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Matéria: Multimeios Aplicados à Educação Assunto: Temas 1 ao 6 Curso de Pedagogia Licenciatura – 4º Período Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 2 de 39 1. Síntese da Evolução dos Meios de Comunicação e das Tecnologias: Um Olhar para a Educação Quando se pensa no significado de multimeios, o que logo vem à mente são os meios de comunicação: rádio, telefone, TV, jornais, revistas, internet, hiperlinks e hipertextos, ou mesmo livros, artigos científicos, estudos de casos, pesquisas, ou seja, vários meios para transmitir mensagens e se comunicar. “Multi-” remete à ideia de “vários”, “diversos”. “Meios”, por sua vez, refere-se ao local de veiculação ou transmissão da informação. Tais meios são amplamente utilizados por pessoas das mais variadas idades, por variados públicos e mercados (TAJRA, 2012). Com isso, a sua popularização, desde o advento da comunicação via rádio em 1877 (que trouxe a possibilidade de estabelecer comunicação a longas distâncias), serviu como base de estudos sobre a comunicação para a telefonia e para as redes de computadores. Eles foram possíveis em virtude da junção dos conhecimentos proporcionados por diversas ciências, tais como física, matemática, geografa, entre outras fontes, instigando, por exemplo, as investigações acerca de suas possibilidades de uso. E, da mesma forma, acontece de geração em geração com as invenções e inovações daquele tempo (ANDRELO, 2012). Nesse sentido, o MEC, através da SEED, elaborou um material didático que traz esses recortes da evolução tecnológica, no qual há a seguinte visão aplicada quanto ao uso dos meios de comunicação e das tecnologias de informação na educação: “A evolução tecnológica impõe-se e transforma o comportamento individual e social. A economia, a política, a divisão social do trabalho, em diferentes épocas, refletem os usos que os homens fazem das tecnologias que estão na base do sistema produtivo” (SEED/MEC; UNIREDE, 2001, p. 14). Aquilo para o que se almeja despertar a curiosidade é o perfil do aluno, que mudou no século XXI. O conjunto de tecnologias disponíveis podem ampliar as possibilidades de imersão em assuntos acadêmicos, e o seu uso pode ser voltado para os processos de ensino-aprendizagem. Algumas características que são apontadas pela autora Tajra (2012) vêm reforçar a importância de se incluir na sala de aula o uso de recursos que podem facilitar o aprendizado e a transmissão daquele determinado assunto, a partir do uso de uma ferramenta tecnológica. São elas correspondentes a aspectos que podem contribuir para o sucesso desse novo perfil de aluno. Então, é necessário desenvolver neles: Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 3 de 39 • Habilidades em leitura básica, escrita e habilidades matemáticas. • Bons hábitos profissionais, como ser responsável, pontual e disciplinado. • Habilidades em computação e tecnologia de mídia. • Valorização do trabalho. • Honestidade e tolerância com os outros. • Hábitos de cidadania. (TAJRA, 2012, p. 16) Ferramentas tecnológicas podem ser as mais variadas, tais como – atualmente amplamente utilizada – a internet, os computadores de modo geral, os aparelhos de telefonia celular, bem como – já classificadas como úteis para a sala de aula – a calculadora, o Datashow como recuso visual e o rádio (TAJRA, 2012). Com a intenção de desenvolver competências que permitam ao aluno realizar o estudo autônomo e de fato assumir a responsabilidade sobre o seu aprendizado, Gardner (apud TAJRA, 2012) apresenta sete competências intelectuais que vêm ao encontro desse pressuposto. São elas chamadas de inteligência: • Linguística: refere-se aos desafios de linguagem e à comunicação de forma correta. • Lógico-matemática: capacidade de resolução de problemas por dedução e observação. • Corporal-cinestésica: utilização dos movimentos corporais para superar desafios. • Musical: refere-se ao desenvolvimento de habilidades de percepção musical e associação destas com uma situação real. • Espacial: habilidades de abstração que promovam a resolução de problemas. • Intrapessoal: conhecimento das características e perfil da própria pessoa. • Interpessoal: habilidade de resolver problemas ou minimizar os que envolvem o relacionamento e a comunicação. Essas competências intelectuais podem ser potencializadas se trabalhadas de acordo com as exigências da época à qual se aplica o estudo. Por exemplo, para os alunos do século XXI, é importante que se pense num formato de aulas que permita a utilização de softwares – tanto os que são livres quanto os que necessitem de licenças – que pertençam cada vez mais à realidade acadêmica e em todos os níveis educacionais (TAJRA, 2012). Nessa instância se destacam ainda os softwares de simulação e de programação que visam ao desenvolvimento do raciocínio lógico- matemático. Também estão Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 4 de 39 elencados os softwares gráficos que possibilitam a inserção de representações artísticas e simbólicas. Não obstante, deve-se considerar o computador como uma ferramenta essencial. Isso se dá principalmente pelo fato de que com ele é possível integrar os diversos tipos de mídias e recursos tecnológicos (TAJRA, 2012). A internet também passa a ter papel importante para a descoberta e o desenvolvimento de soluções que atendam às necessidades de formação desde as séries iniciais. Há diversos sites e programas disponíveis na web que permitem muito mais do que transmissão de informação. Integram e proporcionam, portanto, a imersão em ambientes de testes que podem trabalhar desde a compreensão de textos até a de aspectos lógico-matemáticos, de física e das demais ciências que se queira conhecer. Isso amplia as possibilidades de preparo de aulas, exercícios, ou seja, de métodos que apresentem os conceitos ordenadamente e que permitam o aprendizado tanto dos conceitos predeterminados quanto do próprio uso das ferramentas computacionais e mídias que a atualidade exige (TAJRA, 2012). 1.1 Breve Levantamento da Contribuição dos Meios de Comunicação para a Educação no Brasil Observe logo a seguir um pouco sobre a evolução dos meios de comunicação e a sua importância, voltando o olhar para a sua contribuição à educação: • 1923: Rádio Teve início com a Rádio Sociedade no Rio de Janeiro (primeira rádio brasileira), que tinha o propósito de “levar a cada canto um pouco de educação, de ensino e alegria” (ANDRELO, 2012, p. 140). O físico Albert Einstein e o poeta Filippo Tommaso Marinetti chegaram a realizar palestras pela emissora (ANDRELO, 2012). • 1970: Televisão Nessa década no Brasil, a televisão representava os avanços trazidos com a evolução industrial e, também, um meio de propagar as mensagens da ditadura mesmo nas escolas. No fim de 1970, a TV trouxe cursos de formação com iniciativas da Fundação Roberto Marinho e Padre Anchieta (Telecurso 2º Grau). Em 1982, com o Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa (SINRED), interligado ao Ministério da Educação e Cultura e ao das Comunicações, surgiram as emissoras educativas e com elas houve o advento da educação a distância que, inclusive, se intensificou no país (ASSIS, 2008). • 1990: Computador O computador de uso pessoal, a partir da década de 1970, foi alvo de pesquisas e investimentos da Microsoft e da Apple como equipamento destinado a facilitar as Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........Página 5 de 39 rotinas profissionais, ainda que não se pudesse afirmar se esse recurso tecnológico poderia ser utilizado também em outros segmentos como a educação. No entanto, a sua imersão no ambiente acadêmico se faz cada vez mais importante, pois, como meio de comunicação aliado à internet, possibilita o desenvolvimento de metodologias de ensino diferenciadas, que podem atender às necessidades de formação de alunos e professores (ASSIS, 2008). O desenvolvimento do uso do computador na sala de aula ainda é um desafio a ser superado em todo o sistema educacional, tanto para professores quanto para os demais profissionais envolvidos na educação, a fim de que se preparem as infraestruturas necessárias para que sua utilização seja relevante para o processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, o computador, em vez de mero meio para pesquisas, deve surgir como ferramenta que apoie e amplie as possibilidades de se fazer a comunicação da informação que se deseja ensinar – de formas diversificadas –, seja pelo uso de games, calculadoras virtuais, softwares de desenho, seja por outros meios, que podem ser amplamente utilizados nesse processo (ASSIS, 2008). • 2001: Telefonia Móvel O telefone foi inventado em 1875 por Alexander Graham Bell. Após inúmeros desafios, esse tipo de comunicação permitiu a transmissão de voz através dos continentes, o que foi um marco para a história do desenvolvimento das redes de computadores e das telecomunicações de modo geral. O telefone fixo também passou a ter uma participação ainda que tímida na educação em 2001, a partir da popularização da educação a distância como uma das formas de interagir com colegas e tutores (CAPELLARO, 2012). As transmissões pelas ondas de rádio, descobertas e implementadas por Guglielmo Marconi em meados de 1900, trouxeram não só a possibilidade de se estabelecer a comunicação sem fio, mas também uma grande colaboração para o desenvolvimento das tecnologias de telefonia móvel celular e das conexões em redes sem fio. A telefonia móvel representa, no século XXI, uma possibilidade de imersão em conteúdos digitais e mobile que sejam voltados ao ambiente educacional e que podem se mostrar como parte dos processos de ensino-aprendizagem que ocorrem tanto em salas de aulas presenciais quanto no ensino a distância (CAPELLARO, 2012). • 2001: Internet Ocorre no Brasil a popularização da internet, a qual se torna uma das mais importantes aliadas no processo de ensino-aprendizagem no que tange à educação a distância. Atualmente, inúmeras ferramentas são disponibilizadas tanto para alunos quanto para professores, as quais não se limitam a muros ou paradigmas, Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 6 de 39 levando a formas e meios de fazer com que o processo de ensino-aprendizagem aconteça independentemente do tempo e do espaço (ASSIS, 2008). 1.2 Evolução da Informática no Brasil e sua Influência na Educação O uso dos meios de comunicação aplicados à educação, aliado às tecnologias de informação e comunicação, pode proporcionar uma formação mais autônoma e, portanto, cidadã. Isso pode tornar o processo de ensino-aprendizagem mais democratizado e acessível, o que em certa medida representa mais uma forma de se fazer também a inclusão social: E inclusão social pressupõe formação para a cidadania, o que significa que as tecnologias da informação e comunicação, devem ser utilizadas também para a democratização dos processos sociais, para fomentar a transparência de políticas e ações de governo e para incentivar a mobilização dos cidadãos e sua participação ativa nas instâncias cabíveis. As tecnologias da informação e comunicação devem ser utilizadas para integrar a escola e a comunidade, de tal sorte que a educação mobilize a sociedade [...]. (KENSKI, 2000 apud SEED/MEC; UNIREDE, 2001, p. 20). Esse fator pode influenciar na percepção da importância de se pensar no modo de inserir tais recursos à sala de aula. No entanto, para que tais inserções às rotinas acadêmicas seja realizada, é preciso muito mais do que a intenção. Exigem-se inclusive adequações em legislação que incluam a formação e a preparação do professor para esse novo perfil de aluno e para a dinâmica de ensino-aprendizagem. Além disso, é necessário que haja infraestrutura adequada nas escolas e que a sua manutenção seja prevista e realizada. Desde a Revolução Industrial, a educação no Brasil foi marcada pela necessidade de formação para o desempenho do trabalho, da atividade produtiva. Essa visão já não é mais suficiente, ou seja, é preciso saber muito mais do que executar tarefas e cumprir metas. O que se deseja desse novo perfil de aluno é que este se torne um cidadão autônomo e consiga se manter empregado pelas competências que possui. Isto é, que tenha ciência de que o seu desenvolvimento intelectual não está vinculado apenas às informações transmitidas no ambiente acadêmico; que perceba, cada vez mais, através da facilidade no acesso, que este se dá pela experimentação e pelo contato com vários contextos e significados pelos quais a informação pode ser apresentada. Além disso, no século XXI, o contato de crianças com as tecnologias de informação e comunicação acontece antes dos 6 anos de idade, período em que se inicia efetivamente a alfabetização. Então, esse contato com tecnologias já é algo comum para elas, que gostam e se sentem confortáveis ao serem apresentadas a novas formas de processos de ensino-aprendizagem, além das tradicionalmente utilizadas. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 7 de 39 Veja no quadro seguinte as ações governamentais em prol da evolução da informática e o seu uso na academia. 1965 O Ministério da Marinha brasileira tinha interesse em desenvolver um computador com “know-how” próprio. 1971 O Ministério da Marinha, por intermédio do Grupo de Trabalho Especial (GTE), e o Ministério do Planejamento tomaram a decisão de construir um computador para as necessidades navais do Brasil. 1972 As questões de importações da informática foram transferidas para a Coordenação de Atividades de Processamento Eletrônico (CAPRE), ligada ao Ministério do Planejamento. 1977 Primeiro confronto entre o Brasil e interesses estrangeiros, pela falta de uma definição explícita da reserva de mercado em relação aos minicomputadores e microcomputadores – IBM e Burroughs. 1979 As ações da CAPRE foram transferidas para a Secretaria Especial de Informática (SEI) ligada ao Conselho de Segurança Nacional (CSN). Esta decisão acarretou inúmeras discussões pelo fato de a CSN estar ligada às opressões da ditadura militar. 1984 É aprovada a Lei da Informática, a qual impôs restrições ao capital estrangeiro, tornou legal a aliança do Estado com o capital privado nacional. Essa lei tinha uma previsão de oito anos, tempo estimado para que a indústria nacional alcançasse maturidade, visando à competitividade internacional. 1985 Faltam recursos humanos capacitados para o sistema de ciência e tecnologia. A partir daí o governo passou a intensificar os investimentos na área de educação de 1º e 2º graus. Quadro 1.1 Ações governamentais para a informática na educação Além dessas ações, no ano de 1983 também houve outras realizações nesse sentido, já que se criou a Comissão Especial de Informática na Educação (CE/IE), que tinha a missão de levar os computadores às escolas. Também paralelamente foi criado o Projeto EDUCON (Educação com Computadores), o que realmente levou os computadores às escolas públicas, com intenção de inovar os processos de ensino- aprendizagem (TAJRA, 2012). Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera– Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 8 de 39 Em 1986, o Comitê Assessor de informática para Educação de 1º e 2º graus (CAIE/SEPS) foi criado com o intuito de desenvolver a política nacional de informática educacional com o Projeto EDUCOM (TAJRA, 2012). Já em 1987, o Projeto Formar surgiu com o objetivo de capacitar os profissionais da área de educação e também de dar incentivo para o desenvolvimento de softwares educativos (TAJRA, 2012). Para finalizar esse levantamento, em 1995, o PROINFO (ainda utilizado) visou à criação dos Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTEs) distribuídos entre os estados. Os professores atuam então como multiplicadores nas escolas públicas com mais de 150 alunos (TAJRA, 2012). Atualmente, de acordo com Tajra (2012), o PROINFO continua em andamento com as iniciativas voltadas à inclusão e à formação de profissionais capacitados para o uso das tecnologias de informação e comunicação nas aulas. Outras iniciativas, tais como disponibilizar portais com materiais instrucionais tanto para alunos e professores quanto para a sociedade de forma geral, são incentivadas. Há também o portal da TV Escola que disponibiliza vídeos e livros que podem ser incluídos nas atividades e promove a imersão ou a curiosidade dos alunos para o uso e maior conhecimento das tecnologias e cultura em geral (TECNOLOGIA, s.d.). O programa Salto para o Futuro tem o objetivo de ampliar o acesso à formação de professores e gestores da educação básica (MEC, s.d.). Outro recurso interessante que pode colaborar intensamente com o preparo e aplicação do conteúdo nas aulas, é o Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE). Esta iniciativa disponibiliza diversos conteúdos interativos e informativos e atende aos públicos de todos os níveis de formação (BANCO, s.d.). Vale a pena investigar! O portal Domínio Público é outra ferramenta tecnológica de iniciativa governamental que visa à disponibilização de uma biblioteca virtual para estudantes, professores e sociedade de forma geral (DOMÍNIO, s.d.). Além desses instrumentos, você também precisa conhecer o site do Guia de Tecnologias. Embora o público-alvo dessa iniciativa sejam os gestores das escolas públicas, é de grande importância que todos conheçam e saibam identificar a oportunidade de aplicação das tecnologias de informação e comunicação (GUIA, s.d.). Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 9 de 39 Hiperlinks: referem-se aos links disponíveis para a navegação entre as páginas da web. Permitem a otimização da navegação e a usabilidade do site. Hipertextos: o acesso à internet possibilita a navegação entre diversas páginas, a qual independe de seguir linearidade para que se obtenha a informação. O hipertexto, portanto, possibilita que o usuário seja direcionado de um texto a outro sem a exigência de precedentes. Tecnologias de informação e comunicação: correspondem ao conjunto de meios de comunicação, infraestrutura, objetos de aprendizagem digitais e virtuais, as redes de comunicação, os próprios computadores. Podem ser descritas também como o conjunto de ferramentas que possibilitam a interação entre pessoas, máquinas e softwares. Tecnologias e a Educação: Desafios desde a Formação Primeiramente, é interessante que se conheça o significado de tecnologia. Segundo as abordagens de Tajra (2012), o termo deriva do verbo grego “tictein”, que tem como significado justamente a concepção de “dar à luz”, “produzir”. Nesse sentido, é amplamente justificável a sua aplicação aos mais variados efeitos de transformação que podem ocorrer de acordo com o objeto de observação. Por exemplo, para que haja transformação do algodão em tecido, esse sofre uma modificação e pode, portanto, ser fruto de um processo tecnológico. Mas, de acordo com a aplicação do termo “tecnologia” na atualidade, essa concepção se aplica tanto ao processo quanto ao produto deste, ou seja, saber como e por que fazer. Observe as asserções da autora: “A técnica está relacionada com a mudança na modalidade da produção. O produtor muda a forma de operar e o resultado dessa mudança afeta a comunidade beneficiada.” (TAJRA, 2012, p.37). Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 10 de 39 Ao aliar “tecno-” com “-logia” (este último termo se refere ao conjunto de conhecimentos), obtém-se, portanto, a reflexão sobre o fato de que tecnologia pode ser considerada como o conhecimento ou a ciência de uma técnica, de acordo com a autora acima citada. Verifica-se que é possível aplicar tal explicação sobre a análise da evolução tanto dos produtos e das ferramentas, quanto da comunicação e dos meios pelos quais ela se realiza, sem, no entanto, atrelá-la unicamente ao processo trazido com a Revolução Industrial. Deve-se ir além disso: é um processo referente não apenas a um momento específico da história, mas sim àquele que se impõe como componente das transformações sociais que ocorrem de geração em geração, de descoberta em descoberta. Esse fato requer a sua compreensão total e o entendimento de sua importância para o crescimento e o desenvolvimento social. A intenção é provocar o uso das tecnologias para que estas não sejam limitadas a meras apresentações e fazer que, com elas, sejam ampliadas as possibilidades de imersão nos conteúdos, de práticas e de metodologias de ensino. Além disso, fazer com elas sejam percebidas de forma a agregar ao processo de ensino-aprendizagem, e não o contrário. O grande desafio que se faz presente é justamente o método. Ou seja, identificar qual ou quais são as ferramentas aliadas; filtrar e separar dentre tantas aplicações em softwares, hardwares, meios de comunicação em geral, o que de fato pode auxiliar e, de acordo com o conteúdo, o que se pretende levar a conhecimento. Nesse contexto, a autora faz as seguintes observações: A escola também participa dessas alterações tecnológicas, mas de uma forma bem mais lenta. Por séculos, o ensino era destinado apenas a minorias privilegiadas. A primeira grande conquista tecnológica foi o livro que, há anos, vem sendo o carro- chefe tecnológico na educação e não constatamos que o livro é o resultado de uma técnica. Por quê? Porque já o incorporamos de tal forma que nem percebemos que é um instrumento tecnológico. Segundo Don Tapscott, tecnologia só é tecnologia quando ela nasce depois de nós. O que existia antes de nascermos faz parte de nossa vida de forma tão natural que nem percebemos que é uma tecnologia. (TAJRA, 2012, p. 37). Essa alusão realizada quanto ao uso da tecnologia que Tapscott (apud TAJRA, 2012) ressalta vem ao encontro dos pressupostos aqui destacados quanto ao que é e à sua aplicação. O exemplo mencionado no trecho citado, o livro, cabe perfeitamente quando se enfatizam o conhecimento das ferramentas e o uso que se faz dele de acordo com as gerações. Na Idade Média, os livros eram muito maiores e a ele poucos tinham acesso. As propriedades e características também eram diferentes: o tecido e depois Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 11 de 39 o papiro já demonstram as transformações ocorridas. Além disso, a sua popularização ocorreu apenas após a descoberta de outros materiais que melhoraram o custo e, com isso, tornaram-no mais acessível. Vale ressaltar que o livro, atualmente já em versão digital, chega a mais lugares, sendo acessível a mais pessoas, a um custo também diferenciado: Incorporamos os hieróglifos, as palavras escritas, os códigos, os livros, os correios, o telefone, o rádio, a televisão,o fax, o telefone celular, o e-mail, a internet, os tablets e os smartphones. O que ainda somos capazes de incorporar? Já falam da internet. Será que é apenas uma inovação tecnológica que alterará a velocidade de comunicação, ou seja, uma melhoria do que já temos ou será mais uma mudança na forma de comunicação? (TAJRA, 2012, p. 38). Com essa notória evolução tecnológica que acompanha as civilizações, as inovações são motivadas não apenas para facilitar o trabalho humano, mas também para manter uma empresa competitiva no mercado ou, até mesmo, proporcionar maior acesso à informação por parte de governos para decisões estratégicas. Perceba que esse processo envolve os mais diversos interesses e motivações. Então, o que se mostra como tendência, por caráter de evolução literalmente, é que também será preciso incorporar nas novas práticas, com a possibilidade de inserção das mutações pelas quais os meios e produtos tecnológicos passam. Por isso, é importante que se planeje o uso continuado dos recursos para que estes também não se tornem obsoletos antes do período previsto, que deve contemplar ao menos minimamente: • A apresentação da ferramenta. • O seu conhecimento, ou seja, em que pode ajudar, conhecer as funcionalidades. • O desenvolvimento da capacidade de inserção de conceitos. • A competência necessária para a sua aplicação, portanto. 1.1 Tecnologia Educacional O termo tecnologia educacional surgiu entre as décadas de 1960 e 1970 e alguns pesquisadores, como Pablo Pons, Litwin, Mariana Maggio e a autora aqui referenciada, Tajra, consentem que ele se refere ao modo sistemático de aplicação dos recursos tecnológicos para a realização do processo de ensino-aprendizagem, que contempla desde a sua elaboração até a avaliação. Embora não seja entendido, no entanto, como uma ciência, vale-se dos métodos científicos para a sua organização e aplicação, congruentes também, com as teorias Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 12 de 39 trazidas pela psicologia, pela comunicação e pela junção com a teoria de sistemas, no que tange à aprendizagem e à utilização desses recursos. Segundo Tajra (2012), tecnologia educacional refere-se às práticas de ensino que são fundamentadas nas teorias mencionadas. Infere-se ainda que há uma proximidade maior com a teoria da comunicação quando se faz alusão ao uso da TV, rádio, vídeo, áudio, informática e materiais impressos. Em 1970, os estudos dessas tecnologias educacionais trabalharam em duas vertentes: uma restrita, que considerou o uso de equipamentos e instrumentos; e outra ampla, que analisava os métodos, o modo como foi utilizada, os princípios e a lógica aplicada. Os estudiosos chegaram a abordar uma temática ainda hoje discutida: a substituição do professor pelas tecnologias e a indagação sobre qual seria o impacto real disso sob os aspectos cognitivos e sociais. Tais questionamentos podem de fato emergir e são natos dos instintos mais primitivos, como, por exemplo, o da sobrevivência e o da necessidade de adaptação. No entanto, o que se tem é o caráter de evolução, mediante a qual se transformam não apenas produtos e equipamentos como também perfis e a forma como se pretende ou é possível trabalhar com tais recursos. Além disso, o comportamento humano, portanto, também se altera: No início da introdução dos recursos tecnológicos de comunicação na área educacional, houve uma tendência a imaginar que os instrumentos iriam solucionar os problemas educacionais, podendo chegar, inclusive, a substituir os próprios professores. Com o passar do tempo, não foi isso que se percebeu, mas a possibilidade de utilizar esses instrumentos para sistematizar os processos e a organização educacional e uma reestruturação do papel do professor. (TAJRA, 2012, p. 39) Então, é importante ressaltar que a necessidade de uso das tecnologias não é oposta à figura profissional, seja qual for a área de aplicação. O contexto, no entanto, demanda preparo, formação adequada, o que, de fato, é uma preocupação real e deve contemplar, inclusive, a formação do professor. Nesse sentido, Tajra (2012) destaca que a tecnologia nas escolas deve incorporar alguns aspectos, tais como: • Identificar nos docentes a sua visão acerca do uso das tecnologias e de que forma avaliam o impacto cognitivo e social oriundo dessa aplicação. • Identificar quais são as possibilidades de integrar significativamente essas tecnologias no ambiente educacional. Os professores, de acordo com os níveis educacionais, necessitarão, portanto, de uma específica competência a ser desenvolvida para o uso adequado das tecnologias que têm sido utilizadas na educação. No entanto, essa não é uma característica que Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 13 de 39 impacta apenas a formação do professor. É justamente por esse motivo que se torna fundamental o planejamento educacional inclusivo e abrangente quanto ao uso dos recursos tecnológicos. 1.2 Classificação das Tecnologias As tecnologias, de acordo com Tajra (2012), podem ser classificadas em três grupos: físicas, organizadoras e simbólicas. Veja no Quadro 2.1 alguns componentes relacionados a cada classificação: Tecnologias Componentes Físicas Caneta esferográfica, livro, telefone, celular, satélites e computadores. Organizadoras Técnicas que visam garantir a produtos e serviços de qualidade total; métodos de ensino como o tradicional, o construtivista, o montessoriano, o comportamental. Simbólicas Referem-se à forma de comunicar, de se estabelecer comunicação, e incluem, portanto, os seus meios. No campo das tecnologias físicas, o que se observa é a evolução dos produtos dos avanços tecnológicos. Já no campo das tecnologias organizadoras, concentra-se a evolução do pensamento dos processos de ensino-aprendizagem. No campo das tecnologias simbólicas, por sua vez, verificam-se a importância e a preocupação com o tipo de informação, a maneira como esta será apresentada e por qual meio ela acontecerá. Esses aspectos cada vez mais precisarão contemplar a formação e o modo de se pensar no processo de ensino-aprendizagem. Softwares para a Educação Um dos principais softwares que a autora Tajra (2012) menciona é o “LOGO”, que contempla uma abordagem que auxilia na construção do raciocínio lógico e investigativo que precisa ser desenvolvido nas crianças. Criado por Seymour Papert, em 1986, o software explora a criatividade da criança e a sua capacidade de elaboração de hipóteses para a solução dos problemas apresentados, além de incentivar que ela aprenda a partir da análise do erro cometido. Esse teria sido um marco para a inserção de softwares na educação. Os softwares utilizados na educação, de acordo com a autora, também são alvo de classificações, tendo sido o LOGO o primeiro deles, seguido dos softwares educacionais; softwares aplicativos com finalidades tecnológicas; softwares educativos com finalidades educativas e a integração dos softwares. A internet, em Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 14 de 39 seguida, classificou-se de outra forma, sendo associada à possibilidade de uso de softwares didáticos, além daqueles que são desenvolvidos pelas próprias instituições de ensino, o que demanda grande quantidade de investimentos. Além desses aspectos, as propostas pedagógicas precisam contemplar o uso dos softwares de acordo com as disciplinas, com a necessidade e com a possibilidade apresentada para cada uma delas, e não aleatoriamente. Também é preciso contemplar, nos projetos pedagógicos, aorganização do uso dos espaços como laboratórios e demais recursos como TV, rádio, datashow, aplicativos e aplicações da internet, entre outros softwares. Portanto, a organização precisa ser sistematizada, prever horários, planejar as atividades de acordo com o conteúdo abordado, com a frequência que é necessária para desenvolver o raciocínio desejado ao apresentar um determinado objeto de estudo em um ambiente computacional, por exemplo. No entanto, ela também pode acontecer de forma menos sistematizada (TAJRA, 2012), o que infere a identificação por parte do professor da possibilidade de uso do recurso tecnológico disponível e a sua organização de acordo com uma agenda. Para todas as formas de inserção das tecnologias nos ambientes educacionais, é preciso se atentar a suas funções pedagógica e também social e conhecê-las profundamente. Além disso, o projeto pedagógico não só precisa buscar atender a proposta pedagógica, simplesmente, mas também mensurar o impacto social que será decorrente daquela ação, visando sempre promover uma formação cidadã e autônoma. Ensino-aprendizagem: referência atribuída ao processo de trocas de experiências e vivência em prol da educação, em que aluno e professor assumem vários papéis sem que apenas aprendam e ensinem, demonstrando a somatória de fatores que colaboram com a abordagem da construção do conhecimento, o que inclui as ferramentas que são utilizadas. Evolução tecnológica: é a alusão ao desenvolvimento que ocorre de geração em geração, tanto em produtos e serviços quanto em processos e ferramentas. É tudo o que foi modificado e transformado e é voltado para um objetivo de melhorias e adaptações. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 15 de 39 Hipóteses: é uma proposta de solução a um problema. Pode ser única ou, diante de um contexto, ter mais de uma forma de ser apresentada, testada e de resolver o problema que se coloca. Marco: indica uma ação importante que provoca ou provocará alterações no modo de se fazer ou conceber determinados pensamentos ou tarefas. Hardwares e Softwares na Educação Para compreender o uso de hardwares e softwares na educação, é fundamental conhecer primeiramente a definição destes termos. Hardware é um conjunto de ou mesmo um dispositivo físico que tem por função o armazenamento, o processamento de dados e a conexão com demais dispositivos, também conhecidos como computadores, Unidade Central de Processamento (CPU), mouse, teclado, caixas de som, tablets, celulares, servidores, enfim, uma vasta gama de equipamentos pode ser considerada hardware. Neste sentido, o Datashow também se encontra nesta categoria. Porém um hardware não tem muitas funcionalidades se não estiver acompanhado de um software, ou seja, ambos andam lado a lado, sendo um o mecanismo de transporte e, o outro, o mecanismo de processamento. O que se define a partir de agora, então, são os softwares. É possível dizer que, à medida que os hardwares evoluem, os softwares também ganham características e funcionalidades que serão executadas nestes dispositivos. Também é correto afirmar que, à medida que os softwares são customizados, personalizados de acordo com um cenário, seja empresarial, educacional ou mesmo governamental, os hardwares têm de atender a tais demandas de processamento, armazenamento e conexão. Assim, software é um conjunto de funcionalidades que o computador realizará, ou seja, é a parte lógica do computador, o que permitirá estruturar os comandos que a máquina interpretará para realizar o processamento de um dado e, assim, gerar a informação desejada. Afinal, o que são softwares? Como podem auxiliar, aliados aos hardwares, os processos educacionais? Para responder a estas e a outras questões, serão Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 16 de 39 apresentadas as definições de software e o modo como tem sido aplicado à realidade acadêmica. Softwares Educacionais Existem softwares para as mais variadas atividades e aplicações. Os softwares utilizados na área educacional nem sempre foram desenvolvidos com esta finalidade. Então, duas classificações, de acordo com Tajra (2001), são referentes ao uso de softwares: 1. Softwares educativos ‒ também chamados de programas. Recebem este nome em função de terem sido desenvolvidos para uso direto na área educacional. Exemplos: Ortografando, ECO XXI, entre outros (TAJRA, 2001). 2. Demais softwares e aplicativos ‒ editores de texto, planilhas eletrônicas, editores de imagem e vídeo, enfim, muitos outros podem ser utilizados. Observe no Quadro 3.1 os tipos de softwares e suas respectivas funcionalidades: Tipo de software Características Tutoriais • Apresentam instruções de uso de determinados softwares. Exercitação • São softwares que permitem a interação por meio da resposta a perguntas dos mais variados conceitos. Investigação • Estes softwares são voltados a assuntos específicos e podem apresentar a possibilidade de pesquisa sobre determinado assunto e suas particularidades de forma mais precisa e segura. Simulação • Estes softwares permitem a imersão com a prática do conteúdo. Exemplos: simuladores de voos, gerenciadores de situações reais como hospitais, cidades e, ainda, jogos on- line que permitem as mais diversas aplicações, desde matemática até simuladores de atendimentos clínicos da área de saúde. Jogos • Promovem o entretenimento, e seu uso está mais voltado ao lazer. Abertos • São considerados abertos os softwares que apresentam a possibilidade de criação e desenvolvimento de diversos tipos de documentos, tais como editores de texto, bancos de dados, planilhas eletrônicas, programas gráficos, softwares de autoria, apresentações e, ainda, de desenvolvimento de programas. Como mencionado no quadro, os tutoriais servem para orientar a aplicação de softwares, mas nem sempre podem atender às expectativas do usuário, seja ele um Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 17 de 39 professor ou um aluno, no sentido de que as atividades precisam ser planejadas de acordo com as possibilidades e limitações do software. Já os softwares de exercitação servem para que o professor insira momentos de interação entre aluno e tecnologia, principalmente na apresentação e no reforço dos conceitos vistos em aula. Também é válido o planejamento de aula que inclui este tipo de atividade, de forma a promover tanto o contato com tecnologia e softwares quanto o reforço do conteúdo por meio de uma metodologia diferenciada das tradicionais. Tendo sempre em vista que ambas, aliadas, podem trazer benefícios à formação. Os softwares de investigação, ou seja, aqueles que promovem pesquisas sobre determinado assunto, justamente por oferecerem a possibilidade de investigação do conteúdo e este ser apresentado de forma mais precisa e segura, seu uso é interessante do ponto de vista educacional. No entanto, com o advento da internet, em que se pode pesquisar e obter informações sobre praticamente todos os assuntos, esses softwares perderam um pouco de espaço. Mas é preciso saber encontrar a informação e, não somente isso, saber definir qual deverá ser utilizada, pois as referências trazidas pela internet nem sempre estão organizadas de forma correta ou são fidedignas à teoria ou aos estudos que comprovem sua veracidade. Por este motivo, buscas, investigações e pesquisas realizadas por meio dos sites de busca necessitam ser refinadas e filtradas de acordo com a credibilidade da fonte considerada. É importante que se saiba distinguir os tópicos, oslinks e avaliar o conteúdo disponível na internet, assim como ensinar a identificar esses pontos faz- se necessário. Os softwares de simulação, cada vez mais utilizados na área educacional, têm uma ampla variedade de aplicação. Podem ser usados na alfabetização e até em áreas mais específicas, como engenharias e saúde. Introduzem a prática a partir da simulação de uma situação real. Com isso, são apresentados ou reforçados conceitos, sendo estes aplicados à vida real. Promovem a interação e, como estratégia pedagógica, ou seja, orientada e planejada de acordo com o conteúdo abordado, podem enriquecer o processo de ensino-aprendizagem significativamente. O uso de jogos pode apresentar alguns benefícios, como apoio ao desenvolvimento do raciocínio lógico, capacidade de elaboração de estratégias para obter ou chegar a um objetivo, entre outros aspectos que podem ser citados neste sentido. Então, mesmo que apresente um caráter menos formal do ponto de vista de processo pedagógico, o jogo pode ser inserido nas práticas de ensino para que se consiga, a partir da abstração e orientação da atividade, proporcionar tal experiência e incentivar o uso da criatividade, por exemplo. Em informática, de forma geral, é considerado software aberto aquele que permite a criação, adequação, alteração e atualização das funcionalidades dos softwares, a Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 18 de 39 partir do acesso a seu código-fonte. Estão nesta categoria também aqueles que não necessitam de licenças nem pagamentos para serem utilizados. No contexto educacional, o significado de softwares abertos contempla apenas o uso de ferramentas e softwares existentes e que permitem o desenvolvimento de atividades, independentemente de área, nível escolar, segmento de mercado, ou seja, podem ser utilizados livremente, abertamente e de acordo com as necessidades e conveniência de uso. Por exemplo, um editor de texto não precisa ser usado apenas para transcrever, copiar ou escrever livremente um texto. Pode ser utilizado para escrever uma carta, fazer malas diretas, etiquetas, currículos etc. Ou, ainda, um navegador ou browser da internet não precisa ser usado para pesquisar apenas sobre educação, por exemplo, pode ser utilizado para pesquisar sobre cores, animais, planetas, recipientes, enfim, há uma infinidade de possibilidades de uso. A seguir, serão descritos com mais ênfase aplicativos e demais softwares que podem ser amplamente verificados e aproximados da realidade acadêmica. Softwares e suas Aplicações Os softwares, como já mencionado, apresentam as mais variadas formas de aplicação. De acordo com Tajra (2001, p. 56), “o que verificamos é uma grande diversidade de softwares disponíveis no mercado, entre eles o software educacional”. Quando a autora faz menção ao software educacional, ela traz à tona a ideia de que alguns softwares podem ser utilizados apenas para tal fim. No entanto, também é possível inferir que estes não se limitam a uma classificação do tipo educacional ou não educacional para que possam ser adicionados às estratégias pedagógicas. É evidente que o uso indiscriminado e aleatório não trará benefícios reais, porém, se houver o devido planejamento da atividade e orientação ao conteúdo previsto, estes podem agregar significativamente ao processo. Então, quando são mencionados os editores de texto, estes podem contribuir, por exemplo, para o desenvolvimento dos trabalhos escolares, capacidade de síntese e elaboração de documentos, como relatórios, ofícios, cartas, entre outros usos possíveis. Além destes, quando se mencionam os bancos de dados, estes podem servir como forma de organização dos dados, diferenciação dos processos de entrada, processamento e saída de informações. Veja o exemplo que Tajra (2001) menciona: Com o banco de dados, por exemplo, o professor de Geografia pode efetuar, juntamente com os alunos, uma coletânea de informações sobre os países, tais como nome do país, extensão territorial, população, etnias, religiões, etc. e, em seguida, efetuar uma série de comparações entre os países para uma posterior análise (TAJRA, 2001, p. 59). Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 19 de 39 As planilhas eletrônicas também permitem a inserção do conteúdo matemático, sua representação gráfica, desde conceitos simples (como as operações matemáticas mais elementares de adição, subtração, multiplicação e divisão) até outras mais complexas (como equações, funções, matrizes, entre outros elementos). Os softwares gráficos permitem a elaboração de desenhos, sua alteração, recortes, ou seja, amplo exercício de criatividade e práticas de aplicação aos mais variados contextos. Além destes, ainda podem ser mencionados os softwares de autoria, preparados pelos próprios professores. Softwares como Matlab fazem simulações com a demonstração do comportamento de senoides, por exemplo. Outro software interessante é o Geogebra, muito utilizado nas aulas de matemática. O Excel também é uma ferramenta interessante para o ensino de cálculo e estatística, por exemplo. Um recurso que tem sido bastante utilizado como integrador de outras tecnologias, que permite a inserção de imagens, vídeos, hiperlinks e pequenas animações, é o PowerPoint. Com o auxílio do datashow, torna-se uma das ferramentas expositivas mais utilizadas em sala de aula. No entanto, não é suficiente para que o processo de ensino-aprendizagem se torne mais completo, mas, sim, serve como recurso para o professor. Este é conhecido como software de apresentação: PowerPoint. Além dos softwares citados, existem os que são voltados à programação, ou seja, permitem o desenvolvimento desde aplicações simples a softwares mais complexos. Nesta categoria, podem ser citados diversos deles, como Dev C++, Java (Plataformas Netbeans, por exemplo), Dreamwaver (para o desenvolvimento de aplicações e sites web), .Net, entre outros. Vale lembrar que esses softwares apenas se tornam ferramentas de apoio aos processos de ensino-aprendizagem se as atividades com eles desenvolvidas estiverem em consonância com os respectivos conteúdos, inerentes a cada área e a cada nível escolar. O planejamento da atividade e a definição da forma de conduzi-la durante as aulas também são fatores que influenciam diretamente no que tange o processo de ensino-aprendizagem. Por este motivo, estabelecer uma rotina de planejamento e separação das tecnologias e softwares que serão utilizados faz-se necessário. Neste sentido, a organização ocorre desde a identificação dos conteúdos, ferramentas até a preparação do laboratório ou sala em que será aplicada tal atividade. Os softwares e as tecnologias de informação e comunicação, de forma geral, sofrem alterações em que são agregadas funcionalidades ou, até mesmo, que requerem a atualização dos profissionais que os usarão. Também por isso é imprescindível a formação continuada dos profissionais da área de educação e também daqueles que se valem destas ferramentas para ampliar as possibilidades de promover situações de ensino-aprendizagem. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 20 de 39 Animações: são denominadas animações as imagens e artes que, por meio de movimentos, aplicados com o uso de softwares específicos para tal, expressam comportamentos, ações e podem ser apresentadas na forma de vídeos, filmes e, até mesmo, apresentações animadas. Datashow: equipamento utilizado para projetar imagens a partir de um computador, tablet, celular ou televisores. Hiperlinks: permitem o direcionamento de umapágina para outra, de um arquivo para outro ou de um site da internet para outro. Podem ser aplicados para facilitar a navegação dentro do próprio conteúdo ou direcionar a outro. Senoides: forma de onda que provém da representação gráfica da função seno, também chamada de onda senoidal. Software de apoio didático: estado da arte O uso de softwares nas escolas é alvo de estudos e investigações que abordam os mais diversos aspectos, desde o desenvolvimento de softwares e aplicativos para uso específico, ao uso de aplicativos já existentes, como os editores de texto, planilhas e softwares gráficos. Então, há proporcionalmente às opções disponíveis, inúmeras formas e métodos de aplicá-los nas salas de aula ou em ambientes virtuais de aprendizagem. Assim também é possível inferir que o uso e a aplicação de softwares não se limitam a uma faixa etária ou nível escolar, e sim, podem ser compreendidos desde o Ensino Infantil ao Ensino Superior. Um ponto de atenção neste sentido é que não sejam utilizados de forma aleatória, e que sim, independente do meio ou do nível escolar, haja fortemente o planejamento das atividades e ações que serão executadas através do apoio pedagógico pautado nos softwares. Sendo assim, desde a concepção da matriz do curso, este deve ser Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 21 de 39 previsto. E a cada um, desde que escolhido criteriosamente, o software deve atender às necessidades de ensino que a disciplina precisa desenvolver. Precisam ser consideradas as habilidades de raciocínio lógico e competências intelectuais necessárias aos alunos do século XXI. E lembre-se: quem nasceu no século passado não deixa de ser um aluno que interage e que faz uso de tecnologias. Pode até não ser a mesma medida dos ainda mais jovens, nascidos neste século, mas que esperam ser inseridos de algum modo neste mundo tecnológico quando optam por se aprimorar e aprofundar os conhecimentos. E quanto a isso não há dúvidas, seja por motivação pessoal, seja por motivação profissional. Neste sentido, as escolas apresentam movimentos e iniciativas para a imersão dos softwares nas atividades acadêmicas. Abaixo serão descritos alguns processos e como eles se dão para a implantação dos softwares e o seu uso efetivamente, na educação. Implantação de projetos de informática na educação De acordo com Tajra (2012), o processo de implantação de softwares, também denominados por ela de projeto de informática na educação, passam por alguns passos, a seguir: • A realização de um diagnóstico de necessidade de softwares, ou seja, quais são e em que poderão contribuir efetivamente para as atividades escolares de ensino? Deve ser algo latente nesta investigação. • Outro fator a considerar é a competência para o uso deste software que deve ser desenvolvida. O professor precisará ser capacitado para e, ainda, de acordo com as necessidades dos alunos, a considerar as suas principais dificuldades, elaborar e planejar a forma de aplicação do software, para auxiliar como ferramenta pedagógica. • Plano de ação: se faz, portanto, de extrema importância. Pois não adianta, sob o ponto de vista educacional, investir em ferramentas em que não é possível aplicar em prol às dificuldades de aprendizagem presentes naquele ambiente, naquela região. • Capacitação intensiva, progressiva e organizada! • Conhecimento e pesquisa dos softwares que venham de fato atender às necessidades do local de ensino. • Projeto pedagógico que enfatize que o uso da informática na educação (TAJRA, 2012). • Planejamento de implantação, acompanhamento e avaliação do projeto de informática adotado. 1.1 Diagnóstico de necessidade de software Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 22 de 39 Quando a autora traz à tona os levantamentos necessários ao diagnóstico, é interessante notar que a empatia, ou seja, se colocar no lugar tanto do professor, quanto do aluno, para compreender melhor as necessidades de aprendizagem, se torna menos árduo o trabalho. Neste sentido, Tajra (2012) aponta alguns fatores a observar, são eles: a. Analisar e identificar a melhor maneira de se fazer o uso da informática na sala de aula: Por exemplo, a informática pode adequar-se a três modalidades: informática como fim em si mesma, informática relacionada a softwares baseados em enfoques disciplinares ou integrar a utilização da informática em projetos multi, inter e transdisciplinares. (TAJRA, 2012, p. 74) b. Estimar os custos de forma realista também é um fator de extrema importância e fundamental para que a implantação deste projeto de fato se concretize, e dentro dos limites de recursos existentes. Assim, após a identificação das necessidades de aprendizagem é possível elencar: • quais são os softwares mais adequados; • quais são as máquinas mais apropriadas, ou seja, quanto ao hardware, o que é preciso em termos de configuração de memória e processamento para que o software possa ser executado sem perdas; • uma pesquisa com ao menos três fornecedores é importante para que se compare a melhor opção e identifique outras possibilidades de investimento ou, ainda, a contenção em função do valor disponível para arcar com os custos desse projeto. Além disso, considerar os custos com a capacitação, e esta de qualidade, aos professores, também deve fazer parte desse processo de implantação e, portanto, estar contemplado nos custos. Do orçamento, segundo Tajra (2012), são direcionados para os custos com capacitação, cerca de 2/3 do valor do investimento, para que os professores e envolvidos desenvolvam as competências e habilidades necessárias para aplicar o software como recurso didático. Já quanto à aquisição dos equipamentos, o cálculo deve considerar que preferencialmente, no máximo dois usuários, neste caso os alunos, poderão compartilhar da mesma máquina: “A quantidade de equipamentos deve ainda ter como referencial o número total de alunos na escola, bem como a média da quantidade de alunos por sala.” (TAJRA, 2012, p. 74). Quanto a esse ponto, o do investimento de recursos financeiros, fica ainda a recomendação de que a escola analise corretamente o porte desse projeto, dessa implantação. Com isso, de acordo com a série, o plano pedagógico, planejar adequadamente todo esse contexto, e, se esse projeto obtiver êxito, investir em outros de maior porte na unidade de ensino. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 23 de 39 c. Relacionado ao uso dos equipamentos interligados em rede, com uso da internet e compartilhamento de recursos como a impressora, é interessante que o projeto contemple uma cota por aluno, para que este possa imprimir alguns dos materiais produzidos ou mesmo, enviar por e-mail para que gere os registros das atividades desenvolvidas, minimizando o risco de perder o exercício que foi aplicado e possibilitar a retomada ao material, de qualquer ambiente em que esteja com acesso à internet. d. Outro aspecto importante é o espaço físico do laboratório, bem como, as condições de climatização para que se possa aumentar a vida útil do equipamento e o bem-estar durante as aulas. Considerando a quantidade de alunos novamente como um importante fator para esta implantação. No ambiente de informática na educação, devem ser verificados os seguintes aspectos: iluminação, temperatura (para ambientes muito quentes são recomendados aparelhos de ar-condicionado), layout para facilitar o gerenciamento das máquinas e o fluxo de alunos e professores. (TAJRA, 2012, p. 75) Outro ponto de atenção é para o controle,manutenção e organização do patrimônio adquirido: enumerar as máquinas, verificar a incidência de erros, realizar as instalações dos softwares adequadamente, bem como, orientar o modo correto de uso para melhor conservação do laboratório. Nesse quesito, são considerados importantes: • Os softwares que permitam o compartilhamento de telas, como por exemplo, o VNC (Virtual Network Computer), em que é possível compartilhar através da rede a visualização da tela que se pretende demonstrar. Há diversas soluções que permitem esse recurso, uma delas que inclusive é gratuita, é o VNC da Team Viewer, que apresenta uma solução para controle remoto, em que não apenas para este fim, mas com o intuito de compartilhar a tela com outros usuários, também é possível. • Datashows com alta resolução para realizar as demonstrações e permitir o acompanhamento pelos alunos. • Televisores. • Equipamento de áudio. Também compõem o projeto de informática e precisam ser contemplados no planejamento e direcionamento dos recursos. e. No plano pedagógico do curso, é preciso estabelecer, a partir de que série, quais conteúdos programáticos, quantas atividades e a melhor forma de aplicá-los. Sugestão fica para a elaboração do plano de aula. Muitas escolas têm iniciado a utilização da informática com crianças acima de três anos de idade, com a frequência média de uma hora semanal. De início podemos Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 24 de 39 achar que é muito pouco tempo, mas se levarmos em conta a quantidade de anos escolares, este número de horas será razoável. (TAJRA, 2012, p. 75) Como evidenciado na bibliografa pesquisada e em outras fontes, ainda o planejamento desta implantação, a distribuição do orçamento de acordo com a necessidade de investimentos para o projeto, dependem diretamente da análise dos fatores acima apresentados. Com isso, é possível enfatizar, ainda, a necessidade de se pensar o uso do software desde a concepção da disciplina, ou de que forma poderá ser agregado tal recurso. Contanto que sejam considerados as possibilidades de ganho desse recurso tecnológico nas escolas, amplamente respaldado nas competências e habilidades desenvolvidas nos professores e demais envolvidos, os ganhos para o processo de ensino-aprendizagem são consideráveis e, por esse motivo, tão importante se torna essa implantação. Fica a recomendação de leitura dos materiais disponíveis no livro desta referência bibliográfica, para que sejam observados os formulários para o levantamento de dados que pode servir de base para a realização do diagnóstico de Tecnologia Educacional, proveniente das implantações de softwares nas escolas. 1.2 Interdisciplinaridade e a implantação de softwares educacionais Ao investigar a definição da palavra interdisciplinaridade, obtém-se como resultado, justamente, que esta significa a análise dentre diversos conteúdos, no caso das escolas; além destes, as disciplinas, em que se busca a intersecção dentre os elementos, ou seja, as ferramentas de softwares que são consideradas no projeto, se correlacionam com outras disciplinas. Por exemplo, quais softwares podem ser compartilhados e entre quais disciplinas? Este é um questionamento que possibilita investigar a interdisciplinaridade entre elas e em que poderá ser absorvida em cada uma das disciplinas a ferramenta de apoio pedagógico. 1.3 Definição do layout das salas equipadas com computadores ou laboratórios Primeiro fator salientado pela autora Tajra (2012) é a identificação do público que usará o laboratório ou sala de informática. Seguido da distribuição física da sala, ou seja, a definição do layout de acordo com o espaço e público-alvo. Os tipos de mesas e cadeiras também podem influenciar este aspecto. Sugestão de leitura das indicações de layout que Tajra (2012) disponibiliza em seu livro: 88 a 93. 2.0 Informática na Educação Embora os projetos educacionais que envolvem o uso de tecnologias de informação e comunicação e softwares, independente de sua natureza, já são estudados, Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 25 de 39 testados, implementados, modificados, há alguns anos, este ainda não pode ser considerado um processo maduro. Devido à sua complexidade tanto em adequação às necessidades de aprendizagem, quanto da capacitação de professores e profissionais envolvidos, como também, dos recursos financeiros a despender para que tal implantação seja concretizada. Neste sentido encontram-se ainda as dificuldades inerentes à demora da inserção de tais métodos considerados inovadores, nas escolas, seja pelo motivo financeiro e burocrático, seja por motivo pedagógico e a não introdução do uso de softwares, de acordo com o modelo pedagógico aplicado. Segundo o projeto denominado ACCOT, há três fases inerentes ao processo evolutivo de um projeto de informática na educação. Este compreende a iniciação, adaptação e incorporação ou absorção (TAJRA, 2012). 2.1 Iniciação Nesta etapa concentram-se a aquisição dos computadores, a sua instalação, ou seja, toda a parte física da sala de informática é organizada: É interessante ressaltar que, diante da nova realidade de que quase todas as escolas , principalmente as particulares, já possuem computadores, com certeza, o simples fato de tê-los não significa mais um diferencial, mas principalmente um passo que a escola deve, de fato, dar. O que passará a ser um diferencial será a forma de utilização da informática dentro da escola, a qual deve fazê-lo conforme os seus objetivos. (TAJRA, 2012, p.95) Este também é o momento da interação dos professores com este novo espaço e, não recomendado mas ainda aplicado, início do processo de capacitação dos professores, apenas quando o laboratório já está totalmente instalado. Nesse contexto, o melhor é que os professores já estejam aptos ao uso das ferramentas, quando este é entregue. 2.2 Adaptação Esta fase compreende, justamente, o avanço da aplicação das atividades pedagógicas que foram previstas. Aqui, alunos e professores já estão habituados à aplicação e execução dos processos de ensino-aprendizagem que envolvem tais ferramentas de software. Como exemplo característico desta fase podemos citar uma aula na qual a professora solicitou aos alunos a elaboração de um desenho para uma competição que ocorreria na escola. A professora deu flexibilidade para que os alunos escolhessem a ferramenta a ser utilizada: o computador, os recursos tradicionais (lápis, pincéis). A primeira reação dos alunos foi irem direto ao computador a fm de efetuar o desenho, mas em função de não terem os conhecimentos básicos sobre o software Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 26 de 39 que estavam utilizando, verificaram que seria melhor elaborar com os recursos já dominados. (TAJRA, 2012, p. 96) Com isso verifica-se a importância dessa fase, de forma a compreender que o recurso tecnológico não visa a substituição dos métodos formais, mas que, no entanto, que vêm complementar e ampliar as possibilidades de ensino e de aprendizagem, inerentes ao processo educacional. 2.3 Incorporação ou absorção Nesta etapa já é considerado o uso das ferramentas tecnológicas implantadas, como de conhecimento amplo pelos professores e de familiarização e associação destas nas atividades, pelos alunos. A duração de cada uma das fases varia muito, de acordo com cada realidade escolar e a do próprio professor, entretanto é interessante conhecê-las como forma de verificar que a evolução da utilização da tecnologia no campo educacionalocorre de modo semelhante, independentemente da modalidade de aplicação escolhida. (TAJRA, 2012, p. 96) Diante do contexto apresentado, desde a iniciação até a incorporação efetiva aos processos de informática na educação, torna-se evidente a sua importância para o desenvolvimento de metodologias que os incorporem de forma agregadora ao ensino e à aprendizagem. Com isso, é fundamental se planejar todo o processo desde a concepção da ideia, até o momento da implantação, para que o projeto possa obter êxito e, de fato, contribuir para a formação de um novo perfil de aluno, o do século XXI. Competência: entende-se por competência desenvolvida, no âmbito da educação e da administração, o conjunto de habilidades, conhecimentos e atitudes que uma pessoa pode absorver e fazer destas ações naturalmente praticáveis, e de acordo com as suas necessidades de aplicação. Alusão: refere-se a algo, menciona, cita, traz à tona. Layout: implica na definição de um esquema, um projeto, um arranjo, uma organização de elementos dentro de um determinado espaço, seja físico ou virtual (layout de um site, ou seja, a disposição dos elementos de navegação e interação, por exemplo). Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 27 de 39 1. Objetos de Aprendizagem: O que são? O que se entende como objetos de aprendizagem é que estes são recursos que podem envolver o uso de tecnologias, porém, não somente. Quando aliados ao ensino e aprendizagem, podem enriquecer este processo. Desta forma, alguns autores afirmam que objetos de aprendizagem são arquivos, filmes, fotos, artigos, jogos e até mesmo desafios. A maioria destes objetos de aprendizagem está disponível na internet, porém é necessário saber como encontrá-los. Tajra (2012) ressalta que com o advento da internet, tanto o uso quanto o desenvolvimento de recursos tecnológicos como os acima mencionados foram incentivados e, com eles, as facilidades destes: Seria quase impossível escrever, em poucas linhas, as grandes vantagens e possibilidades que podemos ter com a internet. Tudo isso é possível a um custo de uma ligação telefônica local, sem pagar passagens aéreas, sem pegar congestionamento no trânsito, sem custos de hotelaria. Para ter acesso à internet, basta ter um micro, uma linha telefônica, um modem e estar associado a algum provedor (empresa que comercializa acesso à internet). (TAJRA, 2012, p. 125) Neste sentido ainda, a autora diz que a internet tem muito a contribuir com os processos educacionais. A considerar tamanha quantidade de objetos de aprendizagem disponíveis, e, na mesma medida, inúmeras maneiras de implementá-los em educação, seja presencial ou à distância. Então, é importante que neste momento esteja claro que são considerados objetos de aprendizagem: reportagens, filmes, vídeos, imagens e figuras, jogos, simuladores, repositórios de dados, e estes usam fortemente o auxílio da internet para serem disponibilizados, veiculados e, principalmente, tornarem-se acessíveis com o intuito de agregar e levar informação e conteúdo educativo em diversas formas, a mais locais. Essa possibilidade traz à tona uma reflexão acerca da importância da internet nesse processo e, por esse motivo também, algumas asserções se fazem relevantes neste cenário, tais como, os papéis e posturas do professor, por exemplo, e não apenas deste, como da escola e o planejamento da educação de forma geral: A internet apresenta-se como um dos motivos da necessidade de mudança do papel do professor. Ela é uma oportunidade para que professores inovadores e abertos Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 28 de 39 realizem as mudanças de paradigma. A internet é ilimitada; a cada momento são inseridas, excluídas e alteradas suas páginas. É impossível o professor deter o conhecimento das diversas fontes de pesquisas, dos mais variados sites existentes na rede. Muitas vezes, os alunos localizam informações em páginas que nunca foram visitadas pelos professores. (TAJRA, 2012, p. 126) Sendo assim, o professor se torna um dos principais agentes deste processo de aprender, disseminar e ensinar como utilizar esses recursos: “O ponto crucial para o sucesso de um projeto educacional, com o uso da internet, é a capacitação dos professores.” (TAJRA, 2012, p. 127). Outro fator importante: o planejamento do uso desses recursos fica novamente salientado, em função de ter de acontecer esse processo que foca o professor e o conteúdo, para que depois, de fato, seja utilizado em sala de aula. Veja agora um breve resgate acerca da internet e sua consolidação: Anos 60 Cientistas pesquisam técnicas de conexões compartilhadas. 1969 Implantação dos primeiros quatro pontos da ARPANET: UCLA, Universidade da Califórnia, Universidade de Utah e Instituto de Pesquisa de Stanford. A partir da ARPAnet, várias outras redes surgiram, tais como Milnet, Bitnet, NSFNET. 1981 A CSNET oferece serviço de discagem para e-mail. 1982 O protocolo TCP/IP passa a ser utilizado na ARPANET. 1984 É instituído o sistema DNS. 1988 Roberto Morris Jr. solta um vírus na internet. 1994 Iniciam as transmissões de vídeo e áudio pela internet. 1995 Explosão da internet em todo o mundo. Início de 2000 Internet acoplada à televisão. Comércio eletrônico via internet. Acesso à internet via telefonia celular. Videoconferência. Comunicação da internet por meio da voz. Aumento extensivo do uso da internet para realização de negócios, seja no âmbito empresarial, seja no âmbito acadêmico. Como você pode notar, juntamente com a consolidação deste meio de comunicação tão importante para a atualidade, seja para transações comerciais, de relacionamento, ou ainda educacionais, há muito ainda por crescer e, com isso, as possibilidades de aplicação também aumentam. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 29 de 39 Atualmente, a utilização da internet vai além de disponibilização de informações e apenas a realização de transações comerciais. A contribuição para os processos educacionais pode ser bastante significativa, desde que este aluno seja direcionado e orientado a usar de forma prudente e correta, e que os ambientes educacionais, presenciais ou virtuais, estejam preparados para esta realidade de imersão. Seja em atividades inovadoras, seja em caráter de orientação e capacitação para uso voltado ao sistema educacional. 1.1 Para que servem os objetos de aprendizagem Os objetos de aprendizagem, de acordo com Prata et al. (2007), precisam ter a sua aplicação definida, ou seja, a identificação do seu papel educacional serve para que seja alcançado o objetivo de despertar no aluno reflexões acerca do conteúdo a que se aplica e a que contextos, pode ser replicado o seu uso. Neste sentido, salienta que: Não há um limite de tamanho para um Objeto de Aprendizagem, porém existe o consenso de que ele deve ter um propósito educacional definido, um elemento que estimule a reflexão do estudante e que sua aplicação não se restrinja a um único contexto. (PRATA et al., 2007, p. 20). Dentre os elementos de destaque para o uso dos Objetos de Aprendizagem (OA), destacam-se o seu caráter: • Flexível: essa característica se dá em função da possibilidade de reutilização para mais de uma atividade, por exemplo. • De fácil atualização: quando necessária alguma atualização, por todos os objetos estarem concentrados em um único banco de dados e projeto, essa operação é facilitada. • Customização: é possível adequar os objetos de aprendizagem, de acordo com o seu tipo, para com a identidade visual daescola, ou mesmo, utilizá- lo para vários cursos. • Interoperabilidade: é comum, por serem disponibilizados pela internet, ou, se valerem de programas que são comuns para os ambientes educacionais, que estes possam ser utilizados em qualquer local. Abaixo são recomendados pela autora Tajra (2012) alguns sites em que há inúmeros objetos de aprendizagem disponíveis para pesquisas e investigações posteriores: Sites para pesquisa escolar Biblioteca Virtual de Literatura http://www.biblio.com.br Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 30 de 39 Biblioteca Virtual de São Paulo https://bsp.org.br/ Brasil Escola http://brasilescola.com.br Bússola Escolar http://www.bussolaescolar.com.br EduKbr http://goo.gl/Q1gAif Escola 24 horas http://www.escola24h.com.br Educacional http://goo.gl/CV3ffv Eaprender http://www.eaprender.eu/ Fundação Bradesco http://www.fb.org.br/fblink.asp Info Escola http://www.infoescola.com.br Pesquisa Escolar http://www.pesquisaescolar.com.br Portal Aprende Brasil http://www.aprendebrasil.com.br Klick Educação http://www.klickeducacao.com.br Wikipédia http://www.wikipedia.org.br Sobre sites http://archive.is/www.sobresites.com Acima estão destacados alguns sites em que é possível investigar quais objetos de aprendizagem estão disponíveis. O indicado é que a partir da análise do conteúdo programático da disciplina, sejam escolhidos os objetos de aprendizagem que melhor se adequem ao conteúdo. Além destes, há também outros sites, como os da lista abaixo: • Banco internacional de objetos educacionais: este site disponibiliza vários tipos de objetos de aprendizagem para todos os níveis educacionais. Disponível em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/. Acesso em: 05/05/2015. • Conexão professor: este site é de domínio do governo do Estado do Rio de Janeiro e foi desenvolvido para auxiliar os professores e alunos quanto à investigação e uso dos objetos de aprendizagem. Disponível em: http://conexaoescola.rj.gov.br/. Acesso em: 05/05/2015. Neste site ainda é possível encontrar outras indicações de repositórios de objetos de aprendizagem disponíveis na internet. • Rived: este site disponibiliza conteúdo pedagógico digital em forma de objetos de aprendizagem que visam estimular o desenvolvimento de raciocínio lógico e ainda Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 31 de 39 associa a informática ao ambiente acadêmico. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf. Acesso em: 05/05/2015. Há outros ainda disponibilizados pelas universidades e mesmo editoras. Então, vale a pena investigar e praticar através da aplicação em aula. Fica a sugestão de planejar de acordo com um conteúdo predeterminado e a escolha do objeto de aprendizagem, seguidos do passo a passo que será realizado na aula. Não obstante a observação comportamental, de aprendizagem, as dificuldades e questionamentos levantados pelos alunos, são fundamentais para que se avalie a eficiência e em que agregou aquela prática àquele processo de ensino-aprendizagem. 2. Considerações Acerca da Interface do Objeto de Aprendizagem Ao observar os Objetos de Aprendizagem é possível notar que estes podem se apresentar, como já mencionado, de diversas formas, ou seja, podem ser desenvolvidos em formatos interativos, digitais, impressos, em forma de jogos e simulações, além de outros como vídeos, imagens e figuras. De acordo com Prata et al. (2007), é possível inferir que este objeto de aprendizagem precisa considerar alguns aspectos para que atenda ao público desejado, a começar de sua interface. Leia as asserções levantadas pelos autores: De acordo com Valente (2002), a informática pode ser um recurso auxiliar para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, no qual o foco da educação passa a ser o aluno, construtor de novos conhecimentos, em um ambiente Construcionista, Contextualizado e Significativo, definido por Schlünzen (2001) como um ambiente favorável que desperta o interesse do aluno e o motiva a explorar, a pesquisar, a descrever, a refletir, a depurar, as suas ideias. (PRATA et al., 2007, p. 39) Diante deste contexto, o que se nota é a possibilidade de investir na criação e desenvolvimento, desde que sejam planejados, inclusive, detalhes que possam fazer a diferença para o público-alvo a que se destinam. Com isso, os autores supramencionados destacam que a construção e a criação dos objetos de aprendizagem passam basicamente por três equipes: a primeira pedagógica, pois é responsável por determinar o conteúdo e a que níveis educacionais se aplicam; a segunda de design, que fará a criação de contexto e forma de apresentação do conteúdo. Nesta etapa, há a criação de um roteiro em que é definido o passo a passo que o objeto de aprendizagem precisa atender. Por fim, a tecnológica, que será responsável por realizar a programação e disponibilização do conteúdo abordado no formato de objeto de aprendizagem. Questões além da execução das instruções apresentadas são consideradas, dentre elas estão: a qualidade do som, a resolução da imagem, o feedback de atividades, a avaliação do conteúdo por parte do aluno e também de que forma poderá ser apresentada a avaliação de desempenho nas atividades propostas e que são desenvolvidas por ele. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 32 de 39 Instruções e a forma como estas aparecerão no objeto. Orientações e instruções gerais também compõem o storyboard de atividades desempenhadas por esse objeto de aprendizagem e que precisam ser consideradas no momento de sua criação. Atualmente existem equipes que trabalham internamente nas faculdades para o desenvolvimento desse tipo de material, de acordo com as necessidades e objetivos educacionais daquela instituição. Além destas, as editoras também se encarregam de produzir tais recursos para que atendam ao conteúdo que os livros disponibilizam. Encontram-se nesta categoria ainda, de desenvolvimento e criação de objetos de aprendizagem, consultorias que prestam serviços tanto para instituições de ensino quanto para empresas que realizam treinamentos e praticam de algum modo o uso de objetos de aprendizagem em seu contexto de educação corporativa. Customização: constitui o ato de personalizar um produto ou objeto de acordo com as necessidades, neste caso, pedagógicas, requeridas. Interoperabilidade: esta é uma característica inerente ao uso de softwares, aplicativos e tecnologias em geral que permitam o uso em diversas plataformas e independem do local para que possam ser utilizadas, desde que contenham as configurações básicas, sejam de hardware, ou de software. Educação corporativa: atribui-se o termo Educação Coportativa ao processo de formação, seja ela continuada ou voltada para a obtenção dos objetivos e estratégias das empresas. Para tal, elaboram materiais que treinam, capacitam e desenvolvem habilidades com o uso de recursos online, inclusive. A interação entre as pessoas surge como fator fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento dos conhecimentos e competências individuais, como destaca Oliveira (2007, p. 113). Esta é considerada uma das principais situações em que é possível se extrair possibilidades de imersão em conteúdos, e de forma inovadora. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Multimeios Aplicados à Educação – Temas 1 ao 6 ........ Página 33 de 39 Neste contexto, percebe-se então a necessidade de organizar uma estrutura
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