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MOEDA E SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

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Moeda e sistema financeiro Nacional
Apresentação
Todos sabem que a civilização moderna é fortemente baseada na especialização e nas trocas e que 
a moeda, indispensável como medida de valor e de meio de pagamento, é o instrumento que 
viabiliza a ordem econômica e social. Mas a moeda é muito mais que um meio passivo que facilita o 
sistema de comparação de valores e o sistema de trocas. Muito mais que um simples "lubrificante" 
da máquina econômica, ela tem grande importância na regulação da atividade econômica e na 
ordem social.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender um pouco mais sobre a moeda e o sistema 
financeiro nacional.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o papel da moeda no sistema financeiro.•
Identificar o movimento expansionista e contracionista da moeda.•
Demonstrar os motivos da demanda e da oferta de moeda.•
Desafio
Suponha que o candidato do partido político com o qual você é afiliado seja eleito, pelo voto 
democrático, presidente de um pequeno país. A plataforma política é populista, ou seja, o país 
apoiou sua candidatura em razão de suas promessas de ampliação ao acesso à saúde, à educação e 
à segurança.
Você entende a solicitação do governante de seu país, mas agenda uma reunião antes de qualquer 
decisão.
Diante deste caso, você deve apresentar um parecer quanto aos efeitos macroeconômicos desta 
conduta.
Infográfico
Se antigamente o escambo dominava a intermediação de mercadorias entre as pessoas, 
posteriormente, a moeda assumiu o papel de intermediar esse processo. Na sociedade moderna, o 
uso do dinheiro tem se modificado, em tempos do maciço uso do cartão de crédito e, mais 
recentemente, das criptomoedas, cada vez mais refletir sobre o papel do dinheiro tem sido 
necessário.
Independentemente do formato do dinheiro que uma economia decida utilizar, uma verdade 
absoluta é que a moeda tem como função promover e facilitar o intercâmbio de mercadorias, bens 
e serviços entre pessoas e empresas.
Veja, no Infográfico a seguir, os conceitos e as funções da moeda.
Conteúdo do livro
Uma economia poderia funcionar sem moeda?
Sabemos que a resposta é "sim" porque há muitos exemplos históricos de economias nas quais as 
pessoas trocavam bens por outros bens em vez de usar moeda. Por exemplo, um agricultor na 
fronteira norte-americana, durante o período colonial, podia trocar uma vaca por um arado. 
Entretanto, a maioria das economias usa moeda. A definição econômica de moeda é qualquer ativo 
que as pessoas estão geralmente dispostas a aceitar em troca de bens e serviços ou pelo 
pagamento de dívidas. Lembremos que um ativo é qualquer coisa de valor possuída por uma pessoa 
ou uma empresa.
Acompanhe o trecho do livro Introdução à Economia dos autores Hubbard e O'Brien, que trata 
sobre a moeda e sua importância na sociedade. Inicie sua leitura pelo título O que é moeda e por 
que precisamos dela? até o final da página 920.
H876i Hubbard, R. Glenn.
Introdução à economia [recurso eletrônico] / R. Glenn
Hubbard, Anthony Patrick O’Brien ; tradução: Christiane de
Brito Andrei, Cristina Bazán, Rodrigo Sardenberg. – 2. ed.
atual. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2010.
Editado também como livro impresso em 2010.
 ISBN 978-85-7780-623-2
1. Economia. I. O’Brien, Patrick.
CDU 330
Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922
908 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
Neste capítulo, exploraremos o papel da moeda na economia. Veremos como o sistema bancá-rio cria moeda e que ferramentas de atuação o Federal Reserve, o banco central dos Estados 
Unidos, usa para gerenciar a quantidade de moeda. No final do capítulo, exploraremos a ligação 
entre variações na quantidade de moeda e variações no nível de preços. O que você aprender neste 
capítulo servirá como uma importante base para compreender política monetária e política fiscal, 
que estudaremos nos três próximos capítulos.
25.1 | Definir moeda e discutir suas quatro funções.
O que é moeda e por que precisamos dela?
Uma economia poderia funcionar sem moeda? Sabemos que a resposta é “sim” porque há mui-
tos exemplos históricos de economias nas quais as pessoas trocavam bens por outros bens em 
vez de usar moeda. Por exemplo, um agricultor na fronteira norte-americana durante o pe-
ríodo colonial podia trocar uma vaca por um arado. Entretanto, a maioria das economias usa 
moeda. O que é moeda? A definição econômica de moeda é qualquer ativo que as pessoas estão 
geralmente dispostas a aceitar em troca de bens e serviços ou pelo pagamento de dívidas. Lem-
bremos, como vimos no Capítulo 7, que um ativo é qualquer coisa de valor possuída por uma 
pessoa ou uma empresa. Há muitos tipos possíveis de moeda: na África Ocidental, antigamen-
te, conchas de cauri, uma espécie de molusco, serviam como moeda. Durante a Segunda Guerra 
Mundial, prisioneiros de guerra usavam cigarros como moeda.
O escambo e a invenção da moeda
Para compreender a importância da moeda, consideremos a situação em economias que não usam 
moeda. Essas economias, nas quais bens e serviços são trocados diretamente por outros bens e 
serviços, são chamadas economias de escambo ou permuta. As economias de escambo têm uma 
grande desvantagem. Para ilustrar essa desvantagem, considere um agricultor na fronteira norte-
americana no período colonial. Suponha que o agricultor precisasse de uma outra vaca e propu-
sesse a um vizinho trocar um arado sobressalente seu por uma das vacas do vizinho. Se o vizinho 
não quisesse o arado, a troca não aconteceria. Para que ocorra uma troca por escambo entre duas 
pessoas, cada pessoa tem que desejar o que a outra possui. Os economistas chamam essa exigência 
de mútua coincidência de desejos. O agricultor que deseja a vaca pode acabar conseguindo uma se 
ele primeiro fizer um escambo com algum outro vizinho por algo que o vizinho que possui a vaca 
deseja. Entretanto, podem ser necessários vários escambos antes de o agricultor finalmente con-
seguir aquilo que o vizinho que possui a vaca deseja. Localizar vários parceiros de escambo e fazer 
vários escambos intermediários pode consumir tempo e energia consideráveis.
Os problemas com o escambo fornecem um incentivo para identificar um produto que a 
maioria das pessoas aceita em troca daquilo que elas têm para oferecer. Por exemplo, no período 
colonial, peles de animal eram muito úteis para fabricar roupas. O primeiro governador do Tennes-
see recebia, de fato, um salário de 1.000 peles de cervo por ano, e o secretário do tesouro recebia 450 
peles de lontra por ano. Um bem usado como moeda que também possui valor independente de 
seu valor como moeda é chamado de commodity. Historicamente, uma vez que um bem se torne 
amplamente aceito como moeda, as pessoas que não tinham um uso imediato para ele estarão 
dispostas a aceitá-lo. Um agricultor colonial – ou o governador do Tennessee – podia não querer 
uma pele de cervo, mas se soubesse que poderia usar a pele de cervo para comprar outros bens e 
serviços, estaria disposto a aceitá-la em troca do que ele tinha para vender.
Trocar bens e serviços é muito mais fácil quando há moeda disponível. As pessoas só pre-
cisam vender o que elas têm por moeda e então usar a moeda para comprar o que desejam. Se 
a família colonial conseguisse encontrar alguém para comprar seu arado, poderia usar a mo-
eda para comprar a vaca que desejava. A família que possuía a vaca aceitaria a moeda porque 
sabia que poderia usá-la para comprar o que desejava. Quando há moeda disponível, é menos 
provável que as famílias produzam, elas mesmas, tudo ou quase tudo de que precisam e mais 
provável que elas se especializem.
A maioria das pessoas em economias modernas são altamente especializadas. Elas fazem 
uma coisa apenas – trabalham como enfermeiras, contadoras ou engenheiras – e usam a moeda 
OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM 25.1
Moeda Ativos que as 
pessoas estão geralmente 
dispostas a aceitar em 
troca debens e serviços 
ou pelo pagamento de 
dívidas.
Ativo Qualquer coisa de 
valor possuída por uma 
pessoa ou uma empresa.
Commodity Um bem 
usado como moeda, mas 
que também tem valor 
independentemente do 
seu uso como moeda.
CAPÍTULO 25 | Moeda, Bancos e o Federal Reserve System 909
que ganham para comprar todo o resto de que precisam. Como discutimos no Capítulo 2, as 
pessoas se tornam muito mais produtivas ao se especializar por poderem buscar sua vantagem 
comparativa. Os altos níveis de renda nas economias modernas baseiam-se na especialização 
que a moeda possibilita. Agora podemos responder a pergunta, “por que precisamos de moe-
da?” Ao facilitar as trocas, a moeda permite a especialização e maior produtividade.
As funções da moeda
Qualquer coisa usada como moeda – seja uma pele de cervo, uma concha de cauri, cigarros ou 
uma nota de dólar – deve assumir as quatro funções a seguir:
 • Meio de troca comercial
 • Unidade de conta
 • Estoque de valor
 • Padrão de pagamento diferido
Meio de troca comercial A moeda serve como um meio de troca comercial quando os ven-
dedores estão dispostos a aceitá-la em troca de bens ou serviços. Quando o supermercado local 
aceita sua nota de US$5 em troca de pão e leite, a nota de US$5 está servindo como um meio 
de troca comercial. Voltando ao nosso exemplo anterior, com um meio de troca comercial, o 
agricultor que possui um arado extra não tem que desejar uma vaca, e o agricultor que possui 
a vaca extra não tem que desejar um arado. Ambos podem trocar seus produtos por moeda e 
usá-la para comprar o que desejam. Uma economia é mais eficiente quando um único bem é 
reconhecido como um meio de troca comercial.
Unidade de conta Em um sistema de escambo, cada bem possui muitos preços. Uma vaca 
pode valer dois arados, 20 bushels de trigo, ou seis machados. Usar um bem como meio de troca 
comercial confere ainda outro benefício: reduz a necessidade de cotar muitos preços diferentes 
no comércio. Em vez de ter que cotar o preço de um único bem em termos de muitos outros 
bens, cada bem possui um único preço cotado em termos do meio de troca comercial. Essa fun-
ção da moeda fornece aos compradores e vendedores uma unidade de conta, uma maneira de 
medir valor em uma economia em termos de moeda. Como a economia norte-americana usa 
dólares como moeda, cada bem possui um preço em termos de dólares.
Estoque de valor A moeda permite que valores sejam estocados facilmente: se você não usar 
todos os seus dólares acumulados para comprar bens e serviços hoje, poderá guardar o resto 
para usar no futuro. Na verdade, um pescador e um agricultor ganhariam mais com a possibi-
lidade de guardar dinheiro do que estoques de seus bens perecíveis. A aceitabilidade da moeda 
em transações futuras depende de ela não perder valor ao longo do tempo. A moeda não é o 
único meio de estoque de valor. Qualquer ativo – ações da Google, títulos de dívida do Tesouro, 
imóveis ou pinturas de Renoir, por exemplo – representa um estoque de valor. De fato, os ativos 
financeiros oferecem um importante benefício em relação a guardar moeda, pois geralmente 
pagam uma taxa de juros mais alta ou oferecem a possibilidade de ganhos em valor. Outros 
ativos também apresentam vantagens em relação à moeda por oferecerem serviço. Uma casa, 
por exemplo, lhe oferece um lugar para dormir.
Por que, então, você se incomodaria em guardar qualquer estque de moedas? A resposta 
tem a ver com liquidez, ou a facilidade com que determinado ativo pode ser convertido no meio 
de troca comercial. Quando a moeda é o meio de troca comercial, ela é o ativo mais líquido. 
Você arca com custos quando troca outros ativos por moeda. Quando você vende títulos de 
dívida ou ações para comprar um automóvel, por exemplo, você paga uma comissão ao seu 
corretor. Se você tiver que vender sua casa de uma hora para outra para financiar uma grande 
despesa médica inesperada, você pagará uma comissão ao corretor imobiliário e provavelmente 
terá que aceitar um preço mais baixo para trocar a casa por moeda rapidamente. A fim de evitar 
tais custos, as pessoas estão dispostas a guardar parte de sua riqueza na forma de moeda, apesar 
de outros ativos oferecerem um retorno maior como estoque de valor.
Padrão de pagamento diferido A moeda é útil porque pode servir como um padrão de pa-
gamento diferido ao tomar ou conceder empréstimos. Ela pode facilitar trocas em determina-
do momento no tempo fornecendo um meio de troca comercial e unidade de conta. Ela pode 
910 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
facilitar trocas ao longo do tempo fornecendo um estoque de valor e um padrão de pagamento 
diferido. Por exemplo, um fabricante de móveis pode estar disposto a lhe vender uma cadeira 
hoje em troca de moeda no futuro.
Qual é a importância de que a moeda seja um estoque de valor e um padrão de pagamento 
diferido confiáveis? As pessoas se importam com a quantidade de comida, roupas e outros bens 
e serviços que seus dólares poderá comprar. O valor da moeda depende de seu poder aquisitivo, 
o que se refere à sua capacidade de comprar bens e serviços. A inflação causa um declínio no 
poder aquisitivo porque o aumento nos preços faz determinada quantia de moeda comprar 
menos bens e serviços. Com a deflação, o valor da moeda aumenta porque os preços estão 
caindo. Você provavelmente já ouviu parentes ou amigos exclamarem, “um dólar não compra 
mais o que comprava antes!” O que eles realmente querem dizer é que o poder aquisitivo de um 
dólar caiu, que determinada quantia de moeda compra uma quantidade menor dos mesmos 
bens e serviços do que comprava antes.
O que pode servir como moeda?
Ter um meio de troca comercial ajuda a facilitar as transações, permitindo que a economia fun-
cione mais equilibradamente. A próxima pergunta lógica é a seguinte: o que pode servir como 
moeda? Isto é, que ativos devem ser usados como o meio de troca comercial? Vimos anterior-
mente que um ativo tem que, no mínimo, ser aceito como pagamento de maneira geral para 
servir como moeda. Em termos práticos, porém, ele tem que ser ainda mais.
Cinco critérios tornam um bem adequado para ser usado como um meio de troca comercial:
1. O bem tem que ser aceitável (isto é, usável) para maioria das pessoas.
2. Deve ser de qualidade padronizada, de modo que quaisquer duas unidades sejam idênticas.
3. Deve ser durável, de modo que o valor não seja perdido por deterioração.
4. Deve ser valioso em relação a seu peso, de modo que quantias grandes o suficiente para 
serem úteis no comércio possam ser transportadas com facilidade.
5. O meio de troca comercial deve ser divisível, porque diferentes bens são avaliados diferen-
temente.
Notas de dólar atendem a todos esses critérios. O que determina a aceitabilidade das notas 
de dólar como um meio de troca comercial? Basicamente, é através de expectativas autorreali-
záveis: você valoriza algo como moeda somente se acreditar que os outros o aceitarão de você 
como pagamento. A disposição de uma sociedade em usar dólares em papel verde como moeda 
torna estes um meio de troca comercial aceitável. Essa propriedade da aceitabilidade não é 
exclusividade da moeda. Seu computador pessoal possui a mesma organização de letras no te-
clado que qualquer outro teclado de computador porque os fabricantes concordaram em fazer 
um layout padrão.Você aprendeu a falar a sua língua porque provavelmente é a língua falada 
pela maioria das pessoas ao seu redor.
Commodity As commodities atendem aos critérios para serem um meio de troca comercial. O 
ouro, por exemplo, era uma forma comum de moeda no século XIX, pois era um meio de troca 
comercial, uma unidade de conta, um estoque de valor e um padrão de pagamento diferido. 
Mas as commodities apresentam um problema significativo: seu valor depende de sua pureza. 
Portanto, alguém que quisesse “passar a perna” nos outros podia misturar metais impuros com 
um metal precioso. A menos que os comerciantes confiassem totalmente uns nos outros, pre-
cisavam verificaro peso e a pureza do metal em cada troca. Na Idade Média, mercadores res-
peitados, que eram os predecessores dos banqueiros modernos, resolviam esse problema aqui-
latando os metais e carimbando-os com uma marca certificando o peso e a pureza e ganhavam 
uma comissão no processo. Commodities não carimbadas (sem certificação) só eram aceitáveis 
mediante um desconto. Um outro problema com o uso do ouro como moeda era a dificuldade 
de controlar a oferta de moeda, porque ela dependia, em parte, de descobertas imprevisíveis de 
novas minas de ouro.
Moeda fiduciária Pode ser ineficiente para uma economia depender do ouro ou de outros 
metais preciosos para ter sua oferta de moeda. E se você tivesse que transportar barras de 
ouro para fechar suas transações? Fazer isso não somente seria difícil e caro, mas você tam-
CAPÍTULO 25 | Moeda, Bancos e o Federal Reserve System 911
bém correria o risco de ser roubado. Para contornar esse problema, as instituições privadas 
ou os governos começaram a armazenar ouro e emitir certificados em papel que poderiam 
ser resgatados em ouro. Nas economias modernas, o papel-moeda geralmente é emitido por 
um banco central, que é uma agência do governo que regula a oferta de moeda. O Federal 
Reserve System é o banco central dos Estados Unidos. Hoje, nenhum governo no mundo 
emite papel-moeda que possa ser resgatado em ouro. O papel-moeda não possui valor al-
gum a menos que seja usado como moeda e, portanto, não é uma commodity. Em vez disso, 
o papel-moeda é uma moeda fiduciária, que não possui nenhum valor exceto como moeda. 
Se o papel-moeda não possui nenhum valor exceto como moeda, por que os consumidores e 
empresas o usam?
Se você olhar para a parte superior de uma nota de dólar americano, verá que ela é, na verdade, 
uma Nota do Federal Reserve, emitida pelo Federal Reserve. Como os dólares americanos são moeda 
fiduciária, o Federal Reserve não é obrigado a lhe dar ouro ou prata em troca de suas notas de dólar. 
A moeda do Federal Reserve é moeda legal nos Estados Unidos, o que significa que o governo fede-
ral exige que ela seja aceita no pagamento de dívidas e exige que moeda ou cheques denominados 
em dólares sejam usados no pagamento de impostos. Apesar de ser moeda legal, sem a aceitação de 
todos, as notas de dólar não seriam um bom meio de troca comercial e não poderiam servir como 
moeda. Na prática, você, juntamente com todo mundo, concorda em aceitar a moeda do Federal 
Reserve como dinheiro. A chave para esta aceitação é que as famílias e empresas têm confiança de 
que se aceitarem o papel-moeda em dólares em troca de bens e serviços, os dólares não perderão muito 
de seu valor durante o tempo em que eles os mantiverem. Sem esta confiança, as notas de dólar não 
serviriam como um meio de troca comercial.
Moeda sem um governo? 
O estranho caso do dinar iraquiano
O valor do dinar iraquiano estava aumentando em relação ao dólar 
americano. Este resultado pode não parecer surpreendente. Vimos no capítulo 24 que a taxa de 
câmbio, ou o valor de uma moeda na troca por outra, flutua – mas isto foi em maio de 2003. O 
governo iraquiano de Saddam Hussein tinha caído no mês anterior, após uma invasão de for-
ças norte-americanas e britânicas. Nenhum novo governo iraquiano tinha sido formado ain-
da, mas as pessoas continuavam a usar papel-moeda iraquiano 
com imagens de Saddam para comprarem e venderem.
Oficiais norte-americanos no Iraque tinham suposto que 
assim que a guerra terminasse e que Saddam tivesse sido obri-
gado a deixar o poder, a moeda com sua foto perderia todo seu 
valor. Este resultado tinha parecido inevitável uma vez que os 
Estados Unidos tinham começado a pagar os oficiais iraquia-
nos em dólares. No entanto, muitos iraquianos continuaram 
a usar o dinar porque conheciam aquela moeda. De acordo 
com um iraquiano, “as pessoas confiam mais no dinar do que 
no dólar. É iraquiano”. Com efeito, durante algumas semanas 
após a invasão, o aumento da demanda pelo dinar fez com que 
seu valor aumentasse em relação ao dólar. No começo de abril, 
quando as tropas norte-americanas entraram pela primeira 
vez em Bagdá, era preciso cerca de 4.000 dinares para comprar 
1 dólar. Seis semanas depois, na metade de maio, era preciso 
apenas 1.500 dinares.
Um novo governo iraquiano acabou sendo formado e obrigou a substituição dos dinares 
com a imagem de Saddam por um novo dinar. O novo dinar foi impresso em fábricas no 
mundo todo e 27 Boeings 747 cheios de cédulas de dinar voaram para Bagdá. Em janeiro de 
2004, 2 bilhões de dinares em cédulas de diversos valores tinham sido distribuídos para ban-
cos em todo o Iraque e os antigos dinares com a imagem de Saddam desapareceram de circu-
lação. O fato de os dinares emitidos pelo governo de Saddam efetivamente terem aumentado 
de valor durante um período após seu governo ter caído ilustra um fato importante sobre 
a moeda: qualquer coisa pode ser usada como moeda, desde que as pessoas estejam dispostas a 
Federal Reserve Sys-
tem O banco central dos 
Estados Unidos.
Moeda fiduciária Di-
nheiro, como papel-mo-
eda, autorizado por um 
banco central ou órgão 
governamental e que não 
tenha que ser trocado, 
pelo banco central por 
ouro ou por alguma outra 
(commodity).
Conexão
com o
mundo real
Muitos iraquianos continuaram a usar a moeda com a 
imagem de Saddam estampada, mesmo após ele ter sido 
obrigado a deixar o poder.
912 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
aceitarem-na em troca de bens e serviços, inclusive papel-moeda emitido por um governo que 
não existe mais.
Fontes: Edmund L. Andrews, “His Face Still Gives Fits as Saddam Dinar Soars”, New York Times, May 18, 2003; Yaroslav Tro-
fimov, “Saddam Hussein Is Scarce, but Not the Saddam Dinar”, Wall Street Journal, April 24, 2003; e “A Tricky Operation”, 
Economist, June 24, 2004.
AGORA É A SUA VEZ: Teste sua compreensão solucionando o problema relacionado 1.8, na página 
937, no final deste capítulo.
25.2 | Discutir as definições da oferta de moeda usadas atualmente nos Estados Unidos.
Como a moeda é medida atualmente nos 
Estados Unidos?
A definição de moeda como um meio de troca comercial depende da crença de que os outros 
utilizarão este meio no comércio agora e no futuro. Essa definição oferece uma orientação para 
medir a moeda em uma economia. Interpretada literalmente, essa definição diz que a moeda 
deve incluir apenas aqueles ativos que obviamente funcionam como um meio de troca comer-
cial: a moeda, depósitos em conta corrente e traveler’s checks. Esses ativos podem facilmente ser 
utilizados para comprar bens e serviços e, assim, agem como um meio de troca comercial.
Essa interpretação rígida é restrita demais, no entanto, como uma medida da oferta de mo-
eda no mundo real. Muitos outros ativos podem ser usados como um meio de troca comercial, 
mas eles não são tão líquidos quanto um depósito em conta-corrente ou moeda em espécie. 
Por exemplo, você pode converter sua conta poupança de um banco em moeda em espécie. 
Da mesma maneira, se você possui uma conta em uma empresa de corretagem, poderá passar 
cheques no valor das ações e títulos de dívida que a empresa detém para você. Apesar de esses 
ativos terem restrições de uso e de poder haver custos para convertê-los em espécie, eles podem 
ser considerados parte do meio de troca comercial.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve realizou vários estudos sobre a definição adequa-
da de moeda. O trabalho de definir a oferta de moeda se tornou mais difícil durante as duas 
últimas décadas, uma vez que a inovação nos mercados e instituições financeiras criou novos 
substitutos para as medidas tradicionais do meio de troca comercial. Durante a década de 80, 
o Fed mudou suas definições de moeda em resposta às inovações financeiras. Fora dos Estados 
Unidos, outros bancos centrais usam medidas similares. A seguir, veremos mais detalhadamen-
te as definições do Fed de oferta de moeda.
M1: a definição mais restrita da oferta de moeda
A Figura 25-1 ilustra as definiçõesda oferta de moeda. A definição mais restrita da oferta de 
moeda chama-se M1. Ela inclui:
1. Moeda, que é todo o papel-moeda e moedas em circulação, onde “em circulação” significa 
não retidos pelos bancos ou pelo governo
2. O valor de todos os depósitos em conta-corrente nos bancos
3. O valor dos traveler’s checks (apesar de esta última categoria ser tão pequena – menos de US$7 
bilhões em maio de 2008 – ignoraremo-la em nossa discussão sobre a oferta de moeda)
Apesar de a moeda ter um valor maior do que os depósitos em conta-corrente, os depósitos 
em conta-corrente são usados com muito mais frequência do que a moeda para fazer pagamen-
tos. Mais de 80% de todas as despesas com bens e serviços são feitas com cheques em vez de com 
moeda. Na verdade, a quantia total de moeda em circulação – US$763 bilhões em maio 2008 
– é um número enganoso. Essa soma representa mais de US$2.500 para cada homem, mulher 
e criança nos Estados Unidos. Se isso soa uma soma irrealisticamente grande de moeda a ser 
possuída por pessoa, é porque ela o é. Os economistas estimam que aproximadamente 60% da 
moeda norte-americana esteja, na verdade, fora das fronteiras dos Estados Unidos.
Quem possui esses dólares fora dos Estados Unidos? Os bancos estrangeiros e os governos es-
trangeiros possuem alguns dólares, mas a maior parte deles é possuída por famílias e empresas em 
OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM 25.2
M1 A definição mais es-
treita da oferta de moeda: 
a soma do dinheiro em 
circulação, dos depósitos 
em conta corrente nos 
bancos e dos traveler’s 
checks não resgatados.
CAPÍTULO 25 | Moeda, Bancos e o Federal Reserve System 913
países em que não há muita confiança na moeda local. Quando as taxas de inflação são muito altas, 
muitas famílias e empresas não querem deter sua moeda doméstica por ela estar perdendo seu va-
lor muito rapidamente. O valor do dólar americano será muito mais estável. Se pessoas suficientes 
estiverem dispostas a aceitar dólares além da – ou em vez da – moeda doméstica, então os dólares 
passam a ser uma segunda moeda para o país. Em alguns países, como a Rússia e muitos países da 
América Latina, há uma grande soma de dólares americanos em circulação.
Será que ainda precisamos da 
moeda de um centavo?
Já vimos que moeda fiduciária não tem nenhum valor a não 
ser como dinheiro. Os governos efetivamente lucram emitindo moeda fiduciária por-
que ela costuma ser produzida usando papel ou metais baratos que custam bem menos 
do que o valor nominal do dinheiro. Por exemplo, custa apenas quatro centavos para 
o Bureau of Engraving and Printing federal produzir uma nota de US$20. O lucro do 
governo ao produzir moeda fiduciária – que é igual à diferença entre o valor nominal 
do dinheiro e seu custo de produção – é chamado de seigniorage.
Com moedas de baixo valor – como as de um centavo ou de cinco centavos – é 
sempre possível que elas custem mais para serem produzidas do que seu valor no-
minal. Isto ocorria no começo da década de 80, quando o preço cada vez maior do 
cobre significou que o governo federal estava gastando mais do que um centavo para 
produzir aquele valor. Isso levou o governo a trocar o cobre pelo zinco na fabricação 
das moedas de um centavo. Infelizmente, em 2007, o aumento do preço do zinco sig-
nificou que novamente aquela moeda passou a custar mais do que um centavo para 
ser produzida. Muitos economistas começaram a perguntar se a moeda de um centavo 
não deveria ser simplesmente abolida. Não apenas ela é mais cara para ser produzida 
do que o seu valor, mas a inflação também erodiu tanto seu poder de compra que al-
gumas pessoas simplesmente acham a moeda de um centavo um estorvo. Vendo uma 
moeda de um centavo na calçada, muitas pessoas continuarão andando sem se pre-
ocuparem em pegá-la. De fato, vários outros países, inclusive Grã-Bretanha, Canadá, 
Austrália e os países europeus que usam o euro eliminaram suas moedas de menor valor.
No entanto, alguns economistas argumentaram que eliminar a moeda de um centavo sujeita-
ria os consumidores a um “imposto de arredondamento”. Por exemplo, um bem que custe US$2,99 
custará US$3,00 se a moeda de um centavo for eliminada. Algumas estimativas concluíram que 
o custo para os consumidores do imposto de arredondamento poderá chegar a US$600 milhões. 
Mas Robert Whaples, economista da Wake Forest University, após analisar quase 200.000 transa-
Conexão
com o
mundo real
Moeda,
US$755 bilhões
Traveler’s checks,
US$6,2 bilhões
Depósitos em
conta-corrente,
US$594,9 bilhões
Ações de fundos mútuos
do mercado monetário,
US$1.064,4 bilhões
Depósitos a prazo de
baixa denominação,
US$1.174,8 bilhões
Depósitos de poupança,
US$4.051,2 bilhões
M1,
US$1.363,6 bilhões
(a) M1 = US$1.363,6 bilhões (b) M2 = US$7.684,2 bilhões
Figura 25-1 | Medindo a oferta de moeda, maio de 2008.
O Federal Reserve usa duas medidas diferentes para a oferta de moeda: M1 e M2. M2 inclui todos os ativos incluídos em M1, além de ativos adicionais.
Fonte: Board of Governors of the Federal Reserve System, Federal Reserve Statistical Release, H6, June 19, 2008.
Infelizmente, estas custam ao governo 
mais do que um centavo para serem 
produzidas.
914 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
ções de uma cadeia de lojas de conveniência, concluiu que “o ‘imposto de arredondamento’ é um 
mito. Na realidade, o número de vezes que as contas dos consumidores seriam arredondadas para 
cima é quase exatamente igual ao número de vezes que elas seriam arredondadas para baixo”.
François Velde, economista do Federal Reserve Bank de Chicago, concebeu o que talvez 
tenha sido a solução mais engenhosa para o problema da moeda de um centavo: o governo fe-
deral simplesmente declararia que moedas de um centavo com a efígie de Lincoln agora valem 
cinco centavos. Então haveria duas moedas de cinco centavos em circulação – as moedas de 
cinco centavos atuais com a efígie de Jefferson e as moedas de um centavo atuais com a efígie 
de Lincoln – e nenhuma moeda de um centavo. No futuro, apenas as moedas com a efígie 
de Lincoln – agora valendo cinco centavos – seriam cunhadas. Isto resolveria o problema de 
consumidores e lojas de varejo terem que lidar com moedas de um centavo, tornaria o valor 
nominal da moeda de cinco centavos com a efígie de Lincoln maior do que seu custo de produ-
ção e também lidaria com o problema de que as moedas de cinco centavos atuais com a efígie 
de Jefferson custam mais de cinco centavos para serem produzidas. Mas será que as moedas 
de um centavo com a efígie de Lincoln efetivamente seriam aceitas como valendo cinco centa-
vos simplesmente porque o governo diz que vale isso? A resposta é “sim”, porque enquanto o 
governo estivesse disposto a trocar 20 moedas com a efígie de Lincoln por uma cédula de um 
dólar, todas as outras pessoas também estariam dispostas a fazer isso. É claro que se este plano 
fosse adotado, qualquer pessoa com um monte de moedas de um centavo descobriria que seu 
dinheiro valeria cinco vezes mais da noite para o dia!
Independentemente da transformação de moedas de um centavo em moedas de cinco cen-
tavos acabar acontecendo ou não, parece muito provável que, de uma forma ou de outra, a 
moeda de um centavo acabará desaparecendo da oferta de moeda dos Estados Unidos.
Fontes: Robert Whaples, “Why Keeping the Penny No Longer Makes Sense”, USA Today, July 12, 2006; Austan Goolsbee, “Now That a 
Penny Isn’t Worth Much, It’s Time to Make It Worth 5 Cents,”New York Times, February 1, 2007; and François Velde, “What’s a Penny 
(or a Nickel) Really Worth?” Federal Reserve Bank of Chicago, Chicago Fed Letter, Número 235a, February 2007.
AGORA É A SUA VEZ: Teste sua compreensão solucionando o problema relacionado 2.8, na página 
938, no final deste capítulo.
M2: Uma definição mais ampla da oferta de moeda
Antes de 1980, a lei norte-americana proibia os bancos de pagar juros sobre depósitos em con-
ta-corrente. As famílias e empresas mantinham depósitos em conta corrente primordialmente 
para comprar bens eserviços. M1 era, portanto, muito próximo à função da moeda como um 
meio de troca comercial. Quase toda a moeda, depósitos em conta-corrente e traveler’s checks 
eram mantidos com a intenção de comprar e vender, e não para estocar valor. As pessoas pode-
riam estocar valor e receber juros colocando fundos em contas poupança em bancos ou com-
prando outros ativos financeiros, como ações e títulos de dívida. Em 1980, a lei foi modificada, 
passando a permitir que os bancos pagassem juros sobre certos tipos de contas-correntes. Essa 
mudança reduziu a diferença entre contas-correntes e contas poupança, apesar de as pessoas 
ainda não poderem passar cheques no valor do saldo de suas contas poupança.
Depois de 1980, os economistas começaram a prestar mais atenção a uma definição mais 
ampla da oferta de dinheiro, M2. M2 inclui tudo o que é incluído em M1, além de depósitos 
em contas poupança, depósitos de baixa denominação, como certificados de depósito (CDs), 
saldos em contas de depósito do mercado monetário em bancos e ações de fundos do mercado 
monetário não institucional. Depósitos a prazo de baixa denominação são similares a contas 
poupança, mas os depósitos são feitos por um período fixo de tempo – normalmente de seis 
meses a vários anos – e resgates antes do término desse período estão sujeitos a uma penalida-
de. Empresas de fundos mútuos vendem ações a investidores e usam os fundos levantados para 
comprar ativos financeiros como ações e títulos de dívida. Alguns desses fundos mútuos, como 
o Vanguard’s Treasury Money Market Fund ou o Fidelity’s Cash Reserves Fund, são chamados 
de fundos mútuos do mercado monetário, porque investem em títulos de dívida de muito curto 
prazo, como Letras do Tesouro. Os saldos que se encontram nesses fundos são incluídos em 
M2. Toda semana, o Federal Reserve publica estatísticas sobre M1 e M2. Na discussão a seguir, 
usaremos a definição M1 da oferta de moeda porque ela corresponde de modo mais restrito à 
moeda como um meio de troca comercial.
M2 Uma definição mais 
ampla da oferta de mo-
eda: M1 mais os saldos 
de contas de poupança, 
os depósitos a prazo em 
pequenas denominações, 
os saldos em contas de 
depósitos no mercado 
monetário nos bancos e 
participações em fundos 
não institucionais do 
mercado monetário.
CAPÍTULO 25 | Moeda, Bancos e o Federal Reserve System 915
Há dois pontos-chave sobre a oferta de moeda que devemos ter em mente:
1. A oferta de moeda consiste tanto em moeda quanto em depósitos em conta-corrente.
2. Como os saldos de depósitos em conta-corrente são incluídos na oferta de moeda, os ban-
cos desempenham um importante papel no processo através do qual a oferta de moeda 
aumenta e diminui. Discutiremos este segundo ponto mais detalhadamente na próxima 
seção.
Problema solucionado 25-2
As definições de M1 e M2
Não confunda dinheiro com renda ou 
riqueza
Segundo a revista Forbes, a riqueza de mais de US$55 bilhões 
de Bill Gates o torna a pessoa mais rica do mundo. Ele também 
possui uma renda muito alta, mas que quantidade de dinheiro 
ele possui? A riqueza de uma pessoa é igual ao valor de seus 
ativos menos o valor de alguma dívida que ela possua. A renda 
de uma pessoa é igual aos seus rendimentos ao longo do ano. 
Os rendimentos de Bill Gates como presidente da Microsoft e 
provenientes de seus investimentos são muito grandes. Mas o 
seu dinheiro é apenas igual ao que ele possui em moeda e em 
conta-corrente. É provável que apenas uma pequena porção 
dos mais de US$50 bilhões em riqueza esteja em moeda ou em 
conta-corrente. A maior parte de sua riqueza está investida em 
ações e títulos, assim como outros ativos financeiros que não 
estão incluídos na definição de moeda.
Em nossas conversas do dia-a-dia, muitas vezes descre-
vemos uma pessoa rica ou que possui uma alta renda como 
“tendo muito dinheiro”. Mas quando os economistas utilizam 
a palavra dinheiro, eles geralmente estão se referindo à moeda 
somada aos depósitos em conta-corrente. É importante deixar 
claras as diferenças entre riqueza, renda e dinheiro.
Assim como dinheiro e renda não são iguais para uma 
mesma pessoa, eles não são iguais para a economia como um 
todo. A renda nacional nos Estados Unidos foi igual a US$12,2 
trilhões em 2007. A oferta de moeda em 2007 foi de US$1,4 
trilhão (utilizando a medida M1). Não existe nenhuma razão 
para que a renda nacional de um país seja igual à sua oferta de 
moeda, nem que um aumento na oferta de moeda em um país 
aumente necessariamente a sua renda nacional.
AGORA É A SUA VEZ: Teste a sua compreensão solucio-
nando o problema relacionado 2.6, na página 937, no final 
deste capítulo.
Não permita que isso lhe aconteça!
Suponha que você decida sacar US$2.000 de sua conta-
corrente e utilizar o dinheiro para comprar um certifica-
do de depósito bancário (CD). Explique resumidamente 
como isso afetará M1 e M2.
SOLUCIONANDO O PROBLEMA:
1° Passo: Reveja o conteúdo do capítulo. Este problema envolve as definições da oferta de 
dinheiro, de modo que talvez você queira rever a seção “Como a moeda é medida atualmente 
nos Estados Unidos?”, que começa na página 912.
2° Passo: Utilize as definições de M1 e M2 para responder o problema. Fundos em conta-
corrente estão incluídos tanto em M1 quanto em M2. Fundos em certificados de depósitos es-
tão incluídos apenas em M2. É tentador responder este problema dizendo que passar US$2.000 
de uma conta-corrente para um certificado de depósito reduz M1 em US$2.000 e aumenta M2 
em US$2.000, mas os US$2.000 na sua conta-corrente já tinham sido contabilizados em M2. 
Assim, a resposta correta é que a sua ação reduziu M1 em US$2.000, mas não alterou M2.
AGORA É A SUA VEZ: Para praticar mais, solucione o problema relacionado 2.4 e 2.5, na página 937, 
no final deste capítulo.
>> Fim do problema solucionado 25-2
916 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
E quanto aos cartões de crédito e de débito?
Muitas pessoas compram bens e serviços com cartões de crédito; contudo, os cartões de crédito 
não estão incluídos nas definições da oferta de moeda. O motivo é que quando você compra 
alguma coisa com um cartão de crédito, você está, na verdade tomando um empréstimo junto 
ao banco que emitiu o cartão de crédito. Somente quando você paga a fatura de seu cartão de 
crédito no final do mês – geralmente com um cheque ou com uma transferência eletrônica de 
sua conta-corrente – é que a transação está concluída. Por outro lado, com um cartão de débito, 
os fundos para realizar a compra são retirados diretamente de sua conta-corrente. Em qualquer 
dos dois casos, os cartões propriamente ditos não representam moeda.
25.3 | Explicar como os bancos criam moeda.
Como os bancos criam moeda?
Vimos que as contas-correntes em bancos são componente mais importante da oferta de mo-
eda. Para compreender o papel que a moeda desempenha em uma economia, precisamos ana-
lisar mais detalhadamente como os bancos operam. Os bancos são empresas privadas com fins 
lucrativos, exatamente como livrarias e supermercados. Alguns bancos são bem pequenos, com 
apenas algumas agências, e fazem negócios em uma área limitada. Outros estão entre as maiores 
corporações dos Estados Unidos, com centenas de agências em muitos estados. O papel-chave 
que os bancos desempenham em uma economia é aceitar depósitos e conceder empréstimos. 
Ao fazê-lo, eles criam depósitos em conta-corrente.
Balanços patrimoniais bancários
Para compreender como os bancos criam moeda, precisamos examinar brevemente o típico ba-
lanço patrimonial de um banco. Lembre-se, como vimos no Capítulo 7, de que em um balanço 
patrimonial, os ativos de uma empresa são listados no lado esquerdo e os passivos e o patri-
mônio dos acionistas são listados no lado direito. Ativos são o valor de qualquer coisa possuída 
pela empresa, passivos são o valor de qualquer coisa que a empresa deva, e o patrimônio dos 
acionistas é a diferença entre o valor total dos ativos e o valor total dos passivos. O patrimônio 
dos acionistas representao valor da empresa se ela tivesse que ser fechada, e todos os seus ativos 
vendidos e todos os seus passivos quitados. O patrimônio dos acionistas de uma corporação 
também é chamada de seu valor líquido.
OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM 25.3
ATIVOS (EM MILHÕES)
PASSIVOS E PATRIMÔNIO DOS
ACIONISTAS (EM MILHÕES)
Reservas US$30.573
Empréstimos 457.447
Depósitos junto a outros bancos 3.057
Títulos 115.037
Edifícios e equipamentos 6.605
Outros ativos 170.177
Total de ativos US$782.896
Depósitos US$449.129
Empréstimos de curto prazo 51.817
Dívidas de longo prazo 161.007
Outros passivos 44.071
Total de passivos US$706.024
Patrimônio dos acionistas 76.872
Total de passivos e patrimônio dos acionistas US$782.896
Figura 25-2 | Balanço patrimonial do Wachovia Bank, 31 de dezembro de 2007.
Os itens que se encontram no balanço patrimonial de um banco de maior importância econômica são suas reservas, 
empréstimos e depósitos. Observe que a diferença entre o valor do total de ativos do Wachovia e seu total de passivos 
é igual ao seu patrimônio dos acionistas. Consequentemente, o lado esquerdo do balanço patrimonial é sempre igual 
ao seu lado direito.
Nota: Alguns itens foram juntados para simplificar o balanço patrimonial.
Fonte: Wachovia Corporation and Subsidiaries Consolidated Balance Sheets from Wachovia Corporation, Annual Report, 
2007.
CAPÍTULO 25 | Moeda, Bancos e o Federal Reserve System 917
A Figura 25-2 mostra o balanço patrimonial do Wachovia Bank, sediado em Charlotte, 
Carolina do Norte, e que em 2008 tinha agências em 21 estados. Os principais ativos no ba-
lanço patrimonial de um banco são suas reservas, empréstimos e posses de títulos, como Le-
tras do Tesouro dos EUA. Reservas são depósitos que um banco retém, em vez de emprestar 
ou investir, por exemplo, comprando Letras do Tesouro norte-americano. Os bancos mantêm 
reservas ou fisicamente no interior do próprio banco, como dinheiro em cofre, ou em depósito 
junto ao Federal Reserve (banco central dos EUA). Os bancos são obrigados por lei a manter 
como reservas 10% de seus depósitos em conta-corrente acima de um nível limite, que em 
2008 era de US$43,9 milhões. (Em 2008, o coeficiente exigido de reserva era de zero sobre os 
primeiros US$8,5 milhões em depósitos em conta corrente de um banco, 3% sobre depósitos 
entre US$9,3 milhões e US$43,9 milhões, e 10% sobre depósitos acima de US$43,9 milhões. 
Para simplificar, suporemos que os bancos tenham que manter 10% de todas as reservas.) 
Essas reservas são chamadas reservas compulsórias. A fração mínima dos depósitos que os 
bancos têm que manter como reservas é chamada de coeficiente de reservas compulsórias. 
Podemos abreviar o coeficiente de reservas compulsórias como RR. Quaisquer reservas que 
os bancos detenham acima da exigência legal são chamadas de reservas excedentes. O balan-
ço patrimonial na Figura 25-2 mostra que os empréstimos são o maior ativo do Wachovia, o 
que é verdadeiro para a maioria dos bancos.
Os bancos concedem empréstimos a consumidores para famílias e empréstimos comerciais para 
empresas. Um empréstimo é um ativo para um banco, pois representa uma promessa pela pessoa 
que tomou o empréstimo de realizar certos pagamentos especificados ao banco. As reservas de um 
banco e suas posses de títulos também são ativos, pois são coisas de valor possuídas pelo banco.
Assim como com a maioria dos bancos, os depósitos são o maior passivo do Wachovia. 
Depósitos incluem contas-correntes, contas poupança e certificados de depósito. Depósitos são 
passivos para os bancos, pois são devidos às famílias ou empresas que depositaram os fundos. 
Se você deposita US$100 em sua conta-corrente, o banco lhe deve os US$100, e você pode pedi-
los de volta a qualquer momento.
Usando contas “T” para mostrar como um banco pode criar 
dinheiro
É mais fácil mostrar como os bancos criam dinheiro usando uma conta “T” em vez de um 
balanço patrimonial. A conta “T” é uma versão decomposta de um balanço patrimonial que 
mostra apenas como uma transação altera o balanço patrimonial de um banco. Por exemplo, 
suponha que você deposite US$1.000 em dinheiro em uma conta no Wachovia Bank. Essa tran-
sação aumenta o total de depósitos no Wachovia em US$1.000 e também aumenta as reservas 
do Wachovia em US$1.000. Podemos mostrar isso na conta “T” a seguir:
Reservas Dinheiro que 
um banco mantém em 
seus cofres ou depositado 
no Banco Central.
Reservas compulsó-
rias Reservas que um 
banco é legalmente obri-
gado a manter, com base 
nos seus depósitos à vista.
Coeficiente de reservas 
compulsórias A fração 
mínima de depósitos que 
os bancos são obrigados 
por lei a manter como 
reservas.
Reservas excedentes Re-
servas que os bancos 
detêm bem acima das 
exigências legais.
Saiba quando uma conta-corrente é um 
ativo e quando ela é um passivo
Considere o seguinte raciocínio: “Como os depósitos em conta-
corrente podem ser um passivo para um banco? Afinal de contas, 
eles são algo de valor que estão dentro do banco. Desta manei-
ra, os depósitos em conta-corrente deveriam ser contabilizados 
com um ativo bancário em vez de um passivo bancário”.
Esta afirmativa está incorreta. O saldo em uma conta-
corrente representa algo que o banco deve ao proprietário de 
uma conta. Desta maneira, trata-se de um passivo para o ban-
co, apesar de ser um ativo para o proprietário da conta. De 
modo similar, o empréstimo que você toma para comprar um 
carro é um passivo para você – porque é uma dívida que você 
deve ao banco – mas é um ativo para o banco.
AGORA É A SUA VEZ: Teste a sua compreensão solucio-
nando o problema relacionado 3.11, na página 939, no final 
deste capítulo.
Não permita que isso lhe aconteça!
918 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
Lembre-se de que como o valor total de todos os itens no lado direito de um balanço 
patrimonial tem sempre que ser igual ao valor total de todos os itens no lado esquerdo de 
um balanço patrimonial, qualquer transação que seja somada (ou subtraída) a um lado do 
balanço patrimonial também tem que ser somada (ou subtraída) ao outro lado do balanço 
patrimonial. Neste caso, a conta “T” mostra que somamos US$1.000 a ambos os lados do 
balanço patrimonial.
Inicialmente, esta transação não aumenta a oferta de moeda. O dinheiro componente da 
oferta de moeda cai em US$1.000, porque os US$1.000 que você depositou não estão mais em 
circulação e, portanto, não são mais contados na oferta de moeda. Mas a queda em moeda é 
contra balançada por um aumento de US$1.000 no componente do depósito em conta-corren-
te da oferta de moeda.
No entanto, esta mudança inicial não é o fim da história. Os bancos são obrigados a manter 
10% dos depósitos como reservas. Como os bancos não ganham juros sobre as reservas, eles 
têm um incentivo a conceder empréstimos ou a comprar títulos com os outros 90%. Neste caso, 
o Wachovia pode manter US$100 como reservas compulsórias e emprestar os outros US$900, 
que representam reservas excedentes. Suponha que o Wachovia empreste os US$900 a alguém 
para comprar um carro usado muito barato. O Wachovia poderia dar os US$900 ao mutuário 
em dinheiro, mas normalmente os bancos concedem empréstimos aumentando a conta-cor-
rente do mutuário. Podemos mostrar isso com uma outra conta “T”:
1. Ao conceder 
empréstimos de US$900 
das reservas excedentes. . . 
2. . . . o Wachovia aumentou a 
oferta de moeda em US$900.
Ativos Passivos
Reservas +US$1.000
Empréstimos +US$900
Depósitos +US$1.000
Depósitos +US$900
Um ponto-chave a ser reconhecido é que ao conceder este empréstimo de US$900, o Wacho-
via aumenta a oferta de moeda em US$900. Os US$1.000 iniciais em dinheiro que você deposi-
tou em sua conta-corrente foram transformados em US$1.900 em depósitos em conta-corrente 
– um aumento líquido de US$900 na oferta de moeda.
Mas a história não acaba aqui. A pessoa que tomou o empréstimo de US$900 o fez para 
comprar um automóvel usado. Para simplificar, suponhamos que ela compre o automóvel por 
exatamente US$900 e paguepassando um cheque de sua conta do Wachovia. A proprietária do 
automóvel usado agora irá depositar o cheque no banco dela. Esse banco também poderia ser 
uma agência do Wachovia, mas na maioria das cidades, há muitos bancos, então suponhamos 
que a vendedora do automóvel tenha uma conta em uma agência do PNC Bank. Uma vez ten-
do depositado o cheque, o PNC Bank o enviará ao Wachovia Bank para compensar o cheque e 
receber os US$900. Podemos mostrar o resultado usando contas “T”:
Seu depósito de US$1.000
em sua conta-corrente 
aumenta os ativos e os 
passivos do Wachovia no 
mesmo valor.
Ativos Passivos
Reservas +US$1.000 Depósitos +US$1.000
CAPÍTULO 25 | Moeda, Bancos e o Federal Reserve System 919
Quando o cheque do comprador do automóvel tiver sido compensado, o Wachovia terá 
perdido US$900 em depósitos – a quantia emprestada ao comprador do automóvel – e US$900 
em reservas —a quantia que o banco teve que pagar ao PNC quando o PNC enviou ao Wacho-
via o cheque do comprador do automóvel. O PNC possui um aumento de US$900 nos depósi-
tos em conta-corrente – o depósito do vendedor do automóvel – e um aumento de US$900 nas 
reservas – a quantia que recebeu do Wachovia.
O PNC possui 100% das reservas deste novo depósito de US$900, quando só precisa ter 
10% das reservas. O banco possui um incentivo a manter US$90 como reservas e a emprestar os 
outros US$810, que são as reservas excedentes. Se o PNC fizer isso, podemos mostra a alteração 
em seu balanço patrimonial usando uma outra conta “T”:
Ao conceder um empréstimo 
de US$810, o PNC aumenta 
tanto seus empréstimos 
quanto seus depósitos em 
US$810.
Ativos Passivos
Reservas +US$900
Empréstimos +US$810
Depósitos +US$900
Depósitos +US$810
PNC Bank
Ao emprestar os US$810 em reservas excedentes, o PNC cria um novo depósito em conta-
corrente no valor de US$810. O depósito inicial de US$1.000 em moeda no Wachovia Bank 
agora resultou na criação de US$1.000 + US$900 + US$810 = US$2.710 em depósitos em con-
ta-corrente. A oferta de moeda aumentou em US$2.710 − US$1.000 = US$1.710.
1. Quando o cheque de 
US$900 que foi depositado 
em uma conta do PNC chega 
para ser compensado, o 
aumento nas reservas do 
Wachovia (mostrado na conta 
“T” anterior) cai de US$900 
para US$100 . . .
2. . . . e o aumento nos 
depósitos do Wachovia Bank 
cai em US$900, passando a 
ser igual a US$1.000.
Ativos Passivos
Reservas +US$100
Empréstimos +US$900
Depósitos +US$1.000
Wachovia
1. Depois de o cheque a ser 
retirado da conta do Wachovia 
for compensado, as reservas 
e os depósitos do PNC 
aumentaram ambos em 
US$900.
Ativos Passivos
Reservas +US$900 Depósitos +US$900
PNC Bank
920 PARTE X | Políticas Monetária e Fiscal
O processo ainda não terminou. A pessoa que tomou os US$810 emprestados os gastará 
passando um cheque de sua conta. Quem receber os US$810, os depositará no seu banco, que 
poderia ser uma agência do Wachovia ou do PNC ou uma agência de qualquer outro banco. 
Esse novo banco – se não for o PNC – enviará o cheque ao PNC e receberá US$810 em novas 
reservas. Esse novo banco terá um incentivo a emprestar 90% dessas reservas – mantendo 10% 
para atender à exigência legal – e o processo continuará. Em cada etapa, os empréstimos adi-
cionais que são concedidos e os depósitos adicionais que são criados vão diminuindo em 10%, 
já que cada banco tem que reter essa quantia como suas reservas compulsórias. Podemos usar 
uma tabela para mostrar o aumento total em depósitos em conta-corrente disparado pelo seu 
depósito inicial de US$1.000. Os pontos na tabela representam rodadas adicionais no processo 
de criação de moeda:
BANCO
AUMENTO NOS DEPÓSITOS EM 
CONTA-CORRENTE
Wachovia US$1.000
PNC + 900 (= 0,9 x US$1.000)
Terceiro Banco + 810 (= 0,9 x US$900)
Quarto Banco + 729 (= 0,9 x US$810)
• + •
• + •
• + •
Alteração total nos depósitos em conta corrente = US$10.000
O multiplicador de depósitos simples
Seu depósito inicial de US$1.000 aumentou as reservas do sistema bancário em US$1.000 e 
levou a um aumento total de US$10.000 em depósitos em conta-corrente. O coeficiente da 
quantia dos depósitos criados pelos bancos sobre a quantia de novas reservas é chamado de 
multiplicador de depósitos simples. Neste caso, o multiplicador de depósitos simples é igual 
a US$10.000/US$1.000 = 10. Por que 10? Como sabemos que seu depósito inicial de US$1.000 
acabou levando a um aumento total de US$10.000 em depósitos?
Há duas maneiras de responder essa pergunta. A primeira é que cada banco envolvido no 
processo está mantendo reservas iguais a 10% de seus depósitos. Para o sistema bancário como 
um todo, o aumento total nas reservas é de US$1.000 – a quantia de seu depósito original em 
dinheiro. Portanto, o sistema como um todo acabará com US$10.000 em depósitos, porque 
US$1.000 é 10% de US$10.000.
Uma segunda maneira de responder a pergunta é deduzindo uma expressão para o multi-
plicador de depósitos simples. O aumento total em depósitos é igual a:
US$1.000 + [0,9  US$1.000] + [(0,9  0,9)  US$1.000] + [(0,9  0,9  0,9)  US$1.000] +...
Ou:
US$1.000 + [0,9  US$1.000] + [0,92  US$1.000] + [0,93  US$1.000] +...
Ou:
US$1.000  (1 + 0,9 + 0,92 + 0,93 +... ).
As regras da álgebra nos dizem que a soma de uma expressão como a que temos entre parên-
teses é igual a:
Multiplicador de depósi-
tos simples Coeficiente 
da quantia de depósitos 
criados pelos bancos 
sobre a quantia de novas 
reservas.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Dica do professor
Veja, de forma sintética, a interação entre oferta e demanda de moeda na economia e como essa 
relação afeta a produção e o emprego.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ffec5b801a6cb85a12c532b08ea7d73e
Exercícios
1) As instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional exercem suas atividades de 
modo que todo sistema funcione adequadamente. O principal executor das orientações do 
Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda 
nacional é: 
A) A Superintendência Nacional de Seguros Privados - SUSEP.
B) O Banco Central do Brasil.
C) A Bolsa de Valores.
D) O Conselho Nacional de Seguros Privados.
E) A Caixa Econômica.
2) O SFN é composto por um conjunto de órgãos e instituições que regulamenta, supervisiona 
e realiza operações necessárias à circulação de moeda e de crédito na economia. 
Assinale a alternativa que contém os órgãos normativos e supervisores do Sistema 
Financeiro Nacional:
A) Bancos e Instituições Financeiras, Bolsa de Valores
B) Conselho Nacional de Seguros Privados, Administradoras de Consórcios
C) Banco Central do Brasil, Corretoras e Distribuidoras
D) Banco Central do Brasil, Conselho Nacional de Seguros Privados
E) Cooperativas de Crédito, Conselho Monetário Nacional
3) A moeda possui liquidez por excelência. O Banco Central do Brasil utiliza quatro conceitos 
de oferta monetária diferenciados pela notação M1, M2, M3 e M4. O ativo financeiro que 
está conceituado de forma correta: 
A) M1 - É o ativo mais líquido e concentra-se em papel-moeda em poder do público.
B) M2 - É o ativo mais líquido concentrando-se em depósitos de poupança e aplicações em 
títulos privados.
C) M3 - É o ativo mais líquido concentrando-se em fundos de renda fixa e operações com títulos 
federais.
D) M4 - É o ativo mais líquido concentrando-se em aplicações, em títulos federais, estaduais e 
municipais.
E) M1 - Abrange todos os ativos financeiros monetários e quase monetários totalizando a 
quantidade de papel-moeda circulante no país.
4) Na notícia "Base monetária cresce 0,2% em agosto, informou o BC", o seguinte trecho é 
destacado: "A base monetária encerrou o mês de agosto com expansão de 0,2% na comparação 
com julho,pelo conceito da média diária de dias úteis. Segundo informações do Banco Central, a 
base alcançou R$ 226,343 bilhões na média diária do mês passado". Uma possibilidade de a 
base monetária ter se expandido decorre, sem ambiguidade: 
A) Da ampliação dos meios de pagamento e dos depósitos à vista.
B) Do aumento das reservas mantidas pelos bancos comerciais e do encaixe monetário mantido 
pelo Banco Central.
C) O aumento dos depósitos de poupança e das operações compromissadas.
D) Da redução do papel-moeda em circulação e do encaixe monetário mantido pelos bancos 
comerciais.
E) Do aumento da moeda manual e das reservas mantidas pelos bancos comerciais.
5) A moeda possui as funções básicas de ser, ao mesmo tempo, um intermediário de trocas; um 
denominador comum de preços (unidade de medida) e reserva de valor. Sua oferta é dada 
pela disponibilidade de ativos financeiros de liquidez imediata, os chamados meios de 
pagamento. Considerando a demanda por moeda, podemos afirmar: 
A) O principal motivo para a demanda por moeda é a baixa taxa de conversibilidade para ativos 
líquidos.
B) A demanda por moeda possui uma relação simétrica com taxa real de juros.
C) Quanto mais altos forem os estoques monetários, melhores serão os custos de oportunidades 
para o investidor.
D) A procura por moeda é definida pelos motivos de transação, de precaução e de especulação.
E) Os efeitos dos juros não se propagam para o lado financeiro da economia atuando apenas no 
lado real da economia.
Na prática
Acompanhe como ocorre a ligação entre o setor real e o setor financeiro na economia. 
 
Em uma economia aberta as exportações e as importações também influenciam no volume de 
moeda em razão das constantes entradas e saídas de recursos financeiros.
A ligação do setor real com o setor financeiro ocorre com as captações passivas e ativas realizadas 
pelo sistema financeiro que oferecem recursos financeiros de famílias superavitárias para empresas 
e famílias que necessitam de moeda.
Assim existe uma relação causal entre a intermediação financeira e o setor real que impulsiona a 
economia como um todo.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Introdução à economia do meio ambiente
Para se aprofundar mais em macroeconomia, leia este livro, que apresenta o conteúdo pertinente 
ao que foi estudado nesta Unidade de Aprendizagem.
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Princípios de Economia
FRANK, ROBERT; BERNANKE, BEN - .Porto Alegre: AMGH EDITORA LTDA, 2012. Capítulo 21.
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Macroeconomia
DORNBUSCH, RUDIGER; FISCHER, STANLEY; STARTZ, RICHARD ; 11. ed. Porto Alegre: AMGH 
EDITORA LTDA, 2013. Capítulo 16.
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