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WBA1045_v1.0 Seminários Clínicos Estudos de casos clínicos – Ansiedade Compreensões acerca da ansiedade Bloco 1 Autora: Gabriela Fabbro Spadari Palestrante: Aline Monique Carniel Compreensões acerca da ansiedade Um transtorno mental é uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. Transtornos mentais estão frequentemente associados ao sofrimento ou incapacidade significativos que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes. (APA, 2014) Compreensões acerca da ansiedade Ansiedade incluem critérios que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura. (APA, 2014) Compreensões acerca da ansiedade Os transtornos de ansiedade se classificam em: Transtorno de ansiedade de separação. Mutismo seletivo. Fobia específica. Fobia social. Transtorno de pânico. Agorafobia. Transtorno de ansiedade generalizada e Transtorno de ansiedade por substância/medicamento. (APA, 2014) Compreensões acerca da ansiedade • 9,3%, ou seja, mais de onze milhões de pessoas, sofrem de distúrbios relacionados à ansiedade. • Para cada duas mulheres com ansiedade, apenas um homem sofre do transtorno (SHINOHARA; NARDI, 2001). Compreensões acerca da ansiedade A ansiedade é descrita como um conjunto de consequências comportamentais e fisiológicas relacionadas às situações de luta ou fuga diante a situações de perigo (Knapp & Caminha, 2003). Fonte: Arina Kumysheva/iStock.com. Figura 1 - Ansiedade Para ter acesso ao recurso interativo, assista à videoaula. Compreensões acerca da ansiedade De acordo com Porto et al. (2008), tais reações fisiológicas envolvem falta de ar, sudorese, tontura, taquicardia, tremores, entre outras. Dentre as bases biológicas da ansiedade estão áreas cerebrais como amígdala, córtex pré- frontal orbita e medial, tálamo, hipotálamo, hipocampo, dentre outros. Demonstra, assim, ser um processo não só comportamental como também neurobiológico (Porto, et al., 2008). Compreensões acerca da ansiedade Tabela 1 – Principais crenças • É extremamente necessário ser amado e aprovado pelas pessoas que me são importantes. • Para se ter valor, é necessário ser competente e bem sucedido em todos os aspectos da vida. • É terrível e catastrófico quando as coisas não acontecem do jeito que gostaríamos muito que ocorresse. • Se algo pode ser perigoso ou assustador, devemos ficar terrivelmente preocupados e ficar ruminando sobre sua possível ocorrência. • É mais fácil evitar do que enfrentar certas dificuldades ou responsabilidades da vida. • Deve-se ficar extremamente preocupado com os problemas e as preocupações de outras pessoas. • Há invariavelmente uma solução certa, precisa e perfeita para os problemas humanos e é catastrófico se essa solução perfeita não é encontrada. Fonte: adaptada de Lipp (1999). Estudos de casos clínicos – Ansiedade Transtorno de Ansiedade Generalizada e a TCC Bloco 2 Autora: Gabriela Fabbro Spadari Palestrante: Aline Monique Carniel Transtorno de Ansiedade Generalizada e a Terapia Cognitivo Comportamental O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é definido como um transtorno psiquiátrico crônico e persistente que se caracteriza pela preocupação excessiva. (DUGAS; ROBICHAUD, 2009) Transtorno de Ansiedade Generalizada e a Terapia Cognitivo Comportamental De acordo com o Diagnóstico Estatístico de Saúde Mental (DSM V) (APA, 2014), deve durar pelo menos seis meses e ser acompanhada de pelo menos três dos seguintes sintomas: Inquietação. Irritabilidade. Fatigabilidade. Perturbação do sono. Tensão muscular e/ou dificuldade de concentração. Transtorno de Ansiedade Generalizada e a Terapia Cognitivo Comportamental Segundo dados da Organização Mundial da Saúde a proporção da população mundial com desordens de ansiedade em 2015 foi estimada em 3,6%, sendo mais comuns entre as mulheres que em homens (4,6% comparado à 2,6% a nível mundial). (OMS, 2001) Transtorno de Ansiedade Generalizada e a Terapia Cognitivo Comportamental Mais especificamente com relação ao TAG nos Estados Unidos, a prevalência estimada na população de maneira geral foi de 3,1%, de 2001 a 2003 e este fator aumenta para 5,7% quando considerado o período de vida do paciente, sendo também o risco entre as mulheres o dobro com relação aos homens (KESSLER; WANG, 2008). Estudos de casos clínicos – Ansiedade Tratamento e aplicabilidade da TCC para casos de ansiedade Bloco 3 Autora: Gabriela Fabbro Spadari Palestrante: Aline Monique Carniel Tratamento e aplicabilidade da TCC para casos de ansiedade É focado no aumento da consciência por parte do paciente de seus pensamentos automáticos, e um trabalho posterior terá como foco as crenças nucleares e subjacentes. (CLARK; BECK, 2012) Fonte: Irina_Strelnikova/iStock.com. Figura 2 –Tratamento e aplicabilidade da TCC para ansiedade Tratamento e aplicabilidade da TCC para casos de ansiedade O tratamento pode começar identificando e questionando pensamentos automáticos, o que pode ser feito a partir da orientação do terapeuta para que o paciente avalie tais pensamentos, principalmente quando há uma excitação emocional durante a sessão. (KNAPP; BECK, 2008) Teoria em Prática Bloco 4 Autora: Gabriela Fabbro Spadari Palestrante: Aline Monique Carniel Teoria em Prática Caso Jorge: Jorge, sexo masculino, 39 anos, procura um médico, pois relata sentir uma ansiedade assustadora devido à uma palestra que deverá fazer em breve. Recentemente, assumiu um novo cargo na empresa que exige este tipo de atividade. Esse é um cargo importante de gerência que elevou o seu status profissional e melhorou sua qualidade de vida. Disse que hoje faz coisas “realmente importantes e, além disso, é seu próprio chefe. Gosta da atividade que exerce, pois é desafiadora e, ele tem liberdade para decidir a melhor forma de abordar um problema. Porém, sua preocupação com a palestra o impede de dormir. Somado a isso, sente uma sensação constante de opressão no peito. Teoria em Prática Caso Jorge (continuação): No passado, sempre evitou falar em público; quando isso acontecia, era para um grupo pequeno. Entretanto, a palestra será para um grupo maior: mais de 50 pessoas. Sabe que precisa fazer a palestra se quiser ascender ainda mais na empresa e “mostrar o seu valor” aos amigos e familiares. Quando questionado sobre o que temia acontecer afirmou que no fundo tem medo de não ter as habilidades necessárias para o cargo, e que sempre teve medo de falar em público, com medo de “fazer alguma burrice” ou de se colocar em uma posição embaraçadora. • A partir do exposto, aponte como você abordaria o caso e quais técnicas utilizaria. Norte para Resolução • Inicialmente, identificar as crenças irracionais relacionadas ao medo da exposição. • Utilizar técnicas para melhorar a exposição dele ao evento, como: treino de respiração profunda; relaxamento. • Técnica de Psicoeducação do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). • Debate socrático: proporcionar uma descoberta guiada, enfraquecer ou eliminar pensamentos disfuncionais e fortalecer para o enfrentamento das situações da vida. Dicas do(a) Professor(a) Bloco 5 Autora: Gabriela Fabbro Spadari Palestrante: Aline Monique Carniel Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO),repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Leitura Fundamental Indicação de leitura 1 Efeito de diferentes intervenções cognitivo-comportamentais sobre a ansiedade social: um ensaio clínico randomizado. Este trabalho discorre acerca dos transtornos de ansiedade e a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) como objetivo de propiciar a identificação e a modificação das crenças disfuncionais, acarretando no alívio dos sintomas e melhora na qualidade de vida. Referência: NEUFELD, Carmem B. Efeito de diferentes intervenções cognitivo-comportamentais sobre a ansiedade social: um ensaio clínico randomizado. 2017.Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2017. Indicação de leitura 2 A efetividade da terapia cognitivo-comportamental na redução da ansiedade infantil. Este trabalho apresenta estudos sobre a eficácia da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) na redução da ansiedade em crianças. Referência: LIMA, A. C. R. de; MELO, B. A. D. A Efetividade da terapia cognitivo-comportamental na redução da ansiedade infantil. Psicologia E Saúde Em Debate, 6(1), p. 213–226, 2020. Dica do(a) Professor(a) Filme Divertidamente. • Direção de Pete Docter. EUA: Walt Disney Pictures, 2015. 1 DVD (95 minutos). AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. APA. DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014. CLARK, D. A.. BECK, A. T. Terapia Cognitiva para transtornos de Ansiedade: guia do terapeuta. Porto Alegre: Artmed, 2012. DUGAS, M. J.; ROBICHAUD, M. Tratamento Cognitivo-Comporta- mental para o Transtorno de Ansiedade Generalizada: da ciência a prática. Rio de Janeiro: Editora Cognitiva, 2009. KESSLER, R.C.; WANG, P.S. The descriptive epidemiology of commonly occurring mental disorders in the United States. Annu Rev Public Health, 29, p. 115-29, 2008. KNAPP, P.; CAMINHA, R. M. Terapia cognitiva do transtorno de estresse pós-traumático. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 25, p. 31-36, 2008. KNAPP, P.; BECK, A.T. Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 30, n. 2, p. 54-64, 2008. LEAHY, R. Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed, 2011. LIPP, M.E.N. O stress está dentro de você. São Paulo: Contexto, 1999. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. OMS. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID- 10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. (2001). In: Relatório sobre a saúde no mundo 2001. Saúde mental: nova concepção, nova esperança. Brasília: Gráfica Brasil. Referências Bons estudos!
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