ministros.
I – DA EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
Copiar o problema proposto, sem inventar nada sobre os fatos.
Procure separar os assuntos e organizar os parágrafos.
Parágrafos mais curtos diminuem as chances de erros e demons-
tram objetividade. 
Sugestão de texto:
Trata-se de Recurso Especial interposto contra V. Acórdão que re-
formou decisão de primeira instância que havia deferido/indeferido pedido de 
xxxxxxxxx.
O Tribunal “a quo” deu/negou provimento ao recurso e determinou 
xxxxxxxxxxx. 
Claro está que o V. Acórdão recorrido viola de forma direta e literal di-
reitos da parte recorrente, conforme será demonstrado ao longo desta peça recursal.
II – DA DEMONSTRAÇÃO DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO
II.1 – DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL
Inicialmente, em cumprimento ao disposto no § 2º, do artigo 1.035, 
do Código de Processo Civil, demonstra a parte recorrente a repercussão geral da 
questão constitucional.
No caso dos autos, a decisão recorrida afrontou diretamente o dis-
posto no artigo 00, da ConstituiçãoFederal.
Assim, verifica-se que há repercussão do ponto de vista econômico, 
político, social ou jurídico (especificar qual ponto de vista e atrelar com a situação), 
nos termos do artigo 1.035, § 1º, do Código de Processo Civil, transcendendo os in-
teresses subjetivos do processo, justificando o conhecimento do presente recurso.
II.2 – DO PREQUESTIONAMENTO 
A matéria foi prequestionada amplamente no processo, conforme se 
verifica das peças direcionadas às instâncias anteriores, em cumprimento ao disposto 
no artigo 1025 do Código de Processo Civil e de acordo com as súmulas 279 e 282 
deste Colendo Supremo Tribunal Federal. 
II.3 – DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL CONTRARIADO 
Com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, os 
recorrentes esclarecem que foi contrariado o dispositivo Constituição Federal abaixo:
– especificar os artigos da Constituição violados – de acordo com o seu caso
18
19
II.4 – DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso é tempestivo, na medida em que o V. Acórdão 
recorrido foi publicado no dia 00/00/0000.
III – DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
Tratar especificamente de cada dispositivo de lei federal violado, conforme exem-
plo abaixo:
III.1 – DA VIOLAÇÃO AO ARTIGO XXXXX DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
No V. Acórdão recorrido, o Tribunal “ad quem” violou o disposto no 
artigo XXXX do Código XXXX, ao entender que ... (copiar trecho da decisão – proble-
ma que violou o dispositivo legal).
Esclarecer a interpretação correta da norma que justifica o pedido de re-
forma da decisão. Em outras palavras, demonstrar o erro cometido na decisão recorrida.
Desta maneira, requer o conhecimento e o provimento do presente 
recurso, a fim de que seja reformado o V. Acórdão recorrido para .... (Especificar a 
finalidade da reforma; a consequência pretendida).
Se houver mais de um dispositivo violado, repetir essa estrutura 
de tópico.
IV – DO PEDIDO DE REFORMA 
DIANTE DO EXPOSTO, requer a Vossas Excelências o conhecimento e o provimento 
do presente Recurso Extraordinário, a fim de que seja reformado o V. Acórdão para 
.... (Especificar a finalidade da reforma; a consequência pretendida), como medida 
de Justiça.
Por fim, requer a inversão do ônus da sucumbência e a sua majoração recursal, pre-
vista no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Local e data.
NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO
OAB/UF N.º
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UNIDADE Requisitos Básicos Estruturais: Desenvolvimento 
dos Recursos Especial e Extraordinário
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Prática Forense: Prática empresarial
ARAÚJO, B. D. J. M. A. Col. Prática Forense: Prática empresarial – Vol 4. São 
Paulo: Editora Saraiva, 2019. Disponível em sua biblioteca na área do aluno.
Curso de Direito Processual Civil
HUMBERTO, T. J. Curso de Direito Processual Civil. Vol. III. 52. ed. São Paulo: 
Grupo GEN. Disponível em sua biblioteca na área do aluno.
Código de Processo Civil Comentado
NERY JUNIOR, N.; NERY, R. M. de A. Código de Processo Civil Comentado. 
17. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018.
 Vídeos
Redação jurídica – Destravando a escrita
https://youtu.be/eXFk15-_t0E
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Referências
ARAUJO, B. D. J. M. A. Col. Prática Forense: prática empresarial. Vol. 4. São 
Paulo: Editora Saraiva, 2019. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.
com.br/#/books/9788553612680/>. Acesso em: 19/06/2020.
BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 19/06/2020.
 ________. Lei n. 13.105, 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo 
Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 
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BUENO, C. S., Novo Código de Processo Civil Anotado. São Paulo: Ed. Saraiva, 
2016.
DONIZETTI, E. Novo Código de Processo Civil Comparado. São Paulo: Ed. 
Atlas, 2015. 
________ . Curso Direito Processual Civil. São Paulo: Grupo GEN, 2020. 
FREIRE, R. da C. L. Novo Código de Processo Civil – CPC para Concursos:
doutrina, jurisprudência e questões de concurso. Coordenação Ricardo Didier. 6. ed. 
Salvador: Juspodivm, 2016.
HUMBERTO, T. J. Curso de Direito Processual Civil – Vol. III. 52. ed. São Paulo: 
Grupo GEN, 12/2018. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788530983680/>. Acesso em: 19/06/2020.
NERY JUNIOR, N.; NERY, R. M. de A. Código de Processo Civil Comentado.
17. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018. 
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