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GRUPO DE ESTUDO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA / CETEC TÉCNICO EM GUIA DE TURISMO ‐ MODALIDADE EaD Álvaro Correa Neto Andressa Gomes de Assis Giovana Domingues Derosa Luma Klingohr Marcos Luiz Brazelino Sérgio Alves de Sene UMA VIAGEM AO CONTEXTO HISTÓRICO, SOCIAL E NATURAL Paraty, Angra dos Reis e Ilha Grande São Paulo 2023 Álvaro Correa Neto Andressa Gomes de Assis Giovana Domingues Derosa Luma Klingohr Marcos Luiz Brazelino Sérgio Alves de Sene UMA VIAGEM AO CONTEXTO HISTÓRICO, SOCIAL E NATURAL Paraty, Angra dos Reis e Ilha grande Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Guia de Turismo – modalidade EaD, orientado pelo Prof. Wagner Caron Medeiros Batista, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Guia de Turismo. São Paulo 2023 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 5 1.2 OBJETIVO ...................................................................................................................... 6 2. ROTEIRO TURÍSTICO ..................................................................................................... 7 2.1 DESTINO ........................................................................................................................ 8 2.1.1 - PARATY .................................................................................................................... 8 2.1.1.1 DADOS E INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS .................................................... 8 2.1.1.2 HISTÓRIA E CULTURA LOCAL ......................................................................... 10 2.1.2 – ANGRA DOS REIS ............................................................................................... 12 2.1.2.1 DADOS E INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS .................................................. 12 2.1.2.2 HISTÓRIA E CULTURA LOCAL ......................................................................... 13 2.1.3 – ILHA GRANDE ...................................................................................................... 16 2.1.3.1 DADOS E INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS.................................................. 16 2.1.3.2 HISTÓRIA E CULTURA LOCAL ......................................................................... 17 3.REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 19 4 1. INTRODUÇÃO O turismo pedagógico é uma metodologia que busca aproximar os estudantes da realidade, e faz com que eles passem a observar o meio em que vivem, dentro dos aspectos culturais, sociais, econômicos, históricos, artísticos e naturais, e é baseado na proposta pedagógica de Freinet. É caracterizado como saída de estudo do meio, onde a escola consegue unir o conhecimento prático com o teórico, de forma a enriquecer as percepções do estudante com locais, culturas, objetos e pessoas diferentes. De acordo com Milan (2007, p.14) mais do que momentos de lazer ou fuga da rotina diária, as atividades extraclasses são oportunidades de transmitir informações acerca de diversos assuntos, e proporciona uma formação de um conjunto importante de valores históricos e contemporâneos, na tentativa de induzir atitudes de conscientização, respeito e proteção por parte dos visitantes. O turismo pedagógico promove o desenvolvimento humano, social e educacional, e é uma poderosa ferramenta de apoio pedagógico se alinhada com as diretrizes educacionais. É uma oportunidade de reunir múltiplos saberes e correlacionar diversas disciplinas e conteúdos com a realidade. O nosso roteiro propõe tornar o aprendizado pertinente e interativo de forma a contextualizar a história, a natureza a conceitualização geográfica e cultural nas cidades de Paraty, Angra dos Reis e Ilha Grande. Através de vivências, observação, atividades práticas e momentos de lazer e socialização entre os estudantes. Portanto segundo Louzeiro (2019), o turismo pedagógico representa a oportunidade de explorar a relação homem-espaço nas mais variadas perspectivas de análise do conhecimento humano de forma interativa, prazerosa e multidisciplinar, e traz consigo a eminente possibilidade de preservação do patrimônio natural, histórico e cultural dos locais visitados. 5 1.1 JUSTIFICATIVA Proporcionar aos estudantes conteúdos biológicos e históricos, com a utilização de educadores e guias e /ou monitores capacitados a conduzi-los em um paraíso ecológico com o intuito de trabalhar a educação ambiental, a preservação e a observação da fauna e flora típica desses ecossistemas. Trabalhar questões históricas a partir do extermínio dos povos originários/ indígenas, conhecer sobre a pirataria e a pirataria atual e comércio de povos escravizados, onde realizaremos visitas as Ruínas do Lazareto “manicômio”, assim como entender o funcionamento de uma usina nuclear de forma a debater os impactos positivos e negativos deste segmento de energia. Conhecer o centro histórico de Paraty, bem como a arquitetura do período colonial. 6 1.2 OBJETIVO Elaborar um roteiro completo, cujo intuito seja conduzir estudantes em uma imersão histórica, social, e ambiental, incluindo toda a logística envolvida no projeto de viagem a Angra dos Reis, Ilha Grande, e Paraty na região fluminense do Rio de Janeiro, com saída de escolas de Campinas e região. 7 2. ROTEIRO TURÍSTICO Com a possibilidade de tornar o roteiro mais atrativo e o conhecimento mais pertinente, a viagem pedagógica para estudo de campo as cidades de Paraty, Angra dos Reis e Ilha Grande pode proporcionar aos estudantes do Colégio um amplo conhecimento a história, cultura, geografia e aspectos ambientais dessa região que é considerada como um dos mais belos destinos, assim como paraíso ecológico e um dos lugares mais belos do Brasil. 8 2.1 DESTINO 2.1.1 - PARATY 2.1.1.1 DADOS E INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS Paraty é uma cidade do Estado do Rio de Janeiro. O município se estende por 925,1 km². Situado a 11 metros de altitude, o município de Paraty tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 23° 13' 0'' Sul, Longitude: 44° 43' 4'' Oeste. Fonte: Google maps Para quem decidir viajar para Paraty saindo do Rio de Janeiro, o melhor caminho é pela BR-101 ou estrada Rio-Santos. Já para quem vai a Paraty de carro saindo de São Paulo, há vários caminhos possíveis, pode ser, por exemplo, via rodovia Ayrton Senna-Carvalho Pinto ou pegando a BR-116, que é a via Dutra até Guaratinguetá, chegando lá pegue a saída para Paraty, pela BR-459. Nossa cidade de origem será Campinas no estado de São Paulo e a distância percorrida será aproximadamente de 327 km via BR-459, BR-116 e Rod. Dom Pedro I. A população de Paraty (RJ) chegou a 44.872 pessoas no Censo de 2022, o que representa um aumento de 19,55% em comparação com o Censo de 2010. Os resultados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior aumento populacional registrado na Costa Verde e um dos maiores do Estado do Rio de Janeiro. O Censo constatou ainda que cidade registra 9 uma média 2,79 moradores por domicílio e uma densidade demográfica de 48,55 pessoas por km2. Quem nasce em Paraty é Paratiense, gentílico que nomeia um povo repleto de história Parati se caracteriza pelo clima quente e úmido. A temperatura média anual é de 27 ºC. Para quem quer aproveitar as praias a melhor época do ano é o verão. Durante o resto do ano as temperaturasficam mais amenas. A presença da Mata Atlântica garante a diversidade da vegetação de Parati. Destaca-se a grande coleção de bromélias (mais de 300) que se encontra no km 184 da Rodovia Rio-Santos. Devido ao relevo irregular e aos rios que percorrem a região, são comuns a presença de cachoeiras e cascatas. Os principais rio que perpassam a cidade são Rio Perequê-açu (12,05%), Rio do Funil (11,66%), Rio Mambucaba (8,25%). Paraty é o lar do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Os municípios limítrofes são os municípios de Cunha, Angra dos Reis e Ubatuba. Nossa cidade de origem será Campinas no estado de São Paulo e a distância percorrida será aproximadamente de 327 km via BR-459, BR-116 e Rod. Dom Pedro I, Trajeto c/ pedágios. Trajeto mais rápido agora devido às condições de trânsito. 10 2.1.1.2 HISTÓRIA E CULTURA LOCAL Paraty é uma cidade localizada na região sul do estado do Rio de Janeiro que foi descoberta pelos portugueses durante o processo de busca por ouro, no ano de 1531, porém começa a se tornar povoado em 1646 com a construção da Capela de Nossa Senhora dos Remédios, fato que foi importante para a fundação da Vila de Paraty em 28 de fevereiro de 1667, data que Paraty conquistou sua Carta Régia, que a condicionava a vila. No ano de 1726, a vila recebe outra carta que separa oficialmente a Cidade de Paraty da capitania de São Paulo, tornando-a oficialmente parte do estado do Rio de Janeiro. No Ano de 1813 a vila recebe o título de condado. Por ser parte importante da formação histórica do Brasil, Paraty é declarada no ano de 1945 como Monumento Histórico e Estadual, e no ano de 1958 passa a ser Monumento Histórico e Artístico Nacional, mas somente em 2019 passa a ser reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Misto da Humanidade. Com um mix de cultura indígena, quilombola e caiçara, Paraty é rica em cultura, história e arqueologia e preserva no dinamismo de cultura atual e do turismo tradições que datam do período colonial. Pois suas terras abrangem inúmeros sítios arqueológicos e históricos como os sambaquis, fortificações da coroa portuguesa e fazendas, e preserva também o caminho conhecido como o caminho do ouro. Abriga ainda hoje 2 terras indígenas, 2 territórios quilombolas, assim como 28 comunidades caiçaras, que vivem da pesca e do manejo sustentável dos recursos. Por viver do turismo, Paraty é palco de constantes manifestações culturais, sendo a mais tradicional delas a festa da pinga, que remete aos tempos que Paraty era considerada famosa pela produção de cachaça de alta qualidade; Outra tradição da cidade é a festa do Divino Espírito Santo, que acontece todos os anos no sétimo domingo após a Páscoa, e que reúne grupos fantasiados que cantam e dançam pelas ruas do centro histórico. Outro importante festival que acontece é a Festa Literária Internacional de Paraty a FLIP, que reúne todos os anos escritores leitores e intelectuais do mundo 11 todo na cidade, esta feira homenageia todos os anos um grande nome da literatura brasileira. 12 2.1.2 – ANGRA DOS REIS 2.1.2.1 DADOS E INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS O município de Angra dos Reis localiza-se a beira mar no estado do Rio de Janeiro e possui em seu litoral 365 ilhas e uma área de 816,3 km². Fonte: Google maps As opções para chegar em Angra dos Reis são por terra ou pelo ar. Já que pelo mar não existem linhas marítimas regulares. Sendo que a principal via terrestre é pela BR-101. Segundo o último censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2022, a população da cidade de Angra dos Reis-RJ é de 167.418 habitantes e o gentílico é angrense. Podemos observar na cidade, que o relevo é caracterizado pela proximidade da Serra do Mar, que por ser junto ao oceano, forma uma costa rochosa recortada com diversas reentrâncias e pontões. Conforme dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) o clima da região é considerado tropical com chuvas de verão. Em Angra dos Reis existem vários rios que cortam os principais bairros da cidade, que são os rios: Mambucaba, Perequê, Bracuí, Ariró e Pontal. Os municípios limítrofes do nosso destino são Rio Claro, Paraty e Mangaratiba, no território fluminense e Bananal e São José do Barreiro, no lado paulista. A distância de Angra dos Reis da capital é 157km. E da nossa cidade de origem Campinas-SP até nosso destino iremos percorrer aproximadamente 429km. 13 2.1.2.2 HISTÓRIA E CULTURA LOCAL Angra dos Reis, município localizado no litoral sul do estado do Rio de Janeiro - também conhecido como Costa Verde é uma das mais antigas cidades do Brasil. As terras do município foram descobertas oficialmente pelo navegador Gonçalo Coelho capitão-mor da expedição de 1501, no dia 6 de janeiro de 1502, dois anos após o Descobrimento do Brasil. Consta, entretanto, que muito tempo antes, a tribo dos Índios Guaianases já desfrutava de suas intocáveis belezas. Como era dia dos Reis Magos, recebeu este nome devido a enorme angra, define-se “angra” como “curva-costeira” que torna possível a entrada do mar; enseada. (ANGRA,2023). Pontilhada de ilhas paradisíacas, montanhas, rios e florestas, além de um mar profundamente azul. Bem antes, os índios tamoios já desfrutavam de toda a beleza do lugar. A abundância de recursos naturais e sua exuberante paisagem certamente atraíram os primeiros colonizadores. Sua localização geográfica, propícia ao corso, atraiu piratas de várias nacionalidades, algum tempo depois. A primeira colonização foi feita no continente, em 1530, por uma expedição a mando da Coroa de Portugal. Os colonizadores só chegaram em 1556, vindos dos Açores, fixaram-se junto a uma enseada e criou-se ali um povoado. Tornou-se vila em 1608 recebendo o nome de Vila dos Reis Magos da Ilha Grande. A elevação de cidade de Angra dos Reis deu-se em 1835. A Região de Angra propícia à navegação, marcou positivamente a economia da região. O porto da cidade tornou-se grande exportador de produtos agrícolas vindos de São Paulo e Minas Gerais. A primeira atividade econômica de Angra foi a cultura da cana-de-açúcar, além de servir de parada no trajeto entre Santos e Rio de Janeiro. Depois, exportando e importando os produtos de Minas Gerais e São Paulo, chegou a ser um dos maiores portos do Brasil. Na época do império, Angra conheceu um grande apogeu, durante o ciclo do café. Nos fins do século, porém, abriu-se à estrada de ferro São Paulo-Rio, terminando com as vantagens que Angra oferecia às comunicações entre as duas cidades. Logo depois, em 1888, a abolição da escravatura acabou com a mão-de- obra essencial para a agricultura, o município parou. Só meio século depois, com o 14 estabelecimento de uma estrada de ferro para Minas Gerais e a reativação do porto, Angra voltou a crescer. Com a chegada do século XX, fatores decisivos modificaram o panorama e as perspectivas do Município. Dentre eles se destacam a construção de um novo porto, a instalação do Estaleiro Verolme, a instalação da Usina Nuclear e grandes empreendimentos turísticos, além da abertura da rodovia Rio-Santos e a construção da Petrobrás. Em Angra dos Reis é organizada a festa em homenagem ao Divino Espírito Santo, com 10 dias de duração, a comemoração envolve atividades religiosas e culturais. Tem sua origem em Portugal, surgiu em Alenquer, no século 14, e chegou à Angra no século 17, trazida pelos Carmelitas. A festa conta com um preparatório de novenas, missas e procissões das bandeiras do Divino, saindo das comunidades católicas que pertencem a Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Além antigas danças folclóricas como dos Coquinhos, Lanceiros, Jardineiras, Velhos e Marujos, que representam o Império do Menino. Há também apresentações musicais com artistas da terra. A parte religiosa da festividade conta com novena, procissões das bandeirase missas na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Além dessa festa, o município conta com outras manifestações populares: Desde 1997, todo ano é realizada a Semana da Vela de Angra dos Reis; Campeonato Brasileiro de Hipismo Rural; Angra Elétrico – A Micareta de Angra dos Reis. Em outubro; Festival do Mexilhão de Cultivo da Ilha Grande; Festa de N. S. da Imaculada Conceição; Há uma procissão de barcos que acontece no réveillon e a Festa Internacional de Teatro de Angra (FITA) é um evento que reúne peças de teatro realizado anualmente na cidade de Angra dos Reis. Sua primeira edição foi realizada em 2004 e cada edição presta homenagem a profissionais das artes cênicas. O município possui grande diversidade cultural, surgida através da presença de aldeias indígenas, quilombolas, caiçaras e uma comunidade cigana na região. A única aldeia indígena de Angra dos Reis e maior do estado: a Sapukai, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE, a comunidade é formada por 339 indígenas da tribo guarani. O Quilombo Santa Rita Bracui, em Angra dos Reis-RJ, foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares. Na defesa de direitos, seus moradores transformaram em bandeira de luta e afirmação da identidade http://www.angraonline.com/acontece/mexilhao/mexilhao.htm http://www.angraonline.com/acontece/mexilhao/mexilhao.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Angra_dos_Reis https://pt.wikipedia.org/wiki/2004 https://g1.globo.com/economia/censo/noticia/2023/08/07/censo-do-ibge-brasil-tem-17-milhao-de-indigenas.ghtml 15 quilombola a sua própria história, a vigorosa tradição oral e o patrimônio do jongo (expressão de dança, canto e versos diretamente ligados ao legado africano no Brasil). Existe um acampamento cigano do Perequê, bairro de Angra dos Reis, nesse acampamento encontra-se casas e barracas. Não se sabe qual o número de ciganos no município, uma vez que identidades étnicas, como a cigana, não são reconhecidas pelo censo brasileiro. 16 2.1.3 – ILHA GRANDE 2.1.3.1 DADOS E INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS Ilha Grande está inserida em um arquipélago com outras 187 ilhas e ilhotas, localizada na costa oeste de Rio de Janeiro. Embora juridicamente pertença ao município de Angra dos Reis tem sede na vila de Abrãao, e fica de frente com as cidades de Mangaratiba e Paraty. 80% de seu território pertence a União e são considerados áreas protegidas e administrada pelo INEA (Instituto Estadual de Ambiente). Possui uma área plana de 193 km², de topografia montanhosa e com vários picos, seu relevo é coberto por mata atlântica e afloramento rochoso de estreitas planícies costeiras. Graças a sua localização geográfica e altitude em relação ao nível do mar, tem clima considerado como clima tropical com inversos secos e frios e verões quentes chuvosos, de temperatura que varia ao decorrer do ano de 12ºC a 36º. A população da ilha segundo o IBGE no censo de 2010 é de 7000 habitantes que vivem basicamente do turismo e da pesca em aproximadamente 13 núcleos. O acesso a Ilha acontece exclusivamente via embarcações, as saídas acontecem diariamente com saídas de Mangaratiba e Angra do Reis e a chegada a Ilha acontece pela vila de Abraão e possui tempo médio de 80 minutos Fonte: https://www.ilhagrande.com.br/mapas/ 17 2.1.3.2 HISTÓRIA E CULTURA LOCAL Como toda sua região, a Ilha Grande era primitivamente habitada por Indígenas tamoios e tupinambás, e deles receberam o nome de Ipaum (Ilha) Guaçu (Grande). Também foram os nativos que abriram as trilhas utilizadas até hoje. Por conta de sua localidade, Ilha Grande era alvo constantes atos de pirataria e com o fim da pirataria, foram os comerciantes ilegais de escravos que passaram a buscar refúgio nas tranquilas enseadas da Ilha. Apenas em 1850 a marinha brasileira, sob pressão inglesa, passou a patrulhar suas águas. A plantação de café, açúcar e a pesca da baleia passaram a ser as principais atividades, no final do século passado. No início do século XX, no entanto, essas atividades praticamente se extinguiram. A vegetação retomou o lugar antes ocupado pelas fazendas e os ilhéus passaram a ocupar-se exclusivamente da pesca. Nos anos 70 a Ilha Grande foi transformada em Parque Estadual e foi criada a Reserva Biológica da Praia do Sul. Como testemunhas do passado, ficaram a pequena Igreja de Santana, Mansão do Morcego, Farol dos Castelhanos, Ruínas do Lazareto e as Ruínas do Antigo Aqueduto, além de saborosas histórias de piratas. Já não é mais comum encontrar artesanato local em Ilha Grande, pois os jovens que ainda residem na Ilha, não seguiram com a tradição, e grande parte do artesanato que se encontra disponível para venda em Ilha Grande, vem de fora, trazido pelos comerciantes, do continente, mas o artesanato típico eram objetos feitos com recursos vindo do mar como conchas caramujos e cipós. A cultura mais marcante na Ilha, ainda é a cultura caiçara que tem grande influência Indígena, portuguesa, espanhola e holandesa, mas que hoje não vivem exclusivamente da pesca e plantio para sobreviverem. Ainda hoje é comum encontrar grupo de moradores dançando o calango, que é uma dança típica que tem o poder de atrair moradores de comunidades vizinhas para dançar em dias de comemoração, mas o mais comum nos dias atuais é encontrar grupos de forró em bares e festas que acontecem pela Ilha. O Território da Baía da Ilha Grande abriga comunidades tradicionais que são verdadeiras relíquias de nossa história e pela importância cultural, antropológica e social devem ser cuidadas e preservadas. Conta com 5 comunidades quilombolas 18 que abarcam 660 famílias distribuídas nos municípios de Angra dos Reis, Mangaratiba e Paraty. A população indígena engloba 5 aldeias, totalizando 620 índios e 140 famílias localizadas em Paraty e Angra dos Reis. Os pescadores artesanais que vivem no Território da Baía da Ilha Grande compreendem 1901 pescadores que se agregam nas Colônias de Pescadores. As caiçaras descendentes do encontro dos portugueses e dos índios trazem do passado práticas dos índios que ainda hoje se mantém na área, entre as quais, a forma de construção das canoas, é o exemplo mais característico. A população indígena produz artefatos que são vendidos em Paraty e Angra dos Reis produzindo seus alimentos, que constam de milho, mandioca, batata doce, feijão, amendoim e da mata extraem material para construção das casas, fazem cestos, arcos, objetos de rituais. Praticam danças e cânticos próprios. Os quilombolas vivem de agricultura, da pesca, artesanatos e ainda mantém suas manifestações culturais entre as quais destaca-se suas danças, como o jongo. Preserva-se, assim, na área a memória do jongo, sendo que em 2005 o jongo do Sudeste recebeu o título de Patrimônio Cultural Brasileiro. 19 3.REFERÊNCIAS SCREMIN, Juliane; JUNQUEIRA, Sérgio. Aprendizado diferenciado: turismo pedagógico no âmbito escolar. Caderno de Estudos e Pesquisa de Turismo, Curitiba, v. 1, p. 26-42, 2012. Disponível em: <turismo-7031-libre.pdf (d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net). Acesso em: 22 ago. 2023. DA SILVA LOUZEIRO, Flavia Oliveira. Experimentando o conhecimento: o Turismo Pedagógico como ferramenta para o Ensino Profissional. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), v. 12, n. 1, 2019. Disponível em: <https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6582>. Acesso em: 22 ago. 2023. DE MORAIS, Rosiane; DE ANDRADE, Luciana Paes; GUEDES, Neiva Maria Robaldo. Turismo Pedagógico: ressignificando a aprendizagem. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), v. 13, n. 1, 2020. Disponível em: < https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6742>. Acesso em: 22 ago. 2023. DA SILVA, Ana Alice Francisca et al. PARATY E ILHA GRANDE CULTURA E BIODIVERSIDADE. Revista W/Educação,v. 3, n. 1, p. 245-255, 2020. GOOGLE MAPS. Disponível em <https://www.google.com/maps/place/Angra+dos+Reis,+RJ/@-40.0297442,- 47.6151762,3.52z/data=!4m6!3m5!1s0x9c5253944d458d:0xd96796845bd7fd3!8m2! 3d-23.0069216!4d-44.3185172!16s%2Fg%2F1ymvznmww?authuser=0&entry=ttu> acesso em: 10 set.2023. GOOGLE MAPS. Disponível em : <https://www.google.com.br/maps/dir/Paraty,+Rio+de+Janeiro>. Acesso em 12 set.2023. 20 IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br> acesso em: 10 Set. 2023 INMET: Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em: <https://portal.inmet.gov.br>. Acesso em 10 Set. 2023. PARATY: Paraty, Turismo, Cultura e Natureza Disponível em: < https://paraty.com.br/>. Acesso em 09 Set. 2023 Rio de Janeiro Aqui: Reportagem: FLIP, Festa do Livro. Disponível em: < https://www.riodejaneiroaqui.com/portugues/paraty_flip.html>. Acesso em 10 Set. 2023. IPHAN: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Disponível em: < http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1510/>. Acesso em 10 Set. 2023. Prefeitura de Paraty: Sobre a Cidade. Disponível em: < https://www.paraty.rj.gov.br/a-cidade/sobre>. Acesso em 10 Set. 2023. INFOSANBAS: Informações Contextualizadas sobre Saneamento no Brasil Disponível em: https://infosanbas.org.br/municipio/paraty-rj/. Acesso em: 13 Set.2023. Prefeitura de Paraty: Notícia: Censo 2022. Disponível em: https://www.paraty.rj.gov.br/informativo/noticias/censo-de-2022>. Acesso em 12 set.2023. 21 Ilha Grande Localização e Dados. Disponível em <https://www.ilhagrande.com.br/ilha-grande/localizacao-e-dados/>. Acesso em 16 set.2023. Ilha Grande Arte e Cultura. Disponível em <https://www.ilhagrande.com.br/ilha- grande/arte-e-cultura/>. Acesso em 16 set.2023. Secretaria de desenvolvimento Territorial. Disponível em < http://unacoop.org.br/unac/wp-content/uploads/2014/02/diagterritorial.pdf>. Acesso em 17 set. 2023. Visite Ilha Grande. Disponível em < https://visite.angra.rj.gov.br/ilha-grande.asp>. Acesso em 17 set. 2023. IBGE. Angra dos Reis: história.[2010?]. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/angra-dos-reis/historico> Acesso em: 11 set. 2023. HIGHIMOVEIS. Festas Em Angra Dos Reis: Um Punhado Para Escolher E Se Divertir. [15 mar. 2021]. Disponível em: <https://high.imb.br/festas-em-angra-dos- reis/#:~:text=Entre%20missas%2C%20divertimentos%20e%20muitas,representam% 20o%20Imp%C3%A9rio%20do%20Menino.> Acesso em: 11 set. 2023. LIMA.Vinicius/MATHIAS.Lucas. Censo do IBGE: Conheça a Aldeia Sapukai, única de Angra dos Reis e maior do estado do RJ. [07 ago. 2023]. Disponível em: <https://high.imb.br/festas-em-angra-dos-https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa- verde/noticia/2023/08/07/censo-do-ibge-conheca-a-aldeia-sapukai-unica-de-angra- dos-reis-e-maior-do-estado-do-rj.ghtml> Acesso em: 11 set. 2023. https://high.imb.br/2021/03/15/ https://high.imb.br/2021/03/15/ https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2023/08/07/censo-do-ibge-conheca-a-aldeia-sapukai-unica-de-angra-dos-reis-e-maior-do-estado-do-rj.ghtml https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2023/08/07/censo-do-ibge-conheca-a-aldeia-sapukai-unica-de-angra-dos-reis-e-maior-do-estado-do-rj.ghtml https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2023/08/07/censo-do-ibge-conheca-a-aldeia-sapukai-unica-de-angra-dos-reis-e-maior-do-estado-do-rj.ghtml 22 ALVES.Dayane. Identidade cigana ganha destaque em projeto da UFF Angra dos Reis. [31 jul. 2017]. Disponível em: < https://www.uff.br/?q=noticias/31-07- 2017/identidade-cigana-ganha-destaque-em-projeto-da-uff-angra-dos-reis> Acesso em: 11 set. 2023. FONTES.Paulo. Quilombo do Bracuí, Angra dos Reis. [30 mai. 2022]. Disponível em: http://abet-trabalho.org.br/quilombo-do-bracui-angra-dos-reis-rj/> Acesso em: 11 set. 2023. https://high.imb.br/2021/03/15/
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