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Economia e mercado unip - Logística

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS 
Cursos Superiores Tecnológicos 
__________________________________________ 
 
 
ECONOMIA 
 
E 
 
MERCADO 
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________ 
 
versão: 1sem2013 Professor: Paulo Sérgio Talachia 
ECONOMIA E MERCADO – PROGRAMA 
 
Introdução 
Panorama Econômico/financeiro do Brasil 
- Dimensões e desigualdades sócio-econômicas 
- Abordagem histórica da economia brasileira 
- Desenvolvimento regional e impacto financeiro 
 
1. Economia 
- Conceito 
- Análises Positiva e Normativa 
- A relação com outras áreas do conhecimento 
- Evolução do Pensamento Econômico 
- Divisão do estudo econômico 
 
2. O Problema Econômico 
- Questões centrais da Economia 
- A razão de ser da Economia 
- A escassez dos Fatores de Produção 
- Aproveitamento dos recursos para a maximização da produção 
 
3. Mercado 
- A dinâmica dos mercados : demanda x oferta 
- Determinação de preços e quantidades 
- Ameaças e oportunidades para as organizações 
- O funcionamento do sistema econômico: regime e estrutura 
- Os fluxos fundamentais 
 
4. O Setor Público 
- O papel regulador do Estado na atividade econômica 
- Formas de ação econômica e razões da expansão da atividade pública 
 
5. O Mercado Monetário 
- Conceito e história da moeda 
- A demanda de moeda 
- A oferta de moeda 
- Criação e destruição de moeda 
- Os meios de pagamento, base monetária e o efeito multiplicador da moeda bancária 
 
6. As Variáveis Macroeconômicas 
- A importância dos agregados macroeconômicos 
- Medição da atividade econômica 
- O multiplicador da renda e seu impacto sobre as organizações 
 
7. O Mercado de Divisas Internacionais 
- As vantagens comparativas entre as nações 
- Razões do intercâmbio comercial com o exterior 
- Taxa de câmbio: conceito e formas de estabelecimento 
- O Balanço de Pagamentos 
 
8. Desenvolvimento e Crescimento Econômicos 
- Análise dos Planos Econômicos recentes e seus impactos nas organizações. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Bibliografia Básica (títulos , periódicos, etc.) 
Título/Periódico Autor Edição Local Editora Ano 
Economia Brasileira 
Contemporânea 
GREMAUD, A.P.; 
VASCONCELOS, 
M.A.S. 
4ª. São Paulo Atlas 1999/2004 
Introdução à 
economia: princípios 
de micro e 
macroeconomia. 
MANKIW, N. G. - Rio de Janeiro Campus 1999 
 
 
Bibliografia Complementar (títulos , periódicos, etc.) 
Título/Periódico Autor Edição Local Editora Ano 
Economia: notas 
introdutórias 
JORGE, F. T.; 
MOREIRA, José 
Octávio C. 
- São Paulo Atlas 1990 
Introdução ao 
desenvolvimento: Uma 
abordagem histórico-
estruturalista 
FURTADO, C. - São Paulo Ed. Paz e Terra 2000 
Economia Aplicada à 
Administração 
JORGE, F.T.; 
SILVA, F. Gomes 3ª São Paulo Futura 2001/2002 
Economia Industrial KON, Anita - São Paulo Nobel 1994 
Introdução à economia ROSSETTI, J. P. 18ª. São Paulo Atlas 2000 
Introdução à economia 
TROSTER, 
Roberto Luís; 
MOCHÓN, 
Francisco M. 
- São Paulo Makron Books 2000 
Empresas feitas para 
Vencer COLLINS, Jim - Rio de Janeiro Campus 2002 
Empresas feitas para 
Durar COLLINS, Jim - Rio de Janeiro Campus 2000 
Câmbio, Ouro e 
Dívida Externa 
GRÓFALO 
FILHO, E. - São Paulo Saraiva 2003 
Outros Sites: www.ipea.gov.br; www.bcb.gov.br; www.fazenda.gov.br 
 
ECONOMIA E MERCADO 
 
 
1 - QUESTÕES ECONÔMICAS DO DIA-A-DIA 
 
- Aumento de preços 
- Períodos de crise ou de crescimento 
- Desemprego 
- Diferenças salariais 
- Dissídios coletivos 
- Valorização / desvalorização da taxa de câmbio 
- Ociosidade de alguns setores 
- Taxas de juros 
- Déficit governamental 
- Elevação de impostos e tarifas públicas 
 
 
2 - CONCEITO DE ECONOMIA 
 
A palavra ECONOMIA vem do grego OIKOSNOMOS 
- OIKOS => CASA 
- NOMIA => LEI 
Que significa a administração de uma casa ou Estado 
 
A ECONOMIA é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem 
empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-
los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades 
humanas. 
 
- Os Fatores de Produção são escassos; 
- As necessidades humanas são ilimitadas 
- A sociedade é obrigada a decidir entre alternativas 
 
 
3 - ARGUMENTOS POSITIVOS X NORMATIVOS 
 
A economia sendo uma ciência social, utiliza, fundamentalmente, uma Análise Positiva, 
para explicar os fatos da realidade. 
 
- Os argumentos POSITIVOS são estritamente descritivos. Não contêm juízo de valor. 
Exemplo: “Se o preço da gasolina aumentar em relação a todos os outros preços, então a 
quantidade que as pessoas irão comprar de gasolina, cairá”. 
 
- No entanto, a Economia, como ciência social, trata do comportamento das pessoas e, 
frequentemente, nossos valores interferem na análise do fato econômico, na tentativa de 
equacionar problemas como desemprego, inflação, etc. 
Argumentos NORMATIVOS são análises que contêm, explícita ou implicitamente, um 
juízo de valor sobre alguma medida econômica. 
Exemplo: “O preço da gasolina não deve subir”. Está implícito na afirmação, um juízo de 
valor, se o fato é bom ou ruim. 
 
 
4 - A ECONOMIA E OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO 
 
ECONOMIA, BIOLOGIA E FÍSICA 
O início do estudo sistemático da Economia coincidiu com os grandes avanços da técnica e 
das ciências físicas e biológicas. A construção do núcleo cientifico inicial da economia, 
deu-se a partir das chamadas concepções orgânicas (biológicas) e mecanicistas (físicas). 
Daí surgiram os termos órgãos, funções, circulação, fluxos (vindos da biologia) e estática, 
dinâmica, aceleração, velocidade, forças (vindos da física). 
 
ECONOMIA, MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA 
Apesar de ser uma ciência social, a Economia é limitada pelo meio físico, dado que os 
recursos são escassos, e se ocupa de quantidades físicas e das relações entre quantidades. 
Daí surge a necessidade da utilização da Matemática e da Estatística como ferramentas para 
estabelecer relações entre variáveis econômicas. 
A Econometria é área da Economia que está voltada para a elaboração de modelos que 
combinam Teoria Econômica, Matemática e Estatística. 
 
ECONOMIA E POLÍTICA 
A Economia e a Política são áreas muito interligadas, tornando-se difícil estabelecer uma 
relação de causalidade (causa e efeito) entre elas. 
A Política fixa as instituições sobre as quais se desenvolverão as atividades econômicas. 
Nesse sentido a atividade econômica se subordina à estrutura e ao regime político. 
Mas, por outro lado, a estrutura política se encontra, muitas vezes, subordinada ao poder 
econômico. Exemplo: poder econômico dos oligopólios, monopólios, corporações e 
latifúndios. 
 
ECONOMIA E HISTÓRIA 
A pesquisa histórica é extremamente útil e necessária para a Economia, pois ela facilita a 
compreensão do presente e ajuda nas previsões para o futuro, com base nos fatos passados. 
Alguns importantes períodos históricos são associados a fatores econômicos: ciclo do ouro, 
Revolução Industrial, quebra da Bolsa de New York, crise do petróleo, etc. 
 
ECONOMIA E GEOGRAFIA 
A Geografia nos permite avaliar fatores muito úteis à análise econômica, como as 
condições geoeconômicas dos mercados, a concentração espacial dos fatores de produção, a 
localização de empresas, etc. 
Dessa relação surgem a Economia Regional, a Demografia Econômica, etc. 
 
 
 
 
ECONOMIA, MORAL, JUSTIÇA E FILOSOFIA 
Na pré-economia, antes da Revolução Industrial do séc. XVIII, a atividade econômica era 
vista com parte integrante da filosofia, moral e ética. Era orientada por princípios morais e 
de justiça. 
Idéias predominantes à época: lei da usura, preços e lucros justos, etc. 
 
ECONOMIA E DIREITO 
As relações econômicas estão condicionadas a um arcabouço de normas jurídicas, editadas 
por um Estado soberano, para um certo povo, em determinado território. 
Todas as relações de produção, consumo, utilização dos fatores de produção, são 
legitimadas por normas jurídicas. 
Exemplo: Código de Defesado Consumidor, Direito Comercial, Formulação de Políticas 
Monetária, de Crédito, Contábil, etc. 
 
 
5 - EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO 
 
PRECURSORES DA TEORIA ECONÔMICA 
 
Antiguidade 
- Aristóteles, Platão, Xenofonte. 
- Pensamentos: usura, moralidade dos juros altos, lucro justo. 
 
Mercantilismo 
- A partir do século XVI 
- Pensamentos: acumulação de riquezas por uma Nação, comércio exterior, 
entesouramento, importância da moeda (metais) 
 
Fisiocracia 
- A terra como única fonte de riqueza 
- O universo era regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais. 
 
Clássicos 
- Principal expoente: Adam Smith (1723-1790) 
- Precursor da moderna Teoria Econômica 
- Maior obra: “A Riqueza das Nações” – 1776 
- Pensamento: o mercado como regulador das decisões econômicas, independente da ação 
dos Estados (Liberalismo) 
 
Teoria Neoclássica 
- Principal representante: Alfred Marshall (1842-1924) 
- Desenvolvimento da microeconomia 
- Pensamento: o raciocínio matemático procurava isolar os fatos econômicos de outros 
aspectos da realidade social. 
 
A Era Keynesiana 
- John Maynard Keynes (1883-1946) 
- Crise mundial na década de 30 – Grande Depressão 
- Principal obra: “Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda” – 1936 
- Pensamento: prega a intervenção do Estado para ajustamento da Economia. 
 
O Período recente 
- Três características marcam a Teoria Econômica : maior consciência das limitações e 
possibilidades de aplicações da Teoria; avanço do conteúdo empírico da economia; 
consolidação das contribuições anteriores 
- O desenvolvimento da informática permitiu um processamento de informações e precisão 
sem precedentes. 
 
Os Críticos 
- Maior crítico da Teoria Econômica foi Karl Marx (1818-1883) 
- Principal obra: “O Capital” 
- Pensamento: conceito de mais-valia e forte intervenção do Estado 
 
 
6 - DIVISÃO DO ESTUDO ECONÔMICO 
 
A análise econômica, para fins metodológicos e didáticos, é normalmente dividida em duas 
áreas de estudo: a Microeconomia e a Macroeconomia. 
 
MICROECONOMIA OU TEORIA DE FORMAÇÃO DE PREÇOS 
Procura estudar, principalmente, os seguintes itens: 
 
- O comportamento do consumidor: a procura pela máxima satisfação de suas 
necessidades, dentro do limite da sua renda. Ex.: como reage o cidadão frente à variação 
nos preços dos produtos que consome? 
 
- O comportamento de empresário: A procura pelo máximo de lucros, de acordo com sua 
estrutura de custos e o tipo de mercado onde atua. Ex.: O que acontece com o lucro do 
empresário que reduz o preço de seu produto, na expectativa de aumentar as vendas e 
conquistar maior fatia do mercado? 
 
- O funcionamento dos mercados: as características de cada um, as estruturas de oferta e 
demanda. Ex.: Em um mercado com grande número de empresas, produzindo exatamente o 
mesmo produto (com as mesmas características), o que acontece quando uma delas altera o 
preço de seu produto? 
 
MACROECONOMIA 
Surgiu na década de 30, e estuda a economia sob um enfoque macroscópico. Ela se 
preocupa com o comportamento dos grupos, dos conjuntos, das coletividades. Seus estudos 
estão centrados, principalmente, nos seguintes temas: 
 
- Os agregados econômicos: ou seja, o somatório das variáveis da microeconomia. Ex.: 
como se mede o somatório de bens e serviços finais produzidos dentro do território do país? 
 
- As inter-relações entre as variáveis econômicas. Ex.: como o nível de gastos do 
governo pode afetar o PIB e o nível de emprego de um país? 
 
- As trocas de bens e serviços entre os países (comércio internacional) e o registro 
dessas trocas por meio do Balanço de Pagamentos. Ex.: como a taxa de câmbio afeta as 
exportações do Brasil para a Argentina? Quais os reflexos disso no Balanço de Pagamentos 
dos países? 
 
 
7 - O PROBLEMA ECONOMICO 
 
ECONOMIA é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem 
(escolhem) empregar os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de 
modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as 
necessidades humanas. 
Vários conceitos estão implícitos: 
- Escolha 
- Escassez 
- Necessidades 
- Recursos 
- Produção 
- Distribuição 
 
As necessidades humanas são ilimitadas. Satisfeita uma, elegemos outra, reiniciando-se o 
processo. 
No entanto, os recursos utilizáveis para a produção de bens e serviços não são suficientes 
para atender às necessidades de todos os indivíduos de uma determinada sociedade. 
Do eterno conflito entre nossas necessidades (ilimitadas) e a escassez dos recursos 
disponíveis para a produção de bens e serviços que satisfaçam nossos desejos, emerge o 
objeto da Economia: a busca de respostas para três perguntas fundamentais: 
 
- O QUE PRODUZIR? 
 
- QUANTO PRODUZIR? 
 
- COMO PRODUZIR? 
 
- PARA QUEM PRODUZIR? 
 
O QUE E QUANTO PRODUZIR? 
Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, dentro do leque de 
possibilidades de produção, quais os produtos serão produzidos e as respectivas 
quantidades. 
 
COMO PRODUZIR? 
A sociedade terá de escolher, ainda, quais os recursos de produção serão utilizados, para a 
produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os 
diferentes produtores acaba decidindo como vão ser produzidos. Os produtores escolherão 
dentre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível. 
PARA QUEM PRODUZIR? 
A sociedade terá, também, de decidir como seus membros participarão da distribuição dos 
resultados de sua produção. A distribuição da renda dependerá não só da oferta e da 
demanda nos mercados de serviços produtivos, ou seja, da determinação dos salários, das 
rendas da terra, dos juros e dos benefícios do capital, mas também, da repartição inicial da 
propriedade e da maneira como ela se transmite por herança. 
 
Podemos dizer que o objeto da Economia pode ser assim descrito: com desejos ilimitados e 
recursos escassos, o problema fundamental da Economia é a ESCASSEZ. 
 
8 - OS FATORES DE PRODUÇÃO 
Os Fatores de Produção são recursos escassos que entram na produção de bens e serviços. 
São eles: 
 
Terra 
São todos os recursos da natureza, suscetíveis de serem incorporados às atividades 
econômicas. Ex. : água, terra, minerais, florestas, etc. Só são considerados fatores de 
produção, se sua exploração for tecnologicamente viável. 
 
Trabalho 
Inclui habilidades físicas e mentais dos seres humanos, quando aplicadas na produção de 
bens e serviços. Considera apenas a mão-de-obra disponível na economia (PEA- População 
Economicamente Ativa) 
 
Capital 
Compreende máquinas, instalações, equipamentos e qualquer outro bem utilizado no 
processo produtivo, ou seja, que entrem na produção de outros bens, destinados ao 
consumo final. 
 
Outros dois fatores têm sido considerados, atualmente: Tecnologia e Capacidade 
Empresarial. 
 
 
REMUNERAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO 
 
 
FATOR DE PROUÇÃO TIPO DE REMUNERAÇÃO 
 
Trabalho Salário 
Capital Juros 
Terra Aluguel 
Tecnologia Royalties 
Capacidade Empresarial Lucros 
 
 
 
9 - CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO 
 
É o conceito teórico que demonstra como a questão da escassez impõe um limite à 
capacidade produtiva de uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre alternativas de 
produção. 
Devido à escassez de recursos, a produção total de um país tem um limite máximo, uma 
produção potencial ou de produto de pleno emprego, onde todos os recursos disponíveis 
estão sendo empregados. Não há ociosidade. 
 
 
Alternativas de 
Produção 
Máquinas 
(milhares) 
Alimentos 
(Toneladas) 
A 25 0 
B 20 30 
C 15 45 
D 10 60 
E 0 70 
 
 
Demonstrando graficamente: 
 
Curva de Possibilidades de Produção
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 10 20 30
Máquinas(milhares)
A
lim
en
to
s 
(to
n)
 
 
 
- A curva ABCDE indica todas as possibilidades de produção de máquinas e alimentos; 
- Qualquer ponto sobre a curva, indica que a economia está operando no pleno emprego; 
- Qualquer ponto interno à curva, indica que há ociosidade; 
- Qualquerponto externo à curva indica uma combinação impossível de se atingir, haja 
vista os fatores de produção e tecnologia existentes. 
 
CUSTO DE OPORTUNIDADE 
 
Como podemos observar no gráfico, dado o estoque de fatores de produção e o nível 
tecnológico, a obtenção de quantidade de alimentos só é possível com a redução (sacrifício) 
de quantidades produzidas de máquinas. 
A transferência dos fatores de produção de um bem A para produzir um bem B, implica um 
custo de oportunidade, que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem A 
para se produzir mais do bem B. 
 
Alternativas de 
Produção 
Máquinas 
(milhares) 
Alimentos 
(Toneladas) 
Sacrifício de 
Máquinas 
A 25 0 0 
B 20 30 5 
C 15 45 5 
D 10 60 5 
E 0 70 10 
 
É de se esperar que os custos de oportunidade sejam crescentes, já que quando aumentamos 
a produção de um bem, os fatores de produção transferidos dos outros produtos se tornam 
cada vez menos aptos par a nova finalidade, ou seja, a transferência vai ficando cada vez 
mais difícil e onerosa. 
Ex.: os empregados das indústrias de máquinas serão deslocados para a produção de 
alimentos. Como o processo produtivo é totalmente diferente e exige habilidades diferentes 
dos trabalhadores, o acréscimo de alimentos ocorrerá em menor proporção. 
 
 
DESLOCAMENTO DA CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO 
 
O deslocamento da CPP para a direita, indica que o país está crescendo. Isso pode ocorrer 
em função do aumento dos fatores de produção, entretanto, representa aumento de custos. 
Uma forma de evitar-se o aumento de custos, é o aumento da produção pelo incremento na 
produtividade. Esse fenômeno é fortemente observado na introdução de uma inovação 
tecnológica, maior eficiência produtiva e organizacional das empresas ou melhoria no grau 
de qualificação da mão-de-obra. 
 
 
10 – A MICROECONOMIA 
 
A Microeconomia ou Teoria dos preços, analisa a formação dos preços no mercado, ou 
seja, como o ofertante e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de 
um determinado bem ou serviço, em mercados específicos. 
A Teoria Microeconômica não deve ser confundida com a economia de empresas, pois têm 
enfoques distintos. A microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda e a 
formação dos preços no mercado. Sua visão, portanto, é a visão do MERCADO. 
Na economia de empresas, a visão é a da formação dos preços de venda a partir dos custos 
de produção. O enfoque é, portanto, contábil-financeiro. 
- Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica 
 
a) A hipótese Coeteris Paribus 
Para analisar um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese de que “tudo o 
mais permanece constante” (em latim coeteris paribus). O foco de estudo é dirigido apenas 
àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que 
outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de maneira absoluta. 
Tem-se, assim, o efeito “puro” ou “líquido” de cada uma dessas variáveis sobre a procura 
ou demanda. 
 
b) Papel dos Preços Relativos 
Na análise microeconômica, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os preços de um 
bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados) das mercadorias. 
 
- Aplicações da Análise Microeconômica 
A Teoria Microeconômica não é um manual de técnicas par a tomada de decisões do dia-a-
dia, mas mesmo assim, ela representa uma ferramenta útil para estabelecer políticas e 
estratégias, dentro de um horizonte de planejamento, tanto no nível de empresas, quanto ao 
nível de políticas econômicas. 
 
Utilidade nas empresas: 
- Política de preços 
- Previsões de demanda e faturamento 
- Localização da empresa 
- Decisões ótimas de produção 
 
Utilidade na Política Econômica: 
 - Controle de preços 
- Política salarial 
- Política de tarifas públicas 
- Política de subsídios 
- Fixação de preços mínimos na agricultura 
 
 
10.1 - DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
MERCADO 
É o local físico ou não, onde compradores se encontram com vendedores de determinados 
bens e serviços. 
Há três características essenciais no Mercado: 
- Demanda: consumidor que deseja comprar um bem ou serviço; 
- Oferta: vendedor/produtor que pretende vender esse bem ou serviço; 
- Preço do bem ou serviço: formado pela interação de desejos (oferta/demanda) de 
vendedores e compradores. 
 
 
 
TEORIAS DO VALOR 
O objeto de estudo, a razão da existência da Economia é a escassez. Quando afirmamos que 
um fator de produção ou bem é econômico, estamos afirmando que esse fator ou bem é 
escasso, possui valor e pode ser negociado no Mercado. 
E o valor das coisas torna-se mais claro quando o transformamos em moeda. 
Mas...como forma-se esse valor? Porque, por exemplo, um sanduíche tem valor monetário 
menor que um carro esportivo? 
Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo 
de utilidade. Utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos 
bens e serviços que podem adquirir no mercado. Ou seja, a utilidade é a qualidade que os 
bens econômicos possuem, de satisfazer as necessidades humanas. Como está baseada em 
aspectos psicológicos ou preferências, a utilidade difere de consumidor para consumidor. 
Existem duas teorias que procuram explicar a formação do valor. A Teoria Valor-
Trabalho e a Teoria Valor-Utilidade ou Teoria Marginalista. 
 
Teoria do Valor-Trabalho 
 Considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, através dos custos do 
trabalho incorporados ao bem. Os custos de produção eram representados basicamente pelo 
fator mão-de-obra, em que a terra era praticamente gratuita (abundante) e o capital pouco 
significativo. 
Pela Teoria do Valor-Trabalho, o valor surge da relação social entre homens, dependendo 
do tempo produtivo que eles incorporam ao bem. Nesse sentido, a Teoria do Valor-
Trabalho é objetiva: depende de custos. 
 
Teoria do Valor-Utilidade ou Marginalista 
Pressupõe que o valor de um bem se forma por sua demanda, isto é, pela satisfação que o 
bem representa para o consumidor. Ela é, portanto, subjetiva, e considera que o valor nasce 
da relação do homem com os objetos. Representa a chamada visão utilitarista, onde 
prepondera a soberania do consumidor, pilar do Capitalismo. 
 
 
A FORMAÇÃO DOS PREÇOS, DE ACORDO COM AS TEORIAS 
 
Para exemplificar, vamos considerar a produção de carros: 
 
- Do lado da Teoria do Valor-Trabalho 
Os produtores/vendedores de carros procuram satisfazer, ao máximo, também, as suas 
necessidades. Eles não precisam de carros, já que dispõem de quantidade mais que 
suficiente deles. Entretanto, precisam obter o máximo na venda de seu produto, para poder 
comprar roupas, alimentos, etc. 
Mas, para produzirem mais carros, precisam gastar mais na produção; gastar mais trabalho 
na produção dos bens. Assim, maior produção de carros exige gastos cada vez maiores. 
Os produtores/vendedores produzem de acordo com o preço. Quanto maior o preço, maior 
será a produção, que irá cobrir os gastos adicionais e gerar lucros. 
 
 
- Do lado da Teoria do Valor-Utilidade 
O consumidor de carros procura o máximo de utilidade no consumo de bens. Maiores 
quantidades de carros possuem menores quantidades de utilidade. 
Transformando a utilidade atribuída pelo consumidor no preço que ele está disposto a 
pagar, chegaremos à seguinte conclusão: quanto maior a quantidade, menor o preço que os 
consumidores estão dispostos a pagar. 
 
Val or - Tr a ba l ho P r odut or
0
5
10
15
20
25
30
35
1 2 3 4 5 6
Qua nt ida de
 
Val or - U t i l ida de C onsumidor
0
10
20
30
40
50
60
70
1 2 3 4 5 6
Quant i da de
 
Val or - U t i l i da de X Va l or - Tr a ba lho
0
10
20
30
40
50
60
70
1 2 3 4 5 6
Qua nt ida de
 
 
Observação: 
- Os produtores estão dispostos a produzir e vender mais, quando o preço aumenta; 
- Os consumidores desejam adquirir menos produtos quando o preço aumenta; 
- No cruzamento das duas retas encontramos um ponto onde há a coincidência de desejos 
de produtorese consumidores. 
 
TEORIA DA DEMANDA 
 
DEMANDA ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou 
serviço, que os consumidores desejam adquirir em determinado período ou tempo. 
A demanda depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São elas: o 
preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou 
preferência dos indivíduos. 
O preço do próprio bem é aspecto de relevância, haja vista seu aspecto limitador. Dessa 
relevância resulta a representação da demanda como uma função somente do preço. Há 
uma relação inversamente proporcional entre quantidade procurada e o preço do bem, 
coeteris paribus (tudo o mais constante). 
É a chamada Lei Geral da Demanda. 
Essa relação pode ser observada a partir dos conceitos de escala, curva de demanda ou 
função demanda: 
Função : Qd = f(P) 
 
 
 
 
Alternativa de Preço ($) Quantidade Demandada 
1,00 12.000 
3,00 8.000 
6,00 4.000 
8,00 3.000 
10,00 2.000 
Curva de Demanda do Prod. X
0
2
4
6
8
10
12
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000
Quantidade
Pr
eç
o
 
 
Dois fatores podem afetar negativamente a curva de demanda: o efeito substituição e o 
efeito renda. 
- Efeito Substituição: se um bem possui um substituto, ou seja, outro bem similar que 
satisfaça a mesma necessidade, quando seu preço aumenta, coeteris paribus, o consumidor 
passa a adquirir o bem substituto, reduzindo, assim, a demanda. 
 
- Efeito Renda: Quando aumenta o preço do bem, tudo o mais constante, inclusive a renda 
do trabalhador, o consumidor perde poder aquisitivo, e a demanda por esse produto 
diminui. 
Assim, embora seu salário monetário não tenha sofrido alteração, seu salário real, em 
termos de poder de compra, foi corroído. 
 
OUTRAS VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA DE UM BEM 
- Renda dos consumidores 
- Preço dos bens substitutos (relação direta) 
 Ex.: quando sobe o preço da carne bovina, aumenta o consumo de frango ou peixes 
- Preço dos bens complementares (relação inversa) 
 Ex.: quando sobe o preço da gasolina, diminui a venda de carros 
- Hábitos e preferências do consumidor (investimentos em propaganda e publicidade 
influenciam o consumidor) 
- Efeitos sazonais 
- Localização dos consumidores 
TEORIA DA OFERTA 
 
OFERTA é definida como quantidade de certo bem ou serviço que os produtores estão 
dispostos a colocar no mercado, em determinado período de tempo. 
Ao contrário dos consumidores, os produtores estarão dispostos a oferecer maiores 
quantidades, quanto maior o preço. 
Trata-se, portanto, de uma relação direta entre preços e quantidades, coeteris paribus. 
É a chamada Teoria Geral da Oferta. 
 
Função: Qo = f(P) 
 
Preço ($) Quantidade Ofertada 
1,00 1.000 
3,00 5.000 
6,00 9.000 
8,00 11.000 
10,00 13.000 
 
Curva de Oferta do Bem X
0
2
4
6
8
10
12
1 2 3 4 5
Quantidade
Pr
eç
o
 
 
 
OUTRAS VARIÁVEIS QUE AFETAM A OFERTA 
- Custo dos fatores de produção 
- Alterações tecnológicas 
- Aumento do número de empresas no mercado (concorrência) 
- Impostos ou subsídios 
- Expectativas sobre preços futuros 
 
 
EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
Manifestados os desejos dos demandantes (consumidores) e dos ofertantes (produtores), 
ocorrerá coincidência em apenas um ponto – o PONTO DE EQUILÍBRIO – que indica o 
preço e a quantidade em torno dos quais a maioria das transações se realizará, num 
determinado período. 
Equi l i br i o de M e r c a do
D
O
B
E
A
0
10
20
30
40
50
60
70
1 2 3 4 5 6
Qua nt i da de
 
 
Na intersecção das curvas de oferta e demanda (Ponto E), teremos o preço e a quantidade 
de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem às aspirações dos consumidores e 
dos produtores simultaneamente. 
Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio (E), teremos uma 
situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, pois as 
quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Formar-se-ão filas, o que forçará a 
elevação dos preços, até atingir-se o equilíbrio, quando as filas cessarão. 
Se a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio E, haverá um excesso 
ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programados do produto, o que 
provocará uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução de preços, até 
que se atinja o ponto de equilíbrio. 
Quando há competição, tanto de consumidores quanto de ofertantes, há uma tendência 
natural no mercado, para se chegar a uma situação de equilíbrio. Se não há obstáculos par a 
livre movimentação dos preços, ou seja, se o sistema é de concorrência pura e perfeita, será 
observada essa tendência natural de o preço e a quantidade atingirem um determinado nível 
desejado, tanto pelos ofertantes quanto pelos consumidores. 
 
 
10.2 - ELASTICIDADE 
 
Já sabemos que alterações nos preços provocará redução/aumento na quantidade 
demandada por determinado bem. O grau dessa resposta do consumidor á variação nos 
preços nos dará a sensibilidade da variação, conceituada em Economia como 
ELASTICIDADE. 
 
Portanto, a elasticidade reflete o grau de reação ou sensibilidade de uma variável quando 
ocorrem alterações em outra variável, coeteris paribus. 
Trata-se de um conceito econômico que poder ser objeto de cálculo, a partir de dados do 
mundo real, permitindo-se desse modo, o confronto das proposições da Teoria Econômica 
com dados da realidade. 
 
 
 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
 
- É a resposta relativa da quantidade demandada de um bem X às variações de seu preço, ou 
- É a variação percentual na quantidade procurada do bem X, em relação a uma variação 
percentual em seu preço, tudo o mais constante. 
 
 
 
 VARIAÇÃO % Q 
Epd = ------------------------ 
 VARIAÇÃO % P 
 
 
Ex.: Preço inicial P0 = $ 20,00 
 Preço final P1 = $ 16,00 
 Quantidade demandada ao preço P0 = 30 
 Quantidade demandada ao preço P1 = 39 
 
 Q1 – Q0 39 - 30 
Variação % Q = ---------------- = ----------- = 0,3 ou 30% 
 Q0 30 
 
 P1 – P0 16 - 20 
Variação % P = ---------------- = ----------- = - 0,2 ou - 20% 
 P0 20 
 
 VAR.% Q 30 
Epd = ------------- = -------- = - 1,5 ou | Epd | = 1,5 
 VAR% P -20 
 
 
Observação: 
- Como a correlação entre preço e quantidade demandada é inversa, o valor encontrado da 
elasticidade-preço da demanda será sempre negativo. Para evitar-se problemas com sinal, o 
valor da elasticidade normalmente é colocado em módulo. 
 
E o que significa o resultado acima? 
Significa que, dada uma queda de 20% no preço, a quantidade demandada aumentará em 
1,5 vez o valor da queda (20%), ou seja, aumentará 30%. 
 
 
DEMANDA ELÁSTICA 
- É quando a variação da quantidade demandada supera a variação do preço, ou seja: 
 
| Epd | > 1 
 
- Os consumidores desse produto têm grande reação ou resposta, nas quantidades, a 
eventuais variações de preços. 
DEMANDA INELÁTICA 
- Ocorre quando uma variação percentual no preço provoca uma variação percentual 
relativamente menor nas quantidades demandadas, ou seja: 
| Epd | < 1 
 
 
DEMANDA DE ELASTICIDADE-PREÇO UNITÁRIA 
As variações percentuais no preço e na quantidade são de mesma magnitude, porém em 
sentido inverso, ou seja: 
 
| Epd | = 1 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O GRAU DE ELASTICIDADE-PREÇO DA 
DEMANDA 
 
- Disponibilidade de bens substitutos: Quanto mais substitutos houver para um bem, mais 
elástica será sua demanda, pois pequenas variações em seu preço, para cima, por exemplo, 
farão com que o consumidor passe a adquirir seu substituto, provocando queda em sua 
demanda, mais que proporcional à variação do preço. 
 
- Essencialidade do bem: Se o bem é essencial, será pouco sensível à variação de preço; 
terá, portanto, demanda inelástica. 
 
- Importânciado bem quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor: Quanto mais 
importante o gasto referente a um determinado bem (maior ponderação) em relação ao 
gasto total (orçamento) do consumidor, mais sensível torna-se o consumidor a alterações 
em seu preço, ou seja, a demanda é mais elástica. 
 
 
RELAÇÃO ENTRE RECEITA TOTAL DO PRODUTOR E GRAU DE 
ELASTICIDADE 
A receita total do produtor equivale ao gasto total dos consumidores, para uma dada 
mercadoria; é igual à quantidade vendida vezes seu preço unitário de venda. 
 
RT = P X Q , onde: 
 
RT = Receita Total 
P = Preço Unitário 
Q = Quantidade Vendida 
Dada uma variação no preço do produto, o que acontecerá com a receita total do produtor? 
Tal resposta dependerá da reação dos consumidores, isto é, do grau de elasticidade-preço da 
demanda. 
Podem ocorrer três possibilidades: 
- Demanda elástica: a redução do preço do bem tenderá a aumentar a receita total, pois o 
aumento percentual na quantidade vendida será maior do que a redução percentual do preço 
(trata-se de um mercado onde os consumidores têm demanda bastante sensível a preços). 
Da mesma forma, um aumento de preços provocará redução da receita total. 
- Demanda inelástica: o raciocínio é inverso – aumento de preço provoca aumento da 
receita total, e redução de preços provoca a diminuição da receita total. 
- Demanda de elasticidade unitária: Aumento ou redução de preços não afetam a receita 
total, já que o percentual de variação no preço corresponde a igual percentual de variação 
na quantidade, em sentido contrário. 
 
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA 
 
O coeficiente de elasticidade-renda da demanda (Er) mede a variação percentual da 
quantidade da mercadoria comprada, resultante da variação percentual na renda do 
consumidor, coeteris paribus. 
 
 VARIAÇÃO % NA QUANTIDADE DEMANDADA 
Er = ---------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 
 VARIAÇÃO % NA RENDA DO CONSUMIDOR 
 
- Se a elasticidade-renda da demanda (Er) é NEGATIVA, o bem é INFERIOR, ou seja, 
aumentos de renda levam a quedas no consumo desse bem, coeteris paribus. 
 
- Se a elasticidade-renda da demanda (Er) é POSITIVA MAS MENOR QUE 1, o bem é 
NORMAL, isto é, aumentos de renda levam a elevações no consumo. 
 
- Se a elasticidade-renda da demanda (Er) é POSITIVA E MAIOR QUE 1, o bem é 
SUPERIOR ou de LUXO, isto é, aumentos na renda dos consumidores levam a um 
aumento mais que proporcional no consumo do bem. 
 
Este conceito é muito utilizado para ilustrar a questão da chamada “deterioração dos termos 
de troca no comércio internacional”. Estudos empíricos mostram que os países 
desenvolvidos tendem a exportar bens manufaturados, de elasticidade-renda elevada, 
enquanto os países em vias de desenvolvimento tendem a exportar produtos básicos 
(alimentos, matérias-primas, etc), de elasticidade-renda relativamente mais baixa, e 
importar bens manufaturados. Havendo um incremento na renda mundial, deve ocorrer um 
aumento relativamente maior no comércio de manufaturados, o que tenderia a gerar déficits 
constantes na Balança Comercial dos países em via de desenvolvimento. 
 
ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA 
 
O mesmo raciocínio utilizado para a demanda, também se aplica para a oferta, observando-
se, no entanto, que o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e 
quantidade ofertada é DIRETA. Quanto maior o preço, maior a quantidade que o 
empresário estará disposto a ofertar, coeteris paribus. 
 
 VARIAÇÃO % DA QUANTIDADE OFERTADA 
Epo = --------------------------------------------------------------------- 
 VARIAÇÃO % DO PREÇO DO BEM 
As elasticidades da oferta são menos difundidas que as da demanda. A elasticidade-preço 
mais frequentemente estudada é a dos produtos agrícolas, sendo inclusive apontada como a 
principal causa da inflação, de acordo com a chamada Corrente Estruturalista. 
Segundo essa tese, em países em via de desenvolvimento, a elasticidade da oferta de 
produtos agrícolas seria inelástica, pouco sensível a variações de preços. Isso de deveria à 
estrutura fundiária na agricultura, pouco voltada a estímulos dados pela demanda (e, 
portanto, de preços). De um lado há latifúndios que estão mais preocupados com a 
especulação de terras do que com a produtividade; e, de outro, existem os minifúndios que 
praticam agricultura apenas para sua subsistência, não produzindo para o mercado. Assim, 
a produção agrícola seria inelástica a estímulos de preços. 
 
 
11 – SISTEMAS ECONÔMICOS 
 
Sistema Econômico é a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma 
sociedade. São sistemas de organização da produção, distribuição e consumo de todos os 
bens e serviços. 
 
Elementos Básicos: 
 
- Estoques de recursos produtivos (fatores de produção) 
- Complexo de unidades produtivas, constituído pelas empresas 
- Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais, base da organização da 
sociedade 
 
Sistema Capitalista 
 
Regido pela força do mercado, predominando a livre iniciativa e propriedade privada dos 
fatores de produção. 
 
Sistema Socialista 
 
As questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de 
planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção. 
 
Dinâmica dos Mercados 
 
Mercado: local físico ou não, onde se realizam as transações econômicas. Entrechoque 
entre a oferta e a procura, buscando equilíbrio entre forças. 
 
Mercados Concentrados: Principal característica é o domínio de um pequeno número de 
empresas. Há possibilidades de elevação dos preços, visando maior lucro. 
 
Aspectos negativos dos Mercados Concentrados 
- pequeno número de ofertantes dominantes; alta concentração na oferta; 
- Desvantagens para o consumidor, com preços mais altos e sem concorrência; 
- Pequenos investidores não sobrevivem 
- Tendência entre empresas dominantes em manter o poder econômico (atividade abusiva) 
 
Mercados Não Concentrados: Onde as empresas conseguem trabalhar dentro de um 
ambiente de alta concorrência e sem rivalidades. mercado aberto, transparente, com oferta 
diversificada. 
 
Aspectos Positivos dos mercados Não Concentrados: 
- Ambiente econômico de máxima concorrência; 
- Empresas buscando ofertar bens e serviços com qualidade cada vez melhor; 
- Preços mais baixos para o consumidor 
 
 
12 – ESTRUTURAS DE MERCADO 
 
O modelo utilizado até agora, onde o mecanismo de oferta e procura funcionam livremente, 
é denominado pelos economistas como de concorrência perfeita. Há um grane número de 
ofertantes e consumidores, os produtos são homogêneos e não existem barreiras à entrada 
de saída de ofertantes e consumidores. 
É óbvio, entretanto, que o comportamento de ofertantes e demandantes não ocorre de forma 
uniforme ao longo do tempo. Diante da dinâmica capitalista, o comportamento de 
consumidores e produtores vem mudando constantemente. As empresas, por meio do 
marketing, tentam de todas as formas, um afastamento do mercado de concorrência 
perfeita, surgindo daí vários tipos de estruturas de mercado. 
A seguir, veremos as características básicas dos principais: 
 
Pelo lado da venda/oferta de bens e serviços: 
 
CONCORRÊNCIA PERFEITA: 
- Grande número de consumidores e ofertantes, tornando o mercado pulverizado de tal 
forma, que nenhum comprador ou vendedor tenha condições de influenciar os preços ou o 
comportamento dos demais agentes; 
- Perfeito conhecimento do mercado, inclusive do preço, por parte dos integrantes; 
- Perfeita mobilidade de recursos; 
- Homogeneidade de produtos. 
 
Ex.: feira livre. 
 
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA 
- Grande número de empresas; 
- Fracas barreiras quanto ao ingresso e saída do mercado; 
- Pequena diferenciação dos produtos. Cada concorrente estabelece um produto único e 
ligeiramente diferenciado pela marca, embalagem, publicidade. A diferença é subjetiva. 
 
Ex.: lojas de roupas, farmácias, pizzarias. 
 
OLIGOPÓLIO 
- Pequenonúmero de empresas controla parcela expressiva do mercado; 
- Interdependência entre empresas, pois cada uma formula suas políticas levando em conta 
os efeitos que terão sobre as outras rivais; 
- Forte bloqueio à entrada de concorrentes; 
- Produtos homogêneos ou diferenciados; 
- Tendência à concentração de capitais por meio de fusões; 
- Tendência à formação de cartéis e à rigidez de preços. 
 
Ex.: indústria de cimento, bebidas, automobilística. 
 
MONOPÓLIO 
- Existência de uma única empresa produtora de bens e serviços, para os quais não existem 
substitutos próximos, no curto prazo; 
- Barreiras legais, tecnológicas e econômicas ao ingresso de concorrentes no mercado; 
- Dimensões do mercado estabelecidas pela empresa, via determinação prévia do volume 
de produção e dos preços; 
- Lucro total da empresa é máximo para cada nível de produção e preço por ela 
estabelecido. 
 
Ex.: companhias de água e esgoto, prospecção de petróleo. 
 
Pelo lado da demanda/compra de bens e serviços: 
 
MONOPSÔNIO 
- Uma única empresa compradora de determinado produto; 
- Preço determinado pelo comprador. 
 
Ex.: indústria de cigarros, na aquisição de fumo dos produtores, em determinada localidade. 
 
OLIGOPSÔNIO 
- Poucas empresas compradoras; 
- Preço dos produtos determinado pelos compradores; 
- Grande dificuldade de entrada no mercado para novos compradores. 
 
Ex.: indústria automobilística e agroindústria. 
 
Além das estruturas acima citadas, observam-se no mercado algumas práticas, que 
neutralizam, ainda mais, os aspectos concorrenciais. Essas práticas são decorrentes do 
poder que as empresas adquirem a partir das barreiras impostas à entrada de novas firmas 
no mercado. São elas: 
 
TRUSTE 
- Tipo de estrutura em que várias empresas, já detentoras da maior parte do mercado, 
combinam-se ou fundem-se, para assegurar esse controle, estabelecendo preços elevados 
que lhes garantam altas margens de lucro. 
Denominação utilizada quando a prática se refere a mercados regionais. 
 
 
 
CARTEL 
- É uma tentativa de um grupo de empresas que, por meio de acordo, atuam de forma 
coordenada, visando na prática a construção de um monopólio. Esse acordo tem por 
objetivo o controle dos níveis de produção, das condições de venda, dos preços, das fontes 
de matérias-primas, divisão territorial e fixação das margens de lucro. 
 Denominação utilizada quando a prática se refere ao mercado internacional. 
 
DUMPING 
- Caracterizado pela fixação dos preços de venda, insuficientes para a cobertura dos custos. 
Geralmente, as empresas que se utilizam dessa prática, atuam em várias regiões, praticando 
o dumping contra apenas um concorrente, cuja atuação é restrita. O objetivo é sufocar a 
concorrência. Os prejuízos decorrentes da prática são cobertos pelos resultados obtidos em 
outros mercados, onde os preços não são alterados. 
 
 
13 - O SETOR PÚBLICO 
 
O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica 
 
Ao final do séc. XIX e início do séc. XX, verificou-se um intenso processo de formação de 
grandes monopólios, que passaram a limitar a oferta e a aumentar os preços. Em 1890, nos 
Estados Unidos, votou-se a Lei Sherman contra os trustes, declarando-se ilegal o 
monopólio da indústria e do comércio, bem como o conluio par a fixação de preços. 
Assim, já no início do séc. XX passou-se a regular a atividade econômica, colocando-se em 
dúvida a “mão invisível ”, de Adam Smith para conduzir os mercados a responderem 
satisfatoriamente aos problemas fundamentais da economia: o que produzir, como e para 
quem. 
Isso ficou claramente demonstrado com o crack da Bolsa de Nova York, em 1929 e a 
posterior Grande Depressão dos anos 30. 
Os principais motivos que levam o Estado a intervir na economia são: 
- Desemprego; 
- Crescimento da renda per capita e demanda por serviços públicos; 
- Mudanças tecnológicas; 
- Efeitos da guerra; 
- Fatores políticos e sociais; 
- Mudanças na previdência social. 
 
 
 
As Funções Econômicas do Setor Público 
 
A necessidade de atuação econômica do Setor Público prende-se à constatação de que o 
sistema de preços não consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou funções. São 
funções exigidas do Estado: 
 
Função Alocativa 
Fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado. 
São os chamados bens e serviços públicos. 
Função Distributiva 
Redistribuição de renda, através da tributação. Retira-se dos segmentos mais abastados da 
sociedade, através de tributos, e os transfere para os menos favorecidos. 
 
Função Estabilizadora 
Intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e 
emprego. 
 
Interferência do Governo no Equilíbrio de Mercado 
 
O Estado intervém na formação dos preços no mercado, quando: 
- Fixa subsídios; 
- Fixa impostos; 
- Estabelece critérios para reajuste do salário mínimo; 
- Fixa os preços mínimos para produtos agrícolas; 
- Decreta tabelamento ou congelamento de preços.

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