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A LEI N° 13.300, DE 23 DE JUNHO DE 2016 inovou o ordenamento jurídico ao regulamentar o mandado de injunção individual e o coletivo. Como se sabe, em julgamento histórico sobre o direito de greve dos servidores públicos, ocorrido antes da Lei acima descrita, o STF evoluiu na sua jurisprudência e passou a adotar a corrente concretista direta geral no mandado de injunção coletivo. Ao resumir o tema, o ministro Celso de Mello salientou que "não mais se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omissão, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis - a quem se vem negando, arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República". Dessa forma, questiona-se: A) Lei 13.300/2016 também aderiu a posição concretista direta geral, tal qual o STF? R:Não, a lei n 13.300/2016 não aderiu a posição do STF. A tese concretista direta diz que o Judiciário deverá implementar uma solução para viabilizar o direito do autor e isso deverá ocorrer imediatamente (diretamente), não sendo necessária nenhuma outra providência, a não ser a publicação do dispositivo da decisão. A Lei 13.300/2016 adotou, em regra, a tese concretista intermediária individual. B) O que diz a corrente adotada como regra pela Lei 13.300/2016? R: Em regra é a intermediária individual que diz que a solução “criada” pelo poder judiciário para sanar a omissão estatal valerá apenas para o autor MI. Na corrente concretista intermediária individual, quando expirar o prazo, caso o impetrado não edite a norma faltante, a decisão judicial garantirá o direito, liberdade ou prerrogativa apenas ao impetrante. C) O rol de legitimados para impetrar o mandado de injunção coletivo é o mesmo do mandado de segurança coletivo? R: Não, o rol de legitimados para impetrar o mandado de injunção coletivo não é o mesmo do mandado de segurança coletivo. O Artigo 12 da LM, deixa claro que o rol de legitimados ativos no mandado de injunção coletivo é maior do que os legitimados que podem propor mandado de segurança coletivo especificado no artigo 21 da lei nº 12.016/2009, sendo de se destacar a legitimidade do MP e da Defensoria Pública.
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